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04 arte pre-historica - Histeo.dec.ufms.br

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Arte e Arquitetura Pré-histórica e PrimitivaBIBLIOGRAFIAARGAN, Giulio Carlo. História da Arte Italiana 1 / daAntigüidade a Ducio. São Paulo. Cosac & Naify, 1998.BENEVOLO, Leonardo. As Origens da Arquitetura.Lisboa: Edições 70, 2002.GOMBRICH, F. H. A História da Arte. 16 ed. Lisboa: LTC,1998.HAUSER, Arnold. História Social da Literatura e da Arte.V 1. 3 ed. São Paulo. Mestre Jou, 1982.JANSON, H. W. História Geral da Arte. São Paulo.Martins Fontes, 1993.LOMMEL, Andreas, A Arte Pré-histórica e Primitiva. Omundo da Arte. Livraria José Olympio Editora/ EditoraEx<strong>pre</strong>ssão e Cultura. Rio de Janeiro. 1966.RIKWERT, Joseph. A Casa de Adão no Paraíso. SãoPaulo, Pesrspectiva, 2003.Bisão. 15000 a 1000 a.C.Altamira, Espanaha.


Arte e Arquitetura Pré-histórica e Primitiva“O animal apenas utiliza a Natureza, nela produzindo modificaçõessomente por sua <strong>pre</strong>sença; o homem a submete, pondo-a a serviço deseus fins determinados, imprimindo-lhe as modificações que julganecessárias, isto é, domina a Natureza. E esta é a diferença essencial e<strong>dec</strong>isiva entre o homem e os demais animais; e, por outro lado, é otrabalho que determina esta diferença”F. Engels


Arte e Arquitetura Pré-histórica e PrimitivaETAPAS PRÉ-HISTÓRICASPALEOLÍTICO INFERIORaproximadamente 5.000.000 a 25.000 a.C.;primeiros hominídios (250.000 a.C.);caça e coleta; controle do fogo;instrumentos de pedra e pedra lascada, madeira e ossos:facas, machados.PALEOLÍTICO SUPERIORAproximadamente 30.000 a. C.instrumentos de marfim, ossos, madeira e pedra:machado, arco e flecha, lançador de dardos, anzol elinha; e desenvolvimento da pintura e da escultura.- Neolíticoinstrumentos de pedra polida, enxada e tear;início do cultivo dos campos;<strong>arte</strong>sanato: cerâmica e tecidos;construção de pedra; eprimeiros arquitetos do mundo.- Idade dos Metaisaparecimento de metalurgia;aparecimento das cidades;invenção da roda;invenção da escrita; earado de bois.Sítios pré-históricos europeus


Arte e Arquitetura Pré-histórica e PrimitivaAS ORIGENS DA ARQUITETURAO homem e o seu ambiente formam-sejuntos, no longo inverno do PaleolíticoA capacidade de interagir com o ambiente ede modificá-lo de algum modo em seuproveito é própria do homem. Depende dastransformações anatômicas e fisiológicas doorganismo humano, e contribui para orientaressas transformações. Torna-se assim umfator constituinte da condição humana.Podem-se apontar três aspectos transpostosno período Paleolítico (de 2.700.000 a 10.000a.C.):


Arte e Arquitetura Pré-histórica e PrimitivaAS ORIGENS DA ARQUITETURAA capacidade de colocar a si próprio e aos objetosexteriores num espaço unitário.A consciência de si e do mundo circunstante é a centelha,escondida no cére<strong>br</strong>o humano, que é impossível situar numtempo exato. O seu caráter universal torna possívelsimultaneamente a com<strong>pre</strong>ensão reflexa das situaçõesreais, <strong>pre</strong>sentes ou passadas, e a simulação de situaçõesainda não existentes.Funda a atividade projetual, o circuito entre a realidadeexistente e a imaginada. A arquitetura é o conjunto dasintenções e das intervenções so<strong>br</strong>e o ambiente físico, quetendem a formar um sistema em virtude de sua duração notempo.Cabanas pré-históricas segundo Caramuel


Arte e Arquitetura Pré-histórica e PrimitivaAS ORIGENS DA ARQUITETURAA capacidade de colocar num suporte físico asimagens de qualquer objeto visível.A função dessas imagens pode apenas ser conjecturada,mas é secundária. O que conta é a possibilidade <strong>dec</strong>aptar a forma de uma realidade passada, e de passarde uma forma imaginada a uma nova realidade aindanão existente.A partir desse momento, as evoluções do pensamentoconcentram-se no ambiente físico, tornando-seoperantes no <strong>pre</strong>sente e no futuro.Nasce o projeto como ainda hoje o com<strong>pre</strong>endemos,composto de uma gama de instrumentos, desde asincisões na pedra até as modulações magnéticascontidas nos computadores de hoje.Incisões de espirais provenientes de Grange, Irlanda: 2000 a.C.


