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Dissolução em líquidos - Direção-Geral da Educação

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XPLRANDOMATERIAISDISSOLUÇÃOLÍQUIDOSGuião Didáctico para Professores<strong>em</strong>Direcção-<strong>Geral</strong> de Inovaçãoe de Desenvolvimento CurricularIsabel P. MartinsMaria Luísa VeigaFilomena TeixeiraCelina Tenreiro-VieiraRui Marques VieiraAna V. RodriguesFernan<strong>da</strong> Couceiro2


Biblioteca Nacional - Catalogação Nacional<strong>Dissolução</strong> <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>: guião didáctico para professores.Isabel P. Martins... [et al.]. - (Ensino Experimental <strong>da</strong>sCiências nº 2)ISBN 972-742-241-1978-972-742-241-8I - Martins, Isabel P., 1948-CDU 37154373Ficha técnicaColecção Ensino Experimental <strong>da</strong>s CiênciasExplorando materiais... <strong>Dissolução</strong> <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>2ª Edição - (Set<strong>em</strong>bro, 2007)EditorMinistério <strong>da</strong> <strong>Educação</strong>Direcção-<strong>Geral</strong> de Inovação e de Desenvolvimento CurricularAutoresIsabel P. Martins, Maria Luísa Veiga, Filomena Teixeira, Celina Tenreiro-Vieira,Rui Marques Vieira, Ana V. Rodrigues e Fernan<strong>da</strong> CouceiroConsultores CientíficosMaria Armin<strong>da</strong> Pedrosa e Paulo Ribeiro-ClaroDesignManuela LourençoPaginaçãoOlin<strong>da</strong> SousaExecução gráficaTipografia Jerónimus L<strong>da</strong>Tirag<strong>em</strong>2500 Exe.Depósito Legal249105/06ISBN972-742-241-1978-972-742-241-8


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>IntroduçãoI234Enquadramento CurricularFinali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s Activi<strong>da</strong>desEnquadramento ConceptualActivi<strong>da</strong>desABCDEExplorando... Factores que influenciam o t<strong>em</strong>po dedissolução de um materialExplorando... Comportamento de materiais <strong>em</strong> contactocom águaExplorando... Limites de solubili<strong>da</strong>de de um material noutroExplorando... Reversibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> dissoluçãoExplorando... Conservação <strong>da</strong> massa na dissolução991013154652616756RecursosAprendizagens espera<strong>da</strong>sSugestões para avaliação de aprendizagens7172747AnexosCaderno de Registos para Crianças


6ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>Estrutura do LivroEste livro é um Guião Didáctico para Professores do 1º CEB e intitulase“ Explorando Materiais… <strong>Dissolução</strong> <strong>em</strong> Líquidos” e pretendeser uma base de apoio ao ensino do t<strong>em</strong>a <strong>Dissolução</strong> de Materiais, decariz experimental.As activi<strong>da</strong>des propostas poderão ser explora<strong>da</strong>s do 1º ao 4º anos deescolari<strong>da</strong>de, de acordo com o desenvolvimento cognitivo <strong>da</strong>scrianças, e ser abor<strong>da</strong><strong>da</strong>s pela ord<strong>em</strong> considera<strong>da</strong> mais apropria<strong>da</strong>pelo(a) professor(a).O livro está organizado <strong>em</strong> duas partes: o Guião Didáctico,propriamente dito, destinado a ser usado por professores, e oCaderno de Registos, para uso <strong>da</strong>s crianças no acompanhamento<strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des propostas (fotocopiável). Neste Caderno as criançasirão registar as suas ideias prévias, a planificação <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des quefarão com o auxílio do(a) professor(a), os <strong>da</strong>dos recolhidos durante arealização dos ensaios e as conclusões construí<strong>da</strong>s a partir dos <strong>da</strong>dos,tendo <strong>em</strong> conta as questões-probl<strong>em</strong>a iniciais.A organização do Guião Didáctico, equivalente para todos eles,<strong>em</strong>bora salvaguar<strong>da</strong>ndo as especifici<strong>da</strong>des próprias de ca<strong>da</strong> t<strong>em</strong>a,está estrutura<strong>da</strong> nas seguintes secções:— Enquadramento curricular, justificando a pertinência do t<strong>em</strong>asegundo o Currículo Nacional do Ensino Básico (ME, 2001) e oPrograma do 1º CEB (ME, 1990; 2004);— Finali<strong>da</strong>de(s) <strong>da</strong>s Activi<strong>da</strong>des, explicitando o que sepretende que as crianças alcanc<strong>em</strong>, globalmente, com arealização <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des propostas;— Enquadramento conceptual,clarificando o conhecimento deconteúdo que os professores do 1º CEB deverão ter sobre o t<strong>em</strong>a,de modo a poder<strong>em</strong> conduzir as tarefas e apoiar as crianças naexploração <strong>da</strong>s suas ideias prévias com vista aosdesenvolvimentos (conceptuais e processuais) desejados. Nãose trata, evident<strong>em</strong>ente, de conhecimento de conteúdo própriopara o 1º CEB, mas constitui aquilo que deve ser o nível deconhecimento mínimo dos professores;


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>— As Activi<strong>da</strong>des apresentam-se estrutura<strong>da</strong>s <strong>em</strong> subt<strong>em</strong>áticasque irão ser objecto de exploração experimental e organiza<strong>da</strong>ssegundo um formato facilitador do trabalho de alunos(as) eprofessor(a): propósitos <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>de, contexto de exploração <strong>em</strong>etodologias de desenvolvimento.Ca<strong>da</strong> activi<strong>da</strong>de engloba uma ou mais questões-probl<strong>em</strong>a formula<strong>da</strong>snuma linguag<strong>em</strong> próxima <strong>da</strong> <strong>da</strong>s crianças, as quais serão objecto deexploração experimental, individualmente ou <strong>em</strong> grupo, conformedecisão do(a) professor(a). As activi<strong>da</strong>des do tipo investigativo estãoestrutura<strong>da</strong>s de modo a que as crianças compreen<strong>da</strong>m o que é umensaio controlado; saibam prever factores que poderão afectar, nocaso particular <strong>em</strong> estudo, o valor <strong>da</strong> variável a medir; sejam capazesde distinguir <strong>da</strong>dos de uma observação, sua interpretação econclusões a extrair; confront<strong>em</strong> resultados obtidos com previsõesfeitas e percebam os limites de vali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> conclusãode ca<strong>da</strong> um dosensaios realizados.— Recursos didácticos, equipamentos e dispositivos duradourose materiais consumíveis necessários para a realização doconjunto <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des propostas (as quanti<strong>da</strong>des dependerãodo número de ensaios a realizar, a decidir pelo(a) professor(a));— Aprendizagens espera<strong>da</strong>s, do domínio conceptual, processuale atitudinal, que as activi<strong>da</strong>des, no seu conjunto, poderãopromover nos alunos, com vista ao desenvolvimento decompetências preconiza<strong>da</strong>s no Currículo Nacional do EnsinoBásico;— Sugestões para avaliação <strong>da</strong>s aprendizagens, ex<strong>em</strong>plificandoquestões, às quais os alunos deverão ser capazes de responder deforma adequa<strong>da</strong>, após a realização <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des propostas.Embora estejam apresenta<strong>da</strong>s na parte final do livro, tal nãoimpede que o(a) professor(a) as vá explorando com os alunos àmedi<strong>da</strong> que progride no t<strong>em</strong>a.Ao longo do Guião Didáctico, particularmente na metodologia deexploração <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des, utiliza-se sinalética própria orientadorade tarefas a realizar pelos alunos (anotações, previsões, conclusões),de cui<strong>da</strong>dos a ter com a manipulação de instrumentos e materiais eprocedimentos a seguir, conforme se ilustra:7


8ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>Anotar no caderno de registosFazer previsõesCElaborar conclusãoCondições de segurança


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>Explorando materiais...DISSOLUÇÃO <strong>em</strong> LÍQUIDOSIEnquadramento curricularO Currículo Nacional do Ensino Básico (2001) apresentaorientações que apontam para o desenvolvimento decompetências <strong>da</strong>s crianças tais como “Observação <strong>da</strong>multiplici<strong>da</strong>de de formas, características e transformaçõesque ocorr<strong>em</strong> nos materiais”, “Explicação de algunsfenómenos com base nas proprie<strong>da</strong>des dos materiais” e“Realização de activi<strong>da</strong>des experimentais simples, paraidentificação de algumas proprie<strong>da</strong>des dos materiais,relacionando-os com as suas aplicações”.O t<strong>em</strong>a <strong>Dissolução</strong> não aparece de forma explícita noPrograma do 1º CEB (1990, 2004). Contudo pod<strong>em</strong>ossubentender que a sua exploração é adequa<strong>da</strong> e pertinente,uma vez que nesse documento se propõe “Realizarexperiências com alguns materiais e objectos de usocorrente”; “Comparar alguns materiais segundo algumas<strong>da</strong>s suas proprie<strong>da</strong>des (flexibili<strong>da</strong>de, resistência,solubili<strong>da</strong>de, dureza, transparência, combustibili<strong>da</strong>de…)”;“Agrupar materiais segundo essas proprie<strong>da</strong>des”;“Relacionar essas proprie<strong>da</strong>des com a utili<strong>da</strong>de dosmateriais”.2Finali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des— Verificar a diversi<strong>da</strong>de de comportamentos de materiaisdistintos na formação de soluções (no estado líquido);— Identificar e explorar alguns dos factores que influenciamesses comportamentos;— Compreender algumas características <strong>da</strong>s soluções.9


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>3Enquadramento conceptualA dissolução é um fenómeno que resulta de interacções <strong>da</strong>suni<strong>da</strong>des estruturais do soluto com uni<strong>da</strong>des estruturais dosolvente, neste sentido pode dizer-se que se trata de umfenómeno de interacção soluto-solvente através deinteracções entre uni<strong>da</strong>des estruturais de ambos. A natureza<strong>da</strong>s uni<strong>da</strong>des estruturais de um e outro é factordeterminante <strong>da</strong> possibili<strong>da</strong>de de ocorrência de interacçõesentre elas. A extensão <strong>da</strong> dissolução será tanto maior quantomais intensas for<strong>em</strong> as interacções entre as uni<strong>da</strong>desestruturais do soluto e do solvente, o que implica quesimultaneamente ocorram rupturas de interacções solutosolutoe solvente-solvente.No caso do açúcar para uso doméstico e restauração (cujocomponente principal é a sacarose — uma substância dogrupo dos açúcares), a sua dissolução <strong>em</strong> água ocorreporque há moléculas de água que interactuam com as desacarose, traduzindo-se <strong>em</strong> ruptura <strong>da</strong>s interacções entre asmoléculas <strong>da</strong> sacarose (entre si) e entre parte <strong>da</strong>s moléculasde água (entre si), por força de as interacções entr<strong>em</strong>oléculas de água e de sacarose ser<strong>em</strong> mais intensas do queentre moléculas de ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s substâncias entre si, <strong>da</strong>íque resulta maior proximi<strong>da</strong>de entre as moléculas desacarose e (parte <strong>da</strong>s) moléculas de água na solução obti<strong>da</strong>,vulgarmente designa<strong>da</strong> água açucara<strong>da</strong>. Trata-se, pois, deprocessos simultâneos que envolv<strong>em</strong> ruptura de interaçõesentre moléculas de ca<strong>da</strong> um dos componentes <strong>da</strong> soluçãopor as interacções soluto-solvente ser<strong>em</strong> mais intensas doque as soluto-soluto e solvente-solvente, ou seja, porprevalecer<strong>em</strong> as interacções entre moléculas de naturezadiferente, de água e de sacarose, relativamente àsinteracções entre moléculas idênticas.10Nos casos <strong>em</strong> que não estabelec<strong>em</strong> interacções entr<strong>em</strong>oléculas diferentes (o que depende <strong>da</strong> constituição de taismoléculas), a dissolução não ocorre ou ocorre <strong>em</strong> menorextensão. É por isso que o sal (cujo componente principal é ocloreto de sódio) é muito mais solúvel <strong>em</strong> água do que <strong>em</strong>


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>álcool etílico. É também por isso que na chama<strong>da</strong> “limpeza aseco” são r<strong>em</strong>ovi<strong>da</strong>s nódoas de gordura, o que não acontecequando se tenta fazê-lo com água, porque os componentespredominantes dessas nódoas não se dissolv<strong>em</strong> <strong>em</strong> água,mas dissolv<strong>em</strong>-se nos solventes usados na “limpeza a seco”.Quando a dissolução acontece, a interacção entre asmoléculas do soluto e do solvente justifica-se com base nanatureza destas, mas é facilita<strong>da</strong> por vários factores, como asuperfície de contacto soluto-solvente e os movimentos <strong>da</strong>smoléculas do solvente que afectam a rapidez <strong>da</strong> dissolução.É por isso que um rebuçado (cujo componente principal é asacarose) deixado <strong>em</strong> repouso no fundo de um copo comágua se vai dissolvendo progressivamente de fora paradentro. Isto significa que a dissolução é um fenómeno desuperfície, que ocorre na “zona de contacto” entre soluto esolvente. Interferir nesta zona de contacto provocaalteração no t<strong>em</strong>po de dissolução. Assim, quando se trituraum rebuçado, a superfície <strong>em</strong> contacto com a água aumenta,o que origina um maior número de interacções solutosolventepor uni<strong>da</strong>de de t<strong>em</strong>po e <strong>da</strong>í que agora seja maisrápido dissolvê-lo — a dissolução completa d<strong>em</strong>ora agoramenos t<strong>em</strong>po.Quando, antes <strong>da</strong> dissolução ter ocorrido por completo, seagita a mistura (heterogénea), o que se promove são novoscontactos entre as moléculas do solvente e as do soluto, ouseja, aumenta-se o número de interacções entre asmoléculas de um com as do outro por uni<strong>da</strong>de de t<strong>em</strong>po, istoé, aumenta-se a frequência <strong>da</strong>s interacções soluto-solvente.Daí diminuir o t<strong>em</strong>po necessário para que a dissolução possaconsiderar-se completa.O aumento de t<strong>em</strong>peratura do solvente interrelaciona-secom maior rapidez dos movimentos <strong>da</strong>s suas moléculas, aqual t<strong>em</strong> um efeito facilitador <strong>da</strong> interacção destas com asmoléculas do soluto. Por isso, <strong>em</strong> geral, quanto mais eleva<strong>da</strong>for a t<strong>em</strong>peratura <strong>da</strong> mistura (heterogénea), maior será afrequência <strong>da</strong>s interacções entre as moléculas de solvente eas do soluto, traduzindo-se <strong>em</strong> menor t<strong>em</strong>po necessário11


