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Consenso_tratamento empírico da infecção em pacientes graves ...

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• Nos <strong>pacientes</strong> com suposta PAVM, deve-se realizar h<strong>em</strong>oculturas;as culturas positivas indicam pneumonia ou umfoco extrapulmonar (Nível II).• Todo paciente com derrame pleural requer toracocentese:<strong>em</strong>pi<strong>em</strong>a ou derrame parapneumônico (Nível III).Estratégia clínicaO início precoce do TAE (dentro de 4 horas) <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong>com PAVM ou PATM presumi<strong>da</strong>s, d<strong>em</strong>onstrou reduzir amorbimortali<strong>da</strong>de a elas associa<strong>da</strong>. A antibioticoterapiadeve ser reavalia<strong>da</strong> <strong>em</strong> 48 a 72 horas após a resposta clínicae os <strong>da</strong>dos de cultura s<strong>em</strong>iquantitativos do trato respiratórioinferior (o exame com coloração de Gram e a cultura deaspirado traqueal têm alto valor prognóstico negativo). Estaestratégia não requer estudos microbiológicos sofisticados.Assim, todos os <strong>pacientes</strong> com suposta pneumonia são tratados,com possível inclusão de <strong>pacientes</strong> com diagnósticonão infeccioso (SDRA, trombo<strong>em</strong>bolismo pulmonar, h<strong>em</strong>orragiapulmonar, etc.).Acreditamos que é necessário basear as decisões terapêuticas<strong>em</strong> métodos diagnósticos quantitativos, para evitar o super<strong>tratamento</strong>de <strong>pacientes</strong> não infectados.Aspectos <strong>em</strong> destaque e recomen<strong>da</strong>ções para a estratégiaclínica• O exame direto (Gram) e a cultura do aspirado traqueal serv<strong>em</strong>para guiar o TAE, junto com os critérios clínicos dediagnóstico (Nível II).• Diante <strong>da</strong> possibili<strong>da</strong>de de se realizar culturas quantitativasde LBA ou EBA, o aspirado traqueal negativo (ausência debactérias ou reação inflamatória) <strong>em</strong> um paciente s<strong>em</strong>mu<strong>da</strong>nça recente de ATB (últimas 72 horas) possui altoVPN (94%) para PAVM; dev<strong>em</strong> ser investigados outrosfocos responsáveis por febre (Nível II).• Um infiltrado radiográfico novo e progressivo, e dois oumais <strong>da</strong>dos clínicos (febre > 38 o C, leucocitose ou leucopenia,secreções purulentas) é o critério clínico mais acertadopara o TAE. Entre o 2 o e 3 o dia, o TAE deverá ser reavaliadoe modificado, de acordo com as culturas s<strong>em</strong>iquantitativase a resposta clínica.• A seleção de <strong>pacientes</strong> para suspender o ATB, de acordocom critérios de baixo risco, requer ain<strong>da</strong> vali<strong>da</strong>ção quandohá presença de PAVM grave (Nível I).Estratégia bacteriológicaA base desta estratégia são as culturas quantitativas do aparelhorespiratório baixo (ARB) (LBA, EBA, broncoscópico ounão), que permit<strong>em</strong> conhecer a epid<strong>em</strong>iologia local <strong>da</strong>s PIH,orientar a antibioticoterapia e formular o TAE mais adequadopara ca<strong>da</strong> centro e período.Idealmente, estas amostras dev<strong>em</strong> ser colhi<strong>da</strong>s antes doTAE; deve-se l<strong>em</strong>brar que o atraso no TAE é negativo para aevolução clínica <strong>da</strong> PAVM.A utilização <strong>da</strong> estratégia bacteriológica, mais um TAEamplo com posterior redução de espectro reduz significativamentea mortali<strong>da</strong>de no dia 14. 2224 Julho 2006Aspectos <strong>em</strong> destaque e recomen<strong>da</strong>ções para a estratégiabacteriológica• Quando se suspeita de PAVM, deve-se obter amostras deARB para cultura quantitativa e descartar infecção extrapulmonar,antes do TAE (Nível II).• Se houver alta probabili<strong>da</strong>de de pneumonia e/ou evidênciade sepse, é necessário iniciar rapi<strong>da</strong>mente o TAE ain<strong>da</strong> s<strong>em</strong>a presença comprova<strong>da</strong> de bactérias no ARB (Nível II).• A estratégia bacteriológica reduziu a mortali<strong>da</strong>de no dia 14,<strong>em</strong> comparação à estratégia clínica (Nível I).• O retardo do TAE adequado aumenta a mortali<strong>da</strong>de naPAVM: não se deve postergar o <strong>tratamento</strong> <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong>instáveis para a realização de estudos (Nível II).Antibioticoterapia para a pneumonia intra-hospitalarEnfoque geralOs ATB dev<strong>em</strong> ser selecionados de acordo com os fatores derisco para patógenos multirresistentes (Tabela 1). A figura 1mostra os algoritmos para a seleção adequa<strong>da</strong> do TAE para aPIH, de acordo com os patógenos freqüentes (tabelas 2 e 3) 23-26 .O TAE com ATB de amplo espectro deve incluir o compromissode reduzir o espectro, de acordo com <strong>da</strong>dos clínicos <strong>em</strong>icrobiológicos, para diminuir o aparecimento de cepasFigura 1. Algoritmo para o início de TAE na PIH, PATM, PAVM.MRA: microorganismo com resistência antibiótica.Tabela 1. Fatores de risco para patógenos com MRA causadores de PIH•Tratamento com ATB nos 90 dias anteriores•Internação atual de mais de 5 dias• Alta freqüência de resistência a ATB na comuni<strong>da</strong>de ou na uni<strong>da</strong>de específica dohospital• Presença de fatores de risco para PATM:– Hospitalização de 2 ou mais dias nos últimos 90 dias– Residência <strong>em</strong> comuni<strong>da</strong>de fecha<strong>da</strong> (ex., geriátrico)– Antecedentes de infusão de ATB ou cui<strong>da</strong>do de feri<strong>da</strong>s– Diálise crônica durante os últimos 30 dias– Familiar com antecedente de infecção por patógeno MRA• Doença ou <strong>tratamento</strong> imunossupressorMRA: microorganismo com resistência antibiótica; PIH: pneumonia intra-hospitalar; ATB:antibiótico; PATM: pneumonia associa<strong>da</strong> a <strong>tratamento</strong>s médicos.Critical Connections <strong>em</strong> português

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