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1/3 Nos termos da alínea c) do nº 2 do artigo 2º do Decreto ...

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Harmonização destas consultas com o esquema cronológico preconiza<strong>do</strong> no ProgramaNacional de Vacinação (PNV), de mo<strong>do</strong> a reduzir o número de deslocações aos serviços desaúde;Valorização <strong>do</strong>s cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s antecipatórios como fator de promoção <strong>da</strong> saúde e de prevenção<strong>da</strong> <strong>do</strong>ença, nomea<strong>da</strong>mente facultan<strong>do</strong> aos pais e outros cui<strong>da</strong><strong>do</strong>res, os conhecimentosnecessários ao melhor desempenho, no que respeita à promoção e proteção <strong>do</strong>s direitos<strong>da</strong> criança e ao exercício <strong>da</strong> parentali<strong>da</strong>de, em particular no <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong>s novos desafios <strong>da</strong>saúde;Neste âmbito, e face aos movimentos antivacinais emergentes, o reincentivo aocumprimento <strong>do</strong> PNV, preservan<strong>do</strong> o adequa<strong>do</strong> esta<strong>do</strong> vacinal <strong>da</strong>s crianças, jovens epopulação em geral, afigura-se crucial;Também o investimento na prevenção <strong>da</strong>s perturbações emocionais e <strong>do</strong> comportamentoconstitui uma priori<strong>da</strong>de no mesmo <strong>do</strong>mínio;Deteção precoce, acompanhamento e encaminhamento de situações que possam afetarnegativamente a saúde <strong>da</strong> criança e que sejam passíveis de correção;Apoio à responsabilização progressiva e à autodeterminação em questões de saúde <strong>da</strong>scrianças e <strong>do</strong>s jovens;Trabalho em equipa, como forma de responder à complexi<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s atuais problemas e <strong>da</strong>snecessi<strong>da</strong>des em saúde que requerem, de mo<strong>do</strong> crescente, atuações multiprofissionais einterdisciplinares;Articulação efetiva entre estruturas, programas e projetos, dentro e fora <strong>do</strong> setor <strong>da</strong>saúde, que contribuam para o bem-estar, crescimento e desenvolvimento <strong>da</strong>s crianças ejovens.Ficam sem efeito os conteú<strong>do</strong>s de normas, orientações, circulares, ofícios e informaçõesanteriores que contrariem o disposto nesta norma e revoga-se a Orientação Técnica nº 12,Programa - tipo de Actuação em Saúde Infantil e Juvenil, 2ª edição, de 2005.Francisco GeorgeDiretor-Geral <strong>da</strong> SaúdeNorma nº 010/2013 de 31/05/20133/3


Programa NacionalSaúde Infantil e JuvenilJunho de 2013


PORTUGAL. Direção-Geral <strong>da</strong> Saúde.Saúde Infantil e Juvenil: Programa Nacional / Direção-Geral <strong>da</strong> Saúde.Saúde Infantil / A<strong>do</strong>lescência / Planos e Programas de Saúde / Cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s de SaúdeCrianças / A<strong>do</strong>lescentes / JovensEquipa Re<strong>da</strong>torial:Bárbara Menezes; Dina Oliveira; Leonor Sassetti; Vasco Prazeres (Coordena<strong>do</strong>r).Com a colaboração:Ana Duarte; Ana Jorge; Ana Leça; Carolina Veloso(Ɨ); Cristina Miran<strong>da</strong>; Edite Branco; Eduar<strong>da</strong>Rodrigues; Emília Nunes; Helena Jardim; Helena Monteiro; Isabel Castelão; Luísa MariaMoreira; Maria Augusta Correia; Rita Margato; Vânia Batista.Grupo de trabalho sobre Desenvolvimento:Arlette Verhaeghe; Carla Mota; Fátima Bessa; Graça Andra<strong>da</strong>; Guiomar Oliveira; HelenaBeça; Isabel Ferreira; Joana Monteiro; José Boavi<strong>da</strong> Fernandes; Luís Borges; Luísa Rocha;Luísa Teles; Mónica Pinto; Olga Bonito; Paula Teles; Pedro Cabral; Teresa Folha; VirgíniaMonteiro.Grupo de trabalho sobre Saúde Oral:Maria Cristina Cádima; Mário Rui Araújo; Rui Cala<strong>do</strong>.Grupo de trabalho sobre Tensão Arterial:Raquel Maia; Rosário Stone; Rui Anjos.Grupo de trabalho sobre Dislipidémias:Ana Gaspar; Isabel Gaspar; Mafal<strong>da</strong> Bourbon; Renata Rossi.Grupo de trabalho sobre Curvas de Crescimento:António Guerra; Daniel Virella; Luís Pereira <strong>da</strong> Silva; Manuel Salga<strong>do</strong>.Grupo de trabalho sobre Saúde <strong>do</strong>s A<strong>do</strong>lescentes:Alice Gonçalves; Maria de São José TavaresGrupo de trabalho sobre Saúde Escolar:Ângela Menezes; Carlos André; Fernan<strong>da</strong> Pinto; Fernan<strong>do</strong> Nogueira; João Diegues; LinaGuar<strong>da</strong>; Lúcia Marques; Luís Hermenegil<strong>do</strong>; Rosa Mansilha.Participação de:Ana Lúcia Freire; MCEESIP – OE; CRSMCA – ARSLVT; CRSMCA – ARSCENTRO; Carlos Moniz;Elsa Rocha; ESEB; ESEC; ESSCVP; ESEL; ESEP; ESS – IPG; ESS – IPVC; FCM – UNL ; IsabelMalheiro; Joana Sal<strong>da</strong>nha; Lisa Vicente; Margari<strong>da</strong> Bonança; Margari<strong>da</strong> Santos; MariaConstantina Silva; Maria <strong>do</strong> Carmo Vale; Maria <strong>do</strong> Carmo Velez; Ofélia Lopes; Paolo Casella;Pedro Ribeiro <strong>da</strong> Silva; Siborro de Azeve<strong>do</strong>; Secção de Medicina <strong>do</strong> A<strong>do</strong>lescente – SPP;Secção de Pneumologia Pediátrica – SPP; Teresa Cal<strong>da</strong>s de Almei<strong>da</strong>; ULSAM; e outros peritosem consulta.Nota: O conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> presente <strong>do</strong>cumento pode não refletir, na íntegra, as opiniões de ca<strong>da</strong>um <strong>do</strong>s elementos que contribuíram para a sua elaboração.


ÍNDICEI. Introdução 6II. Objetivos <strong>do</strong>s Exames de Saúde 9III. Periodici<strong>da</strong>de 11IV. Conteú<strong>do</strong>s 12V. Crianças e Jovens em Risco ou com Necessi<strong>da</strong>des Especiais 33VI. Perturbações Emocionais e <strong>do</strong> Comportamento 35VII. Bibliografia 37AnexosAnexo 1 Curvas de crescimento 43Anexo 2 Regras para o transporte de crianças emautomóvel desde a alta <strong>da</strong> materni<strong>da</strong>de 53Anexo 3 I<strong>da</strong>des ótimas para cirurgias 55Textos de apoioTexto de apoio 1 Avaliação <strong>do</strong> desenvolvimento 56Texto de apoio 2 Programa Nacional de Promoção <strong>da</strong> Saúde Oral –aplicação em saúde infantil e juvenil 93Texto de apoio 3Rastreio <strong>da</strong>s dislipidémias em criançase a<strong>do</strong>lescentes 97Texto de apoio 4 Avaliação <strong>da</strong> tensão arterial 101Texto de apoio 5 Puber<strong>da</strong>de e entrevista a a<strong>do</strong>lescentes 110


ÍNDICE DE QUADROSQuadro 1. Resumo <strong>do</strong>s parâmetros a avaliar <strong>do</strong>s 0 aos 18 Anos 29Quadro 2. Resumo <strong>do</strong>s cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s antecipatórios <strong>do</strong>s 0 aos 18Anos 31


NCEPOMSPNPSOPNSIJPNVppmRNSNIPISRCTATGUNICEFVFVTWHONational Cholesterol Education ProgramOrganização Mundial <strong>da</strong> SaúdePrograma Nacional de Promoção <strong>da</strong> Saúde OralPrograma Nacional de Saúde Infantil e JuvenilPrograma Nacional de VacinaçãoPartes Por MilhãoRecém-Nasci<strong>do</strong>Serviço Nacional de Intervenção Precoce na InfânciaSistema de Retenção para CriançasTensão ArterialTrigliceri<strong>do</strong>sUnited Nations Children FundVira<strong>do</strong> para a frenteVolta<strong>do</strong> para trásWorld Health Organization


I. INTRODUÇÃOOs ganhos em saúde <strong>da</strong> população residente em Portugal têm vin<strong>do</strong> a adquirirrelevo ao longo <strong>do</strong>s últimos anos, nomea<strong>da</strong>mente os que se referem às duasprimeiras déca<strong>da</strong>s <strong>do</strong> ciclo de vi<strong>da</strong>.No que respeita a indica<strong>do</strong>res como a mortali<strong>da</strong>de infantil, e outros, os valoresatingi<strong>do</strong>s são, já, <strong>do</strong>s melhores a nível mundial, pese embora as desigual<strong>da</strong>des emsaúde que subsistem, quan<strong>do</strong> considera<strong>do</strong>s diferentes grupos sociais.Os determinantes liga<strong>do</strong>s ao contexto de vi<strong>da</strong>, tais como os fatores de ordemcultural, política, socioeconómica, género e recursos comunitários, ao ambientefísico e às dimensões individuais de cariz genético e comportamental, o acesso aosserviços de saúde e a cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s de quali<strong>da</strong>de constituíram elemento basilar para quetal evolução acontecesse.Nesta matéria, é incontornável o impacte positivo <strong>do</strong> Programa-tipo de Actuação emSaúde Infantil e Juvenil, cria<strong>do</strong> em 1992, através <strong>da</strong> Circular Normativa 9/DSI, de 6 deoutubro, <strong>da</strong> então Direcção-Geral <strong>do</strong>s Cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s de Saúde Primários, bem como pelasatualizações sofri<strong>da</strong>s ao longo <strong>do</strong> tempo, ten<strong>do</strong> a última ocorri<strong>do</strong> em 2005. Aaplicação sistemática deste programa de vigilância de saúde tem vin<strong>do</strong> a revelar-se,nos diferentes tipos de instituições em que ocorre, um garante de cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s de saúdeadequa<strong>do</strong>s e eficazes, com a contribuição e o empenho de to<strong>do</strong>s os que nelaparticipam.Ao longo <strong>do</strong>s anos, as modificações ocorri<strong>da</strong>s neste <strong>do</strong>cumento orienta<strong>do</strong>r têmsurgi<strong>do</strong> em resposta, por um la<strong>do</strong>, à necessi<strong>da</strong>de de melhoria <strong>do</strong>s padrões dequali<strong>da</strong>de, harmonizan<strong>do</strong> os conteú<strong>do</strong>s <strong>da</strong>s ações de saúde com as novas evidênciascientíficas e com novas morbili<strong>da</strong>des e, por outro, a uma maior relevância deproblemas de saúde preexistentes.É nesse processo continua<strong>do</strong> de adequação que se insere o presente texto, agoradesigna<strong>do</strong> Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil (PNSIJ), no qual,manten<strong>do</strong> a estrutura preexistente, são introduzi<strong>da</strong>s diversas modificações deconteú<strong>do</strong> relativamente à versão de 2005, <strong>da</strong>s quais se salientam:• Alteração na cronologia <strong>da</strong>s consultas referentes a i<strong>da</strong>des-chave <strong>da</strong>vigilância 1 ;• A<strong>do</strong>ção <strong>da</strong>s curvas de crescimento <strong>da</strong> Organização Mundial <strong>da</strong> Saúde (OMS);• Novo enfoque nas questões relaciona<strong>da</strong>s com o desenvolvimento infantil, asperturbações emocionais e <strong>do</strong> comportamento e os maus tratos.São aspetos prioritários a deteção e o apoio às crianças que apresentamnecessi<strong>da</strong>des especiais, em situação de risco ou especialmente vulneráveis, aredução <strong>da</strong>s desigual<strong>da</strong>des no acesso aos serviços de saúde, assim como o1 Salienta-se a introdução <strong>da</strong>s seguintes consultas: aos 5 anos, com o objetivo de avaliar <strong>da</strong> existênciade competências para o início <strong>da</strong> aprendizagem; aos 6/7 anos, para deteção precoce de dificul<strong>da</strong>desespecíficas de aprendizagem; aos 10 anos, para preparar o início <strong>da</strong> puber<strong>da</strong>de e a entra<strong>da</strong> para o 5.ºano de escolari<strong>da</strong>de.6


econhecimento e a capacitação <strong>do</strong>s pais e outros adultos de referência, enquantoprimeiros presta<strong>do</strong>res de cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s. O aumento <strong>do</strong> nível de conhecimentos e demotivação <strong>da</strong>s famílias, a par <strong>da</strong> redução <strong>do</strong> analfabetismo e <strong>da</strong> melhoria <strong>da</strong>scondições de vi<strong>da</strong>, favorecem o desenvolvimento <strong>do</strong> exercício <strong>da</strong> parentali<strong>da</strong>de etornam possível que os pais e as famílias o assumam, como direito e dever,competin<strong>do</strong> aos profissionais facilitá-lo e promovê-lo.Genericamente, o PNSIJ, obedece às seguintes linhas-mestras:• Calen<strong>da</strong>rização <strong>da</strong>s consultas para i<strong>da</strong>des-chave, correspondentes aacontecimentos importantes na vi<strong>da</strong> <strong>do</strong> bebé, <strong>da</strong> criança ou <strong>do</strong> a<strong>do</strong>lescente,tais como as etapas <strong>do</strong> desenvolvimento físico, psicomotor, cognitivo eemocional, a socialização, a alimentação e a escolari<strong>da</strong>de;• Harmonização destas consultas com o esquema cronológico preconiza<strong>do</strong> nonovo Programa Nacional de Vacinação (PNV), de mo<strong>do</strong> a reduzir o número dedeslocações aos serviços de saúde;• Valorização <strong>do</strong>s cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s antecipatórios como fator de promoção <strong>da</strong> saúde ede prevenção <strong>da</strong> <strong>do</strong>ença, nomea<strong>da</strong>mente facultan<strong>do</strong> aos pais e outroscui<strong>da</strong><strong>do</strong>res, os conhecimentos necessários ao melhor desempenho, no querespeita à promoção e proteção <strong>do</strong>s direitos <strong>da</strong> criança e ao exercício <strong>da</strong>parentali<strong>da</strong>de, em particular no <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong>s novos desafios <strong>da</strong> saúde;• Neste âmbito, e face aos movimentos antivacinais emergentes, o reincentivoao cumprimento <strong>do</strong> PNV, preservan<strong>do</strong> o adequa<strong>do</strong> esta<strong>do</strong> vacinal <strong>da</strong>scrianças, jovens e população em geral, afigura-se crucial;• Também o investimento na prevenção <strong>da</strong>s perturbações emocionais e <strong>do</strong>comportamento constitui uma priori<strong>da</strong>de no mesmo <strong>do</strong>mínio;• Deteção precoce, acompanhamento e encaminhamento de situações quepossam afetar negativamente a saúde <strong>da</strong> criança e que sejam passíveis decorreção;• Apoio à responsabilização progressiva e à autodeterminação em questões desaúde <strong>da</strong>s crianças e <strong>do</strong>s jovens;• Trabalho em equipa, como forma de responder à complexi<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s atuaisproblemas e <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong>des em saúde que requerem, de mo<strong>do</strong> crescente,atuações multiprofissionais e interdisciplinares;• Articulação efetiva entre estruturas, programas e projetos, dentro e fora <strong>do</strong>setor <strong>da</strong> saúde, que contribuam para o bem-estar, crescimento edesenvolvimento <strong>da</strong>s crianças e jovens.As carências e assimetrias de distribuição de profissionais nos Cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s de SaúdePrimários (CSP) manifestam-se na diversi<strong>da</strong>de de recursos humanos afetos aodesempenho destas ativi<strong>da</strong>des. O fun<strong>da</strong>mental é que estas sejam realiza<strong>da</strong>s porprofissionais disponíveis, motiva<strong>do</strong>s e competentes.Neste contexto, é de particular importância desenvolver os meios que possibilitem avisitação <strong>do</strong>miciliária, elemento fun<strong>da</strong>mental na vigilância e promoção <strong>da</strong> saúde, emparticular nos dias seguintes à alta <strong>da</strong> materni<strong>da</strong>de, nas situações de <strong>do</strong>ençaprolonga<strong>da</strong> ou crónica e nos casos de crianças, famílias ou situações identifica<strong>da</strong>scomo de risco.7


O trabalho em equipa necessita de ser incrementa<strong>do</strong> também na comuni<strong>da</strong>de e nasestruturas que dão apoio à criança e ao a<strong>do</strong>lescente (creche, jardim de infância,escola, ativi<strong>da</strong>des de tempos livres (ATL), coletivi<strong>da</strong>des desportivas ou associativas,serviços <strong>da</strong> segurança social, autarquias, etc.), enquanto enti<strong>da</strong>des com competênciaem matéria de infância e juventude e, por isso, com responsabili<strong>da</strong>de na promoção<strong>da</strong> saúde, nestas i<strong>da</strong>des.As crianças, de acor<strong>do</strong> com a Convenção sobre os Direitos <strong>da</strong> Criança, ratifica<strong>da</strong> peloEsta<strong>do</strong> Português em 1990, entendi<strong>da</strong>s como «to<strong>do</strong> o ser humano menor de 18anos», constituem um grupo prioritário e justificam o maior empenhamento edisponibili<strong>da</strong>de por parte <strong>do</strong>s profissionais e especial atenção <strong>do</strong>s gestores <strong>do</strong>sserviços de saúde.A aplicação deste Programa pode representar, no contexto <strong>da</strong> crise global que seatravessa, um instrumento de apoio à saúde integral infantil e juvenil que concorrapara a igual<strong>da</strong>de de oportuni<strong>da</strong>des de desenvolvimento para to<strong>da</strong>s as crianças ejovens, independentemente <strong>do</strong>s contextos socioeconómicos <strong>da</strong>s famílias ecomuni<strong>da</strong>des.8


II. OBJETIVOS DOS EXAMES DE SAÚDENo decurso <strong>da</strong> vigilância em Saúde Infantil e Juvenil, são efetua<strong>da</strong>sintervenções que visam a concretização de um conjunto vasto de objetivos,ten<strong>do</strong> em vista a obtenção contínua de ganhos em saúde nesta população.Assim, pretende-se:1. Avaliar o crescimento e desenvolvimento e registar os <strong>da</strong><strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s, nossuportes próprios, nomea<strong>da</strong>mente no Boletim de Saúde Infantil e Juvenil (BSIJ) ou noeBoletim;2. Estimular a opção, sempre que possível, por comportamentos promotores desaúde, entre os quais os relaciona<strong>do</strong>s com:• A nutrição, adequa<strong>da</strong> às diferentes i<strong>da</strong>des e às necessi<strong>da</strong>des individuais,promoven<strong>do</strong> comportamentos alimentares equilibra<strong>do</strong>s;• A prática regular de exercício físico; o brincar, e outras ativi<strong>da</strong>des de lazer emespaços livres e ambientes despoluí<strong>do</strong>s; a gestão <strong>do</strong> stress;• A prevenção de consumos nocivos;• A a<strong>do</strong>ção de medi<strong>da</strong>s de segurança, reduzin<strong>do</strong> o risco de acidentes.3. Promover:• A imunização contra <strong>do</strong>enças transmissíveis, conforme o PNV;• A saúde oral;• A prevenção <strong>da</strong>s perturbações emocionais e <strong>do</strong> comportamento;• A prevenção <strong>do</strong>s acidentes e intoxicações;• A prevenção <strong>do</strong>s maus tratos;• A prevenção <strong>do</strong>s riscos decorrentes <strong>da</strong> exposição solar inadequa<strong>da</strong>;• O aleitamento materno.4. Detetar precocemente e encaminhar situações que possam comprometer a vi<strong>da</strong>ou afetar a quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> criança e <strong>do</strong> a<strong>do</strong>lescente, tais como: malformaçõescongénitas – <strong>do</strong>ença luxante <strong>da</strong> anca, cardiopatias congénitas, testículo(s) nãodesci<strong>do</strong>(s), perturbações <strong>da</strong> visão, audição e linguagem, perturbações <strong>do</strong>desenvolvimento estaturo-ponderal e psicomotor, problemas dentários, alteraçõesneurológicas, alterações <strong>do</strong> comportamento e <strong>do</strong> foro emocional e relacional.5. Prevenir, identificar e saber como abor<strong>da</strong>r as <strong>do</strong>enças comuns nas várias i<strong>da</strong>des,nomea<strong>da</strong>mente reforçan<strong>do</strong> o papel <strong>do</strong>s pais e outros cui<strong>da</strong><strong>do</strong>res, alertan<strong>do</strong> para ossinais e sintomas que justificam o recurso aos diversos serviços de saúde.6. Sinalizar e proporcionar apoio continua<strong>do</strong> às crianças com <strong>do</strong>ençacrónica/deficiência e às suas famílias, bem como promover a eficaz articulação comos vários intervenientes na prestação de cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s a estas crianças.7. Assegurar a realização <strong>do</strong> aconselhamento genético, sempre que tal estejaindica<strong>do</strong>, quer para os progenitores, quer para os a<strong>do</strong>lescentes, se necessário,através <strong>da</strong> referenciação para serviços especializa<strong>do</strong>s.9


8. Identificar, apoiar e orientar as crianças e famílias vítimas de maus tratos e deviolência, tais como: negligência, maus tratos físicos, psicológicos, abuso sexual,bullying, práticas tradicionais lesivas, nomea<strong>da</strong>mente a mutilação genital feminina.9. Promover o desenvolvimento pessoal e social e a autodeterminação <strong>da</strong>s criançase <strong>do</strong>s jovens, com progressiva responsabilização pelas escolhas relativas à saúde,prevenin<strong>do</strong> situações disruptivas ou de risco acresci<strong>do</strong> e promoven<strong>do</strong> a equi<strong>da</strong>de degénero.10. Apoiar e estimular o exercício adequa<strong>do</strong> <strong>da</strong>s responsabili<strong>da</strong>des parentais epromover o bem-estar familiar e em outros ambientes específicos.A concretização destes objetivos implica a otimização <strong>do</strong>s recursos disponíveis.Assim, de molde a potenciar o trabalho em equipa, há que, em ca<strong>da</strong> situação, aplicaros princípios deontológicos e as competências técnicas atribuí<strong>da</strong>s pelas enti<strong>da</strong>despróprias <strong>do</strong>s diferentes profissionais de saúde.Pretende-se rentabilizar a ação <strong>do</strong>s profissionais e desenvolver sinergias nasdiferentes equipas (intra e interinstitucionalmente), com as famílias e a própriacomuni<strong>da</strong>de, no senti<strong>do</strong> de assegurar e otimizar a vigilância adequa<strong>da</strong> <strong>da</strong> saúde <strong>da</strong>scrianças e jovens.10


III. PERIODICIDADESalientam-se os objetivos <strong>da</strong> introdução <strong>da</strong>s seguintes consultas:- aos 5 anos (A), com a finali<strong>da</strong>de de avaliar a existência de competências parao início <strong>da</strong> aprendizagem;- aos 6/7 A, para deteção precoce de dificul<strong>da</strong>des específicas de aprendizagem;- aos 10 A, para preparar o início <strong>da</strong> puber<strong>da</strong>de e a entra<strong>da</strong> para o 5.º ano deescolari<strong>da</strong>de.PRIMEIRO ANO DE VIDA• 1.ª semana de vi<strong>da</strong>• 1 mês• 2 meses (M)• 4 M• 6 M• 9 M1 – 3 A• 12 M• 15 M• 18 M• 2 A• 3 A4 – 9 A• 4 A• 5 A – Exame global de saúde• 6 ou 7 A (final 1º ano de escolari<strong>da</strong>de)• 8 A10 – 18 A• 10 A (ano <strong>do</strong> início <strong>do</strong> 2º ciclo <strong>do</strong> ensino básico)• 12 /13 A – Exame global de saúde• 15 /18 AEXAMES DE SAÚDE OPORTUNISTASAs i<strong>da</strong>des referi<strong>da</strong>s não são rígi<strong>da</strong>s – se uma criança ou jovem se deslocar à consulta poroutros motivos, pouco antes ou pouco depois <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de-chave, deverá, se a situação clínicao permitir, ser efetua<strong>do</strong> o exame indica<strong>do</strong> para essa i<strong>da</strong>de. Com este tipo de atuação –exames de saúde oportunistas – reduz-se o número de deslocações e alarga-se o númerode crianças cuja saúde é vigia<strong>da</strong> com regulari<strong>da</strong>de.De igual mo<strong>do</strong>, a periodici<strong>da</strong>de recomen<strong>da</strong><strong>da</strong> deverá adequar-se a casos particulares,poden<strong>do</strong> ser introduzi<strong>da</strong>s, ou elimina<strong>da</strong>s, algumas consultas em momentos especiais <strong>do</strong>ciclo de vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s famílias, como, por exemplo, em situações de <strong>do</strong>ença grave, luto,separações ou aumento <strong>da</strong> fratria.11


IV. CONTEÚDOSAs ações e os exames adiante menciona<strong>do</strong>s devem pautar-se pelas normas,orientações e informações <strong>da</strong> Direção-Geral <strong>da</strong> Saúde (DGS), que incluem ameto<strong>do</strong>logia de execução destas ativi<strong>da</strong>des, bem como pelas particulari<strong>da</strong>desrelativas a ca<strong>da</strong> i<strong>da</strong>de, criança/jovem e família.Em to<strong>da</strong>s as consultas deve avaliar-se:• Preocupações <strong>do</strong>s pais, ou <strong>do</strong> próprio, no que diz respeito à saúde;• Intercorrências desde a consulta anterior, frequência de outras consultas emedicação em curso;• Frequência e a<strong>da</strong>ptação ao infantário, ama, ATL e escola;• Hábitos alimentares, prática de ativi<strong>da</strong>des desportivas ou culturais eocupação de tempos livres;• Dinâmica <strong>do</strong> crescimento e desenvolvimento, comentan<strong>do</strong> a evolução <strong>da</strong>scurvas de crescimento e os aspetos <strong>do</strong> desenvolvimento psicossocial;• Cumprimento <strong>do</strong> calendário vacinal, de acor<strong>do</strong> com o PNV.Sem prejuízo <strong>da</strong> observação completa <strong>da</strong> criança/jovem, são referi<strong>da</strong>s, para ca<strong>da</strong>consulta, as ações a efetuar ten<strong>do</strong> em vista a caracterização <strong>do</strong>s aspetos relacionaise a deteção precoce de situações rastreáveis, incluin<strong>do</strong> perturbações emocionais e<strong>do</strong> comportamento.Relativamente aos cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s antecipatórios, os temas sugeri<strong>do</strong>s poderão serabor<strong>da</strong><strong>do</strong>s individualmente ou em grupo, em diferentes contextos, nomea<strong>da</strong>mentenas ativi<strong>da</strong>des a desenvolver, por exemplo, na sala de espera – distribuição dematerial informativo – e em sessões de informação/educação para a saúde dirigi<strong>da</strong>saos pais ou outros presta<strong>do</strong>res de cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s. Algumas destas ações poderão serdinamiza<strong>da</strong>s pela Saúde Escolar, envolven<strong>do</strong> ativamente as crianças, jovens efamílias.A avaliação <strong>da</strong> dinâmica familiar e <strong>da</strong> rede de suporte sociofamiliar deve fazer parte<strong>da</strong>s preocupações de to<strong>da</strong> a equipa de saúde, sempre que se contacta com acriança/jovem/família. No primeiro ano de vi<strong>da</strong> há que prestar uma especial atençãoao esta<strong>do</strong> emocional <strong>da</strong> mãe (pelo risco de depressão pós-parto) ou <strong>do</strong> principalcui<strong>da</strong><strong>do</strong>r, encaminhan<strong>do</strong> precocemente os casos identifica<strong>do</strong>s que poderãointerferir no desenvolvimento <strong>da</strong> criança.Nas consultas de a<strong>do</strong>lescentes, há que facilitar a acessibili<strong>da</strong>de e assegurar aprivaci<strong>da</strong>de e confidenciali<strong>da</strong>de, permitin<strong>do</strong>, aos que o desejem, o atendimento asós.A colaboração estreita entre serviços ou níveis de cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s, torna-se indispensávelno processo de referenciação e encaminhamento <strong>da</strong> criança ou <strong>do</strong> jovem.Apresentam-se de segui<strong>da</strong> os quadros orienta<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s parâmetros a avaliar e <strong>do</strong>scui<strong>da</strong><strong>do</strong>s antecipatórios, referentes a ca<strong>da</strong> i<strong>da</strong>de e de acor<strong>do</strong> com a periodici<strong>da</strong>deestabeleci<strong>da</strong> no capítulo anterior, mencionan<strong>do</strong>-se aspetos particulares.12