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>para que a dissolução possa considerar-se completa —menor t<strong>em</strong>po de dissolução 1.Do que se acaba de referir sobre a dissolução, ressalta a ideiade que esta é s<strong>em</strong>pre um “fenómeno de pares”, razão pelaqual não existe um “solvente universal” n<strong>em</strong> um “solutos<strong>em</strong>pre solúvel”. Mas mesmo enquanto “fenómeno de pares”,a dissolução está condiciona<strong>da</strong> quantitativamente, o quequer dizer que, mesmo para um determinado par solutosolvente,existe um limite para a quanti<strong>da</strong>de de soluto que épossível dissolver a uma <strong>da</strong><strong>da</strong> t<strong>em</strong>peratura numa certaporção de solvente. A concentração de soluto na soluçãodepende <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong>de deste dissolvi<strong>da</strong> por uni<strong>da</strong>de devolume de solução. Quando uma solução contém a máximaquanti<strong>da</strong>de de soluto que é possível dissolver, à t<strong>em</strong>peraturaa que está, a concentração de soluto atinge o seu valormáximo, àquela t<strong>em</strong>peratura e diz-se que, então a soluçãoestá satura<strong>da</strong>.É o valor <strong>da</strong> concentração <strong>da</strong> solução satura<strong>da</strong> que define asolubili<strong>da</strong>de do soluto naquele solvente, àquela t<strong>em</strong>peratura.Daí, não dever falar-se de solubili<strong>da</strong>de de um qualquersoluto, s<strong>em</strong> fazer referência ao solvente <strong>em</strong> questão.Uma omissão deste tipo é frequente <strong>em</strong> manuais escolaresdo 1º CEB, onde corrent<strong>em</strong>ente se refere, como activi<strong>da</strong>deou objectivo, “estu<strong>da</strong>r a solubili<strong>da</strong>de de diferentes materiais”.Ora, como o solvente aí referido é quase s<strong>em</strong>pre água, issopode constituir um reforço <strong>da</strong> ideia inadequa<strong>da</strong> de que acomparação de solubili<strong>da</strong>des só diz respeito a sist<strong>em</strong>asaquosos ou, ain<strong>da</strong>, que a solubili<strong>da</strong>de depende apenas dosoluto. Ora, correcto será falar-se de solubili<strong>da</strong>des de umsoluto <strong>em</strong> solventes diferentes, a diferentes t<strong>em</strong>peraturas,ideia que está subjacente ao facto de uma nódoa num tecidonão ser r<strong>em</strong>ovível (apenas) com água, mas poder serr<strong>em</strong>ovi<strong>da</strong> com um outro solvente, por ex<strong>em</strong>plo, e/ou <strong>da</strong>121 Exist<strong>em</strong> excepções: solutos que precipitam por aquecimento <strong>da</strong> solução, ou seja, substâncias (solutos) cujasolubili<strong>da</strong>de noutras (solventes) diminu<strong>em</strong> com o aumento <strong>da</strong> t<strong>em</strong>peratura — os solutos são mais solúveis nossolventes <strong>em</strong> apreço a frio do que a quente.


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>eficiência <strong>da</strong> sua r<strong>em</strong>oção depender <strong>da</strong> t<strong>em</strong>peratura a que talprocesso se realiza.O comportamento dos materiais <strong>em</strong> água é um dos domíniosdo dia-a-dia que pod<strong>em</strong> despertar grande interesse àscrianças, desde muito cedo. Aliás, as concepçõesalternativas às considera<strong>da</strong>s cientificamente adequa<strong>da</strong>sidentifica<strong>da</strong>s <strong>em</strong> crianças pequenas pod<strong>em</strong> tambémconsiderar-se evidência desse interesse. Considerar quequando se coloca um material sólido <strong>em</strong> água "eledesaparece e só lá fica a cor ou o sabor..." ou que "o sólidoprimeiro passa a líquido e depois mistura-se no outrolíquido...", são ideias que qualquer professor(a)provavelmente encontrará na sua sala de aula e que ascrianças desenvolv<strong>em</strong> quando procuram compreenderfenómenos de ocorrência diária. Tarefas de preparação dealimentos (<strong>em</strong> que se utiliza açúcar ou sal dissolvidos) sãocontextos privilegiados para a identificação de tais ideias. Noentanto, desconstruí-las requer experiências devi<strong>da</strong>menteestrutura<strong>da</strong>s que, questionando a legitimi<strong>da</strong>de e adequaçãodos argumentos, pod<strong>em</strong> gerar conflitos cognitivos nascrianças, uma etapa crucial <strong>da</strong> reestruturação e progressoconceptuais para ideias mais adequa<strong>da</strong>s.4Activi<strong>da</strong>desPara explorar a dissolução propõe-se a realização de cincoactivi<strong>da</strong>des (A, B, C, D e E) estrutura<strong>da</strong>s de acordo com oseguinte diagrama organizador <strong>da</strong> t<strong>em</strong>ática. A sequência<strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des pode ser decidi<strong>da</strong> pelo(a) professor(a).13


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>Activi<strong>da</strong>deAExplorando ...factores que influenciam o t<strong>em</strong>po dedissoluçãodeummaterialA1Propósitos <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>de— Compreender que dissolver um material (soluto) noutro(solvente) significa obter uma solução (misturahomogénea);— Compreender que uma dissolução mais rápi<strong>da</strong> significaque o soluto se dissolve mais depressa no solvente, isto é,dissolve-se <strong>em</strong> menos t<strong>em</strong>po nesse solvente;— Prever os factores que pod<strong>em</strong> influenciar o t<strong>em</strong>po de dissoluçãode um rebuçado <strong>em</strong> diversos solventes, a maioria dos quaisaquosos, e qual o efeito <strong>da</strong> variação de ca<strong>da</strong> um deles;— Identificar, <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> ensaio e <strong>em</strong> articulação com aplanificação do que se deve controlar e medir (quando ecomo), as variáveis independentes (por ex<strong>em</strong>plo, massado soluto, natureza do solvente e t<strong>em</strong>peratura <strong>da</strong>mistura) e a dependente (t<strong>em</strong>po de dissolução);— Identificar o efeito <strong>da</strong> variação de ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s variáveisindependentes no t<strong>em</strong>po de dissolução.A2Contexto de exploraçãoAs crianças, <strong>em</strong> geral, gostam de chupar rebuçados.O acto de chupar um rebuçado é uma situação onde oconceito de dissolução se aplica, sendo, simultaneamente,um prazer para a maioria <strong>da</strong>s crianças. Exist<strong>em</strong>, contudo,15


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>algumas diferenças entre chupar rebuçados, a situação real,e o contexto académico para verificar e controlar adissolução de um rebuçado <strong>em</strong> água. Apesar disso, é váli<strong>da</strong> atransferência de explicações de um contexto para o outro.Para exploração deste contexto familiar para a maioria <strong>da</strong>scrianças, suger<strong>em</strong>-se etapas do tipo <strong>da</strong>s que a seguir sedescrev<strong>em</strong>:Oferecer um rebuçado2a ca<strong>da</strong> criança <strong>da</strong> turma;As crianças chupam os rebuçados, s<strong>em</strong> qualquerorientação do(a) professor(a);Observar discretamente as crianças e quando severificar que algumas já comeram o rebuçado todo,iniciar um conjunto de perguntas do tipo:— Qu<strong>em</strong> já acabou de chupar o rebuçado?— Qu<strong>em</strong> t<strong>em</strong> ain<strong>da</strong> parte do rebuçado?— Por que é que alguns já não têm o rebuçado eoutros ain<strong>da</strong> têm algum bocado?Ouvir as respostas <strong>da</strong>s crianças às questões coloca<strong>da</strong>s eregistá-las. Ex<strong>em</strong>plos:— Comi o rebuçado todo porque chupei depressa— Comi-o todo porque o trinquei— Comi-o todo porque o mexi muito na boca— Ain<strong>da</strong> tenho um bocado pequeno, porque o mexipouco— Ain<strong>da</strong> não o chupei todo, porque chupei poucasvezes— Comi o rebuçado mais rápido porque a minhasaliva é diferente <strong>da</strong> tua.16Ca<strong>da</strong> uma destas respostas hipotéticas permite ao(à)professor(a) utilizá-la na exploração de factores queinfluenciam o t<strong>em</strong>po de dissolução de um rebuçado num<strong>da</strong>do intervalo de t<strong>em</strong>po.2 Os rebuçados dev<strong>em</strong> ser, tanto quanto possível, s<strong>em</strong>elhantes entre si e duros.


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>A3Metodologia de exploraçãoSist<strong>em</strong>atizar as razões que as crianças apresentaramcomo justificativas de ter<strong>em</strong>, ou não, acabado orebuçado.Relacionar linguag<strong>em</strong> comum com linguag<strong>em</strong> científica,explicitando significados e correspondências entre ostermos usados pelas crianças e termos cientificamenteapropriados. Por ex<strong>em</strong>plo:— “Trincar” — significa dividir <strong>em</strong> pe<strong>da</strong>ços maispequenos/ triturar;— “Mexer” — significa agitar;— “Chupar” — significa r<strong>em</strong>over a solução eadicionar mais solvente3;— “ Saliva” — corresponde ao solvente que, porapresentar composição variável (dependente <strong>da</strong>pessoa), pode associar-se ao tipo de solvente.A partir <strong>da</strong>qui, fazer com as crianças o levantamento defactores que estas julgu<strong>em</strong> poder influenciar o t<strong>em</strong>po dedissolução de um rebuçado:A massa do rebuçadoO tipo do rebuçadoO estado de divisão do rebuçadoO volume de solventeA agitação <strong>da</strong> misturaA t<strong>em</strong>peratura do solventeO tipo de solventeCa<strong>da</strong> um dos factores corresponde a uma variávelindependente, cujo efeito no valor <strong>da</strong> variável dependente(t<strong>em</strong>po necessário para que ca<strong>da</strong> rebuçado sejacompletamente chupado, correspondente à sua dissoluçãocompleta) só poderá ser avaliado controlando as outrasvariáveis.3 Por aproximação “adicionar mais solvente”.17


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>Para ca<strong>da</strong> um dos factores (variáveis independentes),formular uma questão específica, como se ex<strong>em</strong>plifica aseguir com a explicitação <strong>da</strong> “Variável <strong>em</strong> estudo” e umapossível “Questão-probl<strong>em</strong>a” para sete ensaios.À medi<strong>da</strong> que vai dialogando com as crianças deve irregistando a lista de factores (variáveis independentes),b<strong>em</strong> como as questões-probl<strong>em</strong>a, num formato visívelpara to<strong>da</strong> a turma (cartaz/acetato). As crianças dev<strong>em</strong>completar o quadro no caderno de registos,identificando os factores e as questões-probl<strong>em</strong>a comeles relaciona<strong>da</strong>s.?uestões-probl<strong>em</strong>a:Variável <strong>em</strong> estudo:massa do solutoVariável <strong>em</strong> estudo:tipo de solutoVariável <strong>em</strong> estudo:estado de divisão do solutoVariável <strong>em</strong> estudo:volume do solventeVariável <strong>em</strong> estudo:agitação <strong>da</strong> misturaVariável <strong>em</strong> estudo:t<strong>em</strong>peratura do solventeQuestão-probl<strong>em</strong>a I: O tamanho do rebuçado(massa) influencia o t<strong>em</strong>po de dissolução?Questão-probl<strong>em</strong>a II: O tipo de rebuçado (soluto),por ex<strong>em</strong>plo, de caramelo e de fruta, influencia ot<strong>em</strong>po de dissolução?Questão-probl<strong>em</strong>a III: O estado de divisãodo rebuçado (soluto) influencia o t<strong>em</strong>po dedissolução?Questão-probl<strong>em</strong>a IV: A quanti<strong>da</strong>de(volume) de líquido (solvente) influencia ot<strong>em</strong>po de dissolução do rebuçado?Questão-probl<strong>em</strong>a V: A agitação <strong>da</strong> misturainfluenciaot<strong>em</strong>podedissoluçãodorebuçado?Questão-probl<strong>em</strong>a VI: A t<strong>em</strong>peratura influencia ot<strong>em</strong>po de dissolução do rebuçado?18Variável <strong>em</strong> estudo:tipo de solventeQuestão-probl<strong>em</strong>a VII: O tipo de líquido(solvente) influencia o t<strong>em</strong>po de dissolução dorebuçado?