Arte e Arquitetura Pré-histórica e PrimitivaAS ORIGENS DA ARQUITETURAA capacidade de denotar simbolicamente, e deindicar aos outros, os objetos de todos os tipos.A re<strong>pre</strong>sentação simbólica tem um papel fundamentalna difusão da realização de projetos. A possibilidadede re<strong>pre</strong>sentar um objeto complexo através de apenasuma p<strong>arte</strong> das suas características, e de estabelecer arelação das características pré-selecionadas com oobjeto completo, cria a economia mental dopensamento e da capacidade de ação humana. Alinguagem e, posteriormente, a escrita são patrimônioda coletividade e podem ser transmitidos no espaço eno tempo.


Arte e Arquitetura Pré-histórica e PrimitivaAS ORIGENS DA ARQUITETURACaverna: Lascaux, França (15.000 a 10.000 a.C)


Arte e Arquitetura Pré-histórica e PrimitivaAS ORIGENS DA ARQUITETURAPaleolítico Superior - a principalcaracterística dos desenhos da Idade daPedra Lascada é o naturalismo. Oartista pintava os seres, um animal, porexemplo, do modo como o via de umadeterminada perspectiva, reproduzindoa natureza tal qual sua vista captava.Os artistas do Paleolítico Superiorrealizaram também trabalhos emescultura. Mas, tanto na pintura quantona escultura, nota-se a ausência defiguras masculinas. Predominam figurasfemininas, com a cabeça surgindo comoprolongamento do pescoço, seiosvolumosos, ventre saltado e grandesnádegas.


Arte e Arquitetura Pré-histórica e PrimitivaAS ORIGENS DA ARQUITETURAAtualmente, a explicação maisaceita é que essa <strong>arte</strong> erarealizada por caçadores, e quefazia p<strong>arte</strong> do processo de magiapor meio do qual procurava-seinterferir na captura de animais,ou seja, o pintor-caçador doPaleolítico supunha ter poderso<strong>br</strong>e o animal desde quepossuísse a sua imagem.Acreditava que poderia matar oanimal verdadeiro desde que ore<strong>pre</strong>sentasse feridomortalmente num desenho.Utilizavam as pinturas rupestres,isto é, feitas em rochedos eparedes de cavernas. O homemdeste período era nômade.Cavalo: Lascaux, França(15.000 a 10.000 a.C)


Arte e Arquitetura Pré-histórica e PrimitivaAS ORIGENS DA ARQUITETURAAs grandes marcas coloridas do interiore em volta do contorno dos cavalosselvagens visavam provavelmente aaumentar a fertilidade dos animais.Os aborígenes australianos ainda fazemincisões rupestres formadas por umaaglomeração de pontos, ou as fazem empedras sob pinturas rupestres, com ointuito de "destruir o poder espiritualda pedra".Não se sabe qual seria o significado dasim<strong>pre</strong>ssões em negativo de mãoshumanas, mas quase certamenteestavam ligadas aos ritos propiciat6riosda caça.Cavalos. 20.000 a.C.Pintura rupestre. 3,40 m(Peach-Merle, França)


Arte e Arquitetura Pré-histórica e PrimitivaAS ORIGENS DA ARQUITETURAApesar da escala diminuta, a sucessãodessas figuras ao longo da parederochosa produz im<strong>pre</strong>ssão das maisrealistas.As cavernas de Altamira contêm aso<strong>br</strong>as-primas do estilo da Era Glacial, eo efeito de força sólida obtido atravésde traços despojados e de coresim<strong>pre</strong>ssionistas antecipa as técnicas demuitos pintores do séc. XX.Bisão. 12.000 a.C.Pintura rupestre. Comp.80 cm. Altamira,Espanha.


