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Referenciais Curriculares - Caderno do Aluno - Secretaria de ...

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Queri<strong>do</strong>(a) <strong>Aluno</strong>(a):É com alegria que colocamos em suas mãos, assim como na <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os alunos <strong>do</strong>sanos finais <strong>do</strong> ensino fundamental e médio das escolas estaduais, o <strong>Ca<strong>de</strong>rno</strong> <strong>do</strong> <strong>Aluno</strong> comativida<strong>de</strong>s a serem <strong>de</strong>senvolvidas em sala <strong>de</strong> aula, sob a orientação <strong>do</strong>s professores.Os <strong>Ca<strong>de</strong>rno</strong>s são diferentes <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a série em que você está. Há um para as 5ª e6ª séries, outro para as 7ª e 8ª séries <strong>do</strong> ensino fundamental, um terceiro <strong>Ca<strong>de</strong>rno</strong> para osalunos <strong>do</strong> 1º ano e outro ainda para os 2º e 3º anos <strong>do</strong> ensino médio.Em to<strong>do</strong>s eles há ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> todas as chamadas “matérias”, que agora estarão reunidasem áreas <strong>do</strong> conhecimento. Essas áreas são as <strong>do</strong> Referencial Curricular da <strong>Secretaria</strong> <strong>de</strong>Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Educação, que são as mesmas <strong>do</strong> ENCCEJA – Exame Nacional <strong>de</strong> Certificação <strong>de</strong>Competências da Educação <strong>de</strong> Jovens e Adultos, que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2002 funciona como um examesupletivo <strong>de</strong> ensino fundamental e médio, e <strong>do</strong> novo ENEM – Exame Nacional <strong>de</strong> EnsinoMédio, ambos <strong>do</strong> MEC. As áreas <strong>do</strong> conhecimento são:• Linguagens: Língua Portuguesa, Literatura, Língua Estrangeira Mo<strong>de</strong>rna (Inglês ouEspanhol), Educação Física e Arte;• Matemática;• Ciências da Natureza: Biologia, Física e Química;• Ciências Humanas: História, Geografia e, no ensino médio, Sociologia e Filosofia.Nosso objetivo é contribuir para que as aulas possam ser mais interessantes e os professoresse sintam mais satisfeitos ao darem aula para você.Esperamos que você goste <strong>de</strong>ste <strong>Ca<strong>de</strong>rno</strong>. Ele é uma das iniciativas que tomamos paraconstruir uma Boa Escola para To<strong>do</strong>s.Bom trabalho!Mariza AbreuSecretária <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> da Educação


Sumário07 Língua Portuguesa e Literatura25 Língua Estrangeira - Espanhol37 Língua Estrangeira - Inglês47 Artes49 Artes Visuais51 Música53 Dança57 Teatro59 Educação Física81 Matemática101 Ciências115 Geografia131 História


Ensino Fundamental7 a e 8 a sériesAna Mariza Ribeiro FilipouskiDiana Maria MarchiLuciene Juliano Simões


Eu e os outrosNesta unida<strong>de</strong>, vamos pensar um pouco na nossa história e em como as coisas <strong>de</strong> quegostamos têm a ver com quem somos e com o que nos acontece ao longo da vida. Para isso,a i<strong>de</strong>ia é partir das canções que nos interessam e que não esquecemos. O que essas cançõesdizem sobre o nosso jeito <strong>de</strong> ser e sobre a nossa história <strong>de</strong> vida?Essa música é 10!Para começar a conversaLeia as perguntas abaixo e discuta-as com seus colegas, conforme orientação <strong>do</strong> professor:• Você ouve música? Quantos dias por semana? Quantas horas por dia?• Quais os lugares em que você costuma escutar música?• Que ativida<strong>de</strong>s você costuma executar enquanto escuta música?• Em sua opinião, a música é mais importante para os jovens ou para os adultos? Por quê?• Qual o seu gênero musical favorito?Preparação para a leituraVocê conhece Arnal<strong>do</strong> Antunes? Leia os parágrafos biográficos e faça uma lista das informaçõesprincipais.99Nasci<strong>do</strong> em São Paulo, participou <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> música, poesiae ví<strong>de</strong>o. Integrou, <strong>de</strong> 1982 a 1992, a banda <strong>de</strong> rock paulista Titãs,uma das mais importantes <strong>do</strong> rock brasileiro na década <strong>de</strong> 80.Nela, atuou como vocalista e compositor, participan<strong>do</strong> <strong>de</strong> sete discose sen<strong>do</strong> autor <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s sucessos como Bichos escrotos (comSérgio Britto/ Nan<strong>do</strong> Reis), Comida (com Marcelo Fromer/ SérgioBritto), O Que, Família (com Tony Bellotto), Miséria (com SérgioBritto/ Paulo Miklos) e O pulso (com Marcelo Fromer/ Tony Bellotto).Nunca <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> escrever e mesmo lançar livros <strong>de</strong> poemasenquanto fazia parte <strong>do</strong> grupo. Depois <strong>de</strong> sair <strong>do</strong> Titãs,continuou compon<strong>do</strong> para a banda. Há músicas suas em Titanomaquia(1993), Domingo(1995), Acústico (1996, em queparticipa em uma faixa) e Volume 2 (1998).Extraí<strong>do</strong> <strong>de</strong> cliquemusic.uol.com.brLeitura oral ou audição <strong>de</strong> cançãoA letra da canção Não vou me adaptar, <strong>do</strong>s Titãs, foi composta por Arnal<strong>do</strong> Antunes, que a cantajunto com seu companheiro <strong>de</strong> banda Nan<strong>do</strong> Reis, na gravação mais conhecida. Um <strong>de</strong> seus colegasvai ler a canção oralmente ou você vai escutá-la em CD. Enquanto ouve, pense no seguinte:• Você gosta <strong>de</strong>sta canção? Por quê?• É uma canção sonora?


Leitura silenciosa10Agora, leia silenciosamente a letra da canção para respon<strong>de</strong>r:1. Quem está falan<strong>do</strong> na canção: uma criança, um jovem, ou um adulto? É uma guria ou éum guri? Por quê?2. O que está acontecen<strong>do</strong> com ele na fase sobre a qual fala to<strong>do</strong> o tempo?3. Você acha que esta canção fala <strong>de</strong> coisas que acontecem com você? Fala <strong>de</strong> coisas parecidascom as que acontecem com você? Quais?Não vou me adaptarTitãsComposição: Arnal<strong>do</strong> AntunesEu não caibo maisNas roupas que eu cabiaEu não encho maisA casa <strong>de</strong> alegriaOs anos se passaramEnquanto eu <strong>do</strong>rmiaE quem eu queria bemMe esquecia...Será que eu faleiO que ninguém ouvia?Será que eu escuteiO que ninguém dizia?Eu não vou me adaptarMe adaptar...Eu não tenho maisA cara que eu tinhaNo espelho essa caraNão é minhaMas é que quan<strong>do</strong>Eu me toqueiAchei tão estranhoA minha barba estavaDesse tamanho...Será que eu faleiO que ninguém ouvia?Será que eu escuteiO que ninguém dizia?Eu não vou me adaptarMe adaptar...Não vou!Me adaptar! Me adaptar!Não vou! Me adaptar!Não vou! Me adaptar!...Estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> textoLeia novamente a letra da canção e responda em seu ca<strong>de</strong>rno:1. Você já conhecia essa canção? De on<strong>de</strong> (rádio, TV, etc.)?2. Você costuma ouvir esse gênero <strong>de</strong> música? Que gênero é esse?3. Por que, na primeira estrofe, a canção diz “Eu não encho mais a casa <strong>de</strong> alegria”? Quemenchia a casa <strong>de</strong> alegria?4. Quan<strong>do</strong> fala no tamanho da barba, a canção diz o seguinte: “Mas é que quan<strong>do</strong>/Eu metoquei”. O que quer dizer “me toquei” nesses versos? Você usa essa expressão? E os adultosque você conhece, usam essa expressão?5. De que coisas você está “se tocan<strong>do</strong>” na sua vida, hoje?Produção <strong>de</strong> textoQue músicas fazem a sua cabeça? Quan<strong>do</strong> você conversa com seus amigos, seguidamentefala <strong>de</strong> sua vida, <strong>de</strong> suas preferências musicais, etc. Seu gosto está, muitas vezes, diretamenterelaciona<strong>do</strong> com a maneira como você se comporta. Pense, por exemplo, em um


cantor sertanejo. Po<strong>de</strong>mos ver nele não só alguém que canta <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> música,mas alguém que representa um mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> vida típico <strong>do</strong> sertanejo. Assim, ao falar <strong>do</strong> que gosta,você também está falan<strong>do</strong> <strong>de</strong> si mesmo. Escreva um texto curto <strong>de</strong>claran<strong>do</strong> para seuscolegas qual o tipo <strong>de</strong> música <strong>de</strong> sua preferência, e explique por quê. É importante, notexto, você tornar claras as relações entre seu jeito <strong>de</strong> ser e o que você ouve. Se você não ouvemuita música, pense em outra coisa que goste <strong>de</strong> fazer: você lê, vê filmes, gosta <strong>de</strong> certosprogramas da TV, <strong>de</strong>clama, dança, <strong>de</strong>senha? Enfim, <strong>de</strong> que mo<strong>do</strong> você convive com algo queexpressa seu jeito <strong>de</strong> ser?Quan<strong>do</strong> estiver pronto, leia o texto para a turma, em voz alta, e <strong>de</strong>pois entregue-o para oprofessor.Para ir um pouco mais alémVocê quer saber um pouco mais sobre a produção <strong>de</strong> Arnal<strong>do</strong> Antunes? Leia um fragmento<strong>de</strong> entrevista.Ao Vivo: De on<strong>de</strong> vem essa necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se expressar em diferentes linguagensartísticas?Arnal<strong>do</strong> Antunes: Na verda<strong>de</strong>, é uma coisa muito natural. Quem lida com música popular,naturalmente, já lida com muitas linguagens. Porque tem o vi<strong>de</strong>oclipe, a capa <strong>do</strong>disco, o show, on<strong>de</strong> tem a música associada a uma linguagem cênica, cenário, figurino,comportamento <strong>de</strong> palco... Então, isso tu<strong>do</strong> já envolve várias linguagens. No meu caso,tu<strong>do</strong> o que eu faço, <strong>de</strong> certa forma, mexe com a palavra. Seja cantada no palco, sejagravada no estúdio, seja impressa no livro, seja em movimento na tela <strong>de</strong> um ví<strong>de</strong>o... Temesse território comum que me propicia fazer esse trânsito entre as linguagens. A gente vivenum tempo em que as linguagens estão se comunican<strong>do</strong> cada vez mais, principalmenteatravés <strong>do</strong>s meios digitais que criam essa ponte. A internet é um exemplo disso: música, filme,som, texto, imagem, tu<strong>do</strong> acontece junto ali. Eu acho que é um sintoma <strong>do</strong> tempo emque a gente vive essa possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhar linguagens diferentes sem muito trauma.Extraí<strong>do</strong> Revista Ao Vivo 5 – abr. 2007111Tarefa para fazer em casa: Qual sua canção favorita? Se você não tem a suapreferida, pense em uma canção que foi ou é muito importante por alguma razão:ou porque acompanhou você enquanto algo lhe acontecia, ou porque fala <strong>de</strong> coisasmuito boas ou muito ruins, ou porque tem uma música que mexe com você. Traga essacanção para mostrar aos colegas. Seu professor vai combinar com você os <strong>de</strong>talhes.Os jovens e a músicaPreparação para a leituraA partir <strong>do</strong>s textos que vocês escreveram e leram em aula sobre a música <strong>de</strong> que gostam,o professor calculou alguns percentuais, que vai colocar no quadro-negro.1. Quan<strong>do</strong> falamos em números percentuais, o que estamos dizen<strong>do</strong>?2. Qual o universo <strong>do</strong>s percentuais que o professor escreveu no quadro-negro? Ou seja, quepessoas são representadas pelo número 100, pelo total?


123. Você acha que os percentuais sobre gostos musicais da turma são pareci<strong>do</strong>s com os <strong>do</strong>sjovens da sua cida<strong>de</strong> e da sua região, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> geral?Leitura silenciosa 1Agora leia o texto abaixo, que reproduz a meta<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma página <strong>do</strong> jornal Folha <strong>de</strong> São Paulo.1. Pelo nome da seção, que aparece na barra ver<strong>de</strong>, e pela manchete principal, o que você po<strong>de</strong>dizer das informações que serão dadas no texto?2. Olhe novamente para a barra ver<strong>de</strong> que está acima da figura. Lá, além <strong>de</strong> informar que a páginaé sobre música, aparece o nome <strong>do</strong> jornal e a data <strong>de</strong>sta edição. Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> a data, vocêacha que as informações são atualizadas?Esta página pertence a um ca<strong>de</strong>rno especial da Folha <strong>de</strong>São Paulo <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2008, sobre o perfil <strong>do</strong> jovembrasileiro contemporâneo. As reportagens foram escritas apartir <strong>de</strong> uma pesquisa <strong>de</strong> opinião, sobre vários temas, realizadacom uma amostra <strong>de</strong> jovens. Foram feitas 120 perguntaspara 1.541 jovens em 168 cida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> país. A mancheteda capa dizia o seguinte: Datafolha traça perfil inédito:sonhos, me<strong>do</strong>s, vonta<strong>de</strong>s, dúvidas e certezas <strong>do</strong> jovembrasileiro. Note: para enten<strong>de</strong>r os jovens, o Datafolha, uminstituto <strong>de</strong> pesquisas <strong>do</strong> jornal Folha <strong>de</strong> São Paulo, julgouimportante falar da música que preferem. O que você achadisso?Nos jornais <strong>do</strong>minicais, é comum saírem ca<strong>de</strong>rnos diferentes <strong>do</strong>s que são publica<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>sos dias em um jornal? Quais você conhece?Agora, olhe a coluna da direita, on<strong>de</strong> aparecem os percentuais <strong>de</strong> escolhas <strong>de</strong> diferentesestilos <strong>de</strong> música pelos jovens entrevista<strong>do</strong>s e responda:a) Você conhece to<strong>do</strong>s os estilos musicais lista<strong>do</strong>s? Quais <strong>de</strong>les apareceram nos textos escritospelos colegas da turma?b) Compare os percentuais da turma com os percentuais <strong>do</strong> jornal. Os jovens entrevista<strong>do</strong>ssão pareci<strong>do</strong>s, em seus gostos musicais, com você, seus colegas e amigos?


c) Olhe para a foto que aparece no topo <strong>do</strong> gráfico <strong>de</strong> percentuais. Quem você acha que aparecena foto? Esses pés e pernas são pareci<strong>do</strong>s com os <strong>do</strong>s jovens que você conhece?d) Como se po<strong>de</strong> observar através das informações trazidas pelo gráfico, os informantesforam dividi<strong>do</strong>s em ricos/pobres, ensino superior/ensino fundamental, solteiros/casa<strong>do</strong>s.Por que você acha que fazer parte <strong>de</strong>sses diferentes grupos tinha a ver com o gostomusical <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s?Leitura silenciosa 2Leia o texto O Brasil <strong>do</strong> forró, que aparece, no mesmo jornal, embaixo <strong>do</strong> quadro com ospercentuais à esquerda. O texto aponta uma boa razão para que 25% <strong>do</strong>s jovens tenhamescolhi<strong>do</strong> o forró na pesquisa feita. Que razão é essa?O Brasil <strong>do</strong> forró!Gênero é o preferi<strong>do</strong> <strong>de</strong> um quarto <strong>do</strong>s jovens[Por Cristina Moreno <strong>de</strong> Castro, Colaboração para a Folha]Imagens <strong>de</strong> sumida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> forró, como Dominguinhos e Luiz Gonzaga, preenchem apare<strong>de</strong> sem reboco. No teto, ban<strong>de</strong>irinhas <strong>de</strong> São João. São 23h40, e a noite numa tradicionalcasa <strong>de</strong> forró no largo da Batata, em Pinheiros, apenas começa. Morna, mas vaiesquentar.Só 15 casais dançam o chama<strong>do</strong> forró pé-<strong>de</strong>-serra na pista principal. Alguns jovensbebem a xiboquinha – aperitivo tradicional, com gengibre, pinga, limão e especiarias.Ana Cláudia Serrano, 20, é uma das forrozeiras à espera <strong>de</strong> um par. Ela está vestidaa caráter: sandálias rasteirinhas, vesti<strong>do</strong> leve, cabelo meio preso. Além <strong>de</strong> fazer aulas <strong>de</strong>dança, vai aos bailes duas vezes por semana. A “turma <strong>do</strong> forró” não gera ciúmes no namora<strong>do</strong>roqueiro, que prefere não ir.A espera <strong>de</strong> Ana dura menos <strong>de</strong> cinco minutos: ela é tirada para dançar num ritual semcomplicações. Geralmente, é só na pista que <strong>de</strong>scobrem o nome um <strong>do</strong> outro – quan<strong>do</strong><strong>de</strong>scobrem. Se um <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is não dança bem, é aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong> sem muita cerimônia: beijo nabochecha, obriga<strong>do</strong>, tchau.À 0h15, é anunciada a primeira banda. A pista não <strong>de</strong>mora a encher: mesmo em noite<strong>de</strong> <strong>do</strong>is jogos importantes <strong>de</strong> futebol, cerca <strong>de</strong> 250 vesti<strong>do</strong>s, saiões e calças se esbarram,dançan<strong>do</strong>.É um consenso entre os forrozeiros que o maior objetivo ali é a dança. Mas e as paqueras?Contidas: só à 0h30 <strong>de</strong>u para flagrar um beijo na pista.À 1h20, a atração da noite: o pernambucano Trio Virgulino toca xote, xaxa<strong>do</strong>, baião eoutras variáveis <strong>do</strong> forró.Às 3h, quan<strong>do</strong> a festa acabou, a noite era fria lá fora. Mas, na casa <strong>do</strong> forró, to<strong>do</strong>s ossete ventila<strong>do</strong>res continuavam liga<strong>do</strong>s.1313Glossáriosumida<strong>de</strong>: indivíduo que se <strong>de</strong>staca por seu talento, seu saber.Dominguinhos: cantor, compositor e instrumentista <strong>de</strong> forró <strong>de</strong> Pernambuco.Luiz Gonzaga: músico, cantor e compositor popular brasileiro conheci<strong>do</strong> como “o rei<strong>do</strong> baião”.Pinheiros: bairro da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo.


14Atenção!Na internet, você encontrará, com certeza, muitas informações (e canções) <strong>de</strong>Luiz Gonzaga e <strong>de</strong> Dominguinhos. Navegue e escute! Você po<strong>de</strong>rá conhecermelhor as preferências <strong>do</strong>s jovens paulistas mencionadas no texto.Estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> textoDiscuta as quatro perguntas a seguir com seu colega mais próximo, anotem suas respostase, <strong>de</strong>pois, conversem sobre a leitura com a turma:1. O que você sabe sobre forró?2. Há semelhanças entre a festa <strong>de</strong>scrita no texto e as que você e/ou seus amigos frequentam?Quais? O que é diferente?3. Você sabe o que é “consenso”? Entre os aprecia<strong>do</strong>res <strong>do</strong> forró que estavam na festa, há umconsenso. Qual?4. Você acha que as escolhas <strong>de</strong> estilo musical feitas por sua turma têm a ver com o gosto peladança? Há consenso na turma sobre isso?Socialize suas respostas com seus colegas e <strong>de</strong>pois, individualmente, passe às seguintesquestões:5. Como você sabe, o texto que você leu foi publica<strong>do</strong> em um jornal. Repare que, logo abaixo<strong>do</strong> título, há um subtítulo que acrescenta uma informação nova em relação ao título e aoconteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> texto. Que informação é essa? O que ela po<strong>de</strong> significar?6. Releia o trecho abaixo:À 0h15, é anunciada a primeira banda. A pista não <strong>de</strong>mora a encher: mesmo em noite<strong>de</strong> <strong>do</strong>is jogos importantes <strong>de</strong> futebol, cerca <strong>de</strong> 250 vesti<strong>do</strong>s, saiões e calças se esbarram,dançan<strong>do</strong>.O que o autor quer dizer com “cerca <strong>de</strong> 250 vesti<strong>do</strong>s, saiões e calças se esbarram, dançan<strong>do</strong>.”?7. Releia o primeiro parágrafo. Na última frase, o autor diz: “Morna, mas vai esquentar”. Oque essa frase quer dizer em relação ao assunto geral <strong>do</strong> texto?8. O autor conta que, no início, a festa estava “morna”: <strong>de</strong>pois ela “esquenta”. Localize apassagem <strong>do</strong> texto que <strong>de</strong>screve essa mudança anunciada.9. A faixa etária <strong>do</strong>s jovens consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s na reportagem é <strong>de</strong> 16 a 25 anos. Há diferençasentre esses jovens e a sua turma em termos <strong>do</strong> gosto por música e dança?Linguagem1. Relembre o título <strong>do</strong> texto – O Brasil <strong>do</strong> forró! – e responda: qual o efeito <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> ponto<strong>de</strong> exclamação? Se no título não houvesse pontuação alguma, você acha que haveria umadiferença <strong>de</strong> senti<strong>do</strong>?


Atenção!Os <strong>do</strong>is-pontos po<strong>de</strong>m ser usa<strong>do</strong>s para:• anunciar que em seguida serão citadas as palavras <strong>de</strong> outra pessoa ou <strong>de</strong> outro texto;• indicar que o trecho seguinte da frase é uma enumeração, <strong>de</strong> significa<strong>do</strong> explicativo;• marcar que o trecho seguinte tem com o trecho anterior uma relação <strong>de</strong> síntese, <strong>de</strong>esclarecimento ou <strong>de</strong> consequência.1515Agora veja como isso aparece no texto li<strong>do</strong>: o que vem <strong>de</strong>pois <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is-pontos explica ouesclarece o que vem antes? É uma enumeração <strong>de</strong> algum tipo?Ela está vestida a caráter: sandálias rasteirinhas, vesti<strong>do</strong> leve, cabelo meio preso.Se um <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is não dança bem, é aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong> sem muita cerimônia: beijo na bochecha,obriga<strong>do</strong>, tchau.Na primeira frase, <strong>de</strong>pois <strong>do</strong> sinal, vem a <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong> que é estar vestida a caráter. Nasegunda, o trecho <strong>de</strong>pois <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is-pontos explica como o parceiro que não dança bem érapidamente aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong>.2. Agora volte ao texto e encontre os travessões que são utiliza<strong>do</strong>s. Um <strong>de</strong>les tem funçãoparecida com a <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is-pontos. Qual?Como você sabe, o ponto final serve para separar uma frase completa <strong>de</strong>outra. Alguns <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is-pontos utiliza<strong>do</strong>s marcam uma relação <strong>de</strong> senti<strong>do</strong> queexiste entre frases completas; a união <strong>de</strong>las com o uso <strong>de</strong> <strong>do</strong>is-pontos formaum perío<strong>do</strong>. Isso quer dizer que, no lugar <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is-pontos, po<strong>de</strong>ria ter si<strong>do</strong>usa<strong>do</strong> um ponto final, mas o autor <strong>do</strong> texto julgou que juntar com <strong>do</strong>is-pontos seria maisexpressivo. Veja:Atenção!A espera <strong>de</strong> Ana dura menos <strong>de</strong> cinco minutos: ela é tirada para dançar num ritual semcomplicações.A espera <strong>de</strong> Ana dura menos <strong>de</strong> cinco minutos. Ela é tirada para dançar num ritual semcomplicações.3. Qual a diferença <strong>de</strong> senti<strong>do</strong> entre as duas segmentações acima? Há diferença entre a versão comfrases separadas e aquela em que estão unidas pelos <strong>do</strong>is-pontos?4. Em que outro caso os <strong>do</strong>is-pontos unem duas frases completas e po<strong>de</strong>riam ser substituí<strong>do</strong>s porponto final no texto? Qual a diferença entre o uso <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is-pontos e o uso <strong>do</strong> ponto final?5. Nos outros casos <strong>de</strong> uso <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is-pontos no texto, por que as partes não são frases in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes?Revisão <strong>de</strong> textoO professor vai <strong>de</strong>volver a você o texto sobre música que escreveu em aula para discussão comos colegas. Examine como foi usa<strong>do</strong> o ponto final e avalie:a) todas as suas frases completas estão separadas por ponto final?b) você separou com ponto final algum trecho que não funciona como frase in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte?c) algumas <strong>de</strong> suas frases funcionariam melhor se formassem um perío<strong>do</strong> com emprego <strong>de</strong> <strong>do</strong>ispontos,<strong>de</strong> travessão ou com o uso <strong>de</strong> uma conjunção como “e”, “mas” ou “pois”?Discuta isso com mais <strong>do</strong>is colegas. Revisem os textos <strong>do</strong>s três e escolham um caso para


16apresentar aos <strong>de</strong>mais: vocês mudaram a pontuação? Por que os sinais <strong>de</strong> pontuação nãoestavam bem emprega<strong>do</strong>s ou por que o texto po<strong>de</strong>ria ficar ainda melhor com a mudança?Antologia <strong>de</strong> cançõesProdução oralAgora você vai ter a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mostrar aos colegas a sua canção favorita, ou, pelomenos, aquela que você julga importante neste momento e <strong>de</strong>cidiu apresentar à turma. Nãoesqueça: além <strong>de</strong> conhecer a canção, to<strong>do</strong>s estão esperan<strong>do</strong> que você conte por que a escolheu.Fale sobre os motivos da escolha e conte sua história!O conjunto das canções trazidas vai ser usa<strong>do</strong> para montar uma antologia.Leia a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> dicionário abaixo:Por que esse conjunto <strong>de</strong> canções está sen<strong>do</strong> chama<strong>do</strong> <strong>de</strong> antologia? Qual é o critério <strong>de</strong>escolha, no caso da antologia <strong>de</strong> vocês?Glossárioantologia: substantivo feminino1 - rubrica: botânica. Estu<strong>do</strong> das flores2 - coleção <strong>de</strong> flores escolhidas; florilégio3 -(1858) coleção <strong>de</strong> textos em prosa e/ou em verso, ger. <strong>de</strong> autores consagra<strong>do</strong>s,organiza<strong>do</strong>s segun<strong>do</strong> tema, época, autoria, etc.4 - livro que contém essa coleçãoLembre-se: ao final da aula, entregue sua canção para o professor.Vida em cançãoPreparação para a leitura1. Olhe para figura ao la<strong>do</strong>: ela é a reproduçãoda capa <strong>de</strong> um disco, <strong>do</strong> antológicocantor, compositor e escritor brasileiroChico Buarque <strong>de</strong> Holanda. Vocêconhece alguma obra <strong>de</strong>le? Você concordacom o adjetivo que usamos paramencioná-lo: antológico? Por que vocêacha que esse adjetivo po<strong>de</strong> ser usa<strong>do</strong>para falar <strong>de</strong> Chico Buarque?


2. Note que no centro da capa <strong>do</strong> disco aparecem duas fotos <strong>do</strong> cantor. Que tipo <strong>de</strong> fotos são essas?3. Ao re<strong>do</strong>r das fotos <strong>de</strong> Chico Buarque, <strong>de</strong> frente e <strong>de</strong> perfil, há uma série <strong>de</strong> imagens <strong>de</strong>outras pessoas, também <strong>de</strong> frente e <strong>de</strong> perfil. O que isso po<strong>de</strong>ria significar?4. Você acha que as imagens da capa combinam com o título <strong>do</strong> disco?5. Se você conhece esse cantor e compositor, fale sobre ele: você gosta <strong>de</strong> suas canções?Sabe cantar alguma?Glossário Chico Buarque: nasci<strong>do</strong> em 1944, é cantor, compositor e escritor. Iniciousua carreira musical em 1964. Em 1966, compôs A banda, uma <strong>de</strong> suascanções mais conhecidas. Na década <strong>de</strong> 70, fez diversas canções contra oregime militar, o que o levou a exilar-se na Itália. Em 1991, lançou seu primeiro romance,Estorvo, inauguran<strong>do</strong> uma carreira literária <strong>de</strong> muito sucesso. Entre seus gran<strong>de</strong>s sucessosmusicais estão João e Maria, Vai passar, Apesar <strong>de</strong> você.1717Leitura oral ou audição <strong>de</strong> cançãoNo disco Parato<strong>do</strong>s, uma das canções tem exatamente esse nome. Agora, você vai ouvirum ou mais <strong>de</strong> seus colegas lerem a letra da canção ou vai escutar a reprodução em CD.Repare como o compositor trata <strong>de</strong> acontecimentos e sentimentos pessoais, relacionan<strong>do</strong>-oscom a música, forma <strong>de</strong> arte tão importante em sua vida. Ou seja, assim como as bandas eos artistas <strong>de</strong> que você gosta são importantes para a sua formação pessoal, também o sãopara Chico Buarque. Nesse senti<strong>do</strong>, a canção que você vai ouvir é também uma nota autobiográfica.Por quê? Pense nisso enquanto escuta, e selecione elementos (auto)biográficosque apareçam na canção. Anote pelo menos <strong>do</strong>is <strong>de</strong>sses elementos para discutir <strong>de</strong>pois.Parato<strong>do</strong>s (Chico Buarque)O meu pai era paulistaMeu avô, pernambucanoO meu bisavô, mineiroMeu tataravô, baianoMeu maestro soberanoFoi Antonio BrasileiroFoi Antonio BrasileiroQuem soprou esta toadaQue cobri <strong>de</strong> re<strong>do</strong>ndilhasPra seguir minha jornadaE com a vista enevoadaVer o inferno e maravilhasNessas tortuosas trilhasA viola me redimeCreia, ilustre cavalheiroContra fel, moléstia, crimeUse Dorival CaymmiVá <strong>de</strong> Jackson <strong>do</strong> Pan<strong>de</strong>iroVi cida<strong>de</strong>s, vi dinheiroBan<strong>do</strong>leiros, vi hospíciosMoças feito passarinhoAvoan<strong>do</strong> <strong>de</strong> edifíciosFume Ari, cheire ViníciusBeba Nelson CavaquinhoPara um coração mesquinhoContra a solidão agresteLuiz Gonzaga é tiro certoPixinguinha é incontesteTome Noel, Cartola, OrestesCaetano e João GilbertoViva Erasmo, Ben, RobertoGil e Hermeto, palmas paraTo<strong>do</strong>s os instrumentistasSalve Edu, Bituca, NaraGal, Bethania, Rita, ClaraEvoé, jovens à vistaO meu pai era paulistaMeu avô, pernambucanoO meu bisavô, mineiroMeu tataravô, baianoVou na estrada há muitos anosSou um artista brasileiroGlossárioEvoé: é uma espécie <strong>de</strong>saudação, um grito festivocom que as sacer<strong>do</strong>tisasevocavam o <strong>de</strong>us Dionísioda mitologia grega.


Estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> texto18Há palavras nessa letra que são <strong>de</strong>sconhecidas para você? Faça uma lista e veja com aprofessora como a turma se organizará para pesquisá-las.Agora, sente-se em dupla e leiam <strong>de</strong> novo a letra para respon<strong>de</strong>rem às perguntas abaixo.1. Quem está falan<strong>do</strong> na canção é “um artista brasileiro”. Analisan<strong>do</strong> a letra da canção, oque se po<strong>de</strong> dizer a respeito da vida <strong>de</strong>sse artista?2. Por que motivo o compositor cita diversos artistas nessa canção?3. Nas estrofes 3, 4 e 5, o autor cita alguns nomes <strong>de</strong> cantores e compositores. Que papel eles têm?4. Uma das pessoas citadas parece ter maior relevância na formação <strong>de</strong>sse “artista brasileiro”.Que pessoa é essa? Que pistas a letra da canção oferece para ajudar a respon<strong>de</strong>ressa pergunta?5. A última estrofe tem apenas <strong>do</strong>is versos diferentes da primeira. Em que essa mudança contribuipara a canção?6. Na trajetória <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> cada um <strong>de</strong> vocês, que nomes seriam importantes? Por quê?Leitura silenciosaAgora, leia o pequeno texto abaixo, também <strong>de</strong> Chico Buarque. Você vai notar que ele<strong>de</strong>monstra ter gran<strong>de</strong> clareza com relação à importância <strong>de</strong> coisas e pessoas que conheceu eque tiveram efeitos sobre seu jeito <strong>de</strong> ser.Depois <strong>de</strong> ler o texto, você reconhece alguma relação entre o que Chico nos conta aqui eo que diz na canção Parato<strong>do</strong>s?Casa <strong>do</strong> OscarA casa <strong>do</strong> Oscar era o sonho da família. Havia o terreno para os la<strong>do</strong>s da Iguatemi,havia o anteprojeto, presente <strong>do</strong> próprio, havia a promessa <strong>de</strong> que um belo dia iríamosmorar na casa <strong>do</strong> Oscar. Cresci cheio <strong>de</strong> impaciência porque meu pai, embora fosse<strong>do</strong>no <strong>do</strong> Museu <strong>do</strong> Ipiranga, nunca juntava dinheiro para construir a casa <strong>do</strong> Oscar.Mais tar<strong>de</strong>, num aperto, em vez <strong>de</strong> ven<strong>de</strong>r o museu com os cacarecos <strong>de</strong>ntro, papai ven<strong>de</strong>uo terreno da Iguatemi. Desse mo<strong>do</strong> a casa <strong>do</strong> Oscar, antes <strong>de</strong> existir, foi <strong>de</strong>molida.Ou ficou intacta, suspensa no ar, como a casa no beco <strong>de</strong> Manuel Ban<strong>de</strong>ira.Senti-me traí<strong>do</strong>, tornei-me um rebel<strong>de</strong>, insultei meu pai, ergui o braço contra minhamãe e saí baten<strong>do</strong> a porta da nossa casa velha e normanda: só volto para casa quan<strong>do</strong>for a casa <strong>do</strong> Oscar! Pois bem, internaram-me num ginásio em Cataguazes, projeto <strong>do</strong>Oscar. Vivi seis meses naquele casarão <strong>do</strong> Oscar, achei pouco, <strong>de</strong>cidi-me a ser Oscareu mesmo. Regressei a São Paulo, estu<strong>de</strong>i geometria <strong>de</strong>scritiva, passei no vestibular e fuio pior aluno da classe. Mas ao professor <strong>de</strong> topografia, que me reprovou no exame oral,respondi cala<strong>do</strong>: lá em casa tenho um canu<strong>do</strong> com a casa <strong>do</strong> Oscar.Depois larguei a arquitetura e virei aprendiz <strong>de</strong> Tom Jobim. Quan<strong>do</strong> a minha músicasai boa, penso que parece música <strong>do</strong> Tom Jobim. Música <strong>do</strong> Tom, na minha cabeça, éa casa <strong>do</strong> Oscar.Texto retira<strong>do</strong> <strong>de</strong> www.chicobuarque.com.br/ Acesso em: 30 <strong>de</strong> jul. 2008.


Oscar Niemeyer, brasileiro nasci<strong>do</strong> em1907, é um <strong>do</strong>s maiores arquitetos <strong>do</strong>mun<strong>do</strong>. Sua obra <strong>de</strong>staca-se pelo uso <strong>do</strong>concreto arma<strong>do</strong>, material que lhe possibilitouexplorar a plasticida<strong>de</strong> das curvas.Em suas palavras: “Não é o ângulo retoque me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível,criada pelo homem. O que meatrai é a curva livre e sensual, a curva queencontro nas montanhas <strong>do</strong> meu país, nocurso sinuoso <strong>do</strong>s seus rios, nas ondas <strong>do</strong>mar, no corpo da mulher preferida”. Niemeyer,juntamente com Lucio Costa, projetoua cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília.1919Tom Jobim (1927-1994), ou Antonio Carlos Jobim, é um<strong>do</strong>s gran<strong>de</strong>s compositores da música brasileira. Juntamentecom Vinícius <strong>de</strong> Moraes e João Gilberto inventou a bossanova. Entre seus sucessos estão Garota <strong>de</strong> Ipanema, Águas <strong>de</strong>março, Chega <strong>de</strong> sauda<strong>de</strong>.Estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> textoDiscuta com um colega e <strong>de</strong>pois com a turma:1. Este é um texto no qual o autor conta sua vida <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a infância até a ida<strong>de</strong> adulta sob umcerto ponto <strong>de</strong> vista. Que ponto <strong>de</strong> vista é esse? Justifique sua resposta.2. No texto, Tom Jobim é na música o mesmo que Oscar Niemeyer é na arquitetura. O queisso significa?3. “Música <strong>do</strong> Tom, na minha cabeça, é a casa <strong>do</strong> Oscar.” Que significa<strong>do</strong> essa relação entreTom Jobim e Oscar Niemeyer tem na vida <strong>do</strong> autor?4. No primeiro parágrafo, o autor fala em “anteprojeto” e no final diz: “lá em casa tenho umcanu<strong>do</strong> com a casa <strong>do</strong> Oscar.” Qual a relação entre os <strong>do</strong>is trechos? Quem <strong>de</strong>u o anteprojeto<strong>de</strong> presente à família <strong>de</strong> Chico Buarque?5. Depois <strong>de</strong> ter li<strong>do</strong> o quadro informativo sobre Oscar Niemeyer, responda: por que vocêacha que essa casa era tão <strong>de</strong>sejada pelo autor?6. O autor diz: “<strong>de</strong>cidi-me a ser Oscar eu mesmo”. O que isso po<strong>de</strong> significar?


Linguagem201. Leia novamente o perío<strong>do</strong> a seguir, que está no texto <strong>de</strong> Chico sobre a casa <strong>de</strong> Oscar.Você acha que o episódio narra<strong>do</strong> no trecho aconteceu exatamente como está escrito, ou estáum pouco inventa<strong>do</strong>, um pouco enfeita<strong>do</strong> para surtir um efeito sobre o leitor? Por quê?“Senti-me traí<strong>do</strong>, tornei-me um rebel<strong>de</strong>, insultei meu pai, ergui o braço contra minha mãee saí baten<strong>do</strong> a porta da nossa casa velha e normanda: só volto para casa quan<strong>do</strong> for acasa <strong>do</strong> Oscar!”Você sabe como é uma “casa velha e normanda”?É uma casa antiga <strong>de</strong> alvenaria,Atenção!<strong>de</strong> tijolo e telhadinho, diferente <strong>do</strong>s projetos<strong>de</strong> Oscar Niemeyer, com planta e fachadas livres,pilotis, terraço-jardim e janelas horizontais, como omuseu que ele mesmo projetou e é <strong>de</strong>dica<strong>do</strong> a suaobra (ver fotografia na página 17).Para refletirAgora observe a estrutura: você percebe que, no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong>staca<strong>do</strong> na questão1, há várias orações? Pense no uso da vírgula e no uso <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is-pontos. Asvírgulas <strong>de</strong>monstram que as orações até os <strong>do</strong>is-pontos são uma série: estãocoor<strong>de</strong>nadas. Ao separar orações com o uso da vírgula, sempre <strong>de</strong>vemos perguntar:elas pertencem a uma única série <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias, ações, acontecimentos? A última oraçãocoor<strong>de</strong>nada é aquela que começa com a conjunção “e”; ela termina a série. Depois, vem afrase que expressa uma síntese da indignação <strong>do</strong> autor: “Só volto para casa quan<strong>do</strong> for a casa<strong>do</strong> Oscar!”. Nela está a explicação para tu<strong>do</strong> e, ao mesmo tempo, uma <strong>de</strong>claração <strong>de</strong>finitiva,não é? Po<strong>de</strong>ria estar separada por ponto, porque é ao mesmo tempo relacionada às outras,mas diferente; é uma frase in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte. Unin<strong>do</strong> tu<strong>do</strong> num perío<strong>do</strong>, com os <strong>do</strong>is-pontos, ficareforçada a relação entre esta última frase e o restante, mas escrever e organizar o perío<strong>do</strong>assim foi uma escolha <strong>do</strong> autor.2. Volte ao texto <strong>de</strong> Chico: você encontra outro exemplo em que várias orações estãocoor<strong>de</strong>nadas, numa série que forma um perío<strong>do</strong>?Caixa da canção - caixa da memóriaAo longo das próximas aulas, você vai retomar a cançãoque escolheu para apresentar para a turma e fazer uma reflexãosobre a história da sua vida a partir <strong>de</strong>la. Essa reflexão vaipermitir que você também escreva sua nota autobiográfica ecompartilhe <strong>de</strong> suas memórias e histórias com os colegas daescola. Depois <strong>de</strong> escritos os textos, eles serão organiza<strong>do</strong>sem uma antologia. O projeto se inspira na trilogia Memóriasinventadas, <strong>do</strong> escritor brasileiro Manoel <strong>de</strong> Barros. Uma coisalegal e linda sobre esses livros é que eles se apresentam comouma caixa: <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>la, cada texto vem escrito numa folha;


são folhas geminadas e amareladas, como se fossem <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>rnos antigos. Nelas, além <strong>do</strong>texto <strong>de</strong> Manoel <strong>de</strong> Barros, aparecem também iluminuras realizadas pela filha <strong>do</strong> autor,Martha Barros. Olhem, na página anterior, uma <strong>de</strong>ssas caixas, a <strong>de</strong> Memórias Inventadas: ainfância.2121O que são “iluminuras”?São grafismos, enfeites etraços artísticos <strong>de</strong> diversostipos, utiliza<strong>do</strong>s para daruma apresentação bonitaa um texto; eram muito comunsna Ida<strong>de</strong> Média. Vejaos exemplos ao la<strong>do</strong>.Preparação para a leitura1. Olhe novamente para a caixa-livro na página anterior. Que histórias você espera encontrar?2. Leia um pequeno trecho da biografia <strong>do</strong> autor. Sobre o que você espera que o autor tratenas suas memórias inventadas da infância?Manoel Wenceslau Leite <strong>de</strong> Barrosnasceu em Cuiabá (MT) no Beco da Marinha,beira <strong>do</strong> Rio Cuiabá, em 19 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<strong>de</strong> 1916, filho <strong>de</strong> João VenceslauBarros, capataz com influência naquelaregião. Mu<strong>do</strong>u-se para Corumbá (MS),on<strong>de</strong> se fixou <strong>de</strong> tal forma que chegoua ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> corumbaense. Atualmentemora em Campo Gran<strong>de</strong> (MS). Éadvoga<strong>do</strong>, fazen<strong>de</strong>iro e poeta. Tinha umano <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> quan<strong>do</strong> o pai <strong>de</strong>cidiu fundarfazenda com a família no Pantanal:construir rancho, cercar terras, amansarga<strong>do</strong> selvagem. Nequinho, como era chama<strong>do</strong> carinhosamente pelos familiares, cresceubrincan<strong>do</strong> no terreiro em frente à casa, pé no chão, entre os currais e as coisas “<strong>de</strong>simportantes”que marcariam sua obra para sempre. “Ali o que eu tinha era ver os movimentos, aatrapalhação das formigas, caramujos, lagartixas. Era o apogeu <strong>do</strong> chão e <strong>do</strong> pequeno.”Retira<strong>do</strong> <strong>do</strong> sítio Releituras: www.releituras.com/manoel<strong>de</strong>barros_bio.aspLeitura silenciosaLeia um <strong>do</strong>s textos que compõem a caixa Memórias Inventadas: a infância.


Frasea<strong>do</strong>r22Hoje eu completei oitenta e cinco anos. O poeta nasceu <strong>de</strong> treze. Naquela ocasião escrevi umacarta aos meus pais, que moravam na fazenda, contan<strong>do</strong> que eu já <strong>de</strong>cidira o que queria ser nomeu futuro. Que eu não queria ser <strong>do</strong>utor. Nem <strong>do</strong>utor <strong>de</strong> curar nem <strong>do</strong>utor <strong>de</strong> fazer casa nem<strong>do</strong>utor <strong>de</strong> medir terras. Que eu queria era ser frasea<strong>do</strong>r. Meu pai ficou meio vago <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ler acarta. Minha mãe inclinou a cabeça. Eu queria ser frasea<strong>do</strong>r e não <strong>do</strong>utor. Então, o meu irmãomais velho perguntou: Mas esse tal <strong>de</strong> frasea<strong>do</strong>r bota mantimento em casa? Eu não queria ser<strong>do</strong>utor, eu só queria ser frasea<strong>do</strong>r. Meu irmão insistiu: Mas se frasea<strong>do</strong>r não bota mantimentoem casa, nós temos que botar uma enxada na mão <strong>de</strong>sse menino pra ele <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> variar. Amãe baixou a cabeça um pouco mais. O pai continuou meio vago. Mas não botou enxada.Estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> texto1. Se o poeta fala da infância, por que inicia dizen<strong>do</strong> “Hoje completei oitenta e cinco anos.”?2. O que ele quer dizer com a afirmação “O poeta nasceu <strong>de</strong> treze.”?3. A maneira como o texto está escrito faz lembrar o registro biográfico li<strong>do</strong> na página 19?Por quê?4. Há diferenças entre a linguagem <strong>do</strong> registro biográfico e a <strong>do</strong> texto Frasea<strong>do</strong>r? Quais vocêi<strong>de</strong>ntifica?5. Há outra forma <strong>de</strong> estabelecer essa diferença, observan<strong>do</strong> a finalida<strong>de</strong> <strong>do</strong> texto. O primeirotexto tem como função principal informar. E o segun<strong>do</strong>, apenas informa ou tambéminteressa o mo<strong>do</strong> como o autor diz?6. Destaque <strong>do</strong> texto um exemplo que comprove que Manoel <strong>de</strong> Barros está mais preocupa<strong>do</strong>em fazer literatura <strong>do</strong> que em informar.Nesse texto literário, você também po<strong>de</strong> encontrar elementos característicos <strong>de</strong> notasautobiográficas, já que ele apresenta:• fatos <strong>do</strong> passa<strong>do</strong> e avaliações sobre esses fatos.• relações entre as experiências vividas e as <strong>de</strong>cisões <strong>do</strong> sujeito; ou seja, relações entrepassa<strong>do</strong> e presente, ou entre o passa<strong>do</strong> e o futuro que o seguiu.• comentários sobre pessoas que influenciaram a história <strong>do</strong> sujeito.• sentimentos e características da personalida<strong>de</strong> <strong>do</strong> sujeito.• registro em primeira ou em terceira pessoa.7. Você encontra os tópicos lista<strong>do</strong>s acima na nota autobiográfica Casa <strong>do</strong> Oscar, <strong>de</strong> ChicoBuarque (página 16)?Produção <strong>de</strong> textoAgora é o momento <strong>de</strong> escrever a sua nota autobiográfica.Sempre é bom planejar seu texto antes <strong>de</strong> começar a escrever. Pense no seguinte:• A partir <strong>de</strong> que canção você fará a reflexão sobre sua história <strong>de</strong> vida?• Por que você gosta <strong>de</strong>ssa canção e <strong>de</strong>sse gênero musical?• Que fatos e que características <strong>de</strong> sua vida são importantes como contexto para o leitorenten<strong>de</strong>r o papel da canção escolhida?• A canção e o(s) artista(s) escolhi<strong>do</strong>s são importantes para seu presente apenas, ou têm algoa ver com seu passa<strong>do</strong> e com suas escolhas para o futuro?


• A canção e o(s) artista(s) são importantes apenas para você ou também para outras pessoas?• Para que público você está escreven<strong>do</strong>? Colegas <strong>de</strong> sua ida<strong>de</strong>, colegas <strong>de</strong> diferentes ida<strong>de</strong>s,ou to<strong>do</strong>s esses e mais os professores?• Faça anotações <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> isso, pois elas serão úteis na hora <strong>de</strong> escrever.Agora escreva seu texto.Revisão <strong>do</strong> textoDepois <strong>de</strong> escrito, junte-se ao colega ao la<strong>do</strong> e revisem seus textos com base nos critériosabaixo.2323SimNãoPrecisa melhorar1. O texto é uma nota autobiográfica.2. Dá para enten<strong>de</strong>r <strong>de</strong> que o colega está falan<strong>do</strong>:os fatos narra<strong>do</strong>s e as reflexões construídas fazemsenti<strong>do</strong>.3. A nota autobiográfica tem relação com a música,ou com outras linguagens artísticas com as quais oautor se i<strong>de</strong>ntifica.4. O texto utiliza recursos para se dirigir aos seusleitores.5. A ortografia utilizada é a<strong>de</strong>quada. (Se houvererros, marque no texto).6. No texto, o ponto final é utiliza<strong>do</strong> para terminarfrases.7. O texto organiza bem os perío<strong>do</strong>s, agrupa oraçõese utiliza corretamente os sinais <strong>de</strong> pontuação quese usam para escrever perío<strong>do</strong>s complexos.Use esse quadro para pensar no texto <strong>do</strong> colega. Depois que preencher tu<strong>do</strong>, mostre a ele aparte que você sugere seja melhorada, discutin<strong>do</strong> item por item.Finalização <strong>do</strong> textoDepois da leitura <strong>de</strong> seu colega, revise seu texto. Uma coisa legal sobre a escrita é que,como ela fica no papel, po<strong>de</strong>mos melhorá-la sempre! Depois <strong>de</strong> revisa<strong>do</strong>, pelos colegas e talveztambém por seu professor, você po<strong>de</strong>rá finalizá-lo: faça a transcrição da letra da cançãoque você escolheu e coloque sua nota biográfica na mesma página. Adicione suas iluminurasà página. Você po<strong>de</strong> se valer <strong>de</strong> cores, letras especiais, <strong>de</strong>senhos, colagem, imagens retiradas<strong>de</strong> outras fontes, digitais ou não.Depois, é só planejar a montagem da caixa que vai tornar públicas as produções da turma.


Planejamento da caixa da memória24O primeiro passo para a montagem da caixa é tomar algumas <strong>de</strong>cisões com a turma einiciar o planejamento da parte coletiva <strong>do</strong> trabalho. Discutam e, se não conseguirem chegara um consenso, votem nos seguintes aspectos:1. De que será feita a caixa? Vocês têm alguma sugestão? Lembrem-se <strong>de</strong> que é a caixa <strong>de</strong>vocês, que contém, ao mesmo tempo, canções e notas autobiográficas. Que tipo <strong>de</strong> aparênciaexterna seria revela<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> seu conteú<strong>do</strong>? Como vocês acham que ficaria bonita,atraente e expressiva?2. Qual será o título da caixa da turma?3. Quem <strong>de</strong> vocês tem talentos gráficos e po<strong>de</strong> trazer algumas sugestões para a disposição<strong>do</strong>s elementos na tampa? Ali <strong>de</strong>verão aparecer o título e a autoria, no mínimo. E o quemais? Marquem, junto com o professor, o dia em que vão <strong>de</strong>cidir sobre a tampa: o i<strong>de</strong>al évocês terem vários projetos e escolherem o melhor, não acham?4. Que papel será usa<strong>do</strong> por to<strong>do</strong>s os colegas para os textos que irão <strong>de</strong>ntro da caixa? Cadaum escolherá o seu ou to<strong>do</strong>s usarão o mesmo tipo <strong>de</strong> papel?Talvez essa ativida<strong>de</strong> implique trabalho extraclasse. Combine com seu professor!


Ensino Fundamental7 a e 8 a sériesMargarete SchlatterLetícia Soares BortoliniGraziela Hoerbe Andrighetti


Os outros e eu2727Você já pensou em como você se relaciona com a música? Convidamos você a conversarsobre o que a música diz sobre nós mesmos, sobre o que gostamos e com o que nos i<strong>de</strong>ntificamos.Duas músicas são propostas nesta unida<strong>de</strong>: uma que fala sobre gostos e a outrasobre a situação <strong>de</strong> pessoas que <strong>de</strong>ixam sua terra natal para viver em outro lugar. Depois <strong>de</strong>refletir sobre esses temas, <strong>de</strong>safiamos você a montar um cartaz sobre quem você é, <strong>de</strong> on<strong>de</strong>você veio e que música é a sua cara. Será que os colegas conhecem você?Quem são esses caras?Preparação para a compreensão oral e a leituraa) Que tipo <strong>de</strong> música você ouve? Que cantores e bandas você curte? O que esses cantorese bandas dizem sobre você?b) Você conhece cantores e bandas que cantam em espanhol? Quais? De on<strong>de</strong> eles são?Confira nos mapas on<strong>de</strong> ficam os países <strong>de</strong>sses cantores.Mapa <strong>de</strong> LatinoaméricaMapa <strong>de</strong> la Península Ibéricawww.elemat.es/.../<strong>de</strong>fault.htm?filiale=Alicantewww.brazilfield.com/img/mapa_america_latina.pngc) Você já ouviu falar no cantor chama<strong>do</strong> Manu Chao? Conhece alguma música cantada porele?Nesta unida<strong>de</strong> vamos ouvir músicas <strong>de</strong> Manu Chao. Mas antes vamos conhecer um poucomais sobre quem é esse cantor?


Leitura: Manu Chao – cantor <strong>de</strong> muitos mun<strong>do</strong>s281. Ao la<strong>do</strong> você po<strong>de</strong> ver a capa <strong>do</strong> cd “Próxima Estación... Esperanza”e uma foto <strong>de</strong> Manu Chao. Analisan<strong>do</strong> as imagens, como vocêimagina que seja a música <strong>de</strong>le? De on<strong>de</strong> ele é? Por quê?2. Você sabe o que é uma biografia? Que informações normalmenteencontramos nesse tipo <strong>de</strong> texto? On<strong>de</strong> po<strong>de</strong> aparecer esse tipo <strong>de</strong>texto?3. Vamos ler uma biografia resumida <strong>de</strong> Manu Chao. Leia o texto eencontre as seguintes informações:a) De on<strong>de</strong> é Manu Chao?b) De on<strong>de</strong> são seus pais?Manu Chao en pocas palabrasManu Chao nació en París, el 21 <strong>de</strong> julio <strong>de</strong> 1961, hijo <strong>de</strong>l periodista gallego Ramón Chao y <strong>de</strong> madrevasca, <strong>de</strong> Bilbao. Sus padres emigraron a Francia durante la dictadura española <strong>de</strong> FranciscoFranco. Manu y sus hermanos crecieron en Sèvres, al oeste <strong>de</strong> París.A los 14 años Manu Chao tuvo su primer grupo, “Joint <strong>de</strong> Culasse”. Luego, <strong>do</strong>s grupos más: “HotPants” y “Los Carayos”. En 1987, Manu, su hermano y su primo fundaron el grupo Mano Negra, quetriunfó primero en Francia con el single “Mala vida” y <strong>de</strong>spués tuvieron giras por Sudamérica. Trasuna larga temporada en el grupo (<strong>de</strong>l 1987 al 1994), Manu comienza su carrera en solitario.Su música tiene muchas influencias: rock, chanson francesa, salsa, reggae, ska y raï argelino. Recibióestas influencias <strong>de</strong> inmigrantes en Francia, <strong>de</strong> sus relaciones ibéricas y <strong>de</strong> sus recorri<strong>do</strong>s enAmérica con Mano Negra.Chao es políglota, pero canta, principalmente, en español, francés e inglés, cambian<strong>do</strong> <strong>de</strong> idioma amenu<strong>do</strong> en la misma canción. Aunque es uno <strong>de</strong> los artistas que más ven<strong>de</strong> en el mun<strong>do</strong>, es relativamentepoco conoci<strong>do</strong> en los países <strong>de</strong> habla inglesa.Su primer cd en carrera en solitario fue Clan<strong>de</strong>stino (1998). En 2001, lanzó Próxima Estación: Esperanza.Luego Radio Bemba Sound System (2002). En 2004 publicó un disco-libro (Sibérie m’étaitcontée), en francés, con ilustraciones <strong>de</strong>l dibujante polaco Wozniak.El 3 <strong>de</strong> septiembre <strong>de</strong> 2007,salió a la venta su nuevo CD («La Radiolina») y un día <strong>de</strong>spués en vinilo.Texto edita<strong>do</strong> <strong>de</strong> www.to<strong>do</strong>musica.org/manu_chao/ e http://es.wikipedia.org/wiki/Manu_Chao. Acessa<strong>do</strong>s em: ago. 2008.c) Como a origem e as relações <strong>de</strong> Manu Chao influenciaram sua música?d) A partir <strong>do</strong> texto, po<strong>de</strong>mos saber se Manu Chao é um artista famoso mundialmente? Como?e) O que chamou a atenção sobre a vida <strong>de</strong>le? Por quê?f ) Que outras informações sobre o artista você incluiria na biografia que lemos? Quais? Porquê?


g) Com base na biografia <strong>de</strong> Manu Chao, complete o quadro abaixo com informações geraissobre o cantor:Informaciones generales2929Nombre:José Manuel Tomás Arturo ChaoNombre artístico:Fecha <strong>de</strong> nacimiento: 21 <strong>de</strong> junio <strong>de</strong> 1961Lugar <strong>de</strong> nacimiento:Padre:Origen:Madre:Origen:Lenguas que habla:Género musical que toca:Grupos en los que ya participó:Diz com quem andas, e te direi quem és!Uso da língua1. Abaixo você po<strong>de</strong> ler as respostas <strong>de</strong> João Alfre<strong>do</strong> a várias perguntas. Junto com seucolega, pensem quais foram as perguntas feitas pelo entrevista<strong>do</strong>r para obter essas informações.Utilizem o quadro para ajudar vocês.Pregunta: _____________________________NOMBRE: João Alfre<strong>do</strong> Macha<strong>do</strong> KuhnPregunta: _____________________________FECHA DE NACIMIENTO: 05/04/1983, el cinco <strong>de</strong> abril <strong>de</strong>l ochenta y tresPregunta: _____________________________LUGAR DE NACIMIENTO: Feliz, Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul, BrasilPregunta: _____________________________NOMBRE DEL PADRE: João KuhnPregunta: _____________________________NOMBRE DE LA MADRE: Margarida Macha<strong>do</strong> KuhnPregunta: _____________________________LENGUAS QUE HABLA: portugués, alemán¿Cómo?¿Qué?¿Dón<strong>de</strong>?¿Cuán<strong>do</strong>?¿Cuál?Pregunta: _____________________________TIPO DE MUSICA PREFERIDA: pago<strong>de</strong>


302. Entreviste <strong>do</strong>is colegas utilizan<strong>do</strong> as perguntas da tarefa anterior e preencha as fichasque seguem com as informações que você <strong>de</strong>scobrir.Informaciones generalesNombre:Informaciones generalesNombre:Apo<strong>do</strong>:Fecha <strong>de</strong> nacimiento:Lugar <strong>de</strong> nacimiento:Padre:Origen:Madre:Origen:Lenguas que habla:Género musical preferi<strong>do</strong>:Apo<strong>do</strong>:Fecha <strong>de</strong> nacimiento:Lugar <strong>de</strong> nacimiento:Padre:Origen:Madre:Origen:Lenguas que habla:Género musical preferi<strong>do</strong>:O que dizem esses caras?Compreensão oralMúsica I – “Me gustas tú”Vamos escutar um trecho <strong>de</strong> uma música muito conhecida <strong>de</strong> Manu Chao. Essa música fala<strong>de</strong> como é esse cantor e <strong>do</strong> que ele gosta. Escute o trecho da música. Depois, com seu colega,respondam:a) Que tipo <strong>de</strong> ritmo musical é esse?b) Você consegue listar algumas das coisas que o cantor diz que gosta?c) Escute o trecho <strong>de</strong> novo, acompanhan<strong>do</strong> os versos da música, e confira a sua lista.Me gustas tú – Manu ChaoTe lo dije bien claritoDoce <strong>de</strong> la noche en la Habana, CubaOnce <strong>de</strong> la noche en San Salva<strong>do</strong>r, El Salva<strong>do</strong>rOnce <strong>de</strong> la noche en Managua, NicaraguaMe gustan los aviones, me gustas tú.Me gusta viajar, me gustas tú.Me gusta la mañana, me gustas tú.Me gusta el viento, me gustas tú.Me gusta soñar, me gustas tú.Me gusta la mar, me gustas tú.2. Converse com seu colega:a) Escute <strong>de</strong> novo a primeira estrofe.Quem po<strong>de</strong> estar falan<strong>do</strong>? O queestá sen<strong>do</strong> dito?b) E na última? O que está sen<strong>do</strong> fala<strong>do</strong>?Em que línguas?c) Qual po<strong>de</strong> ser a relação entre a primeiraestrofe e as duas outras?