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>Ca<strong>da</strong> questão diz respeito ao estudo <strong>da</strong> influência de umavariável independente na dissolução de rebuçados (solutos),através do t<strong>em</strong>po necessário para a sua dissolução completa<strong>em</strong> água e outros solventes, todos no estado líquido. Por isso,é fun<strong>da</strong>mental que as crianças reconheçam que a resposta aca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s questões só será váli<strong>da</strong> se a experiência forconduzi<strong>da</strong> controlando as restantes variáveis — ensaiocontrolado.Esse controlo exige que a experimentação seja feita comrecursos adequados, que permitam avaliar e/ou medir:— O t<strong>em</strong>po de dissolução (usar relógio ou cronómetro);— A massa de soluto (usar balança);— O estado de divisão do soluto (usar almofariz);— O volume de solvente (usar provetas ou coposgraduados);— A agitação <strong>da</strong> mistura soluto-solvente (usar vareta,colher ou equipamento eléctrico apropriado);— A t<strong>em</strong>peratura do solvente (usar termómetro).As crianças planeiam, com a aju<strong>da</strong> do(a) professor(a),uma experiência que permita formular respostasadequa<strong>da</strong>s a ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s questões formula<strong>da</strong>s.O(A) professor(a) deve orientar essa planificação, d<strong>em</strong>odo a que as crianças deci<strong>da</strong>m, para ca<strong>da</strong> questão:O que vamos mu<strong>da</strong>r (variável independente <strong>em</strong> estudo) ;O que vamos medir (t<strong>em</strong>po de dissolução de rebuçado(s)<strong>em</strong> água e outros solventes no estado líquido - variáveldependente escolhi<strong>da</strong> para to<strong>da</strong>s as questões) ;O que vamos manter e como (variáveis independentes acontrolar) ;Como vamos registar (tabelas, quadros, gráficos...) ;O que pensamos que vai acontecer e porquê;O que e como vamos fazer.19


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>?uestão-probl<strong>em</strong>a I:O tamanho (massa) do rebuçado influencia oseu t<strong>em</strong>po de dissolução?Antes <strong>da</strong> experimentaçãoO(A) professor(a) orienta as crianças de forma a decidir<strong>em</strong><strong>em</strong> conjunto:O que vamos mu<strong>da</strong>r...— A massa de rebuçado (um rebuçado grande e umrebuçado pequeno do mesmo tipo) 4.O que vamos medir…— O t<strong>em</strong>po que d<strong>em</strong>ora ca<strong>da</strong> rebuçado (o grande e o pequenodo mesmo tipo) a dissolver-se por completo <strong>em</strong> água.O que vamos manter e como...— O tipo de rebuçados e o seu estado de divisão, usando doisrebuçados do mesmo tipo (dureza, cor, composição, ...) eno mesmo estado de divisão (por ex<strong>em</strong>plo, inteiro);— O tipo, o volume e a t<strong>em</strong>peratura do solvente (porex<strong>em</strong>plo, 100ml de água à t<strong>em</strong>peratura ambiente e mediro seu valor), <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> um dos dois copos;— O momento <strong>em</strong> que se introduz<strong>em</strong> os rebuçados noscopos;— A agitação do conteúdo de ca<strong>da</strong> um dos copos, nãoagitando, ou agitando de forma equivalente, nos doiscasos.204 Poder-se-á <strong>em</strong> alternativa utilizar um rebuçado e uma metade de rebuçado.


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>Como vamos registar...— Organizar um quadro do tipo que se apresenta paracompletar com os registos referentes aos t<strong>em</strong>pos dedissolução dos rebuçados <strong>em</strong> água.RebuçadoMassa(<strong>em</strong> g)T<strong>em</strong>peratura dosolvente (<strong>em</strong> ºC)T<strong>em</strong>po de dissoluçãocompleta (<strong>em</strong> min)A (pequeno)B (grande)— Construir um gráfico do tipo5T<strong>em</strong>po dedissoluçãocompleta(<strong>em</strong> min)t2t100m1m2Massa do rebuçado(<strong>em</strong> g)5 Neste caso, pode construir-se quer um gráfico de barras (se se utilizar a nomenclatura rebuçado A erebuçado B), quer um de linhas (se se utilizar<strong>em</strong> os valores <strong>da</strong> massa de ca<strong>da</strong> rebuçado).21


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>O que pensamos que vai acontecer e porquê...Ex<strong>em</strong>plos de previsões <strong>da</strong>s crianças:Previsão 1. O rebuçado maior d<strong>em</strong>ora mais t<strong>em</strong>po adissolver-se, porque t<strong>em</strong> mais rebuçado do que o maispequeno;Previsão 2. Os rebuçados dissolv<strong>em</strong>-se ao mesmo t<strong>em</strong>po,porque a quanti<strong>da</strong>de de água é a mesma;Outras…O que e como vamos fazer...— Utilizar 2 copos com o mesmo volume de água e 2rebuçados do mesmo tipo, mas de tamanhos diferentes;— Medir a massa de ca<strong>da</strong> rebuçado, utilizando uma balança;— Colocar <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> copo, <strong>em</strong> simultâneo, o respectivorebuçado e começar, de imediato, a medir o t<strong>em</strong>po, com oauxílio de um cronómetro ou relógio;— Se a opção for agitar, deve-se fazê-lo de igual forma <strong>em</strong>ambos os copos, por ex<strong>em</strong>plo usando 2 varetas/colherese tentando que a rapidez <strong>da</strong> agitação seja equivalente nosdois casos.E xperimentaçãoExecutar a planificação atrás descrita (controlando variáveis,observando, registando,...).Após a experimentação22O que verificamos…O rebuçado maior d<strong>em</strong>ora mais t<strong>em</strong>po a dissolver-se do queo mais pequeno.


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>A resposta à questão-probl<strong>em</strong>a é…O rebuçado maior d<strong>em</strong>ora mais t<strong>em</strong>po a dissolver-se <strong>em</strong>água, à t<strong>em</strong>peratura a que se realizou o ensaio (…ºC).Concluindo...O que concluímos…Aju<strong>da</strong>r as crianças a concluir que aumentando a quanti<strong>da</strong>de(massa) do rebuçado aumenta o t<strong>em</strong>po necessário para a suadissolução completa <strong>em</strong> água, à t<strong>em</strong>peratura ensaia<strong>da</strong> (…ºC).Qual a vali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s nossas previsões…— Comparar a conclusão com as previsões formula<strong>da</strong>s;— Verificar que a previsão 1 se confirma e que a previsão 2 e outrasque se tenham formulado e registado não, pelo que é/são derejeitar.Quais os limites de vali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> conclusão...A conclusão é váli<strong>da</strong> para as condições utiliza<strong>da</strong>s naexperimentação (tipo e massa do rebuçado (soluto); natureza et<strong>em</strong>peratura do solvente).?uestão-probl<strong>em</strong>a II:O tipo de rebuçados influencia o t<strong>em</strong>po dedissolução?Antes <strong>da</strong> experimentaçãoO(A) professor(a) orienta as crianças de forma a decidir<strong>em</strong><strong>em</strong> conjunto:O que vamos mu<strong>da</strong>r...— O tipo de rebuçado, usando um rebuçado de caramelo, defruta, de chocolate…23


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>O que vamos medir…— O t<strong>em</strong>po que d<strong>em</strong>ora ca<strong>da</strong> um dos rebuçados (diferentestipos) a dissolver-se por completo <strong>em</strong> água.O que vamos manter e como...— A massa e o estado de divisão dos rebuçados, usando trêsrebuçados de igual massa (tamanho) e no estado dedivisão (por ex<strong>em</strong>plo inteiros);— O tipo, o volume e a t<strong>em</strong>peratura do solvente, (porex<strong>em</strong>plo, usar 100ml de água à t<strong>em</strong>peratura ambientepara ca<strong>da</strong> um dos três copos utilizados nos ensaios);— O momento <strong>em</strong> que se introduz<strong>em</strong> os rebuçados nos copos;— A agitação do conteúdo de ca<strong>da</strong> um dos copos, nãoagitando, ou agitando de forma equivalente, nos três.Como vamos registar...— Organizar um quadro do tipo do que se apresenta paracompletar com os registos referentes aos t<strong>em</strong>pos dedissolução dos três tipos de rebuçado.— Organizar um quadro do tipo que se apresenta:Rebuçado de...A (caramelo)T<strong>em</strong>peratura dosolvente (<strong>em</strong> ºC)T<strong>em</strong>po de dissoluçãocompleta (<strong>em</strong> min)B (fruta)C (chocolate)24


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>— Construir um gráfico do tipoT<strong>em</strong>po dedissoluçãocompleta(<strong>em</strong> min)t3t2t1C A BTipo de rebuçadoO que pensamos que vai acontecer e porquê...Ex<strong>em</strong>plos de previsões <strong>da</strong>s crianças:Previsão 1. O rebuçado mais mole é o que se dissolveprimeiro, porque quando o ponho na boca tambémdesaparece mais depressa;Previsão 2. Os rebuçados dissolv<strong>em</strong>-se todos ao mesmot<strong>em</strong>po, porque são todos do mesmo tamanho;Outras…O que e como vamos fazer...— Utilizar 3 copos e introduzir o mesmo volume de água <strong>em</strong>ca<strong>da</strong> um;— Escolher 3 tipos de rebuçados diferentes, com a mesmamassa, e colocar, ca<strong>da</strong> um deles no respectivo copo.Iniciar a contag<strong>em</strong> do t<strong>em</strong>po com o auxílio de umcronómetro ou de um relógio;— Se a opção for agitar, é necessário dispor de 3 varetas//colheres e mexer com uma <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> um dos copostentando que a rapidez <strong>da</strong> agitação seja equivalente nostrês casos.25


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>E xperimentaçãoExecutar a planificação atrás descrita (controlando variáveis,observando, registando,...).Após a experimentaçãoO que verificamos…— O rebuçado C é o que d<strong>em</strong>ora menos t<strong>em</strong>po a dissolver-se;— O rebuçado B é o que d<strong>em</strong>ora mais t<strong>em</strong>po a dissolver-se;— O primeiro rebuçado que se dissolveu foi o C, depois o A epor último o B.A resposta à questão-probl<strong>em</strong>a é…— O rebuçado C d<strong>em</strong>ora menos t<strong>em</strong>po a dissolver-se do queo A e este menos que o B, <strong>em</strong> água à t<strong>em</strong>peratura de …ºC.Concluindo...O que concluímos…Aju<strong>da</strong>r as crianças a concluir que, mantendo constantes os restantesfactores de que depende o t<strong>em</strong>po de dissolução, o tipo de rebuçadoinfluencia o t<strong>em</strong>po necessário para a sua dissolução completa.Qual a vali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s nossas previsões…— Comparar a conclusão com as previsões formula<strong>da</strong>s;— Verificar para os casos ensaiados o que aconteceu, identificandoquais as previsões que são apoia<strong>da</strong>s pelos resultados e quais asque o não são.26Quais os limites de vali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> conclusão…A conclusão é váli<strong>da</strong> para os rebuçados utilizados (A, B e C) erestantes condições <strong>da</strong> experimentação. Se os rebuçados foss<strong>em</strong>outros, outros resultados se poderiam obter. Por ex<strong>em</strong>plo, orebuçado C foi o mais fácil de dissolver no conjunto dos trêsutilizados nos ensaios, mas poderia ser o mais difícil de dissolver seos restantes dois foss<strong>em</strong> de tipo diferente (noutro conjunto derebuçados) e/ou se o solvente utilizado fosse outro.


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>?uestão-probl<strong>em</strong>a III:O estado de divisão do rebuçado influencia ot<strong>em</strong>po de dissolução?Antes <strong>da</strong> experimentaçãoO(A) professor(a) orienta as crianças de forma a decidir<strong>em</strong><strong>em</strong> conjunto:O que vamos mu<strong>da</strong>r…— O estado de divisão de rebuçados, usando três idênticos(do mesmo tipo e de igual massa) mas com diferentenúmero de partes: um inteiro, outro partido <strong>em</strong> três ouquatro pe<strong>da</strong>ços e um terceiro triturado num almofariz.O que vamos medir…— O t<strong>em</strong>po que d<strong>em</strong>ora ca<strong>da</strong> um dos três rebuçados (inteiro,partido, triturado) a dissolver-se por completo <strong>em</strong> água.O que vamos manter e como...— A massa e o tipo dos rebuçados, usando três rebuçadosiguais na massa e tipo (composição, dureza, cor,...);— O tipo, o volume e a t<strong>em</strong>peratura do solvente (porex<strong>em</strong>plo, usar 100ml de água à t<strong>em</strong>peratura ambiente <strong>em</strong>edir o seu valor), <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> um dos três copos;— O momento <strong>em</strong> que se introduz<strong>em</strong> os rebuçados noscopos;— A agitação do conteúdo de ca<strong>da</strong> um dos copos, nãoagitando, ou agitando de forma equivalente nos três casos.27


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>Como vamos registar...— Organizar um quadro do tipo do que se apresenta paracompletar com os registos referentes aos t<strong>em</strong>pos dedissolução dos três rebuçados (idênticos mas <strong>em</strong>diferentes estados de divisão).RebuçadoA (inteiro)T<strong>em</strong>peratura dosolvente (<strong>em</strong> ºC)T<strong>em</strong>po de dissoluçãocompleta (<strong>em</strong> min)B (partido)C (triturado)— Construir um gráfico do tipo6T<strong>em</strong>po dedissoluçãocompleta(<strong>em</strong> min)t3t2t1ABRebuçado(diferentes estados de divisão)CO que pensamos que vai acontecer e porquê...Ex<strong>em</strong>plos de previsões <strong>da</strong>s crianças:Previsão 1. O rebuçado triturado é o que se dissolve primeiro,porque quando o trinco na boca também desaparece maisdepressa;286 No caso presente é mais adequa<strong>da</strong> a construção de um gráfico de barras, apesar de o estado de divisão dosrebuçados poder ser qualquer. No entanto, como tal não é mensurável pelas crianças afigura-se maisapropriado considerá-lo de variação descontínua.


