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Serviço Social na Estratégia Saúde da Família - CFESS

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SERVIÇO SOCIAL<strong>Estratégia</strong> <strong>da</strong> <strong>Saúde</strong> <strong>da</strong> <strong>Família</strong>NASF


SERVIÇO SOCIAL E SAÚDE<strong>Saúde</strong> - um dos principais campos de atuação Crescentes deman<strong>da</strong>s - novas formas de manifestações <strong>da</strong>serviços questão social que impõem de saúde. As profissões surgem e se desenvolvem a partir <strong>da</strong>snecessi<strong>da</strong>des históricas, respondendo a determi<strong>na</strong>çõeseconômicas e políticas <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de social.


SERVIÇO SOCIAL E SAÚDEO conceito ampliado de saúde - para além <strong>da</strong> simplesausência de doença, a relação “saúde-doença”: passou a sercaracteriza<strong>da</strong> como decorrente <strong>da</strong>s condições de vi<strong>da</strong> e detrabalho e <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de acesso igualitário de todos osserviços que objetivem a promoção, proteção e recuperação<strong>da</strong> saúde.A superação do modelo de saúde individual, medicalizante ehospitalocêntrico aponta a necessi<strong>da</strong>de, indispensável,<strong>da</strong> articulação entre todos os profissio<strong>na</strong>is <strong>da</strong> saúde.


O <strong>CFESS</strong>/CRESSE O SERVIÇO SOCIAL NA SAÚDEÉ histórica a preocupação do Conjunto com esse tema, no que serefere – a Atuação do Assistente <strong>Social</strong> <strong>na</strong> <strong>Saúde</strong> e a necessáriaarticulação com o projeto ético-político <strong>da</strong> profissão.Luta pela inserção do <strong>Serviço</strong> <strong>Social</strong> - Resolução n. 287, de 28 deoutubro de 1998, do CNS. Resolução <strong>CFESS</strong> nº 383/99, em seu artigo1 º caracteriza o assistente social como profissio<strong>na</strong>l de saúdeAmpliação <strong>da</strong> permissão para acumulação de cargos públicos aosprofissio<strong>na</strong>is de saúde (anteriormente, a ConstituiçãoFederal só previa a acumulação cargos para professore médico).A representação do <strong>CFESS</strong> no Conselho Nacio<strong>na</strong>l de <strong>Saúde</strong> e emvárias sub-comissões no âmbito do CNS, assim como, a representaçãodos CRESS nos Conselhos Estaduais e Municipais de <strong>Saúde</strong>.


O <strong>CFESS</strong>/CRESSE O SERVIÇO SOCIAL NA SAÚDEA realização de eventos pelo <strong>CFESS</strong>A participação de conselheiros do conjunto <strong>CFESS</strong>/CRESS <strong>na</strong>s últimasconferências <strong>da</strong> saúde.No âmbito do <strong>CFESS</strong> a Comissão de Seguri<strong>da</strong>de <strong>Social</strong>acompanha as deman<strong>da</strong>s e questões <strong>da</strong> categoria <strong>na</strong> saúde, mantendointerface com as comissões de Fiscalização e Ética e Direitos Humanos.Respostas as deman<strong>da</strong>s <strong>da</strong> categoria <strong>na</strong> área <strong>da</strong> saúdeA realização deste Seminário, nesse contexto, é parte doprocesso de mobilização em torno dessa discussão.A<strong>na</strong>lisar a inserção do <strong>Serviço</strong> social <strong>na</strong> <strong>Saúde</strong> que é mediado porconquistas , mas também permeado de conflitos e contradições.Trataremos aqui <strong>da</strong> Atenção Básica <strong>na</strong> <strong>Estratégia</strong> <strong>Saúde</strong> <strong>da</strong> <strong>Família</strong>com enfoque no Núcleo de Apoio a <strong>Saúde</strong> <strong>da</strong> <strong>Família</strong> – NASF.


A ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIADe um lado contempla princípios do SUS e se propõe ampliar apossibili<strong>da</strong>de de acesso a política de saúde como porta de entra<strong>da</strong>numa perspectiva de integrali<strong>da</strong>de;De outro segue a tendência de precarização e focalização, pelaracio<strong>na</strong>lização de recursos seguindo os ditames do Banco Mundial.É nesse pólo de contradições que precisamos aguçar nossa crítica, eidentificarmos as possibili<strong>da</strong>des para a atuação dos/as A. Sociais.A ESF pauta-se no discurso de reorientação do modeloassistencial e ampliação do alvo <strong>da</strong>s práticas de saúde.


A ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIADiversi<strong>da</strong>de de processos e deman<strong>da</strong>s sociais.Exigência de profissio<strong>na</strong>is com uma leitura alarga<strong>da</strong> e crítica.Carece de uma estrutura adequa<strong>da</strong> de trabalho, de modo a garantircondições resolutivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s ações em saúde.A contra-reforma do Estado aponta restrição do fi<strong>na</strong>nciamentopúblico; mediante dicotomia entre ações curativas e preventivas.Configuração de dois subsistemas Nessa conjuntura a <strong>Saúde</strong> <strong>da</strong> <strong>Família</strong> não seconfigurou conforme os princípios do SUS.


SERVIÇO SOCIAL E SAÚDE DA FAMÍLIADesafios do <strong>Serviço</strong> <strong>Social</strong> <strong>na</strong> ESFMúltiplas expressões <strong>da</strong> questão socialação e enxugamento <strong>da</strong>s políticas públicas em todo o país.Referência e contra-referência.Precárias condiçoes infra-estruturaisDiversi<strong>da</strong>de e amplitude de deman<strong>da</strong>sAusência de planejamento estratégicoA construção de mecanismos de monitoramentoe avaliação.


Núcleo de Apoio a <strong>Estratégia</strong> <strong>Saúde</strong> <strong>da</strong> <strong>Família</strong> Configuração prevista <strong>na</strong> Portaria 154 de 24 de janeiro de 2008,republica<strong>da</strong> em 04 de março de 2008.Objetivo “ampliar a abrangência e o escopo <strong>da</strong>s ações <strong>da</strong> atençãobásica, bem como sua resolubili<strong>da</strong>de, apoiando a inserção <strong>da</strong>estratégia de <strong>Saúde</strong> <strong>da</strong> <strong>Família</strong> <strong>na</strong> rede de serviços e o processo deterritorialização e regio<strong>na</strong>lização a partir <strong>da</strong> atenção básica”.O processo de trabalho a ser desenvolvido pelos profissio<strong>na</strong>is quecompõem os NASF deverá ocorrer em parceria com os profissio<strong>na</strong>is<strong>da</strong>s Equipes de <strong>Saúde</strong> <strong>da</strong> <strong>Família</strong>. Inserção no <strong>Serviço</strong> <strong>Social</strong> nesses Núcleos. recoloca-se as


NASF NO BRASILNASF 1 NASF 2 TOTALNASFCredenciados611 44 655NASF Implantados 496 44 540MunicípiosImplantados268 43 311


Núcleo de Apoio a <strong>Estratégia</strong> <strong>Saúde</strong> <strong>da</strong> <strong>Família</strong> O conjunto de ações a serem desenvolvi<strong>da</strong>s aponta para aconstituição de um espaço sócioocupacio<strong>na</strong>l pleno em diversi<strong>da</strong>de aser consoli<strong>da</strong>do, decifrado em suas contradiçõesAssim, a emergência desses Núcleos insere-se no bojo de processosdirecio<strong>na</strong>dos à qualificação <strong>da</strong> atenção básica enquanto políticaamplia<strong>da</strong> de proteção social direcio<strong>na</strong><strong>da</strong> à saúde <strong>da</strong> família, queincorpore diferentes dimensões assistenciais no acesso e garantia <strong>da</strong>saúde como direito social.


Núcleo de Apoio a <strong>Estratégia</strong> <strong>Saúde</strong> <strong>da</strong> <strong>Família</strong>O matriciamento se propõe como formas organizacio<strong>na</strong>is, com umametodologia de gestão do trabalho, complementar às previstas nossistemas hierarquizados de saúde, <strong>na</strong> constituição de relaçõeshorizontais e dialógicas no trabalho e gestão em saúde.É inerente à Atenção Básica a relação com outros níveis de atenção dosistema, possibilitando-se desse modo inferir a existência de relaçõesde apoio entre a ESF e demais serviços de saúde.O apoio matricial pode <strong>da</strong>r solidez a essas relações já existentes,assumindo relevância inclusive <strong>na</strong> otimização do acesso e uso derecursos especializados