Que voy a hacer, je ne sais pas.Que voy a hacer, je ne sais plus.Que voy a hacer, je suis perdu.¿Qué horas son mi corazón?Legendaje ne sais pas = “no lo sé”je ne sais plus = “ya no lo sé”je suis perdu = “estoy perdi<strong>do</strong>”3131MANU CHAO (2001), Próxima estación... Esperanza. Chewaka-Virgin.Estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> texto1. Releia a letra da música:a) Observe que o final <strong>do</strong>s versos da última estrofe são em francês. Por que você acha queManu Chao utiliza a língua francesa?b) Leia as frases da segunda estrofe. Em todas é repeti<strong>do</strong> o verbo gustar, mas a maneira comoo verbo aparece não é sempre igual (gustan, gustas, gusta). Por que você acha que elemuda? Leia novamente. Analisan<strong>do</strong> as frases você chega a alguma conclusão?2. Você sabe o que significa a frase me gustas tú? Leia os textos abaixo e confira se você sabe oque significa a frase. Os textos são respostas <strong>de</strong> três internautas <strong>de</strong> um fórum <strong>do</strong> site YahooEspaña em resposta à pergunta <strong>de</strong> Soraya: ¿Qué diferencia hay entre gustar y querer?¿Qué diferencia hay entre gustary querer?Quiero que me lo digáis convuestras palabras! que no lassaquéis <strong>de</strong>l google y ya.. !^^Muchas gracias a t0d0s!!! =) Okk!»..˚ šoRy ˚..«gustar es con la vista y querer escon la vista y el corazón.Isidro fgustar, es simplemente atracciónfísica..querer, es ya enamorarse, amara la otra persona, sentir “fuego” cuan<strong>do</strong>la tienes cerca, y tener las pulsaciones a100000000000000 por hora.Simplemente amorgustar es simplemente agradara la vista es <strong>de</strong>cir me gustan tusojos, tú, u otras cosas y querermmmm querer es algo más es ya un sentimientoque poco a poco pue<strong>de</strong> transformarseen amor, se cosecha, es algo quese da en el corazón no en las pupilas.Marla Guzman(http://es.answers.yahoo.com/question/in<strong>de</strong>x?qid=20071006025927AA2krIA)a) Com base nas explicações <strong>do</strong>s internautas, como falamos me gustas e te quiero em português?b) Por que você acha que Manu Chao repete a frase me gustas tú no final <strong>de</strong> cada verso dasegunda estrofe?


32Uso da língua1. Manu Chao diz que me gustan los aviones / me gusta viajar / me gusta la mañana / me gustas tú.Faça uma lista das coisas <strong>de</strong> que você gosta.2. Complete a letra da música com o que você gosta. Nos últimos versos, complete a frasena língua que você quiser.Me gustanMe gustaQue voy a hacer,Que voy a hacer,Que voy a hacer,Preparação para a compreensão oral e a leituraComo lemos na biografia <strong>de</strong> Manu Chao, os pais <strong>de</strong>le são espanhóis, migraram para a Françapor causa da ditadura e lá criaram os filhos. Converse com o colega:a) Que outros motivos po<strong>de</strong>m ter uma pessoa para se mudar para outro país ou <strong>de</strong>ixar acida<strong>de</strong> natal?b) Você nasceu na cida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> você mora agora? Caso não, por que você se mu<strong>do</strong>u?c) No seu caso, seus pais nasceram na cida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> eles moram agora? Caso não, por quemudaram <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>?d) Qual a origem da sua família materna? E paterna?Música II – “Clan<strong>de</strong>stino”Vamos escutar mais uma música <strong>de</strong> Manu Chao. Esta se chama“Clan<strong>de</strong>stino”, <strong>do</strong> cd que tem o mesmo nome, lança<strong>do</strong> em 1998.Antes <strong>de</strong> escutar a música, converse com os colegas: o que é ser clan<strong>de</strong>stinopara vocês?1. Assista a um trecho <strong>do</strong> clipe da música sem som e responda:a) Quem são as pessoas que aparecem no clipe? De on<strong>de</strong> você acha que elas são? Por quê?b) Como é a expressão facial <strong>de</strong>ssas pessoas?c) O que elas fazem?d) Qual po<strong>de</strong> ser a relação entre essas imagens e o título da música?2. Agora assista ao clipe da música com som e responda:a) Como é o ritmo da música? Se parece com a primeira música que escutamos?b) Que palavras ou frases que você escuta po<strong>de</strong>m ser relacionadas com o título da música?Complete o diagrama da página seguinte.


correrSolo voy con mi pena333CLANDESTINOCompreensão oral e leitura1. Escute a música, acompanhe a letra a seguir e confira as frases e palavras que você anotouna tarefa anterior.Clan<strong>de</strong>stino – Manu chaoSolo voy con mi penaSola va mi con<strong>de</strong>naCorrer es mi <strong>de</strong>stinoPara burlar la leyPerdi<strong>do</strong> en el corazónDe la gran<strong>de</strong> BabylonMe dicen el clan<strong>de</strong>stinoPor no llevar papelPa’ una ciudad <strong>de</strong>l norteYo me fui a trabajarMi vida la <strong>de</strong>jéEntre Ceuta y GibraltarSoy una raya en el marFantasma en la ciudadMi vida va prohibidaDice la autoridadSolo voy con mi penaSola va mi con<strong>de</strong>naCorrer es mi <strong>de</strong>stinoPor no llevar papelPerdi<strong>do</strong> en el corazónDe la gran<strong>de</strong> BabylonMe dicen el clan<strong>de</strong>stinoYo soy el quiebra leyMano Negra clan<strong>de</strong>stinaPeruano clan<strong>de</strong>stinoAfricano clan<strong>de</strong>stinoMarijuana ilegalSolo voy con mi penaSola va mi con<strong>de</strong>naCorrer es mi <strong>de</strong>stinoPara burlar la leyPerdi<strong>do</strong> en el corazónDe la gran<strong>de</strong> BabylonMe dicen el clan<strong>de</strong>stinoPor no llevar papelArgelino clan<strong>de</strong>stinoNigeriano clan<strong>de</strong>stinoBoliviano clan<strong>de</strong>stinoMano negra ilegalMANU CHAO (1998)Clan<strong>de</strong>stino. Chewaka2. Converse com o colega:a) O ritmo, a letra e as imagens <strong>do</strong> clipe da música <strong>de</strong>spertam que sentimentos em vocês?b) De acor<strong>do</strong> com a letra da música, o que é ser clan<strong>de</strong>stino? Que frases ou palavras sugeremisso?c) Por que a letra compara um fantasma a um clan<strong>de</strong>stino?d) A música dá voz a um clan<strong>de</strong>stino. Po<strong>de</strong>mos saber <strong>de</strong> on<strong>de</strong> ele é? Para on<strong>de</strong> ele foi? Porque ele saiu <strong>de</strong> seu país? Como vocês sabem?e) Algumas nacionalida<strong>de</strong>s são mencionadas, o que vocês sabem sobre esses países? O queeles po<strong>de</strong>m ter a ver com o tema da música?


343. Leia as questões e <strong>de</strong>pois converse com os colegas:a) A i<strong>de</strong>ia que você tinha sobre ser clan<strong>de</strong>stino mu<strong>do</strong>u <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> discutir essa música?b) Você já se sentiu um “clan<strong>de</strong>stino” em algum lugar? Por quê? O que você fez para mudaressa situação? Alguém aju<strong>do</strong>u?c) Você conhece alguém que foi morar em outro país? Você sabe por que isso aconteceu?d) O que faz alguém se sentir “em casa” (pense em comportamentos, formas <strong>de</strong> se vestir, jeito<strong>de</strong> falar, etc.)?e) O que faz você se sentir em casa? E o que faz você ter vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> ir embora?Uso da língua1. Nas estrofes abaixo, há versos em que Manu Chao fala quem é e como se sente, e outrosem que ele nos conta como ele é <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> por outras pessoas. I<strong>de</strong>ntifique quais versosfalam sobre cada um <strong>de</strong>sses temas.Perdi<strong>do</strong> en el corazónDe la gran<strong>de</strong> BabylonMe dicen el clan<strong>de</strong>stinoPor no llevar papelSoy una raya en el marFantasma en la ciudadMi vida va prohibidaDice la autoridadPerdi<strong>do</strong> en el corazónDe la gran<strong>de</strong> BabylonMe dicen el clan<strong>de</strong>stinoYo soy el quiebra leya) Como o cantor se <strong>de</strong>fine?b) O que os outros falam <strong>de</strong>le?c) Quem fala isso <strong>de</strong>le?2. Os versos mi vida va prohibida, dice la autoridad e me dicen el clan<strong>de</strong>stino po<strong>de</strong>m ser ditos <strong>de</strong>outra maneira. Observe:a) Mi vida va prohibida, dice la autoridad → La autoridad dice que mi vida va prohibida.b) Me dicen el clan<strong>de</strong>stino → (Las personas / Los policías?) me dicen que soy clan<strong>de</strong>stino.3. Como você escreveria as frases anteriores falan<strong>do</strong> sobre o que os amigos ou familiaresfalam <strong>de</strong> você? Use o dicionário se precisar.a) ____________________________________________________________________________b) ____________________________________________________________________________4. Você concorda com a maneira como as pessoas veem você? Retome as frases que vocêescreveu acima (completan<strong>do</strong> a primeira lacuna a seguir) e continue a frase, dizen<strong>do</strong>como você se vê (completan<strong>do</strong> a segunda lacuna a seguir):Me dicen ___________________________pero soy ______________________________


36f) Complete o quadro com as informaçõesgerais sobre o(a) cantor(a) ou banda que cantaa música que você escolheu. Você po<strong>de</strong>também procurar fotos <strong>de</strong>sse(s) artista(s) parailustrar o quadro.Informaciones generalesNombre:Apo<strong>do</strong>:Fecha <strong>de</strong> nacimiento:4. Reúna os da<strong>do</strong>s que você tem e faça um Lugar <strong>de</strong> nacimiento:cartaz. Lembre-se <strong>de</strong> incluir informações Lengua(s) en que canta(n):gerais sobre você e suas raízes (tarefas 1Género musical:e 2), sobre a música e o cantor ou bandaque representam você (tarefa 3). Nãose esqueça <strong>de</strong> acrescentar as frases <strong>de</strong> como os amigos veem você!5. Reúna-se com 3 ou 4 colegas. Apresente o cartaz para eles. O que os colegas acharamda apresentação? Que informações sobre você eles não sabiam? O que acharam maissurpreen<strong>de</strong>nte? Por quê?Para além da sala <strong>de</strong> aulaFaça uma pesquisa sobre as línguas faladas na Espanha. Você sabe quais são as línguasfaladas no Brasil? Pesquise nos sites a seguir e conte para a turma o que você <strong>de</strong>scobriu.Lenguas <strong>de</strong> España:http://www.proel.orghttp://es.wikipedia.org/wiki/Idiomas_<strong>de</strong>_Españahttp://www.rinconcastellano.com/lenguas/Línguas <strong>do</strong> Brasil:http://super.abril.com.br/superarquivo/2002/conteu<strong>do</strong>_232425.shtmlhttp://www.ipol.org.brhttp://www.treinamento.folhasp.com.br/linguas<strong>do</strong>brasil/Autoavaliaçãoa) Depois <strong>de</strong> concluir essa unida<strong>de</strong>, o que eu aprendi sobre:música em espanhol;ler textos em espanhol;as minhas origens;pertencer ou não pertencer a um lugar;a língua espanhola;as palavras em espanhol;outras coisas.b) Como eu aprendi isso?c) O que eu ainda gostaria <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r sobre este tema?


Ensino Fundamental7 a e 8 a sériesMargarete SchlatterGraziela Hoerbe AndrighettiLetícia Soares Bortolini


Os outros e eu3939Você já pensou em como se relaciona com a música? Convidamos você a conversar e aapren<strong>de</strong>r sobre o que a música diz sobre nós mesmos, sobre o que gostamos e com o que nosi<strong>de</strong>ntificamos. Nesta unida<strong>de</strong>, você vai discutir sobre gêneros musicais e bandas com as quaisvocê se i<strong>de</strong>ntifica. Vamos discutir uma música que fala sobre como nossa forma <strong>de</strong> agir po<strong>de</strong>revelar <strong>de</strong> on<strong>de</strong> somos. Depois, vamos <strong>de</strong>scobrir quais músicas e bandas são preferidas porto<strong>do</strong>s para montar um painel sobre o jeito <strong>de</strong> ser da turma!Quem são esses caras?Preparação para a compreensão oral e a leituraDiscuta com os colegas:a) Que tipo <strong>de</strong> música você ouve? Que cantores e bandas você curte? Sobre o que falam asmúsicas? Esses cantores e bandas dizem alguma coisa sobre você?b) Você conhece Jennifer Lopez? Já ouviu alguma música cantada por ela? Já viu algum filmecom ela? Conte para seus colegas o que sabe sobre Jennifer Lopez.Nesta unida<strong>de</strong> vamos ouvir uma música <strong>de</strong> Jennifer Lopez, cantada em parceria com Jadakisse Styles P., integrantes da banda D-Block. Antes disso, vamos conhecer melhor quemsão esses músicos.Leitura: J.Lo e D-Block1. Você sabe o que é uma biografia? Que informações po<strong>de</strong>mos encontrar nesse tipo <strong>de</strong> texto?On<strong>de</strong> po<strong>de</strong> aparecer esse tipo <strong>de</strong> texto?2. Leia os textos sobre Jennifer Lopez e sobre a banda D-Block e complete os quadros a seguir:Nome completo:Apeli<strong>do</strong>:Ida<strong>de</strong> atual:Local <strong>de</strong> nascimento:Ascendência:Profissão:Estilo musical:Início da carreira:Da<strong>do</strong>s biográficos <strong>de</strong> Jennifer Lopez


40Nome da banda:Membros:Da<strong>do</strong>s biográficos da banda D-BlockInício da carreira:Estilo Musical:Text I“Jennifer Lynn Lopez (born July 24, 1969), popularly nicknamed J.Lo, is anAmerican actress, singer, songwriter, record producer, dancer, fashion <strong>de</strong>signer,and television producer. She is the richest person of Latin American <strong>de</strong>scentin Hollywood according to Forbes, and the most influential Hispanic entertainerin America according to People en Español’s list of “100 Most InfluentialHispanics”.en.wikipedia.org/wiki/Jennifer_Lopez. Acessa<strong>do</strong> em: ago. 2008.foto: www.jenniferlopez.com. Acessa<strong>do</strong> em: ago. 2008.Text IIJennifer LopezBackground information:Birth name: Jennifer Lynn LopezAlso known as: J.Lo, JennyBorn: July 24, 1969The Bronx, New York City, New York, UnitedStatesOrigin: Puerto RicoGenre(s): Pop, dance, Latin pop, R&B, hip hopOccupation(s): Actress, singer-songwriter, record producer, dancer, fashion <strong>de</strong>signer, televisionproducerYears active: 1987 – presentLabel(s): Epic, WorkAssociated acts: Marc Anthony, Fat Joe, Diddy, Ja Rule, Janet Jackson, Big Pun, NasWebsite: www.jenniferlopez.comen.wikipedia.org/wiki/Jennifer_Lopez. Acessa<strong>do</strong> em: ago. 2008. foto: www.jenniferlopez.com. Acessa<strong>do</strong> em: ago. 2008.Text IIISo who are the Real LOX? The Real Lox are authentic ghetto story-tellers,whose rhymes are <strong>de</strong>rived from the pain, anger, lust and love which exist inthe hearts of men.www.thelox.net/in<strong>de</strong>x2.html. Acessa<strong>do</strong> em: ago. 2008.


D-Block is an American rap group foun<strong>de</strong>d in the mid 1990s by J-Hood, Sheek Louch, Jadakiss andStyles P as The Warlox or The L.O.X.. In 2001, the group changed their name from “The L.O.X.”to “D-Block”4141D-BlockAlso known as: The Lox, The L.O.X., Living Off Experience, The Streets, The WarloxOrigin: United StatesGenre(s): East Coast hip hop, Hardcore hip hopYears active: 2001 – presentLabel(s): Ruff Ry<strong>de</strong>rs Interscope Babygran<strong>de</strong>Website: http://www.dblockonline.comMembers: JadakissSheek LouchStyles PJ-Hoo<strong>de</strong>n.wikipedia.org/wiki/The_Lox. Acessa<strong>do</strong> em: ago. 2008.O que dizem esses caras?Compreensão oral e leitura: Jenny from the block1. A música que vamos ouvir “Jenny from the block” foigravada no CD “This Is Me... Then”, lança<strong>do</strong> em 2002.a) Que relação você acha que há entre o título <strong>do</strong> CD eo nome da música?b) Ouça uma primeira vez a música (sem a letra). Qualé o ritmo da música? Você gostou? Que imagens ou cenasvocê associa ao ritmo? Que temas? Por quê?This Is Me... Then (2002)IMAGENS E CENASTEMAS2. Veja o clipe da música.a) Que imagens aparecem no clipe?IMAGENS DO CLIPEruasdanças


) Com base nessas imagens, sobre o que você acha que fala a letra da música?423. Leia o refrão da música “Jenny from the block” e relacione cada um <strong>do</strong>s versos com alegenda.Don't be fooled by the rocks that I gotI'm still, I'm still Jenny from the blockUsed to have a little, now I have a lotNo matter where I go, I know where I came from (South-Si<strong>de</strong> Bronx!)Legenda:a) Eu tinha pouco, agora tenho muitob) Não se engane com os meus brilhantesc) Não importa on<strong>de</strong> vou, eu sei <strong>de</strong> on<strong>de</strong> soud) Continuo sen<strong>do</strong> a Jenny <strong>de</strong> antes4. Discuta com o colega mais próximo e <strong>de</strong>pois com a turma.a) South-Si<strong>de</strong> Bronx é o bairro on<strong>de</strong> J.Lo nasceu e cresceu. Em que cida<strong>de</strong> é esse bairro?Como você acha que é esse bairro?b) O que Jenny tem hoje que faz que ela seja diferente das pessoas <strong>do</strong> lugar on<strong>de</strong> elacresceu? Como você sabe?c) Por que você acha que Jenny precisa dizer que ainda é <strong>de</strong>sse lugar?d) Você reparou que no clipe J.Lo aparece com roupas diferentes e às vezes sem roupa?Assista <strong>de</strong> novo ao clipe. O que você acha que ela quer dizer com isso?e) De que grupos você faz parte? Como você i<strong>de</strong>ntifica quem pertence a cada um <strong>de</strong>ssesgrupos? Pelas roupas? Atitu<strong>de</strong>s? Lugares que frequentam? O que dizem? Comofalam? Você po<strong>de</strong> dar alguns exemplos?GrupoO que i<strong>de</strong>ntifica o grupof) É possível alguém fazer parte <strong>de</strong> um único grupo? Por quê?g) Como você po<strong>de</strong>ria dizer que ainda pertence a um <strong>do</strong>s grupos acima apesar <strong>de</strong> vocêter muda<strong>do</strong>? Escreva o refrão falan<strong>do</strong> <strong>de</strong> você!Don’t be fooled by ________________________________________________________I’m still, I’m still _________________________________________________________Used to ________________________________________________________________now I _________________________________________________________________No matter where I go, I know where I came from (________________________________)


Estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> textoEm grupos, vamos compreen<strong>de</strong>r o que diz a letra.1. Do que fala cada estrofe? Relacionem as i<strong>de</strong>ias abaixo com as partes da música.a) J.Lo gosta da vida que tem e continua sen<strong>do</strong> ela mesma.b) A trajetória <strong>de</strong> J.Lo até este clipe, a fama e o dinheiro não fizeram que ela mudasse.c) J.Lo hoje tem dinheiro, mas sabe <strong>de</strong> on<strong>de</strong> veio.d) To<strong>do</strong>s precisam ganhar a vida.e) Tem que trabalhar duro para ter dinheiro. Mas não dá para esquecer as origens. Paracontinuar você mesmo, é preciso ficar com quem você começou.f) The LOX e J.Lo saíram <strong>do</strong> bairro, ficaram ricos. To<strong>do</strong>s acham que eles mudaram,mas eles sabem <strong>de</strong> on<strong>de</strong> vem e valorizam o que são.4343Part IChildren grow and women producingMen go workingSome go stealingEveryone’s got to make a livingPart IIL-O-X, yeahJ.Lo, yeahWe off the block this yearWent from a low to a lot this yearEverybody mad at the rocks that I wearI know where I’m goin’ and I know where I’mfromYou hear LOX in the airYeah, we’re at the airport out D-blockFrom the block where everybody air-force<strong>do</strong>utWith a new white tee, you freshNothin’ phony with us, make the money, getthe mansion, bring the homies with usPart IVI’m <strong>do</strong>wn to earth like thisRockin’ this businessI’ve grown up so muchI’m in control and loving itRumors got me laughing, kidLove my life and my publicPut God firstAnd can’t forget to stay realTo me it’s like breathingChorusDon’t be fooled by the rocks that I gotI’m still, I’m still Jenny from the blockUsed to have a little, now I have a lotNo matter where I go, I know where I camefrom (South-Si<strong>de</strong> Bronx!)Part IIIFrom In Living Color to movie scriptsTo On the 6 to J.Lo to this headline clipsI stayed groun<strong>de</strong>d as the amounts roll inI’m real, I thought I told youI’m real, even on OprahThat’s just meNothin’ phony, <strong>do</strong>n’t hate on meWhat you get is what you seePart VIt take hard work to cash checksSo <strong>do</strong>n’t be fooled by the rocks that I got,the assetsYou get back what you put outEven if you take the good routeCan’t count the hood outAfter a while, you know who to blend withJust keep it real with the ones you came inwithBest thing to <strong>do</strong> is stay low, LOX and J.LoThey act like they <strong>do</strong>n’t, but they know


Personal InformationName:Nickname:4545Date of birth:Place of birth:Languages:Music genre:Singer/Band:Song:A nossa tribo!Produção <strong>de</strong> texto1. A música <strong>de</strong> Jennifer Lopez nos fala <strong>de</strong> on<strong>de</strong> ela veio, como ela mu<strong>do</strong>u e como ela achaimportante não negar as origens. Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> sua história <strong>de</strong> vida e origens, quais são algumasmúsicas com as quais você se i<strong>de</strong>ntifica ou já se i<strong>de</strong>ntificou?a) Em que língua elas são cantadas?b) Qual é o estilo musical e o ritmo <strong>de</strong>ssas músicas?c) Sobre o que elas falam?2. Faça um cartaz em inglês com algumas coisas que representam você e o seu jeito <strong>de</strong> ser,para fazer um mural da turma. Você po<strong>de</strong> incluir:a) algumas informações pessoais (nome, apeli<strong>do</strong>, origem, ida<strong>de</strong>, gostos etc.);b) uma frase que resume o que você é;c) os tipos <strong>de</strong> música com os quais você se i<strong>de</strong>ntifica;d) uma foto <strong>de</strong> um(a) cantor(a) ou banda com quem você se i<strong>de</strong>ntifica;e) a letra da sua música preferida.3 . Após os cartazes estarem nas pare<strong>de</strong>s da sala, leia os cartazes e discuta com a turma:a) O que você já sabia <strong>do</strong>s colegas? Os cartazes confirmaram a visão que você tinha <strong>de</strong>les?b) O que você apren<strong>de</strong>u <strong>de</strong> novo sobre os colegas?c) Qual cartaz você achou mais interessante? Por quê?d) Que colega surpreen<strong>de</strong>u mais? Por quê?e) A imagem que temos <strong>de</strong> nós mesmos é diferente da imagem que as outras pessoas têm <strong>de</strong>nós? Por quê?


46Para além da sala <strong>de</strong> aulaVocê quer conhecer mais sobre músicas, cantores e bandas? Nos sites abaixo, você po<strong>de</strong>ráencontrar mais informações sobre músicas que você curte.www.allmusic.comwww.nme.comwww.rollingstone.comwww.cliquemusic.com.brAutoavaliaçãoa) O que aprendi sobre:meus colegas;os grupos com os quais me i<strong>de</strong>ntifico;leitura em inglês;escrita em inglês;a língua inglesa;outros.b) Como eu aprendi isso?c) O que eu ainda gostaria <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r sobre este tema.


Ensino Fundamental7 a e 8 a sériesAndrea HofstaetterCarlos Roberto MödingerFlavia Pilla <strong>do</strong> ValleJúlia Maria HummesMaria Isabel Petry Kehrwald


Artes VisuaisRetratos e autorretratos: outra forma <strong>de</strong> verIberê Camargo (1914-1994), nasci<strong>do</strong> no Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul, em Restinga Seca, é um importanteartista brasileiro, com reconhecimento internacional. Sua extensa obra possibilita aabordagem e a reflexão sobre várias questões artísticas, estéticas, visões <strong>de</strong> mun<strong>do</strong> e da vida.Iberê produziu em torno <strong>de</strong> 7.000 obras, incluin<strong>do</strong> <strong>de</strong>senhos, gravuras, guaches e pinturas.Foi um artista in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, nunca se filiou a nenhum movimento ou corrente artísticaespecífica. Para melhor compreen<strong>de</strong>r e estudar sua obra, os estudiosos a divi<strong>de</strong>m em cincoconjuntos principais: primeiras pinturas, os carretéis, os ciclistas, os retratos e as idiotas.Nestas aulas, serão observa<strong>do</strong>s alguns <strong>de</strong> seus autorretratos em <strong>de</strong>senho. A partir <strong>de</strong>sua apreciação, pensaremos sobre sua forma <strong>de</strong> composição e experimentaremos algumasformas <strong>de</strong> compor autorretratos e retratos.Material necessário para esta unida<strong>de</strong>: folhas para <strong>de</strong>senho, lápis, caneta esferográfica,caneta hidrocor e outros materiais gráficos, ca<strong>de</strong>rno escolar.4949Autorretratos e linhasAtivida<strong>de</strong> individual – <strong>de</strong>safioVocê conhece uma forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>senhar em que se utiliza somente uma linha? Esta técnica<strong>de</strong> <strong>de</strong>senho é chamada <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho-<strong>de</strong>-um-traço-só. Tente realizar, por meio <strong>de</strong>sta técnica,um <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> uma cabeça humana, vista <strong>de</strong> frente. Use caneta esferográfica sobre umafolha <strong>de</strong> papel tamanho A4.Atenção para alguns <strong>de</strong>talhes importantes: o <strong>de</strong>senho <strong>de</strong>ve ocupar o tamanho dafolha e todas as partes que compõem um rosto humano <strong>de</strong>vem aparecer, inclusive os cabelos.Depois que estiver pronto, escreva um parágrafo registran<strong>do</strong> o que achou <strong>do</strong> resulta<strong>do</strong>. Comoficou o <strong>de</strong>senho em relação ao “objeto” rosto humano? Que efeitos surgiram em termos <strong>de</strong>expressivida<strong>de</strong>?Exposição na salaOlhe, com seus colegas, os <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s, expostos na pare<strong>de</strong> da sala, e faça comentáriosa respeito <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s, respeitan<strong>do</strong> a forma <strong>de</strong> cada um se manifestar – tanto pelo<strong>de</strong>senho como verbalmente.Ativida<strong>de</strong> em gran<strong>de</strong> grupoObservem agora os seguintes autorretratos <strong>do</strong> artista Iberê Camargo:Imagem 1: Autorretrato, s/d, grafite s/ papel, 35 x 25 cm.Imagem 2: Autorretrato, 1989, caneta esferográfica s/ papel, 27,9 x 18,7 cm.Imagem 3: Autorretrato, 1988, nanquim s/ papel, 33 x 22,6 cm.Fonte das imagens – Imagem 1: Site da Fundação Iberê Camargo; en<strong>de</strong>reço eletrônico: www.iberecamargo.org.br, acesso em 21, jul. 2008. Imagens2 e 3: Retrato: Um Olhar Além <strong>do</strong> Tempo. Porto Alegre: Fundação Iberê Camargo, 2002, material <strong>do</strong> Programa Escola, com texto <strong>de</strong> Blanca Brites.