Arte e Arquitetura Pré-histórica e PrimitivaAS ORIGENS DA ARQUITETURAEsta cena vívida e sangrenta pode serexplicada através de lendasxamanistas que so<strong>br</strong>eviveram naSibéria até tempos recentes. Doisxamãs rivais travam combate, umdisfarçado em bisão e o outro comuma cabeça de ave.A vara encimada por uma figura deave indica que o "espírito-guia" doxamã prostrado apareceu em formade ave.Uma lança parece ter perfurado oflanco do bisão, cujas entranhas<strong>br</strong>otam da ferida.Homem com máscara <strong>dec</strong>abeça de ave atacadopor um bisão ferido.15.000-10.000 a.C.Pintura rupestre. Alt.,1,40 m. Lascaux, França.


Arte e Arquitetura Pré-histórica e PrimitivaAS ORIGENS DA ARQUITETURAEssa vigorosa imagem é uma das mais antigas esculturasem pedra do nu feminino da história da <strong>arte</strong>.As concepções clássicas da beleza humana ideal nãotêm validade para explicar sua significação epeculiaridades; da mesma forma, seu naturalismoinabalável não pode ser equacionado como fidelidade ànatureza, pois a cabeça e as mãos são apenasesboçadas.A carnação flácida e os seios caídos re<strong>pre</strong>sentam umtipo generalizado de nutriz e enfatizam a fertilidade.Tal como nas estatuetas de marfim das "Vênus" deWilIendorf e outras, o artista julgou sem importância osdetalhes pessoais do rosto e das mãos.O chifre (cheio de sangue) está ligado aos mitos da"senhora dos animais", uma deusa que tem ascendênciaso<strong>br</strong>e os animais e os conduz aos caçadores.A "Vênus de Laussel", c. 15.000-10.000 a.C.Relevo rupestre. Alt., 46 cm. Musée d'Aquitaine,Bordeaux.


Arte e Arquitetura Pré-histórica e PrimitivaA FIXAÇÃO E A TOMADA DE POSSE DO TERRITÓRIO, NA PRIMAVERA NEOLÍTICAO fim do período glacial de Wurm, que assinala apassagem do Plistoceno ao Holoceno, há cerca de10.000 anos, transforma o ambiente geográficoem todos os continentes já povoados pelohomem.Os bancos de gelo recuam em direção aos polos,as florestas desenvolvem-se na mesma direção, asestepes e os desertos aumentam nas latitudesinferiores.Com a fusão dos gelos, o nível dos mares sobe até130 metros, e mais da vigésima p<strong>arte</strong> das terrasemersas ficam debaixo de água, mudando ageografia do planeta (dentro desta faixa deprofundidade encontram-se alguns <strong>arte</strong>fatos dedifícil inter<strong>pre</strong>tação).Incisões de espirais provenientes de Grange, Irlanda: 2000 a.C.


Arte e Arquitetura Pré-histórica e PrimitivaA FIXAÇÃO E A TOMADA DE POSSE DO TERRITÓRIO, NA PRIMAVERA NEOLÍTICAEm algumas áreas da faixa intermédia, entre afloresta e os desertos, o homem a<strong>pre</strong>nde afixar-se e a modificar o território de maneiraestável, cultivando plantas e criando animais.Toma-se possível um forte aumento dapopulação, e alteram-se de modo <strong>dec</strong>isivo asrelações dimensionais entre o homem e oambiente: se um caçador-recoletor <strong>pre</strong>cisa de10 quilômetros quadrados de território, a umagricultor-criador basta meio quilômetroquadrado de terreno seco e um décimo dequilômetro quadrado de terreno irrigado.A nova cultura caracterizada por estasinovações, mas sem escrita e com a populaçãoespalhada por aglomerados de pequenasdimensões, é chamada neolítica, em oposição àpaleolítica.Vale nos arredores de Mênfis


