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Alegrai-vos! - Villaregia.it

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Janela aberta ao mundoUma s<strong>it</strong>uação de morteEm vis<strong>it</strong>a ao hosp<strong>it</strong>al Maria Auxiliadora, na região sul de Lima,ficamos impressionados com o drama de milhares de doentese com a carência de estruturas san<strong>it</strong>áriasAo lado: crianças da periferia de Lima (Peru)Abaixo: casas da missão de Lima, onde aComunidade de <strong>Villaregia</strong> está presente desde 1986É bem cedo quando chegamos aoà espera de internação. Na realidade,gência médica, mas falta de estruturadessas cadeiras. A mulher, mu<strong>it</strong>o sofri-Carência de estruturasos pacientes, mas não temos boasúnico hosp<strong>it</strong>al da Região Sul de Lima,mu<strong>it</strong>as delas não serão ace<strong>it</strong>as, porquemínima para conseguir oferecer umada, pálida, cansada e sem forças, estáDr. Raul nos explica que a maioriaestruturas”. Prossegue preocupadopara tomar consciência do que significa,não têm recursos para arcar com ojusta assistência aos pacientes.internada há dois dias por causa dadestes pacientes são doentes de câncerdr. Raul: “Os pacientes podem serpara um doente, ser internado em umtratamento e a cirurgia e, mu<strong>it</strong>o menos,diabetes: “Desejaria descansar - disse-dos pulmões, tuberculose ou diabetes:atendidos somente se puderem pagar ohosp<strong>it</strong>al no Peru.para bancar o custo da internação.Vis<strong>it</strong>as aos setoresnos - mas não há camas.”“Alguns correm risco de morte. Oscusto do tratamento e isso é um grandeMaria Auxiliadora é um hosp<strong>it</strong>alHá mu<strong>it</strong>as emergências e, sendoAo entrar nos diferentes setores,Um pouco mais adiante, encon-doentes com câncer dos pulmões têmlim<strong>it</strong>e que leva mu<strong>it</strong>os pobres à morte,que surgiu para atender 100 mileste o único hosp<strong>it</strong>al da região, ostomamos consciência de que realmentetramos Emanuel, um senhor com maisbaixa imunidade e, nesta condição,também por doenças banais”.hab<strong>it</strong>antes. Mas, atualmente, tem depacientes que dão conta de pagaras estruturas são carentes. Não podede 70 anos, sentado em uma cadeiraficam mais expostos a doençasVoltamos para a missão, com umdar assistência a 2 milhões de pessoas,são ace<strong>it</strong>os, embora os le<strong>it</strong>os sejampassar despercebido o fato de que osde rodas. Chegou ao hosp<strong>it</strong>al no diacontagiosas. Mu<strong>it</strong>os deles não sairãonó na garganta pelas mu<strong>it</strong>as s<strong>it</strong>uaçõesalém daquelas vindas dos 116 postos deinsuficientes.pacientes ficam amontoados nos quar-anterior, vom<strong>it</strong>ando sangue, mas comovi<strong>vos</strong> daqui.”de sofrimento que parecem sem saída.saúde da região.Infelizmente, faz mu<strong>it</strong>o tempo quetos. Num ambiente para duas camas,não havia vagas, foi colocado na cadeiraO risco não é só para os doentes,No dia seguinte, daríamos umaAo entrarmos no hosp<strong>it</strong>al, logoo Maria Auxiliadora tem a triste famaencontram-se quatro macas encostadasde rodas, entre duas macas, à esperamas também para os médicos evolta no Centro Médico “La Trinidad”,tomamos consciência de que aqui,de “hosp<strong>it</strong>al da morte”. O povo queixa-uma na outra; nos pequenos espaçosde um le<strong>it</strong>o. Os corredores tambémenfermeiros. Mu<strong>it</strong>os deles são conta-uma estrutura de promoção humanacomo em mu<strong>it</strong>as outras partes do país, ase de que há mu<strong>it</strong>a negligência e de quelivres, entre uma maca e a outra, háse transfor-mam em grandes quartos,giados por diversas doenças. “Se o povoque funciona desde o ano de 1988,assistência hosp<strong>it</strong>alar é mu<strong>it</strong>o precária.não recebe o que tem dire<strong>it</strong>o. Mu<strong>it</strong>oscadeiras ocupadas por doentes.onde as macas são colocadas em fila efala que este é o hosp<strong>it</strong>al da morte,construído pela Comunidade deUma fila mu<strong>it</strong>o grande de pessoas ficaficam bra<strong>vos</strong> com os médicos, que seConseguimos nos aproximar datodas ocupadas por pacientes que nãoisso é culpa do Ministério da Saúde.<strong>Villaregia</strong>, como resposta à emergênciaparada em frente ao portão de entrada,defendem dizendo não haver negli-Dona Júlia, 62 anos, sentada numapodem receber alta.Nós fazemos o possível para salvarsan<strong>it</strong>ária do Peru.

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