50Imagem 1 Imagem 2 Imagem 3Observe a fotografia <strong>de</strong> Iberê Camargo, comparan<strong>do</strong> aimagem real <strong>do</strong> artista com seus autorretratos.Sobre autorretratos e retratosReflita e discuta com seus colegas:Que tipo <strong>de</strong> trabalho artístico é o autorretrato?Com que materiais e instrumentos o artista trabalha nestasobras?Que diferenças há entre os tipos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho vistos?Os instrumentos utiliza<strong>do</strong>s para sua feitura interferem noresulta<strong>do</strong>?Os <strong>de</strong>senhos reproduzem a realida<strong>de</strong>? De que maneiraIberê se representa?Qual é o seu maior interesse ao fazer autorretratos? É fornecer uma reprodução fiel,como seria possível com a fotografia?Ativida<strong>de</strong> individual – segun<strong>do</strong> <strong>de</strong>senhoFotografia <strong>de</strong> Iberê CamargoFonte: Site da Fundação Iberê Camargo.Acesso em 21, jul. 2008.Depois <strong>de</strong> apreciar os autorretratos <strong>de</strong> Iberê Camargo em <strong>de</strong>senho e <strong>de</strong> ver como utilizoudiferentes materiais e instrumentos, vamos exercitar a feitura <strong>de</strong> retratos com outro tipo<strong>de</strong> material – o grafite (<strong>do</strong> lápis <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho).Faça um <strong>de</strong>senho <strong>do</strong> rosto <strong>de</strong> um colega, utilizan<strong>do</strong> grafite. Se você tiver diferentes tipos<strong>de</strong> grafite, explore suas possibilida<strong>de</strong>s. O <strong>de</strong>senho po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong> frente ou <strong>de</strong> perfil.Dica:Alguns tipos <strong>de</strong> lápis <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho, que você po<strong>de</strong> encontrar em papelarias, são: HB, 2B, 4B,6B, 2H... Os “B” são mais macios e grossos e os “H” mais duros e finos. O HB é médio.Observe novamente os <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong> Iberê, especialmente o da imagem 3.Retrabalhe o retrato <strong>do</strong> colega, já feito, com grafites mais grossos ou com outro material (canetahidrocor preta, por exemplo), <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong> algumas linhas e realçan<strong>do</strong> aspectos da figura –assim como fez Iberê na imagem 3. Exponha o resulta<strong>do</strong> para apreciação da turma.


Exposição e observaçãoOlhe to<strong>do</strong>s os <strong>de</strong>senhos realiza<strong>do</strong>s pela turma nesta aula e troque i<strong>de</strong>ias sobre o que seobserva no conjunto.Tome nota <strong>de</strong> alguns aspectos que você achou interessantes na aula a respeito <strong>de</strong> seus<strong>de</strong>senhos, <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> toda a turma e sobre o que foi discuti<strong>do</strong> em grupo.5151Dica:Pesquise mais sobre o artista, seus outros autorretratos e retratos, em <strong>de</strong>senhoe pintura, consultan<strong>do</strong> o site da Fundação Iberê Camargo, www.iberecamargo.org.brAvaliação <strong>do</strong> trabalhoRegistre no ca<strong>de</strong>rno uma síntese das aprendizagens construídas:Você explorou as possibilida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> elemento visual “linha” na composição <strong>de</strong> seus <strong>de</strong>senhos?Foram utiliza<strong>do</strong>s os instrumentos, materiais e procedimentos propostos <strong>de</strong> forma a explorar asua expressivida<strong>de</strong>?Os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ste trabalho foram interessantes e contribuíram para pensar aspectos dalinguagem artística <strong>do</strong> <strong>de</strong>senho?Você participou das discussões, realizou suas produções textuais e plásticas? Estas formas<strong>de</strong> trabalho ajudaram a compreen<strong>de</strong>r os conceitos <strong>de</strong> retrato, autorretrato, elementos dalinguagem visual, representação e expressão?Conhecer e experimentar esses recursos lhe dá melhores condições <strong>de</strong> apreciar os autorretratos<strong>de</strong> Iberê Camargo?MúsicaRitmo: elemento propulsor da músicaVocê sabe que o ritmo é um elemento fundamental na música, certo? Vamos explorá-lomelhor, observar sua manifestação em diferentes composições e, quem sabe, você ficará sensibiliza<strong>do</strong>para usá-lo mais vezes como forma <strong>de</strong> expressão.Algumas possibilida<strong>de</strong>s composicionais com ritmosAtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apreciação musicalEscute atentamente as peças musicais que seu professor vai apresentar. Depois, procureuma “batida” regular para acompanhar o ritmo da música.Problematização da escrita musicalEm grupos <strong>de</strong> quatro alunos, registrem no papel uma escrita para o ritmo realiza<strong>do</strong>, e, posteriormente,apresentem-na aos colegas. A escrita <strong>do</strong> ritmo executa<strong>do</strong> é uma espécie <strong>de</strong> partitura,porém, com uma linguagem musical alternativa, diferente da convencional (utilize o papel par<strong>do</strong>forneci<strong>do</strong> pelo professor). Apresente o resulta<strong>do</strong> final à turma e discuta-o com o professor.


52Após,observe apartitura aola<strong>do</strong>. É umapartituraconvencional,que utiliza alinguagemmusical escrita.CHEDIAK, Almir.Songbook:Caetano Veloso.Rio <strong>de</strong> Janeiro:Vozes, 1994.Tarefa extraclasse: traga, para a próxima aula, sucatas e objetos <strong>de</strong> cozinha, como tampas<strong>de</strong> panela, colheres, garrafas <strong>de</strong> plástico, latinhas, colhes <strong>de</strong> pau, entre outros.Confecção <strong>de</strong> instrumentos musicais alternativosAtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apreciação sonoraObserve os instrumentos alternativos que compõem esta apreciação sonora e procure classificaro som que emitem a partir <strong>do</strong> que está no quadro abaixo:Aerofones – instrumentos que produzem som a partir da vibração <strong>de</strong> uma coluna <strong>de</strong> ar.Ex.: flauta, clarinete, saxofone, oboé, trompete, tuba, órgão (instrumento híbri<strong>do</strong>, composto por tubos compalhetas e tubos com aresta <strong>de</strong> bisel), voz humana (“instrumento” natural, não construí<strong>do</strong>),...Cor<strong>do</strong>fones – instrumentos que produzem som a partir da vibração <strong>de</strong> uma corda.Ex.: piano, cravo, guitarra, sanfona, arcos, liras, harpas, ban<strong>do</strong>lins, banjos, cavaquinhos, cítaras,...Idiofones – instrumentos que produzem som a partir <strong>do</strong> seu próprio corpo, quan<strong>do</strong> posto em vibração.Ex.: xilofones, marimbas, sinos tubulares, tantãs, gongos, pratos, maracas, reco-reco, berimbau, harmônica<strong>de</strong> vidros,...Membranofones – instrumentos que produzem som a partir da vibração <strong>de</strong> uma membrana.Ex.: tambores, tambor militar, bongos, bateria,...Electrofones – instrumentos que produzem som a partir da variação <strong>de</strong> intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um campo electromagnético.Ex.: computa<strong>do</strong>r(http://www.edukbr.com.br/artemanhas/tiposinst.asp)Pense, a seguir, nas perguntas abaixo, a fim <strong>de</strong> colaborar com o questionamento a serapresenta<strong>do</strong> pelo professor:• Já conhecia o trabalho <strong>do</strong> grupo?• O grupo possui alguma organização por instrumentos? Qual?


• Além da música, que outros elementos artísticos compõem o trabalho <strong>do</strong> grupo?• Como é a sonorida<strong>de</strong> das peças musicais que apresentam: sempre iguais ou diferentes?• Que recurso utilizam para <strong>de</strong>ixar a música mais dinâmica ou menos dinâmica?Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> composição musicalReúnam-se em grupos para elaborar uma composição rítmica, recorren<strong>do</strong> aos instrumentosalternativos (sucatas ou objetos trazi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> casa), separa<strong>do</strong>s em grupos sonoros.Um critério para seleção po<strong>de</strong> ser o timbre <strong>do</strong> material ou o tipo, por exemplo, todas astampas <strong>de</strong> panela, ou to<strong>do</strong>s os materiais <strong>de</strong> metal, to<strong>do</strong>s os <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, etc.Na sequência, cada grupo construirá uma “partitura”, como na aula anterior, utilizan<strong>do</strong>linguagem alternativa.O trabalho <strong>de</strong>verá ser apresenta<strong>do</strong> na aula posterior e <strong>de</strong>verá ser grava<strong>do</strong> para que possamfazer uma avaliação coletiva <strong>do</strong>s mesmos.Pessoal, colaborem com toda a turma e, na medida <strong>do</strong> possível, tragam grava<strong>do</strong>r, celular,máquina digital ou filma<strong>do</strong>ra para a escola (combinem com o professor), e, se tiveremtempo, ensaiem durante a semana, para fazer bonito e impressionar toda a classe!5353DançaFiguras estáticas em movimentoVocê provavelmente já teve contato com as danças em diversos lugares, como nas festas,bailes, vi<strong>de</strong>oclipes, novelas, etc. Nesta unida<strong>de</strong>, entretanto, trabalhamos com movimentos<strong>de</strong> dança além daqueles feitos no nosso dia a dia, crian<strong>do</strong> poses variadas e nos propon<strong>do</strong> aproduzir breves estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> movimento a partir <strong>de</strong> figuras estáticas. Use a imaginação!Por meio <strong>de</strong>sse exercício, vamos nos divertir e também po<strong>de</strong>remos refletir a respeito <strong>de</strong>nossas preferências, isto é, aqueles movimentos que gostamos <strong>de</strong> fazer e que acabam serepetin<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> improvisamos. Também po<strong>de</strong>remos perceber nossas dificulda<strong>de</strong>s corporaisna execução e criação <strong>de</strong> frases <strong>de</strong> movimento. Lembre-se: nas aulas <strong>de</strong> dança, venha semprepronto para mover-se, usan<strong>do</strong> roupas confortáveis e que não restrinjam o movimento.Quebra-cabeça tridimensionalAs dimensões são linhas ou eixos que se cruzam no centro<strong>do</strong> corpo. Cada dimensão proporciona duas direçõesbásicas:DIMENSÃO VERTICAL – <strong>de</strong>termina a direção para cimae para baixo.DIMENSÃO HORIZONTAL – <strong>de</strong>termina a direção parala<strong>do</strong> direito, la<strong>do</strong> esquer<strong>do</strong>.DIMENSÃO SAGITAL – <strong>de</strong>termina a direção para frentee para trás.Fonte da Imagem: BARTENIEFF, Irmgard; ULMANN, Lisa. Body Movement: coping withthe environment. New York: Gor<strong>do</strong>n and Breach Publishers, 1997. 8a. edição. (As linhasforam adicionadas sobre a imagem original.)


54A imagem anterior mostra a figura humana e as linhas dimensionais. Veja se você i<strong>de</strong>ntificaa dimensão vertical, horizontal e sagital. O círculo representa o espaço individual ou cinesfera,isto é, uma bolha imaginária on<strong>de</strong> acontece o movimento <strong>de</strong> cada um.Após a realização da aula, responda as seguintes questões:Você tem facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar poses tridimensionais? Que recomendações você daria a umcolega para conseguir realizá-las melhor?_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Ao observar os colegas jogan<strong>do</strong> “o quebra-cabeça”, alguma coisa veio à mente? O quê?_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________O que foi mais <strong>de</strong>safia<strong>do</strong>r para você?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________


Poses em movimentoObserve a construção <strong>de</strong> uma frase <strong>de</strong> movimento a partir <strong>de</strong> figuras estáticas, imaginan<strong>do</strong>como elas seriam em movimento. Escolha uma imagem em revistas disponibilizadas emclasse ou algumas <strong>de</strong>ssas que estão a seguir:555Bailarinos da Graduação em Dança UERGS/FUNDARTE e ULBRA. Fotos: Cíntia Bracht, Claudio Etges e Luciana M. Barreto.


56Bailarinos da Graduação em Dança. ULBRA. Fotos: Cíntia Bracht e Claudio Etges.Para refletir:Os caminhos da razão são traça<strong>do</strong>s pelo compasso das emoções (DUARTE JR, 2000, p. 75.)Leia o questionário e responda as questões que consi<strong>de</strong>rar mais significativas para você.• Que aspecto <strong>do</strong> movimento lhe chamou a atenção nas figuras que você escolheu?• Consi<strong>de</strong>re sua experiência <strong>de</strong> formar uma frase maior a partir <strong>do</strong> movimento. Foi fácil trabalharem grupo para construí-la? Quais foram, na sua opinião, as maiores dificulda<strong>de</strong>s e osprincipais acertos?• Você compreen<strong>de</strong> o que significa “formar uma frase a partir <strong>do</strong> movimento”? Em vista disso,por que a dança é consi<strong>de</strong>rada uma linguagem?___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________


Espaço e imagemTeatroQuan<strong>do</strong> assistimos a uma peça <strong>de</strong> teatro, nós e os artistas, pelo menos na imaginação,transformamos o espaço da encenação (palco, sala, praça ou outros) no espaço em que ospersonagens agem. Os cenários e figurinos auxiliam nessa tarefa, mas os atuantes criam arealida<strong>de</strong> da cena teatral através <strong>de</strong> ações físicas concretas. Pelas ações que realizam e, principalmente,pelo mo<strong>do</strong> como as realizam, po<strong>de</strong>mos enten<strong>de</strong>r quem são os personagen, o quesentem ou pensam.Nesta unida<strong>de</strong>, você terá a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> experimentar exercícios com foco no uso <strong>do</strong> espaço.1. Criar espaçosEm lugares diferentes, as pessoas agem <strong>de</strong> formas diferentes. Por exemplo, em uma igreja,temos um tipo <strong>de</strong> comportamento e fazemos <strong>de</strong>terminadas ações que não faríamos em umbaile <strong>de</strong> carnaval. Observe os espaços que você costuma frequentar cotidianamente: quepessoas frequentam esses lugares? Que tipo <strong>de</strong> ação realizam aí? Como se comportam? Useas informações recolhidas <strong>de</strong>ssas observações na prática <strong>do</strong>s exercícios e improvisações.No quadro abaixo, aparece uma lista <strong>de</strong> sugestões <strong>de</strong> lugares para a realização <strong>do</strong>s exercícios<strong>de</strong> ocupação <strong>de</strong> espaços imaginários. Consulte e aumente a lista para ter boas i<strong>de</strong>iasna hora <strong>de</strong> improvisar.5757IgrejaPraiaEleva<strong>do</strong>rCinemaTremLavouraFlorestaEstúdio <strong>de</strong> televisãoBibliotecaAviãoSupermerca<strong>do</strong>BancoSalão <strong>de</strong> belezaÔnibusConsultório <strong>de</strong>ntárioDanceteriaCela <strong>de</strong> prisãoCozinha <strong>de</strong> um restauranteHospitalBarcoFaça os exercícios com rigor e utilize as lembranças <strong>do</strong>s espaços observa<strong>do</strong>s anteriormente.2. Criar imagensAgora você vai experimentar <strong>de</strong>slocamentos no espaço com variações <strong>de</strong>:nível – altura <strong>do</strong> corpo em relação ao chão, que po<strong>de</strong> ser alto, médio e baixo;direção – a relação <strong>do</strong> corpo com o espaço que o circunda, po<strong>de</strong> ser para a frente, paratrás, para a esquerda, direita e variações;tempo – a duração <strong>do</strong> <strong>de</strong>slocamento, movimento ou ação, que po<strong>de</strong> ir <strong>do</strong> muito lento aomuito rápi<strong>do</strong>.Durante a aula, procure realizar com o corpo essas variações, <strong>de</strong>slocan<strong>do</strong>-se e crian<strong>do</strong>imagens com níveis, direções e tempos distintos.Fique atento aos significa<strong>do</strong>s que o uso <strong>do</strong> tempo, direção e nível po<strong>de</strong>m criar em umacena teatral. Se um personagem no nível alto contracena com outro no nível baixo, temos umtipo <strong>de</strong> relação (superior/inferior). Mas se os <strong>do</strong>is estiverem no plano médio, a relação entreeles será outra.


58Para preparar-se para a aula, você po<strong>de</strong> pesquisar imagens interessantes:• Nos jornais – fotos <strong>de</strong> acontecimentos e conflitos humanos são publicadas diariamenteem jornais e revistas.• Na biblioteca, ou na internet – reproduções <strong>de</strong> pinturas po<strong>de</strong>m ser encontradas em publicações(biblioteca) ou na internet, se você tiver acesso (o Google tem um arquivo <strong>de</strong>imagens bastante amplo).Escolha algumas imagens <strong>de</strong> que você gosta e leve-as para a aula.


Ensino Fundamental7 a e 8 a sériesFernan<strong>do</strong> Jaime GonzálezAlex Branco Fraga


Um passeio pelo mun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s esportesCaro aluno:6161Quase to<strong>do</strong> o dia aparece alguma notícia sobre uma nova modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> esporte que, àprimeira vista, parece ser bem diferente das que nos acostumamos a ver ou a praticar. Masserá que esta “nova” modalida<strong>de</strong> é mesmo diferente das que já existem? Quan<strong>do</strong> vemos naTV os atletas em disputa, especialmente em ano <strong>de</strong> Olimpíada, é possível perceber que algunsesportes são bem diferentes <strong>de</strong> outros, mas também dá para notar que vários <strong>de</strong>les são bempareci<strong>do</strong>s. E é exatamente isto que vamos estudar! Para começar a dar conta <strong>de</strong>ssa tarefa,precisamos conhecer as características <strong>do</strong>s esportes que vão nos ajudar a enten<strong>de</strong>r melhor assemelhanças e diferenças entre eles.Painel <strong>de</strong> fotografias 1Afinal <strong>de</strong> contas, o que é esporte?Primeiro tente respon<strong>de</strong>r a seguinte pergunta: que é um esporte? Será que toda vez quemexemos o corpo estamos pratican<strong>do</strong> algum tipo <strong>de</strong> esporte?Siga a orientação <strong>do</strong> professor e faça a Ativida<strong>de</strong> n o 1. Olhan<strong>do</strong> a lista das práticas corporaisa seguir, quais <strong>de</strong>las você acha que são esportes e quais você acha que não são? Anoteos nomes ou os números correspon<strong>de</strong>ntes em cada coluna no quadro abaixo da lista e não seesqueça <strong>de</strong> dizer por que você pensa assim.


621. Amarelinha2. Atletismo3. Caminhada4. Exercícios ab<strong>do</strong>minais5. Futebol6. Musculação7. Passear com o cachorro8. Subir escadas9. Tacobol10. VoleibolSão esportesNão são esportesAtivida<strong>de</strong> n o 2 – Faça uma seta interligan<strong>do</strong> cada uma das <strong>de</strong>finições sobre movimentohumano (coluna da direita) com seus respectivos termos (coluna da esquerda).a) Ativida<strong>de</strong> física 1) Ativida<strong>de</strong> física realizada <strong>de</strong> forma planejada e sistemática, <strong>de</strong>frequência e intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong>finidas, com o objetivo <strong>de</strong> melhorarou manter a condição física.b) Exercício 2) Manifestação da cultura corporal <strong>de</strong> movimento, orientada pelacomparação <strong>de</strong> um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho entre indivíduosou grupos (adversários); regida por um conjunto <strong>de</strong> regras institucionalizadaspor organizações (associações, fe<strong>de</strong>rações econfe<strong>de</strong>rações esportivas), as quais <strong>de</strong>finem as normas <strong>de</strong> disputae promovem o <strong>de</strong>senvolvimento da modalida<strong>de</strong> em to<strong>do</strong>sos níveis <strong>de</strong> competição.c) Jogo 3) Qualquer movimento produzi<strong>do</strong> pelos músculos esqueléticosque resulte em um gasto <strong>de</strong> energia física acima <strong>do</strong> basal.d) Esporte 4) Ativida<strong>de</strong> voluntária exercida <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s limites <strong>de</strong>tempo e espaço, e se caracteriza, basicamente, pelo seguinte:criação e alteração <strong>de</strong> regras pelos próprios participantes, obediência<strong>de</strong> cada participante ao que foi combina<strong>do</strong> coletivamentee apreciação <strong>do</strong> ato <strong>de</strong> jogar sem qualquer interesse emum resulta<strong>do</strong> final.


Lógicas <strong>do</strong>s esportesLeia o quadro abaixo:6363As lógicas <strong>de</strong> funcionamento <strong>do</strong> esporteO futebol, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>do</strong> lugar on<strong>de</strong> se joga, tem características que não mudam.Por exemplo, ele é sempre um esporte coletivo, os joga<strong>do</strong>res <strong>de</strong> um time sempre po<strong>de</strong>m seintrometer na jogada <strong>do</strong> adversário para “roubar” a bola, e avançar em direção ao gol.Estas características fazem parte da lógica interna <strong>do</strong> esporte.Mas algumas características mudam quan<strong>do</strong> o futebol é pratica<strong>do</strong> em outras partes <strong>do</strong>mun<strong>do</strong>. Nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s da América (EUA) o futebol, que eles chamam <strong>de</strong> soccer paradiferenciar <strong>do</strong> futebol americano, é consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> um esporte feminino e não é muito popular,bem diferente <strong>do</strong> que ocorre aqui no Brasil, on<strong>de</strong> a prática <strong>do</strong> futebol pelas mulheresé recente e foi até mesmo proibida tempos atrás. Tais características pertencem à lógicaexterna <strong>do</strong> esporte.Agora, em dupla, escolham uma modalida<strong>de</strong> esportiva que não seja o futebol. Vocês <strong>do</strong>ispo<strong>de</strong>m escolher uma daquelas que está no “Painel <strong>de</strong> fotografias 1”. Converse com o colegae, juntos, tentem <strong>de</strong>scobrir características mais ligadas à lógica interna e <strong>de</strong>pois à lógica externada modalida<strong>de</strong> escolhida. Em seguida, vejam quais características foram i<strong>de</strong>ntificadas nasmodalida<strong>de</strong>s escolhidas pelas <strong>de</strong>mais duplas e compare com o que vocês <strong>do</strong>is anotaram. Sesurgir muita coisa <strong>de</strong>sencontrada entre os colegas da turma, não se preocupe, é assim mesmoque a gente começa a apren<strong>de</strong>r algo novo.Festival <strong>de</strong> Jogos EsportivosPara saber mais sobre o mun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s esportes, você vai participar <strong>de</strong> um Festival <strong>de</strong> JogosEsportivos. Você <strong>de</strong>ve estar se perguntan<strong>do</strong>: por que chamar esta ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> festival e não <strong>de</strong>torneio ou campeonato? É porque, mesmo ten<strong>do</strong> disputa entre equipes para ver quem ganhae regras <strong>de</strong> funcionamento bem <strong>de</strong>finidas, os jogos esportivos são aqueles que não possuemassociações, fe<strong>de</strong>rações ou confe<strong>de</strong>rações que regulem a prática e a forma <strong>de</strong> competição,ou seja, ainda não são consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s esportes porque não têm regras “oficializadas” por algumainstituição. E como o objetivo <strong>de</strong>stas aulas não é apren<strong>de</strong>r regras oficiais, e sim classificaras modalida<strong>de</strong>s esportivas <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a lógica interna, um Festival <strong>de</strong> Jogos Esportivospermite que to<strong>do</strong>s se concentrem mais nas principais diferenças entre um jogo e outro <strong>do</strong> queuma série <strong>de</strong> torneios esportivos permitiria.Registro da parte prática <strong>do</strong> Festival <strong>de</strong> Jogos EsportivosPara enten<strong>de</strong>r a lógica interna <strong>do</strong>s esportes é muito importante que você se concentre nojeito <strong>de</strong> jogar cada um <strong>do</strong>s tipos <strong>de</strong> jogos <strong>do</strong> Festival. Procure observar e anotar o que vocêe cada um <strong>de</strong> seus colegas precisam fazer para que o jogo aconteça <strong>do</strong> mo<strong>do</strong> previsto e,principalmente, que tipo <strong>de</strong> movimentação corporal o jogo exige. Durante o Festival, fiqueliga<strong>do</strong> no seguinte:a) Qual o objetivo <strong>do</strong> jogo? Por exemplo, ganha quem <strong>de</strong>morar menos tempo para correr <strong>de</strong>um la<strong>do</strong> a outro? Vence quem salta com mais estilo ou quem salta mais longe?


64b) Para ganhar uma partida ou uma prova é preciso contar com a ajuda <strong>do</strong>s colegas ou dápara se virar sozinho?c) Durante a partida ou prova os adversários po<strong>de</strong>m se intrometer nas jogadas e tentar impedira movimentação ou cada um <strong>de</strong>ve “ficar na sua”?d) Qual a melhor estratégia para se sair bem no jogo: “cada um por si e salve-se quem pu<strong>de</strong>r”ou “um por to<strong>do</strong>s e to<strong>do</strong>s por um”?Não <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> anotar outros <strong>de</strong>talhes que lhe chamaram a atenção, pois quanto mais prepara<strong>do</strong>você estiver, mais fácil será enten<strong>de</strong>r o que estamos estudan<strong>do</strong>. Obe<strong>de</strong>ça à sequênciasugerida pelo professor e escreva no quadro abaixo a or<strong>de</strong>m <strong>do</strong>s jogos esportivos realiza<strong>do</strong>sem aula:1º2º3º4º5º6º7º8º9º10º11º12º13º14ºAnálise da lógica interna <strong>do</strong>s jogos esportivos e <strong>do</strong>s esportesAgora que você experimentou diferentes jogos esportivos e observou as características <strong>de</strong>cada um <strong>de</strong>les, siga a orientação <strong>do</strong> professor para ver como esta prática nos ajuda a enten<strong>de</strong>rcomo funcionam os esportes. A experiência <strong>do</strong> Festival e as anotações que você e seuscolegas fizeram serão fundamentais para enten<strong>de</strong>r a lógica interna <strong>do</strong>s esportes. Mas antes<strong>de</strong> seguir adiante, é importante <strong>de</strong>stacar que as características que nos levam a classificar osesportes <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com esta lógica estão fortemente ligadas ao que está previsto nas regras.Por isso, você <strong>de</strong>ve estar atento ao que vale e ao que não vale fazer em cada modalida<strong>de</strong>,por exemplo, ver se precisa ou não formar equipes para a disputa <strong>de</strong> uma partida ou prova(relação <strong>de</strong> colaboração) e, especialmente, você <strong>de</strong>ve estar bem liga<strong>do</strong> no mo<strong>do</strong> comoadversários se enfrentam (relação <strong>de</strong> oposição).Esta tarefa não é nenhum bicho <strong>de</strong> sete cabeças, mas vai exigir <strong>de</strong> você muita concentração!Por isso, vamos seguir passo a passo.


