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Casamento_20Blindado_20-_20Renato_20Cardoso_20e_20Cristiane_20Cardoso

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esperava tanto de mim, tinha ciúmes de mulheres por quem eu nunca me interessei,exigia tanto a minha atenção e valorizava muito o fato de passear.OS OPOSTOS SE ATRACAMO interessante é que as bagagens dela entravam em choque frontal com as minhas. Ébem típico dos casais: os opostos se atraem, mas depois que casam, se atracam...enlouquecem um ao outro.Minha família era consideravelmente diferente da dela. Em casa éramos três irmãos euma irmã. Não tratávamos a pobrezinha assim, como posso dizer... com tantadelicadeza. Éramos brutos. Minha mãe, sempre servindo a meu pai e a nós, raramenteexigia algo para si mesma. Vivia para ele e para os filhos. E meu pai... bem, esse já lhefalei como era. O conjunto disso como pano de fundo me fazia achar a Cristiane umtanto chata, exigente demais, pegajosa, que reclamava de barriga cheia — um chiclete nomeu cabelo. A imagem de uma mulher forte, gravada em minha mente pelo queconhecia de minha mãe, uma mulher que aguentava tudo, não ajudava minha percepçãode minha esposa. Daí, a minha maneira fria e dura de tratar a Cristiane.Outro pedacinho de minha bagagem: cresci no meio de mulheres. Tinha irmã, muitasprimas, muitas tias, amigas na vizinhança, amigas na escola, amigas na igreja enamoradas aqui e ali. Eu não via nenhuma diferença entre ter amigos e ter amigas.Depois de casado, isso não ajudou a raiz de insegurança na Cristiane. Tampouco aminha maneira fria de ser com ela. Daí o ciúme.E lá em casa, sempre fomos uma família de muito trabalho. Meu pai se levantava àscinco da manhã até no domingo. Ele iniciou a mim e a meu irmão mais velho notrabalho aos doze anos de idade. Trabalhar duro sempre esteve em nosso sangue.Quando comecei a trabalhar na igreja antes de me casar, esse conceito aumentou, poisagora não era mais por dinheiro, e sim para ajudar outras pessoas. Somado ao fato deque me casei com uma filha de pastor, eu pensava que ela compreenderia muito bem aminha entrega ao trabalho. Porém, na verdade, estava deixando a Cristiane louca davida comigo. Ela não me entendia, nem eu a ela. E vivemos por anos tentando mudarum ao outro, em vão.Quando e como, finalmente, superamos as diferenças? Somente quandocompreendemos o que estava por trás do nosso comportamento e fizemos ajustes para

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