Núcleo de Apoio a <strong>Estratégia</strong> <strong>Saúde</strong> <strong>da</strong> <strong>Família</strong>Considera-se que uma rede básica ampla e resolutiva, alia<strong>da</strong> àperspectiva de apoio matricial, aponta potenciali<strong>da</strong>des no alcance deuma atenção em saúde com impacto positivo <strong>na</strong> quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>população, otimização de recursos e produção de melhoria nosindicadores de saúde.Contudo, essa proposta (pelos investimentos /ditames do BancoMundial) visa alta resolutivi<strong>da</strong>de com redução de custos: privilegiando aatenção primária e reduzindo o fluxo ambulatorial e hospitalar


Inserção do Assistentes Sociais no NASFEstá prevista a atuação integra<strong>da</strong> dos NASF à rede de serviços desaúde em conjunto com as equipes <strong>Saúde</strong> <strong>da</strong> <strong>Família</strong>.A atuação dos NASF segue as premissas de territórialização, quepodem ser percebi<strong>da</strong>s de forma intersetorial.As ações vincula<strong>da</strong>s a no mínimo oito equipes de <strong>Saúde</strong> <strong>da</strong><strong>Família</strong> e no máximo a vinte equipes.Esses núcleos de apoio deverão se compostos por, no mínimo,cinco profissio<strong>na</strong>is.Ações estratégicas, quais sejam: ativi<strong>da</strong>de física e práticascorporais, práticas integrativas e complementares, reabilitação,


Categorias nos NASF-BrasilCategorias Profissio<strong>na</strong>isTotalAssistente <strong>Social</strong> 322Farmacêutico 212Fisioterapeuta 704Fonoaudiólogo 186Medico Acupunturista 09Medico Ginecologista 287Medico Homeopata 11Medico Pediatra 136Medico Psiquiatra 66Nutricionista 360Prof. de Educação Física 243Terapeuta Ocupacio<strong>na</strong>l 124Psicólogo 401Total 3061


Inserção do Assistentes Sociais no NASFMaterialização <strong>da</strong>s competências do <strong>Serviço</strong> <strong>Social</strong>: “ações depromoção <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia e de produção de estratégias que fomentem efortaleçam redes de suporte social e maior integração entre serviçosde saúde, seu território e outros equipamentos sociais, contribuindopara o desenvolvimento e ações intersetoriais para a realizaçãoefetiva do cui<strong>da</strong>do”.


Contradições presentes no processo deinserção profissio<strong>na</strong>l no NASFA inserção do assistente social nos NASF, um novo espaçosocioocupacio<strong>na</strong>l para essa profissão, impulsio<strong>na</strong> grandes reflexõespara a categoria.Especifici<strong>da</strong>de do <strong>Serviço</strong> <strong>Social</strong> no NASF?Potenciali<strong>da</strong>des do exercício profissio<strong>na</strong>l <strong>na</strong> perspectiva do projetoético-políticoPapel <strong>da</strong> categoria <strong>na</strong>s ações interdiscipli<strong>na</strong>res.Forma de contratação e/ou seleção dos profissio<strong>na</strong>isnessa Equipe - precarização <strong>da</strong>s condições de trabalho.


Contradições presentes no processo deinserção profissio<strong>na</strong>l no NASFComo os profissio<strong>na</strong>is poderão de fato se dedicar às ações deprevenção e promoção <strong>da</strong> saúde, intersetoriali<strong>da</strong>de, participaçãopopular?Possibili<strong>da</strong>des de suplantar pragmatismo, reversão do modeloassistencial <strong>na</strong> perspectiva de materialização dos princípios SUSAs ações previstas <strong>na</strong> portaria apontam para aquelasdesenvolvi<strong>da</strong>s no contexto <strong>da</strong> trabalho direto com as família o quecontradiz com a proposta de apoio e retaguar<strong>da</strong>.O que se constata aí é uma intencio<strong>na</strong>li<strong>da</strong>dede substituir uma deman<strong>da</strong> configura pela equipe básica .