Relação <strong>de</strong> colaboraçãoOs esportes po<strong>de</strong>m ser dividi<strong>do</strong>s entre aqueles em que é necessário formar equipes paraas disputas (esportes coletivos) e aqueles em que o atleta não po<strong>de</strong> contar com a colaboração<strong>de</strong> companheiros durante uma partida ou prova (esportes individuais). No “Painel <strong>de</strong>fotografias 2” temos duas colunas com imagens <strong>de</strong> modalida<strong>de</strong>s esportivas. Na coluna àesquerda estão os esportes futsal, ginástica rítmica por equipes, vôlei, na<strong>do</strong> sincroniza<strong>do</strong>,cujo <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>s participantes em uma partida ou prova <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da colaboração <strong>de</strong>to<strong>do</strong>s os membros da equipe. Alguém até po<strong>de</strong> se <strong>de</strong>stacar mais <strong>do</strong> que os outros em umaequipe, mas não consegue fazer isto sem contar com a ajuda <strong>do</strong>s companheiros. Já nosesportes agrupa<strong>do</strong>s na coluna da direita (saltos ornamentais, judô, taekwon<strong>do</strong>, boliche) oatleta tem que se virar sozinho para se <strong>de</strong>sempenhar bem durante uma partida ou prova.Mas atenção! Existem esportes que possuem algumas provas (ou modalida<strong>de</strong>s) coletivase outras individuais. No atletismo, por exemplo, existe a prova <strong>do</strong>s 4x100 metros rasos(coletiva) e a prova <strong>do</strong>s 800 metros rasos (individual). O tênis tem a modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> duplas(coletiva) e simples (individual). A maioria das provas <strong>do</strong> remo é coletiva (em duplas, quartetose tem a prova “oito com timoneiro”, que além <strong>do</strong>s oito rema<strong>do</strong>res tem mais um quesó fica ajudan<strong>do</strong> a orientar o barco), apenas uma das provas <strong>do</strong> remo é individual (sigleskiff). Além <strong>de</strong>sses, há outros tantos casos pareci<strong>do</strong>s no mun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s esportes. Por isso, quan<strong>do</strong>analisamos as características <strong>de</strong> um esporte é preciso estar sempre atento às diferentesformas <strong>de</strong> competir.ColetivosPainel <strong>de</strong> fotografias 2Individuais6565


Toman<strong>do</strong> como referência o critério relação <strong>de</strong> colaboração, preencha os quadros abaixo.66• Dos jogos pratica<strong>do</strong>s por você durante o Festival <strong>de</strong> Jogos Esportivos, quais <strong>de</strong>les eramcoletivos e quais eram individuais?ColetivosIndividuaisJogos <strong>do</strong> Festival• De acor<strong>do</strong> com a lista <strong>de</strong> modalida<strong>de</strong>s sugerida logo abaixo, quais <strong>de</strong>las são coletivas equais são individuais?1. Revezamento 4x50mna<strong>do</strong> livre2. Badminton (duplas)3. Boxe4. Karatê5. Críquete6. Esgrima7. Futebol8. Futsal9. Ginástica artística10. Ginástica rítmica porequipes11. Golfe12. Levantamento <strong>de</strong> peso13. Han<strong>de</strong>bol14. Luta greco-romana15. Na<strong>do</strong> sincroniza<strong>do</strong>16. Pá<strong>de</strong>l17. Peteca18. Polo-aquático19. Remo (quarteto)20. Rúgbi21. Saltos sincroniza<strong>do</strong>s22. Saltos ornamentais23. Dar<strong>do</strong>-<strong>de</strong>-salão24. Skate25. Softbol26. Squash (simples)Coletivos7. Futebol 4. KaratêIndividuaisEsportesRelação <strong>de</strong> oposiçãoAvaliar as modalida<strong>de</strong>s esportivas com base no mo<strong>do</strong> como os adversários se enfrentam (relação<strong>de</strong> oposição) não é muito simples. Mas se você tiver em mente que uma ativida<strong>de</strong> só é esportequan<strong>do</strong> há disputa entre adversários, já começa a ficar mais fácil <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r. Se não tiver adversá-


io, não tem como comparar <strong>de</strong>sempenhos entre atletas ou equipes numa prova ou numa partida.E se não houver prova ou partida, não dá para saber quem ganhou. Portanto, uma das principaiscaracterísticas <strong>do</strong> esporte é a existência <strong>de</strong> adversários.Entretanto, o mo<strong>do</strong> como os adversários se enfrentam muda <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o tipo <strong>de</strong> interaçãopermitida entre eles durante uma prova ou partida. Em alguns esportes os adversários po<strong>de</strong>m interferirdiretamente na ação uns <strong>do</strong>s outros o tempo to<strong>do</strong>. Quem participa <strong>de</strong>stas modalida<strong>de</strong>s precisaestar sempre adaptan<strong>do</strong> o jeito <strong>de</strong> agir, tanto para atacar quanto para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com asações <strong>do</strong> adversário. O futsal, voleibol, tênis simples e <strong>de</strong> dupla, judô, taekwon<strong>do</strong>, por exemplo,fazem parte <strong>de</strong>ste conjunto, que vamos chamar <strong>de</strong> esportes COM interação entre adversários.Já em esportes como o boliche, ginástica rítmica por equipe, na<strong>do</strong> sincroniza<strong>do</strong>, remo, entre outros,não é permiti<strong>do</strong>, <strong>de</strong> forma nenhuma, qualquer tipo <strong>de</strong> interferência na movimentação corporal<strong>do</strong>s adversários. Esta lógica se aplica às modalida<strong>de</strong>s em que os competi<strong>do</strong>res realizam a provaseparadamente, e também àquelas em que os concorrentes realizam as provas ao mesmo tempo.Na prova <strong>do</strong>s 100 metros rasos <strong>do</strong> atletismo, por exemplo, os atletas correm um <strong>do</strong> la<strong>do</strong> <strong>do</strong> outro,mas nenhum <strong>de</strong>les po<strong>de</strong> invadir a raia <strong>do</strong> adversário para “atrapalhá-lo”. É por isso que estas modalida<strong>de</strong>sfazem parte <strong>do</strong> conjunto chama<strong>do</strong> esportes SEM interação entre adversários.Outro <strong>de</strong>talhe bem importante, não precisa existir contato físico para haver interação entre adversários.Numa partida <strong>de</strong> tênis cada joga<strong>do</strong>r só po<strong>de</strong> atuar no seu la<strong>do</strong> da quadra, não po<strong>de</strong> invadiro la<strong>do</strong> <strong>do</strong> adversário nem tocar nele, mas a sequência <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> um interfere diretamente nasações <strong>do</strong> outro. Por exemplo, para respon<strong>de</strong>r bem qualquer ataque adversário, um tenista precisaadaptar sua movimentação corporal <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a direção e velocida<strong>de</strong> da bola; precisa se<strong>de</strong>slocar a tempo <strong>de</strong> alcançá-la e rebatê-la para o outro la<strong>do</strong> da quadra <strong>de</strong> um mo<strong>do</strong> que dificultea <strong>de</strong>volução <strong>do</strong> seu oponente. E assim por diante, até que alguém faça um ponto. Não há contatofísico entre tenistas adversários, mas há interação entre eles porque as jogadas <strong>de</strong> um afetam asjogadas <strong>do</strong> outro.Veja mais alguns exemplos <strong>de</strong> esportes COM e SEM interação entre adversários no “Painel <strong>de</strong>fotografias 3”.Painel <strong>de</strong> fotografias 36767COM Interação entre adversáriosSEM interação entre adversários


Toman<strong>do</strong> como base a relação <strong>de</strong> oposição, preencha os quadros abaixo:68• Dos jogos pratica<strong>do</strong>s por você durante o Festival <strong>de</strong> Jogos Esportivos, quais tinham interaçãodireta entre adversários e quais não tinham?COM interação entre adversáriosSEM interação entre adversáriosJogos <strong>do</strong> Festival• De acor<strong>do</strong> com a lista <strong>de</strong> modalida<strong>de</strong>s sugerida abaixo, quais <strong>de</strong>las têm interação diretaentre adversários e quais não têm?1. Revezamento 4x50mna<strong>do</strong> livre2. Badminton (duplas)3. Boxe4. Karatê5. Críquete6. Esgrima7. Futebol8. Futsal9. Ginástica artística10. Ginástica rítmica porequipes11. Golfe12. Levantamento <strong>de</strong> peso13. Han<strong>de</strong>bol14. Luta greco-romana15. Na<strong>do</strong> sincroniza<strong>do</strong>16. Pá<strong>de</strong>l17. Peteca18. Polo-aquático19. Remo (quarteto)20. Rúgbi21. Saltos sincroniza<strong>do</strong>s22. Saltos ornamentais23. Dar<strong>do</strong>-<strong>de</strong>-salão24. Skate25. Softbol26. Squash (simples)COM interação entre adversáriosSEM interação entre adversáriosEsportesTipos <strong>de</strong> esportesAgora que você já sabe i<strong>de</strong>ntificar os esportes com e sem interação, vamos avançar um poucomais. Iremos apren<strong>de</strong>r a diferenciar os tipos <strong>de</strong> esporte <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cada um <strong>de</strong>stes <strong>do</strong>is conjuntos.Para dar conta <strong>de</strong>sta tarefa, você vai precisar enten<strong>de</strong>r, no caso <strong>do</strong>s esportes sem interação,o que está sen<strong>do</strong> avalia<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> atletas ou equipes adversárias se enfrentam numa prova. Porexemplo, é quem salta mais longe ou quem salta com mais estilo? Já no caso <strong>do</strong>s esportes cominteração, para po<strong>de</strong>r diferenciar um tipo <strong>do</strong> outro, você vai precisar se ligar naquilo que um únicoatleta (nos esportes individuais) ou um atleta juntamente com seus companheiros <strong>de</strong> equipe (nosesportes coletivos) precisam fazer para conseguir superar os adversários. Por exemplo, tem quepôr a bola na meta adversária (gol ou cesta) ou percorrer o maior número <strong>de</strong> bases? Assim, quan-


<strong>do</strong> prestamos atenção nas características que permitem a comparação entre adversários numaprova ou partida, po<strong>de</strong>mos agrupar os esportes em sete tipos diferentes (três <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> conjuntosem interação e quatro <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> conjunto com interação).Tipos <strong>de</strong> esportes <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> conjunto SEM interação entre adversáriosNesse conjunto <strong>de</strong> esportes dá para i<strong>de</strong>ntificar três tipos <strong>de</strong> modalida<strong>de</strong>s quan<strong>do</strong> prestamosatenção no “aspecto <strong>do</strong> movimento” que se compara para ver quem ganhou uma prova.Vamos tomar como exemplo o “salto em distância” no atletismo e o “salto sobre a mesa” naginástica artística. Tanto numa quanto noutra modalida<strong>de</strong> o <strong>de</strong>sempenho no salto é o que<strong>de</strong>fine o ganha<strong>do</strong>r, mas como dá para notar nos gráficos abaixo, o aspecto <strong>do</strong> movimentoavalia<strong>do</strong> em cada uma das provas é bem diferente. Na prova <strong>do</strong> salto em distância <strong>do</strong> atletismose compara quem saltou mais longe (marca alcançada), enquanto que no “salto sobrea mesa” na ginástica artística se avalia o estilo <strong>do</strong> salto (grau <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> das acrobaciase beleza <strong>do</strong> movimento). Ambas pertencem ao conjunto <strong>do</strong>s esportes sem interação, pois osadversários não po<strong>de</strong>m interferir na ação uns <strong>do</strong>s outros, mas não são <strong>do</strong> mesmo tipo porqueavaliam aspectos diferentes <strong>do</strong> movimento <strong>de</strong> saltar.Atletismo – O salto em distância que <strong>de</strong>u o ouro aMaurren Maggi nos Jogos Olímpicos <strong>de</strong> PequimNo salto em distância são permitidas três tentativas para cada atleta na fase classificatória, e<strong>de</strong>pois mais três tentativas na fase final para os oito participantes que conseguiram as melhoresmarcas válidas. Ganha quem conseguir atingir a maior marca entre to<strong>do</strong>s os saltos váli<strong>do</strong>srealiza<strong>do</strong>s em todas as etapas da prova.6969Maurren abriu a prova com um salto <strong>de</strong>scrito por ela como “quase” perfeito. Seu pé direitoficou a milímetros <strong>do</strong> limite da tábua que <strong>de</strong>marca o ponto máximo para o impulso, o que lhepermitiu conquistar preciosos centímetros que se mostrariam fundamentais para estabelecer amelhor marca da competição (7,04 metros). Lí<strong>de</strong>r da prova <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a primeira rodada, Maurrenesperou nervosa suas 11 concorrentes se suce<strong>de</strong>rem durante uma hora e meia, sem conseguirse aproximar. A própria brasileira “queimou” suas segunda, terceira e quarta tentativas emarcou apenas 6,73 metros no quinto salto. Mas, como nenhuma das competi<strong>do</strong>ras superoua distância <strong>do</strong> primeiro salto, Maurren sagrou-se a primeira brasileira medalhista no atletismona história <strong>do</strong>s Jogos.Fonte: Adapta<strong>do</strong> da matéria “...o salto re<strong>de</strong>ntor <strong>de</strong> Maurren...”, assinada por José Antonio Lima, e publicada pela Revista Época em22 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2008. Versão on-line. Disponível em: Acesso em: 23/06/2009.


70Ginástica Artística – Os saltos sobre a mesa que <strong>de</strong>ram o ouro a Ja<strong>de</strong>Barbosa nos Jogos Pan-Americanos Rio 2007Na etapa final <strong>do</strong> salto sobre a mesa, cada ginasta se apresenta duas vezes. A nota édividida em parte técnica (o grau <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>) e parte artística (estética e criativida<strong>de</strong>).A soma das duas partes gera a nota final.No primeiro salto, Ja<strong>de</strong> entra <strong>de</strong> costas no trampolim, bate as mãos na ponta da “mesa”e gira o corpo completamente (360 graus) duas vezes até o pouso. O grau <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong><strong>de</strong>ste salto vale 5,80 pontos, pontuação consi<strong>de</strong>rada alta na escala oficial. Ja<strong>de</strong> errou aomanter as pernas levemente afastadas na segunda rotação e por um leve <strong>de</strong>sequilíbrio naaterrissagem. Nota técnica: 5,80. Nota artística: 9,500.No segun<strong>do</strong> salto, Ja<strong>de</strong> dá meia volta entre o trampolim e a “mesa”. Depois, <strong>do</strong>bra aspernas e as segura (o movimento chama<strong>do</strong> carpa<strong>do</strong>), gira mais 180 graus e aterrissa.Mais simples que o primeiro, este salto tem nota técnica 5,20. Ja<strong>de</strong> entrou com as pernaslevemente afastadas e abriu o corpo na saída. Ao aterrissar, <strong>de</strong>u um pequeno passo parafrente. Nota técnica: 5,20. Nota artística: 9,325. Dessa maneira, com as notas conseguidasnos <strong>do</strong>is saltos, Ja<strong>de</strong> garantiu uma medalha <strong>de</strong> ouro em seus primeiros Jogos Panamericanos.Fonte: Adapta<strong>do</strong> da matéria “Os novos heróis <strong>do</strong> Brasil”, assinada por Renata Leal e André Fontenelle, e publicada pela Revista Épocaem 20 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2008. Edição n. 479. Disponível em: Acesso em: 23/06/2009.


Quan<strong>do</strong> levamos em conta o aspecto <strong>do</strong> movimento a ser avalia<strong>do</strong>, po<strong>de</strong>mos classificaros esportes sem interação em três tipos:Esportes <strong>de</strong> marca – aqueles basea<strong>do</strong>s na comparação <strong>do</strong>s registros das marcasalcançadas em segun<strong>do</strong>s, metros ou quilos. Exemplos: todas as provas <strong>do</strong> atletismo;como também patinação <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>; remo; ciclismo; levantamento <strong>de</strong> peso, etc.Nestas provas os adversários “me<strong>de</strong>m forças” para saber quem foi mais rápi<strong>do</strong> (menortempo em horas, segun<strong>do</strong>s, milésimos <strong>de</strong> segun<strong>do</strong>), quem foi mais longe ou mais alto(em metros e centímetros), quem levantou mais peso (em quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> quilos). Umadas características mais <strong>de</strong>stacadas nos esportes <strong>de</strong> marca é a quebra <strong>de</strong> recor<strong>de</strong>s.Muitas vezes a superação <strong>de</strong> uma marca anteriormente registrada ganha mais importância<strong>do</strong> que uma medalha olímpica. O atleta se torna famoso mais pelo feito <strong>do</strong> quepelo título. Como foi o caso <strong>do</strong> jamaicano Usain Bolt, que quebrou o recor<strong>de</strong> mundial<strong>do</strong>s 100 metros masculinos durante os Jogos Olímpicos <strong>de</strong> Pequim, na China, em 16<strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2008, com a marca <strong>de</strong> 9,69 segun<strong>do</strong>s.7171Esportes <strong>de</strong> marcaEsportes técnico-combinatórios – aqueles em que a comparação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho estácentrada na beleza plástica (dimensão estética) e no grau <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> (dimensão acrobática)<strong>do</strong> movimento, sempre respeitan<strong>do</strong> certos padrões, códigos ou critérios estabeleci<strong>do</strong>snas regras. Exemplos: todas as modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ginástica: acrobática, aeróbicaesportiva, artística, rítmica, <strong>de</strong> trampolim; bem como as provas da patinação artística, na<strong>do</strong>sincroniza<strong>do</strong>, saltos ornamentais. Em todas estas modalida<strong>de</strong>s os árbitros responsáveis dãonotas ao <strong>de</strong>sempenho realiza<strong>do</strong> pelos atletas com base em tabelas que estabelecem o grau<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> <strong>do</strong>s movimentos realiza<strong>do</strong>s e a forma como eles <strong>de</strong>vem ser executa<strong>do</strong>s. Nosesportes técnico-combinatórios, como já foi dito antes, o vence<strong>do</strong>r da prova não é aqueleque consegue ir mais longe ou ser mais rápi<strong>do</strong>, o que se compara aqui é quem consegueexecutar com mais “estilo” movimentos bem difíceis.


Esportes <strong>de</strong> precisão7373Tipos <strong>de</strong> esportes <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> conjunto COMinteração entre adversáriosPara os esportes com interação o critério <strong>de</strong> classificação está vincula<strong>do</strong> aos princípios táticosda ação, ou seja, está basea<strong>do</strong> naquilo que um único atleta (esportes individuais) ou um atletajuntamente com seus companheiros <strong>de</strong> equipe (esportes coletivos) <strong>de</strong>vem fazer para atingir a metaestabelecida. Para se dar bem em modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ste tipo, não basta só saber chutar a gol, jogara bola para o outro la<strong>do</strong> da quadra, correr <strong>de</strong> uma base à outra ou aplicar um golpe. É claro queestas ações são fundamentais para fazer um gol numa partida <strong>de</strong> futebol ou marcar pontos no tênis,beisebol ou judô, mas é preciso se dar conta <strong>de</strong> que nos esportes com interação os adversáriosestarão, ao mesmo tempo, tentan<strong>do</strong> fazer a mesma coisa. É por isso que a maior preocupação <strong>de</strong>um atleta e a equipe durante uma partida ou prova nestas modalida<strong>de</strong>s é “escolher/<strong>de</strong>cidir” emcada lance um jeito <strong>de</strong> agir (uma tática) que esteja sempre “ligada” às ações <strong>de</strong> ataque e <strong>de</strong>fesa<strong>do</strong> adversário.Quan<strong>do</strong> levamos em consi<strong>de</strong>ração este critério, é possível perceber que existem traços comunsna forma <strong>de</strong> atacar e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r em modalida<strong>de</strong>s que parecem ser bem diferentes umas das outras.O polo aquático e o futebol, por exemplo, têm o mesmo princípio <strong>de</strong> organização tática, apesar<strong>de</strong> o primeiro ser pratica<strong>do</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma piscina e o segun<strong>do</strong> num campo grama<strong>do</strong>. Tanto numquanto noutro a <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> uma equipe só funciona quan<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os joga<strong>do</strong>res adversários estiveremmarca<strong>do</strong>s e quan<strong>do</strong>, ao mesmo tempo, cada <strong>de</strong>fensor estiver <strong>de</strong> costas para o seu própriogol e <strong>de</strong> frente para o joga<strong>do</strong>r marca<strong>do</strong>, tentan<strong>do</strong> lhe tirar o espaço para o arremesso ou o chutea gol. Nestes esportes é preciso estar o tempo to<strong>do</strong> com um olho na bola e outro no adversário.


74Então, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com os “princípios táticos” <strong>do</strong> jogo, o conjunto <strong>de</strong> esportes com interaçãopo<strong>de</strong> ser subdividi<strong>do</strong>, pelo menos, em quatro tipos:Esportes <strong>de</strong> combate – caracteriza<strong>do</strong>s como disputas nas quais uns tentam vencer osoutros através <strong>de</strong> toques, <strong>de</strong>sequilíbrios, imobilização, exclusão <strong>de</strong> um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> espaçoe, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> da modalida<strong>de</strong>, por contusões, combinan<strong>do</strong> ações <strong>de</strong> ataque e <strong>de</strong>fesa (porexemplo: boxe, esgrima, jiu-jítsu, judô, karatê, luta, sumô, taekwon<strong>do</strong>, etc.). É importante<strong>de</strong>stacar que para se dar bem nestes esportes é preciso atingir o corpo <strong>do</strong> adversário ouconseguir algum grau <strong>de</strong> controle sobre ele. Mas, atenção! Apesar <strong>de</strong> o futebol americano eo rúgbi permitirem que um ou vários atletas se atirem sobre o corpo <strong>do</strong> adversário tentan<strong>do</strong>imobilizá-lo, não dá para consi<strong>de</strong>rá-los esportes <strong>de</strong> combate, pois esta ação é apenas umrecurso <strong>do</strong> jogo usa<strong>do</strong> para recuperar ou manter a posse da bola, e não o objetivo central<strong>de</strong>stas duas modalida<strong>de</strong>s. Lembre-se, os esportes <strong>de</strong> combate são sempre individuais.Esportes <strong>de</strong> combateEsportes <strong>de</strong> campo e taco – são aquelas modalida<strong>de</strong>s que têm como objetivo rebater abola o mais longe possível para tentar percorrer o maior número <strong>de</strong> vezes as bases (ou amaior distância entre as bases) e, assim, somar pontos. No Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul estes esportessão pouco conheci<strong>do</strong>s, entretanto, tem um jogo muito popular <strong>de</strong>riva<strong>do</strong> <strong>de</strong> um <strong>de</strong>les: otacobol, ou simplesmente jogo <strong>de</strong> taco, que nos ajuda a enten<strong>de</strong>r como estas modalida<strong>de</strong>sfuncionam. Neste tipo <strong>de</strong> esporte as equipes atacam e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m alternadamente, ou seja,cada equipe tem a sua vez <strong>de</strong> atacar e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r. Um ataque sempre começa quan<strong>do</strong> umrebate<strong>do</strong>r consegue bater com um taco (ou outro instrumento) na bola arremessada pelojoga<strong>do</strong>r adversário, tentan<strong>do</strong> mandá-la o mais longe possível <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> campo <strong>de</strong> jogopara atrasar a <strong>de</strong>volução da bola por parte da <strong>de</strong>fesa e, então, percorrer a distância necessáriapara marcar pontos. Em várias <strong>de</strong>stas modalida<strong>de</strong>s (não é o caso <strong>do</strong> críquete) seo rebate<strong>do</strong>r não conseguir completar o percurso na mesma jogada, ele para em lugaresintermediários (bases) e um novo rebate<strong>do</strong>r entra na partida. O rebate<strong>do</strong>r anterior se trans-


forma num corre<strong>do</strong>r e segue tentan<strong>do</strong> completar o percurso entre todas as bases. Uma dasdiferenças <strong>do</strong>s esportes <strong>de</strong> campo e taco para os outros tipos <strong>de</strong> esportes é que a equipe <strong>de</strong><strong>de</strong>fesa sempre começa a partida com a posse da bola. E antes <strong>de</strong> começar, os <strong>de</strong>fensoresse distribuem no campo <strong>de</strong> jogo tentan<strong>do</strong> cobrir os espaços on<strong>de</strong> a bola po<strong>de</strong> cair <strong>de</strong>pois<strong>de</strong> ser rebatida pelo adversário. Quan<strong>do</strong> a bola está em jogo os <strong>de</strong>fensores tentam, pormeio <strong>de</strong> passes, <strong>de</strong>morar o menor tempo possivel para levar a bola até setores <strong>do</strong> campoque impe<strong>de</strong>m os adversários <strong>de</strong> marcarem ou continuarem marcan<strong>do</strong> pontos (ou em setoresque levem à eliminação <strong>do</strong>s corre<strong>do</strong>res). Entre outras modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> esportespo<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>stacar o beisebol, críquete, pesapallo, roun<strong>de</strong>rs, softbol.7575Esportes <strong>de</strong> campo e tacoEsportes com re<strong>de</strong> divisória ou pare<strong>de</strong> <strong>de</strong> rebote – são aquelas modalida<strong>de</strong>s nasquais se arremessa, lança ou se bate na bola ou peteca em direção à quadra adversária(sobre a re<strong>de</strong> ou contra uma pare<strong>de</strong>) <strong>de</strong> tal forma que o rival não consiga <strong>de</strong>volvê-la, oua <strong>de</strong>volva fora <strong>de</strong> nosso campo ou pelo menos tenha dificulda<strong>de</strong>s para <strong>de</strong>volvê-la. Po<strong>de</strong>moscitar como exemplos <strong>de</strong> esportes com re<strong>de</strong> divisória o voleibol, vôlei <strong>de</strong> praia, tênis,badminton, pá<strong>de</strong>l, peteca, sepaktakraw. E como exemplos <strong>de</strong> esportes com pare<strong>de</strong> <strong>de</strong> rebote,entre outros, a pelota basca, raquetebol, squash. Uma característica comum <strong>de</strong>stesesportes é que sempre se joga interceptan<strong>do</strong> (<strong>de</strong>fesa) a trajetória da bola ou da peteca aomesmo tempo em que se tenta jogá-la para o la<strong>do</strong> <strong>do</strong> adversário (ataque). Nos casos <strong>do</strong>tênis, badminton, peteca, pelota basca, raquetebol o vaivém da bola ou da peteca é direto(alterna<strong>do</strong> direto). Já no voleibol, punhobol, vôlei <strong>de</strong> praia e sepaktakraw tanto dá para<strong>de</strong>volver a bola direto quanto dá para fazer passes entre os companheiros <strong>de</strong> uma mesmaequipe antes <strong>de</strong> mandar a bola para o outro la<strong>do</strong> <strong>de</strong> quadra (alterna<strong>do</strong> indireto). Na <strong>de</strong>fesa,a i<strong>de</strong>ia é ocupar os espaços da melhor forma possível para receber bem a bola ou apeteca e <strong>de</strong>volvê-la <strong>de</strong> um jeito que dificulte a ação <strong>do</strong>s adversários.


Esportes <strong>de</strong> re<strong>de</strong> divisória ou pare<strong>de</strong> <strong>de</strong> rebote76Esportes <strong>de</strong> invasão – são aquelas modalida<strong>de</strong>s em que as equipes tentam ocuparo setor da quadra/campo <strong>de</strong>fendi<strong>do</strong> pelo adversário para marcar pontos (gol, cesta,touch<strong>do</strong>wn), ao mesmo tempo em que tem que proteger a própria meta. Por exemplo,basquetebol, corfebol, floorball, frisbee, futebol, futsal, futebol americano, han<strong>de</strong>bol,hóquei na grama, lacrosse, polo aquático, rúgbi, etc. Nesses esportes é possível perceber,entre outras semelhanças, que as equipes jogam em quadras ou campos retangulares.Em uma das linhas <strong>de</strong> fun<strong>do</strong> (ou num <strong>do</strong>s setores ao fun<strong>do</strong>) fica a meta a seratacada, e na outra linha <strong>de</strong> fun<strong>do</strong> a que <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>fendida. Para atacar a meta <strong>do</strong>adversário, uma equipe precisa, necessariamente, ter a posse <strong>de</strong> bola (ou objeto usa<strong>do</strong>como bola) para avançar sobre o campo <strong>do</strong> adversário (geralmente fazen<strong>do</strong> passes) ecriar condições para fazer os gols, cestas ou touch<strong>do</strong>wn. Só dá para chegar lá conduzin<strong>do</strong>,lançan<strong>do</strong> ou baten<strong>do</strong> (com um chute, um arremesso, uma tacada) na bola, ouno objeto usa<strong>do</strong> como bola, em direção à meta. Neste tipo <strong>de</strong> esporte, ao mesmo tempoem que uma equipe tenta avançar a outra tenta impedir os avanços. E para evitarque uma chegue à meta <strong>de</strong>fendida pela outra é preciso reduzir os espaços <strong>de</strong> atuação<strong>do</strong> adversário <strong>de</strong> forma organizada e, sempre que possível, tentar recuperar a posse <strong>de</strong>bola para daí partir para o ataque. O curioso é que tu<strong>do</strong> isso po<strong>de</strong> ocorrer ao mesmotempo, num piscar <strong>de</strong> olhos uma equipe que estava atacan<strong>do</strong> passa a ter que se <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r,basta per<strong>de</strong>r a posse <strong>de</strong> bola ou <strong>do</strong> objeto usa<strong>do</strong> como bola.


Esportes <strong>de</strong> invasão777Retoman<strong>do</strong>...Essa forma <strong>de</strong> organizar os esportes nos ajuda a enxergar algumas semelhanças ediferenças muito interessantes entre eles. Por exemplo, nos esportes sem interação entreadversários po<strong>de</strong>mos notar que o na<strong>do</strong> sincroniza<strong>do</strong> (pratica<strong>do</strong> em piscina) é muito maispareci<strong>do</strong> com a ginástica rítmica (praticada em ginásios) <strong>do</strong> que a natação (também praticadaem piscina), que por sua vez é muito mais parecida com as corridas <strong>do</strong> atletismo(praticadas em pistas), pois nos <strong>do</strong>is últimos casos o importante é ser mais rápi<strong>do</strong> <strong>do</strong> queo adversário para cumprir a prova.Esses princípios também ajudam a perceber que os esportes joga<strong>do</strong>s com a mão oucom o pé (basquetebol e futsal) são mais pareci<strong>do</strong>s <strong>do</strong> que po<strong>de</strong>ríamos imaginar antes<strong>de</strong> observarmos os princípios táticos <strong>do</strong> jogo (tanto num quanto noutro os joga<strong>do</strong>resprecisam se <strong>de</strong>smarcar com e sem bola, buscar espaços vazios para recebê-la em condições<strong>de</strong> atacar a meta adversária, organizar-se <strong>de</strong>fensivamente para marcar cada um <strong>do</strong>sadversários, etc.). Já os esportes que utilizam instrumentos para bater na bola, como é ocaso <strong>do</strong> golfe e <strong>do</strong> hóquei (tacos e sticks), não são nada pareci<strong>do</strong>s quan<strong>do</strong> se leva emconsi<strong>de</strong>ração a forma como esses esportes são joga<strong>do</strong>s. E, mais, se prestarmos atençãona forma <strong>de</strong> funcionamento <strong>de</strong>sses <strong>do</strong>is esportes, e levan<strong>do</strong> em consi<strong>de</strong>ração o jeito queos joga<strong>do</strong>res tem que jogar, percebemos que o golfe é da mesma “família” da bocha e,por mais estranho que possa parecer, o hóquei pertence à mesma família <strong>do</strong> futebol.Quan<strong>do</strong> prestamos atenção no funcionamento <strong>de</strong> uma modalida<strong>de</strong> e o que precisamosfazer para atuar bem, nos surpreen<strong>de</strong>mos com as semelhanças encontradas entre


78esportes que até então imaginávamos serem bem diferentes. Assim como também nossurpreen<strong>de</strong>mos com as diferenças encontradas em esportes que imaginávamos seremmuito pareci<strong>do</strong>s.A classificação <strong>do</strong>s esportes com base na lógica interna nos permite ver que uma modalida<strong>de</strong>até então consi<strong>de</strong>rada estanha po<strong>de</strong> ser “prima” (ou até mesmo “irmã”) <strong>de</strong> outrabem conhecida. E quan<strong>do</strong> conseguimos perceber estas “relações <strong>de</strong> parentesco”, ficamais fácil i<strong>de</strong>ntificar a “família” a que pertence uma “nova” modalida<strong>de</strong> divulgada namídia e, assim, enten<strong>de</strong>r o mo<strong>do</strong> como ela funciona.Esses tipos <strong>de</strong> esportes permitem localizar a maioria das modalida<strong>de</strong>s num sistema <strong>de</strong>classificação. É como se fosse um “mapa <strong>do</strong>s esportes” (tal como mostra o gráfico abaixo),que nos permite reconhecer os elementos comuns entre as diversas práticas, compreen<strong>de</strong>r<strong>de</strong> forma global como se <strong>de</strong>fine quem ganha ou quem per<strong>de</strong> uma prova ou partida, além<strong>de</strong> nos ajudar a enten<strong>de</strong>r o que <strong>de</strong>vem fazer os joga<strong>do</strong>res para participarem da modalida<strong>de</strong>.Mapa <strong>do</strong>s esportesEsportesPo<strong>de</strong>m ser classifica<strong>do</strong>s<strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com aRelação <strong>de</strong> oposiçãoemSem interação entre adversáriosCom interação entre adversáriospo<strong>de</strong>m ser classifica<strong>do</strong>s <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o tipo <strong>de</strong>po<strong>de</strong>m ser classifica<strong>do</strong>s <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com oDesempenho compara<strong>do</strong>Princípio tático <strong>do</strong> jogoememMarca Técnico-combinatório Precisão Combate Campo e taco Re<strong>de</strong> divisória oupare<strong>de</strong> <strong>de</strong> reboteInvasãopo<strong>de</strong>m ser po<strong>de</strong>m ser po<strong>de</strong>m ser são são po<strong>de</strong>m ser sãoInd. Col. Ind. Col. Ind. Col. Ind. Col. Ind. Col. Col.