Arte e Arquitetura Pré-histórica e PrimitivaA FIXAÇÃO E A TOMADA DE POSSE DO TERRITÓRIO, NA PRIMAVERA NEOLÍTICAA medida da importância deste período é dada poralgumas aquisições fundamentais, determinantesmesmo para todo o futuro: a seleção das plantas e dosanimais domésticos, que constituem a bagagemduradoura da existência humana, a invenção dasprincipais indústrias, a cerâmica, a carpintaria, atecelagem, os inícios da metalurgia, e, juntamente comestas, o empenho tecnológico destinado a modificarprogressivamente o cenário terrestre.A sua distribuição no tempo varia consideravelmentenas diversas regiões da Terra. No Médio Oriente e noMediterrâneo oriental pode situar-se entre os milêniosIX e IV a.C., quando aparecem as primeiras cidades e osprimeiros documentos escritos.Kalaa Sghria (Tunísia)


Arte e Arquitetura Pré-histórica e PrimitivaA FIXAÇÃO E A TOMADA DE POSSE DO TERRITÓRIO, NA PRIMAVERA NEOLÍTICAAssim, num espaço de tempo muito <strong>br</strong>eve, ocorre umextraordinário esforço físico e mental, que introduz navida do homem os produtos e os espaços projetadospor ele mesmo, em alternativa aos espaços e aosambientes naturais.No longo período do Paleolítico, o homem adapta asua vida ao ambiente, propagando-se assim a toda asuperfície terrestre.A partir do Neolítico, o homem adapta o ambiente àsua vida, ocupando-se com intervenções a longo e alonguíssimo prazo, e começando a transformar aTerra.Vila dos trabalhadoresDeir el-Medina (Egito)1500 – 1000 a.C.


Arte e Arquitetura Pré-histórica e PrimitivaA FIXAÇÃO E A TOMADA DE POSSE DO TERRITÓRIO, NA PRIMAVERA NEOLÍTICA“Dependemos ainda das enormes descobertas que assinalaram aquelaque se chama, sem de fato exagerar, a revolução neolítica: aagricultura, a criação de gado, a cerâmica, a tecelagem. A todasestas “<strong>arte</strong>s da civilização” há oito ou dez mil anos que nos temoslimitado a introduzir apenas aperfeiçoamentos”.O advento da agricultura, que ocorre independentemente em quasetodas as sociedades humanas, é levado em conta nesta nossaexposição pelas suas consequências gerais na relação entre o homeme o ambiente. Não existem ainda explicações fiáveis acerca dascausas externas e internas deste acontecimento.A inovação da agricultura não produz vantagens imediatas. Emcomparação com o caçador-recoletor, o agricultor dedica tanto oumais tempo ao trabalho. M. D. Sahlins (em Âge de pierre, âged'abondance, 1976) calcula que o tempo mínimo necessário para otrabalho agrícola é de três horas e meia por dia, e que o tempo paraa caça varia entre três e cinco horas por dia. O agricultor dispõe demenos carne na dieta, tem menos segurança quanto à disponibilidadede alimentos no caso de uma má colheita e está dependente, para asua so<strong>br</strong>evivência, de fatores climáticos externos e insondáveis.


Arte e Arquitetura Pré-histórica e PrimitivaA FIXAÇÃO E A TOMADA DE POSSE DO TERRITÓRIO, NA PRIMAVERA NEOLÍTICAO homem, agora, pode considerar-se numa posiçãodiferente e dominante em relação às outras criaturas:seleciona as espécies adequadas à cultura e à criação,<strong>pre</strong>para os terrenos através do desmatamento,transforma com método e constância o mundoinanimado da paisagem, a forma dos lugares.Nasce a tarefa aventureira de “forçar a natureza”, oque no campo religioso é considerado umas vezes umtítulo de superioridade e outras uma transgressão aexpiar.O trabalho agrícola e a criação <strong>pre</strong>ssupõem umacapacidade de <strong>pre</strong>visão que vai para além da vida deum simples indivíduo. Exigem projetos de longaduração, cujos efeitos se manifestarão muito tempodepois.


Arte e Arquitetura Pré-histórica e PrimitivaA FIXAÇÃO E A TOMADA DE POSSE DO TERRITÓRIO, NA PRIMAVERA NEOLÍTICAA vida das comunidades que so<strong>br</strong>evivem com a caça e arecolha é, necessariamente, mais táctica do queestratégica, feita de <strong>dec</strong>isões rápidas.A economia agrícola e de criação de animais requer<strong>pre</strong>visões estratégicas e prospectivas de longo e delonguíssimo prazo (existem estádios intermédios entre asduas opções, porque os processos de seleção e dedomesticação se desenrolam ao longo de grandes períodosde tempo).Mas a aquisição das prospectivas de longa duraçãoprovoca uma alteração psicológica definitiva, comportanovas noções so<strong>br</strong>e a hereditariedade, so<strong>br</strong>e a sucessão,so<strong>br</strong>e a distinção entre propriedades privadas e coletivas.