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>Previsão 2. Os rebuçados dissolv<strong>em</strong>-se todos ao mesmot<strong>em</strong>po, porque são todos iguais;Outras…O que e como vamos fazer...— Seleccionar 3 rebuçados idênticos (do mesmo tipo e deigual massa);— Triturar um rebuçado num almofariz;— Partir um rebuçado <strong>em</strong> dois pe<strong>da</strong>ços, com a aju<strong>da</strong> de umafaca;— Manter um rebuçado inteiro;— Adicionar, <strong>em</strong> simultâneo, a ca<strong>da</strong> copo, os rebuçadosrespectivos e começar de imediato a medição do t<strong>em</strong>pocom o auxílio de um cronómetro ou relógio;— Se a opção for agitar, é necessário dispor de 3 varetas//colheres e mexer com uma <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> um dos copostentando que a rapidez <strong>da</strong> agitação seja equivalente nostrês casos.E xperimentaçãoExecutar a planificação atrás descrita (controlando variáveis,observando, registando…)Após a experimentaçãoO que verificamos...— O rebuçado triturado (C) é o que d<strong>em</strong>ora menos t<strong>em</strong>po adissolver-se;— O rebuçado inteiro (A) é o que d<strong>em</strong>ora mais t<strong>em</strong>po adissolver-se;29


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>—O primeiro rebuçado que se dissolveu foi o triturado,depois foi o partido e por último o inteiro.A resposta à questão-probl<strong>em</strong>a é…— O estado de divisão de rebuçados idênticos influencia ot<strong>em</strong>po que d<strong>em</strong>oram a dissolver-se por completo <strong>em</strong> água,pois o rebuçado inteiro d<strong>em</strong>ora mais t<strong>em</strong>po a dissolver-seneste solvente do que o partido e este mais do que otriturado, a …ºC.Concluindo...O que concluímos…Aju<strong>da</strong>r as crianças a concluir que, quando se aumenta o estado dedivisão do rebuçado diminui o t<strong>em</strong>po necessário para a suadissolução completa <strong>em</strong> água, a …ºC.Qual a vali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s nossas previsões…— Comparar a conclusão com as previsões formula<strong>da</strong>s;— Verificar que a previsão 1 se confirma e que a previsão 2 e outrasque se tenham formulado e registado não, pelo que é/são derejeitar.Quais os limites de vali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> conclusão…A conclusão é váli<strong>da</strong> para as condições utiliza<strong>da</strong>s naexperimentação (tipo de rebuçado e solvente usado). Por ex<strong>em</strong>plo,utilizando outro solvente onde o rebuçado fosse tão pouco solúvelque, <strong>em</strong> termos práticos, pudesse considerar-se insolúvel, não sedetectaria a influência do seu grau de trituração no respectivot<strong>em</strong>po de dissolução.30


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>?uestão-probl<strong>em</strong>a IV:A quanti<strong>da</strong>de (o volume) de líquido (solvente)influencia o t<strong>em</strong>po de dissolução do rebuçado?Antes <strong>da</strong> experimentaçãoO(A) professor(a) orienta as crianças de forma a decidir<strong>em</strong><strong>em</strong> conjunto:O que vamos mu<strong>da</strong>r…— A quanti<strong>da</strong>de (volume) de líquido, usando volumes desolvente diferentes (por ex<strong>em</strong>plo, 100ml, 200ml e 500ml).O que vamos medir…— O t<strong>em</strong>po que d<strong>em</strong>ora um rebuçado a dissolver-se porcompleto nos diferentes volumes medidos do <strong>líquidos</strong>eleccionado (solvente).O que vamos manter e como...— O tipo, a massa e o estado de divisão dos rebuçadosusando três rebuçados do mesmo tipo (dureza, cor,composição ...), com a mesma massa e no mesmo estadode divisão (por ex<strong>em</strong>plo, inteiros);— O tipo e a t<strong>em</strong>peratura do solvente (por ex<strong>em</strong>plo, usarágua à t<strong>em</strong>peratura ambiente e medir o seu valor);— O momento <strong>em</strong> que se introduz<strong>em</strong> os rebuçados nos copos;— A agitação do conteúdo de ca<strong>da</strong> um dos copos, nãoagitando, ou agitando de forma equivalente, nos trêscasos 7.7 Neste caso, uma pequena diferença na agitação pode gerar diferenças tais nos t<strong>em</strong>pos de dissolução que,por si só, pod<strong>em</strong> induzir a elaboração de respostas incorrectas à questão-probl<strong>em</strong>a, pelo que a agitação deveser especialmente controla<strong>da</strong>: não agitar ou recorrer a um dispositivo eléctrico de agitação.31


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>Como vamos registar…— Organizar um quadro do tipo do que se apresenta paracompletar com os registos referentes aos t<strong>em</strong>pos dedissolução dos três rebuçados (idênticos) <strong>em</strong> distintosvolumes de um líquido seleccionando (solvente), água nopresente ex<strong>em</strong>plo, a …ºC.Volume desolvente (<strong>em</strong> ml)100200500T<strong>em</strong>peratura dosolvente (<strong>em</strong> ºC)T<strong>em</strong>po de dissoluçãocompleta do rebuçado(<strong>em</strong> min)— Construir um gráfico do tipo8T<strong>em</strong>po dedissoluçãocompleta(<strong>em</strong> min)t1100 200 500Volume de água (<strong>em</strong> ml)328 Neste caso particular pod<strong>em</strong>os construir quer um gráfico de barras (se utilizarmos a nomenclatura ensaio A,B e C) quer um de linhas (se utilizarmos os valores do volume do solvente usado).


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>O que pensamos que vai acontecer e porquê...Ex<strong>em</strong>plos de previsões <strong>da</strong>s crianças:Previsão 1. Onde há mais líquido o rebuçado dissolve-s<strong>em</strong>ais depressa;Previsão 2. Os rebuçados dissolv<strong>em</strong>-se todos ao mesmot<strong>em</strong>po, porque são iguais;Outras…O que e como vamos fazer...— Utilizar um número de copos igual ao número de ensaios aefectuar, no caso 3 copos;— Preparar as quanti<strong>da</strong>des de solvente acor<strong>da</strong><strong>da</strong>s medindoascom uma proveta ou copo;— Medir a t<strong>em</strong>peratura do solvente;— Colocar um rebuçado <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> copo, e começar deimediato a medição do t<strong>em</strong>po com o auxílio de umcronómetro ou relógio;— Se a opção for agitar, é necessário dispor de 3 agitadoreseléctricos, com 3 magnetes iguais, e regulá-los de modoque a rapidez <strong>da</strong> agitação seja equivalente nos três casos.E xperimentaçãoExecutar a planificação atrás descrita (controlando variáveis,observando, registando…)Após a experimentaçãoO que verificamos...— Os três rebuçados dissolv<strong>em</strong>-se completamente aomesmo t<strong>em</strong>po.33


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>A resposta à questão-probl<strong>em</strong>a é...— O volume de líquido não influencia o t<strong>em</strong>po que umrebuçado d<strong>em</strong>ora a dissolver-se nele, pois o rebuçado quefoi colocado no copo com maior volume de água d<strong>em</strong>orouo mesmo t<strong>em</strong>po a dissolver que os colocados nos coposcom menores volumes de água, a …ºC.Concluindo...O que concluímos…Aju<strong>da</strong>r as crianças a concluir que o volume de solvente nãointerfere no t<strong>em</strong>po de dissolução completa do rebuçado, àt<strong>em</strong>peratura de …ºC.Qual a vali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s nossas previsões…— Comparar a conclusão com as previsões formula<strong>da</strong>s;— Verificar que a previsão 2 se confirma e que a previsão 1 é derejeitar.Quais os limites de vali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> conclusão…A conclusão é váli<strong>da</strong> para as condições utiliza<strong>da</strong>s naexperimentação (massa do soluto; volume mínimo do solvente et<strong>em</strong>peratura do sist<strong>em</strong>a). Se o volume mínimo de solvente autilizar não permitir a dissolução total do rebuçado, àquelat<strong>em</strong>peratura, a conclusão não é váli<strong>da</strong>.34


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>?uestão-probl<strong>em</strong>a V:A agitação <strong>da</strong> mistura influencia o t<strong>em</strong>po dedissolução do rebuçado?Antes <strong>da</strong> experimentaçãoO(A) professor(a) orienta as crianças de forma a decidir<strong>em</strong><strong>em</strong> conjunto:O que vamos mu<strong>da</strong>r…— A agitação <strong>da</strong> mistura (não agitar, agitar de forma contínua,agitar por intervalos, por ex<strong>em</strong>plo, de 10 <strong>em</strong> 10 minutos).O que vamos medir…— O t<strong>em</strong>po que d<strong>em</strong>ora um rebuçado a dissolver-se porcompleto com as diferentes agitações <strong>da</strong> mistura.O que vamos manter e como...— O tipo, a massa e o estado de divisão dos rebuçadosusando três rebuçados do mesmo tipo (dureza, cor,composição...), com a mesma massa (tamanho) e nomesmo estado de divisão (por ex<strong>em</strong>plo inteiro);— O tipo, a quanti<strong>da</strong>de (volume) e a t<strong>em</strong>peratura do solvente(por ex<strong>em</strong>plo, usar 100ml de água à t<strong>em</strong>peratura ambientee medir o seu valor), <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> um dos três copos;— O momento <strong>da</strong> introdução dos rebuçados nos copos.Como vamos registar...— Organizar um quadro do tipo que se apresenta onde seregistam os t<strong>em</strong>pos de dissolução.35


Aensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>EnsaioAgitação <strong>da</strong>misturaT<strong>em</strong>peratura dosolvente (<strong>em</strong> ºC)T<strong>em</strong>po de dissoluçãocompleta (<strong>em</strong> min)AAgitação nulaBAgitação de 10 <strong>em</strong>10 minutosCAgitação contínua— Construir um gráfico do tipo9T<strong>em</strong>po dedissoluçãocompleta(<strong>em</strong> min)t3t2t1BCAgitação do sist<strong>em</strong>aO que pensamos que vai acontecer e porquê...Ex<strong>em</strong>plos de previsões <strong>da</strong>s crianças:Previsão 1. Se agitar mais rebuçado desaparece mais depressa,porque foi o que aconteceu quando eu comi o rebuçado;Previsão 2. Os rebuçados dissolv<strong>em</strong>-se todos ao mesmot<strong>em</strong>po, porque são iguais;Outras...369 No caso presente deve-se construir um gráfico de barras (utilizando a nomenclatura ensaio A, B e C), vistoque os modos de agitação usados são de variação descontínua.


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>O que e como vamos fazer...— Preparar o número de copos de acordo com os tipos deagitação que se deseja testar, no caso três copos;— Colocar a mesma quanti<strong>da</strong>de (volume) de água <strong>em</strong> ca<strong>da</strong>copo, medir a t<strong>em</strong>peratura e <strong>em</strong> simultâneo o respectivorebuçado, <strong>da</strong>ndo início à agitação previamente acor<strong>da</strong><strong>da</strong>com o auxílio de uma vareta ou colher;— Medir o t<strong>em</strong>po de dissolução completa recorrendo a umcronómetro ou relógio.E xperimentaçãoExecutar a planificação atrás descrita (controlando variáveis,observando, registando…)Após a experimentaçãoO que verificamos...— O rebuçado que se dissolveu mais rápido foi onde usámosuma agitação contínua;— O rebuçado que d<strong>em</strong>orou mais t<strong>em</strong>po a dissolver foiaquele que não agitámos.A resposta à questão-probl<strong>em</strong>a é...— Quando se agita a mistura o rebuçado d<strong>em</strong>ora menost<strong>em</strong>po a dissolver-se <strong>em</strong> água, à t<strong>em</strong>peratura de …ºC.37


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>Concluindo...O que concluímos…Aju<strong>da</strong>r os alunos a concluir que a agitação <strong>da</strong> mistura interfere not<strong>em</strong>po de dissolução completa do rebuçado <strong>em</strong> água, àt<strong>em</strong>peratura de …ºC.Qual a vali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s nossas previsões…— Comparar a conclusão com as previsões formula<strong>da</strong>s;— Verificar que a previsão 1 se confirma e que a previsão 2 é derejeitar.Quais os limites de vali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> conclusão…A conclusão é váli<strong>da</strong> para as condições utiliza<strong>da</strong>s naexperimentação (massa do soluto; volume do solvente et<strong>em</strong>peratura <strong>da</strong> mistura). Se se utilizar um volume de solvente noqual a dissolução do rebuçado não possa ocorrer completamente,o grau de agitação não terá influência no t<strong>em</strong>po de dissolução.?uestão-probl<strong>em</strong>a VI:A t<strong>em</strong>peratura influencia o t<strong>em</strong>po dedissolução do rebuçado?Antes <strong>da</strong> experimentaçãoO(A) professor(a) orienta as crianças de forma a decidir<strong>em</strong><strong>em</strong> conjunto:O que vamos mu<strong>da</strong>r…— A t<strong>em</strong>peratura <strong>da</strong> água (3ºC; 25ºC e 70ºC).O que vamos medir…38— O t<strong>em</strong>po que d<strong>em</strong>ora um rebuçado a dissolver-se porcompleto na água a diferentes t<strong>em</strong>peraturas.