Contradições presentes no processo deinserção profissio<strong>na</strong>l no NASFAcreditamos portanto, que a inserção do serviço social no NASFdeve se inserir com condições de trabalho e coerência com os princípiosdo SUS.Essa inserção não deve elimi<strong>na</strong>r a necessi<strong>da</strong>de do Assistente <strong>Social</strong><strong>na</strong> Equipe de <strong>Saúde</strong> <strong>da</strong> <strong>Família</strong>Essas ações remetem à ação direta <strong>na</strong> ESF, portanto precisam serredefini<strong>da</strong>s <strong>na</strong> perspectiva de subsidiamento e apoio. Em última instância se constata uma contradição eincoerência <strong>na</strong> proposta do NASF ou incongruência <strong>na</strong>idéia de matriciamento.própria


AÇÕES DE SERVIÇO SOCIAL NO NASFNesse horizonte, a referi<strong>da</strong> portaria detalha as ações a seremdesenvolvi<strong>da</strong>s por esse profissio<strong>na</strong>l, quais sejam:• Coorde<strong>na</strong>r os trabalhos de caráter social adstritos às ESF;• Estimular e acompanhar o desenvolvimento de trabalhos de carátercomunitário em conjunto com as ESF;• Discutir e refletir permanentemente com as ESF a reali<strong>da</strong>de social e asformas de organização social dos territórios, desenvolvendo estratégiasde como li<strong>da</strong>r com suas adversi<strong>da</strong>des e potenciali<strong>da</strong>des;• Atender as famílias de forma integral, em conjunto com as ESF,estimulando a reflexão sobre o conhecimento dessas famílias, comoespaços de desenvolvimento individual e grupal, sua dinâmica e crises


SERVIÇO SOCIAL E NASFTudo isso não significa negar a importância do assistente no NASF.Pensar a quali<strong>da</strong>de dos NASF, passa por repensar o número deequipes, bem como a estruturação dos Núcleos.Pensar a inserção do serviço social requer a definição<strong>da</strong> forma de contratação bem como <strong>da</strong>s ações.Para uma inserção ver<strong>da</strong>deiramente qualitativa desse profissio<strong>na</strong>l<strong>na</strong> <strong>Estratégia</strong> ele deve compor também a equipe básica.Certamente, esse processo vai depender do acúmulo deforças e <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de de pressão política por parte <strong>da</strong>categoria e <strong>da</strong>s articulações que conseguir construir.


SERVIÇO SOCIAL E NASFRumos no processo de debate do Assistente <strong>Social</strong> no NASFSe faz necessário, portanto, que a categoria não vise ape<strong>na</strong>s comas possibili<strong>da</strong>des mas com a forma de inserção <strong>na</strong>s equipes.Adensar as mediações entre o projeto profissio<strong>na</strong>l e projeto dereforma sanitária, eluci<strong>da</strong>ndo possibili<strong>da</strong>des de inserção do assistentesocial <strong>na</strong> Atenção Básica/NASF nessa direção.Assim, é preciso instaurar um processo amplo de debate ESF eNASF em permanente articulação movimentos organizadoscomprometidos com a qualificação dessas políticas. Tudo isso deve estar diante nova configuração <strong>da</strong>política de saúde.


SERVIÇO SOCIAL E NASFNesta conjuntura, as enti<strong>da</strong>des do <strong>Serviço</strong> <strong>Social</strong> têm por desafioarticular com os demais profissio<strong>na</strong>is de saúde e movimentos sociaisque questionem a crise gesta<strong>da</strong> pelo grande capital.A intervenção do profissio<strong>na</strong>l deve potencializar a orientação socialpara ampliar o acesso dos usuários à política de saúde; com foco <strong>na</strong>mobilização e participação popular.Assim o <strong>CFESS</strong> aponta para a necessi<strong>da</strong>de do assistente socialfugir <strong>da</strong>s concepções maniqueístas, portanto,romper com as armadilhas <strong>da</strong> prática acrítica, <strong>na</strong> investigação <strong>da</strong>reali<strong>da</strong>de, apoiando-se nos referenciais teóricos, éticos epolíticos <strong>da</strong> profissão.


Acredito que a doçura e o despojamentoespiritual vão superar a gula grosseira dos diasde hoje. E, no fim de tudo, minha fé está <strong>na</strong>classe trabalhadora.(Jack London - O que a vi<strong>da</strong> significa pra mim)

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