Quadro 1 – Sistema <strong>de</strong> classificação <strong>do</strong>s esportesEsportes COM interação entre adversários Esportes SEM interação entre adversáriosRelaçãocom oadversárioInvasão Marca Técnico-combinatório PrecisãoCom re<strong>de</strong> divisóriaou pare<strong>de</strong> <strong>de</strong> reboteCampoe tacoTipos CombateIndividual Coletivo Individual Coletivo Coletivo Individual Coletivo Individual Coletivo Individual ColetivoRelação<strong>de</strong> colaboraçãoBochaTiro comarcoGinásticaacrobáticaGinásticaRítmica4 X 100m em atletismoJudô Beisebol Tênis Voleibol Basquete Atletismo(provas <strong>de</strong>campo)(A)Modalida<strong>de</strong>sesportivas(B)Jogos <strong>do</strong>festival19. Remo20. Rúgbi21. Saltos ornamentais22. Skate23. Softbol24. Squash25. Taekwon<strong>do</strong>26. Tênis <strong>de</strong> mesa27. Tiro esportivo10. Ginástica artística11. Ginástica Rítmica por equipe12. Golfe13. Halterofilismo ou levantamento <strong>de</strong> peso14. Han<strong>de</strong>bol15. Luta greco-romana16. Na<strong>do</strong> sincroniza<strong>do</strong>17. Pádle18. Polo-aquático1. Revezamento 4x50m na<strong>do</strong> livre2. Badminton3. Boxe4. Karatê5. Críquete6. Dar<strong>do</strong>-<strong>de</strong>-salão7. Esgrima8. Futebol9. Futsal7979


80Trabalho <strong>de</strong> revisãoPara revisar o que apren<strong>de</strong>mos, realize as seguintes tarefas:1) Descreva os tipos <strong>de</strong> esporte <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o sistema <strong>de</strong> classificação estuda<strong>do</strong>. Aponteos elementos comuns entre as modalida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> mesmo grupo, especialmente o jeito queos praticantes <strong>de</strong>vem jogar. O texto ficará mais interessante se você conseguir incluirexemplos <strong>de</strong> outros esportes que você sabe que existem, mas que não são muito comuns.2) Com base no sistema <strong>de</strong> classificação <strong>do</strong>s esportes, preencha a parte (A) <strong>do</strong> quadro 1(página anterior) com as 27 modalida<strong>de</strong>s que estão listadas logo abaixo <strong>de</strong>le. E na parte(B), preencha com os jogos esportivos realiza<strong>do</strong>s pela sua turma durante o Festival.3) Depois <strong>de</strong>sse passeio pelo mun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s esportes, você saberia dizer qual tipo <strong>de</strong> esportemais combina com você? Por quê?Para saber mais• As modalida<strong>de</strong>s aqui mencionadas po<strong>de</strong>m ser vistas no YouTube, o mais popular site <strong>de</strong>dica<strong>do</strong>ao compartilhamento <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os. Basta digitar o nome da modalida<strong>de</strong> na ferramenta<strong>de</strong> busca lá mesmo .• A maioria <strong>do</strong>s esportes tem <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>talhada na enciclopédia Wikipédia, disponível noseguinte en<strong>de</strong>reço virtual: .• Informações <strong>de</strong>talhadas sobre as modalida<strong>de</strong>s olímpicas você encontra, no site <strong>do</strong> ComitêOlímpico Brasileiro e em sites que forammonta<strong>do</strong>s especificamente para os jogos olímpicos, por exemplo: .• O “Atlas <strong>do</strong> Esporte no Brasil” também po<strong>de</strong> ser consulta<strong>do</strong> no seguinte link: .• As confe<strong>de</strong>rações, fe<strong>de</strong>rações, associações esportivas também são uma fonte <strong>de</strong> consultamuito interessante. Confira algumas das que possuem link no portal <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> Esporte<strong>do</strong> Brasil .As fotografias com imagens das diferentes modalida<strong>de</strong>s esportivas que compõem este ca<strong>de</strong>rnoforam extraídas <strong>do</strong>s seguintes sites da internet:http://www.cob.org.br/http://accel16.mettre-put-idata.over-blog.com/0/01/05/54/photoarticle/acrosport.jpghttp://e.i.uol.com.br/pan/070702randra<strong>de</strong>.jpghttp://electric-sloth.ultimatedisc.ro/images/gallery/playing-ultimate.jpghttp://esportebr.com/arquivos/blog_e46ac0596a10c65f8b6e9fc6ed23efab.jpghttp://farm2.static.flickr.com/1316/1161922841_a267a2ccb6.jpg?v=0http://farm4.static.flickr.com/3031/2481870079_77a7d7e49d.jpg?v=0http://globoesporte.globo.com/Esportes/foto/0,,15761421-EX,00.jpghttp://img.photobucket.com/albums/v85/jumento/018/ sumo-2.jpghttp://movefit.files.wordpress.com/2008/04/cbs4656.jpghttp://olimpiadas.uol.com.br/2008/historia/modalida<strong>de</strong>s-excluidas/croquet.jhtm#http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI25388-15260,00-BRASIL+VAI+DESAFIAR+OS+ESTADOS+UNIDOS+NO+CURLING.htmlhttp://soleanoitecer.no.sapo.pt/imgs/corfebol.jpghttp://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/ca/Floorball_game.jpghttp://www.berkshiresport.com/images/roun<strong>de</strong>rs%20pic%201.jpghttp://www.brasilcricket.org/http://www.cbbs.com.br/galerias/?id=384http://www.cbjj.com.br/imagens/mundial/2007/mundial%20JJ2%20357(1).jpghttp://www.fpsb.com.br/imagens/http://www.frisbeebrasil.com.br/ult3.jpghttp://www.hoteliernews.com.br/HotelierNews/Hn.Admin/UpLoads4/Imagens/2008/0618/5b938266-f44e-4d24-801e-d6d5083ba314/gateball.jpghttp://www.mpssaa.org/assets/springsports/girlslacrosse/girl’s%20lacrosse%20front.jpghttp://www.pmmc.com.br/ccs/sala-noticias/2005_outubro/imagens/Bocha%20interna%20151005.jpghttp://www.revistafatorbrasil.com.br/imagens/fotos/golf_long_drive


Ensino Fundamental7 a e 8 a sériesAna Maria Beltrão GiganteMaria Rejane Ferreira da SilvaMônica Bertoni <strong>do</strong>s Santos


Nosso mun<strong>do</strong> é mensurávelCADERNO DO ALUNO8383Caro aluno!Este <strong>Ca<strong>de</strong>rno</strong> <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s foi feito especialmente para você perceber o quanto o ato <strong>de</strong>medir está presente em seu dia a dia.Ativida<strong>de</strong> 1- Descobrin<strong>do</strong> o Teorema <strong>de</strong> PitágorasVocê vai iniciar o trabalho construin<strong>do</strong> com o seu professor um Tangram.Antes <strong>de</strong> construí-lo, leia algo a seu respeito.TangramConta-se que um dia, na China, há 4.000 anos, o Impera<strong>do</strong>r Tan partiu seu espelho quadra<strong>do</strong> quan<strong>do</strong>o <strong>de</strong>ixou cair no chão. O espelho partiu-se em sete pedaços. Tan, apesar <strong>de</strong> um pouco aborreci<strong>do</strong> com aperda <strong>do</strong> espelho, <strong>de</strong>scobriu uma forma <strong>de</strong> se entreter e foi construin<strong>do</strong> figuras e mais figuras, usan<strong>do</strong> sempreas sete peças, sem as sobrepor. Assim se pensa ter apareci<strong>do</strong> o conheci<strong>do</strong> jogo chinês chama<strong>do</strong> Tangram.Este jogo, também conheci<strong>do</strong> por “placa das sete astúcias”, possibilita a construção <strong>de</strong> diversas figuras apartir <strong>de</strong> suas peças.http://www.morcegolivre.vet.br/tangran_ativ.html - www.cefetsp.br/edu/guerato/mat_cur_tangran 13/8/2008.


84A construção <strong>do</strong> TangramMaterial: tesoura, folha <strong>de</strong> papel-ofício, régua, lápis, borracha.No quadro abaixo, estão resumidas as etapas da construção <strong>do</strong> Tangram que você fez em sala <strong>de</strong> aulacom seu professor. Aproveite-as para construir o Tangram com seus amigos ou seus familiares e lembre: ospontos são representa<strong>do</strong>s por letras maiúsculas, as <strong>do</strong>bras, por linhas pontilhadas, e as linhas cheias são poron<strong>de</strong> você vai cortar as peças <strong>do</strong> Tangram.Passo 1 Passo 2 Passo 3 Passo 4Passo 5Passo 6 Passo 7 Passo 8Elabore um pequeno glossário com os termos geométricos que apareceram durante a ativida<strong>de</strong> daconstrução <strong>do</strong> Tangram.Glossário


Recorte as peças <strong>do</strong> Tangram que estão no encarte <strong>de</strong>ste<strong>Ca<strong>de</strong>rno</strong>. Com elas vamos realizar algumas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> medida.85851) Reconstrua o quadra<strong>do</strong> original <strong>do</strong> Tangram com as peças que você recortou.2) Cubra o triângulo médio, o quadra<strong>do</strong> e o paralelogramo com o triângulo pequeno. Agora, compare o número<strong>de</strong> triângulos usa<strong>do</strong>s para cobrir cada figura. Você po<strong>de</strong> observar que o________________ equivale a <strong>do</strong>istriângulos pequenos, que o ________________ equivale a <strong>do</strong>is triângulos pequenos e que o ________________também equivale a <strong>do</strong>is triângulos pequenos. O que você conclui sobre as medidas das áreas <strong>de</strong>stas três figuras?Justifique sua resposta.3) Monte quadra<strong>do</strong>s, usan<strong>do</strong> apenas os triângulos <strong>do</strong> Tangram. No quadro abaixo, represente por <strong>de</strong>senhosos quadra<strong>do</strong>s monta<strong>do</strong>s e, no interior <strong>de</strong> cada um, trace linhas pontilhadas evi<strong>de</strong>ncian<strong>do</strong> os triângulos que oscompõem.4) Use peças <strong>do</strong> seu Tangram e monte, <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os mo<strong>do</strong>s possíveis, o triângulo gran<strong>de</strong>. No quadro abaixo,represente por <strong>de</strong>senhos os triângulos monta<strong>do</strong>s e, no interior <strong>de</strong> cada um, trace linhas pontilhadas evi<strong>de</strong>ncian<strong>do</strong>as peças que os compõem.


865) Com as peças <strong>do</strong> seu Tangram, construa um quadra<strong>do</strong> usan<strong>do</strong>:a) 2 peças b) 3 peças c) 4 peçasDesenhe no quadro abaixo, as soluções obtidas.6) Cubra cada peça <strong>do</strong> Trangram com o triângulo pequeno e preencha a tabela abaixo.Leia e observe!PeçaQPTmTgQuantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> triângulospequenos para cobrir a peça.Além das figuras geométricas, animais e plantas, o Tangram serve <strong>de</strong> inspiração para objetos <strong>de</strong><strong>de</strong>coração. Veja as prateleiras inspiradas nas peças <strong>do</strong> Tangram.http://matematicamania.wordpress.com/2008/8/02/tangram-na-<strong>de</strong>coracao/Calculan<strong>do</strong> área!Monte a lâmpada <strong>de</strong> cabeceira,conforme o <strong>de</strong>senho ao la<strong>do</strong>,usan<strong>do</strong> as peças <strong>do</strong> seu Tangram.


Desafio!Descubra a área <strong>de</strong>ssa figura, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> diferentes unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> medida.Inicialmente, use o triângulo pequeno como unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> medida <strong>de</strong> área (u.a.) e responda: Quantos triângulospequenos são necessários para recobrir a figura? __________ Po<strong>de</strong>-se dizer, então, que a lâmpada <strong>de</strong>cabeceira me<strong>de</strong> ___________ u.a., isto é ______________ triângulos pequenos.Use, agora, o triângulo médio como unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> medida <strong>de</strong> área (u.a.) e responda: Quantos triângulosmédios são necessários para recobrir a figura? __________ Po<strong>de</strong>-se dizer, então, que a lâmpada <strong>de</strong> cabeceirame<strong>de</strong> ___________ u.a., isto é ______________triângulos médios.Use o triângulo gran<strong>de</strong> como unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> medida <strong>de</strong> área (u.a.) e responda: Quantos triângulos gran<strong>de</strong>ssão necessários para recobrir a figura? __________ Po<strong>de</strong>-se dizer, então, que a lâmpada <strong>de</strong> cabeceira me<strong>de</strong>___________ u.a., isto é ______________triângulos gran<strong>de</strong>s.Refletin<strong>do</strong> sobre a ativida<strong>de</strong> realizada, escreva no quadro abaixo o que você concluiu, quan<strong>do</strong> utilizoudiferentes unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> área para calcular a área <strong>de</strong> uma mesma figura.8787Outra construção <strong>do</strong> TangramAgora, você vai construir outro Tangram, o chama<strong>do</strong> Tangram <strong>de</strong> Pitágoras. Antes disso, leia o texto que segue:Um pouco <strong>de</strong> História da MatemáticaPitágoras - um pormenor <strong>de</strong> “A escola <strong>de</strong> Atenas”, <strong>de</strong> Rafael Sanzio (1509).Pitágoras foi um importante matemático e filósofo grego. Nasceu no ano <strong>de</strong> 570 a.C.,na ilha <strong>de</strong> Samos, na região da Ásia Menor (Magna Grécia). Provavelmente, morreu em497 ou 496 a.C. em Metaponto (região sul da Itália). Com 18 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, Pitágorasjá <strong>do</strong>minava muitos conhecimentos matemáticos e filosóficos da época. Através <strong>de</strong>estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Astronomia, afirmava que o planeta Terra era esférico e suspenso no espaço(i<strong>de</strong>ia pouco conhecida na época). Encontrou certa or<strong>de</strong>m no universo, observan<strong>do</strong> queas estrelas, assim como a Terra, giravam ao re<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Sol. Recebeu muita influência científica e filosófica <strong>do</strong>sfilósofos gregos Tales <strong>de</strong> Mileto, Anaximandro e Anaxímenes. Enquanto visitava o Egito, impressiona<strong>do</strong> comas pirâmi<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>senvolveu o famoso Teorema <strong>de</strong> Pitágoras.Adapta<strong>do</strong> <strong>de</strong>: pt.wikipedia.org, acesso em 12/8/2008.O Tangram com que você vai trabalhar hoje foi fabrica<strong>do</strong> originalmente no século XIX por F. A. Richter andCompany. Acredita-se que a intenção <strong>do</strong> fabricante era provar o famoso Teorema <strong>de</strong> Pitágoras.Como o Tangram original, aquele que foi construí<strong>do</strong> em aulas anteriores, o Tangram <strong>de</strong> Pitágoras tambémé construí<strong>do</strong> a partir <strong>de</strong> um quadra<strong>do</strong> que é <strong>de</strong>composto em sete peças.


88Observe o Tangram <strong>de</strong> Pitágoras <strong>de</strong>senha<strong>do</strong> abaixo e, no quadro a seguir, <strong>de</strong>senhe e nomeie cada umadas figuras geométricas que o compõem.Material: tesoura, lápis <strong>de</strong> cor.Construa agora o Tangram <strong>de</strong> Pitágoras, utilizan<strong>do</strong> a malha quadriculada que está no encarte <strong>de</strong>ste <strong>Ca<strong>de</strong>rno</strong>,<strong>de</strong>senhan<strong>do</strong> sobre ela a figura abaixo.Você construiu o Tangram <strong>de</strong> Pitágoras. Agora, recorte-o.Ativida<strong>de</strong> para fazer em casa:Desafie seus amigos e familiares a reproduzirem as figuras <strong>do</strong> quadro abaixo, utilizan<strong>do</strong> as peças <strong>do</strong>Tangram <strong>de</strong> Pitágoras construí<strong>do</strong> por você .


Agora, você vai usar o seu novo Tangram para apren<strong>de</strong>ra Relação <strong>de</strong> Pitágoras.Para isso, combinan<strong>do</strong> com seu professor e seus colegas, <strong>de</strong>nomine com letras cada uma das figuras<strong>do</strong> Tangram <strong>de</strong> Pitágoras que estão <strong>de</strong>senhadas no quadro a seguir. Por exemplo: usar Qg para <strong>de</strong>nominar oquadra<strong>do</strong> gran<strong>de</strong> e escrever essa <strong>de</strong>nominação ao seu la<strong>do</strong>, como foi feito no referi<strong>do</strong> quadro.8989QgObserve as figuras <strong>do</strong> Tangram <strong>de</strong> Pitágoras que você <strong>de</strong>nominou. Relacione-as e complete as lacunasnas frases abaixo:Com os <strong>do</strong>is triângulos pequenos, po<strong>de</strong>-se compor o ______________. Com os <strong>do</strong>is triângulos gran<strong>de</strong>s,po<strong>de</strong>-se compor o______________ e o_______________. Com o quadra<strong>do</strong> pequeno e os <strong>do</strong>is triângulospequenos, po<strong>de</strong>-se compor o______________.Você <strong>de</strong>verá fazer, agora, alguns exercícios <strong>de</strong> medida.Tome o quadra<strong>do</strong> da malha quadriculada como unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> medida <strong>de</strong> área, complete as lacunas eresponda às perguntas:O quadra<strong>do</strong> gran<strong>de</strong> me<strong>de</strong> _______u.a., o quadra<strong>do</strong> pequeno me<strong>de</strong> _______ u.a., o triângulo gran<strong>de</strong> me<strong>de</strong>__________u.a., o triângulo pequeno me<strong>de</strong> _______ u.a., o paralelogramo me<strong>de</strong> __________u.a.Comparan<strong>do</strong> essas medidas, po<strong>de</strong>mos concluir que:A área <strong>de</strong> <strong>do</strong>is triângulos pequenos somadas é igual à área <strong>do</strong> ____________________.A área <strong>de</strong> <strong>do</strong>is triângulos pequenos somadas é também igual à área <strong>do</strong> ____________.A área <strong>de</strong> <strong>do</strong>is triângulos gran<strong>de</strong>s somadas é igual à área <strong>do</strong> ______________________.A área <strong>de</strong> <strong>do</strong>is triângulos gran<strong>de</strong>s somadas é também igual à área <strong>do</strong> _______________.O que se po<strong>de</strong> afirmar sobre a área <strong>do</strong> quadra<strong>do</strong> gran<strong>de</strong> e a área <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is triângulos gran<strong>de</strong>s somadas?O que se po<strong>de</strong> afirmar da área <strong>do</strong> quadra<strong>do</strong> gran<strong>de</strong> em relação ao quadra<strong>do</strong> pequeno soma<strong>do</strong> com a área<strong>do</strong>s <strong>do</strong>is triângulos pequenos?_____________________________________________________________________________________________O que se po<strong>de</strong> afirmar sobre a área <strong>do</strong> quadra<strong>do</strong> gran<strong>de</strong> e sobre a área <strong>do</strong> paralelogramo?_____________________________________________________________________________________________Relação <strong>de</strong> PitágorasNa ativida<strong>de</strong> anterior, você constatou a igualda<strong>de</strong> das áreas, agora você vai comprovar a Relação <strong>de</strong> Pitágoras.Observe o triângulo colori<strong>do</strong> no esquema abaixo. Como você po<strong>de</strong> verificar, ele é um triângulo retângulo e,portanto, seus la<strong>do</strong>s recebem nomes especiais: catetos (os que formam o ângulo reto) e hipotenusa (o maior la<strong>do</strong>,aquele que se opõe ao ângulo reto). Indique, no triângulo colori<strong>do</strong>, as medidas <strong>do</strong>s catetos <strong>de</strong> b e c e a medida <strong>de</strong>sua hipotenusa <strong>de</strong> a.


90Agora, usan<strong>do</strong> os <strong>do</strong>is triângulos pequenos e os <strong>do</strong>is quadra<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Tangram <strong>de</strong> Pitágoras, reproduza a figuraabaixo sobre uma folha <strong>de</strong> papel-ofício e cole os quadra<strong>do</strong>s forman<strong>do</strong> o triângulo retângulo. Pinte <strong>de</strong> azulesse triângulo. Observe que o triângulo retângulo é isósceles, que seus catetos congruentes são os la<strong>do</strong>s <strong>do</strong>squadra<strong>do</strong>s pequenos e a hipotenusa é o la<strong>do</strong> <strong>do</strong> quadra<strong>do</strong> gran<strong>de</strong>.Usan<strong>do</strong> os triângulos gran<strong>de</strong>s <strong>do</strong> Tangram <strong>de</strong> Pitágoras, faça as trocas necessárias para comprovar que aárea <strong>do</strong> quadra<strong>do</strong> gran<strong>de</strong> (Qg) é igual à soma das áreas <strong>do</strong>s quadra<strong>do</strong>s menores.A partir disso, é possível afirmar que, no <strong>de</strong>senho acima, a área <strong>do</strong> ______________ cujo la<strong>do</strong> é ahipotenusa <strong>do</strong> triângulo colori<strong>do</strong> <strong>de</strong> azul é igual à soma das áreas <strong>do</strong>s ____________________ cujos la<strong>do</strong>s sãoos catetos.Denominan<strong>do</strong> a área <strong>do</strong> quadra<strong>do</strong> gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> a 2 , a área <strong>do</strong> quadra<strong>do</strong> pequeno <strong>de</strong> b 2 e a área <strong>do</strong>outro quadra<strong>do</strong> pequeno forma<strong>do</strong> pelos <strong>do</strong>is triângulos pequenos <strong>de</strong> c 2 , escreva no retângulo abaixo, usan<strong>do</strong>símbolos, uma expressão que relacione as três áreas:A Relação <strong>de</strong> PitágorasA área <strong>do</strong> quadra<strong>do</strong> construí<strong>do</strong> sobre a hipotenusa <strong>de</strong> um triângulo retângulo é igual à soma dasáreas <strong>do</strong>s quadra<strong>do</strong>s construí<strong>do</strong>s sobre os catetos.Em símbolos:a 2 = b 2 + c 2Outra maneira <strong>de</strong> comprovar a Relação <strong>de</strong> Pitágoras.Esquema 1 Esquema 2TpTpQgQpPara o triângulo retângulo isósceles da figura 1, a Relação <strong>de</strong> Pitágoras já foi comprovada na ativida<strong>de</strong>anterior, fazen<strong>do</strong> trocas com as peças <strong>do</strong> Tangram <strong>de</strong> Pitágoras.


Observe, os <strong>do</strong>is triângulos colori<strong>do</strong>s nos esquemas (1 e 2) da página anterior. Você po<strong>de</strong> observar que,no esquema 1, o triângulo retângulo é isósceles (<strong>do</strong>is catetos congruentes) e que, no esquema 2, o triânguloretângulo é escaleno (catetos com diferentes medidas).Nos <strong>de</strong>senhos a seguir, essa relação está comprovada para um triângulo retângulo escaleno com la<strong>do</strong>s<strong>de</strong> 3, 4, e 5 unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comprimento.Analise a sequência <strong>de</strong> <strong>de</strong>senhos abaixo e escreva no quadro a seguir o que você concluiu.9191Com isso você po<strong>de</strong> intuir que esta relação vale para qualquer triângulo retângulo. Valen<strong>do</strong> para qualquertriângulo retângulo, po<strong>de</strong>mos dizer que esta relação é um teorema: o famoso Teorema <strong>de</strong> Pitágoras.Ativida<strong>de</strong> 2 - A riqueza das informações contidas nas embalagensO tempo presente é o resulta<strong>do</strong> das mudanças que ocorrem ao longo da história, impulsionadas pelasnecessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> homem e da socieda<strong>de</strong>.Leia o texto <strong>de</strong> Arnal<strong>do</strong> Lorençato, retira<strong>do</strong> <strong>do</strong> site www.zootecniabrasil.com.br, e as informações contidas nasseções Curiosida<strong>de</strong>s e Você sabia que...As embalagens <strong>de</strong> ontem e <strong>de</strong> hoje“Das garrafas <strong>de</strong> vidro que o leiteiro <strong>de</strong>ixava na porta dasresidências até o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> prático sistema longa-vida,o leite passou por um significativo processo evolutivo nas formas<strong>de</strong> conservação no <strong>de</strong>correr <strong>do</strong> século passa<strong>do</strong>.Apesar <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r ser toma<strong>do</strong> ao natural, o leite é um alimento frágil. O leite con<strong>de</strong>nsa<strong>do</strong>surgiu na França em 1828 como uma forma <strong>de</strong> conservação <strong>do</strong> produto. O méto<strong>do</strong> consistia em aquecê-loa uma temperatura <strong>de</strong> 120°C num recipiente submeti<strong>do</strong> à pressão. Os processos <strong>de</strong> pasteurização ampliarama durabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> leite. Em mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> século XX, foi criada a ultrapasteurização, conhecida pela sigla UHT(Ultra High Temperature). O sueco Ruben Rausing notou que era possível manter o leite íntegro se conserva<strong>do</strong>em embalagens hermeticamente fechadas, livres <strong>de</strong> microorganismos. Nascia o leite <strong>de</strong> caixinha, o longavida.”Arnal<strong>do</strong> Lorençatowww.zootecniabrasil.com.br


92Curiosida<strong>de</strong>Veja <strong>do</strong> que é feita a embalagem <strong>do</strong> leite longa-vida.www.furg.br 12/7/2008.Você sabia que...Tetra Pak é uma marca registrada que está gravada nas embalagens <strong>de</strong> leite longa-vida.O nome Tetra Pak foi escolhi<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> a primeira embalagem estava sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvida, por ser muitoparecida com a figura geométrica tetraedro. Tetra é quatro em grego e Pak, uma abreviação para embalagem(packaging ou package em inglês).Inúmeras vezes, uma embalagem <strong>de</strong> leite passa por nossas mãos e não nos <strong>de</strong>temos na observação dasua forma, não sabemos como acontece a sua fabricação, nem lemos as informações que nela estão impressas.Observe as embalagens <strong>de</strong> leite longa-vida que você trouxe. Liste os símbolos com seus respectivossignifica<strong>do</strong>s e as informações relevantes nelas contidas. Depois, preencha o quadro abaixo;Achei relevante...Esta ativida<strong>de</strong> é um <strong>de</strong>safio!Para realizar a ativida<strong>de</strong> a seguir, você vai precisar <strong>do</strong> seguinte material: régua, tesoura, 2 caixas <strong>de</strong> leitelonga-vida vazias e bem lavadas e fita a<strong>de</strong>siva.Transforme uma das caixas <strong>de</strong> leite longa-vida, que tem forma <strong>de</strong> paralelepípe<strong>do</strong>, em uma caixa (semtampa) <strong>de</strong> forma cúbica com 10 cm <strong>de</strong> aresta, isto é, altura, largura e profundida<strong>de</strong> iguais. Utilize o materialque foi solicita<strong>do</strong>. A caixa cúbica <strong>de</strong>ve ser bem vedada, pois, posteriormente, você colocará água <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>la.10 cm10 cm10 cm


Após construir a caixa cúbica, meça com a régua as dimensões das arestas da mesma e responda:Quanto me<strong>de</strong> a altura da caixa em cm?_________ E a largura ?___________E a profundida<strong>de</strong>?________________Comparan<strong>do</strong> essas três medidas, o que você po<strong>de</strong> afirmar a respeito <strong>de</strong>las?___________________________________________________________________________________________________________________________9393História da Matemática: PlatãoNo livro Timeu, escrito por volta <strong>do</strong> ano 350 a.C., Platão apresenta a teoria segun<strong>do</strong> a qual os quatro“elementos” admiti<strong>do</strong>s como constituintes <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>,– o fogo, o ar, a água e a terra – eram to<strong>do</strong>s agrega<strong>do</strong>s<strong>de</strong> sóli<strong>do</strong>s minúsculos. Além disso, <strong>de</strong>fendia ele, o mun<strong>do</strong> só po<strong>de</strong>ria ter si<strong>do</strong> feito a partir <strong>de</strong> corpos perfeitos,por isso os elementos <strong>de</strong>veriam ter a forma <strong>de</strong> sóli<strong>do</strong>s regulares. Por ser o mais leve e o mais violento <strong>do</strong>selementos, o fogo <strong>de</strong>veria ser um tetraedro. Por ser o mais estável, a terra <strong>de</strong>veria ser constituída por cubos.Como o mais inconstante e fluí<strong>do</strong>, a água teria que ser um icosaedro, o sóli<strong>do</strong> regular capaz <strong>de</strong> rolar maisfacilmente. Quanto ao ar, Platão observou que “...o ar é para a água o que a água é para a terra,” econcluiu, <strong>de</strong> forma algo misteriosa, que o ar <strong>de</strong>veria ser um octaedro. Finalmente, para não <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> foraum sóli<strong>do</strong> regular, ele atribuiu ao <strong>do</strong><strong>de</strong>caedro a representação <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o universo. (Devlin, 2002, p. 119).Você sabia que...Os poliedros <strong>de</strong> Platão são os únicos poliedros regulares? Observe as representações <strong>do</strong>s poliedros queestão a seguir, conheça seus nomes e como Platão os relacionava com o Universo e seus elementos: a Terra,a Água, o Fogo e o Ar, conforme ele os consi<strong>de</strong>rava.Ar Fogo Universo ÁguaTerraavrincus.no.sapo.pt. consulta em 7 <strong>de</strong> agosto 2008.Medida <strong>de</strong> volume da caixa cúbica, utilizan<strong>do</strong> o cubinho<strong>de</strong> 1 cm <strong>de</strong> aresta como unida<strong>de</strong>Vamos utilizar a caixa cúbica para estudar medidas <strong>de</strong> volume e <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>.Pegue o cubinho <strong>do</strong> material <strong>do</strong>ura<strong>do</strong>. Esse cubinho tem 1 cm <strong>de</strong> aresta.1 cm1 cm1 cmFazen<strong>do</strong> uma estimativa, quantos cubinhos você acredita serem necessários para preencher a caixacúbica?____________Se você dispuser <strong>do</strong> Material Doura<strong>do</strong>, po<strong>de</strong>rá colocar vários cubinhos <strong>de</strong> 1cm <strong>de</strong> aresta <strong>de</strong>ntro da caixa.Caso sua escola não tenha esse material, pense uma estratégia para po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>scobrir quantos cubinhos <strong>de</strong> 1cm<strong>de</strong> aresta cabem <strong>de</strong>ntro da caixa cúbica.Escreva, no quadro abaixo, a estratégia que você usou.Como fiz para <strong>de</strong>scobrir quantos cubinhos <strong>de</strong> 1cm <strong>de</strong> aresta são necessários para preencher a caixacúbica?