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>O que vamos manter e como...— O tipo, a massa e o estado de divisão dos rebuçadosusando três rebuçados do mesmo tipo (dureza, cor,composição, ...), com a mesma massa (tamanho) e nomesmo estado de divisão (por ex<strong>em</strong>plo, inteiro);— O tipo e a quanti<strong>da</strong>de do solvente (por ex<strong>em</strong>plo, usar100ml de água), <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> um dos três copos;— O momento <strong>da</strong> introdução dos rebuçados nos copos.Como vamos registar...— Organizar um quadro do tipo que se apresenta onde seregistam os t<strong>em</strong>pos de dissolução.T<strong>em</strong>peratura <strong>da</strong>água (<strong>em</strong> ºC)T<strong>em</strong>po de dissoluçãocompleta (<strong>em</strong> min)32570— Construir um gráfico do tipo10t3T<strong>em</strong>po dedissoluçãocompleta(<strong>em</strong> min)t2t13 25 70T<strong>em</strong>peratura do solvente(<strong>em</strong> ºC)10 No caso particular pod<strong>em</strong>os construir quer um gráfico de barras (se utilizarmos a nomenclatura ensaio A, Be C) quer um de linhas (se utilizarmos os valores <strong>da</strong> t<strong>em</strong>peratura do solvente).39


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>O que pensamos que vai acontecer e porquê...Ex<strong>em</strong>plos de previsões <strong>da</strong>s crianças:Previsão 1. Na água quente o rebuçado dissolve-se maisdepressa, porque quando ponho açúcar no leite quente eletambém desaparece mais depressa;Previsão 2. Na água fria o rebuçado dissolve-se maisdepressa, porque com o frio parte-se;Outras...O que e como vamos fazer...— Preparar previamente a água a diferentes t<strong>em</strong>peraturasusando uma placa eléctrica para aquecimento (medir como termómetro);— Baixar a t<strong>em</strong>peratura recorrendo a um frigorífico, ou nasua ausência, colocar um copo com água dentro de umatina com gelo;— Colocar <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> copo a água à t<strong>em</strong>peratura deseja<strong>da</strong>;— Colocar simultaneamente, <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> copo um rebuçado;— Se a opção for agitar, usar 3 varetas/colheres e mexer deigual forma <strong>em</strong> todos os copos.— Medir o t<strong>em</strong>po de dissolução completa dos rebuçados como auxílio de um cronómetro ou relógio;— Utilizar luvas térmicas para manipular os objectos aquecidos.40E XperimentaçãoExecutar a planificação atrás descrita (controlando variáveis,observando, registando…)


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>Após a experimentaçãoO que verificamos...— O rebuçado que se dissolveu mais rápido foi na água àt<strong>em</strong>peratura mais eleva<strong>da</strong> (70ºC);— O rebuçado que d<strong>em</strong>orou mais t<strong>em</strong>po a dissolver foi aquele<strong>em</strong> que a t<strong>em</strong>peratura <strong>da</strong> água era mais baixa (3º C).A resposta à questão-probl<strong>em</strong>a é...— O rebuçado dissolve-se mais depressa <strong>em</strong> água quente doque na fria.Concluindo...O que concluímos…Aju<strong>da</strong>r os alunos a concluir que a t<strong>em</strong>peratura do solvente (água)interfere no t<strong>em</strong>po de dissolução completa do rebuçado.Qual a vali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s nossas previsões…— Comparar a conclusão com as previsões formula<strong>da</strong>s;— Verificar que a previsão 1 se confirma e que a previsão 2 é derejeitar.Quais os limites de vali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> conclusão…A conclusão é váli<strong>da</strong> para as condições utiliza<strong>da</strong>s naexperimentação (intervalo de t<strong>em</strong>peratura mínima e máximaensaia<strong>da</strong>s e o par soluto-solvente utilizado).41


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>?uestão-probl<strong>em</strong>a VII:O tipo de líquido (solvente) influencia o t<strong>em</strong>pode dissolução?Antes <strong>da</strong> experimentaçãoO(A) professor(a) orienta as crianças de forma a decidir<strong>em</strong><strong>em</strong> conjunto:O que vamos mu<strong>da</strong>r…— O tipo de solvente (por ex<strong>em</strong>plo, água, álcool etílico, óleoalimentar).O que vamos medir…— O t<strong>em</strong>po que d<strong>em</strong>ora um rebuçado a dissolver-se porcompleto nos diferentes <strong>líquidos</strong> (solventes).O que vamos manter e como...— O tipo, a massa e o estado de divisão dos rebuçadosusando três rebuçados do mesmo tipo (dureza, cor,composição ...), com a mesma massa (tamanho) e nomesmo estado de divisão (por ex<strong>em</strong>plo, inteiro);— A quanti<strong>da</strong>de (volume) e a t<strong>em</strong>peratura do solvente (porex<strong>em</strong>plo, usar 100ml de ca<strong>da</strong> líquido à t<strong>em</strong>peraturaambiente), <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> um dos três copos;— O momento <strong>da</strong> introdução dos rebuçados nos copos.Como vamos registar...42— Organizar um quadro do tipo que se apresenta onde seregistam os t<strong>em</strong>pos de dissolução.


Aensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>Tipo de líquido(Solvente)A (óleo)T<strong>em</strong>peratura dosolvente (<strong>em</strong> ºC)T<strong>em</strong>po de dissoluçãocompleta (<strong>em</strong> min)B (álcool etílico)C (água)— Construir um gráfico do tipot3T<strong>em</strong>po dedissoluçãocompleta(<strong>em</strong> min)t2t1BCTipo de solventeO que pensamos que vai acontecer e porquê...Ex<strong>em</strong>plos de previsões <strong>da</strong>s crianças:Previsão 1. No álcool, o rebuçado dissolve-se mais depressaporque quando quero tirar a cola <strong>da</strong> cadeira ponho álcool;Previsão 2. No óleo o rebuçado dissolve-se mais depressaporque é mais grosso;Previsão 3. Na água o rebuçado dissolve-se mais depressa;Outras...43


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>INFLAMÁVELO que e como vamos fazer...— Utilizar um número de copos igual ao de solventes(<strong>líquidos</strong>) a testar, no caso, 3 copos;— Colocar um rebuçado <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> copo;— Preparar previamente os solventes medindo iguaisporções com recurso a uma proveta ou copo e medir at<strong>em</strong>peratura dos mesmos;— Se a opção for agitar usar 3 varetas/colheres e garantirque a agitação é igual <strong>em</strong> to<strong>da</strong>s as situações;— Medir o t<strong>em</strong>po de dissolução de ca<strong>da</strong> rebuçado com oauxílio de um cronómetro ou relógio, que se acciona nomomento <strong>em</strong> que os rebuçados são introduzidos noscopos.E XperimentaçãoExecutar a planificação atrás descrita (controlando variáveis,observando, registando…)ApósaexperimentaçãoO que verificamos...— O rebuçado que se dissolveu mais rápido foi o que estavana água;— O rebuçado colocado <strong>em</strong> álcool e no óleo não se dissolveuapreciavelmente no t<strong>em</strong>po usado para a experiência.A resposta à questão-probl<strong>em</strong>a é...44— O rebuçado dissolve-se mais depressa <strong>em</strong> água.


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>Concluindo...O que concluímos…Aju<strong>da</strong>r os alunos a concluir que o tipo de solvente interfere not<strong>em</strong>po de dissolução completa do rebuçado.Qual a vali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> nossas previsões…— Comparar a conclusão com as previsões formula<strong>da</strong>s;— Verificar que a previsão 3 se confirma e que a previsão1 e 2 sãode rejeitar.Quais os limites de vali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> conclusão…A conclusão é váli<strong>da</strong> para as condições utiliza<strong>da</strong>s naexperimentação (solventes testados e t<strong>em</strong>peratura usa<strong>da</strong>).Apenas foram testados três solventes, se se utilizar outrossolventes poder-se-ão obter outros resultados.45


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>Activi<strong>da</strong>deBExplorando ...comportamento de materiais <strong>em</strong>contacto com águaB1Propósitos <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>deCompreender que dissolver um soluto num solvente significaobter uma solução (mistura homogénea);Verificar que amostras de materiais diferentes se dissolv<strong>em</strong>de forma diferente, isto é, <strong>em</strong> iguais volumes de um mesmosolvente, a quanti<strong>da</strong>de de uns materiais que se dissolv<strong>em</strong>são maiores do que as de outros.B2Contexto de exploraçãoSão vários os contextos do quotidiano onde as crianças têmoportuni<strong>da</strong>de de experienciar situações que envolv<strong>em</strong> adissolução de diversos materiais, tais como: colocarchocolate ou açúcar no leite; colocar sal na comi<strong>da</strong>; fazerbrincadeiras com água e areia na praia…Desta forma, e tendo <strong>em</strong> conta as activi<strong>da</strong>desanteriormente desenvolvi<strong>da</strong>s acerca dos factores quepod<strong>em</strong> influenciar o t<strong>em</strong>po de dissolução completa de umrebuçado, o(a) professor(a) poderá agora orientar ascrianças no sentido de perceber<strong>em</strong> se todos os materiaisse dissolv<strong>em</strong> de igual forma <strong>em</strong> água, num mesmo períodode t<strong>em</strong>po. Para isso poderá levantar questões, tais como:46Será que o açúcar e a farinha se dissolv<strong>em</strong> <strong>em</strong> água deigual forma?Será que todos os materiais se dissolv<strong>em</strong>completamente <strong>em</strong> água?


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>B3Metodologia de exploraçãoApós o diálogo com as crianças orientá-las de forma adefinir<strong>em</strong> a seguinte questão-probl<strong>em</strong>a: Materiaisdistintos dissolv<strong>em</strong>-se do mesmo modo na água?Esta questão diz respeito ao estudo <strong>da</strong> influência do tipo desoluto (uma variável independente) no processo <strong>da</strong>dissolução. Para isso é fun<strong>da</strong>mental que as criançasreconheçam que a resposta à questão só terá vali<strong>da</strong>de se aexperiência for conduzi<strong>da</strong> mantendo controla<strong>da</strong>s asrestantes variáveis — ensaio controlado (tal como seprocedeu na activi<strong>da</strong>de anterior).Esse controlo exige que a experimentação seja feita comrecursos adequados (balança, provetas ou copos graduados,vareta…).As crianças planeiam, com a aju<strong>da</strong> do(a) professor(a), aexperiência que permita <strong>da</strong>r resposta à questãoformula<strong>da</strong>.O(A) professor(a) deve orientar essa planificação d<strong>em</strong>odo a que as crianças deci<strong>da</strong>m:O que vamos mu<strong>da</strong>r (variável independente <strong>em</strong> estudo) ;O que vamos medir (variável dependente escolhi<strong>da</strong>) ;O que vamos manter e como (variáveis independentes sobcontrolo) ;Como vamos registar (tabelas, quadros, gráficos...) ;O que pensamos que vai acontecer e porquê;O que e como vamos fazer.47


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>?uestão-probl<strong>em</strong>a:Materiais distintos dissolv<strong>em</strong>-se de igual forma<strong>em</strong> água?Antes <strong>da</strong> experimentaçãoO que vamos mu<strong>da</strong>r…— O tipo de material a explorar (sal, açúcar, areia, café <strong>em</strong>pó 11, farinha, azeite (ou óleo alimentar), álcool etílico…) 12.O que vamos obeservar…— O comportamento dos diferentes materiais <strong>em</strong> água(dissolução completa ou parcial num determinado t<strong>em</strong>po).O que vamos manter e como...— A massa dos diferentes materiais (amostras de 5g, ouusar como medi<strong>da</strong> uma colher de chá rasa 13);— O tipo, o volume e a t<strong>em</strong>peratura do solvente (porex<strong>em</strong>plo, usar 100ml de água à t<strong>em</strong>peratura ambiente <strong>em</strong>edir o seu valor) <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> um dos copos;— O momento <strong>da</strong> introdução <strong>da</strong>s amostras dos diferentesmateriais nos copos;— A agitação do conteúdo de ca<strong>da</strong> um dos copos (nãoagitando, agitando de forma equivalente);— O t<strong>em</strong>po de espera (por ex<strong>em</strong>plo, 15 minutos após acolocação <strong>da</strong>s amostras <strong>em</strong> água).4811 A selecção do tipo de café (solúvel ou não solúvel) a experimentar <strong>da</strong>rá resultados diferentes.12 O/A professor(a) deve escolher amostras de materiais com comportamento b<strong>em</strong> distinto e facilmenteapreciável pelas crianças, assim como testar previamente as quanti<strong>da</strong>des de soluto e o volume de solvente a usar.13 Aproximação muito grosseira que só deverá ser feita com crianças muito pequenas ou na impossibili<strong>da</strong>dede usar recursos adequados, pois o facto dos materiais ter<strong>em</strong> diferentes densi<strong>da</strong>des leva a que amostras deigual volume, não correspon<strong>da</strong>m a massas iguais.


