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O Webjornalismo Mediado Pela Cultura Social Local - Livros LabCom

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✐✐✐✐38 O <strong>Webjornalismo</strong> <strong>Mediado</strong> <strong>Pela</strong> <strong>Cultura</strong> <strong>Social</strong> <strong>Local</strong>dades na área da educação, na área de saúde; também na áreade emprego [...] E o paulistano para sobreviver nesse ambientetem que desenvolver um olhar da cidade que é duplo. De umaforma ele se sente acuado, mas é aqui que ele vai ter suas grandespossibilidades. É aqui que ele vai ter chance de fazer umagrande universidade, vai poder fazer uma pesquisa, um projeto.São Paulo reúne ao mesmo tempo todas as possibilidades e impossibilidades.Então a pessoa vive aqui num ambiente que exigedela um sentido de desafio e de inteligência permanentes 21 .Para a urbanista Raquel Rolnik (2009, online), a capital do Estado de SãoPaulo é “produto de milhões de ações individuais e coletivas das geraçõesque nela investiram seus projetos”. Desse modo, o processo que formou amegalópole São Paulo não foi tão caótico quanto aparenta, e sim resultado deprocessos influenciados por ações e opções políticas e urbanas ao longo desua história.A paulistanidade 22 que regionaliza e demarca o sentimento de pertencimentoe identidade dos que habitam São Paulo – exercendo assim uma homogeneizaçãotácita das idéias, valores, hábitos e costumes próprios de seushabitantes – foi inicialmente uma ideologia produzida pela oligarquia paulistacomo revela o historiador Luis Fernando Cerri. “Para a elite, o bandeirantevincula atemporalmente o paulista a uma vocação nacional, de construtor dasamplas fronteiras do território a mantenedor da grandeza nacional” (CERRI,1998, online). Esse conceito idealizado foi apropriado pelos que vivenciam acapital do Estado.A imagem que se tem do paulistano passa pelas visões estereotipadas quecorrem popularmente como as assertivas de que ele só pensa em trabalhar evive em ritmo veloz 23 ; idealizações sempre presentes em textos diversos de21 Gilberto Dimenstein em entrevista a autora na sede do jornal A Folha de S. Paulo em SãoPaulo (SP), em 9 de abril de 2009.22 Termo que surgiu na obra do historiador Alfredo Ellis Jr., intitulada A Nossa Guerra, deacordo com o historiador e educador Luis Fernando Cerri em artigo intitulado NON DUCOR,DUCO: A Ideologia da Paulistanidade e a Escola. Rev. bras. Hist. vol. 18 n. 36 São Paulo,1998.23 Para a editora de Cotidiano (cidade) da Folha Online, Lívia Marra, “ser paulista é viver nomeio de uma confusão danada e estar antenado com tudo que acontece”. Entrevista concedidaà autora em 15 de maio de 2009.www.livroslabcom.ubi.pt✐✐✐✐

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