Arte e Arquitetura Pré-histórica e PrimitivaAS ORIGENS DA ARQUITETURAPALEOLÍTICO SUPERIORNEOLÍTICO - a fixação do homem da Idade da Pedra Polida,garantida pelo cultivo da terra e pela manutenção de manadas,ocasionou um aumento rápido da população e odesenvolvimento das primeiras instituições, como família e adivisão do trabalho. Assim, o homem do Neolítico desenvolveu atécnica de tecer panos, de fa<strong>br</strong>icar cerâmicas e construiu asprimeiras moradias, constituindo-se os primeiros arquitetos domundo. Conseguiu ainda, produzir o fogo através do atrito e deuinício ao trabalho com metais.Todas essas conquistas técnicas tiveram um forte reflexo na<strong>arte</strong>. O homem, que se tornara um camponês, não <strong>pre</strong>cisavamais ter os sentidos apurados do caçador do Paleolítico, e o seupoder de observação foi substituído pela abstração eracionalização. Como conseqüência surge um estilosimplificador e geometrizante, sinais e figuras mais quesugerem do que reproduzem os seres. Os próprios temas da <strong>arte</strong>mudaram: começaram as re<strong>pre</strong>sentações da vida coletiva.Vaso pintado. Terceiro milênio a.C. terracota. Serrad’Alto, Matera, Itália.Alt., 15,5 cm. Museo Nazionale, Matera.Além de desenhos e pinturas, o artista do Neolítico produziuuma cerâmica que revela sua <strong>pre</strong>ocupação com a beleza e nãoapenas com a utilidade do objeto, também esculturas de metal.


Arte e Arquitetura Pré-histórica e PrimitivaAS ORIGENS DA ARQUITETURAO vaso neolítico chinês(conhecido como cerâmica PanXan) já era <strong>dec</strong>orado com umavariante da espiral, cujo originalpertence às primitivas culturasagrícolas da Rússia Ocidental, c.3.000 a.C.(embora alguns estudiososchineses relutem em admitirquaisquer fontes "estrangeiras"para sua <strong>arte</strong>).Jarro pintado de Ning-Ting-Hsien,Kansu, China, segundo milênioantes de Cristo. Cerâmica. Alt., 35cm. Museum für Võlkerkunde,Munique.


Arte e Arquitetura Pré-histórica e PrimitivaAS ORIGENS DA ARQUITETURAAs descobertas dessestípicos machados de pedrapolida e de seção ovalpermitem traçar asmigrações dos primitivosagricultores no SudesteAsiático e na Oceania.Os machados cerimoniaisolmecas constituem provada forte influência dessasculturas na AméricaCentral.Machados olmecas de EI Mangal, Estado de Vera Cruz, México. 1.500.Diopsita-jadeíta. Comp., 28,2 cm. e 21,5 cm. Coleção Robert Woods Bliss, NationalGallery of Art, Washington.


Arte e Arquitetura Pré-histórica e PrimitivaMotivo de barcos em tecido da Região deKrõe, Sumatra meridional, séc. XX. Algodão.Comp. 2,80 m. Museum für Võkerkunde..Os barcos constituem um tema freqüente na <strong>arte</strong> indonésia, possuindo um duplosentido. Re<strong>pre</strong>sentam a migração dos ancestrais da tribo através do mar; e, como sereferem a fatos antepassados, simbolizam também o "mundo dos espíritos". O motivoda espiral está <strong>pre</strong>sente em todo o desenho.


Arte e Arquitetura Pré-histórica e PrimitivaEsta magnífica figura naturalística no estilo das ilhas doAlmirantado mostra típicos aspectos locais nos cabelosaparados da mulher, na posição da boca aberta e nos lobosauriculares aumentados segundo o costume tribal.Contudo, é raro encontrar-se uma figura olhando para trásso<strong>br</strong>e o om<strong>br</strong>o. As <strong>dec</strong>orações podem re<strong>pre</strong>sentar pinturaso<strong>br</strong>e o corpo ou tatuagens. A quase imperceptível flexão daspernas indica que se trata de uma figura ancestral.Figura ancestral das ilhas do Almirantado,Melanésia. Começo do séc. XX. Madeira. AIt., 60cm. Museum für Võlkefkunde, Munique.