PRIMEIRO ANO DE VIDAPARÂMETROS A AVALIARPesoComprimentoIMC*/PercentilPerímetro cefálicoPrimeiraConsulta1MÊS2 M 4 M 6 M 9 MDentição 16 16Coração (sopros e pulsosfemurais)AncaVisão ** 1 1, 7 1, 7 17 17Audição *** 2 13 18, 20Exame físico 21Desenvolvimento *** 3 8 8, 11 14 18 22Vacinação 4 9 9 9 9 9Relaçãoemocional/comportamento(perturbações)Risco de Maus Tratos****5 5, 10 12 15 18, 19 23Segurança <strong>do</strong> ambiente 6 6 6 6 6 6*Índice de Massa Corporal (IMC) = Peso/Comprimento 2 (kg/m 2 ). Consultar Anexo 1 – Curvas deCrescimento.**Avaliação <strong>da</strong> visão segun<strong>do</strong> as “Boas Práticas em Oftalmologia – Elementos Clínicos de Avaliação eReferenciação” (DGS, 2008) http://www.dgsaude.min-saude.pt/visao/Boas-Praticas-em-Oftalmologia.pdf, e de acor<strong>do</strong> com os critérios previstos na escala de rastreio de Mary Sheri<strong>da</strong>nmodifica<strong>da</strong>.***Aplicação <strong>da</strong> Escala de rastreio de Mary Sheri<strong>da</strong>n modifica<strong>da</strong> (ver Texto de apoio 1 – Avaliação <strong>do</strong>desenvolvimento) e <strong>da</strong>s Recomen<strong>da</strong>ções <strong>do</strong> Grupo de Rastreio e Intervenção <strong>da</strong> Surdez Infantil(GRISI). -http://www.spp.pt/Userfiles/File/App/Artigos/2/20080219173802_Consensos%20SPP_GRISI_38%285%29.pdf****Verificar a existência de sinais e sintomas indica<strong>do</strong>res de qualquer tipo de maus tratos, assimcomo manter atualiza<strong>da</strong> a informação relativa ao processo familiar – consultar “Maus Tratos emCrianças e Jovens – Guia Prático de Abor<strong>da</strong>gem, Diagnóstico e Intervenção” (DGS, 2011)http://www.dgs.pt/ms/11/default.aspx?pl=&id=5526&acess=01. Anamnese e interrogatório dirigi<strong>do</strong>s; exame objetivo: pálpebras e exame ocularexterno, meios transparentes e observação <strong>do</strong> reflexo <strong>do</strong> fun<strong>do</strong> ocular e avaliação <strong>da</strong>capaci<strong>da</strong>de visual.2. Verificar se fez rastreio auditivo neonatal; assusta-se com som forte.3. Presença de reflexos primitivos (ver figuras – Texto de apoio 1 – Avaliação <strong>do</strong>desenvolvimento).4. Verificar a realização <strong>da</strong>s Vacinas Hepatite B e BCG e rastreio de <strong>do</strong>enças metabólicas.13


5. Satisfação <strong>do</strong> principal cui<strong>da</strong><strong>do</strong>r com o seu bebé (enamoramento). A<strong>da</strong>ptação <strong>da</strong> famíliaàs novas rotinas e reações <strong>do</strong>s irmãos se existirem. Sinal de alerta – falta de interesseno bebé, desespero, ideação suici<strong>da</strong>.6. Exposição ao fumo ambiental <strong>do</strong> tabaco em casa/automóvel; risco de acidentes<strong>do</strong>mésticos, ro<strong>do</strong>viários e de lazer; exposição a problemas associa<strong>do</strong>s ao consumo deálcool e/ou outras substâncias psicoativas no meio familiar/envolvente.7. Teste <strong>do</strong>s reflexos de fixação e perseguição.8. Sinal de alerta – ausência de tentativa de controlo <strong>da</strong> cabeça na posição senta<strong>da</strong>; nãofixa a face humana.9. Verificar sempre o esta<strong>do</strong> vacinal <strong>da</strong> criança e atualizá-lo de acor<strong>do</strong> com o PNV.10. Sensibili<strong>da</strong>de e consequente resposta <strong>do</strong> principal cui<strong>da</strong><strong>do</strong>r às manifestações <strong>do</strong> bebé.11. Aplicar os itens Mary Sheri<strong>da</strong>n para 4 – 6 semanas (ver figuras – Texto de apoio 1 –Avaliação <strong>do</strong> desenvolvimento).12. Sinal de alerta – bebé inconsolável/bebé apático sem perío<strong>do</strong>s de comunicação.13. Observar ou perguntar ao principal cui<strong>da</strong><strong>do</strong>r se reage à voz familiar.14. Sinal de alerta – não segue objeto com os olhos, mãos sempre fecha<strong>da</strong>s.15. Sinal de alerta – não acalma preferencialmente com a figura <strong>do</strong> cui<strong>da</strong><strong>do</strong>r/ausência deprazer interativo (interação desa<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>).16. Verificar o esta<strong>do</strong> <strong>da</strong> erupção dentária.17. Determinação <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de visual, movimentos oculares, visão binocular (“Coverteste” – estrabismo anormal, manifesto e constante).18. Sinais de alerta – não olha, nem pega em objetos; não reage a sons; não vocaliza; revelaassimetrias.19. Sinal de alerta – cui<strong>da</strong><strong>do</strong>r NÃO responde aos sinais <strong>do</strong> bebé.20. Reage ao som <strong>da</strong> voz, roca, chávena e colher.21. Confirmar a presença de testículos nas bolsas e, em famílias de risco, pesquisar sinaisde mutilação genital feminina – Orientação <strong>da</strong> DGS 005/2012 sobre mutilação genitalfeminina – www.saudereprodutiva.dgs.pt22. Sinal de alerta – não tem equilíbrio senta<strong>do</strong>; sem preensão palmar; não leva objetos àboca; não reage a sons.23. Sinal de alerta – não faz “gracinhas” e não procura preferencialmente a proximi<strong>da</strong>de <strong>do</strong>cui<strong>da</strong><strong>do</strong>r principal.Notas:14


PRIMEIRO ANO DE VIDACUIDADOS ANTECIPATÓRIOSPrimeiraConsulta1 MÊS 2 M 4 M 6 M 9 MAlimentação 1 1 1, 12 1, 12, 14 1, 12, 14 1, 12, 14Vitamina D*Saúde Oral 4 4HigienePosição de deitar 2Hábitos de sono 7, 8 8 13 13 13Hábitos intestinais ecólicas9 9Desenvolvimento** 3, 4 4 4 4 4 4Acidentes e segurança 4 4 4 4 4 4Temperatura normal efebreSintomas/sinais dealertaSinais/sintomas comuns 105 10 10Vacinação – vantagense reaçõesVi<strong>da</strong> na creche/ama/outros atendimentos15, 16 15, 16 15Relação emocional 6 11 11 4 4, 17 4, 18, 19*Vitamina D – 400 UI uma vez por dia, durante o primeiro ano de vi<strong>da</strong>.**Ativi<strong>da</strong>des promotoras <strong>do</strong> desenvolvimento – ver Texto de apoio 1 – Avaliação <strong>do</strong>desenvolvimento.1. Promover a manutenção <strong>do</strong> aleitamento materno, em exclusivo, até aos 6 M e, só apartir desta i<strong>da</strong>de, complementá-lo com o início <strong>da</strong> diversificação alimentar –Orientações <strong>da</strong> DGS em http://www.saudereprodutiva.dgs.pt e manual de aleitamentomaterno <strong>do</strong> Comité Português para a United Nations Children's Fund (UNICEF) –Comissão Nacional http://www.unicef.pt/<strong>do</strong>cs/manual_aleitamento.pdf.Promover a divulgação <strong>do</strong> Código Internacional de Marketing de Substitutos <strong>do</strong> LeiteMaterno - http://www.saudereprodutiva.dgs.pt2. Decúbito <strong>do</strong>rsal (ten<strong>do</strong> em conta a prevenção <strong>da</strong> síndrome <strong>da</strong> morte súbita <strong>do</strong>lactente).3. Posição quan<strong>do</strong> acor<strong>da</strong><strong>do</strong> – decúbito ventral/colo.4. Ler com os pais as informações que estão no BSIJ/emails <strong>do</strong> eBoletim, entre a atual e apróxima consulta.5. Sintomas ou sinais que justificam recorrer aos serviços de saúde (recusa alimentar,gemi<strong>do</strong>, icterícia generaliza<strong>da</strong>, prostração, febre, cor “acinzenta<strong>da</strong>”, entre outros).6. Averiguar dificul<strong>da</strong>des <strong>do</strong> principal cui<strong>da</strong><strong>do</strong>r na relação com o seu bebé e nas interaçõesfamiliares.7. Ritmo circadiano (dia/noite).15


8. O ritual de a<strong>do</strong>rmecimento deve ser proporciona<strong>do</strong> pelo cui<strong>da</strong><strong>do</strong>r e não deve dependerde elementos externos, como televisão e automóvel.9. Esclarecimento: obstipação e cólicas.10. Conduta face a sinais e sintomas comuns (choro, obstrução nasal, tosse, diarreia,obstipação, febre).11. Consultar as ativi<strong>da</strong>des promotoras <strong>do</strong> desenvolvimento <strong>do</strong> Texto de apoio 1 – Avaliação<strong>do</strong> desenvolvimento.12. Nas crianças alimenta<strong>da</strong>s com leite para lactentes, a diversificação alimentar deveocorrer entre os 4 e os 6 M. Neste caso, ou na ausência de leite materno; manter autilização de leite para lactentes até aos 12 M.13. No ritual de a<strong>do</strong>rmecimento, deve promover-se a autorregulação <strong>da</strong> criança, poden<strong>do</strong>sediminuir, progressivamente, o uso <strong>do</strong> colo e substituí-lo por outras mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>desinterativas como o toque e a voz.14. Orientar a conciliação <strong>do</strong> aleitamento materno com a ativi<strong>da</strong>de profissional.15. Vi<strong>da</strong> (hábitos e rotinas diários) na creche, ama ou outros cui<strong>da</strong><strong>do</strong>res.16. Escolha de brinque<strong>do</strong>s que promovam a manipulação e interação com pais/cui<strong>da</strong><strong>do</strong>res.17. Reação ao estranho.18. Cama e quarto próprios.19. Estimular a compreensão <strong>da</strong> linguagem – associação <strong>da</strong> mesma palavra a objetos ouconceitos simples (ex: onde está luz?).Notas:16


1 – 3 APARÂMETROS A AVALIAR12 M 15 M 18 M 2 A 3 APesoComprimento/AlturaIMC*/PercentilTensão Arterial (TA) 17Perímetro CefálicoDentição 1 1 1 1 1Anca/MarchaVisão ** 7 12 12Audição *** 7Exame Físico**** 2 2 2Desenvolvimento *** 3 10, 11 13 18Linguagem *** 8 14 19Vacinação 4 4 4 4 4Relaçãoemocional/comportamento(perturbações)5 9 11, 21 15, 21 20, 21Rastreio de dislipidémias 16Risco de Maus Tratos*****Segurança <strong>do</strong> ambiente 6 6 6 6 6*IMC = Peso/Altura 2 (kg/m 2 ). Consultar Anexo 1 – Curvas de Crescimento.**Avaliação <strong>da</strong> visão segun<strong>do</strong> as “Boas Práticas em Oftalmologia – Elementos Clínicos de Avaliação eReferenciação” (DGS, 2008) http://www.dgsaude.min-saude.pt/visao/Boas-Praticas-em-Oftalmologia.pdf e de acor<strong>do</strong> com os critérios previstos na escala de rastreio de Mary Sheri<strong>da</strong>nmodifica<strong>da</strong>.***Aplicação <strong>da</strong> Escala de rastreio de Mary Sheri<strong>da</strong>n modifica<strong>da</strong> (ver Texto de apoio 1 – Avaliação <strong>do</strong>desenvolvimento) <strong>da</strong>s Recomen<strong>da</strong>ções <strong>do</strong> GRISI.http://www.spp.pt/Userfiles/File/App/Artigos/2/20080219173802_Consensos%20SPP_GRISI_38%285%29.pdf****Em famílias de risco, pesquisar sinais de mutilação genital feminina – Orientação <strong>da</strong> DGS005/2012 sobre mutilação genital feminina – www.saudereprodutiva.dgs.pt*****Verificar a existência de sinais e sintomas indica<strong>do</strong>res de qualquer tipo de maus tratos, assimcomo manter atualiza<strong>da</strong> a informação relativa ao processo familiar – consultar “Maus Tratos emCrianças e Jovens – Guia Prático de Abor<strong>da</strong>gem, Diagnóstico e Intervenção” (DGS, 2011)http://www.dgs.pt/ms/11/default.aspx?pl=&id=5526&acess=0.1. Verificar o esta<strong>do</strong> dentário – Se for deteta<strong>do</strong> algum dente com cárie dentária, asituação é considera<strong>da</strong> de alto risco, justifican<strong>do</strong> intervenção e encaminhamentoadequa<strong>do</strong> (ver Texto de apoio 2 – Programa Nacional de Promoção <strong>da</strong> Saúde Oral – aplicaçãoem saúde infantil e juvenil – ponto 2).17


2. Confirmar a presença de testículos nas bolsas e, em famílias de risco, pesquisar sinaisde mutilação genital feminina – Orientação <strong>da</strong> DGS 005/2012 sobre mutilação genitalfeminina – www.saudereprodutiva.dgs.pt3. Sinal de alerta – não pega nos brinque<strong>do</strong>s ou fá-lo só com uma mão; não brinca; nãoresponde à voz; não estabelece contacto.4. Verificar sempre o esta<strong>do</strong> vacinal <strong>da</strong> criança e atualizá-lo de acor<strong>do</strong> com o PNV.5. Sinal de alerta – dificul<strong>da</strong>de <strong>do</strong> bebé em estabelecer relações diferencia<strong>da</strong>s e emexplorar.6. Exposição ao fumo ambiental <strong>do</strong> tabaco em casa/automóvel; risco de acidentes<strong>do</strong>mésticos, ro<strong>do</strong>viários e de lazer; exposição a problemas associa<strong>do</strong>s ao consumo deálcool e/ou outras substâncias psicoativas no meio familiar/envolvente.7. Verificar a consoli<strong>da</strong>ção <strong>da</strong>s aquisições <strong>do</strong>s 12 M de i<strong>da</strong>de.8. Comunica os seus desejos ou necessi<strong>da</strong>des apontan<strong>do</strong> ou vocalizan<strong>do</strong>.9. Procura o cui<strong>da</strong><strong>do</strong>r como “base estável” quan<strong>do</strong> algo o perturba.10. Sinal de alerta – não se põe de pé; não faz pinça fina; não vocaliza espontaneamente.11. Sinal de alerta no relacionamento – não se interessa por outras crianças; não apontacom o indica<strong>do</strong>r; não imita o adulto (careta); não olha quan<strong>do</strong> o chamam pelo nome;não acompanha com o olhar quan<strong>do</strong> apontamos para algo (se mais de <strong>do</strong>is itenspresentes referenciar para avaliação <strong>do</strong> desenvolvimento – Modified Checklist forAutism in Toddlers (M-CHAT) – ver Texto de apoio 1 – Avaliação <strong>do</strong> desenvolvimento).12. Quantificação <strong>da</strong> acui<strong>da</strong>de visual, a partir <strong>do</strong>s 2 A e meio, através de, por exemplo, oteste <strong>do</strong>s “E” de Snellen ou Teste <strong>da</strong>s imagens de Mary Sheri<strong>da</strong>n.13. Sinal de alerta – não an<strong>da</strong>.14. Sinais de alerta – não compreende o que se diz; não pronuncia palavras inteligíveis; nãoestabelece contacto; não imita.15. Incapaci<strong>da</strong>de <strong>do</strong> cui<strong>da</strong><strong>do</strong>r em impor regras e limites. Averiguar se este comportamentose repete nos diferentes contextos de vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> criança.16. Efetuar em situações particulares, a partir desta i<strong>da</strong>de e de acor<strong>do</strong> com o Texto de apoio3 – Rastreio <strong>da</strong>s dislipidémias em crianças e a<strong>do</strong>lescentes.17. Consultar Texto de apoio 4 – Avaliação <strong>da</strong> TA.18. Sinal de alerta – an<strong>da</strong> em pontas de pés sistematicamente; não constrói na<strong>da</strong>.19. Sinal de alerta – linguagem incompreensível.20. Sinal de alerta – dificul<strong>da</strong>de extrema em separar-se <strong>do</strong> principal cui<strong>da</strong><strong>do</strong>r; perturbaçõesalimentares graves com cruzamento de percentis e sem causa orgânica aparente;insónia grave.21. Alterações significativas <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> e avaliação de factores de risco relaciona<strong>do</strong>s com onascimento de irmãos e situação de luto face à per<strong>da</strong> de entes queri<strong>do</strong>s.Notas:18


1 – 3 ACUIDADOS ANTECIPATÓRIOS12 M 15 M 18 M 2 A 3 AAlimentação 1 9 9 9 3,9Saúde oral 2, 3 2, 3 2, 3, 12 2, 3, 17 2, 3Desenvolvimento* 4 4 4, 13 4, 12 3Relaçãoemocional/comportamento/Perturbações3, 5, 6 3, 5, 10, 115, 3, 10,13, 143, 10, 14,183, 14, 18, 19,20, 21Acidentes e segurança 3 3 3, 15 3 3Calça<strong>do</strong> 3 3Estilos de vi<strong>da</strong> saudáveis 7 7 16 16 16Controlo de esfíncteres 3Vi<strong>da</strong> na creche, ama e outros8 8 8 8 8atendimentos diurnos*Ativi<strong>da</strong>des promotoras <strong>do</strong> desenvolvimento – ver Texto de apoio 1 – Avaliação <strong>do</strong>desenvolvimento.1. Referir a anorexia fisiológica <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> ano de vi<strong>da</strong>.2. A escovagem <strong>do</strong>s dentes deve ser efetua<strong>da</strong> duas vezes por dia (ver Texto de apoio 2 –Programa Nacional de Promoção <strong>da</strong> Saúde Oral – aplicação em saúde infantil e juvenil).3. Ler com os pais as informações que estão no BSIJ/emails <strong>do</strong> eBoletim entre a consultaatual e a próxima.4. Estimular a linguagem, compreensiva e expressiva, através de conversas, canções,livros, “anúncios”, entre outros.5. Falar sobre a afirmação <strong>da</strong> personali<strong>da</strong>de, birras e regras sociais.6. Reforço positivo <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de exploratória <strong>do</strong> bebé.7. Brincar, passear, <strong>do</strong>rmir.8. Vi<strong>da</strong> (hábitos e rotinas diários) na creche, ama ou outros cui<strong>da</strong><strong>do</strong>res.9. Restrição de alimentos açucara<strong>do</strong>s, fritos, sumos, gorduras.10. Independência, ansie<strong>da</strong>de de separação, terrores noturnos.11. Promover o equilíbrio entre a necessi<strong>da</strong>de de autonomia e a continui<strong>da</strong>de <strong>da</strong> proteção<strong>do</strong> bebé.12. Desmame <strong>do</strong> biberão e <strong>do</strong> leite ao a<strong>do</strong>rmecer, estimular outro ritual dea<strong>do</strong>rmecimento.13. Aprendizagem de regras e rotinas na vi<strong>da</strong> diária.14. O cui<strong>da</strong><strong>do</strong>r deve assegurar o cumprimento de regras e de limites comportamentais,sem cedência a “chantagens”.15. Consultar Anexo 2 – Regras para o transporte de crianças em automóvel desde a alta <strong>da</strong>materni<strong>da</strong>de.16. Brincar, desenhar, hábitos de televisão e vídeos, ritual de a<strong>do</strong>rmecer.17. Desmame <strong>da</strong> chupeta.18. Conversar sobre o infantário (a<strong>da</strong>ptação e socialização), valorizar a opinião de outrostécnicos – ligação à Saúde Escolar.19. Negativismo, birras, ciúmes, rivali<strong>da</strong>de, relacionamento com outras crianças.19


20. Sexuali<strong>da</strong>de (reconhecimento <strong>da</strong>s diferenças e semelhanças entre sexos); equi<strong>da</strong>de degénero – consultar http://www.cig.gov.pt/guiaoeducacao/21. Me<strong>do</strong>s, terrores nocturnos e pesadelos.Notas:20


4 – 9 APARÂMETROS A AVALIAR4 A 5 A 6 – 7 A 8 APesoAlturaIMC*/PercentilTA 1 1 1 1PosturaDentição 2 2 2, 12 2Visão** 3 3 13Audição*** 14 14Exame físico****Linguagem/Dificul<strong>da</strong>desespecíficas <strong>da</strong> aprendizagemDesenvolvimento*** 3, 6 5Vacinação 7Relaçãoemocional/comportamento(perturbações)Risco de Maus Tratos*****4, 5 4, 5, 10 5, 15, 16 4, 15, 168 11 8, 11, 17, 18 8, 11, 17, 18Segurança <strong>do</strong> ambiente 9 9 9 9*IMC = Peso/Altura 2 (kg/m 2 ). Consultar Anexo 1 – Curvas de Crescimento.**Avaliação <strong>da</strong> visão segun<strong>do</strong> as “Boas Práticas em Oftalmologia – Elementos Clínicos de Avaliação eReferenciação” (DGS, 2008) http://www.dgsaude.min-saude.pt/visao/Boas-Praticas-em-Oftalmologia.pdf, e de acor<strong>do</strong> com os critérios previstos na escala de rastreio de Mary Sheri<strong>da</strong>nmodifica<strong>da</strong>.***Aplicação <strong>da</strong> Escala de rastreio de Mary Sheri<strong>da</strong>n modifica<strong>da</strong> (ver Texto de apoio 1 – Avaliação <strong>do</strong>desenvolvimento).****Em famílias de risco, pesquisar sinais de mutilação genital feminina – Orientação <strong>da</strong> DGS005/2012 sobre mutilação genital feminina – www.saudereprodutiva.dgs.pt*****Verificar a existência de sinais e sintomas indica<strong>do</strong>res de qualquer tipo de maus tratos, assimcomo manter atualiza<strong>da</strong> a informação relativa ao processo familiar – consultar “Maus Tratos emCrianças e Jovens – Guia Prático de Abor<strong>da</strong>gem, Diagnóstico e Intervenção” (DGS, 2011)http://www.dgs.pt/ms/11/default.aspx?pl=&id=5526&acess=0.1. Consultar Texto de apoio 4 – Avaliação <strong>da</strong> TA.2. Verificar o esta<strong>do</strong> dentário – em caso de cárie dentária seguir as indicações <strong>do</strong> Texto deapoio 2 – Programa Nacional de Promoção <strong>da</strong> Saúde Oral – aplicação em saúde infantil ejuvenil.3. Aplicar Teste de Mary Sheri<strong>da</strong>n; aos 5 A opta-se pelas Tabelas de E de Snellen.4. Linguagem compreensível – <strong>do</strong>mínio <strong>da</strong>s consoantes, divisão silábica, fluência nodiscurso, conta uma história.5. Sinal de alerta – linguagem incompreensível (sem fluência, muitas substituiçõesfonéticas).21


6. Não tem laterali<strong>da</strong>de defini<strong>da</strong>.7. Verificar sempre o esta<strong>do</strong> vacinal <strong>da</strong> criança e atualizá-lo de acor<strong>do</strong> com o PNV.8. Sinais de alerta – agitação psicomotora desadequa<strong>da</strong>, não termina nenhuma tarefa eagitação (excessiva ou para além <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de normal).9. Exposição ao fumo ambiental <strong>do</strong> tabaco em casa/automóvel; risco de acidentes<strong>do</strong>mésticos, ro<strong>do</strong>viários e de lazer; exposição a problemas associa<strong>do</strong>s ao consumo deálcool e/ou outras substâncias psicoativas no meio familiar/envolvente.10. Identifica o nome próprio, identifica primeira letra <strong>do</strong> nome, as vogais e algumasconsoantes.11. Sinais de alerta – agressivi<strong>da</strong>de, violência e oposição persistentes, birras inexplicáveis edesadequa<strong>da</strong>s para a i<strong>da</strong>de; ansie<strong>da</strong>de, preocupações ou me<strong>do</strong>s excessivos;dificul<strong>da</strong>des em a<strong>do</strong>rmecer, pesadelos muito frequentes; dificul<strong>da</strong>des na socialização,com isolamento ou relacionamento desadequa<strong>do</strong> com pares ou adultos.12. Verificar a utilização <strong>do</strong> cheque-dentista ou <strong>do</strong>cumento de referenciação para higieneoral (HO) <strong>do</strong>s 7 A e a existência de registos no BSIJ ou eBoletim (ver Texto de apoio 2 –Programa Nacional de Promoção <strong>da</strong> Saúde Oral – aplicação em saúde infantil e juvenil).13. Rastreio <strong>da</strong>s perturbações visuais segun<strong>do</strong> as “Boas Práticas em Oftalmologia”.14. Teste <strong>da</strong> voz cicia<strong>da</strong>. Identificação de indica<strong>do</strong>res de risco para surdez (segun<strong>do</strong> asRecomen<strong>da</strong>ções <strong>do</strong> GRISI.http://www.spp.pt/Userfiles/File/App/Artigos/2/20080219173802_Consensos%20SPP_GRISI_38%285%29.pdf15. Sabe escrever o nome completo, identifica letras <strong>do</strong> alfabeto, gosta <strong>da</strong> escola, gosta delivros de histórias.16. Sinal de alerta – demora muito tempo a fazer os trabalhos na escola e em casa, só fazcom aju<strong>da</strong>.17. Valorizar enurese nocturna e encoprese.18. Sinais de alerta – dificul<strong>da</strong>des de aprendizagem sem défice cognitivo e na ausência defatores pe<strong>da</strong>gógicos adversos. Recusa escolar. Somatizações múltiplas ou persistentes.Notas:22