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>Como vamos registar...— Organizar um quadro do tipo que se apresenta onde seregista o comportamento dos diferentes materiais.Comportamento após 15 minutosMateriaisDissolve-secompletamente, pela ord<strong>em</strong>...1º 2º 3º 4º 5º 6º 7ºDissolve-separcialmenteQuase não sedissolveSalAreiaAçúcarCafé <strong>em</strong> póFarinhaÁlcool etílicoAzeite(...)O que pensamos que vai acontecer e porquê...Ex<strong>em</strong>plos de previsões <strong>da</strong>s crianças:Previsão 1. Todos os materiais se dissolv<strong>em</strong> de igual formana água;Previsão 2. A areia e o azeite não se dissolv<strong>em</strong> <strong>em</strong> água;Previsão 3. Os materiais dissolv<strong>em</strong>-se de maneirasdiferentes <strong>em</strong> água;Outras…49


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>INFLAMÁVELO que e como vamos fazer...Não provar asamostras.— Utilizar um número de copos igual ao de amostras aensaiar (sal, areia, açúcar, café <strong>em</strong> pó, farinha, álcooletílico, azeite, …);— Colocar o mesmo volume de água <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> copo;— Medir iguais porções de ca<strong>da</strong> material com uma colher ouutilizando uma balança;— Colocar <strong>em</strong> simultâneo, as amostras dentro dos respectivoscopos. Se a opção for agitar, usar 7 varetas/colheres <strong>em</strong>exer de igual forma <strong>em</strong> todos os copos.E XperimentaçãoExecutar a planificação atrás descrita (controlando variáveis,observando, registando…)Após a experimentaçãoO que verificamos...— O álcool etílico, o sal e o açúcar dissolveram-secompletamente na água;— O azeite, a farinha, a areia e o café não se dissolveramcompletamente na água;— O azeite quase não se dissolveu na água;— O álcool etílico foi o primeiro a dissolver-se.A resposta à questão-probl<strong>em</strong>a é...50Os materiais testados não se dissolv<strong>em</strong> todos de igual forma<strong>em</strong> água. O álcool, o açúcar e o sal dissolveram-se na


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>totali<strong>da</strong>de; a farinha, a areia, o azeite e o café não sedissolveram completamente, à t<strong>em</strong>peratura ensaia<strong>da</strong> noperíodo de t<strong>em</strong>po testado (15 min).Concluindo...O que concluímos…Aju<strong>da</strong>r os alunos a concluir que amostras de materiais diferentesse dissolv<strong>em</strong> de forma diferente:*há materiais que se dissolv<strong>em</strong> <strong>em</strong> maior quanti<strong>da</strong>de do queoutros.*há materiais que <strong>em</strong>bora se dissolvam por completo, d<strong>em</strong>oramt<strong>em</strong>pos diferentes.Qual a vali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s nossas previsões…— Comparar a conclusão com as previsões formula<strong>da</strong>s;— Verificar que a previsão 3 se confirma e que as previsões 1 e 2são de rejeitar.Quais os limites de vali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> conclusão…A conclusão é váli<strong>da</strong> para os materiais ensaiados e à t<strong>em</strong>peraturausa<strong>da</strong>; se for<strong>em</strong> outros os materiais testados pod<strong>em</strong> obter-seresultados diferentes, isto é, não é possível prever a partir destaexperiência o que aconteceria com outros materiais.51


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>Activi<strong>da</strong>deCExplorando ...limites de solubili<strong>da</strong>de de um materialnoutroC1Propósitos <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>deC2Verificar a existência de um limite de solubili<strong>da</strong>de de ummaterial num <strong>da</strong>do solvente, ou seja, que um soluto não sedissolve infinitamente num determinado volume de solvente;Verificar que materiais diferentes têm diferentes limites desolubili<strong>da</strong>de num mesmo solvente.Verificar que um mesmo material t<strong>em</strong> diferentes limites desolubili<strong>da</strong>de <strong>em</strong> solventes distintos.Contexto de exploraçãoPod<strong>em</strong>os aproveitar a situação explora<strong>da</strong> na activi<strong>da</strong>de B,partindo do caso do açúcar e/ou do sal, <strong>em</strong> que se verificaque uma amostra de 5g se dissolveu completamente <strong>em</strong>100ml de água, questionar as crianças:“O que pensam que aconteceria se aumentáss<strong>em</strong>os aquanti<strong>da</strong>de de soluto (açúcar/sal)? Será que naquelaquanti<strong>da</strong>de de água, o açúcar se dissolveindependent<strong>em</strong>ente <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong>de que colocarmos?”“E se <strong>em</strong> vez de usarmos a água, usáss<strong>em</strong>os outrolíquido, por ex<strong>em</strong>plo, álcool?”52Outra forma de introduzir estas questões é partir de cartazes(ver figura I e II), onde crianças apresentam as suas ideiasacerca <strong>da</strong>s questões-probl<strong>em</strong>a. As crianças são depoisincentiva<strong>da</strong>s a dizer com qual concor<strong>da</strong>m.


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>Será que conseguimos dissolverqualquer quanti<strong>da</strong>de de açúcar num <strong>da</strong>do volume de água?20g 80g 160g 200gEu acho que o açúcarse dissolve s<strong>em</strong>preO açúcar pode não se dissolver,porque às vezes eu mexo o açúcarno leite e fica algum no fundodo copoSerá que conseguimos dissolver, noutros <strong>líquidos</strong>a mesma quanti<strong>da</strong>de de açúcar que dissolv<strong>em</strong>os na água?20g160gÁlcoolVinagreO açúcardissolve-se na mesmaO açúcar não se dissolveporque são <strong>líquidos</strong> diferentesC3Metodologia de exploraçãoO(A) professor(a) sist<strong>em</strong>atiza as ideias <strong>da</strong>s criançasaju<strong>da</strong>ndo-as a identificar dois factores que pod<strong>em</strong>influenciar o limite de dissolução, no caso:— a quanti<strong>da</strong>de de soluto— o tipo de solvente53


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>A partir de ca<strong>da</strong> um dos factores (variáveisindependentes) formular com as crianças uma questãoespecífica.As crianças deverão registar essas questões no quadro,disponível para o efeito, no seu caderno de registos.— Questão-probl<strong>em</strong>a I — Num <strong>da</strong>do volume de água poderádissolver-se qualquer quanti<strong>da</strong>de de um material?— Questão-probl<strong>em</strong>a II — A quanti<strong>da</strong>de máxima de materialque é possível dissolver dependerá do solvente?Ca<strong>da</strong> questão diz respeito ao estudo <strong>da</strong> influência de umavariável independente no limite de solubili<strong>da</strong>de aquiapreciado através <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong>de máxima de soluto que seconsegue dissolver num determinado volume de solvente.Por isso,é fun<strong>da</strong>mental que as crianças reconheçam que aresposta a ca<strong>da</strong> uma dessas questões,só terá vali<strong>da</strong>de se aexperiência for conduzi<strong>da</strong> mantendo controla<strong>da</strong>s asrestantes variáveis — ensaio controlado.Em segui<strong>da</strong> planear com as crianças uma experiênciaque permita <strong>da</strong>r resposta a ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s questõesformula<strong>da</strong>s.?uestão-probl<strong>em</strong>a I:Num <strong>da</strong>do volume de água poderá dissolver-sequalquer quanti<strong>da</strong>de de um material?Antes <strong>da</strong> experimentação54Orientar as crianças de maneira a planificar uma experiênciaque permita <strong>da</strong>r resposta à questão-probl<strong>em</strong>a <strong>em</strong> causa.


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>Assim, <strong>em</strong> conjunto, escolher o(s) soluto(s) a usar (porex<strong>em</strong>plo, sal, açúcar,…) e decidir quais as massas que sepretend<strong>em</strong> testar (por ex<strong>em</strong>plo, 20g, 40g, 80g, 100g).Como vamos registar...Organizar um quadro do tipo que se apresenta onde seregista o comportamento de ca<strong>da</strong> porção de soluto testa<strong>da</strong><strong>em</strong> 100ml de água.Massa do soluto(<strong>em</strong> g)2080160200(...)SolutoAçúcarSal...AçúcarSal...AçúcarSal...AçúcarSal...AçúcarSal...Comportamento <strong>em</strong> 100ml de água(T<strong>em</strong>peratura <strong>da</strong> água = ... ºC)O que pensamos que vai acontecer e porquê...Ex<strong>em</strong>plos de previsões <strong>da</strong>s crianças:Previsão 1. Dissolv<strong>em</strong>-se s<strong>em</strong>pre, porque o açúcar e o salna água dissolv<strong>em</strong>-se;Previsão 2. Não se dissolv<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre, porque às vezes eumexo e fica açúcar no fundo do copo.Outras…55


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>Assim <strong>em</strong> conjunto:— escolher o(s) soluto(s) a usar (por ex<strong>em</strong>plo, sal e açúcar)e decidir quais as massas a testar (por ex<strong>em</strong>plo, 20g e40g) que no caso dev<strong>em</strong> corresponder às escolhi<strong>da</strong>s naactivi<strong>da</strong>de anterior;— escolher o(s) solvente(s) a testar e manter o volumeusado na activi<strong>da</strong>de anterior com a água, para assim sepoder comparar os resultados.Como vamos registar...— Organizar um quadro do tipo que se apresenta onde seregista o comportamento de ca<strong>da</strong> porção de soluto <strong>em</strong>100ml do solvente a testar.Massa do soluto(<strong>em</strong> g)Soluto Comportamento <strong>em</strong> 100ml de ...(à t<strong>em</strong>peratura ambiente ... ºC)Álcool etílico (96%) Vinagre (...)2080160(...)AçúcarSal...AçúcarSal...AçúcarSal...AçúcarSal...O que pensamos que vai acontecer e porquê...Ex<strong>em</strong>plos de previsões <strong>da</strong>s crianças:Previsão 1. Os materiais vão-se dissolver <strong>da</strong> mesmamaneira que na água, porque são todos <strong>líquidos</strong>;58Previsão 2. Se o líquido mu<strong>da</strong>r, o material pode dissolver--se mais ou menos do que na água… ;Outras…


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>O que e como vamos fazer...INFLAMÁVEL— Utilizar um número de copos correspondente ao deamostras de soluto a testar;Não provar os<strong>líquidos</strong>.— Medir a massa de ca<strong>da</strong> amostra do soluto com umabalança de precisão;— Colocar 100ml dos solventes a testar (por ex<strong>em</strong>plo, álcooletílico e vinagre), medir a t<strong>em</strong>peratura e adicionar aamostra de soluto a testar;— Agitar durante o período de t<strong>em</strong>po pré-estabelecido,deixar repousar e observar.E XperimentaçãoExecutar a planificação atrás descrita (controlando variáveis,observando, registando…)Após a experimentaçãoO que verificamos...— 20g de açúcar e de sal dissolveram-se completamente <strong>em</strong>100ml de vinagre;— 160g de açúcar e/ou de sal não se dissolveram totalmente<strong>em</strong> 100ml de vinagre, no entanto verificámos naactivi<strong>da</strong>de anterior que 160g de açúcar se tinhamdissolvido totalmente <strong>em</strong> 100ml de água;— 20g de açúcar e/ou de sal não se dissolv<strong>em</strong> de formaapreciável <strong>em</strong> 100ml de álcool.A resposta à questão-probl<strong>em</strong>a é...— Mu<strong>da</strong>ndo de solvente, altera-se o valor <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong>d<strong>em</strong>áxima de soluto que é possível dissolver.59


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>Concluindo...O que concluímos…Aju<strong>da</strong>r os alunos a concluir que o limite de solubili<strong>da</strong>de de ummaterial depende do tipo de solvente usado.Qual a vali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s nossas previsões…— Comparar a conclusão com as previsões formula<strong>da</strong>s;— Verificar que a previsão 2 se confirma e que a previsão 1 é derejeitar.Quais os limites de vali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> conclusão…A conclusão é váli<strong>da</strong> para os solventes testados e t<strong>em</strong>peraturaensaia<strong>da</strong>. Se for outra a t<strong>em</strong>peratura do solvente a extensão desolubili<strong>da</strong>de dos materiais poderia ser diferente.60


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>Activi<strong>da</strong>deDExplorando ...reversibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> dissoluçãoD1Propósitos <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>deVerificar que é possível a partir de uma solução recuperar osoluto, ou seja, que a dissolução é um fenómenoreversível 14.D2Contexto de exploraçãoUm grande número de crianças pensa que o fenómeno <strong>da</strong>dissolução consiste no desaparecimento do soluto nosolvente (por ex<strong>em</strong>plo, quando colocam açúcar no leitedeixam de o ver). Sendo assim, é necessário aju<strong>da</strong>r ascrianças a desconstruir<strong>em</strong> esta ideia, isto é, que o solutoexiste na solução.Para isso pode-se partir de ex<strong>em</strong>plos <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>desanteriores e questionar as crianças sobre o que pensam queaconteceu aos solutos (rebuçado, açúcar, sal…) quando osdissolv<strong>em</strong>. Ou pod<strong>em</strong>os partir de um cartaz onde trêscrianças apresentam as suas ideias acerca desta questão. Ascrianças são depois incentiva<strong>da</strong>s a dizer com qual delasconcor<strong>da</strong>m.14 A recuperação do solvente é possível através de uma destilação, procedimento que não é facilmente viávelnuma escola do 1º CEB.61


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>Será possível recuperar o açúcar dissolvido na água?O açúcarpode ser recuperadopor filtraçãoEu acho quenão é possívelPod<strong>em</strong>os evaporara águaTalvez coando a soluçãoD3Metodologia de exploraçãoApós o diálogo com as crianças sist<strong>em</strong>atizar as suasideias e orientá-las de forma a definir<strong>em</strong> a questão--probl<strong>em</strong>a seguinte: O soluto pode ser recuperado apósa dissolução?As crianças planeiam, com a aju<strong>da</strong> do(a) professor(a), aexperiência que permita <strong>da</strong>r resposta à questãoformula<strong>da</strong>.?Uestão-probl<strong>em</strong>a:Pode recuperar-se um material (soluto) após asua dissolução?62Antes <strong>da</strong> experimentaçãoOrientar as crianças de maneira a planificar<strong>em</strong> umaexperiência que permita obter a resposta à questão--probl<strong>em</strong>a <strong>em</strong> causa.