Arte e Arquitetura Pré-histórica e PrimitivaCaveça de um negro (provavelmente umrei). Nigéria séc. XII- XIV. Bronze. AIt., 36 cm.Museu do Homem, Londres.


Arte e Arquitetura Pré-histórica e PrimitivaMáscara ritual. Nova Guiné. Bronze. AIt., 152,4cm.Madeira, casca de árvore e fi<strong>br</strong>a vegetal.Museu do Homem, Londres.


Arte e Arquitetura Pré-histórica e PrimitivaA FIXAÇÃO E A TOMADA DE POSSE DO TERRITÓRIO, NA PRIMAVERA NEOLÍTICAA ocupação contínua de um lugar tem como conseqüênciaimediata a construção de moradias e a delimitação dosespaços de uso. Deixa de ser indispensável concentrar ecomprimir tudo o necessário para o desenvolvimento dasatividades humanas nas dimensões e no peso da bagagemtransportável de um indivíduo.A programação dos excedentes permite: uma maiordensidade de população, maiores aglomerados de indivíduos,o uso de tecnologias mais complexas e pesadas, adisponibilidade de <strong>arte</strong>fatos fixos e não transportáveis,sistemas sociais mais complexos e o reconhecimento dehierarquias.Sítio: Passo di Corvo, Itália (4.500 a 4.000 a.C)Juntamente com tudo isto aparece a arquitetura em sentidopróprio, ou seja, a capacidade de conhecer e modelar oterritório habitado. Tem interesse descrever de modo geralos seus resultados e definir as suas característicasfundamentais, que provêm do patrimônio genético unitárioda família humana, posto à prova numa ampla variedade depaisagens terrestres.


Arte e Arquitetura Pré-histórica e PrimitivaA FIXAÇÃO E A TOMADA DE POSSE DO TERRITÓRIO, NA PRIMAVERA NEOLÍTICAAs construções mais difundidas são as pedrasisoladas, erguidas na vertical, que sechamam menires, e as estruturas trilíticassimples chamadas dólmens, em que doispedestais sustentam uma laje de cobertura,também coberta de terra.Estas estruturas elementares, de todas asdimensões, que se encontram em todos oslugares habitados da Terra e formamconjuntos variados, baseiam-se naexperiência universal da força da gravidade,que se exerce permanentemente em todos osaspectos da vida humana, tendocondicionado substancialmente a forma docorpo humano e de todos os outros órgãos.Por vezes, os menires assumem a forma deestrelas antropomórficas, tornando explícitaa associação entre essas construções e ocorpo humano.Fileira de menires. Terceiro milênio a.C. terracota.Morbirhan, França.1099 pedras alongadas dispostas em 13 fileiras.


Arte e Arquitetura Pré-histórica e PrimitivaA FIXAÇÃO E A TOMADA DE POSSE DO TERRITÓRIO, NA PRIMAVERA NEOLÍTICAO Santuário de Stonehenge, no sul da Inglaterra,pode ser considerado uma das primeiras o<strong>br</strong>as daarquitetura que a História registra. Ele a<strong>pre</strong>sentaum enorme círculo de pedras erguidas a intervalosregulares, que sustentam traves horizontaisrodeando outros dois círculos interiores. No centrodo último está um bloco semelhante a um altar.O conjunto está orientado para o ponto dohorizonte onde nasce o Sol no dia do solstício deverão, indício de que se destinava às práticasrituais de um culto solar. Lem<strong>br</strong>ando que as pedraseram colocadas umas so<strong>br</strong>e as outras sem a uniãode nenhuma argamassa.Vista aérea deStonehenge. Entre 1.900e 1.600 a.C.Em Stonehenge, cada uma das pedras importantesacha-se alinhada com pelo menos uma outra,apontando para alguma posição extrema do Sol ouda Lua.


Arte e Arquitetura Pré-histórica e PrimitivaA FIXAÇÃO E A TOMADA DE POSSE DO TERRITÓRIO, NA PRIMAVERA NEOLÍTICACasa primitivaInterior de uma habitaçãoneolítica

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