4 – 9 ACUIDADOS ANTECIPATÓRIOS4 A 5 A 6 – 7 A 8 AAlimentação 1 1 1 1Saúde oral 2 2 2, 12, 13 2, 14Infantário/Escola 3 3, 8 3 3Desenvolvimento* 4, 5 5 5 5Relaçãoemocional/comportamento(perturbações)2, 6 2, 6, 9 2, 6, 9 2, 5, 9Acidentes e segurança 2 10 10 10Ativi<strong>da</strong>des desportivas eculturais – tempo livre2 2 2 2Hábitos de sono 7 11 11 11*Ativi<strong>da</strong>des promotoras <strong>do</strong> desenvolvimento – ver Texto de apoio 1 – Avaliação <strong>do</strong>desenvolvimento.1. Restrição de alimentos açucara<strong>do</strong>s, fritos, sumos, gorduras. Reforçar necessi<strong>da</strong>de depequeno-almoço e lanche a meio <strong>da</strong> manhã – ver BSIJ ou eBoletim.2. Ler com os pais as indicações no BSIJ/emails <strong>do</strong> eBoletim.3. Conversar sobre o infantário ou a escola (a<strong>da</strong>ptação e socialização), valorizar opinião deoutros técnicos – ligação à Saúde Escolar.4. Estimular a perceção <strong>da</strong> laterali<strong>da</strong>de.5. Estimular criativi<strong>da</strong>de e hábitos de leitura, racionalizar hábitos detelevisão/computa<strong>do</strong>r/vídeo jogos.6. Ter atenção a sintomas de instabili<strong>da</strong>de psicomotora nos diferentes contextos de vi<strong>da</strong>.7. Enurese noturna e encoprese – um grande grupo de crianças ain<strong>da</strong> não tem controlonoturno de esfíncteres.8. Preparação <strong>da</strong> entra<strong>da</strong> para a escola, a<strong>da</strong>ptação ao meio escolar e promoção <strong>do</strong>sucesso escolar, postura correta.9. Competitivi<strong>da</strong>de, prazer em jogos de regras.10. Caminho para a escola, transporte escolar, que<strong>da</strong>s, intoxicações, afogamentos equeimaduras.11. Horas de sono adequa<strong>da</strong>s à i<strong>da</strong>de, valorizar dificul<strong>da</strong>des em a<strong>do</strong>rmecer e pesadelosfrequentes e recorrentes como sinais de alerta.12. Aos 7 A a criança receberá, na escola (ensino público e Instituições Particulares deSoli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de Social (IPSS), um cheque-dentista ou um <strong>do</strong>cumento de referenciaçãopara a consulta de HO (ver Texto de apoio 2 – Programa Nacional de Promoção <strong>da</strong> SaúdeOral – aplicação em saúde infantil e juvenil).13. Introduzir a utilização <strong>do</strong> fio dentário.14. Verificar a utilização <strong>do</strong> cheque-dentista ou <strong>do</strong>cumento de referenciação para HO <strong>do</strong>s7A e a existência de registos no BSIJ ou eBoletim.23


Notas:24


10 – 18 APARÂMETROS A AVALIAR10 A 12-13 A 15-18 APesoAlturaIMC*/PercentilTAPele 1 1 1Dentição 2, 3 2, 10 2Visão** 4AudiçãoPosturaEstádio pubertário***Exame físico**** 11 11Desenvolvimento Psicoafetivo e Social 5 5, 12 12, 13Sinais/sintomas de alerta 6, 7, 15 6, 7, 15 6, 7Vacinação 8 8 8Risco de Maus Tratos*****Segurança <strong>do</strong> ambiente 9 9 9, 14*IMC = Peso/Altura 2 (kg/m 2 ). Consultar Anexo 1 – Curvas de Crescimento.**Avaliação <strong>da</strong> visão segun<strong>do</strong> as “Boas Práticas em Oftalmologia – Elementos Clínicos de Avaliação eReferenciação” (DGS, 2008). http://www.dgsaude.min-saude.pt/visao/Boas-Praticas-em-Oftalmologia.pdf***Consultar Texto de apoio 5 – Puber<strong>da</strong>de e entrevista a a<strong>do</strong>lescente.****Em famílias de risco, pesquisar sinais de mutilação genital feminina – Orientação <strong>da</strong> DGS005/2012 sobre mutilação genital feminina – www.saudereprodutiva.dgs.pt*****Verificar a existência de sinais e sintomas indica<strong>do</strong>res de qualquer tipo de maus tratos, assimcomo manter atualiza<strong>da</strong> a informação relativa ao processo familiar – consultar “Maus Tratos emCrianças e Jovens – Guia Prático de Abor<strong>da</strong>gem, Diagnóstico e Intervenção” (DGS – 2011)(http://www.dgs.pt/ms/11/default.aspx?pl=&id=5526&acess=0).1. Acne, hirsutismo.2. Verificar o esta<strong>do</strong> dentário e gengival.3. Verificar a utilização <strong>do</strong> cheque-dentista ou <strong>do</strong>cumento de referenciação para HO <strong>do</strong>s10 A e a existência de registos no BSIJ ou eBoletim.4. A partir <strong>do</strong>s 10 A, a avaliação oftalmológica deve ser feita atenden<strong>do</strong> aos fatores derisco ou se ocorrer diminuição <strong>da</strong> visão.5. Autonomização progressiva e afirmação <strong>da</strong> identi<strong>da</strong>de (identi<strong>da</strong>de de género);aquisição de capaci<strong>da</strong>des cognitivas, de novos interesses intelectuais; capaci<strong>da</strong>de degestão de problemas, conflitos e ativi<strong>da</strong>des quotidianas.6. Sinais de alerta: incapaci<strong>da</strong>de para li<strong>da</strong>r com problemas e ativi<strong>da</strong>des quotidianas;ansie<strong>da</strong>de excessiva; insónia grave e persistente; humor depressivo manti<strong>do</strong>; ideação etentativas de suicídio; sintomatologia obsessiva-compulsiva; variação ponderal25


acentua<strong>da</strong>; alterações <strong>do</strong> pensamento e <strong>da</strong> perceção; comportamentos antissociaisrepeti<strong>do</strong>s, isolamento manti<strong>do</strong>, comportamentos auto agressivos, fugas.7. Condutas de risco – consumo de tabaco, álcool e/ou outras substâncias psicoativasilícitas; comportamentos sexuais de risco.8. Verificar sempre o esta<strong>do</strong> vacinal <strong>da</strong> criança e atualizá-lo de acor<strong>do</strong> com o PNV.9. Exposição ao fumo ambiental <strong>do</strong> tabaco em casa/automóvel; risco de acidentes<strong>do</strong>mésticos, ro<strong>do</strong>viários e de lazer; exposição a problemas associa<strong>do</strong>s ao consumo deálcool e/ou outras substâncias psicoativas no meio familiar/envolvente.10. Verificar a utilização <strong>do</strong> cheque-dentista ou <strong>do</strong>cumento de referenciação para HO <strong>do</strong>s13 A e a existência de registos no BSIJ ou eBoletim.11. Rastreio de anemia e ferropenia, atenden<strong>do</strong> aos hábitos alimentares e padrãomenstrual.12. Redefinição <strong>da</strong>s formas de relação com a família e amigos; desenvolvimento de ideais ede sistema de valores éticos e morais.13. Capaci<strong>da</strong>de de estabelecimento de relações diádicas.14. Segurança no trabalho.15. Enurese e encoprese – avaliação <strong>da</strong> presença/existência e/ou manutenção.Notas:26


10 – 18 ACUIDADOS ANTECIPATÓRIOS10 A 12-13 A 15-18 APuber<strong>da</strong>de* 1 1 1Alimentação 2 2 2Ativi<strong>da</strong>de física 3 3 3Hábitos de sono 4 4 4Saúde oral 5 5, 14 5Escola 6 6 6, 18Família 7 7 7Amigo(a)s 8 8 8Tempos livres 9 9 9Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia 10 10 10Sexuali<strong>da</strong>de 11 15 19Segurança e acidentes 12 16 16Consumos nocivos, riscos 13 13 13Violência e maus tratos** 17 17Higiene*Consultar Texto de apoio 5 – Puber<strong>da</strong>de e entrevista a a<strong>do</strong>lescente.**Verificar, em to<strong>da</strong>s as i<strong>da</strong>des, a existência de lesões sugestivas de qualquer tipo de maus tratos –“Maus Tratos em Crianças e Jovens – Guia Prático de Abor<strong>da</strong>gem, Diagnóstico e Intervenção”, (DGS,2011) http://www.dgs.pt/ms/11/default.aspx?pl=&id=5526&acess=0.1. Puber<strong>da</strong>de normal e variantes. Puber<strong>da</strong>de precoce e atraso pubertário.2. Diversi<strong>da</strong>de, adequação à fase de crescimento e ativi<strong>da</strong>de; regimes restritivos.3. Tipo, frequência, intensi<strong>da</strong>de e segurança e desaconselhar suplementos energéticos eanabolizantes; vigorexia.4. Quanti<strong>da</strong>de, quali<strong>da</strong>de, ritmo e higiene <strong>do</strong> sono.5. Promover a escovagem <strong>do</strong>s dentes de manhã e à noite e o uso <strong>do</strong> fio dentário.6. Ano de escolari<strong>da</strong>de, bem-estar, projetos, absentismo escolar, bullying ecyberbullying.7. Dinâmica familiar, adultos de referência.8. Socialização, ativi<strong>da</strong>des, redes sociais e grupos de pertença.9. Sedentarismo, hábitos de televisão/computa<strong>do</strong>r/novas tecnologias/vídeo jogos.10. Direitos humanos, desigual<strong>da</strong>des de género, ambiente, cultura de segurança –consultar http://www.cig.gov.pt/guiaoeducacao/.11. Puber<strong>da</strong>de, socialização e género – consultar http://www.cig.gov.pt/guiaoeducacao/.12. Acidentes <strong>do</strong>mésticos e segurança ro<strong>do</strong>viária.13. Álcool, tabaco, medicamentos e drogas de abuso – riscos e efeito potencia<strong>do</strong>r deviolência e acidentes.14. Aos 10, 13 e <strong>do</strong>s 15 aos 16 A o/a a<strong>do</strong>lescente irá receber na escola um chequedentistaou um <strong>do</strong>cumento de referenciação para a consulta de HO (ensino público e27


IPSS) (ver Texto de apoio 2 – Programa Nacional de Promoção <strong>da</strong> Saúde Oral – aplicação emsaúde infantil e juvenil).15. Autodeterminação sexual, género, relações íntimas, comportamentos sexuais,contraceção – consultar http://www.cig.gov.pt/guiaoeducacao/.16. Segurança ro<strong>do</strong>viária, ativi<strong>da</strong>des de lazer, ativi<strong>da</strong>des recreativas noturnas, desportos,em particular os desportos radicais e mergulho.17. Violência no namoro.18. Falar <strong>do</strong> trabalho; mobbying (assédio moral), assédio sexual.19. Contraceção, género, relações diádicas e violência no namoro/conjugal – consultarhttp://www.apav.pt/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=534&Itemid=176).Notas:28


Quadro 1. Resumo <strong>do</strong>s parâmetros a avaliar <strong>do</strong>s 0 aos 18 APrimeiraConsulta1 MÊS 2 M 4 M 6 M 9 M 12 M 15 M 18 M 2 A 3 A 4 A 5 A 6-7 A 8 A 10 A 12-13 A 15-18 APesoComprimento/AlturaIMCPerímetro cefálicoExame físicoCoraçãoAnca/marchaVisãoAudiçãoDesenvolvimentoVacinaçãoRelação emocional/comportamento(Perturbações)Risco de Maus Tratos*DentiçãoLinguagem/dificul<strong>da</strong>desespecíficas <strong>da</strong> aprendizagemRastreio de dislipidémiasTAPostura


PrimeiraConsulta1 MÊS 2 M 4 M 6 M 9 M 12 M 15 M 18 M 2 A 3 A 4 A 5 A 6-7 A 8 A 10 A 12-13 A 15-18 ADesenvolvimento Psicoafetivoe Social *Sinais/sintomas de alerta *PeleEstádio pubertárioSegurança <strong>do</strong> ambiente* Não será disponibiliza<strong>do</strong> no eBoletim


Quadro 2. Resumo <strong>do</strong>s cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s antecipatórios <strong>do</strong>s 0 aos 18 APrimeiraConsulta1 MÊS 2 M 4 M 6 M 9 M 12 M 15 M 18 M 2 A 3 A 4 A 5 A 6-7 A 8 A 10 A 12-13 A 15-18 AAlimentaçãoVitamina D e outrossuplementosvitamínicos/mineraisHigienePosição de deitarHábitos de sonoHábitos intestinais e cólicasDesenvolvimentoAcidentes e segurançaTemperatura normal e febreSintomas/sinais de alertaSinais/sintomas comunsVacinação: vantagens ereaçõesRelação EmocionalSaúde OralRelação Emocional/Comportamento(Perturbações)


PrimeiraConsulta1 MÊS 2 M 4 M 6 M 9 M 12 M 15 M 18 M 2 A 3 A 4 A 5 A 6-7 A 8 A 10 A 12-13 A 15-18 ACalça<strong>do</strong>Estilos de vi<strong>da</strong> saudáveisVi<strong>da</strong> na creche/ama ou outrosatendimentos diurnosControlo de esfíncteresInfantário/EscolaAtivi<strong>da</strong>des desportivas eculturais – tempos livresPuber<strong>da</strong>deViolência e maus tratosConsumos nocivos, riscosFamíliaAmigo(a)sCi<strong>da</strong><strong>da</strong>niaSexuali<strong>da</strong>deTempos Livres


V. CRIANÇAS E JOVENS EM RISCO OU COM NECESSIDADES ESPECIAISAs crianças e os jovens podem viver situações de risco ou ocorrência de maustratos, assim como apresentarem necessi<strong>da</strong>des de saúde especiais. Tais casosexigem atenção re<strong>do</strong>bra<strong>da</strong> por parte <strong>do</strong>s serviços de saúde, que devemdesenvolver estratégias de intervenção particulares adequa<strong>da</strong>s aos mesmos.No que respeita a maus tratos, seja no <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong>s que envolvem negligência, <strong>do</strong>sde caráter físico ou psicológico, <strong>do</strong> abuso sexual ou de outros, o modelo deintervenção encontra-se defini<strong>do</strong> na Acção de Saúde para Crianças e Jovens emRisco, segun<strong>do</strong> o Despacho n.º 31292/2008, de 5 de dezembro(http://www.dgs.pt/ms/11/default.aspx?id=5526), assente na rede de Núcleos deApoio estabeleci<strong>da</strong> a nível <strong>do</strong>s CSP, em articulação com os Núcleos a nível hospitalare restantes recursos <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de.Os aspetos científicos, técnicos e de articulação funcional estão discrimina<strong>do</strong>s no<strong>do</strong>cumento “Maus Tratos em Crianças e Jovens – Guia prático de abor<strong>da</strong>gem,diagnóstico e intervenção”, consultável em:http://www.dgs.pt/ms/11/default.aspx?pl=&id=5526&acess=0).As crianças com deficiência ou em risco de atraso grave de desenvolvimento e assuas famílias deverão beneficiar de programas de intervenção precoce, através <strong>do</strong>Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância (SNIPI), cria<strong>do</strong> pelo <strong>Decreto</strong>-Lein.º 281/2009, de 6 de outubro,(http://dre.pt/pdf1s/2009/10/19300/0729807301.pdf).De acor<strong>do</strong> com a legislação, a Comissão Coordena<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> SNIPI definiu, comocritérios de elegibili<strong>da</strong>de para Intervenção Precoce na Infância, as crianças entre os0 e os 6 A e respetivas famílias, que apresentem condições previstas nos seguintesgrupos:1. “Alterações nas funções ou estruturas <strong>do</strong> corpo” que limitam o normaldesenvolvimento e a participação nas ativi<strong>da</strong>des típicas, ten<strong>do</strong> em conta osreferenciais de desenvolvimento próprios para a respetiva i<strong>da</strong>de e contextosocial;2. “Risco grave de atraso de desenvolvimento” pela existência de condiçõesbiológicas, psicoafetivas ou ambientais, que implicam uma alta probabili<strong>da</strong>dede atraso relevante no desenvolvimento <strong>da</strong> criança.Para acesso ao SNIPI, são elegíveis to<strong>da</strong>s as crianças <strong>do</strong> primeiro grupo e as crianças<strong>do</strong> segun<strong>do</strong> que acumulem quatro ou mais fatores de risco biológico e/ouambiental. Tal como foi empiricamente demonstra<strong>do</strong>, este número constitui oponto de charneira para um aumento substancial <strong>do</strong> efeito <strong>do</strong> risco (efeitocumulativo <strong>do</strong> risco).O SNIPI é desenvolvi<strong>do</strong> através <strong>da</strong> atuação coordena<strong>da</strong> <strong>do</strong> Ministérios <strong>da</strong>Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de e Segurança Social, <strong>do</strong> Ministério <strong>da</strong> Saúde (MS) e <strong>do</strong> Ministério <strong>da</strong>Educação e Ciência, com envolvimento <strong>da</strong>s famílias e <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de.33


A partir <strong>do</strong>s 6 A de i<strong>da</strong>de, o apoio multidisciplinar a estas crianças já não é articula<strong>do</strong>entre os três ministérios, conforme o previsto no Despacho menciona<strong>do</strong>, mas, antes,mais direciona<strong>do</strong> para o apoio pe<strong>da</strong>gógico, enquadra<strong>do</strong> por legislação <strong>do</strong> entãoMinistério <strong>da</strong> Educação, <strong>Decreto</strong>-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro e pela Lei n.º21/2008, de 21 de maio.Não é possível enumerar to<strong>da</strong>s as situações de crianças e jovens em risco ou comnecessi<strong>da</strong>des especiais, nem estabelecer um programa único de atuação. Cabe àequipa de saúde identificar, numa perspetiva centra<strong>da</strong> na família, as necessi<strong>da</strong>desespeciais de ca<strong>da</strong> criança, sinalizá-las, proporcionar-lhes apoio continua<strong>do</strong> epromover a articulação entre os intervenientes nos cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s. Há que definir umprograma individual de vigilância e promoção <strong>da</strong> saúde que facilite odesenvolvimento de capaci<strong>da</strong>des e potenciali<strong>da</strong>des.As crianças com perturbações <strong>do</strong> desenvolvimento, deficiência ou <strong>do</strong>ença crónicaexigem, de facto, cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s acresci<strong>do</strong>s, nomea<strong>da</strong>mente a continui<strong>da</strong>de deintervenção <strong>do</strong>s vários serviços. A função de “charneira” destes cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s deve serlidera<strong>da</strong>, de preferência, pelo médico assistente ou pelo enfermeiro especialista emsaúde infantil e pediátrica/enfermeiro de família, privilegian<strong>do</strong>-se a articulação coma área <strong>da</strong> Saúde Escolar, entre outras, nomea<strong>da</strong>mente os Serviços Escolares: Serviçode Psicologia e Orientação e os Gabinete de Apoio ao Aluno e à Familia.Para além <strong>da</strong>s i<strong>da</strong>des-chave aponta<strong>da</strong>s no Programa, poderá ser necessário ajustar aperiodici<strong>da</strong>de e os conteú<strong>do</strong>s <strong>da</strong>s consultas, bem como a realização de outrasintervenções – nomea<strong>da</strong>mente visitação <strong>do</strong>miciliária – de acor<strong>do</strong> com asnecessi<strong>da</strong>des especiais de ca<strong>da</strong> criança.34


VI. PERTURBAÇÕES EMOCIONAIS E DO COMPORTAMENTOAtenden<strong>do</strong> às características específicas <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de atual, a prevalência <strong>da</strong>sperturbações emocionais e <strong>do</strong> comportamento na infância e a<strong>do</strong>lescênciatem vin<strong>do</strong> a adquirir uma dimensão importante. Estima-se que, atualmente,10 a 20% <strong>da</strong>s crianças tenham um ou mais problemas de saúde mental (MS, 2001). AConsulta de Vigilância de Saúde Infantil e Juvenil tem vin<strong>do</strong> a ser destaca<strong>da</strong> comouma oportuni<strong>da</strong>de privilegia<strong>da</strong> na atuação de triagem, avaliação, intervenção eorientação nestas situações problemáticas. O diagnóstico de situaçõespsicopatológicas e de risco, assim como a implementação atempa<strong>da</strong> de estratégiaspreventivas e terapêuticas, devem transformar-se numa priori<strong>da</strong>de (MS, 2009).Neste senti<strong>do</strong>, a articulação entre as equipas de Saúde Mental <strong>da</strong> Infância eA<strong>do</strong>lescência e os CSP torna-se imprescindível para um trabalho integra<strong>do</strong> maiscoeso e eficiente.Se, por um la<strong>do</strong>, as equipas especializa<strong>da</strong>s têm a competência na área <strong>da</strong> SaúdeMental Infanto-juvenil, por outro, os CSP estão mais vocaciona<strong>do</strong>s para umaintervenção na comuni<strong>da</strong>de, não só pelo conhecimento <strong>da</strong>s famílias e <strong>da</strong> suatrajetória de vi<strong>da</strong>, como pelo conhecimento <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong>des e recursos locais,nomea<strong>da</strong>mente os psicólogos que integram as uni<strong>da</strong>des de saúde <strong>do</strong>s CSP.O trabalho de articulação permite melhorar:• A deteção precoce de situações de risco e intervenção atempa<strong>da</strong>;• A eficácia <strong>da</strong> intervenção em situações complexas e com forte vertentesocial/comunitária;• A implementação de programas de prevenção primária e de intervençãoprecoce;• A formação de outros técnicos no âmbito <strong>da</strong> Saúde Mental Infantil e Juvenil.(MS, 2009 – Coordenação Nacional para a Saúde Mental (CNSM)).Também segun<strong>do</strong> a CNSM, a avaliação diagnóstica efetua<strong>da</strong> deverá ter comoprincipais objetivos:• Definir o tipo e a gravi<strong>da</strong>de <strong>do</strong> problema;• Avaliar a importância relativa <strong>do</strong>s diversos fatores intervenientes nodesencadear e na persistência <strong>do</strong>s sintomas, assim como de eventuaisfatores protetores;• Planear a intervenção necessária e referenciação, se indica<strong>do</strong>.Desde 2007, é recomen<strong>da</strong><strong>da</strong> a grelha de avaliação de Turk (2007) para a avaliaçãodiagnóstica, a qual deverá orientar a entrevista pelo profissional de saúde, natentativa de identificação <strong>da</strong>s problemáticas mais relevantes de ca<strong>da</strong>criança/a<strong>do</strong>lescente/família (consultar o <strong>do</strong>cumento “Recomen<strong>da</strong>ções para a PráticaClínica <strong>da</strong> Saúde Mental Infantil e Juvenil nos Cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s de Saúde Primários”, emhttp://www.dgs.pt/upload/membro.id/ficheiros/i015903.pdf.35


A referenciação deverá ser efetua<strong>da</strong> atenden<strong>do</strong> aos sinais de alerta enuncia<strong>do</strong>s noreferi<strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento.A fim de complementar a avaliação <strong>da</strong> relação emocional ain<strong>da</strong> no primeiro ano devi<strong>da</strong>, indica-se a consulta <strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento “Promoção <strong>da</strong> Saúde Mental na Gravidez ePrimeira Infância – Manual de Orientação para Profissionais de Saúde”(http://www.dgs.pt/upload/membro.id/ficheiros/i008180.pdf). Segun<strong>do</strong> o mesmo,“a consistência e a constância <strong>do</strong>s cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s parentais à criança, a adequa<strong>da</strong>interação pais-criança e a vinculação segura <strong>da</strong> criança aos pais são fatores cruciaispara o desenvolvimento psíquico e social <strong>da</strong> criança, com repercussões ao longo deto<strong>do</strong> o seu ciclo de vi<strong>da</strong>. A promoção <strong>da</strong> saúde mental implica que sejamdesenvolvi<strong>do</strong>s cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s abrangentes, físicos, psíquicos e sociais, nos perío<strong>do</strong>s pré epós-natal. (…) A capacitação <strong>do</strong>s profissionais na área <strong>da</strong> saúde mental contribuirápara aumentar as suas competências técnicas e promover as necessárias sinergiasinterinstitucionais.” (DGS, 2005: 4).36


VII. BIBLIOGRAFIAAcademia Americana de Pediatria. Comissão para as crianças com incapaci<strong>da</strong>des –Rastreio e vigilância <strong>do</strong> desenvolvimento <strong>da</strong>s crianças. Pediatrics. 9(8): 361-365American Academy of Pediatrics. Breastfeeding and the Use of Human Milk. Sectionon Breastfeeding. Pediatrics, 2012;129:827-851American Academy of Pediatrics. Policy Statement—The Future of Pediatrics: MentalHealth Competencies for Pediatric Primary Care. Committee on Psychosocial Aspectsof Child and Family Health Aand Task Force on Mental Health. Pediatrics 2009;124:410-421American Academy of Pediatrics. Selecting and using the most appropriate car safetyseats for Growing Children: Guidelines for Counseling Parents. Pediatrics 2002;109:550-53Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV). Manual Crianças e Jovens vítimasde violência: compreender, intervir e prevenir. Lisboa: APAV. (2011)Bell MM, Joseph S. Screening 1140 fifth graders for hypercholesterolemia: familyhistory inadequate to predict results. J Am Board Fam Pract. 1990; 3(4):259-63Bellman M, Lingam S, Aukett A. Schedule of Growing Skills II: Manual <strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong>r.Lon<strong>do</strong>n: NFER Nelson Publishing Company L<strong>da</strong>. 1.ª ed. 1996Bellman M, Lingam S, Aukett A. Escala de avaliação <strong>da</strong>s competências nodesenvolvimento infantile II – <strong>do</strong>s 0 aos 5 anos - Manual <strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong>r. Lisboa:CEGOC-TEA. 1.ª edição. 2003Bellman M, Lingam S, Aukett A. Schedule of Growing Skills II: Manual Técnico..Lon<strong>do</strong>n: NFER Nelson Publishing Company L<strong>da</strong>. 1.ª ed. 1996Bértolo H, Levy L. Manual de Aleitamento Materno. Comité Português para aUNICEF/Comissão Nacional - Iniciativa Hospitais Amigos <strong>do</strong>s Bebés. Edição Revista de2008Boavi<strong>da</strong> J, Borges L. Intervenção Precoce em desenvolvimento. Saúde Infantil. 2003;25(3): 23-34Bourbon M, Rato Q. Estu<strong>do</strong> Português de Hipercolesterolemia Familiar. Rev PortCardio. 2006;25(11):999-1013Brazelton B, Greenspan S. A criança e o seu mun<strong>do</strong>. Lisboa: Editorial Presença. 6.ªedição. 2006Brazelton B, Sparrow D. A criança e a alimentação. Lisboa: Editorial Presença. 2004Brazelton B, Sparrow D. A criança e a disciplina. Lisboa: Editorial Presença. 2004Brazelton B, Sparrow J. A criança <strong>do</strong>s 3 aos 6 anos: o desenvolvimento emocional e<strong>do</strong> comportamento. Lisboa: Editorial Presença. 2.ª edição. 200437


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ANEXOS42


ANEXO 1 – CURVAS DE CRESCIMENTOINTRODUÇÃOAs curvas de crescimento são um instrumento fun<strong>da</strong>mental para monitorizar oesta<strong>do</strong> de nutrição e o crescimento de crianças e de a<strong>do</strong>lescentes. Odesenvolvimento harmonioso, dentro de parâmetros normais, é basilar para umavi<strong>da</strong> adulta saudável e, deste mo<strong>do</strong>, tem implicações importantes na saúde <strong>da</strong>spopulações.Na déca<strong>da</strong> de 70, na ausência de curvas nacionais, a Direção-Geral <strong>da</strong> Saúde (DGS),no exercício <strong>da</strong>s suas competências técnicas, a<strong>do</strong>tou, para uso nas consultas devigilância de saúde infantil, as curvas <strong>do</strong> National Center for Health Statistics, maisrecentemente substituí<strong>da</strong>s pelas <strong>do</strong> Center for Disease Control and Prevention (CDC).Desde há muito que a comuni<strong>da</strong>de científica sentia a necessi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> construção decurvas de crescimento meto<strong>do</strong>logicamente corretas e de aplicação universal. Nasequência <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> multicêntrico realiza<strong>do</strong> pela Organização Mundial de Saúde(OMS) entre 1997 e 2003 (World Health Organization (WHO) Multicenter GrowthReference Study (MGRS)), foram publica<strong>da</strong>s em 2006 as curvas de crescimento <strong>da</strong>OMS (WHO Child Growth Stan<strong>da</strong>rds) e em 2007 as curvas para a faixa etária <strong>do</strong>s 5aos 19 anos (A) (WHO Reference 2007). Desde então, a OMS tem-se empenha<strong>do</strong> empromover a a<strong>do</strong>ção destas curvas por to<strong>do</strong>s os países <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. No final de agostode 2011, 125 países estavam já a utilizá-las e outros 25 consideravam fazê-lo.Durante a revisão <strong>do</strong> Programa-tipo de Actuação em Saúde Infantil e Juvenil e sen<strong>do</strong>as curvas de crescimento um elemento fun<strong>da</strong>mental <strong>do</strong> Programa, foireequaciona<strong>da</strong> a questão, sobre quais as curvas a utilizar em Portugal. Para o efeito,a DGS reuniu um grupo de peritos no assunto, que recomen<strong>do</strong>u a a<strong>do</strong>ção <strong>da</strong>s curvas<strong>da</strong> OMS acima referi<strong>da</strong>s.As razões invoca<strong>da</strong>s podem ser sintetiza<strong>da</strong>s em <strong>do</strong>is aspetos:a) A meto<strong>do</strong>logia utiliza<strong>da</strong> na construção destas curvas, tornam-nas maispróximas a curvas-padrão;b) A possibili<strong>da</strong>de de utilizar à escala mundial o mesmo instrumento detrabalho, permitin<strong>do</strong> comparações com outros estu<strong>do</strong>s ou populações.Relativamente ao primeiro aspeto, o MGRS incidiu em duas amostras populacionais,uma em estu<strong>do</strong> longitudinal <strong>do</strong>s 0 aos 24 meses (M) (mas com transcriçãotransversal <strong>do</strong>s valores) e outra em estu<strong>do</strong> transversal num total de 8440 lactentes ecrianças. Estas provinham <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong>des de Davis (Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s), Muscat (Oman),Oslo (Noruega), Pelotas (Brasil), Accra (Gana) e <strong>da</strong> região sul de Deli (Índia).Os <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>da</strong> componente longitudinal foram obti<strong>do</strong>s pelo seguimento de recémnasci<strong>do</strong>s(RN) de termo, nas melhores condições para permitir expressar o seupotencial genético (aleitamento materno até aos 6 M, correta diversificaçãoalimentar, cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s de saúde adequa<strong>do</strong>s) – ou seja, pela primeira vez, as curvasvieram traduzir o crescimento mais próximo <strong>do</strong> ideal.43


