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Educação, Formação & <strong>Tecnologias</strong>, 4 (2), Novembro de 2011 ISSN 1646‐933Xde novos dispositivos de comunicação “num ciclo de realimentaçãocumulativo entre a inovação e o seu uso” (p.36).Esta autêntica “revolução” no que concerne a circulação deinformação teve obrigatoriamente repercussões profundas no modo comolemos e vemos o mundo, transformando o acesso ao conhecimento atravésde uma multiplicidade de canais outrora inexistentes. Assim, estamos hojerodeados de ecrãs que promovem e solicitam constantemente a aquisiçãode novas competências digitais, exigindo o reequacionamento da interaçãopermanente da tecnologia com práticas de literacia que contribuam para oexercício responsável e ativo da cidadania no século XXI.N<strong>este</strong> contexto, cabe, pois, à escola assumir um papel preponderanteno (re)desenho de tal exercício da cidadania, fomentando processos deensino e aprendizagem que facilitem uma integração em pleno na atualsociedade em rede. Assim, embora a tecnologia não possa ser encarada,como reforça Dede (2000), enquanto vitamina cuja mera presença naescola conduza a melhores resultados educativos nem, como refere Caron(2008), enquanto “bala mágica para a educação” (p.277), a realidade é quetransformou práticas em literacia que merecem ser objeto de revisão ereflexão.A interpenetração da tecnologia na literacia e os distintos modos comooperou profundas mudanças no âmbito da educação e da formação,concorrendo para a consolidação do exercício da cidadania digital eancorando as TIC em contexto escolar, bem como os desafios lançadospela mutabilidade da sociedade em rede constituem, assim, os eixosfundamentais a abordar nesta reflexão.2. LITERACIA(S), TECNOLOGIA E CIDADANIAFace aos atuais desenvolvimentos a nível tecnológico, temos vindo aassistir a um reequacionamento prolífico do conceito de literacia, o qualdeu lugar a uma miríade de designações de modo a acomodar a suadimensão plural e mutável. Assim, como sublinha Baker (2010; 9-10),existe atualmente um conjunto de perspetivas teóricas a partir das quais sepode abordar o conceito de literacia (tais como teorias behavioristas,teorias socioculturais, semiótica, entre outras) englobando distintosparâmetros de operacionalização, de acordo com as áreas de conhecimentoem que se enquadram mas que têm em comum aspetos que interligam aliteracia à tecnologia.É tendo em mente a relevância de tal dimensão plural queapresentamos nesta secção, em primeiro lugar, um contributo para umarevisão sumária do conceito de literacia digital, contemplando algumas dasfacetas de relevo que pode a englobar, conscientes de que se a adoção detal nomenclatura acentua, como sublinham Pinto, Pereira, Pereira e Ferreira(2011) “o poder da própria tecnologia e as possibilidades que abriu aoscidadãos em termos de participação e produção de informação” (p.22),continuam a ser abertas em permanência novas perspetivas de abordagemdo conceito.2.1. Literacia digital – evolução conceptualO conceito de “literacia digital” surgiu da necessidade de enquadrar ashabilidades e competências necessárias aos cidadãos confrontados empermanência com a evolução das tecnologias digitais. Uma tentativa inicialde definição levada a cabo por Gilster (citado por Gillen & Barton, 2010)identifica quatro competências chave imbricadas no conceito: “assemblingknowledge, evaluating information, searching and navigating in non-linearroutes”(p.4). Hoje o termo conglomera uma pletora de significadosassociados à forma inovadora como interagimos com a tecnologia, abrindoseem permanência a exercícios de redefinição exigidos por uma sociedadeque tem como essência a mudança.Segundo Aviram e Eshet-Alkalai (2006), tal mudança implica umareflexão aprofundada sobre o conceito de literacia digital, havendonecessidade, de acordo com os autores, do estabelecimento de um conjuntode pressupostos teóricos que conduzam ao uso mais uniforme e rigoroso dotermo. Apontam, pois, três vertentes que consideram ser abrangidas peloconceito: a vertente técnico-processual (referente ao uso de motores debusca e ao manuseamento de <strong>ficheiro</strong>s, por exemplo); a vertente cognitiva(relativa à capacidade de intuitivamente decifrar ou “ler” mensagensvisuais incorporadas em interfaces gráficos e avaliar dados, distinguindoRevista EFT: http://eft.educom.pt 90

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