Pense e faça o que se pe<strong>de</strong>:94Complete as lacunas a seguir:Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> o cubinho como a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> medida, po<strong>de</strong>-se afirmar que <strong>de</strong>ntro da caixa cúbicacabem ______ unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> medida, ou seja, ________cubinhos.Quantas vezes a aresta <strong>do</strong> cubinho cabe:• na altura da caixa cúbica?____________• na largura da caixa cúbica?____________• na profundida<strong>de</strong> da caixa cúbica?____________Você percebe alguma relação entre o número total <strong>de</strong> cubinhos que couberam na caixa cúbica com a suaaltura, sua largura e sua profundida<strong>de</strong>? Em caso afirmativo, que relação é essa?O volume da caixa cúbica é o número <strong>de</strong> cubinhos que couberam <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>la.Logo, o volume da caixa cúbica é __________cubinhos.Assim, para calcular o volume da caixa cúbica, basta multiplicar __________ por_________ por ___________.DesafioQual será o volume <strong>do</strong> cubinho <strong>de</strong> 1 cm <strong>de</strong> aresta?1 cm1 cm1 cmO volume <strong>do</strong> cubinho é __________________Qual é o volume da caixa cúbica <strong>de</strong> 10 cm <strong>de</strong> aresta?10 cm10 cm10 cmO volume da caixa cúbica é ___________________Outra forma <strong>de</strong> encontrar o volume da caixa cúbica.A seguir você vai, fazer algumas trocas:Quantos cubinhos têm uma placa?________A unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> medida <strong>de</strong> volume, agora, passará a ser a placa e <strong>de</strong>ixará <strong>de</strong> ser o cubinho.Quantas placas você precisa empilhar para encher a caixa cúbica?____________


9595Que cálculo você po<strong>de</strong> fazer para chegar ao número total <strong>de</strong> cubinhos que cabem na caixa cúbica a partirda placa? __________________________Observe como a placa se encaixa na base da CAIXA CÚBICA, portanto, a ÁREA DA FACE MAIOR DAPLACA correspon<strong>de</strong> à área da base da caixa cúbica.Você vai chamar a área da face maior da placa <strong>de</strong> área da base (Ab) da caixa cúbica e o número <strong>de</strong>placas empilhadas <strong>de</strong> altura (h) da caixa cúbica.Nesse caso, para calcular o volume da caixa cúbica, basta multiplicar a área da sua_________ por suaaltura.O que você concluiu po<strong>de</strong> ser escrito <strong>de</strong> forma mais simplificada substituin<strong>do</strong> as palavras ou expressões porsímbolos matemáticos:• o volume da caixa cúbica → V• a área da base da caixa cúbica →A b• a altura da caixa cúbica →h• a aresta da caixa cúbica →aEntão, o volume da caixa cúbica po<strong>de</strong> ser expresso por _____________=_______________x_______________.Chama-se cubo o interior da caixa cúbica, quan<strong>do</strong> ela estiver totalmente preenchida.Utilizan<strong>do</strong> essa mesma simbologia, escreva, no quadro a seguir, a fórmula <strong>do</strong> volume <strong>de</strong> um cubo. Vocêpo<strong>de</strong> escrever esta fórmula <strong>de</strong> duas maneiras diferentes: uma consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> a área da base e a altura e outraconsi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> somente a aresta <strong>do</strong> cubo.V = _________________V = _________________Você sabia que...Ao empilhar placas congruentes, você vai <strong>de</strong>terminar diferentes sóli<strong>do</strong>s?Empilhan<strong>do</strong> placas e <strong>de</strong>terminan<strong>do</strong> volumesObserve os <strong>de</strong>senhos abaixo e verifique que, após o empilhamento <strong>de</strong> placas, ficaram <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s umparalelepípe<strong>do</strong> retângulo e um prisma <strong>de</strong> base triangular.


96Encontre o volume <strong>do</strong>s sóli<strong>do</strong>s abaixo utilizan<strong>do</strong> a medida <strong>de</strong> suas arestas.6 cm3 cm6 cm15 cm4 cm6 cm3 cm3,2 cm7,5 cm2 cm4,5 cm9 cmUm <strong>de</strong>safioSe o volume uma caixa d’água <strong>de</strong> forma cúbica medir 8m³. Qual a medida <strong>de</strong> sua aresta?Agora, encha a caixa cúbica com água para calcular a sua capacida<strong>de</strong>10 cm10 cm10 cmDespeje o conteú<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma garrafa com um litro <strong>de</strong> água <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> sua caixa cúbica.


Registre no quadro a seguir suas conclusões:9797Leia com atenção as frases a seguir, completan<strong>do</strong>-as.Quantos litros couberam <strong>de</strong>ntro da caixa?_________________Como você viu anteriormente, o volume da caixa é <strong>de</strong> 1.000 cm³ e o litro <strong>de</strong> água coube na caixa,preenchen<strong>do</strong> totalmente o seu interior.Você vai transformar o volume da caixa <strong>de</strong> cm 3 para dm 3 .1.000cm 3 é o mesmo que ___________ dm 3 .Então, você po<strong>de</strong> afirmar que 1 litro equivale a ________________dm³.Fica mais fácil fazer a relação entre 1 litro e 1 dm 3 , apesar <strong>de</strong>ssa unida<strong>de</strong> (dm 3 ) não aparecer nas embalagens.Você sabia que...1.000 cm³ equivalem a 1 dm³ e que, portanto, 1litro equivale a 1 dm³?A unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> medida <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> é o litro e a <strong>de</strong> volume é o m³. O que permite relacionar a medida <strong>de</strong>volume com a medida <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> é o fato <strong>de</strong> 1 dm³ =1litro.Descreva, no quadro abaixo, as etapas que você realizou para encontrar o volume da caixa cúbica.Lembre-se <strong>de</strong> que foram utilizadas diferentes unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> medida que lhe permitiram encontrar a forma <strong>de</strong>calcular o volume <strong>do</strong>s paralelepípe<strong>do</strong>s.Escreva o que você achou <strong>do</strong> trabalho em que utilizou o Tangram para comprovar o Teorema<strong>de</strong> Pitágoras e em que explorou a embalagem <strong>do</strong> leite longa-vida para calcular as medidas <strong>de</strong>volume e <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>.


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Ensino Fundamental7 a e 8 a sériesIsabel Cristina Brandão TauferMaria Cristina Pansera <strong>de</strong> AraújoVera Lúcia Andra<strong>de</strong> Macha<strong>do</strong>


Movimento e saú<strong>de</strong>103Preza<strong>do</strong> aluno:Os movimentos corporais estão presentes nos seres vivos como algo que os caracteriza.To<strong>do</strong>s se movimentam, mesmo antes <strong>do</strong> nascimento, o que é possível verificar duranteo perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> gestação. Para um <strong>de</strong>senvolvimento normal, os seres humanos, em especial,necessitam, além <strong>de</strong> alimento e água, <strong>de</strong> carinho, amor e afeto. Os movimentos e exercíciosmusculares reforçam a estrutura óssea, <strong>de</strong>senvolvem os pulmões, estimulam a circulação <strong>do</strong>sangue, harmonizam as conexões nervosas e auxiliam o metabolismo.Nesta unida<strong>de</strong>, você construirá noções sobremovimento, velocida<strong>de</strong> e aceleração, relacionan<strong>do</strong>as estruturas <strong>do</strong> seu corpo, envolvidasnesses processos com o funcionamento <strong>do</strong>seu organismo. Prepare-se para, nesse trabalho,informar-se, ler, escrever e resolver problemas.As questões propostas permitem levantaralgumas dúvidas, por exemplo: Será que percebemosto<strong>do</strong>s os movimentos realiza<strong>do</strong>s pornosso corpo e quais órgãos e sistemas estãoenvolvi<strong>do</strong>s? Quan<strong>do</strong> estamos para<strong>do</strong>s ou <strong>do</strong>rmin<strong>do</strong>,há movimento em nosso organismo? Épossível medir esses movimentos? Estas informaçõesserão objeto <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong> que trata <strong>de</strong>sistemas <strong>de</strong> medida, unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> expressão eda relação entre ativida<strong>de</strong> física e saú<strong>de</strong>. Hojeestá comprova<strong>do</strong> que a ativida<strong>de</strong> física é importantepara a saú<strong>de</strong> <strong>do</strong> ser humano.Figura 1: Maratona <strong>de</strong> São Paulo (acesso 25/5/2009).Ativida<strong>de</strong> 1Observe a figura 1, que representa uma maratona, e informe:a) Três aspectos que caracterizam essa modalida<strong>de</strong> esportiva e que você visualiza nessa figura._______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________b) Que movimentos são visíveis nos atletas que participam da corrida? Quais as estruturas ouórgãos responsáveis por eles?_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________


104c) Existem alguns movimentos no organismo <strong>do</strong>s atletas que não po<strong>de</strong>mos ver? Se você respon<strong>de</strong>uafirmativamente, indique que órgãos ou sistemas estão envolvi<strong>do</strong>s._______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Após respon<strong>de</strong>rem as questões, elaborem, junto com o professor, a sistematização <strong>de</strong>sseconhecimento. Vocês verificarão que realizamos muitos movimentos, alguns <strong>de</strong> forma voluntáriae outros involuntariamente.Ativida<strong>de</strong> 2Com base nas observações realizadas, represente no quadro abaixo, por meio <strong>de</strong> um esquema<strong>do</strong> corpo humano, o sistema <strong>de</strong> sustentação e locomoção, i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong> as estruturascom legenda. Lembre que o sistema esquelético-muscular garante os movimentos <strong>do</strong> corpohumano, articulan<strong>do</strong> músculos, ossos e tendões. Quan<strong>do</strong> nos movimentamos, vários músculossão ativa<strong>do</strong>s. Os músculos envolvi<strong>do</strong>s nesses movimentos são <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong>s esqueléticosou estria<strong>do</strong>s.Para sabermaisVocê sabe o que são tendões e qual a sua função? Se não sabe, consulteo dicionário ou outra fonte. Com essa informação, inicie no seu ca<strong>de</strong>rno,a organização <strong>de</strong> um glossário que se completará ao final <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong>.Ativida<strong>de</strong> 3Agora, vamos tratar <strong>do</strong>s diferentes tipos <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que envolvem movimento, tais como:caminhada, corrida, respiração, digestão e transporte <strong>do</strong>s alimentos às células, pela circulaçãosanguínea. Inicie verifican<strong>do</strong> os batimentos cardíacos e os movimentos respiratórios <strong>do</strong>indivíduo quan<strong>do</strong> em repouso, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> uma caminhada e <strong>de</strong> uma corrida. A medição emrepouso po<strong>de</strong> ser feita na sala <strong>de</strong> aula e a da caminhada e da corrida será realizada em outrosespaços, conforme orientação <strong>do</strong> professor.


Atenção!Distribuição <strong>de</strong> funções nos grupos: os alunos terão as seguintes funções:TRÊS serão os atletas que participarão da ativida<strong>de</strong> em repouso, da caminhadae da corrida; UM aluno irá cronometrar o tempo e fazer as medições eUM outro aluno fará os registros <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s nas tabelas.105Material: Cronômetro ou relógio e instrumentos <strong>de</strong> medida <strong>de</strong> distância (fita métrica, régua, pés,palmos, passos, pedaços <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, etc.).Procedimento: Peçam aos colegas que farão a caminhada e a corrida para relaxarempor cerca <strong>de</strong> 3 minutos, se possível, <strong>de</strong>ita<strong>do</strong>s. Em seguida, se você é responsável pela medição,coloque uma das mãos no tórax <strong>de</strong> cada colega e conte os batimentos cardíacos e<strong>de</strong>pois os movimentos respiratórios durante 60 segun<strong>do</strong>s (1 minuto), registran<strong>do</strong> os da<strong>do</strong>snas tabelas 1 e 2. As batidas <strong>do</strong> coração e as pulsações po<strong>de</strong>m ser sentidas na gargantaou no pulso, através <strong>de</strong> pressão exercida no local com os <strong>de</strong><strong>do</strong>s indica<strong>do</strong>r e médio. Paraverificar os movimentos respiratórios, conte cada inspiração (a entrada <strong>de</strong> ar nos pulmões),observan<strong>do</strong> os movimentos <strong>do</strong> tórax. Se você é responsável pelos registros, escreva nastabelas o nome <strong>do</strong>s componentes <strong>do</strong> grupo que realizarão as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> repouso, caminhadae corrida, e registre as respectivas medidas feitas por seu colega. A partir <strong>do</strong>sregistros, po<strong>de</strong>rão ser compara<strong>do</strong>s os batimentos cardíacos e os movimentos respiratóriose suas variações.Tabela 1 – Movimento circulatório em repousoComponentes <strong>do</strong>grupoMovimento circulatórioNº <strong>de</strong> batimentos TemposVelocida<strong>de</strong>(batimentos/min)Velocida<strong>de</strong> média <strong>do</strong>s batimentos cardíacosTabela 2 – Movimento respiratório em repousoComponentes <strong>do</strong>grupoMovimento respiratórioNº <strong>de</strong> inspirações TemposVelocida<strong>de</strong>(respiração/min)Velocida<strong>de</strong> média <strong>do</strong>s movimentos respiratórios


106• Calcule a velocida<strong>de</strong> média <strong>do</strong> movimento respiratório e <strong>do</strong>s batimentos cardíacos,registran<strong>do</strong> os valores nas tabelas 1 e 2.No local on<strong>de</strong> acontecerão a caminhada e a corrida, cada grupo prepara-seAtenção! para a caminhada em passos lentos. A distância a ser percorrida <strong>de</strong>ve ser igualpara to<strong>do</strong>s. Para cada caminhante, o trecho percorri<strong>do</strong> será medi<strong>do</strong> com diferentesinstrumentos (ver material relaciona<strong>do</strong> na ativida<strong>de</strong> 3), o que permitirá concluir sobrea importância <strong>de</strong> um sistema universal <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> comprimento, superfície, volume epeso, etc. O aluno responsável pela medição <strong>do</strong> tempo da caminhada <strong>de</strong>verá acionar ocronômetro tão logo da<strong>do</strong> o sinal <strong>de</strong> início e novamente ao término da mesma.Lembre-se que os da<strong>do</strong>s referentes ao tempo e à distância (medida em diferentes unida<strong>de</strong>s)<strong>de</strong>verão ser registra<strong>do</strong>s na tabela 3.Tabela 3 – Distância percorrida em diferentes unida<strong>de</strong>s caminhan<strong>do</strong>e corren<strong>do</strong> (indicar a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> medida utilizada na coluna Distância)Componentes Tempos Distância (diferentes unida<strong>de</strong>s)Caminhan<strong>do</strong>Corren<strong>do</strong>• Observem os registros e calculem a velocida<strong>de</strong> com que os colegas realizaram a caminhada.Vocês sabem calcular velocida<strong>de</strong>? Se não sabem, consultem o professor. Descrevamcomo fazer esse cálculo nas linhas abaixo:______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________


• Registrem os resulta<strong>do</strong>s, isto é, a velocida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s colegas <strong>do</strong>s diferentes grupos, naTabela 4.Tabela 4 – Velocida<strong>de</strong> em diferentes unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> medida(Indicar a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> medida utilizada na coluna Velocida<strong>de</strong>)107Componentes Tempos Velocida<strong>de</strong> (diferentes unida<strong>de</strong>s)Caminhan<strong>do</strong>Corren<strong>do</strong>Para sabermaisProvavelmente, os seus colegas que realizaram a caminhada e a corridanão mantiveram a mesma velocida<strong>de</strong> durante to<strong>do</strong> o percurso. Essa variação,que po<strong>de</strong> ter si<strong>do</strong> para mais ou para menos, é o que conhecemospor aceleração. Se a aceleração retarda o movimento, ela é negativa. Seaumenta o movimento, é positiva.Tabela 5 – Movimento circulatório após a caminhadaem passos lentosComponentes <strong>do</strong>grupoMovimento circulatórioNº <strong>de</strong> batimentos TemposVelocida<strong>de</strong>(batimentos/min)Velocida<strong>de</strong> média <strong>do</strong>s batimentos cardíacos


108Logo após a caminhada, peça aos colegas que <strong>de</strong>item e conte novamente os batimentoscardíacos e os movimentos respiratórios durante um minuto, anotan<strong>do</strong> osresulta<strong>do</strong>s nas Tabelas 5 e 6 e calculan<strong>do</strong> a velocida<strong>de</strong> média <strong>do</strong> movimento respiratórioe <strong>do</strong>s batimentos cardíacos, registran<strong>do</strong> os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s.Tabela 6 – Movimento respiratório após a caminhada em passos lentosComponentes <strong>do</strong>grupoMovimento respiratórioNº <strong>de</strong> inspirações TemposVelocida<strong>de</strong>(respiração/min)Velocida<strong>de</strong> média <strong>do</strong>s movimentos respiratóriosTabela 7 – Movimento circulatório após a corridaComponentes <strong>do</strong>grupoMovimento circulatórioNº <strong>de</strong> batimentos TemposVelocida<strong>de</strong>(batimentos/min)Velocida<strong>de</strong> média <strong>do</strong>s batimentos cardíacosTabela 8 – Movimento respiratório após a corridaComponentes <strong>do</strong>grupoMovimento respiratórioNº <strong>de</strong> inspirações TemposVelocida<strong>de</strong>(respiração/min)Velocida<strong>de</strong> média <strong>do</strong>s movimentos respiratórios


Para sabermaismodalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> corrida.Existem corridas como a maratona, as <strong>de</strong> 100 m ou 200 m rasos, as <strong>de</strong>obstáculos e as <strong>de</strong> revezamento. Para realizar cada uma <strong>de</strong>las, a preparaçãofísica para um bom <strong>de</strong>sempenho envolve dias <strong>de</strong> condicionamentocardiorrespiratório e muscular, além <strong>de</strong> alimentação balanceada. Conversecom seu professor <strong>de</strong> Educação Física para informar-se sobre essas109Após a obtenção <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s correspon<strong>de</strong>ntes à caminhada, <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong>finida a distânciapara a corrida.Da mesma forma que na ativida<strong>de</strong> anterior, após a corrida, faça os registros e os cálculosnecessários, escreven<strong>do</strong> os resulta<strong>do</strong>s nas Tabelas 7 e 8.Ativida<strong>de</strong> 4Agora, você e seu grupo, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a orientação <strong>do</strong> professor, <strong>de</strong>vem organizar osda<strong>do</strong>s das tabelas em um gráfico que mostre as medidas da frequência respiratória e cardíaca<strong>de</strong> cada aluno/atleta <strong>do</strong> seu grupo em repouso, após a caminhada e após a corrida.• Escolha um tipo <strong>de</strong> gráfico para registrar os da<strong>do</strong>s no espaço a seguir, conforme orientação<strong>do</strong> professor.Ativida<strong>de</strong> 5Analise com seus colegas as informações coletadas pelos outros grupos e registradas nastabelas e gráficos. Comentem os resulta<strong>do</strong>s e respondam o que é solicita<strong>do</strong> a seguir.• A que conclusão se po<strong>de</strong> chegar sobre os batimentos cardíacos e movimentos respiratórios<strong>de</strong> um indivíduo em repouso e após a caminhada e a corrida?____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________


110• Há ou não relação entre batidas <strong>do</strong> coração e número <strong>de</strong> respirações por minuto? Justifique.____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________• Em relação aos resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s, foram verificadas diferenças entre os componentes <strong>do</strong>sgrupos? Exemplifique.____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________• Como você explicaria a distância <strong>do</strong> percurso na corrida, para alguém que não acompanhouesse experimento? Esta pessoa conseguiria reproduzir as medidas apresentadas?Justifique____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________• Um <strong>do</strong>s instrumentos usa<strong>do</strong>s para medir a distância foi uma fita métrica. Qual é a unida<strong>de</strong><strong>de</strong> medida <strong>de</strong>ssa fita?_____________________________________________________________________________• Localize, na reta, a seguir, o ponto atingi<strong>do</strong> em quatro segun<strong>do</strong>s por um móvel, no trajeto<strong>de</strong> A para B, distantes 12 cm, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> uma aceleração positiva <strong>de</strong> 2 centímetros porsegun<strong>do</strong> (2 cm/s).A_________________________________________________________________________B• Como você imagina, os povos antigos mediam distâncias?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________• Trace, no espaço a seguir, uma linha reta medin<strong>do</strong> o equivalente a 5 polegares.Utilize uma régua para verificar o comprimento <strong>de</strong>ssa linha em cm.


Responda:• Quantos centímetros tem esta linha? ________________________________________• Essa linha tem a mesma medida que a <strong>de</strong> seus colegas? Justifique.__________________________________________________________________________________________________________________________________________________111Para sabermaisPesquise sobre sistema métrico na biblioteca ou na internet, informan<strong>do</strong>sesobre como e on<strong>de</strong> foi cria<strong>do</strong> e se é a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> por to<strong>do</strong>s os países. Senão, que outros sistemas são utiliza<strong>do</strong>s e quais as diferenças entre eles.Ativida<strong>de</strong> 6O pedreiro que está construin<strong>do</strong> o prédio novo da administração da escola recebeu a solicitação<strong>de</strong> que este <strong>de</strong>ve ter 40 palmos <strong>de</strong> altura.• Responda: Essa solicitação ao pedreiro está correta? Justifique._______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Ativida<strong>de</strong> 7Além das medidas trabalhadas até agora, há outras gran<strong>de</strong>zas, como por exemplo, pressãoarterial, força muscular, massa, peso e altura. A razão entre a massa corporal ou pesoe a altura ao quadra<strong>do</strong> indica o índice <strong>de</strong> massa corporal (IMC) <strong>do</strong> indivíduo, que é usa<strong>do</strong>para verificar se ele está no seu peso i<strong>de</strong>al, abaixo ou acima <strong>de</strong>le (sobrepeso ou obesida<strong>de</strong>).Calcule seu IMC e compare-o com os valores expressos a seguir, assinalan<strong>do</strong> com (X) a suaposição: (Lembre-se que, para calcular o IMC, você precisa saber seu peso e sua altura.)menos <strong>de</strong> 20 – você está abaixo <strong>do</strong> peso a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> a sua altura ( )entre 20-22 – seu peso está a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> a sua altura ( )entre 23-24 – seu peso é aceitável em relação a sua altura ( )entre 25-29 – você está com sobrepeso, tome cuida<strong>do</strong> com sua alimentação ( )entre 30-39 – você está obeso e <strong>de</strong>ve rever sua dieta, pois aumentam os riscos <strong>de</strong> apresentar problemascardiovasculares. ( )Ativida<strong>de</strong> 8Represente no espaço a seguir a fórmula matemática que usou para calcular o IMC.


112Para sabermaisA obesida<strong>de</strong>, a falta <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física e o tipo <strong>de</strong> alimentação são alguns<strong>do</strong>s fatores que interferem na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida das pessoas e que<strong>de</strong>vem ser observa<strong>do</strong>s <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a infância.Ativida<strong>de</strong> 9Leia a notícia que segue, i<strong>de</strong>ntifique as palavras <strong>de</strong>sconhecidas, procure o significa<strong>do</strong>em um dicionário e organize-as no glossário.Ser <strong>do</strong> sexo masculino,apresentar obesida<strong>de</strong> ousobrepeso e não praticarativida<strong>de</strong>s físicas estãoassocia<strong>do</strong>s à ocorrência<strong>de</strong> hipertensão arterialsistêmica, mais conhecidacomo pressão alta,entre a<strong>do</strong>lescentes e jovens.É o que revela umapesquisa que envolveualunos <strong>de</strong> 14 a 20 anosmatricula<strong>do</strong>s em escolaspúblicas <strong>de</strong> ensino médioda Região Metropolitana<strong>do</strong> Recife (PE). Dos mais<strong>de</strong> 1,8 mil alunos avalia<strong>do</strong>s,17,3% apresentarampressão arterial elevada, um percentual maior <strong>do</strong> que os encontra<strong>do</strong>s em estu<strong>do</strong>s nacionaise internacionais, nos quais a prevalência variou <strong>de</strong> 1% a 13%. Assina<strong>do</strong> por Betâniada Mata Ribeiro Gomes e João Guilherme Bezerra Alves, <strong>do</strong> Instituto Materno-InfantilProfessor Fernan<strong>do</strong> Figueira, o trabalho acaba <strong>de</strong> ser publica<strong>do</strong> na revista <strong>Ca<strong>de</strong>rno</strong>s <strong>de</strong>Saú<strong>de</strong> Pública, periódico científico da Fiocruz. Nas Américas, estima-se que 140 milhões<strong>de</strong> pessoas tenham hipertensão, mas meta<strong>de</strong> <strong>de</strong>las não sabe que apresenta a <strong>do</strong>ença,pois não exibe sintomas nem utiliza serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Entre as que se <strong>de</strong>scobrem hipertensas,30% não fazem tratamento por falta <strong>de</strong> motivação ou <strong>de</strong> recursos. “Embora amaior parte <strong>do</strong>s diagnósticos <strong>de</strong> hipertensão arterial sistêmica seja firmada em pacientescom ida<strong>de</strong> avançada, a síndrome po<strong>de</strong> ter seu início na infância”, <strong>de</strong>stacam os autores noartigo. “É importante o rastreamento <strong>de</strong> crianças e a<strong>do</strong>lescentes com risco aumenta<strong>do</strong> <strong>de</strong>se tornarem adultos hipertensos, para que sejam a<strong>do</strong>tadas medidas preventivas em ida<strong>de</strong>precoce, reduzin<strong>do</strong> os riscos <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças cardiovasculares e aci<strong>de</strong>nte vascular encefálico”,completam. De acor<strong>do</strong> com os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> trabalho, estudantes com sobrepeso tinhamduas vezes mais risco <strong>de</strong> apresentar pressão alta <strong>do</strong> que aqueles com peso normal. Já paraalunos obesos, o risco chegava a ser quatro vezes maior. “Esses da<strong>do</strong>s comprovaram que,<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a a<strong>do</strong>lescência, o sobrepeso e a obesida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenham um papel <strong>de</strong>letério para


o sistema cardiovascular”, dizem os autores. Os pesquisa<strong>do</strong>res também observaram quea prevalência <strong>de</strong> hipertensão era maior entre os alunos que não comiam frutas, mas a diferençanão foi estatisticamente significativa. Betânia e João Guilherme esperam que, coma divulgação <strong>de</strong> seus resulta<strong>do</strong>s junto aos professores, estes se tornem mais engaja<strong>do</strong>s ecoloquem a promoção da saú<strong>de</strong> <strong>do</strong>s alunos <strong>de</strong>ntro das rotinas escolares. “Dessa forma,a gran<strong>de</strong> campanha <strong>de</strong> recuperação e manutenção da saú<strong>de</strong> <strong>do</strong>s a<strong>do</strong>lescentes será feitanaturalmente, sem programas pontuais, cujos efeitos são efêmeros”, argumentam. Os <strong>do</strong>isacreditam que a pesquisa po<strong>de</strong>rá subsidiar mudanças como a oferta <strong>de</strong> merenda escolarmais balanceada, o incentivo a práticas esportivas como ativida<strong>de</strong>s extracurriculares e ainclusão da hipertensão entre os temas <strong>de</strong>bati<strong>do</strong>s em sala <strong>de</strong> aula.113(Pressão alta também é problema <strong>de</strong> a<strong>do</strong>lescente – Fonte: ZH, <strong>Ca<strong>de</strong>rno</strong> Vida, sába<strong>do</strong>, 28/3/2009).Registre a leitura da fórmula:_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Ativida<strong>de</strong> 10Após a leitura da notícia, organizem-se em grupos <strong>de</strong> cinco alunos para discutir e respon<strong>de</strong>ras seguintes questões:a) Você sabe se é hipertenso ou não? Se você respon<strong>de</strong>u afirmativamente, informe como ficousaben<strong>do</strong>._______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________b) O que é “pressão arterial sistêmica”?_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Para concluir esta unida<strong>de</strong>, elabore um texto com 10 a 12 linhas sobre os aspectos danotícia que você consi<strong>de</strong>rou mais importantes e que <strong>de</strong>vem ser divulga<strong>do</strong>s a outras pessoas.