Para a componente transversal <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>, foram seleciona<strong>da</strong>s crianças com osmesmos critérios de inclusão, aceitan<strong>do</strong>-se uma duração <strong>do</strong> aleitamento superior a 3M.Uma questão particular, e muito importante, associa<strong>da</strong> a este aspeto tem a ver coma mais correta avaliação <strong>do</strong> crescimento <strong>do</strong>s lactentes amamenta<strong>do</strong>s, evitan<strong>do</strong> assimuma interpretação incorreta de desaceleração <strong>do</strong> crescimento aos 3 – 4 M associa<strong>da</strong>a uma suplementação desnecessária ou ao aban<strong>do</strong>no <strong>do</strong> aleitamento materno.Finalmente, as curvas <strong>da</strong> OMS permitem identificar mais precocemente crianças comexcesso de peso, problema preocupante e de eleva<strong>da</strong> prevalência na populaçãoportuguesa.Quanto ao segun<strong>do</strong> aspeto, o padrão de crescimento regista<strong>do</strong> nos <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>da</strong> OMS énotavelmente consistente entre diferentes países e grupos étnicos, o que permite asua utilização em to<strong>da</strong>s as crianças, independentemente <strong>da</strong> região <strong>do</strong> globo. Ascurvas nacionais ou populacionais apenas refletem o crescimento <strong>da</strong>quela populaçãoe quase nunca em situações ideais.As curvas <strong>da</strong> OMS foram já testa<strong>da</strong>s no terreno em quatro países, verifican<strong>do</strong>-sehaver uma concordância satisfatória entre a avaliação clínica e os indica<strong>do</strong>ressomáticos inferi<strong>do</strong>s a partir delas.Em ambos os sexos, as curvas a utilizar são:• Comprimento/altura – <strong>do</strong> nascimento aos 5 anos (A);• Peso – <strong>do</strong> nascimento aos 5 A;• Índice de Massa Corporal (IMC) – <strong>do</strong> nascimento aos 5 A;• Perímetro cefálico – <strong>do</strong> nascimento aos 2 A;• Altura – <strong>do</strong>s 5 aos 19 A;• Peso – <strong>do</strong>s 5 aos 10 A;• IMC – <strong>do</strong>s 5 aos 19 A.As respetivas imagens gráficas, a seguir apresenta<strong>da</strong>s, encontram-se disponíveistambém no sítio <strong>da</strong> internet http://www.who.int/childgrowth/en/ .44


CURVAS DE CRESCIMENTO ADOTADAS NO PROGRAMA NACIONAL DE SAÚDEINFANTIL E JUVENILRaparigas – Peso 0 – 5 ARaparigas – Comprimento/altura 0 – 5 A45


Raparigas – Peso 5 aos 10 ARaparigas – Altura 5 aos 19 A46


Raparigas – IMC 0-5 ARaparigas – IMC 5-19 A47


Raparigas – Perímetro cefálico 0-24 M48


Rapazes – Peso 0-5 ARapazes – Comprimento/altura 0-5 A49


Rapazes – Peso 5 aos 10 ARapazes – Altura 5-19 A50


Rapazes – IMC 0-5 ARapazes – IMC 5-19 A51


Rapazes – Perímetro cefálico 0-24 A52


ANEXO 2 – REGRAS PARA O TRANSPORTE DE CRIANÇAS EMAUTOMÓVEL DESDE A ALTA DA MATERNIDADEOrientação DGS n.º 001/2010 - http://www.dgs.pt/• A Direção‐Geral <strong>da</strong> Saúde (DGS) recomen<strong>da</strong> que a segurança no automóvelcomece antes <strong>do</strong> nascimento.• Assim, a mulher grávi<strong>da</strong> deve usar sempre o cinto de segurança, ten<strong>do</strong> ocui<strong>da</strong><strong>do</strong> de não deixar que o mesmo atravesse o abdómen. A faixatransversal <strong>do</strong> cinto de segurança será coloca<strong>da</strong> sobre os ossos <strong>da</strong> bacia, demo<strong>do</strong> a ficar apoia<strong>da</strong> em baixo, e a faixa longitudinal sobre o ombro,passan<strong>do</strong> pelo esterno. No último trimestre <strong>da</strong> gravidez, a mulher deve evitarusar os lugares com airbag frontal. Não haven<strong>do</strong> alternativa, é necessáriofazer recuar o banco o mais possível.• Pode também ser desaconselhável conduzir no final <strong>da</strong> gravidez, devi<strong>do</strong> àproximi<strong>da</strong>de <strong>do</strong> airbag.• O sistema de retenção para crianças (SRC) deve ser adquiri<strong>do</strong> antes <strong>do</strong>nascimento. Os recém-nasci<strong>do</strong>s (RN) e as crianças têm de ser sempretransporta<strong>do</strong>s num dispositivo de retenção homologa<strong>do</strong>, de acor<strong>do</strong> com oregulamento 44 ECE/UN, versão 03 ou 04, e adequa<strong>do</strong> à i<strong>da</strong>de, altura e peso,de mo<strong>do</strong> a proporcionar as condições necessárias a uma viagem deautomóvel segura (Quadro 1).• O uso de um sistema de retenção homologa<strong>do</strong> é obrigatório até aos 12 anos(A) de i<strong>da</strong>de e 150 cm de altura, de acor<strong>do</strong> com o Código <strong>da</strong> Estra<strong>da</strong> em vigor.A partir desta altura, a criança já pode utilizar apenas o cinto de segurança <strong>do</strong>automóvel.• Logo à saí<strong>da</strong> <strong>da</strong> materni<strong>da</strong>de, o RN deve viajar num SRC volta<strong>do</strong> para trás(VT). Só assim a cabeça, o pescoço e a região <strong>do</strong>rsal estarão devi<strong>da</strong>menteprotegi<strong>do</strong>s em caso de acidente, pois são apoia<strong>do</strong>s uniformemente.• O SRC deve ser preso ao automóvel com o cinto de segurança ou através deum sistema isofix 2 , num lugar sem airbag frontal ativo. Estes SRC reduzem,entre 90 e 95%, a ocorrência de morte ou ferimentos graves em crianças.• O RN deve viajar semi‐senta<strong>do</strong> desde o primeiro dia, salvo raras exceções 3 .As crianças devem viajar volta<strong>da</strong>s de costas para o senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> trânsito até aos3 ou 4 A. Esta é a posição mais segura para as transportar no automóvel,devi<strong>do</strong> à fragili<strong>da</strong>de <strong>do</strong> pescoço e ao peso <strong>da</strong> cabeça. Caso seja mesmonecessário, só a partir <strong>do</strong>s 18 meses (M) será admissível que a criança viajevira<strong>da</strong> para a frente.2 Sistema de fixação ao carro através de encaixe, presente em alguns veículos mais recentes. Exigecadeiras específicas (com sistema isofix), que encaixam em <strong>do</strong>is pontos inferiores (na base <strong>da</strong>s costas<strong>do</strong> banco <strong>do</strong> automóvel) e se fixam num terceiro ponto ou apoiam no chão <strong>do</strong> carro. A existência detrês pontos é essencial para evitar rotação <strong>da</strong> cadeira em caso de acidente.3 Conforme recomen<strong>da</strong>ções <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de Portuguesa de Pediatria para RN prematuros.53


• Os SRC, aprova<strong>do</strong>s para utilização de crianças até aos 13kg, possuem umredutor interno que apoia a cabeça durante os primeiros meses,amparan<strong>do</strong>‐a para maior conforto.• A partir <strong>do</strong> momento em que a criança passa a usar um SRC vira<strong>do</strong> para afrente (VF), deve verificar‐se se os cintos internos ficam bem ajusta<strong>do</strong>s aocorpo <strong>da</strong> criança e se não há folgas entre a cadeira e o banco <strong>do</strong> automóvel.Se o automóvel estiver equipa<strong>do</strong> com o sistema ISOFIX, devem ser utiliza<strong>do</strong>sSRC com este sistema.• As cadeiras vira<strong>da</strong>s para a frente só podem ser transporta<strong>da</strong>s no bancotraseiro, salvo algumas exceções previstas na lei (Artigo 55.º, Código <strong>da</strong>Estra<strong>da</strong>).• As crianças com mais de 15kg já podem usar um sistema de retenção,vulgarmente chama<strong>do</strong> cadeira de apoio ou banco elevatório com costas, emque o cinto de segurança <strong>do</strong> próprio veículo passa à frente <strong>do</strong> corpo (comono adulto) e o prende em simultâneo com a cadeira. Deve escolher‐se ummodelo com encosto regulável em altura e com guia orienta<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> cinto aonível <strong>do</strong> ombro.• Algumas <strong>da</strong>s particulari<strong>da</strong>des <strong>do</strong> banco elevatório – não ter costas nem apoiolateral, bem como não impedir a colocação incorreta <strong>do</strong> cinto, se a criançaa<strong>do</strong>rmecer – tornam‐no desaconselhável antes <strong>do</strong>s 8 a 9 A. Não devem serutiliza<strong>do</strong>s dispositivos que alterem o percurso <strong>do</strong> cinto sobre o corpo e,consequentemente, a sua eficácia.• Antes <strong>da</strong> compra, importa confirmar que o sistema de retenção se ajustaperfeitamente ao veículo em que vai ser utiliza<strong>do</strong> (verificar, por exemplo, seo cinto de segurança <strong>do</strong> banco traseiro tem comprimento suficiente paraprender a cadeira vira<strong>da</strong> para trás) e se a<strong>da</strong>pta à criança a quem se destina.• A utilização de sistemas de retenção é obrigatória no transporte emautomóvel, assim como no transporte coletivo de crianças. Os sistemas deretenção para crianças são classifica<strong>do</strong>s em 5 grupos de peso: 0, 0+, I, II e III.A ca<strong>da</strong> grupo corresponde um intervalo de peso. Alguns sistemas de retençãoabrangem mais <strong>do</strong> que um grupo de peso.• No quadro seguinte, apresentam‐se os grupos de cadeiras mais adequa<strong>do</strong>s,de acor<strong>do</strong> com o peso e a i<strong>da</strong>de <strong>da</strong> criança.Quadro 1. Sistemas de retenção de acor<strong>do</strong> com peso e i<strong>da</strong>de e identificação <strong>da</strong>posição <strong>da</strong> cadeiraGRUPO PESO IDADE APROXIMADA POSIÇÃO DA CADEIRA0 – Alcofa Só para casos especiais* De la<strong>do</strong>0+ Até 13kg Até 12 – 18 M VT0+/I ou I Até 18kg 12 M – 3/4 A VT0+/I ou I Até 18kg 18 M – 3/4 A VFII/III 15 – 36kg 4/6 A – 12 A VFIII 22 – 36kg 8/9 – 12 A VF*Ver recomen<strong>da</strong>ções <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de Portuguesa de Pediatria em BIBLIOGRAFIA <strong>da</strong> Orientação DGS nº001/201054


ANEXO 3 - IDADES ÓTIMAS PARA CIRURGIASQUISTO DA CAUDA DA SOBRANCELHAHELIX VALGUS (ORELHAS EM ABANO)> 6 meses (M)> 5 anos (A)FENDA LABIAL > 2 M *FENDA PALATINA > 3 /18 M*QUISTOS E FÍSTULAS BRANQUEAIS qualquer i<strong>da</strong>de *HÉRNIA UMBILICALHÉRNIA INGUINAL / INGUINO-ESCROTALHIDROCELO COMUNICANTE e QUISTO DO CORDÃOCRIPTORQUIDIA BILATERALCRIPTORQUIDIA UNILATERALTORSÃO TESTÍCULOFIMOSEFIMOSE COM BALANITES OU ITU **PARAFIMOSEHÍMEN IMPERFURADOHIPOSPÁDIAS – meato punctiformeHIPOSPÁDIAS – cirurgia corretivaSINDACTILIA *POLIDACTILIAHEMO E LINFANGIOMA ***> 4 Aao diagnóstico12-18 Mao diagnóstico12-24 MEmergênciaapós os 5 Aavaliar caso a casoUrgênciaao diagnósticoao diagnóstico> 1 ano> 6 Mvariável / localizaçãoao diagnóstico*Ao critério <strong>do</strong> cirurgião** Infeção <strong>do</strong> trato urinário*** Nem to<strong>do</strong>s têm indicação cirúrgica55


Texto de apoio 1Avaliação <strong>do</strong>desenvolvimento56


AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO1. INTRODUÇÃOA criança é um ser em desenvolvimento motor, cognitivo, emocional e social. Aavaliação desse percurso, a deteção precoce de quaisquer perturbações, e <strong>da</strong>simplicações que estas têm na quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> e no sucesso educacional eintegração social <strong>da</strong> criança, constituem objetivos <strong>da</strong> vigilância de Saúde Infantil eJuvenil em Cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s de Saúde Primários (CSP).O desenvolvimento psicomotor é um processo dinâmico e contínuo, sen<strong>do</strong>constante a ordem de aparecimento <strong>da</strong>s diferentes funções. Contu<strong>do</strong>, a veloci<strong>da</strong>dede passagem de um estádio a outro varia de uma criança para outra e,consequentemente, a i<strong>da</strong>de de aparecimento de novas aquisições também difere.As perturbações <strong>do</strong> desenvolvimento psicomotor são diagnostica<strong>da</strong>s habitualmentepor:- pesquisa desencadea<strong>da</strong> em virtude de existência de fatores de risco;- suspeita de qualquer problema por parte <strong>do</strong>s pais, familiares ou professores;- observação clínica em exames periódicos ou oportunistas no contexto <strong>da</strong> vigilânciade saúde.Em CSP, pode realizar-se com eficácia a apreciação <strong>do</strong> desenvolvimento infantil semperder a simplici<strong>da</strong>de nos procedimentos.Neste contexto, os profissionais de saúde motiva<strong>do</strong>s e com experiência poderãoavaliar adequa<strong>da</strong>mente o desenvolvimento de uma criança através de umaobservação crítica, desde o momento em que esta entra na sala de consulta, até quesai e, muito particularmente, durante a conversa com os pais/cui<strong>da</strong><strong>do</strong>res.Nesta fase <strong>da</strong> consulta, a observação <strong>da</strong> criança ao colo <strong>do</strong>s pais, ou a brincar,enquanto não é o alvo <strong>da</strong>s atenções e, consequentemente, se sente mais à vontade,permite ao profissional tirar ilações importantes, e geralmente fiáveis, relativamenteao desenvolvimento <strong>da</strong> mesma. É muito útil observá-la sem que dê por isso – aatenção, o tipo de manipulação que utiliza, a mímica, etc. – e ter, por exemplo, umou mais brinque<strong>do</strong>s a que ela possa ter acesso imediato.Estu<strong>do</strong>s prévios mostraram que a técnica mais frequentemente usa<strong>da</strong> em CSP paraavaliação <strong>do</strong> desenvolvimento é a avaliação clínica informal e que poucosprofissionais usam testes stan<strong>da</strong>rdiza<strong>do</strong>s de rastreio nas consultas de vigilância deSaúde Infantil. Esta avaliação clínica isola<strong>da</strong> deteta menos de 30% <strong>da</strong>s crianças comproblemas de desenvolvimento. Em contraste, os instrumentos de rastreiostan<strong>da</strong>rdiza<strong>do</strong>s têm sensibili<strong>da</strong>de e especifici<strong>da</strong>de entre os 70 e 90% na identificaçãodestas situações.Os parâmetros <strong>do</strong> desenvolvimento psicomotor não são mensuráveis como os <strong>do</strong>crescimento físico. Daí, as dificul<strong>da</strong>des em considerar os denomina<strong>do</strong>s “Testes deDesenvolvimento” instrumentos suficientemente bons para serem utiliza<strong>do</strong>s comométo<strong>do</strong> exclusivo de deteção <strong>da</strong>s perturbações <strong>do</strong> desenvolvimento.57


O tempo exigi<strong>do</strong> para a aplicação destes testes, a rigidez, os diversos fatorescircunstanciais que afetam a sua valorização, o baixo valor preditivo decorrente <strong>da</strong>imprevisível história natural <strong>da</strong> <strong>do</strong>ença, o eleva<strong>do</strong> número de falsos negativos efalsos positivos (com a consequente falsa segurança ou ansie<strong>da</strong>de iatrogénica) e adificul<strong>da</strong>de em estabelecer uma linha clara entre o normal e o patológico, sãofatores que limitam a sua aplicação numa perspetiva de eficiência e impacte.Não obstante, o conhecimento e a aplicação <strong>do</strong>s testes mais simples, por parte <strong>do</strong>sprofissionais de saúde, nomea<strong>da</strong>mente a escala de avaliação de desenvolvimento deMary Sheri<strong>da</strong>n, largamente usa<strong>da</strong> há várias déca<strong>da</strong>s, que integra atualmente osprogramas informáticos utiliza<strong>do</strong>s nos CSP, poderá permitir um melhorconhecimento <strong>do</strong>s parâmetros normais <strong>do</strong> desenvolvimento e <strong>do</strong>s seus amploslimites.Os testes podem, assim, servir como “padrão de referência <strong>da</strong> normali<strong>da</strong>de”,contribuir para focar a atenção nesta área <strong>da</strong> Saúde Infantil e, ain<strong>da</strong>, motivar eencorajar os pais a levantarem questões e a participarem na promoção <strong>do</strong>desenvolvimento <strong>do</strong>s seus filhos.Os testes abrangem perío<strong>do</strong>s de tempo em que as modificações e as aquisições sãomais numerosas e mais rápi<strong>da</strong>s. Existem, contu<strong>do</strong>, grandes variações no que respeitaà veloci<strong>da</strong>de de obtenção de novas competências e ao cumprimento <strong>da</strong>s diferentesetapas de desenvolvimento. Estas, e no que respeita ao desenvolvimento intelectual,dependem <strong>da</strong> hereditarie<strong>da</strong>de, <strong>da</strong> experiência adquiri<strong>da</strong>, <strong>da</strong> transmissão social e <strong>da</strong>dinâmica entre estes fatores.Nem to<strong>da</strong>s as crianças chegam à mesma i<strong>da</strong>de no mesmo estádio dedesenvolvimento. Os desvios são por vezes tais, que é muito difícil propor umcalendário ótimo para os exames periódicos. No entanto, sobre este ponto, há queassumir uma posição “oportunista” muito clara, aproveitan<strong>do</strong> as i<strong>da</strong>des-chavedefini<strong>da</strong>s neste Programa Nacional, sen<strong>do</strong> complementa<strong>da</strong>s por qualquerinformação pertinente obti<strong>da</strong> no decurso de uma observação <strong>da</strong> criança.É preciso, também, ter em conta que a simples aplicação de testes, ou a valorizaçãode <strong>da</strong><strong>do</strong>s isola<strong>do</strong>s, não permitem uma avaliação váli<strong>da</strong> <strong>do</strong> desenvolvimento, nem umprognóstico rigoroso quanto ao futuro <strong>da</strong> criança.As perturbações <strong>do</strong> desenvolvimento envolvem um espectro de problemas de váriostipos e gravi<strong>da</strong>de, sen<strong>do</strong> as ligeiras geralmente difíceis de detetar. Além disso,apesar <strong>da</strong> sequência de aquisições ser conheci<strong>da</strong> e comum a to<strong>do</strong>s, odesenvolvimento infantil processa-se muitas vezes de forma descontínua, com“saltos”. Apesar de haver alguns consensos sobre o que constitui as fronteiras <strong>da</strong>normali<strong>da</strong>de, o mesmo não se passa quanto à gravi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> situação que justificauma intervenção apropria<strong>da</strong>. Em consequência, os profissionais tendem a retar<strong>da</strong>r aidentificação e o encaminhamento <strong>da</strong>s situações, para não aumentar a ansie<strong>da</strong>de<strong>do</strong>s pais e restantes cui<strong>da</strong><strong>do</strong>res.Assim, o acompanhamento <strong>da</strong>s aquisições <strong>do</strong> desenvolvimento deverá ser umprocesso flexível, dinâmico e contínuo, à semelhança, aliás, <strong>do</strong> próprio processomaturativo <strong>da</strong> criança. Deverá ter lugar em to<strong>do</strong>s os encontros que os profissionaistêm com a criança e a família e não apenas nas denomina<strong>da</strong>s i<strong>da</strong>des-chave.58


Este processo de avaliação <strong>do</strong> desenvolvimento psicomotor, monitoriza<strong>do</strong> através<strong>da</strong> valorização <strong>da</strong>s observações <strong>do</strong>s pais, <strong>da</strong> história clínica, <strong>do</strong> reconhecimento <strong>do</strong>sfatores de risco e <strong>da</strong> observação <strong>da</strong> criança – com ou sem a aju<strong>da</strong> <strong>do</strong>s testes dedesenvolvimento – deverá ser encara<strong>do</strong> no contexto geral <strong>da</strong> promoção <strong>da</strong> saúde<strong>da</strong> criança. Além disso, dever-se-ão incluir, igualmente, ações destina<strong>da</strong>s a estimulare promover o desenvolvimento, tais como as de informação e ensino aos pais, paraque ca<strong>da</strong> criança possa atingir o máximo <strong>da</strong>s suas potenciali<strong>da</strong>des, quer no seuprocesso educativo e social, quer nas áreas para as quais está particularmente apta.A avaliação clínica <strong>do</strong> desenvolvimento, realiza<strong>da</strong> de forma rigorosa e completa,permite ter, após interpretação <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s, um conhecimento aproxima<strong>do</strong><strong>do</strong> potencial de desenvolvimento de uma criança. Não permite, contu<strong>do</strong>, prever omo<strong>do</strong> como essa criança expressará esse potencial.A concretização <strong>do</strong> possível em real – no que se refere ao desenvolvimento <strong>da</strong>scapaci<strong>da</strong>des, facul<strong>da</strong>des e talentos de uma criança – depende de inúmeros fatores,entre os quais a quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> habitação, o ambiente familiar, os amigos, a escola, apersonali<strong>da</strong>de, o grau de saúde e de nutrição e, igualmente, as oportuni<strong>da</strong>des quelhe foram <strong>da</strong><strong>da</strong>s e as que ela própria procurar.Os profissionais de saúde podem desempenhar um papel relevante neste processo.Ten<strong>do</strong> como objetivo a melhor integração social e quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong>, é-lhes possívelintervir no controlo <strong>do</strong> impacte <strong>do</strong>s fatores de risco, na prevenção primária, nodiagnóstico e terapêutica precoces e no acompanhamento adequa<strong>do</strong> <strong>da</strong> criança comperturbações <strong>do</strong> desenvolvimento, bem como <strong>da</strong> sua família.Para tal, torna-se essencial assegurar a formação e uniformização de critérios deavaliação <strong>do</strong> desenvolvimento psicomotor em CSP, de mo<strong>do</strong> a rentabilizar osrecursos, evitan<strong>do</strong> referências desnecessárias a consultas ou centros especializa<strong>do</strong>se, sobretu<strong>do</strong>, aproveitan<strong>do</strong> o conhecimento único proporciona<strong>do</strong> pelos examesregulares de vigilância de Saúde Infantil executa<strong>do</strong>s pela equipa.Os pais, familiares e educa<strong>do</strong>res acompanham a criança durante muito mais tempo<strong>do</strong> que os profissionais de saúde. Além disso, convivem com ela num meio onde amesma se expressa mais à vontade. Há que valorizar, até prova em contrário, assuspeitas e preocupações veicula<strong>da</strong>s espontaneamente pelos pais e educa<strong>do</strong>rese/ou as suas respostas a questionários clínicos dirigi<strong>do</strong>s. Para tal, o ambiente <strong>da</strong>consulta, bem como a atitude <strong>do</strong>s profissionais, deverão propiciar aos pais um à-vontade suficiente para se exprimirem sem receio e veicularem as suas dúvi<strong>da</strong>s. Éexigível, assim, um tempo de consulta mínimo para se criar esse ambiente e permitira formulação de dúvi<strong>da</strong>s e expectativas, assim como a discussão <strong>da</strong>s situações.A investigação tem demonstra<strong>do</strong> a importância <strong>da</strong> valorização <strong>da</strong>s observações epreocupações <strong>do</strong>s pais. No entanto, há que realçar o facto de que, a ausência dequalquer preocupação específica manifesta<strong>da</strong> pelos pais, não é, por si só, fatorpreditivo de desenvolvimento normal.59


2. RECOMENDAÇÕES PRÁTICASOs aspetos práticos fun<strong>da</strong>mentais a considerar são:1. Adquirir conhecimentos sóli<strong>do</strong>s acerca <strong>do</strong>s parâmetros <strong>do</strong> desenvolvimentonormal. Considerar que os limites <strong>do</strong> normal são extraordinariamente amplos.Nem to<strong>da</strong>s as crianças atingem, na mesma i<strong>da</strong>de, o mesmo estádio dedesenvolvimento para qualquer <strong>do</strong>s parâmetros considera<strong>do</strong>s.2. Ter presentes as situações etiopatogénicas mais comuns, a fim de as poderincluir no diagnóstico diferencial, quan<strong>do</strong> for caso disso.3. Identificar, para ca<strong>da</strong> criança, os seus fatores de risco.4. Saber se a criança já está a ser segui<strong>da</strong> em alguma consulta de especiali<strong>da</strong>de, ouse já o foi. Em caso afirmativo, procurar saber o que se passou nessa consultaem <strong>termos</strong> de diagnóstico e de terapêutica e incentivar o registo no Boletim deSaúde Infantil e Juvenil (BSIJ) ou eBoletim.5. Proporcionar aos pais/cui<strong>da</strong><strong>do</strong>res a oportuni<strong>da</strong>de de expressar as suassuspeitas. Até prova em contrário, há que valorizá-las, bem como as referi<strong>da</strong>spor outros familiares e educa<strong>do</strong>res.6. Durante a anamnese, fazer um interrogatório dirigi<strong>do</strong>, procuran<strong>do</strong> investigar seexistem perturbações relativamente a algum <strong>do</strong>s parâmetros dedesenvolvimento.7. Observar o comportamento <strong>da</strong> criança desde que entra até que sai <strong>da</strong>consulta, incluin<strong>do</strong> a fase <strong>do</strong> exame físico. Dar-lhe a oportuni<strong>da</strong>de para revelaras suas capaci<strong>da</strong>des e habili<strong>da</strong>des, o que deverá ser observa<strong>do</strong> de um mo<strong>do</strong>discreto. <strong>Nos</strong> <strong>do</strong>is primeiros anos de vi<strong>da</strong>, há que atender à i<strong>da</strong>de gestacional<strong>da</strong> criança.8. Valorizar eventuais fatores circunstanciais, familiares, <strong>do</strong> treino anterior <strong>da</strong>criança, <strong>do</strong> maior ou menor à-vontade <strong>da</strong> mesma durante a avaliação, os quaispodem levar a que o exame de uma criança perfeitamente normal suscitedúvi<strong>da</strong>s, se estes aspetos não forem devi<strong>da</strong>mente equaciona<strong>do</strong>s.9. Se subsistirem dúvi<strong>da</strong>s acerca de algum parâmetro, utilizar meios maissofistica<strong>do</strong>s, como outros testes de desenvolvimento, mas apenas se se estiverfamiliariza<strong>do</strong> com eles e se se dispuser de condições e de tempo adequa<strong>do</strong> parao fazer.10. Em caso de dúvi<strong>da</strong>, confrontar os elementos <strong>da</strong> avaliação com os de outrosprofissionais de saúde envolvi<strong>do</strong>s. Dialogar com os pais/cui<strong>da</strong><strong>do</strong>res e inseri-losem to<strong>do</strong> este processo. Partilhar as dúvi<strong>da</strong>s com eles, não crian<strong>do</strong> angústiasexagera<strong>da</strong>s, nem fazen<strong>do</strong> diagnósticos precipita<strong>do</strong>s.11. Correlacionar os elementos de avaliação com os fatores de risco menciona<strong>do</strong>s.12. Se surgirem dúvi<strong>da</strong>s, programar outra observação <strong>da</strong> criança a curto prazo emotivar e orientar os pais para uma observação em casa.13. Se se considerar que a criança tem um problema, referenciá-la, ou para umatendimento de referência para avaliação <strong>do</strong> desenvolvimento nos serviços deCSP, ou para uma consulta nos serviços de cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s diferencia<strong>do</strong>s na matéria,conforme as possibili<strong>da</strong>des e a organização <strong>do</strong>s serviços na área onde trabalha.Para tal, é importante que ca<strong>da</strong> médico conheça os “canais” de referenciaçãopossíveis.60