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>Assim, <strong>em</strong> conjunto:— escolher o(s) soluto(s) a usar (por ex<strong>em</strong>plo, sal e açúcar)e respectiva quanti<strong>da</strong>de;— escolher a quanti<strong>da</strong>de de água a usar 15;— listar as diferentes formas de testar propostas pelascrianças (por ex<strong>em</strong>plo, coando, filtrando, evaporando, …).Como vamos registar...Organizar um registo onde as crianças possam descrever oque aconteceu <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> teste, recorrendo quer ao formatoescrito quer a ilustrações (esqu<strong>em</strong>as, desenhos…).Soluçõesa testarÁgua (controlo)Água+açúcarÁgua+sal(...)Coando...O que aconteceu...Filtrando... Evaporando... ...O que pensamos que vai acontecer e porquê...Ex<strong>em</strong>plos de previsões <strong>da</strong>s crianças:Previsão 1. Não pod<strong>em</strong>os voltar a ter o açúcar, porque eledesapareceu e agora só ficou água. Se evaporarmos nãoficará na<strong>da</strong>;Previsão 2. Pod<strong>em</strong>os voltar a ter o açúcar, basta coarmosou utilizarmos um filtro muito fininho;15 Assumimos aqui apenas a utilização de soluções aquosas, pois outros solventes, como o álcool, pod<strong>em</strong> serperigosos por ser<strong>em</strong> facilmente inflamáveis.63


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>Previsão 3. Pod<strong>em</strong>os voltar a ter o açúcar, mas só seevaporarmos a água, tal como acontece nas salinas.Outras…O que e como vamos fazer...— Obter uma solução (por ex<strong>em</strong>plo, água com sal ou águacom açúcar) 16 e uma amostra de igual volume de águapara controlo 17;—Submeter ca<strong>da</strong> solução aos diferentes processos listadospelas crianças, como por ex<strong>em</strong>plo:* Passar por um coador (utilizando um coador de rede):* Passar por um filtro (montando um dispositivo como o queabaixo se ilustra):VaretaFunilPapel de filtroErlenmeyer6416 Utilizar solutos sólidos.17 Não tendo água destila<strong>da</strong>, sugerimos a utilização de água engarrafa<strong>da</strong> pouco mineraliza<strong>da</strong>, ou seja, quetenha um resíduo seco/total inferior a 50mg/l.


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>Para isso dobrar um círculo de papel de filtro e colocá-lodentro de um funil para que fiqu<strong>em</strong> três partes do papel paraum lado do funil e uma parte para o outro. No final deve-sehumedecer um pouco o papel de filtro para aderir melhor aofunil.Três cama<strong>da</strong>sDobrardobrar* Evaporar: utilizando um dispositivo, uma lâmpa<strong>da</strong> (…W)coloca<strong>da</strong> sobre a solução como abaixo se ilustra 18.E xperimentação* Executar a planificação atrás descrita (controlandovariáveis, observando, registando…)18 Opta-se pela utilização deste dispositivo, por dois motivos: i) segurança, pois numa ebulição pode ocorrerprojecção de <strong>líquidos</strong>; ii) evitar o reforço de concepções alternativas <strong>em</strong> que se faz depender evaporação <strong>da</strong>ebulição.65


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>Após a experimentaçãoO que verificamos...— Depois de passar no coador e no filtro ficamos na mesmacom a solução inicial;— Quando recorr<strong>em</strong>os à evaporação verificamos que a águase evapora e fica o respectivo soluto (sal ou açúcar). Nocaso <strong>da</strong> água de controlo, não fica “na<strong>da</strong>” 19.A resposta à questão-probl<strong>em</strong>a é...— A partir de uma solução aquosa pode recuperar-se osoluto, evaporando a água.Concluindo...O que concluímos…Aju<strong>da</strong>r os alunos a concluir que o processo de dissolução éreversível, ou seja, que pode obter-se novamente a substânciainicialmente dissolvi<strong>da</strong>.Qual a vali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s nossas previsões…— Comparar a conclusão com as previsões formula<strong>da</strong>s;— Verificar que a previsão 3 se confirma e que as previsões 1 e 2são de rejeitar.Quais os limites de vali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> conclusão…A conclusão é váli<strong>da</strong> para todos os solutos.6619 Poderá eventualmente ficar um resíduo, tanto mais perceptível quanto maior for a concentração global desais, pelo que utilizando a água pouco mineraliza<strong>da</strong>, o resíduo, se detectável, será reduzido.


deneveensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>Activi<strong>da</strong>deEExplorando ...conservação <strong>da</strong> massa na dissoluçãoE1Propósitos <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>deVerificar que a massa <strong>da</strong> solução é igual à soma <strong>da</strong>s massasdo soluto e do solvente ( msolução = msoluto + msolvente).E2Contexto de exploraçãoAproveitar a situação explora<strong>da</strong> na activi<strong>da</strong>de A, equestionar as crianças sobre o que pensam acerca <strong>da</strong> massafinal <strong>da</strong> solução, quando compara<strong>da</strong> com a soma <strong>da</strong>s massasdo soluto e do solvente.Pode-se, também, partir de um cartaz onde algumascrianças apresentam as suas ideias acerca desta questão. Ascrianças são depois incentiva<strong>da</strong>s a dizer com qual delasconcor<strong>da</strong>m.Será que a massa <strong>da</strong> solução é maior, menor ou igualà soma <strong>da</strong>s massas <strong>da</strong> água e do rebuçado?A massa <strong>da</strong> soluçãoé igual à massa do solutomais a massa do solventeA massa <strong>da</strong> soluçãoé maior do que a soma<strong>da</strong> massa do solutoe do solventeRebuçado(soluto)deneveÁgua(solvente)Rebuçado dissolvido na água(solução)A massa <strong>da</strong> soluçãoé menor do que a soma<strong>da</strong> massa do solutomais a massa do solvente67


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>E3Metodologia de exploraçãoApós o diálogo com as crianças sist<strong>em</strong>atizar as ideiasapresenta<strong>da</strong>s e orientá-las de forma a definir<strong>em</strong> aquestão-probl<strong>em</strong>a.As crianças planeiam, com a aju<strong>da</strong> do(a) professor(a), aexperiência que permita <strong>da</strong>r resposta à questãoformula<strong>da</strong>.?Uestão-probl<strong>em</strong>a:Que relação existe entre a massa de umasolução e as massas iniciais do soluto e dosolvente?Antes <strong>da</strong> experimentaçãoQuestionar as crianças sobre uma forma de se saber qual <strong>da</strong>ssituações apresenta<strong>da</strong>s no cartaz é a correcta. Orientar ascrianças de maneira a planificar<strong>em</strong> uma experiência quepermita obter a resposta à questão-probl<strong>em</strong>a <strong>em</strong> causa.Assim <strong>em</strong> conjunto:— Escolher o(s) soluto(s) a usar (por ex<strong>em</strong>plo, sal, açúcar,…)e decidir qual a massa que se vai testar (por ex<strong>em</strong>plo20g);— Escolher o(s) solvente(s) a usar (por ex<strong>em</strong>plo, água) edecidir qual o volume a usar (por ex<strong>em</strong>plo 100ml) e medira sua massa 20.6820 É preciso atenção na selecção do par soluto-solvente, b<strong>em</strong> como nas quanti<strong>da</strong>des usa<strong>da</strong>s, pois t<strong>em</strong>os quegarantir que form<strong>em</strong> uma solução. Outro aspecto muito importante, é não juntarmos materiais que reajamquimicamente como, por ex<strong>em</strong>plo, uma pastilha efervescente <strong>em</strong> água, pois nestes casos há libertação de gáse logo a massa final <strong>da</strong> solução será menor do que a soma <strong>da</strong>s massas dos materiais iniciais, <strong>em</strong> separado.


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>Como vamos registar...— Organizar um quadro do tipo que se apresenta onde seregistam as massas.Parsolvente-solutoMassa dosolvente (<strong>em</strong> g)Massa dosoluto (<strong>em</strong> g)Massa <strong>da</strong>solução (<strong>em</strong> g)Água e salÁgua e açúcarÁgua e álcool(...)O que pensamos que vai acontecer e porquê...Ex<strong>em</strong>plos de previsões <strong>da</strong>s crianças:Previsão 1. A massa <strong>da</strong> solução é menor do que a soma <strong>da</strong>água com o sal, porque o sal desaparece.Previsão 2. A massa <strong>da</strong> solução vai ser igual à massa <strong>da</strong>água, porque o sal desaparece;Previsão 3. Como o sal desaparece na água, no final asolução deve ter uma massa um bocadinho menor do que asmassas iniciais <strong>da</strong> água e do sal juntas;Previsão 4. A massa <strong>da</strong> solução é igual à soma <strong>da</strong>s massas<strong>da</strong> água e do sal, pois eles ficam os dois lá dentro.Outras...O que e como vamos fazer...— Medir as massas do soluto e do solvente recorrendo a umabalança de precisão;69


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>— Determinar a soma <strong>da</strong>s massas do soluto e do solvente;— Registar os valores no quadro;— Utilizar um copo onde se dissolve o soluto no solvente (porex<strong>em</strong>plo, dissolver o açúcar na água) e uma vareta paraser mais rápido (ver/rel<strong>em</strong>brar activi<strong>da</strong>de A);— Repetir a medição <strong>da</strong> massa <strong>da</strong> solução e comparar o valorcom a soma <strong>da</strong>s massas iniciais do soluto e do solvente.E XperimentaçãoExecutar a planificação atrás descrita (observando,registando…)Após a experimentaçãoO que verificamos...—A massa <strong>da</strong> solução (120g) é igual à soma <strong>da</strong> massa dosoluto (20g açúcar) e do solvente (100g água).A resposta à questão-probl<strong>em</strong>a é...— A massa <strong>da</strong> solução é igual à soma <strong>da</strong>s massas do soluto edo solvente.Concluindo...70O que concluímos…Aju<strong>da</strong>r os alunos a concluir que na dissolução existe conservação<strong>da</strong> massa, ou seja, que a massa de uma solução é igual à soma <strong>da</strong>smassas do solvente e do(s) soluto(s), quaisquer que sejam ospares soluto-solvente e as quanti<strong>da</strong>des usa<strong>da</strong>s.


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>Qual a vali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s nossas previsões…— Comparar a conclusão com as hipóteses formula<strong>da</strong>s;— Verificar que a hipótese 4 se confirma e que as hipóteses 1, 2 e 3são de rejeitar.Quais os limites de vali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> conclusão…A conclusão é váli<strong>da</strong> para qualquer solução. Nos casos <strong>em</strong> que adissolução é incompleta, a conclusão é váli<strong>da</strong> para a porção dosoluto que se dissolveu.5RecursosPara a realização <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des propostas serãonecessários os seguintes recursos:. balança de precisão 500g(limite de detecção: décimo de grama). placa eléctrica. frigorífico ou congelador. lâmpa<strong>da</strong> com suporte. termómetros digitais21. cronómetro / relógio. gobelés /copos. balões de Erlenmeyer. provetas. almofariz. tina. varetas. funis. prato <strong>em</strong> inox. coador de rede. faca. luvas térmicas. filtros (de café). rebuçados (mesmo tipo e tipodiferentes). areia. álcool etílico. açúcar. sal. água. farinha. café <strong>em</strong> pó. óleo alimentar. vinagre21 Os termómetros digitais são os mais adequados. Os de vidro são quebráveis. De entre estes os de mercúrioestão proibidos devido à toxi<strong>da</strong>de do mercúrio. Em alternativa usar os de álcool.71


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>6Aprendizagens espera<strong>da</strong>sAs activi<strong>da</strong>des apresenta<strong>da</strong>s contribu<strong>em</strong> para que ascrianças possam alcançar aprendizagens aos níveisconceptual, procedimental e atitudinal.No final <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des as crianças deverão saber que:— Amostras de materiais diferentes se dissolv<strong>em</strong> de formadiferente, isto é, uns materiais dissolv<strong>em</strong>-se <strong>em</strong> maiorquanti<strong>da</strong>de do que outros, no mesmo solvente.— Dissolver um soluto num solvente significa obter umasolução (mistura homogénea);— O fenómeno de dissolução é um fenómeno de interacçãosoluto-solvente e que ocorre do exterior para o interior dosoluto;— Dissolver mais depressa significa dissolver <strong>em</strong> menost<strong>em</strong>po;— O t<strong>em</strong>po de dissolução completa de uma amostra depende<strong>da</strong> massa <strong>da</strong> amostra (soluto), do tipo de soluto, <strong>da</strong>natureza do solvente, <strong>da</strong> agitação <strong>da</strong> mistura (soluto esolvente), <strong>da</strong> t<strong>em</strong>peratura <strong>da</strong> mistura, do estado dedivisão do soluto;— O t<strong>em</strong>po de dissolução completa de uma amostra nãodepende do volume de solvente (desde que o menorvolume usado permita a dissolução completa do soluto);— A massa <strong>da</strong> solução é igual à soma <strong>da</strong>s massas do soluto edo solvente ( msolução = msoluto + msolvente);72— Apenas se pode dissolver uma porção limita<strong>da</strong> de solutonuma certa quanti<strong>da</strong>de de solvente, a uma <strong>da</strong><strong>da</strong>t<strong>em</strong>peratura, ou seja, os materiais têm um limite desolubili<strong>da</strong>de num <strong>da</strong>do solvente;