14. Enviar a informação completa e adequa<strong>da</strong> e procurar obter uma informação deretorno. Utilizar o BSIJ ou eBoletim.15. Finalmente, não esquecer que a abor<strong>da</strong>gem <strong>da</strong> criança com deficiência,principalmente a abor<strong>da</strong>gem terapêutica, deverá ser sempre feita por umaequipa multidisciplinar. Importa, igualmente, a nível local/regional, coordenaras várias informações terapêuticas necessárias, de acor<strong>do</strong> com pareceres ourecomen<strong>da</strong>ções de consultas mais especializa<strong>da</strong>s, responsabilizan<strong>do</strong>, a nívelregional, os vários organismos vocaciona<strong>do</strong>s para o atendimento <strong>da</strong> criança comdeficiência.16. No caso <strong>da</strong>s crianças, entre os 0 e os 6 anos (A), com alterações nas funções ouestruturas <strong>do</strong> corpo ou com risco grave de atraso de desenvolvimento, devefazer-se a sinalização para as Equipas Locais de Intervenção <strong>do</strong> Sistema Nacionalde Intervenção Precoce na Infância (SNIPI) de acor<strong>do</strong> com os critérios deelegibili<strong>da</strong>de (http://dre.pt/pdf1s/2009/10/19300/0729807301.pdf).Inclui-se também neste texto de apoio a Escala de Avaliação <strong>do</strong> Desenvolvimentode Mary Sheri<strong>da</strong>n Modifica<strong>da</strong>: 1 – 12 meses (M) e 18 M – 5 A apresenta<strong>da</strong>s,respetivamente nos Quadros 1 e 3, assim como a Escala de Sinais de Alarmeseguin<strong>do</strong> a mesma linha de i<strong>da</strong>des, apresenta<strong>da</strong>s respetivamente nos Quadros 2 e4. No senti<strong>do</strong> de facilitar a aplicação deste instrumento, inserem-se algumas notasexplicativas representa<strong>da</strong>s graficamente no Quadro 5. Neste, para ca<strong>da</strong> i<strong>da</strong>de,apresentam-se ain<strong>da</strong> algumas ativi<strong>da</strong>des promotoras <strong>do</strong> desenvolvimento, quepoderão ser recomen<strong>da</strong><strong>da</strong>s aos pais/cui<strong>da</strong><strong>do</strong>res no momento <strong>da</strong> avaliação. Inclui-setambém uma lista <strong>do</strong> material sugeri<strong>do</strong> para utilização <strong>da</strong> escala, apresenta<strong>do</strong> noQuadro 6.Além disso, com o objetivo de rastrear as perturbações no espectro <strong>do</strong> autismo, nofinal deste anexo, foi inclui<strong>do</strong> um breve questionário referente ao desenvolvimentoe comportamento, utiliza<strong>do</strong> em crianças <strong>do</strong>s 16 aos 30 M – Modified Checklist forAutism in Toddlers (M-CHAT) (Diana Robins, Deborah Fein & Marianne Barton, 1999– traduzi<strong>do</strong> pela Uni<strong>da</strong>de de Autismo <strong>do</strong> Centro de Desenvolvimento <strong>da</strong> Criança –Hospital Pediátrico Carmona <strong>da</strong> Mota, Coimbra, com autorização <strong>da</strong> autora).61


Quadro 1. Escala de Avaliação <strong>do</strong> Desenvolvimento de Mary Sheri<strong>da</strong>n Modifica<strong>da</strong>: 1 – 12MNome______________ Data de nascimento __ / __ / _______ Processo n.º ________________4 – 6 Semanas 3 M 6 M 9 M 12 MPostura e Motrici<strong>da</strong>deGlobalVisão e Motrici<strong>da</strong>deFina• Em decúbito ventral –levanta a cabeça.• Em decúbito <strong>do</strong>rsal – apostura deve serassimétrica; membrosuperior <strong>do</strong> la<strong>do</strong> <strong>da</strong> faceem extensão.• Em tração pelas mãos –a cabeça cai.• Quan<strong>do</strong> senta<strong>do</strong>(a) –<strong>do</strong>rso em arco e mãosfecha<strong>da</strong>s.• Em suspensão vertical –cabeça ereta membrossemi-fleti<strong>do</strong>s.• Segue uma bolapendente a 20-25 cm em¼ de círculo (<strong>do</strong> la<strong>do</strong> até àlinha média).• Em decúbito ventral –apoio nos antebraços.• Em decúbito <strong>do</strong>rsal –postura simétrica,membroscommovimentos ritma<strong>do</strong>s.• Em tração pelas mãos –cabeça ereta e coluna<strong>do</strong>rsal direita.• De pé – flete os joelhos,não faz apoio.• Mantém mãos abertas –junta-as na linha média ebrinca com elas.• Segura brevemente aroca e move-a em direçãoà face.• Segue uma bolapendente ½ círculo ehorizontal.• Apresenta convergênciaocular.• Faz pestanejo de defesa.• Em decúbito ventral –apoia-se nas mãos.• Em decúbito <strong>do</strong>rsal –levanta cabeça, membrosinferiores na vertical comde<strong>do</strong>s fleti<strong>do</strong>s.• Em tração pelas mãos –faz força para se sentar.• Mantém-se senta<strong>do</strong>(a)sem apoio.• De pé faz apoio.• Tem preensão palmar.• Leva os objetos à boca.• Transfere objetos.• Esquece imediatamenteo objeto quan<strong>do</strong> este cai.• Apresenta boaconvergência (estrabismoanormal).• Senta-se sozinho(a) efica senta<strong>do</strong>(a) 10 a 15minutos.• Põe-se de pé com apoiomas não consegue baixarse.• Tem preensão emanipulação.• Leva tu<strong>do</strong> à boca.• Aponta com o indica<strong>do</strong>r.• Faz pinça.• Atira os objetos ao chãodelibera<strong>da</strong>mente.• Procura o objeto quecaiu ao chão.• Passa de decúbito <strong>do</strong>rsala senta<strong>do</strong>(a).• Tem equilíbriosenta<strong>do</strong>(a).• Gatinha.• Põe-se de pé e baixa-secom o apoio de uma ouduas mãos.• Explora com energia osobjetos e atira-ossistematicamente ao chão.• Procura um objetoescondi<strong>do</strong>.• Tem interesse visualpara perto e longe.


4 – 6 Semanas 3 M 6 M 9 M 12 MAudição e Linguagem• Pára e pode voltar osolhos ao som de umasineta, roca ou voz a 15 cm<strong>do</strong> ouvi<strong>do</strong>.• Atende e volta-segeralmente aos sons.• Segue os sons a 45 cm<strong>do</strong> ouvi<strong>do</strong>.• Vocaliza sonsmonossílabos e dissílabos.• Dá gargalha<strong>da</strong>s.• Tem atenção rápi<strong>da</strong> paraos sons perto e longe.• Localiza sons suaves a 90cm abaixo ou acima <strong>do</strong>nível <strong>do</strong> ouvi<strong>do</strong>.• Repete várias sílabas ousons <strong>do</strong> adulto.• Tem resposta rápi<strong>da</strong> aossons suaves, mas habituasedepressa.• Dá pelo nome e volta-se.• Jargão (vocalizaincessantemente em tomde conversa, emboracompletamenteimpercetível).• Compreende ordenssimples “dá, cá e adeus”.ComportamentoA<strong>da</strong>ptação Sociale• Fixa a face <strong>da</strong> mãequan<strong>do</strong> o alimenta.• Tem sorriso presente às6 semanas.• Chora quan<strong>do</strong>desconfortável e respondecom sons guturais emsituações de prazer.• Sorri.• Tem boa resposta socialà aproximação de umaface familiar.• É muito ativo(a),atento(a) e curioso(a).• Leva uma bolacha àboca.• Mastiga.• Distingue os familiares<strong>do</strong>s estranhos.• Bebe pelo copo comaju<strong>da</strong>.• Segura a colher mas nãoa usa.• Colabora no vestirlevantan<strong>do</strong> os braços.• É muito dependente <strong>do</strong>adulto.• Demonstra afeto.


Quadro 2. Sinais de Alarme: 1 – 12 M1 MÊS 3 M 6 M 9 M 12 M• Ausência de tentativa decontrolo <strong>da</strong> cabeça, na posiçãosenta<strong>do</strong>(a).• Apresenta hipertonici<strong>da</strong>de naposição de pé.• Nunca segue a face humana.• Não vira os olhos e a cabeçapara o som (voz humana).• Não se mantém em situaçãode alerta, nem por brevesperío<strong>do</strong>s.• Não fixa, nem segue objetos.• Não sorri.• Não há qualquer controlo <strong>da</strong>cabeça.• Tem as mãos semprefecha<strong>da</strong>s.• Tem os membros rígi<strong>do</strong>s emrepouso.• Apresenta sobressalto aomenor ruí<strong>do</strong>.• Chora e grita quan<strong>do</strong> se toca.• Pobreza de movimentos.• Ausência de controlo <strong>da</strong>cabeça.• Tem membros inferioresrígi<strong>do</strong>s e faz passagem direta àposição de pé quan<strong>do</strong> se tentasentar.• Não olha nem pega emqualquer objeto.• Apresenta assimetrias.• Não reage aos sons.• Não vocaliza.• Tem desinteresse peloambiente.• Apresenta irritabili<strong>da</strong>de.• Tem estrabismo manifesto econstante.• Não se senta.• Permanece senta<strong>do</strong>(a) eimóvel sem procurar mu<strong>da</strong>r deposição.• Apresenta assimetrias.• Não tem preensão palmar,não leva objetos à boca.• Não reage aos sons.• Vocaliza monotonamente ouperde a vocalização.• É apático(a), semrelacionação com familiares.• Engasga-se com facili<strong>da</strong>de.• Tem estrabismo.• Não aguenta o peso naspernas.• Permanece imóvel, nãoprocura mu<strong>da</strong>r de posição.• Apresenta assimetrias.• Não pega nos brinque<strong>do</strong>s oufá-lo só com uma mão.• Não responde à voz.• Não brinca nem estabelececontacto.• Não mastiga.________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Apoios___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Plano de ação ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________


Quadro 3. Escala de Avaliação <strong>do</strong> Desenvolvimento de Mary Sheri<strong>da</strong>n Modifica<strong>da</strong>: 18 M – 5 ANome______________ Data de nascimento __ / __ / _______ Processo n.º ________________18 M 2 A 3 A 4 A 5 APosturaeMotrici<strong>da</strong>de Global• An<strong>da</strong> bem.• Apanha brinque<strong>do</strong>s <strong>do</strong>chão.• Corre.• Sobe e desce com os <strong>do</strong>ispés o mesmo degrau.• Tem equilíbriomomentâneo num pé.• Sobe esca<strong>da</strong>salterna<strong>da</strong>mente.• Desce com os <strong>do</strong>is pésno mesmo degrau.• Fica num pé sem apoio 3a 5 segun<strong>do</strong>s.• Sobe e desce as esca<strong>da</strong>salterna<strong>da</strong>mente.• Salta num pé.• Fica num pé 3 a 5segun<strong>do</strong>s, com os braços<strong>do</strong>bra<strong>do</strong>s sobre o tórax.• Salta alterna<strong>da</strong>mentenum pé.Visão e Motrici<strong>da</strong>deFina• Constrói torre de 3cubos.• Faz rabiscos mostran<strong>do</strong>preferência por uma mão.• Olha um livro debonecos e vira váriaspáginas de ca<strong>da</strong> vez.• Constrói torre de 6cubos.• Imita rabisco circular.• Gosta de ver livros.• Vira uma página de ca<strong>da</strong>vez.• Constrói torre de 9cubos.• Imita (3A) e copia (3A emeio) a ponte de 3 cubos –copia o círculo – imita acruz.• Combina duas coresgeralmente o vermelho e oamarelo. (confunde o azule verde).• Constrói esca<strong>da</strong> de 6cubos.• Copia a cruz.• Combina e nomeiaquatro cores básicas.• Constrói 4 degraus com10 cubos.• Copia o quadra<strong>do</strong> e otriângulo.• Conta cinco de<strong>do</strong>s deuma mão e nomeia quatrocores.AudiçãoLinguageme• Usa 6 a 26 palavrasreconhecíveisecompreende muitas mais.• Mostra em si ou numboneco os olhos, o cabelo,o nariz e os sapatos.• Diz o primeiro nome.• Fala sozinho(a) enquantobrinca.• Junta duas ou maispalavras, construin<strong>do</strong>frases curtas.• Apresenta linguagemincompreensível, mesmopelos familiares.• Nomeia objetos.• Diz o nome completo e osexo.• Tem vocabulário extensomas pouco compreensívelpor estranhos.• Tem defeitos dearticulação e imaturi<strong>da</strong>dena linguagem.• Sabe o nome completo,a i<strong>da</strong>de e o sexo ehabitualmente a mora<strong>da</strong>.• Apresenta linguagemcompreensível.• Tem apenas algumassubstituições infantis.• Sabe o nome completo, ai<strong>da</strong>de, mora<strong>da</strong> ehabitualmente a <strong>da</strong>ta denascimento.• Tem vocabulário fluentee articulação geralmentecorreta – pode haverconfusão nalguns sons.


18 M 2 A 3 A 4 A 5 AComportamentoA<strong>da</strong>ptação Sociale• Bebe por um copo sementornarmuito,levantan<strong>do</strong>-o com ambasas mãos.• Segura a colher e levaalimentos à boca.• Não gosta que lhepeguem.• Exige muita atenção.• Indica necessi<strong>da</strong>de de irà casa de banho.• Começa a copiarativi<strong>da</strong>des <strong>do</strong>mésticas.• Coloca o chapéu e ossapatos.• Usa bem a colher.• Bebe por um copo ecoloca-o no lugar sementornar.• Pode despir-se, mas sóse lhe desabotoarem ovestuário.• Vai sozinho(a) à casa debanho.• Come com colher egarfo.• Pode vestir-se e despirsesó com exceção deabotoar atrás e <strong>da</strong>r laços.• Gosta de brincar comcrianças <strong>da</strong> sua i<strong>da</strong>de.• Sabe esperar pela suavez.• Veste-se sozinho(a).• Lava as mãos e a cara elimpa-se sozinho(a).• Escolhe o(a)s amigo(a)s.• Compreende as regras<strong>do</strong> jogo.


Quadro 4. Sinais de alarme: 18 M – 5 A18 M 2 A 4 – 5 A• Não se põe de pé, não suporta o peso sobre aspernas.• An<strong>da</strong> sempre na ponta <strong>do</strong>s pés.• Apresenta assimetrias.• Não faz pinça – não pega em nenhum objeto entre opolegar e o indica<strong>do</strong>r.• Não responde quan<strong>do</strong> o(a) chamam.• Não vocaliza espontaneamente.• Não se interessa pelo que o(a) rodeia; nãoestabelece contacto.• Deita os objetos fora. Leva-os sistematicamente àboca.• Tem estrabismo.• Não an<strong>da</strong> sozinho(a).• Deita os objetos fora.• Não constrói na<strong>da</strong>.• Não parece compreender o que se lhe diz.• Não pronuncia palavras inteligíveis.• Não se interessa pelo que está em seu re<strong>do</strong>r.• Não estabelece contacto.• Não procura imitar.• Tem estrabismo.• É hiperactivo(a), distraí<strong>do</strong>(a) e tem dificul<strong>da</strong>de deconcentração.• Apresenta linguagem incompreensível, substituiçõesfonéticas, gaguez.• Tem estrabismo ou suspeita de défice visual.• Apresenta perturbação <strong>do</strong> comportamento.________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Apoios___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Plano de ação ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________


Quadro 5. Escala de Avaliação <strong>do</strong> Desenvolvimento de Mary Sheri<strong>da</strong>n Modifica<strong>da</strong> – notas explicativasI<strong>da</strong>de Parâmetros a avaliar MaterialRNPrimeiraConsultaPMG 4NOTA: A avaliação deve ser realiza<strong>da</strong> com o(a) recém-nasci<strong>do</strong>(a) (RN) em esta<strong>do</strong> de alerta e confortável. Em decúbito <strong>do</strong>rsal: braços e pernas semi-fleti<strong>do</strong>s, com postura simétrica. Se tração para sentar observa-se que<strong>da</strong> significativa <strong>da</strong> cabeça. Apoia<strong>do</strong>(a) em posição senta<strong>do</strong>(a): <strong>do</strong>rso curva<strong>do</strong> com que<strong>da</strong> <strong>da</strong> cabeça para a frente.Em suspensão ventral: cabeça permanece abaixo <strong>do</strong> plano <strong>do</strong> corpo e membros semi-fleti<strong>do</strong>s.Em decúbito ventral: cabeça para o la<strong>do</strong>, membros fleti<strong>do</strong>s sob o abdómen, cotovelos fleti<strong>do</strong>s junto aotronco.Reflexos primitivos:o Reflexo de Moro: com a criança apoia<strong>da</strong> provoca-se, subitamente, ligeira que<strong>da</strong> <strong>da</strong> cabeça(2,5cm) resultan<strong>do</strong> em abdução <strong>do</strong>s membros superiores e abertura <strong>da</strong>s mãos;o Reflexo de sucção e procura (pontos cardeais): estimulan<strong>do</strong> região peri oral com os de<strong>do</strong>sobserva-se direcionamento <strong>da</strong> boca / cabeça para o la<strong>do</strong> estimula<strong>do</strong>;o Reflexo de preensão palmar;o Reflexo <strong>da</strong> marcha automática, quan<strong>do</strong> os pés estão apoia<strong>do</strong>s numa superfície firme.ALFixa com o olhar um objeto brilhante ou face humana a 30 cm; pode acompanhar lentamente com oolhar.Reação a sons altos e súbitos (por ex. bater palmas, fechar subitamente a porta, sinos, etc.):o Qualquer reação é váli<strong>da</strong>: piscar os olhos, franzir sobrancelhas, etc.4 PMG – Postura e Motrici<strong>da</strong>de Global; AL – Audição e Linguagem


I<strong>da</strong>deAtivi<strong>da</strong>des promotoras <strong>do</strong> desenvolvimentoRN Pegar no(a) bebé e embalá-lo(a) suavemente. Pode aconselhar-se uma cadeira de balouço. Falar e cantar suavemente com sons altos, baixos, agu<strong>do</strong>s, graves e suaves. Chamar o(a) bebé pelo nome. Falar sobre tu<strong>do</strong> o que estiver a fazer: lavar as mãos, vestir-se. Usar canções de embalar, música instrumental suave ou músicas com melodias repeti<strong>da</strong>s. Comunicar com o(a) bebé olhan<strong>do</strong>-o(a) nos olhos, encosta<strong>do</strong> ao peito. Colocar o(a) bebé sobre os joelhos, deixar que ela(e) agarre o indica<strong>do</strong>r com as mãos e converse com ela(e). Segurar uma bola vermelha a 20 cm e movimentá-la para cima e para baixo, para a esquer<strong>da</strong> e direita, estan<strong>do</strong> o(a) bebé em esta<strong>do</strong> de alerta e coma cabeça em posição central. Dar oportuni<strong>da</strong>de ao bebé de experimentar cheiros diferentes (flor, laranja…) Fazer massagem suave corporal, observan<strong>do</strong> sempre o(a) bebé calmamente, sem movimentos muito elabora<strong>do</strong>s. Não forçar movimentos, fazerpouca pressão, não exceder os 20 minutos. Pegar ao colo, olhar olhos nos olhos, sorrir, deitar a língua de fora, quan<strong>do</strong> em esta<strong>do</strong> de alerta. Oferecer o polegar <strong>do</strong>(a) bebé para que esta(e) se autoconforte e reorganize. Evitar ambientes hiperestimulantes. Observar o(a) bebé.


I<strong>da</strong>de Parâmetros a avaliar Material4 – 6SemanasCAS 5Fixa a face <strong>da</strong> mãe quan<strong>do</strong> esta o alimenta.Sorriso presente às 6 semanas / sorriso social (em resposta a estímulos, distinto de movimentos faciaisinvoluntários).Chora quan<strong>do</strong> desconfortável e responde com sons guturais em situações de prazer.VMFFixa e segue objeto a 20-25cm de distância, horizontalmente de la<strong>do</strong> para a linha média (quarto decírculo).BolapendentePMGPostura Normal / Espera<strong>da</strong> Em decúbito ventral: cabeça para o la<strong>do</strong>, membros fleti<strong>do</strong>s, cotovelos afasta<strong>do</strong>s e nádegas eleva<strong>da</strong>s;tenta levantar a cabeça.Decúbito <strong>do</strong>rsal: viran<strong>do</strong> subitamente cabeça <strong>da</strong> criança para um la<strong>do</strong> observa-se flexão / adução <strong>do</strong>membro superior ipsilateral e extensão <strong>do</strong> membro contralateral (reflexo atónico assimétrico <strong>do</strong>pescoço).Que<strong>da</strong> <strong>da</strong> cabeça se tração pelas mãos para sentar. Se senta<strong>do</strong>(a), <strong>do</strong>rso em arco e mãos fecha<strong>da</strong>s.Em suspensão ventral, cabeça alinha<strong>da</strong> com o tronco e membros semi-fleti<strong>do</strong>s.Pode voltar os olhos e/ou parar a ativi<strong>da</strong>de em curso (por ex. choramingar, “chupetar”, etc.), pisca osolhos, estende pernas ou abre as mãos, em resposta ao som (sineta, roca ou voz) a 15 cm <strong>do</strong> ouvi<strong>do</strong>.Roca5 CAS – Comportamento e A<strong>da</strong>ptação Social; VMF – Visão e Motrici<strong>da</strong>de Fina; PMG – Postura e Motrici<strong>da</strong>de Global.


I<strong>da</strong>de4 – 6SemanasAtivi<strong>da</strong>des promotoras <strong>do</strong> desenvolvimentoMovimentar objetos colori<strong>do</strong>s e pendurá-los perto <strong>do</strong> rosto <strong>da</strong> criança, a uma distância um pouco superior a 20 cm e não necessariamente em formade esfera.Produzir sons suaves com chocalhos, caixa de música e observar a sua atenção.Observar o(a) bebé sobre a forma como <strong>do</strong>rme, sossega, se alimenta e procura auto conforto.Conversar com carinho, aprender a tocá-lo(a), embalá-lo(a), estar em sincronia com o seu comportamento. Manter tonali<strong>da</strong>des de voz diferentes esuaves. Continuar a usar a cadeira de balouço.Mu<strong>da</strong>r periodicamente de posição, de mo<strong>do</strong> a proporcionar-lhe o melhor conforto, sem utilização <strong>do</strong> decúbito ventral para <strong>do</strong>rmir.Continuar a massajar de forma simples, sem movimentos bruscos e muito elabora<strong>do</strong>s e sem muita pressão. Não exceder os 20 minutos.Proporcionar momentos calmos sem sobrecarga de estímulos, limitan<strong>do</strong> as visitas de estranhos e ambientes hiperestimulantes.


I<strong>da</strong>de Parâmetros a avaliar Material3 M(Consulta4 M)CAS 6Sorriso, galreio e movimentos de excitação em resposta a situações familiares (por ex. amamentação,biberão, etc.).Boa resposta social à aproximação de uma face.VMFMãos abertas, junta-as na linha média e brinca com elasSegura brevemente a roca e move-a em direção à face, ain<strong>da</strong> sem coordenação.Segue uma bola pendente em meio círculo horizontalmente (a 15-25 cm <strong>da</strong> face).Convergência ocular: com uma bola pendente ou face humana aproximar lentamente, na vertical, <strong>da</strong> face<strong>da</strong> criança.Pestanejo de defesa: rapi<strong>da</strong>mente aproximar objeto <strong>da</strong> sobrancelha <strong>da</strong> criança.RocaBolapendente /Brinque<strong>do</strong>PMGEm decúbito ventral faz apoio nos antebraços.Membros com movimentos ritma<strong>do</strong>s suaves, contínuos e simétricos.Se tração pelas mãos a cabeça apresenta-se ereta com pouca ou nenhuma que<strong>da</strong>, e coluna <strong>do</strong>rsal direita(exceto região lombar).Em suspensão ventral, a cabeça encontra-se acima <strong>da</strong> linha <strong>do</strong> corpo.De pé flete os joelhos (não faz apoio plantar).ALAtende e volta-se em direção à fonte sonora.o NOTA: crianças com défice auditivo podem parecer assusta<strong>da</strong>s / surpreendi<strong>da</strong>s comaproximação <strong>do</strong>s pais ou examina<strong>do</strong>r que surge subitamente no seu campo visual.Roca6 CAS – Comportamento e A<strong>da</strong>ptação Social; VMF – Visão e Motrici<strong>da</strong>de Fina; PMG – Postura e Motrici<strong>da</strong>de Global; AL – Audição e Linguagem


I<strong>da</strong>deAtivi<strong>da</strong>des promotoras <strong>do</strong> desenvolvimento3 M Interagir através <strong>da</strong> fala, usar a mímica <strong>do</strong> rosto e imitar o som de determina<strong>do</strong>s objetos ou instrumentos musicais. Ouvir música suave na companhia <strong>do</strong> cui<strong>da</strong><strong>do</strong>r. Dançar, em ritmo suave, com o(a) bebé ao colo. Cantar. Mobilizar o(a) bebé, evitan<strong>do</strong> que esteja deita<strong>da</strong>)o) demasia<strong>do</strong> tempo e na mesma posição. Procurar levantá-lo(a) devagar pelas mãos, como se fosse sentá-lo(a). Oferecer-lhe objetos para segurar, colocar objetos pendentes para que possa segui-los. Desenvolver um ritual de apoio à hora de <strong>do</strong>rmir, sem deixar chorar desenfrea<strong>da</strong>mente.


I<strong>da</strong>de Parâmetros a avaliar Material6 M CAS 7Muito ativo(a), atento(a) e curioso(a): explora ambiente em to<strong>da</strong>s as direções; quan<strong>do</strong> ofereci<strong>da</strong> rocaabana delibera<strong>da</strong>mente; explora brinque<strong>do</strong>s / objetos.RocaVMFTem preensão palmar (usa ambas as mãos para alcançar um objeto).Transfere objetos de uma mão para a outra.Leva objetos à boca e explora-os.Se o objeto cai, esquece-o imediatamente (não procura o objeto que caiu):o Colocar objeto (ex. cubo) em cima <strong>da</strong> mesa, no campo visual <strong>da</strong> criança, e posteriormente, emfrente à criança, atirá-lo para o chão.Boa convergência (sem estrabismo).Reflexos de proteção (valorização de assimetrias):o Paraque<strong>da</strong>s: seguran<strong>do</strong> a criança pelo tronco e inclinan<strong>do</strong>-a subitamente na direção <strong>do</strong> chãoobserva-se extensão e abdução <strong>do</strong>s braços e pernas e abertura <strong>da</strong>s mãos;o Proteção lateral: provoca-se desequilíbrio lateral quan<strong>do</strong> a criança está senta<strong>da</strong> e observa-seextensão <strong>do</strong> braço e mão evitan<strong>do</strong> a que<strong>da</strong>.CuboCuboPMGEm decúbito ventral, faz apoio nas mãos com braços estendi<strong>do</strong>s levantan<strong>do</strong> a cabeça.Faz força para se sentar e mantém-se senta<strong>do</strong>(a) sem apoio (por breves momentos):o Senta<strong>do</strong>(a) sem apoio, independente, alcança<strong>do</strong> entre os 5-9 M;o Dorso direito.De pé faz apoio plantar.ALSegue e localiza os sons a 45 cm ao nível <strong>do</strong> ouvi<strong>do</strong> (assobiar, cantar baixo, abanar roca suavemente).Vocaliza monossílabos e dissílabos:o Sons com “p”, “m”, “t” quan<strong>do</strong> sozinho(a) ou em interação.Dá gargalha<strong>da</strong>s:o Grita quan<strong>do</strong> contraria<strong>do</strong> ou quan<strong>do</strong> quer chamar a atenção.Roca7 CAS – Comportamento e A<strong>da</strong>ptação Social; VMF – Visão e Motrici<strong>da</strong>de Fina; PMG – Postura e Motrici<strong>da</strong>de Global; AL – Audição e Linguagem.


I<strong>da</strong>deAtivi<strong>da</strong>des promotoras <strong>do</strong> desenvolvimento6 M Oferecer brinque<strong>do</strong>s apropria<strong>do</strong>s como uma bola de tamanho médio, de cores vivas, cubos de arestas re<strong>do</strong>n<strong>da</strong>s, de mo<strong>do</strong> a estimulá-lo(a) a passar oobjeto de uma mão para a outra. Sentá-lo(a) com apoio para que possa participar mais ativamente no meio que o rodeia. Incentivar para que produza novos sons com a boca. Conversar e <strong>da</strong>nçar com o(a) bebé. Colocar o(a) bebé num tapete adequa<strong>do</strong> e incentivá-lo(a) a deslocar-se rolan<strong>do</strong> e a pegar nos brinque<strong>do</strong>s que estejam mais longe. Proporcionar brincadeiras de interação, colocar à frente <strong>do</strong> espelho e não prevenir situações que lhe causem frustrações (elemento forte deaprendizagem). Não entrar em conflito durante a refeição, que constitui uma oportuni<strong>da</strong>de de interação sem pressão. Ritual <strong>do</strong> sono reforça<strong>do</strong> antes de <strong>do</strong>rmir.


I<strong>da</strong>de Parâmetros a avaliar Material9 M CAS 8Mastiga pequenos pe<strong>da</strong>ços de comi<strong>da</strong>.Distingue os familiares <strong>do</strong>s estranhos (reação negativa a estranhos).VMFLeva tu<strong>do</strong> à boca (incluin<strong>do</strong> bolachas).Aponta com o indica<strong>do</strong>r e empurra pequenos objetos, por exemplo pino/clip, usan<strong>do</strong> o de<strong>do</strong> indica<strong>do</strong>r.Atira objetos ao chão delibera<strong>da</strong>mente e procura o objeto que cai (oferecer cubo e observar reação quan<strong>do</strong> atira olha para o local onde o cubo caiu).Pinça fina grosseira (primeiro entre polegar e de<strong>do</strong>s progredin<strong>do</strong> para polegar e o indica<strong>do</strong>r).Pino / ClipCuboPino / ClipPMGSenta-se sozinho(a) e fica senta<strong>do</strong>(a) entre 10 a 15 minutos, sem apoio.Põe-se de pé com apoio, mas não consegue baixar-se.Desloca-se no chão rebolan<strong>do</strong>, arrastan<strong>do</strong>-se ou gatinhan<strong>do</strong>.ALAtenção rápi<strong>da</strong> para os sons, tanto perto como longe (sons rotineiros, nomea<strong>da</strong>mente, voz humana).Localização de sons suaves a 90 cm acima e abaixo <strong>do</strong> nível <strong>do</strong> ouvi<strong>do</strong>.Repete várias sílabas ou sons <strong>do</strong>s adultos (dissílabas): vocaliza delibera<strong>da</strong>mente, imitan<strong>do</strong> sons <strong>do</strong> adulto(“brrr”, tossir).8 CAS – Comportamento e A<strong>da</strong>ptação Social; VMF – Visão e Motrici<strong>da</strong>de Fina; PMG – Postura e Motrici<strong>da</strong>de Global; AL – Audição e Linguagem.


I<strong>da</strong>deAtivi<strong>da</strong>des promotoras <strong>do</strong> desenvolvimento9 M Oferecer objetos diferentes e afasta<strong>do</strong>s, no senti<strong>do</strong> de incentivar o posicionamento. Colocar objetos em cima de uma cadeira, de forma a incentivá-lo(a) a colocar-se de pé, colocan<strong>do</strong> um tapete à volta caso caia. Chamar os objetos pelos nomes, ensinar a colocar fora e dentro <strong>da</strong> caixa. Oferecer papel para amassar e rasgar. Dar a experimentar diferentes texturas. Oferecer <strong>do</strong>is objetos para a mão e posteriormente um terceiro, deixan<strong>do</strong> que ele «resolva o problema». Brincar ao «esconde». Ser firme e terno no «não». Utilizar brincadeiras de tapar e destapar o rosto e outros jogos repetitivos (bater palmas, acenar…). Realizar massagem (sem grandes alterações), com a exceção <strong>do</strong> apoio de um brinque<strong>do</strong> para o manter quieto. Imitar sons de animais e objetos fazen<strong>do</strong> mímica e pedin<strong>do</strong> para a criança imitar.


I<strong>da</strong>de Parâmetros a avaliar Material12 MCAS 9Bebe pelo copo com pouca aju<strong>da</strong>.Segura a colher mas não a usa.Colabora ao vestir, levantan<strong>do</strong> os braços.Muito dependente <strong>do</strong> adulto.Demonstra afeto a familiares e solicita atenção <strong>do</strong> adulto de forma ativa (atenção partilha<strong>da</strong>).Compreende uso de objetos diários (ex: uso de escova de cabelo): jogo funcional.CopoColherEscovacabeloCuboVMFExplora ativamente os objetos e atira-os sistematicamente ao chão: observa os objetos a cair para o chão,procuran<strong>do</strong>-o no local correto, mesmo se fora <strong>do</strong> seu campo de visão.Procura o objeto escondi<strong>do</strong>:o Com um pano, esconder / cobrir o objeto ou brinque<strong>do</strong> em frente à criança, perguntan<strong>do</strong>segui<strong>da</strong>mente “Onde está o brinque<strong>do</strong>?”.o Observa o brinque<strong>do</strong> a ser escondi<strong>do</strong> dentro de um copo e rapi<strong>da</strong>mente o encontra.Interesse visual para perto e longe: fora de casa, observa as pessoas / animais / veículos em movimentodurante perío<strong>do</strong>s prolonga<strong>do</strong>s; gosta de espreitar à janela.Pinça fina perfeita: pega em pequenos objetos entre o polegar e falange distal <strong>do</strong> de<strong>do</strong> indica<strong>do</strong>r.PMGTem equilíbrio senta<strong>do</strong>(a), de forma permanente.Gatinha:o NOTA: não é obrigatório gatinhar, mas sim mover-se no ambiente de qualquer forma (por ex.arrastan<strong>do</strong> as nádegas pelo chão, de gatas, com apoio nas mãos e pés, etc.) .Põe-se em pé e baixa-se com o apoio de uma ou de ambas as mãos.ALResposta rápi<strong>da</strong> a sons suaves.Dá pelo nome e volta-se / Responde ao nome:o Compreende ordens simples como “dá cá” (pode associar-se a ordem fala<strong>da</strong> ao gesto).Vocaliza incessantemente em tom de conversa, embora completamente impercetível (jargão):o Contém já a maioria <strong>da</strong>s vogais e consoantes.9 CAS – Comportamento e A<strong>da</strong>ptação Social; VMF – Visão e Motrici<strong>da</strong>de Fina; PMG – Postura e Motrici<strong>da</strong>de Global; AL – Audição e Linguagem.


I<strong>da</strong>deAtivi<strong>da</strong>des promotoras <strong>do</strong> desenvolvimento12 M Promover a aquisição de capaci<strong>da</strong>des motoras. Deixar a criança tomar algumas decisões visan<strong>do</strong> a segurança. Reagir calmamente e com firmeza às birras. Manter os rituais <strong>do</strong> sono. Não entrar em conflito na hora <strong>da</strong> refeição. Estimular as tarefas/ordens simples; <strong>da</strong>r estímulo positivo após a realização destas. Oferecer cubos, <strong>da</strong>r vários objetos para as mãos. Falar sobre as separações com antecedência progressiva e cumprir as promessas. Evitar pressões para o controlo esfincteriano. Incentivar para que a criança peça quan<strong>do</strong> quer algo, verbalizan<strong>do</strong> o pedi<strong>do</strong>, mesmo que se saiba o que ela deseja. Reforçar a necessi<strong>da</strong>de de impor regras e limites e não ceder à chantagem <strong>da</strong> criança.


I<strong>da</strong>de Parâmetros a avaliar Material18 MCAS 10Bebe por um copo, sem entornar muito, levantan<strong>do</strong>-o com ambas as mãos (geralmente, após beberentrega copo ao adulto, não o pousa).Segura a colher e leva alimentos à boca sem entornar muito.Não gosta que lhe peguem.Exige muita atenção.Indica a necessi<strong>da</strong>de de ir à casa de banho (“dá sinal”, mesmo depois de urinar ou defecar).Começa a copiar as ativi<strong>da</strong>des <strong>do</strong>mésticas (ex. <strong>da</strong>r de comer à boneca, ler um livro, lavar roupa, etc.).Já não leva brinque<strong>do</strong>s / objetos à boca.CopoColherVMFConstrói torre de 3 cubos, após demonstração.Faz rabiscos, mostran<strong>do</strong> preferência por uma mão:o NOTA: Laterali<strong>da</strong>de ou preferência por uma mão é anormal antes <strong>do</strong>s 18 M.Interesse por livros com figuras, viran<strong>do</strong> várias páginas de ca<strong>da</strong> vez.CubosLivroPMGMarcha sem apoio (sem necessi<strong>da</strong>de de estender membros superiores para se equilibrar), embora comos pés ligeiramente afasta<strong>do</strong>s.Apanha brinque<strong>do</strong>s <strong>do</strong> chão (agacha-se).BolapequenaALUsa 6-26 palavras reconhecíveis, embora compreen<strong>da</strong> muitas mais (ex. obedece a instruções simplescomo “pega nos sapatos”, “fecha a porta”, etc):o Complementa com gestos significativos.Mostra em si, num adulto, ou num boneco os olhos, o cabelo, o nariz e os sapatos.Controlo de salivação (“não se babam”).10 CAS – Comportamento e A<strong>da</strong>ptação Social; VMF – Visão e Motrici<strong>da</strong>de Fina; PMG – Postura e Motrici<strong>da</strong>de Global; AL – Audição e Linguagem.


I<strong>da</strong>deAtivi<strong>da</strong>des promotoras <strong>do</strong> desenvolvimento18 M Ensinar a criança a guar<strong>da</strong>r os brinque<strong>do</strong>s numa caixa ou num saco, para que apren<strong>da</strong> a organizar-se. Pedir à criança que olhe e repita o nome de partes <strong>do</strong> corpo <strong>do</strong> boneco. Ensinar a criança a «rabiscar» na areia, na terra ou num papel, de mo<strong>do</strong> a estimular a destreza manual e a área sensorial. Demonstrar o que é, e o que não é perigoso para ela. Elogiar a criança quan<strong>do</strong> for capaz de realizar algo sozinha. Continuar a incentivar o convívio. Realizar ativi<strong>da</strong>des com música, incentivan<strong>do</strong> a criança a <strong>da</strong>nçar e a cantar. Reforçar a necessi<strong>da</strong>de de impor regras e limites e não ceder à chantagem <strong>da</strong> criança.


I<strong>da</strong>de Parâmetros a avaliar Material2 A CAS 11Coloca o chapéu e os sapatos.Usa bem a colher.Bebe por um copo e coloca-o no lugar sem entornar.Jogo simbólico (faz-de-conta).Jogo paralelo (brinca junto de outras crianças mas não com elas).ColherCopoVMFPreferência por uma mão (definição <strong>da</strong> laterali<strong>da</strong>de).Constrói torre de 6 ou 7 cubos.Imita o rabisco circular (pode fazê-lo espontaneamente), bem como linha vertical (após demonstração).Gosta de ver livros, reconhecen<strong>do</strong> detalhes e nomean<strong>do</strong> algumas figuras.Vira uma página de ca<strong>da</strong> vez.Pode ser testa<strong>da</strong> a visão binocular (2 olhos em simultâneo):o Tabela de Snellen (com correspondências);o Tabela de Figuras de Kay.CuboLivroTabelaSnellenPMGCorre com segurança evitan<strong>do</strong> obstáculos.Sobe e desce esca<strong>da</strong>s com os <strong>do</strong>is pés no mesmo degrau, apoian<strong>do</strong>-se no corrimão / parede.ALDiz o primeiro nome.Fala sozinho(a) enquanto brinca.Junta duas ou mais palavras, construin<strong>do</strong> frases curtas.Linguagem pode ser incompreensível, mesmo pelos familiares.Nomeia objetos familiares e figuras:o Identifica cabelo, mãos, pés, nariz, boca e sapatos.11 CAS – Comportamento e A<strong>da</strong>ptação Social; VMF – Visão e Motrici<strong>da</strong>de Fina; PMG – Postura e Motrici<strong>da</strong>de Global; AL – Audição e Linguagem.


I<strong>da</strong>deAtivi<strong>da</strong>des promotoras <strong>do</strong> desenvolvimento2 A Proporcionar brincadeiras como: pular num só pé, correr, saltar uma cor<strong>da</strong>, de mo<strong>do</strong> a estimular a coordenação motora. Controlo esfincteriano se a criança tiver desenvolvi<strong>do</strong> competência <strong>da</strong> fala. Estimular a arrumação, imitação e declínio <strong>do</strong> negativismo. Aju<strong>da</strong>r a criança a pronunciar palavras, mas pelo estímulo positivo. Oferecer tintas para a criança mexer e desenhar. Dar-lhe a conhecer várias texturas e materiais. Contar histórias e <strong>da</strong>r puzzles. Facilitar oportuni<strong>da</strong>de de jogo simbólico. Pedir para aju<strong>da</strong>r em pequenas tarefas diárias. Dar oportuni<strong>da</strong>de para a criança emitir o próprio pensamento e desejo, manten<strong>do</strong> os limites. Reforçar a necessi<strong>da</strong>de de impor regras e limites e não ceder à chantagem <strong>da</strong> criança


I<strong>da</strong>de Parâmetros a avaliar Material3 A CAS 12Pode despir-se mas só se lhe desabotoarem o vestuário.Vai sozinho(a) à casa de banho.Come com colher e garfo.VMFConstrói torre de 9 cubos.Imita (3 A: construir ponte em frente à criança) e copia (3 A e meio: não construir em frente à criança) aponte de 3 cubos.Copia o círculo (não desenhar em frente à criança, apenas mostrar círculo já desenha<strong>do</strong>).Imita a cruz.Combina 2 cores, geralmente o vermelho e o amarelo (confunde o azul e o verde):o Não é obrigatório nomear a cor, mas sim corresponder.Desenha figura humana: cabeça mais uma ou duas partes <strong>do</strong> corpo (mesmo em locais erra<strong>do</strong>s).CubosCubos /Painel decoresPMGEquilíbrio momentâneo num pé.Atira bola acima <strong>da</strong> linha <strong>do</strong> ombro.Sobe esca<strong>da</strong>s alterna<strong>da</strong>mente mas desce com os 2 pés no mesmo degrau.BolapequenaALDiz o nome completo e o sexo.Vocabulário extenso mas pouco compreensível por estranhos:o Diz frases com 4 palavras.Defeitos de articulação e imaturi<strong>da</strong>de na linguagem:o Hesitações e repetições de sílabas e palavras no discurso.12 CAS – Comportamento e A<strong>da</strong>ptação Social; VMF – Visão e Motrici<strong>da</strong>de Fina; PMG – Postura e Motrici<strong>da</strong>de Global; AL – Audição e Linguagem.


I<strong>da</strong>deAtivi<strong>da</strong>des promotoras <strong>do</strong> desenvolvimento3 A Promover ativi<strong>da</strong>des lúdicas físicas: saltar, correr, pular, an<strong>da</strong>r de triciclo, etc. Pedir à criança que conte histórias ou algo que fez (ação passa<strong>da</strong>). Incentivar a criança a fantasiar. Dar responsabili<strong>da</strong>des, aceitar a forma que ele achou para <strong>do</strong>minar a sua vi<strong>da</strong>. Não trazer a criança para a reali<strong>da</strong>de quan<strong>do</strong> está no seu mun<strong>do</strong> imaginário. Conduzir os rituais de sono de forma regra<strong>da</strong> (me<strong>do</strong>s, associa<strong>do</strong>s ao pensamento mágico). Fase <strong>do</strong>s «porquês». Há que ter muita paciência, ten<strong>do</strong> em conta que nem sempre espera pela resposta à primeira pergunta. Não ridicularizar comportamentos. Aju<strong>da</strong>r a criança a partilhar os brinque<strong>do</strong>s – altura para ingressar no jardim-de-infância. Acompanhamento de programas televisivos. Reforçar a necessi<strong>da</strong>de de impor regras e limites e não ceder à chantagem <strong>da</strong> criança.


I<strong>da</strong>de Parâmetros a avaliar Material4 ACAS 13 Pode vestir-se e despir-se só, com exceção de abotoar atrás e <strong>da</strong>r laços. Gosta de brincar com crianças <strong>da</strong> sua i<strong>da</strong>de. Sabe esperar pela sua vez (por ex. construir uma torre colocan<strong>do</strong> os cubos alterna<strong>da</strong>mente – criança /examina<strong>do</strong>r). Jogo imaginativo / narrativo (uso de miniaturas com criação de cenários imaginários).VMFConstrói esca<strong>da</strong> de 6 cubos (3 degraus) após demonstração.Copia a cruz (não deve ser desenha<strong>da</strong> em frente à criança risco de imitação <strong>do</strong> movimento).Combina e nomeia 4 cores básicas (amarelo, vermelho, verde e azul).Desenha a figura humana (cabeça, tronco, pernas, e geralmente braços e de<strong>do</strong>s).CubosPainel decoresPMGFica num pé sem apoio 3 a 5 segun<strong>do</strong>s.Salta num pé.Sobe e desce as esca<strong>da</strong>s alterna<strong>da</strong>mente.ALSabe o nome completo, a i<strong>da</strong>de e o sexo e habitualmente a mora<strong>da</strong>.Linguagem compreensível e gramaticalmente correta.Apenas algumas substituições infantis:o Por ex. “r” por “l”.13 CAS – Comportamento e A<strong>da</strong>ptação Social; VMF – Visão e Motrici<strong>da</strong>de Fina; PMG – Postura e Motrici<strong>da</strong>de Global; AL – Audição e Linguagem.


I<strong>da</strong>deAtivi<strong>da</strong>des promotoras <strong>do</strong> desenvolvimento4 A Promover as construções com lego e com puzzles. Proporcionar oportuni<strong>da</strong>de para a criança fazer o desenho <strong>da</strong> figura humana. Inventar brincadeiras que envolvam distinção de cores e ensinar canções e versos. Pô-la a participar em afazeres, mesmo que sejam simbólicos. Dar oportuni<strong>da</strong>de para a verbalização <strong>da</strong>s suas vontades, aceitar a sensibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> criança, aceitan<strong>do</strong> avanços e recuos. Mostrar as sequências <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des. Promover brincadeiras onde exista movimento físico. Auxiliar a criança na diferenciação entre a emoção e o agir (consciência moral/soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de humana). Proporcionar a oportuni<strong>da</strong>de <strong>da</strong> criança transmitir uma mensagem a outra pessoa. Não entrar em grandes pormenores quan<strong>do</strong> questiona<strong>do</strong>s sobre sexuali<strong>da</strong>de. Reforçar a necessi<strong>da</strong>de de impor regras e limites e não ceder à chantagem <strong>da</strong> criança.


I<strong>da</strong>de Parâmetros a avaliar Material5 – 6 A CAS 14Veste-se sozinho(a).Lava as mãos e a cara e limpa-se sozinho(a).Escolhe o(a)s amigo(a)s.Compreende as regras <strong>do</strong> jogo.VMFConstrói 4 degraus com 10 cubos após demonstração.Copia o quadra<strong>do</strong> e o triângulo (não deve ser desenha<strong>da</strong> na frente <strong>da</strong> criança).Conta 5 de<strong>do</strong>s de uma mão.Nomeia 4 ou mais cores e combina até 10 cores.Desenha a figura humana (cabeça com alguns pormenores, tronco, pernas e braços).Painel decoresPMGFica num pé 8 a 10 segun<strong>do</strong>s com os braços cruza<strong>do</strong>s.Salta alterna<strong>da</strong>mente num pé (numa distância de 2 a 3 metros).ALSabe o nome completo, a i<strong>da</strong>de, mora<strong>da</strong> e habitualmente a <strong>da</strong>ta de nascimento.Vocabulário fluente e articulação geralmente correta:o Pode haver redução de grupos consonânticos (por ex. to<strong>do</strong>s os grupos que contenham Cr ouCl).14 CAS – Comportamento e A<strong>da</strong>ptação Social; VMF – Visão e Motrici<strong>da</strong>de Fina; PMG – Postura e Motrici<strong>da</strong>de Global; AL – Audição e Linguagem.


I<strong>da</strong>deAtivi<strong>da</strong>des promotoras <strong>do</strong> desenvolvimento5 – 6 A Selecionar os programas televisivos /computa<strong>do</strong>r, bem como o horário e o perío<strong>do</strong> de tempo. Não ridicularizar os presumíveis me<strong>do</strong>s /pesadelos /fobias, aju<strong>da</strong>n<strong>do</strong> a resolver o sentimento de impotência. Continuar a proporcionar ativi<strong>da</strong>des que permitam à criança desenvolver a área motora. Ensinar-lhe a recortar e colar triângulos, quadra<strong>do</strong>s e círculos de vários tamanhos e formar figuras. Pedir para que explique o significa<strong>do</strong> de palavras simples e incentivar para que pergunte aquelas que não conhece. Continuar a proporcionar à criança responsabili<strong>da</strong>de, como por exemplo: aju<strong>da</strong>r em casa, <strong>da</strong>r reca<strong>do</strong>s. Incutir regras, impor limites, aju<strong>da</strong>r a li<strong>da</strong>r com os impulsos (roubo, mentira). Promover a participação em jogos para a promoção <strong>da</strong> sua personali<strong>da</strong>de (saber li<strong>da</strong>r com a timidez, submissão, vai<strong>da</strong>de, liderança, etc.).A<strong>da</strong>pta<strong>do</strong> de SHERIDAN (2008).


Quadro 6. Lista <strong>do</strong> material sugeri<strong>do</strong> para aplicação <strong>da</strong> escala.Material Sugeri<strong>do</strong>Bola PendenteRocaCubos (20)Pinos ou ClipBonecaColher, Garfo e Escova de cabeloPequena bola, tipo pompom, com fio liga<strong>do</strong>Pequena roca, semelhante a brinque<strong>do</strong> de bebéDimensões: 2.5 x 2.5 cmCores: amarelo, vermelho, verde e azulPequenos pinos de inserção em placa de brincarSemelhante ao humano (não utilizar peluches)Pequenas dimensões (brinque<strong>do</strong>s)Livro com figurasCopo / Caneca com asaBola pequenaPainel com 10 cores + cartões de correspondênciaDiâmetro de 5-6cm; maleávelAzul escuro, Laranja, Roxo, Preto, Amarelo, Cor-de-Rosa, Verde, Castanho,Vermelho e Azul-claro


Modified Checklist for Autism in Toddlers (M-CHAT)Diana Robins, Deborah Fein & Marianne Barton, 1999Por favor, preencha este questionário sobre o comportamento usual <strong>da</strong> criança.Respon<strong>da</strong> a to<strong>da</strong>s as questões.Se o comportamento descrito for raro (ex. foi observa<strong>do</strong> uma ou duas vezes),respon<strong>da</strong> como se a criança não o apresente.Faça um círculo à volta <strong>da</strong> resposta “Sim” ou “Não”.1 Gosta de brincar ao colo fazen<strong>do</strong> de “cavalinho”, etc.? SIM NÃO2 Interessa-se pelas outras crianças? SIM NÃO3 Gosta de subir objetos, como por ex., cadeiras, mesas? SIM NÃO4 Gosta de jogar às escondi<strong>da</strong>s? SIM NÃO5Brinca ao faz de conta, por ex. falar ao telefone ou <strong>da</strong>r de comer a umaboneca, etc.?6 Aponta com o indica<strong>do</strong>r para pedir alguma coisa? SIM NÃO7 Aponta com o indica<strong>do</strong>r para mostrar interesse em alguma coisa? SIM NÃO8Brinca apropria<strong>da</strong>mente com brinque<strong>do</strong>s (carros ou legos) sem levá-los àboca, abanar ou deitá-los ao chão?9 Alguma vez lhe trouxe objetos (brinque<strong>do</strong>s) para lhe mostrar alguma coisa? SIM NÃO10 A criança mantém contacto visual por mais de um ou <strong>do</strong>is segun<strong>do</strong>s? SIM NÃO11 É muito sensível aos ruí<strong>do</strong>s (ex. tapa os ouvi<strong>do</strong>s)? SIM NÃO12 Sorri como resposta às suas expressões faciais ou ao sorriso? SIM NÃO13 Imita o adulto (ex. faz uma careta e ela imita)? SIM NÃO14 Responde/olha quan<strong>do</strong> o(a) chamam pelo nome? SIM NÃO15Se apontar para um brinque<strong>do</strong> <strong>do</strong> outro la<strong>do</strong> <strong>da</strong> sala, a criança acompanhacom o olhar?16 Já an<strong>da</strong>? SIM NÃO17 Olha para as coisas para as quais o adulto está a olhar? SIM NÃO18 Faz movimentos estranhos com a mão/de<strong>do</strong>s próximo <strong>da</strong> cara? SIM NÃO19 Tenta chamar a sua atenção para o que está a fazer? SIM NÃO20 Alguma vez se preocupou quanto à sua audição? SIM NÃO21 Compreende o que as pessoas lhe dizem? SIM NÃO22 Por vezes fica a olhar para o vazio ou deambula ao acaso pelos espaços? SIM NÃO23Procura a sua reação facial quan<strong>do</strong> se vê confronta<strong>da</strong> com situaçõesdesconheci<strong>da</strong>s?(Traduzi<strong>do</strong> pela Uni<strong>da</strong>de de Autismo. Centro de Desenvolvimento <strong>da</strong> Criança –Hospital Pediátrico Carmona <strong>da</strong> Mota, Coimbra –Autorização Diana Robins)SIMSIMSIMSIMNÃONÃONÃONÃO91