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>— A partir de uma determina<strong>da</strong> massa de soluto, não épossível dissolver mais num <strong>da</strong>do volume de solvente, auma <strong>da</strong><strong>da</strong> t<strong>em</strong>peratura, e obtém-se uma solução satura<strong>da</strong>a essa t<strong>em</strong>peratura;— Materiais diferentes têm diferentes limites de solubili<strong>da</strong>denum mesmo solvente, a uma <strong>da</strong><strong>da</strong> t<strong>em</strong>peratura;— A uma <strong>da</strong><strong>da</strong> t<strong>em</strong>peratura, o limite de solubili<strong>da</strong>de de um<strong>da</strong>do material depende do solvente <strong>em</strong> que o colocamos,ou seja, é diferente a extensão <strong>da</strong> dissolução do mesmosoluto <strong>em</strong> diferentes solventes.— A dissolução é um processo reversível, pois é possível apartir de uma solução recuperar o soluto.No final <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>de as crianças deverão ser capazes de:— Compreender o que é um ensaio controlado;— Prever que factores influenciam o t<strong>em</strong>po de dissolução deum rebuçado <strong>em</strong> água e quais os efeitos <strong>da</strong> variação deca<strong>da</strong> um deles;— Organizar um registo de <strong>da</strong>dos;— Utilizar uma balança para determinar a massa deamostras (solutos, solventes, soluções);— Utilizar cronómetro/relógio para medir t<strong>em</strong>po (porex<strong>em</strong>plo, t<strong>em</strong>po de dissolução completa de umrebuçado);— Utilizar termómetro para medir a t<strong>em</strong>peratura (porex<strong>em</strong>plo, t<strong>em</strong>peratura do solvente);— Utilizar provetas para medir volume de <strong>líquidos</strong> (porex<strong>em</strong>plo, volume dos solventes);— Distinguir <strong>da</strong>dos recolhidos numa observação, <strong>da</strong> suainterpretação e <strong>da</strong>s conclusões a extrair;73


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>— Identificar o efeito <strong>da</strong> variação de ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s variáveisindependentes estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s no t<strong>em</strong>po de dissoluçãocompleta de uma amostra (variável dependente);— Confrontar resultados obtidos com previsões feitas;— Perceber os limites <strong>da</strong> conclusão de ca<strong>da</strong> um dos ensaiosrealizados.— Respeitar normas de segurança (não provar os materiais,não cheirar os solventes, usar luvas térmicas quandomanuseiam objectos aquecidos…).7Sugestões para avaliação <strong>da</strong>s aprendizagensAo longo e após a concretização <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des espera-seque os alunos estejam <strong>em</strong> condições de ser<strong>em</strong> confrontadoscom outras questões/activi<strong>da</strong>des sobre o t<strong>em</strong>a abor<strong>da</strong>do.Sugerimos desta forma algumas situações que nospermit<strong>em</strong> avaliar as aprendizagens <strong>da</strong>s crianças.7.17.1.1A propósito dos factores que influenciam o t<strong>em</strong>po dedissoluçãoRebuçado relâmpagoComo se pode diminuir ain<strong>da</strong> mais o t<strong>em</strong>po de dissoluçãode um rebuçado?Tendo por base as experiências que realizaste, organizarespostas conjugando 2 ou 3 factores.74Orientações para uma resposta aceitável: Diminuir ot<strong>em</strong>po significa dissolver mais depressa, portanto dev<strong>em</strong>osusar uma t<strong>em</strong>peratura mais eleva<strong>da</strong>, agitar mais a mistura etriturar o rebuçado.É necessário conjugar alguns factores, como t<strong>em</strong>peratura<strong>da</strong> água, agitação <strong>da</strong> mistura e estado de divisão do soluto(rebuçado).


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>7.1.2Um rebuçado duradouroComo se pode prolongar o t<strong>em</strong>po de dissolução de umrebuçado muito triturado?Tendo por base as experiências que realizaste, organizarespostas conjugando 2 factores.Orientações para uma resposta aceitável: Prolongar ot<strong>em</strong>po significa dissolver mais devagar. É necessárioconjugar a agitação <strong>da</strong> mistura e a t<strong>em</strong>peratura <strong>da</strong> água,baixando a t<strong>em</strong>peratura e não agitando a mistura.7.2A propósito do comportamento de materiais <strong>em</strong> contacto coma águaO esconde-esconde do açúcarT<strong>em</strong>os três saquetas transparentes devi<strong>da</strong>mente numera<strong>da</strong>s(1,2,3). Em ca<strong>da</strong> uma delas colocámos 40g de um pó brancodiferente (farinha, fermento <strong>em</strong> pó e açúcar) 22. Quer<strong>em</strong>ossaber, s<strong>em</strong> provar, qual deles é o açúcar?Planifica uma experiência que permita determinar qual <strong>da</strong>samostras é o açúcar. Podes ensaiar previamente ocomportamento de outras amostras de farinha, fermento <strong>em</strong>pó e açúcar <strong>em</strong> água.Organiza uma tabela com os <strong>da</strong>dos.123Comportamento <strong>em</strong> 100ml deÁgua22 As amostras dev<strong>em</strong> ter um aspecto macroscópico idêntico pelo que se sugere a utilização de açúcar <strong>em</strong> pó,fermento para bolos <strong>em</strong> pó e farinha de milho.75


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>Orientações para uma resposta aceitável: Para identificarqual <strong>da</strong>s 3 amostras é o açúcar vamos utilizar o queaprend<strong>em</strong>os <strong>em</strong> activi<strong>da</strong>des anteriores (por ex<strong>em</strong>plo,activi<strong>da</strong>de B): materiais diferentes dissolv<strong>em</strong>-se de formadiferente no mesmo solvente. Vamos testar o comportamentodos três materiais (fermento <strong>em</strong> pó, farinha e açúcar) <strong>em</strong> 100ml de água. Precisamos de 3 copos com água e de 40g de ca<strong>da</strong>material. Introduz<strong>em</strong>-se as amostras ao mesmo t<strong>em</strong>po <strong>em</strong>ca<strong>da</strong> copo, agita-se de forma equivalente e regista-se ocomportamento (dissolveu totalmente, dissolveuparcialmente, praticamente não se dissolveu).Comportamento <strong>em</strong> 100ml deÁguaFermento<strong>em</strong> pó 1FarinhaAçúcar23Dissolve-se parcialmente, fazendo efervescênciaDissolve-se parcialmenteDissolve-se totalmenteO quadro de registos vai servir como referência decomparação para as amostras desconheci<strong>da</strong>s. Procede-se deigual modo com as três amostras não identifica<strong>da</strong>s e poderáconcluir-se que o açúcar é aquele que se dissolve totalmente<strong>em</strong> 100ml de água.A propósito do limite de solubili<strong>da</strong>de de um material7.3Açúcar aos montesO Rui disse: “O açúcar é solúvel <strong>em</strong> água, portanto pod<strong>em</strong>ospreparar uma solução ca<strong>da</strong> vez mais doce, adicionando maisaçúcar a 100 ml de água.”76


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>7.4Concor<strong>da</strong>s com o Rui? Apresenta as razões <strong>da</strong> tua resposta.Orientações para uma resposta aceitável: Através <strong>da</strong>realização de activi<strong>da</strong>des anteriores (por ex<strong>em</strong>plo activi<strong>da</strong>deC), verificámos que numa determina<strong>da</strong> quanti<strong>da</strong>de desolvente, um <strong>da</strong>do material só se dissolvia até determina<strong>da</strong>quanti<strong>da</strong>de, ou seja, t<strong>em</strong> um limite de solubili<strong>da</strong>de. O Ruinão t<strong>em</strong> razão, pois a partir de uma determina<strong>da</strong> quanti<strong>da</strong>dede açúcar adicionado, este não se dissolve, ou seja, fica nofundo do copo. Uma solução de água com açúcar é doceporque o açúcar está dissolvido. Não se dissolvendo maisaçúcar a solução não fica mais doce.A propósito <strong>da</strong> reversibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> dissoluçãoÀ procura do salO náufrago quer algum sal para pôr no peixe que pescou.Podes ajudá-lo?Como pode obter algum sal a partir do mar?O náufrago quer algum sal para pôr no peixe que pescou.Podes ajudá-lo? Como pode obter algum sal a partir do mar?77


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>Orientações para uma resposta aceitável: Através <strong>da</strong>sactivi<strong>da</strong>des realiza<strong>da</strong>s sobre a dissolução (por ex<strong>em</strong>plo,ativi<strong>da</strong>de D), verificámos que é possível recuperar o solutode uma solução através <strong>da</strong> evaporação do solvente.Desta forma a resposta à questão poderá ser do tipo“Recolher uma amostra de água do mar, deixá-la numrecipiente aberto (folha de palmeira <strong>em</strong> forma de concha,por ex<strong>em</strong>plo), deixar a água evaporar e ficar<strong>em</strong>os então como sal no fundo”.7.5A propósito <strong>da</strong> conservação <strong>da</strong> massa numa dissoluçãoGarrafas traiçoeirasT<strong>em</strong>os 2 garrafas iguais, A e B, contendo o mesmo volume de<strong>líquidos</strong> com aspecto idêntico (numa existe água e noutraexiste água com sal). Como pod<strong>em</strong>os saber qual é oconteúdo de ca<strong>da</strong> garrafa s<strong>em</strong> as abrir?ABOrientações para uma resposta aceitável: Após aexploração <strong>da</strong> dissolução (ex. realização <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>de E), ascrianças verificaram que a massa de uma solução é igual àsoma <strong>da</strong>s massas do(s) soluto(s) e do solvente. Assim,espera-se que as crianças digam que é preciso pesar asgarrafas (ou seja, medir a massa); a mais pesa<strong>da</strong> (maiormassa) será a que contém água salga<strong>da</strong>, uma vez que t<strong>em</strong> amais o sal dissolvido.78


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>Referências BIBLIOGRÁFICASCarvalho, R. (1995). A Física no dia-a-dia. Lisboa: Relógio D'Água.de Bóo, M. (2004). Using science to develop thinking skills at key stage I — Practicalresources for gifted and talented learners. London: David Fulton Publishers.Direcção <strong>Geral</strong> do Ensino Básico e Secundário [DGEBS] (1990). Reforma Educativa:Ensino Básico, Programa do 1º Ciclo. Lisboa: ME.Departamento <strong>da</strong> <strong>Educação</strong> Básica [DEB] (2004). Organização Curricular eProgramas: Ensino Básico — 1º Ciclo (4ª edição revista). Lisboa: Editorial do ME.Fiolhais, C. (1991). Física diverti<strong>da</strong>. Lisboa: Gradiva.Goldsworthy, A., Feasey, R. (1997). Making Sense of Primary Science Investigations.Hatfield: The Association for Science Education.Harlen, W. (2006). Teaching, Learning and assessing science 5-12 (4ª ed.). London:Sage Publications.Harlen, W. (ed.) (2006). ASE Guide to Primary Science Education. Hatfield: TheAssociation for Science Education.Harlen, W., Qualter, A. (2004). The teaching of science in primary schools. London:David Fulton Publishers.Howe, A., Davies, D., McMahon, K., Towler, L., e Scott, T. (2005). Science 5-11: Aguide for teachers. London: David Fulton Publishers.Jiménez-Aleixandre, M. P. (coord.) et al. (2003). Enseñar Ciências. Barcelona: Graó.Johnston, J., e Gray, A. (1999). Enriching early scientific learning. Philadelphia, PA:Open University Press.Miguéns, M. I. (1999). O Trabalho Prático e o Ensino <strong>da</strong>s Investigações na <strong>Educação</strong>Básica. Em CNE (ed.), Ensino Experimental e Construção de Saberes, pp. 77-95,Lisboa: CNE-ME.Ministério <strong>da</strong> <strong>Educação</strong> — Departamento <strong>da</strong> <strong>Educação</strong> Básica (2001).Nacional do Ensino Básico. Lisboa: Editorial do ME.CurrículoNaylor, S., Keogh, B. (2000).Millgate House Publishers.Concept Cartoons in Science Education. Cheshire:79


ensinoºnoiclociências<strong>da</strong>s experimentalExplorando materiais... dissolução <strong>em</strong> <strong>líquidos</strong>Naylor, S., Keogh, B., Goldsworthy, A. (2004). Active assessment — Thinking learningand assessment in science. London: David Fulton in association with MillgateHouse Publishers.Pereira, A. (2002). <strong>Educação</strong> para a Ciência. Lisboa: Universi<strong>da</strong>de Aberta.Pujol, R. M. (2003). Didáctica de las ciencias en la educación primaria. Madrid:Síntesis Educación.Ward, H., Roden, J., Welett, C., For<strong>em</strong>oan, J. (2005). Teaching science in the primaryclassroom — A practical guide. London: Paul Chapman Publishing.Prieto, T., Blanco, A., González, F. (2000).Editorial Síntesis Educación.La materia e los materiales. Madrid:80

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