Modified Checklist for Autism in Toddlers (M-CHAT)Diana Robins, Deborah Fein & Marianne Barton, 1999O M-CHAT é um breve questionário referente ao desenvolvimento ecomportamento utiliza<strong>do</strong> em crianças <strong>do</strong>s 16 aos 30 M, com o objetivo de rastrearas perturbações <strong>do</strong> espectro <strong>do</strong> autismo. Pode ser aplica<strong>do</strong> tanto numa avaliaçãoperiódica de rotina (CSP), como por profissionais especializa<strong>do</strong>s em casos desuspeita. Como na maioria <strong>do</strong>s testes de rastreio poderá existir um grande númerode falsos positivos, nem to<strong>da</strong>s as crianças que cotam neste questionário irão serdiagnostica<strong>da</strong>s com esta perturbação. No entanto, estes resulta<strong>do</strong>s podem apontarpara a existência de outras anomalias <strong>do</strong> desenvolvimento, sen<strong>do</strong> por issonecessária a avaliação por profissionais desta área.Os “itens críticos” deste questionário encontram-se expressos nos “parâmetros aavaliar” aos 18 M.Cotação:A cotação <strong>do</strong> M-CHAT leva menos de <strong>do</strong>is minutos.Resulta<strong>do</strong>s superiores a 3 (falha de 3 itens no total) ou em 2 itens considera<strong>do</strong>scríticos (2, 7, 9, 13, 14, 15), após confirmação, justificam uma avaliação formal portécnicos de neurodesenvolvimento.As respostas Sim/Não são converti<strong>da</strong>s em Passa/Falha.O quadro, que se segue, regista as respostas considera<strong>da</strong>s Falha para ca<strong>da</strong> um <strong>do</strong>sitens <strong>do</strong> M-CHAT. As questões a Negrito representam os itens críticos.1. Não 6. Não 11. Sim 16. Não 21. Não2. Não 7. Não 12. Não 17. Não 22. Sim3. Não 8. Não 13. Não 18. Sim 23. Não4. Não 9. Não 14. Não 19. Não5. Não 10. Não 15. Não 20. SimReferências Bibliográficas:Kleinman et al. (2008) “ The modified Checklist for Autism in Toddlers: a Follow-upStudy Investigating the Early Detection of Autism Spectrum Disorders”, Journal ofAutism and Developmental Disorders, 38:827-839.Robins, D. (2008) “Screening for autism spectrum disorders in primary care settings”,Autism, Vol 12 (5) 481-500.92


Texto de apoio 2Programa Nacional de Promoção<strong>da</strong> Saúde Oral – aplicação emsaúde infantil e juvenil93


PROGRAMA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE ORAL – APLICAÇÃOEM SAÚDE INFANTIL E JUVENIL1. INFORMAÇÕES SOBRE A UTILIZAÇÃO DE CHEQUES-DENTISTA E DOCUMENTOSDE REFERENCIAÇÃO PARA A CONSULTA DE HIGIENE ORALAtravés <strong>do</strong> Despacho Ministerial n.º 4324, de 22 de janeiro de 2008, foi efetua<strong>da</strong> arevisão e reestruturação <strong>do</strong> Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral(PNPSO), com base em procedimentos simplifica<strong>do</strong>s e orienta<strong>do</strong>s para a satisfação<strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong>des de saúde oral, aumentan<strong>do</strong> a cobertura de cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s preventivos ecurativos presta<strong>do</strong>s por profissionais especializa<strong>do</strong>s, de forma a criar condiçõesfacilita<strong>do</strong>ras <strong>da</strong> manutenção <strong>da</strong> saúde oral ao longo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>.Os cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s preventivos e curativos individuais são presta<strong>do</strong>s por higienistas orais,médicos dentistas e estomatologistas, através de consultas dirigi<strong>da</strong>s às crianças ejovens com i<strong>da</strong>des compreendi<strong>da</strong>s entre os 3 e os 16 anos (A), realiza<strong>da</strong>s nasuni<strong>da</strong>des funcionais ou nos consultórios <strong>da</strong> rede priva<strong>da</strong>. O acesso às consultas fazsemediante a emissão, pela uni<strong>da</strong>de de saúde, de <strong>do</strong>cumento de referenciação paraa consulta de higiene oral (HO) ou de cheque-dentista:• São entregues na Escola (pública ou instituição particular de soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>desocial (IPSS)), a TODAS as crianças e jovens com 7, 10 e 13 A, chequesdentistaou <strong>do</strong>cumentos de referenciação para a consulta de HO, emiti<strong>do</strong>spela uni<strong>da</strong>de de saúde <strong>do</strong>s Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES). Ocheque <strong>do</strong>s 15 aos 16 anos será emiti<strong>do</strong> e entregue pelo ACES.Nas uni<strong>da</strong>des <strong>do</strong>s ACES com higienista oral e nos casos em que foi efetua<strong>da</strong> atriagem nas escolas públicas e IPSS, serão emiti<strong>do</strong>s às crianças e jovens com 7, 10e 13 A:• <strong>do</strong>cumentos de referenciação para consulta de HO: aos que estavam livresde cárie dentária nos dentes permanentes;• cheque-dentista: aos que apresentam lesões de cárie dentária nos dentespermanentes.Nas uni<strong>da</strong>des <strong>do</strong>s ACES sem higienista oral e nos locais onde não foi efetua<strong>da</strong>triagem nas escolas públicas e IPSS, serão emiti<strong>do</strong>s pela uni<strong>da</strong>de funcionalcheques-dentista a to<strong>da</strong>s as crianças e jovens com 7, 10 e 13 A. O chequedentista <strong>do</strong>s 15 aos 16 A será emiti<strong>do</strong> e entregue pelo ACES.• São entregues cheques-dentista na consulta de Saúde Infantil e Juvenil,emiti<strong>do</strong>s pelo médico de família, aos pais ou acompanhantes <strong>da</strong>s crianças<strong>do</strong>s 3 aos 6 A que apresentem dentes temporários com cárie esintomatologia infeciosa que exijam intervenção médico-dentária urgente(ex. <strong>do</strong>r ou abcesso).• São entregues cheques-dentista na consulta de Saúde Infantil e Juvenil,emiti<strong>do</strong>s pelo médico de família, aos pais ou acompanhantes <strong>da</strong>s crianças ejovens com 8, 9, 11, 12, 14 e 15 A que tenham necessi<strong>da</strong>de de tratamentosde lesões de cárie dentária.94


2. INFORMAÇÕES SOBRE INTERVENÇÃO E ENCAMINHAMENTO EM SITUAÇÕES DEALTO RISCO EM SAÚDE ORALEm Saúde Oral, uma criança ou jovem é considera<strong>da</strong> como sen<strong>do</strong> de alto risco, senela for deteta<strong>do</strong> algum dente com cárie dentária.Neste caso, recomen<strong>da</strong>-se:1. Tratamento médico em caso de infeção/inflamação e, se necessário (emfunção <strong>do</strong> tipo e tamanho <strong>da</strong>s lesões), encaminhamento para consulta deespeciali<strong>da</strong>de.2. A escovagem <strong>do</strong>s dentes duas vezes por dia executa<strong>da</strong> pelos pais: à noite euma outra vez, com uma escova macia e uma pequena quanti<strong>da</strong>de dedentífrico fluoreta<strong>do</strong> (1000/1500 ppm) equivalente ao tamanho <strong>da</strong> unha <strong>do</strong>quinto de<strong>do</strong> <strong>da</strong> mão <strong>da</strong> criança.3. Revisão <strong>do</strong>s hábitos alimentares (reduzir ou evitar os alimentoscariogénicos).A partir <strong>do</strong>s 3 A – em caso de cárie dentária, seguir as indicações anteriores e, deacor<strong>do</strong> com a circular normativa n.º 9/DSE de 19/07/2006 <strong>da</strong> Direção-Geral <strong>da</strong> Saúde(DGS), deverá ser administra<strong>do</strong> um comprimi<strong>do</strong> diário de 0,25 mg de fluoreto desódio.A partir <strong>do</strong>s 6 A – em caso de cárie dentária, é possível combinar uma aplicaçãosistémica e tópica de flúor. Por isso, poderão ser acrescenta<strong>da</strong>s à terapêuticasistémica (comprimi<strong>do</strong>s) as aplicações tópicas de vernizes de flúor (2,2%) oubochechos quinzenais de fluoreto de sódio na escola.95


Cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s preventivos e curativos individuais efetua<strong>do</strong>s no âmbito <strong>do</strong> PNPSO – Quadro ResumoGrupos etáriosabrangi<strong>do</strong>s peloPNPSOTipo de <strong>do</strong>cumento que podemreceberQuem emite e onde é entregueA quantos chequestem direitoA que tratamentos tem direito3 a 6 A Cheque-DentistaMédico de Família <strong>do</strong> ACES;consulta de saúde infantil e juvenil1 por ano Tratamento de dentes temporários com infeção e de carácter urgenteCheque-DentistaUni<strong>da</strong>de <strong>do</strong> ACES; entregue naescolamáximo 2 por anoletivoDiagnóstico, tratamento de to<strong>da</strong>s as cáries existentes nos dentes permanentese selantes nos primeiros molares sãos7 AouDocumento de referenciaçãopara consulta de HO no ACESUni<strong>da</strong>de <strong>do</strong> ACES; entregue naescola1 por ano letivoSelantes nos primeiros molares permanentes sãos e ensinos individuais depromoção <strong>da</strong> saúde oralCheque-DentistaUni<strong>da</strong>de <strong>do</strong> ACES; entregue naescolamáximo 2 por anoletivoDiagnóstico, tratamento de to<strong>da</strong>s as cáries existentes nos dentes permanentese selantes nos pré-molares sãos10 AouDocumento de referenciaçãopara consulta de HO no ACESUni<strong>da</strong>de <strong>do</strong> ACES; entregue naescola1 por ano letivoSelantes nos primeiros molares permanentes sãos e ensinos individuais depromoção <strong>da</strong> saúde oralCheque-DentistaUni<strong>da</strong>de <strong>do</strong> ACES; entregue naescolamáximo 3 por anoletivoDiagnóstico, tratamento de to<strong>da</strong>s as cáries existentes nos dentes permanentese selantes nos segun<strong>do</strong>s molares sãos13 AouDocumento de referenciaçãopara consulta de HO no ACESUni<strong>da</strong>de <strong>do</strong> ACES; entregue naescola1 por ano letivoSelantes nos primeiros molares sãos e ensinos individuais de promoção <strong>da</strong>saúde oral15 aos 16 A Cheque-DentistaUni<strong>da</strong>de <strong>do</strong> ACES emite e entrega ocheque1 por ano letivoDesde que tenham usa<strong>do</strong> os cheques ou <strong>do</strong>cumento de referenciação para HOaos 13 A, poderão tratar as cáries existentes e reaplicar selantes não íntegros.No caso <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong>des acima descritas não serem necessárias, o chequeservirá para fazer uma consulta de revisão e educação para a saúde8, 9, 11, 12, 14 e15 ACheque-Dentista intermédioMédico de Família <strong>do</strong> ACES;consulta de saúde infantil e juvenil1 por anoInformações mais detalha<strong>da</strong>s disponíveis em: www.saudeoral.min-saude.ptDesde que tenham usa<strong>do</strong> os cheques ou <strong>do</strong>cumento de referenciação para HOaos 7, 10 e 13, poderão tratar nas i<strong>da</strong>des intermédias duas cáries nos dentespermanentes


Texto de apoio 3Rastreio <strong>da</strong>s dislipidémias emcrianças e a<strong>do</strong>lescentes97


RASTREIO DAS DISLIPIDÉMIAS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTESINTRODUÇÃOSen<strong>do</strong> as <strong>do</strong>enças cardiovasculares e cerebrovasculares a principal causa demorbili<strong>da</strong>de e mortali<strong>da</strong>de no nosso país, na i<strong>da</strong>de adulta, e saben<strong>do</strong>-se que oprocesso aterosclerótico que está na sua origem tem início na infância, compreendesea importância <strong>da</strong> atuação preventiva atempa<strong>da</strong> <strong>do</strong>s profissionais de saúde que seocupam <strong>da</strong>s crianças e jovens. O presente <strong>do</strong>cumento visa clarificar e fornecerorientações atualiza<strong>da</strong>s relativamente ao rastreio de dislipidémias nas crianças.A questão <strong>do</strong>s rastreios <strong>da</strong>s dislipidémias na i<strong>da</strong>de pediátrica não é linear. De umla<strong>do</strong>, existem os que advogam o rastreio universal, única maneira de diagnosticarprecocemente to<strong>da</strong>s as crianças com dislipidémia. Por outro la<strong>do</strong>, há quem proteleeste rastreio para a i<strong>da</strong>de adulta, atenden<strong>do</strong> aos custos que o mesmo acarreta parao Serviço Nacional de Saúde e à baixa prevalência <strong>da</strong>s dislipidémias graves nascrianças. De qualquer mo<strong>do</strong>, é consensual a recomen<strong>da</strong>ção de um estilo de vi<strong>da</strong>saudável (alimentação, ativi<strong>da</strong>de física) na i<strong>da</strong>de pediátrica, desde o nascimento.Existem, no entanto, indiscutivelmente, crianças de famílias de risco, ou elasmesmas em risco, devi<strong>do</strong> à sua patologia de base, que podem e devem serestu<strong>da</strong><strong>da</strong>s e identifica<strong>da</strong>s precocemente; nestas crianças, a instituição adequa<strong>da</strong> eatempa<strong>da</strong> de medi<strong>da</strong>s dietético-terapêuticas modifica positivamente a histórianatural <strong>da</strong> <strong>do</strong>ença.Quem e quan<strong>do</strong> rastrear?Recomen<strong>da</strong>-se o rastreio de dislipidémias nas seguintes situações:1. Em crianças entre os 2 e 4 anos (A) com antecedentes familiares (primeiro esegun<strong>do</strong> grau) de:a) Doença cardiovascular precoce (no sexo feminino, antes <strong>do</strong>s 65 A e, no sexomasculino, antes <strong>do</strong>s 55 A), ou seja:- Angor ou enfarte agu<strong>do</strong> <strong>do</strong> miocárdio;- Acidente vascular cerebral;- Doença arterial periférica;- Morte súbita.b) Perfil lipídico altera<strong>do</strong>: colesterol total (CT) > 240 mg/dl e/ou Low DensityLipoprotein cholesterol (LDL-c) > 130 mg/dl e/ou triglicéri<strong>do</strong>s (TG) >170mg/dl e/ou High Density Lipoprotein cholesterol (HDL-c) < 35 mg/dl.2. Em qualquer criança ou a<strong>do</strong>lescente com antecedentes pessoais de excesso depeso, obesi<strong>da</strong>de, diabetes mellitus, hipertensão arterial (HTA), <strong>do</strong>enças renais,<strong>do</strong>enças cardíacas, <strong>do</strong>enças hormonais e/ou de metabolismo e, ain<strong>da</strong>, comterapêuticas prolonga<strong>da</strong>s com fármacos hiperlipidemiantes (corticóides,antidepressivos, anticonvulsivantes, beta-bloqueantes, tuberculostáticos,contracetivos orais, deriva<strong>do</strong>s <strong>do</strong> áci<strong>do</strong> retinóico, antiretrovirais).98


3. É desejável o rastreio acima <strong>do</strong>s 2 A nas crianças e a<strong>do</strong>lescentes sem os critériosanteriores; este poderá ser realiza<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> houver necessi<strong>da</strong>de de efetuaranálises para fins diagnósticos ou no pré-operatório, ou ain<strong>da</strong> em análises “derotina” (rastreio “oportunista”). Neste caso, tal como nas crianças incluí<strong>da</strong>s noponto 1 (história familiar), recomen<strong>da</strong>-se uma a duas determinações na i<strong>da</strong>depediátrica, ou seja, uma determinação por ca<strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de vi<strong>da</strong>.O que rastrear?Perfil lipídico (12 horas de jejum): CT; HDL-c; LDL-c; TG Glicémia. 15Valores de referênciaConsidera-se haver dislipidémia quan<strong>do</strong> os valores plasmáticos de CT e/ou LDL-ce/ou TG se encontram acima <strong>do</strong> percentil 95 e/ou HDL-c abaixo <strong>do</strong> percentil 5, paraa i<strong>da</strong>de e sexo. O National Cholesterol Education Program (NCEP), propôs os valoresreferi<strong>do</strong>s na Tabela I para identificação de crianças e a<strong>do</strong>lescentes com valoresanormais. No entanto, o NCEP não refere valores pediátricos para as variáveistriglicéri<strong>do</strong>s e HDL-c. Para colmatar este facto, e devi<strong>do</strong> à importância crescente<strong>da</strong><strong>da</strong> a valores <strong>do</strong>s TG e HDL-c, a American Heart Association recomen<strong>da</strong> os valoresde TG > 150 mg/dl e de HDL-c < 35 mg/dl como referência. Devi<strong>do</strong> à inexistência detabelas de valores normativos para a população portuguesa, a<strong>do</strong>tam-sehabitualmente os valores propostos por estas enti<strong>da</strong>des.Tabela I: Valores limite para CT e LDL-c, em i<strong>da</strong>de pediátrica, a<strong>da</strong>pta<strong>do</strong> de NCEP(1992)CT (mg/dl)LDL-c (mg/dl)Normal (


2. Crianças ou a<strong>do</strong>lescentes com perfil lipídico borderline, referenciar àsconsultas especializa<strong>da</strong>s de dislipidémias, se mantiver valores altera<strong>do</strong>s após4 a 6 meses (M) de dieta adequa<strong>da</strong> e exercício físico regular.BibliografiaDaniels SR, Greer FR, Committee on Nutrition. Lipid screening and cardiovascularhealth in childhood. Pediatrics 2008;122:198-208.Diller PM, Huster GA, Leach AD, Laskarzewski PM, Sprecher DL. Definition an<strong>da</strong>pplication of the discretionary screening indicators according to the NationalCholesterol Education Program for Children and A<strong>do</strong>lescents. J Pediatr 1995;126(3):345-352.Ferranti S and Ludwig DS. Storm over Statins - The Controversy SurroundingPharmacologic Treatment of Children. NEJM 2008;359:1309-1312Gagliano NJ, Emans SJ, Woods ER. Cholesterol screening in the a<strong>do</strong>lescent. J A<strong>do</strong>lescHealth 1993;14(2):104-108.Haney EM, Huffman LH, MS Bougatsos C, Freeman M, Steiner RD, Nelson HD.Screening and Treatment for Lipid Disorders in Children and A<strong>do</strong>lescents: SystematicEvidence Review for the US Preventive Services Task Force. Pediatrics2007;120;e189-e214Kavey RE, Daniels SR, Lauer RM, et al. American Heart Association guidelines forprimary prevention of atherosclerotic cardiovascular disease beginning in childhood.Circulation. 2003; 107(11):1562-1566; copublished in J Pediatr 2003;142(4):368-372McCrindle BW, Kwiterovich PO, McBride PE, Daniels SR, Kavey RE. Guidelines for lipidscreening in children and a<strong>do</strong>lescents: bringing evidence to the debate. Pediatrics.2012 Aug;130(2):353-6. Epub 2012 Jul 23Medeiros AM, Alves AC, Francisco V, Bourbon M; investigators of the Portuguese FHStudy. Up<strong>da</strong>te of the Portuguese Familial Hypercholesterolaemia Study.Atherosclerosis 2010 Oct;212(2):553-8. Epub 2010 Aug 8National Cholesterol Education Program (NCEP): Higlights of the Report on theExpert Panel on Blood Cholesterol Levels in Children and A<strong>do</strong>lescentes. Pediatrics1992; 89:495-501.O'Loughlin J, Lauzon B, Paradis G, et al. Usefulness of the American Academy ofPediatrics recommen<strong>da</strong>tions for identifying youths with hypercholesterolemia.Pediatrics 2004;113(6):1723-1727.Primrose ED, Savage JM, Boreham CA, Cran GW, Strain JJ. Cholesterol screening andfamily history of vascular disease. Arch Dis Child 1994;71(3):239-242.Ritchie SK, Murphy EC, Ice C, Cottrell LA, Minor V, Elliott E, Neal W Universal versustargeted blood cholesterol screening among youth: The CARDIAC project. Pediatrics2010 Aug;126(2):260-5100


Texto de apoio 4Avaliação <strong>da</strong> TensãoArterial101


AVALIAÇÃO DA TENSÃO ARTERIAL 161. INTRODUÇÃOA hipertensão arterial (HTA) na i<strong>da</strong>de pediátrica é um problema que está a adquiriruma dimensão crescente devi<strong>do</strong>, em grande parte, à modificação <strong>do</strong>s estilos de vi<strong>da</strong>e ao aumento <strong>da</strong> prevalência <strong>da</strong> obesi<strong>da</strong>de.A aplicação <strong>da</strong>s indispensáveis medi<strong>da</strong>s preventivas, assim como o diagnóstico e aterapêutica precoces, devem constituir uma preocupação fun<strong>da</strong>mental, ten<strong>do</strong> emvista a diminuição <strong>do</strong>s riscos, nomea<strong>da</strong>mente os cardiovasculares.De acor<strong>do</strong> com as recomen<strong>da</strong>ções internacionais, a tensão arterial (TA) deve seravalia<strong>da</strong>, nas consultas de vigilância de saúde em to<strong>da</strong>s as crianças a partir <strong>do</strong>s 3anos (A) de i<strong>da</strong>de 17 .2. DEFINIÇÕESa) TA NORMALTA sistólica e diastólica inferior ao percentil 90 para a i<strong>da</strong>de, para o sexo eestatura.b) PRÉ-HTATA sistólica ou diastólica entre os percentis 90 e 95 para a i<strong>da</strong>de, para o sexo epara a estaturaouTA superior a 120/80 mm Hg nos a<strong>do</strong>lescentes (mesmo que o valor apura<strong>do</strong> sejainferior ao correspondente ao percentil 90).c) HTATA sistólica ou diastólica superior ou igual ao percentil 95 para a i<strong>da</strong>de, para osexo e estatura, em três ocasiões separa<strong>da</strong>s.HTA Estádio 1: TA sistólica ou diastólica entre o valor correspondente ao percentil95 e o valor correspondente ao percentil 99 acresci<strong>do</strong> de 5 mm Hg (ver Tabelas 1,2 e 3).HTA Estádio 2: TA sistólica ou diastólica acima <strong>do</strong> valor correspondente aopercentil 99 acresci<strong>do</strong> de 5 mm Hg (ver Tabelas 1, 2 e 3).16 Embora a designação “pressão arterial” seja mais correta, preferiu-se esta, por ser a mais utiliza<strong>da</strong>.17 A medição deve iniciar-se antes <strong>do</strong>s 3 A, se estiverem presentes fatores de risco, nomea<strong>da</strong>mentehistória familiar de <strong>do</strong>ença renal congénita, patologia neonatal, cardiopatia congénita, nefropatia,uropatia, <strong>do</strong>ença sistémica associa<strong>da</strong> a HTA e medicamentos que possam estar relaciona<strong>do</strong>s com aelevação <strong>da</strong> TA.102


O Quadro 1 apresenta um resumo <strong>da</strong>s definições <strong>da</strong> TA e classificação <strong>da</strong> HTA,abor<strong>da</strong><strong>da</strong>s anteriormente, de forma a simplificar a sua consulta e classificação <strong>da</strong> TA.Quadro 1 – Classificação <strong>da</strong> TAEstádioPercentil Tensão Arterial Sistólica e/ou DiastólicaNormal < perc 90Pré-HTAHTA Estádio 1HTA Estádio 2 perc 90 e < perc 95TA 120/80 (a<strong>do</strong>lescentes) – ver texto perc 95 e < perc 99 mais 5 mm Hg> perc 99 mais 5 mm Hg3. PROCEDIMENTOa) Méto<strong>do</strong>Para determinar a TA, é recomen<strong>da</strong><strong>do</strong> o méto<strong>do</strong> auscultatório (manómetroaneróide) – repetir três vezes durante a consulta. Se for utiliza<strong>do</strong> o méto<strong>do</strong>oscilométrico (digital) e os valores de TA se revelarem altos, estes devem serconfirma<strong>do</strong>s pelo méto<strong>do</strong> auscultatório.b) BraçadeiraA porção insuflável <strong>da</strong> braçadeira deve ter as seguintes dimensões: Largura – 40% <strong>do</strong> perímetro <strong>da</strong> circunferência <strong>do</strong> braço (medi<strong>do</strong> no pontomédio <strong>da</strong> distância entre o acrómio e o olecrâneo) ou númeroimediatamente acima. Comprimento – 80 a 100% <strong>do</strong> perímetro <strong>da</strong> circunferência <strong>do</strong> braço (medi<strong>do</strong>no ponto médio <strong>da</strong> distância entre o acrómio e o olecrâneo).c) Condições de medição Evitar o consumo prévio de estimulantes; antes <strong>da</strong> colocação <strong>da</strong> braçadeira,fazer repouso de 5 minutos em ambiente calmo, em posição de senta<strong>do</strong>(a) –costas apoia<strong>da</strong>s na cadeira e pés assentes no chão. Efetuar a medição no braço direito (no pulso os valores são mais eleva<strong>do</strong>s),que deve estar apoia<strong>do</strong> e com a fossa antecubital ao nível <strong>do</strong> coração.Os valores encontra<strong>do</strong>s deverão ser interpreta<strong>do</strong>s segun<strong>do</strong> as tabelas de percentis<strong>da</strong> TA, estabeleci<strong>da</strong>s não só em função <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de e <strong>do</strong> sexo <strong>da</strong> criança, mas também<strong>do</strong> percentil <strong>da</strong> altura, determina<strong>do</strong> previamente através <strong>da</strong>s tabelas próprias (verTabelas 1 e 2).103


4. AVALIAÇÃOEm relação à TA sistólica e à TA diastólica, há que:1º Identificar na tabela de percentis a linha <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de <strong>da</strong> criança ou <strong>do</strong>a<strong>do</strong>lescente;2º Encontrar a coluna correspondente ao percentil <strong>da</strong> altura, previamentedetermina<strong>do</strong>;3º Determinar o percentil (ou intervalo de percentis) <strong>da</strong> TA, em função <strong>do</strong>percentil <strong>da</strong> altura e <strong>do</strong>s valores de TA sistólica e diastólica verifica<strong>do</strong>s (verExemplos);4º Registar os valores obti<strong>do</strong>s no Boletim de Saúde Infantil e Juvenil (BSIJ) oueBoletim.5. ORIENTAÇÕES CLÍNICASa) Em to<strong>do</strong>s os casos de pré-HTA e HTA: Recomen<strong>da</strong>r manutenção de peso adequa<strong>do</strong>, comportamentosalimentares saudáveis (sobretu<strong>do</strong>, redução de consumo de sal),manutenção de peso adequa<strong>do</strong> e prática de ativi<strong>da</strong>de física regular; Avaliar os fatores de risco (história familiar e comorbili<strong>da</strong>des).b) Pré-HTA Reavaliar no prazo de 6 meses (M).c) HTA Estádio 1 Repetir em mais duas ocasiões separa<strong>da</strong>s (1 – 2 semanas). Se confirma<strong>da</strong>HTA, referenciar para uma consulta de especiali<strong>da</strong>de.d) HTA Estádio 2 Referenciar para uma consulta de especiali<strong>da</strong>de ou, no caso <strong>da</strong>criança/jovem estar sintomática, para o Serviço de Urgência.104


6. EXEMPLOS1. Menina de 4 A, altura no percentil 25 (previamente determina<strong>do</strong>).TA 98-56 mm HgExemplo 1 - Tabela RaparigasI<strong>da</strong>de4 anos♀PercentilTensãoArterialTA sistólica, mm HgPercentil de AlturaTA diastólica, mm HgPercentil de Altura5 10 25 50 75 90 95 5 10 25 50 75 90 9590 101 102 103 104 106 107 108 64 64 65 66 67 67 6895 105 106 107 108 110 111 112 68 68 69 70 71 71 7299 112 113 114 115 117 118 119 76 76 76 77 78 79 79Comentário: quer a TA sistólica quer a diastólica estão abaixo <strong>do</strong> valorcorrespondente ao percentil 90 para a i<strong>da</strong>de e percentil <strong>da</strong> altura (respetivamente103 mm Hg e 65 mm Hg), portanto a TA está normal.2. Rapaz de 9 A, altura no percentil 75 (previamente determina<strong>do</strong>)TA 120-79mm HgExemplo 2 - Tabela RapazesTA sistólica, mm HgI<strong>da</strong>dePercentilTensãoArterialPercentil de AlturaTA diastólica, mm HgPercentil de Altura5 10 25 50 75 90 95 5 10 25 50 75 90 959 anos♂90 109 110 112 114 115 117 118 72 73 74 75 76 76 7795 113 114 116 118 119 121 121 76 77 78 79 80 81 8199 120 121 123 125 127 128 129 84 85 86 87 88 88 89Comentário: a TA sistólica está entre o valor correspondente ao percentil 95 (119mm Hg) e o percentil 99 (127 mm Hg), ou seja, HTA estádio 1. A TA diastólica estáentre o percentil 90 (76 mm Hg) e o 95 (80 mm Hg) – corresponde assim a pré-HTA.Apesar <strong>da</strong> TA diastólica se encontrar abaixo <strong>do</strong> percentil 95, <strong>da</strong><strong>do</strong> que a TA sistólicase encontra no percentil correspondente a HTA estádio 1, considera-se que estacriança apresenta HTA estádio 1, que deverá ser confirma<strong>da</strong> em mais duas ocasiõessepara<strong>da</strong>s.105


Tabela 1 - RAPAZES - Valores <strong>da</strong> TA por I<strong>da</strong>de e Percentil de Altura *TA sistólica, mm HgTA diastólica, mm HgI<strong>da</strong>de (anos)Percentil TAPercentil de AlturaPercentil de Altura5 10 25 50 75 90 95 5 10 25 50 75 90 9590 94 95 97 99 100 102 103 49 50 51 52 53 53 54195 98 99 101 103 104 106 106 54 54 55 56 57 58 5899 105 106 108 110 112 113 114 61 62 63 64 65 66 6690 97 99 100 102 104 105 106 54 55 56 57 58 58 59295 101 102 104 106 108 109 110 59 59 60 61 62 63 6399 109 110 111 113 115 117 117 66 67 68 69 70 71 7190 100 101 103 105 107 108 109 59 59 60 61 62 63 63395 104 105 107 109 110 112 113 63 63 64 65 66 67 6799 111 112 114 116 118 119 120 71 71 72 73 74 75 7590 102 103 105 107 109 110 111 62 63 64 65 66 66 67495 106 107 109 111 112 114 115 66 67 68 69 70 71 7199 113 114 116 118 120 121 122 74 75 76 77 78 78 7990 104 105 106 108 110 111 112 65 66 67 68 69 69 70595 108 109 110 112 114 115 116 69 70 71 72 73 74 7499 115 116 118 120 121 123 123 77 78 79 80 81 81 8290 105 106 108 110 111 113 113 68 68 69 70 71 72 72695 109 110 112 114 115 117 117 72 72 73 74 75 76 7699 116 117 119 121 123 124 125 80 80 81 82 83 84 8490 106 107 109 111 113 114 115 70 70 71 72 73 74 74795 110 111 113 115 117 118 119 74 74 75 76 77 78 7899 117 118 120 122 124 125 126 82 82 83 84 85 86 8690 107 109 110 112 114 115 116 71 72 72 73 74 75 76895 111 112 114 116 118 119 120 75 76 77 78 79 79 8099 119 120 122 123 125 127 127 83 84 85 86 87 87 8890 109 110 112 114 115 117 118 72 73 74 75 76 76 77995 113 114 116 118 119 121 121 76 77 78 79 80 81 8199 120 121 123 125 127 128 129 84 85 86 87 88 88 89


Tabela 1 - RAPAZES - Valores <strong>da</strong> TA por I<strong>da</strong>de e Percentil de Altura * (continuação)I<strong>da</strong>de (anos)1011121314151617Percentil TATA sistólica, mm HgPercentil de AlturaTA diastólica, mm HgPercentil de Altura5 10 25 50 75 90 95 5 10 25 50 75 90 9590 111 112 114 115 117 119 119 73 73 74 75 76 77 7895 115 116 117 119 121 122 123 77 78 79 80 81 81 8299 122 123 125 127 128 130 130 85 86 86 88 88 89 9090 113 114 115 117 119 120 121 74 74 75 76 77 78 7895 117 118 119 121 123 124 125 78 78 79 80 81 82 8299 124 125 127 129 130 132 132 86 86 87 88 89 90 9090 115 116 118 120 121 123 123 74 75 75 76 77 78 7995 119 120 122 123 125 127 127 78 79 80 81 82 82 8399 126 127 129 131 133 134 135 86 87 88 89 90 90 9190 117 118 120 122 124 125 126 75 75 76 77 78 79 7995 121 122 124 126 128 129 130 79 79 80 81 82 83 8399 128 130 131 133 135 136 137 87 87 88 89 90 91 9190 120 121 123 125 126 128 128 75 76 77 78 79 79 8095 124 125 127 128 130 132 132 80 80 81 82 83 84 8499 131 132 134 136 138 139 140 87 88 89 90 91 92 9290 122 124 125 127 129 130 131 76 77 78 79 80 80 8195 126 127 129 131 133 134 135 81 81 82 83 84 85 8599 134 135 136 138 140 142 142 88 89 90 91 92 93 9390 125 126 128 130 131 133 134 78 78 79 80 81 82 8295 129 130 132 134 135 137 137 82 83 83 84 85 86 8799 136 137 139 141 143 144 145 90 90 91 92 93 94 9490 127 128 130 132 134 135 136 80 80 81 82 83 84 8495 131 132 134 136 138 139 140 84 85 86 87 87 88 8999 139 140 141 143 145 146 147 92 93 93 94 95 96 97* National High Blood Pressure Education Program Working Group on High Blood Pressure in Children and A<strong>do</strong>lescents. The Fourth Report on the Diagnosis, Evaluation, andTreatment of High Blood Pressure in Children and A<strong>do</strong>lescents. Pediatrics 2004; 114 (2): 555-576


Tabela 2 - RAPARIGAS - Valores <strong>da</strong> TA por I<strong>da</strong>de e Percentil de Altura *TA sistólica, mm HgTA diastólica, mm HgI<strong>da</strong>de (anos)Percentil TAPercentil de AlturaPercentil de Altura5 10 25 50 75 90 95 5 10 25 50 75 90 9590 97 97 98 100 101 102 103 52 53 53 54 55 55 56195 100 101 102 104 105 106 107 56 57 57 58 59 59 6099 108 108 109 111 112 113 114 64 64 65 65 66 67 6790 98 99 100 101 103 104 105 57 58 58 59 60 61 61295 102 103 104 105 107 108 109 61 62 62 63 64 65 6599 109 110 111 112 114 115 116 69 69 70 70 71 72 7290 100 100 102 103 104 106 106 61 62 62 63 64 64 65395 104 104 105 107 108 109 110 65 66 66 67 68 68 6999 111 111 113 114 115 116 117 73 73 74 74 75 76 7690 101 102 103 104 106 107 108 64 64 65 66 67 67 68495 105 106 107 108 110 111 112 68 68 69 70 71 71 7299 112 113 114 115 117 118 119 76 76 76 77 78 79 7990 103 103 105 106 107 109 109 66 67 67 68 69 69 70595 107 107 108 110 111 112 113 70 71 71 72 73 73 7499 114 114 116 117 118 120 120 78 78 79 79 80 81 8190 104 105 106 108 109 110 111 68 68 69 70 70 71 72695 108 109 110 111 113 114 115 72 72 73 74 74 75 7699 115 116 117 119 120 121 122 80 80 80 81 82 83 8390 106 107 108 109 111 112 113 69 70 70 71 72 72 73795 110 111 112 113 115 116 116 73 74 74 75 76 76 7799 117 118 119 120 122 123 124 81 81 82 82 83 84 8490 108 109 110 111 113 114 114 71 71 71 72 73 74 74895 112 112 114 115 116 118 118 75 75 75 76 77 78 7899 119 120 121 122 123 125 125 82 82 83 83 84 85 8690 110 110 112 113 114 116 116 72 72 72 73 74 75 75995 114 114 115 117 118 119 120 76 76 76 77 78 79 7999 121 121 123 124 125 127 127 83 83 84 84 85 86 87


Tabela 2 - RAPARIGAS - Valores <strong>da</strong> TA por I<strong>da</strong>de e Percentil de Altura * (continuação)I<strong>da</strong>de (anos)1011121314151617Percentil TATA sistólica, mm HgPercentil de AlturaTA diastólica, mm HgPercentil de Altura5 10 25 50 75 90 95 5 10 25 50 75 90 9590 112 112 114 115 116 118 118 73 73 73 74 75 76 7695 116 116 117 119 120 121 122 77 77 77 78 79 80 8099 123 123 125 126 127 129 129 84 84 85 86 86 87 8890 114 114 116 117 118 119 120 74 74 74 75 76 77 7795 118 118 119 121 122 123 124 78 78 78 79 80 81 8199 125 125 126 128 129 130 131 85 85 86 87 87 88 8990 116 116 117 119 120 121 122 75 75 75 76 77 78 7895 119 120 121 123 124 125 126 79 79 79 80 81 82 8299 127 127 128 130 131 132 133 86 86 87 88 88 89 9090 117 118 119 121 122 123 124 76 76 76 77 78 79 7995 121 122 123 124 126 127 128 80 80 80 81 82 83 8399 128 129 130 132 133 134 135 87 87 88 89 89 90 9190 119 120 121 122 124 125 125 77 77 77 78 79 80 8095 123 123 125 126 127 129 129 81 81 81 82 83 84 8499 130 131 132 133 135 136 136 88 88 89 90 90 91 9290 120 121 122 123 125 126 127 78 78 78 79 80 81 8195 124 125 126 127 129 130 131 82 82 82 83 84 85 8599 131 132 133 134 136 137 138 89 89 90 91 91 92 9390 121 122 123 124 126 127 128 78 78 79 80 81 81 8295 125 126 127 128 130 131 132 82 82 83 84 85 85 8699 132 133 134 135 137 138 139 90 90 90 91 92 93 9390 122 122 123 125 126 127 128 78 79 79 80 81 81 8295 125 126 127 129 130 131 132 82 83 83 84 85 85 8699 133 133 134 136 137 138 139 90 90 91 91 92 93 93* National High Blood Pressure Education Program Working Group on High Blood Pressure in Children and A<strong>do</strong>lescents. The Fourth Report on the Diagnosis,Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure in Children and A<strong>do</strong>lescents. Pediatrics 2004; 114 (2): 555-576


Texto de apoio 5Puber<strong>da</strong>deeentrevista a a<strong>do</strong>lescentes110


PUBERDADE E ENTREVISTA A ADOLESCENTESDe acor<strong>do</strong> com a Organização Mundial de Saúde (OMS), considera-se a<strong>do</strong>lescente oindivíduo entre os 10 e os 19 anos (A). Nesta fase <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, as transformações físicassão exuberantes, as capaci<strong>da</strong>des cognitivas aumentam claramente, o repertórioafetivo enriquece-se e o processo de socialização estrutura-se de uma forma maissofistica<strong>da</strong>. No início deste perío<strong>do</strong> acontece a PUBERDADE – conjunto de mu<strong>da</strong>nçasno organismo que transformam o corpo infantil num corpo adulto, capaz deexpressar-se eroticamente e de reproduzir-se.O fenómeno, comum a ambos os sexos, apresenta características específicas emca<strong>da</strong> um deles, que merecem a devi<strong>da</strong> ponderação na vigilância de saúde.LIMITES E DURAÇÃOA puber<strong>da</strong>de tem início em média aos 10 A nas raparigas e <strong>do</strong>is anos mais tarde nosrapazes, mas os limites <strong>do</strong> normal são bastante variáveis.Quadro 1. Limites etários <strong>da</strong> puber<strong>da</strong>deI<strong>da</strong>de média deinícioLimite inferior <strong>do</strong>normalLimite superior <strong>do</strong>normalPrimeiro sinalpubertárioRaparigas 10 A 8 A 13 A Botão mamárioRapazes 12 A 9 A 14 AAumento devolume testicular(volume ≥ 4 ml)Em <strong>termos</strong> práticos, considera-se que a puber<strong>da</strong>de é precoce quan<strong>do</strong> surgem sinaispubertários antes <strong>do</strong>s 8 A nas raparigas e <strong>do</strong>s 9 A nos rapazes; no extremo oposto,existe atraso pubertário quan<strong>do</strong> não há sinais pubertários aos 13 A nas raparigas eaos 14 A nos rapazes, ou quan<strong>do</strong> as raparigas permanecem amenorreicas aos 16 A.Estes casos devem ser referencia<strong>do</strong>s a uma consulta hospitalar (de en<strong>do</strong>crinologia,pediatria geral ou de a<strong>do</strong>lescentes).To<strong>do</strong> o processo <strong>da</strong> puber<strong>da</strong>de, desde os primeiros sinais até à plena maturi<strong>da</strong>defísica, desenrola-se num espaço de tempo que pode variar entre 18 meses e 5 A, emgeral três a quatro anos. Habitualmente, nos casos em que se inicia mais ce<strong>do</strong>, aduração é maior.111


ESTÁDIOS DE TANNERA sequência <strong>da</strong>s transformações pubertárias mais evidentes (mama, genitaisexternos nos rapazes e pêlos púbicos nos <strong>do</strong>is sexos) foi descrita por James Tanner,nos anos sessenta. Desde então, os estádios, que têm o seu nome (estádios deTanner) são utiliza<strong>do</strong>s na prática clínica, em to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>, para situar uma<strong>do</strong>lescente neste processo e, deste mo<strong>do</strong>, verificar qual a sua progressãopubertária (Quadro 2).Outros eventos marcantes que fazem parte deste processo de mu<strong>da</strong>nças podem serrelaciona<strong>do</strong>s com os estádios pubertários:• a menarca, que na maioria <strong>do</strong>s casos acontece no estádio M4;• a espermarca (primeiras ejaculações), que ocorre geralmente no estádio G3,através de poluções noturnas;• as mu<strong>da</strong>nças <strong>da</strong> voz, que surgem no estádio G3 ou G4;• a acne, mais associa<strong>do</strong> ao estádio 3, em ambos os sexos.A capaci<strong>da</strong>de reprodutiva depende <strong>da</strong> existência de gâmetas viáveis. Se bem que osciclos sejam muitas vezes anovulatórios nos primeiros 2 a 3 A após a menarca, afecundi<strong>da</strong>de é possível desde logo. Do mesmo mo<strong>do</strong>, no sexo masculino, embora severifique frequentemente oligospermia de início, a fecundi<strong>da</strong>de também podeocorrer desde a espermarca.Alia<strong>da</strong>s a estas modificações major, sob a ação <strong>do</strong>s esteroides sexuais, verificam-se, anível genital, mu<strong>da</strong>nças que também são importantes para a cópula e decisivas noprocesso <strong>da</strong> reprodução. É disso exemplo a transformação <strong>do</strong> epitélio vaginal, que setorna mais secretório, vin<strong>do</strong> a ser coloniza<strong>do</strong> pelos bacilos de Doderlein, que têmuma função relevante na defesa contra as infeções de transmissão sexual. O epitélio<strong>do</strong> colo <strong>do</strong> útero também sofre modificações, particularmente as células <strong>do</strong>en<strong>do</strong>colo que produzem o muco cervical.O desenvolvimento testicular é um aspeto importante no acompanhamento <strong>da</strong>puber<strong>da</strong>de nos rapazes. O processo monitoriza-se mediante observação clínicadireta e através <strong>do</strong> ensino <strong>da</strong> auto palpação.CRESCIMENTODurante a puber<strong>da</strong>de, ocorre uma aceleração <strong>da</strong> veloci<strong>da</strong>de de crescimento quedetermina o surto de crescimento pubertário. Com efeito, a seguir ao crescimentoocorri<strong>do</strong> na fase anterior a uma veloci<strong>da</strong>de de 5-6 cm/ano, ocorre um perío<strong>do</strong>, deduração variável, de 2 a 4 A, a um ritmo de 8-10 cm/ano no sexo feminino e de 10-12cm/ano no sexo masculino. A diferença nestes valores, alia<strong>da</strong> ao facto destefenómeno ocorrer cerca de <strong>do</strong>is anos mais tarde no sexo masculino (proporcionan<strong>do</strong>assim aos rapazes mais tempo para crescer), justifica a diferença média de 13 cmobserva<strong>da</strong> na i<strong>da</strong>de adulta entre homens e mulheres situa<strong>do</strong>s no mesmo percentil.112


Nas raparigas, o pico <strong>da</strong> veloci<strong>da</strong>de de crescimento ocorre no estádio 3 de Tanner,em média aos 12 A, e o crescimento residual após a menarca é de 6 a 8 cm. <strong>Nos</strong>rapazes, o pico <strong>da</strong> veloci<strong>da</strong>de de crescimento, ocorre no estádio 4, em média aos 14A. Na puber<strong>da</strong>de, o acréscimo <strong>da</strong> altura é de cerca de 25 cm no sexo feminino e de28 cm no sexo masculino.Outra particulari<strong>da</strong>de <strong>do</strong> crescimento corporal nesta i<strong>da</strong>de é que os váriossegmentos não crescem ao mesmo tempo: os primeiros a aumentar são asextremi<strong>da</strong>des (mãos e pés), segui<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s membros superiores e inferiores e, nofinal, o tronco. Deste mo<strong>do</strong>, por exemplo, o tamanho <strong>do</strong> pé estabiliza quan<strong>do</strong> ain<strong>da</strong>há potencial de crescimento nos outros segmentos.COMPOSIÇÃO CORPORAL E CONSTANTES BIOLÓGICASAs hormonas sexuais não atuam apenas no aparelho genital e no esqueleto. Os seusrecetores encontram-se em muitos teci<strong>do</strong>s <strong>do</strong> organismo, promoven<strong>do</strong> odimorfismo sexual, por ocasião <strong>da</strong>s transformações <strong>da</strong> puber<strong>da</strong>de. Assim:• A cintura escapular é mais sensível à ação <strong>da</strong> testosterona e a cintura pélvicaà <strong>da</strong>s hormonas femininas, <strong>da</strong>í a diferença, no final <strong>da</strong> puber<strong>da</strong>de.• Os rapazes adquirem, percentualmente, mais massa magra (músculo) e asraparigas mais massa gor<strong>da</strong>.• A nível <strong>do</strong> aparelho cardiovascular, a massa ventricular esquer<strong>da</strong>correlaciona-se com a maturação sexual. Do mesmo mo<strong>do</strong>, a tensão arterial(TA) média aumenta com o estádio pubertário. A ficha lipídica écondiciona<strong>da</strong>, de mo<strong>do</strong> desigual, pelas hormonas masculinas, que têm umefeito aterogénico e pelas femininas, que têm um efeito contrário.• No sexo masculino, a hemoglobina e o hematócrito aumentam por açãodireta <strong>do</strong>s androgénios na medula; este aumento é paralelo ao <strong>do</strong> nível detestosterona, correlacionan<strong>do</strong>-se, assim, com o estádio pubertário. Assim, ainterpretação <strong>do</strong>s valores hematológicos nos rapazes, nesta i<strong>da</strong>de, deve terem conta o estádio pubertário; um rapaz de 12 ou de 14 A, em diferentesfases <strong>da</strong> puber<strong>da</strong>de, tem necessariamente valores hematológicos diferentes.No sexo feminino não se verifica qualquer modificação apreciável relaciona<strong>da</strong>com a i<strong>da</strong>de ou o estádio pubertário.• O grande aumento <strong>da</strong> produção <strong>do</strong>s esteroides sexuais tem, de igual mo<strong>do</strong>,impacte relevante no cérebro, o qual possui inúmeros recetores específicospara estes. Atualmente, considera-se que existem <strong>do</strong>is perío<strong>do</strong>s deorganização <strong>do</strong>s circuitos neuronais e <strong>do</strong> comportamento, dependentes <strong>do</strong>sesteroides sexuais: um, no perío<strong>do</strong> neonatal e, outro, na a<strong>do</strong>lescência. É estaremodelação ocorri<strong>da</strong> na segun<strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> que conduz à aquisição <strong>da</strong>scapaci<strong>da</strong>des cognitivas <strong>do</strong> adulto e à construção de estratégias para a toma<strong>da</strong>de decisões, assim como à a<strong>do</strong>ção de novos padrões de comportamentosocial.• O Sistema Nervoso Central atinge a maturi<strong>da</strong>de por volta <strong>do</strong>s 25 A. É nessaaltura que o córtex pré-frontal adquire a capaci<strong>da</strong>de plena <strong>da</strong> toma<strong>da</strong> dedecisões, controlan<strong>do</strong> impulsos, ponderan<strong>do</strong> os prós e os contras <strong>do</strong>s113


diferentes atos, anteven<strong>do</strong> as possíveis consequências <strong>do</strong>s mesmos. Até essafase, o sistema límbico, centro <strong>do</strong> controlo emocional, mantém papelpreponderante na regulação <strong>do</strong>s comportamentos.Quadro 2. Estádios de TannerESTÁDIOSP(PILOSIDADE PÚBICA)M(DESENVOLVIMENTOMAMÁRIO)1 Pré-púbere: ausente Pré-púbere234Alguns pêlos longos;Pigmenta<strong>do</strong>sPêlos escuros,encaracola<strong>do</strong>s,> quanti<strong>da</strong>dePêlos tipo adulto; atingemas não ultrapassa a faceinterna <strong>da</strong>s coxas5 Distribuição tipo adultoBotão mamárioMama e aréola maioresAréola e mamilodestacam-se <strong>do</strong> contorno<strong>da</strong> mamaMorfologia adulta; mama earéola no mesmo planoG(ÓRGÃOS GENITAIS)Pré-púbere;Testículos ±2,5 mlAumento <strong>do</strong>s testículos(volume ≥4ml);Pigmentação <strong>do</strong> escrotoAlongamento <strong>do</strong> pénis;testículos maioresAlargamento pénis;pregueamento <strong>da</strong> pele <strong>do</strong>escrotoTipo adulto; volumetesticular: 15-25 mlENTREVISTA A ADOLESCENTESNo atendimento de a<strong>do</strong>lescentes, para além <strong>da</strong> acessibili<strong>da</strong>de facilita<strong>da</strong> e <strong>da</strong>flexibili<strong>da</strong>de no modelo <strong>do</strong> atendimento, a privaci<strong>da</strong>de, a confidenciali<strong>da</strong>de, oexercício <strong>do</strong> consentimento livre e esclareci<strong>do</strong> e a participação ativa <strong>do</strong>s próprios,constituem princípios que devem presidir a to<strong>da</strong>s as iniciativas toma<strong>da</strong>s – consultar:• “Saúde <strong>do</strong>s A<strong>do</strong>lescentes: Princípios Orienta<strong>do</strong>res”(http://www.dgs.pt/upload/membro.id/ficheiros/i019051.pdf);• “Requisitos para o atendimento ao a<strong>do</strong>lescente – Consenso <strong>da</strong> Secção deMedicina <strong>do</strong> A<strong>do</strong>lescente <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de Portuguesa de Pediatria”(http://www.spp.pt/UserFiles/file/Protocolos_SPP/Atendimento_A<strong>do</strong>lescente.pdf);• “Consulta <strong>do</strong>s 12-13 anos (início <strong>da</strong> puber<strong>da</strong>de)” (http://www.arscentro.minsaude.pt/Institucional/projectos/crsmca/noc/Documents/saude%20infantil/consulta%2012-13%20anosl.pdf).Na entrevista com o(a) a<strong>do</strong>lescente, a abor<strong>da</strong>gem <strong>do</strong>s aspectos psicossociais adquireuma particular importância e permite conhecer melhor, quer pontos fortes, querfactores de vulnerabili<strong>da</strong>de pessoal, face aos diferentes contextos de vi<strong>da</strong>.114


Para aju<strong>da</strong>r o(a) profissional de saúde neste conhecimento, Goldenring e Cohendescreveram, em 1985, o acrónimo HEADS, que foi sen<strong>do</strong> sucessivamenteaumenta<strong>do</strong>, para aquele que hoje em dia se utiliza a nível mundial – HEEADSSS.Assim:H – home (casa, família);E – education e employment (escola e emprego);E – eating (alimentação);A – activities (ativi<strong>da</strong>des desportivas e de lazer);D – drugs (consumos, adição);S – sexuality (sexuali<strong>da</strong>de);S – Suicide (depressão, suicídio, humor);S – Safety (segurança, acidentes, violência).No quadro seguinte (Quadro 3), com a<strong>da</strong>ptações, apresentam-se algumas questõesrelaciona<strong>da</strong>s com estes vários tópicos, sugeri<strong>da</strong>s pelos próprios autores; numaprimeira consulta, é habitual escolherem-se questões mais neutras, que deverão seraprofun<strong>da</strong><strong>da</strong>s nas consultas subsequentes.Quadro 3. Exemplos de questões relaciona<strong>da</strong>s com o acrónimo HEEADSSS.CASAESCOLAALIMENTAÇÃOATIVIDADESCONSUMOS• Onde moras? Há quanto tempo estás nessa casa?• Com quem vives?• Tens um quarto só para ti?• Como é o relacionamento entre os membros <strong>da</strong> família?• De quem te sentes mais próximo(a)?• Alguém saiu de casa recentemente? Há alguém de novo?• Em que escola an<strong>da</strong>s? Como é a escola? Mu<strong>da</strong>ste recentemente?• Quais as disciplinas que preferes? E as que menos gostas?• Tens amigo(a)s na escola?• Como é o teu aproveitamento? Modificou-se recentemente?• Que planos tens quanto ao futuro?• Trabalhas? Onde? Qual o horário de trabalho?• De que é que gostas e não gostas no teu corpo?• O teu peso alterou-se recentemente? De que mo<strong>do</strong>?• O que é para ti uma dieta saudável? É a que fazes?• Já fizeste dieta alguma vez?• Praticas exercício diariamente?• O que fazes quan<strong>do</strong> estás com o(a)s amigo(a)s?• Praticas algum desporto? Quantas vezes por semana?• O que fazes quan<strong>do</strong> estás com a tua família?• Tens alguma outra ativi<strong>da</strong>de organiza<strong>da</strong> (grupo de jovens, escuteiros,voluntaria<strong>do</strong>, etc)?• Tens alguns hobbies? Gostas de ler? Que livro estás a ler agora?• Quantas horas de televisão vês por dia? E computa<strong>do</strong>r? E vídeo-jogos?• No teu grupo de amigo(a)s, alguém fuma, bebe álcool ou consomedrogas?• E tu próprio?• E na tua família?• Alguém fuma na tua casa?• Tens algum familiar que tenha si<strong>do</strong> alcoólico ou tenha consumi<strong>do</strong>drogas?115


SEXUALIDADEDEPRESSÃO/SUICÍDIOSEGURANÇA• Tens namora<strong>do</strong>(a) atualmente? Já tiveste antes?• Já tiveste relações sexuais?• O que signiifica “sexo seguro” para ti?• Utilizas contraceção? Que méto<strong>do</strong> contracetivo usas?• Alguma vez foste força<strong>do</strong>(a) a envolveres-te em práticas sexuais contra atua vontade?• Já tiveste alguma infeção transmiti<strong>da</strong> por via sexual? Quan<strong>do</strong> e qual?• Sentes-te triste ou “em baixo” mais <strong>do</strong> que o habitual?• Estás sempre chatea<strong>do</strong>(a)?• Tens dificul<strong>da</strong>de em <strong>do</strong>rmir?• Pensas por vezes em te magoares a ti próprio(a) ou a outra pessoa?• Achas que estás a perder o interesse em coisas que antes te <strong>da</strong>vamprazer?• Isolas-te mais <strong>do</strong>(a)s amigo(a)s, nos últimos tempos?• Conheces alguém que tenha pensa<strong>do</strong> em suici<strong>da</strong>r-se? Isso já sucedeucontigo?• Começaste a fumar, beber ou usar drogas para te sentires melhor e maiscalmo(a)?• Já tiveste algum acidente grave ou provocaste algum acidente?• Usas sempre cinto de segurança, no carro?• Alguma vez an<strong>da</strong>ste de carro com um(a) condutor(a) embriaga<strong>do</strong>(a)?• Usas equipamentos de segurança quan<strong>do</strong> praticas desportos (porexemplo, capacete)?• Existe violência na tua família?• Existe violência na tua escola?• Alguma vez foste agredi<strong>do</strong> ou abusa<strong>do</strong> sexualmente?• Alguma vez foste vitima ou te envolveste em bullying ou em situação deviolência no namoro?116


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