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Ensino Fundamental7 a e 8 a sériesLigia Beatriz GoulartNeiva Otero Schaffer


Um lugar no mun<strong>do</strong>: a China117Caro aluno:Hoje você começa um trabalho sobre a China, um território distante e diferente <strong>do</strong> nosso,rico em paisagens e cultura, que impressiona pela dimensão territorial, pelo tamanho <strong>de</strong> suapopulação e pelo atual dinamismo <strong>de</strong> sua economia, mesmo evi<strong>de</strong>ncian<strong>do</strong> gran<strong>de</strong>s disparida<strong>de</strong>sinternas. Esperamos que goste das aulas e que as aproveite.A China no mun<strong>do</strong> (Aula 1)I - Comece a unida<strong>de</strong> len<strong>do</strong> o texto que segue.Quem ouve, esquece.Quem vê, lembra.Quem faz, apren<strong>de</strong>.(Provérbio chinês)Para localizar a China, inicie abrin<strong>do</strong> a atlas e um mapa-múndi. Encontre o país. Procure,em seguida, a China em um mapa da Ásia, isto é, em um mapa numa escala maior. Pelaleitura <strong>de</strong>stes <strong>do</strong>is mapas, complete o que é pedi<strong>do</strong>:Um novo <strong>de</strong>stinoJoão <strong>de</strong>scobriu, ao escutar uma conversa <strong>de</strong> família, que irá morar na China.O pai, que fora funcionário <strong>de</strong> uma empresa <strong>de</strong> aviação por 15 anos, estava <strong>de</strong>semprega<strong>do</strong>.Ele percorrera diversas companhias aéreas procuran<strong>do</strong> emprego, masnada havia consegui<strong>do</strong>. Em conversa com outros colegas <strong>de</strong> trabalho que estavam emsituação semelhante, <strong>de</strong>scobriu que havia possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho na aviação internacional.Em seguida, leu que estavam sen<strong>do</strong> contrata<strong>do</strong>s pilotos para a China, poiso crescimento econômico daquele país aumentou o fluxo <strong>do</strong>s transportes aéreos e hámuita oferta <strong>de</strong> trabalho na área.Foi por isso que o pai <strong>de</strong> João resolveu enviar seu currículo a Shenzhen Airlines, candidatan<strong>do</strong>-sea um emprego na companhia. Foi chama<strong>do</strong> e aceitou a proposta. Agoraestá estabeleci<strong>do</strong> na China e, no próximo mês, a família <strong>de</strong>verá encontrá-lo em Beijing.Des<strong>de</strong> que ficou saben<strong>do</strong> da <strong>de</strong>cisão, João está dividi<strong>do</strong> entre o entusiasmo e o receio.Ele aproveita o tempo até a viagem para informar-se sobre a China. Conversasistematicamente com o pai pelo MSN, Orkut e Skype, buscan<strong>do</strong> saber como é a vidanaquele país. Hoje há muitas formas <strong>de</strong> comunicação quase instantânea e tu<strong>do</strong> parecepróximo. O pai tem manda<strong>do</strong> notícias e imagens sobre a China, especialmentejornais. Tem sugeri<strong>do</strong> também que João leia os romances <strong>de</strong> autores chineses que têmsi<strong>do</strong> publica<strong>do</strong>s no Brasil. Mas o primeiro problema a ser enfrenta<strong>do</strong> no novo país é oidioma, alerta o pai. Lá eles falam e escrevem em mandarim. Há possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> secomunicar em inglês, especialmente com outros estrangeiros que vivem na China, masno cotidiano João terá que saber algumas palavras <strong>de</strong> mandarim.Apesar <strong>do</strong> pai enviar notícias sobre o cotidiano chinês, elas são insuficientes diante dasincertezas e curiosida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> João. Assim, ele resolveu compartilhar com a professorae os colegas da 8ª série os <strong>de</strong>safios que se apresentam para viver na China. Afinal,


118como viver e conhecer um país sem falar a língua <strong>de</strong> seu povo? Que língua é essa?Como surgiu? É parecida com outra? E para escrever, como se faz? É difícil? On<strong>de</strong> ficaexatamente esse país, China? Por que é tão diferente?João apresentou aos amigos suas inquietações. Alguns sugeriram a realização <strong>de</strong> umtrabalho coletivo em aula, sob a orientação <strong>do</strong> professor, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que pu<strong>de</strong>ssemauxiliá-lo na coleta das informações. A i<strong>de</strong>ia foi bem aceita por to<strong>do</strong>s que irão reunirmateriais, sob a forma <strong>de</strong> textos, reportagens, filmes, charges, imagens, e organizálosem pastas para entregá-los como presente ao João antes <strong>de</strong> sua viagem. Algunscolegas que têm acesso à internet e que já têm seu próprio blog farão um sobre aChina, postan<strong>do</strong> tanto materiais interessantes que encontrarem quanto seus própriostrabalhos.To<strong>do</strong>s estarão empenha<strong>do</strong>s. Eles sabem que não será fácil, pois são muitas as informaçõesatualizadas sobre a China. Algumas estão disponíveis em livros, revistas, jornais,sites. Outras ainda são “segre<strong>do</strong>s”, porque o governo da China mantém controlesobre informações....Mas parece que o primeiro passo é saber on<strong>de</strong>, afinal, é a CHINA.1) Em relação à linha <strong>do</strong> Equa<strong>do</strong>r a China situa-se no hemisfério_____________________________________________________________________________2) Em relação ao Meridiano <strong>de</strong> Greenwich a China situa-se no hemisfério_____________________________________________________________________________3) O paralelo que estabelece a latitu<strong>de</strong> mais meridional da China é o paralelo_____________________________________________________________________________4) Países e ou oceano que estão próximos a esta latitu<strong>de</strong> e que limitam a China:_____________________________________________________________________________5) O paralelo que estabelece a latitu<strong>de</strong> mais setentrional da China é o paralelo_____________________________________________________________________________6) Países e ou oceano que estão próximos a esta latitu<strong>de</strong> e que limitam a China:_____________________________________________________________________________7) O meridiano que <strong>de</strong>fine a longitu<strong>de</strong> mais oriental da China é o meridiano_____________________________________________________________________________8) Países e ou oceano que estão próximos a esta longitu<strong>de</strong> e que limitam a China:_____________________________________________________________________________9) O meridiano que <strong>de</strong>fine a longitu<strong>de</strong> mais oci<strong>de</strong>ntal da China é o meridiano_____________________________________________________________________________


10) Países ou oceano que estão próximos a esta longitu<strong>de</strong> e que limitam a China:_____________________________________________________________________________II - Você participou <strong>de</strong> uma ativida<strong>de</strong> que permitiu reconhecer a extensão <strong>do</strong> território chinês.No espaço que segue redija uma síntese da discussão feita em aula sobre o que sepo<strong>de</strong> concluir pela leitura <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> extensão e posição geográfica <strong>de</strong> um país, no casoa China, em um mapa._______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________119A extensão <strong>do</strong> território chinês (Aula 2)I - É comum que se faça uma representação <strong>de</strong> um povo por <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s elementos <strong>de</strong> suacultura. A dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> se expressar em outra língua é uma <strong>de</strong>stas representações. Determina<strong>do</strong>shábitos, como o chá das cinco entre os ingleses, é outra. Não significa ser <strong>de</strong>preciativocom tais culturas.1) O texto que segue, brincan<strong>do</strong> com a dificulda<strong>de</strong> <strong>do</strong> personagem chinês com o uso daletra “l” e com o chá <strong>do</strong> inglês, tem por tema central:_____________________________________________________________________________2) Não <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> sublinhar termos <strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong>s e <strong>de</strong> procurar seu significa<strong>do</strong>.Histolinha– Arô! Honorável Sr. Holmes... Ligo novamente às cinco horas da tar<strong>de</strong>.– Cinco horas da tar<strong>de</strong> não po<strong>de</strong>, Mr. Chin! Às cinco horas da tar<strong>de</strong> eu tomo meu chá.– Sim, senhoro, sim senhor. Chin ligar à meia-noite.Chin, cheio <strong>de</strong> sono e com um frio dana<strong>do</strong>, ligou para Mr. Holmes precisamente à meianoite.E, naturalmente, interrompeu o chá das cinco <strong>do</strong> Mr. Holmes, que ficou vermelho<strong>de</strong> raiva e não comprou o lote <strong>de</strong> teci<strong>do</strong> que o chinês queria ven<strong>de</strong>r como tão boa quantoa cashimira inglesa original.Naturalmente que a “história” não seria precisamente assim. No século XIX nem haviatelefone e nem a China era essa máquina <strong>de</strong> ven<strong>de</strong>r produtos <strong>de</strong> menor valor. Mas foi nofinal daquele século que cientistas, precavi<strong>do</strong>s e visionários, pensaram em evitar tais confusõescom relação ao horário <strong>de</strong> cada localida<strong>de</strong> e criaram o sistema <strong>de</strong> fusos horários.O sistema foi uma resposta ao problema: colocar or<strong>de</strong>m no horário mundial, o que sefazia necessário com o aumento <strong>do</strong> comércio e <strong>do</strong>s contatos internacionais. Discutiram,fizeram cálculos e concluíram que, se dividissem a Terra em 24 fatias longitudinais, com15 graus cada uma, solucionariam a questão. Assim nasceram os fusos horários ou zonashorárias, separadas por linhas imaginárias que são os meridianos. Cada fuso ou zonacorrespon<strong>de</strong> a uma hora, a mais ou a menos, em relação ao meridiano Zero, que passapela cida<strong>de</strong> inglesa <strong>de</strong> Greenwich. Este meridiano serve ainda como referência para ohorário mundial. In<strong>do</strong> para o Leste aumenta-se uma hora em relação a Greenwich, in<strong>do</strong>para Oeste diminui-se uma hora.


120Hoje, principalmente no mun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s negócios, usa-se o horário GMT (Greenwich MeridianTime). Ou seja, Mr. Chin ligaria para o honorável Sr. Holmes às “xis” horas GMT ese enten<strong>de</strong>riam, porque estariam falan<strong>do</strong> em um mesmo horário. Exceto às cinco da tar<strong>de</strong>GMT, é claro.Nos países <strong>de</strong> pequenas dimensões continentais é fácil utilizar o sistema <strong>de</strong> fusos horários,porque há uma hora única. Países maiores, como os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, o Canadá e a Rússia,têm três a quatro fusos horários. Já a China, que é imensa e teria espaço para vários fusoshorários, <strong>de</strong>cidiu manter apenas um fuso. Sen<strong>do</strong> assim lá, mesmo que em <strong>do</strong>is lugares orelógio esteja marcan<strong>do</strong> a mesma hora, em um já é manhã e em outro ainda é noite. OBrasil até há pouco tempo tinha quatro fusos horários. O horário oficial <strong>de</strong> Brasília eraGMT – 3, isto é, três horas a menos que Greenwich. Foi muda<strong>do</strong>. O Acre, o Amazonas eo Pará terão seu horário adianta<strong>do</strong> em uma hora e o Brasil passa a ter apenas três fusoshorários. Na realida<strong>de</strong> <strong>do</strong>is, porque um <strong>de</strong>les, o mais próximo <strong>de</strong> Londres, serve apenaspara Fernan<strong>do</strong> <strong>de</strong> Noronha, Atol das Rocas, ilhas <strong>de</strong> Trinda<strong>de</strong> e <strong>de</strong> São Pedro e São Paulo.Fonte: Adapta<strong>do</strong> <strong>de</strong> http://apostolos<strong>de</strong>pedro.blogspot.com/2008/06/mudana-<strong>do</strong>-fuso-horario.html – Acessa<strong>do</strong> em 9/7/2008Saiba que pela Lei 11.662, <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2008, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o final <strong>de</strong> junho, o Brasil passoua ter apenas três fusos horários. A lei altera o <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> 1913, que <strong>de</strong>finia os fusoshorários no Brasil.A lei foi criada “...a fim <strong>de</strong> modificar os fusos horários <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Acre e <strong>de</strong> parte <strong>do</strong>Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Amazonas <strong>do</strong> fuso horário Greenwich “menos cinco horas” para o fuso horárioGreenwich “menos quatro horas”, e da parte oci<strong>de</strong>ntal <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará <strong>do</strong> fuso horárioGreenwich “menos quatro horas” para o fuso horário Greenwich “menos três horas”.”Com ela facilita-se a classificação indicativa <strong>de</strong> transmissão.Fonte: Adapta<strong>do</strong> <strong>de</strong> http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11662.htm – Acesso em 8/8/2008.II - Nosso país po<strong>de</strong> ser uma referência para compreen<strong>de</strong>r a China. Usan<strong>do</strong> mapas <strong>do</strong> atlas,faça o mesmo exercício da aula anterior para i<strong>de</strong>ntificar os da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> localização e extensão<strong>do</strong> Brasil.1) Em relação ao Equa<strong>do</strong>r o Brasil situa-se no hemisfério__________________________________________________________________________2) Em relação ao Meridiano <strong>de</strong> Greenwich o Brasil situa-se no hemisfério__________________________________________________________________________3) O paralelo que estabelece a latitu<strong>de</strong> mais meridional <strong>do</strong> Brasil é o paralelo__________________________________________________________________________4) O paralelo que estabelece a latitu<strong>de</strong> mais setentrional <strong>do</strong> Brasil é o paralelo__________________________________________________________________________5) O meridiano que <strong>de</strong>fine a longitu<strong>de</strong> mais oriental <strong>do</strong> Brasil é o meridiano__________________________________________________________________________


6 ) O meridiano que <strong>de</strong>fine a longitu<strong>de</strong> mais oci<strong>de</strong>ntal <strong>do</strong> Brasil é o meridiano__________________________________________________________________________121III - Volte agora ao mapa da China. Conte o número <strong>de</strong> meridianos que atravessam o territórioda China, enumeran<strong>do</strong> apenas os meridianos <strong>de</strong> valores termina<strong>do</strong>s em 0º, isto é,<strong>de</strong> 10º em 10º. O total <strong>de</strong> meridianos é _____. Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> a diferença em graus <strong>de</strong>longitu<strong>de</strong>, <strong>de</strong>veriam existir na China _____ fusos horários. Portanto, a diferença <strong>de</strong> horárioentre o fuso mais oriental e o mais oci<strong>de</strong>ntal seria <strong>de</strong> _____horas.IV - Você já consegue explicar por que, em um mesmo país, duas cida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>m ter horáriosdiferentes. Isto se <strong>de</strong>ve à_____________________________________________________________________________V - Segun<strong>do</strong> o texto, todas as cida<strong>de</strong>s da China têm o mesmo horário.1) Verifique, usan<strong>do</strong> o mapa <strong>de</strong> fusos horários <strong>do</strong> atlas, a cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Pequim/Beijing, Xangai,Macau, e Hong Kong. Elas se encontram no mesmo fuso horário? Justifique o fato<strong>de</strong> terem o mesmo horário legal._____________________________________________________________________________2) Usan<strong>do</strong> o mesmo mapa, você verifica que há _____ horas <strong>de</strong> diferença entre a cida<strong>de</strong>que você mora e a capital da China. Portanto, se você estiver embarcan<strong>do</strong> para Pequimàs 15 h <strong>do</strong> dia 12 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro, lá serão _____ h <strong>do</strong> dia ____ <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro. Foi por issoque a abertura <strong>do</strong>s jogos olímpicos que você assistiu às 9 h da manhã <strong>do</strong> dia 8 <strong>de</strong> agosto<strong>de</strong> 2008 teve início na China às _______ daquele dia.VI - No seu portfólio <strong>de</strong>screva uma situação, real ou fictícia, vivida por uma pessoa que, poruma razão qualquer, viu-se obrigada a mudar <strong>de</strong> fuso horário. Se a situação narrada fossenotícia em um jornal, qual seria a manchete a<strong>de</strong>quada para ela?Mandarim – Uma língua, um povo (Aula 3)普 通 話 更 今 天 是 前 述 语 言 在 世 界 上 。900 百 万 人 民 几 乎 说 普 通 話 日 报 和 超 过 120 百 万 个 用 途 普通 話 作 为 第 二 种 语 言 。已 经 英 语 , 第 二 种 全 世 界 语 言 , 由 少 许 超 过 320 百 万 人 民在 世 界 上 说 。自 1956 年 以 来 , 普 通 話 是 官 方 语 言 在 中 国 。 普 通 話 或 putonghua( 中 国 人 被 简 化 的 , 汉 语 标 准 或 简 单 地 汉 语 语 言 ) 也 是 官 方语 言 在 其 他 国 家 , 作 为 台 湾 、 马


122No texto em chinês da página anterior está escrito que o mandarim é hoje a língua maisfalada no mun<strong>do</strong>. Quase 900 milhões <strong>de</strong> pessoas falam o mandarim diariamente e mais<strong>de</strong> 120 milhões usam o mandarim como segunda língua. Já o inglês, a segunda línguamundial, é fala<strong>do</strong> por pouco mais <strong>de</strong> 320 milhões <strong>de</strong> pessoas no mun<strong>do</strong>. Des<strong>de</strong> 1956,o mandarim é a língua oficial na China. O mandarim ou putonghua (chinês simplifica<strong>do</strong>,chinês padrão ou simplesmente língua chinesa) é também a língua oficial em outros países,como Taiwan, Malásia e Singapura. No Oci<strong>de</strong>nte, o mandarim passou a ser conheci<strong>do</strong>simplesmente como língua chinesa.O mandarim tem origem no dialeto da região <strong>de</strong> Pequim/Beijing e <strong>de</strong> um grupo diversifica<strong>do</strong><strong>de</strong> dialetos chineses fala<strong>do</strong>s no norte e no su<strong>do</strong>este da China. Não existe umai<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> comum “mandarim” baseada no idioma. Existem fortes i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s linguísticasregionais, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à ampla distribuição geográfica e à diversida<strong>de</strong> cultural da populaçãoque fala a língua. Além da varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> formas <strong>de</strong> falar o mandarim, na China existe mais<strong>de</strong> uma <strong>de</strong>zena <strong>de</strong> línguas minoritárias, entre os quais o tibetano e o mongol.É interessante observar que, como língua <strong>do</strong>minante no leste da Ásia, o chinês, que pertenceà família linguística sino-tibetana, exerceu influência sobre a forma <strong>de</strong> escrever <strong>do</strong>sidiomas vizinhos, mesmo que pertencentes a outros grupos linguísticos, como o japonês,o coreano e o vietnamita. Conforme alguns estudiosos, até o século XVIII, mais da meta<strong>de</strong><strong>do</strong>s livros <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> era publicada em chinês.Os textos escritos em chinês mais antigo remontam ao século IV a.C. A estrutura <strong>de</strong>stestextos, bem como a maioria <strong>do</strong>s símbolos, permanece inalterada na língua atual. Aocontrário da maioria <strong>do</strong>s idiomas escritos, o chinês é constituí<strong>do</strong> por i<strong>de</strong>ogramas. Des<strong>de</strong>1892, o mun<strong>do</strong> <strong>de</strong> língua inglesa transcreveu, para o alfabeto romano, as palavras chinesas.A partir <strong>de</strong> 1958, a República Popular da China organizou um sistema <strong>de</strong> transcrição<strong>do</strong>s i<strong>de</strong>ogramas chineses para a escrita oci<strong>de</strong>ntal. Este sistema chama-se pinyin (escritaortográfica). A substituição <strong>do</strong>s antigos i<strong>de</strong>ogramas pelos símbolos romanos é uma questãopolêmica naquele país, porque po<strong>de</strong> representar uma ameaça à literatura e à interpretação<strong>de</strong> <strong>do</strong>cumentos históricos escritos na língua clássica.Fonte: Texto adapta<strong>do</strong> das seguintes páginas: http://www.historia<strong>do</strong>mun<strong>do</strong>.com.br/chinesa/lingua-chinesa; http://brasiliavirtual.info/tu<strong>do</strong>-sobre/mandarim padrao; /http://stoa.usp.br/amzbak/files/341/1751/escrita.pdf – Acessadas em 31/7/2008.I - Você está trabalhan<strong>do</strong> em um grupo que coletou outros materiais sobre a China, sua cultura,sua língua. É o momento <strong>de</strong> fazer a leitura. O texto acima e os textos que se referem às questõeslinguísticas e à língua mandarim <strong>de</strong>stacam alguns aspectos. Discutam o tema. Elaborem umasíntese <strong>do</strong> texto sobre a língua mandarim e sobre outras leituras feitas sob a orientação <strong>do</strong> professor.No portfólio, cada um <strong>do</strong>s integrantes <strong>do</strong> grupo arquiva sua cópia da síntese.1) Listem as cida<strong>de</strong>s citadas nos materiais li<strong>do</strong>s e as localizem usan<strong>do</strong> um mapa da China.Cida<strong>de</strong>s Latitu<strong>de</strong> Longitu<strong>de</strong>2) Para saber mais sobre a língua <strong>do</strong> país, pense, com o grupo, em algumas perguntas quefariam a uma pessoa que fosse natural daquele país ou que conhecesse a língua mandarim.Discuta no grupo as perguntas observan<strong>do</strong> a orientação <strong>do</strong> professor sobre como seelaboram perguntas <strong>de</strong> forma a obter respostas significativas.


3) Anote as perguntas elaboradas em uma folha e as coloque no portfólio. Com os colegas,escolha a questão que consi<strong>de</strong>ram mais <strong>de</strong>safia<strong>do</strong>ra para escrever no quadro quan<strong>do</strong> oprofessor solicitar.4) No quadro da sala <strong>de</strong> aula, cada grupo propôs uma questão. Copie no espaço abaixo aquestão que o seu grupo escolheu para respon<strong>de</strong>r, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que não seja a <strong>do</strong> próprio grupo.______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________5) Discuta com o grupo a solução ao problema proposto. Copie a solução que discutirame que acreditam que seja possível, transcreven<strong>do</strong>-a em folha para arquivar.Uma economia complexa e em transformação (Aula 4)No final da Ida<strong>de</strong> Média, encanta<strong>do</strong>s com os relatos <strong>de</strong> Marco Polo e com os produtoscomercializa<strong>do</strong>s que vinham da China, os europeus ricos os disputavam. Ninguém, na Europa,produzia pólvora e a beleza <strong>de</strong> seus fogos <strong>de</strong> artifício. Ou bússolas, um aparelho atéentão <strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong> e que permitia navegar mesmo sem ver o sol, a lua ou as estrelas. Ou asfiníssimas sedas, as porcelanas <strong>de</strong> excelente qualida<strong>de</strong>. Nenhum país igualava a impressionantetecnologia chinesa, à época. Os produtos alcançavam altos preços. Hoje, novamente,a Europa, e praticamente to<strong>do</strong> o resto <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> to<strong>do</strong>, consome produtos vin<strong>do</strong>s da China.I - Você também já <strong>de</strong>ve ter visto ou compra<strong>do</strong> produtos chineses. Sobre a economia chinesaatual, leia com atenção os textos que seguem, marcan<strong>do</strong> i<strong>de</strong>ias importantes, listan<strong>do</strong> termosnovos e procuran<strong>do</strong> seu significa<strong>do</strong>. Anote os termos e seu significa<strong>do</strong> no portfólio.Economia da China: uma potênciano século XXIA China possui atualmente uma das economiasque mais crescem no mun<strong>do</strong>. A média<strong>de</strong> crescimento econômico <strong>do</strong> país, nosúltimos anos é <strong>de</strong> quase 10%, uma taxa superiora <strong>do</strong> Brasil e a das maiores economiasmundiais. O Produto Interno Bruto (PIB)da China atingiu 2,2 trilhões <strong>de</strong> dólares em2006, tornan<strong>do</strong>-a a quarta maior economia<strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. Estas cifras situam a economia chinesa como representante, atualmente, <strong>de</strong> 13%da economia mundial.Para enten<strong>de</strong>r esta economia dinâmica e em rápida transformação, alguns da<strong>do</strong>s sobrea economia chinesa atual são significativos. Entre eles <strong>de</strong>staca-se a entrada da China, principalmentea partir da década <strong>de</strong> 1990, na economia <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>, ajustan<strong>do</strong>-se ao mun<strong>do</strong>globaliza<strong>do</strong>. A agricultura mecanizada vem geran<strong>do</strong> excelentes resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>. AChina é o maior produtor mundial <strong>de</strong> alimentos. É o maior produtor mundial <strong>de</strong> milho e arroz,123


124e também o maior consumi<strong>do</strong>r e importa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> alimentos e matérias-primas. Houve aumentonos investimentos <strong>do</strong> país na área <strong>de</strong> educação, principalmente técnica, e em infraestrutura,com a construção <strong>de</strong> ro<strong>do</strong>vias, ferrovias, aeroportos e prédios públicos. Os investimentosforam feitos também nas áreas <strong>de</strong> mineração e na construção <strong>de</strong> hidrelétricas, como na <strong>de</strong>Três Gargantas, a maior <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, que gera energia para as indústrias e para o consumoresi<strong>de</strong>ncial.Por outro la<strong>do</strong>, há controle governamental <strong>do</strong>s salários e regras trabalhistas duras. Comestas medidas, as empresas chinesas têm um custo reduzi<strong>do</strong> com mão <strong>de</strong> obra (os saláriossão baixos), fazen<strong>do</strong> <strong>do</strong>s produtos chineses os mais baratos <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. Este fator explica,em parte, os altos índices chineses <strong>de</strong> exportação. Com a abertura da economia para a entrada<strong>do</strong> capital internacional, processo que é recente, isto é, <strong>do</strong> final <strong>do</strong> século XX, muitasempresas multinacionais instalaram e continuam instalan<strong>do</strong> filiais naquele país, buscan<strong>do</strong>baixos custos <strong>de</strong> produção, mão <strong>de</strong> obra abundante e merca<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r amplo. Outrofator <strong>de</strong> dinamização econômica da China foi sua participação na APEC (Asian Pacific EconomicCooperation), bloco econômico que reúne o Japão, a Austrália, a Rússia, os Esta<strong>do</strong>sUni<strong>do</strong>s, o Canadá, o Chile, além <strong>de</strong> outros países.Embora apresente to<strong>do</strong>s estes da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> crescimento econômico, a China enfrenta aindagran<strong>de</strong>s dificulda<strong>de</strong>s. Gran<strong>de</strong> parte da população ainda vive em situação <strong>de</strong> pobreza, principalmenteno campo. A utilização em larga escala <strong>de</strong> combustíveis fósseis (carvão minerale petróleo) tem gera<strong>do</strong> um gran<strong>de</strong> nível <strong>de</strong> poluição <strong>do</strong> ar. Os rios têm si<strong>do</strong> vítimas <strong>de</strong>stecrescimento econômico, apresentan<strong>do</strong> altos índices <strong>de</strong> poluição. Os salários, controla<strong>do</strong>spelo governo, colocam os operários chineses entre os que recebem uma das menores remunerações<strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. Mesmo assim, o crescimento chinês apresenta um ritmo alucinante,po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> transformar este país, nas próximas décadas, na maior economia <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>.Fonte: Adapta<strong>do</strong> <strong>de</strong> http://www.suapesquisa.com/geografia/economia_da_china.htm – Acessa<strong>do</strong> em 31/7/2008.A escravidão laboral na ChinaA empresa Chun Si Enterprise HandbagFactory, situada na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Zhongshan, na próspera província<strong>de</strong> Guang<strong>do</strong>ng, on<strong>de</strong> nasceram ese multiplicam milhares <strong>de</strong> fábricas,é mais uma <strong>de</strong>ntre aquelas que produzemto<strong>do</strong> o tipo <strong>de</strong> bens para asempresas oci<strong>de</strong>ntais. Ela tem contratoscom as multinacionais Wal-Mart Stores Inc. (WMT) e PaylessShoeSource Inc. (PSS), que confeccionammalas para mulheres. Seuscerca <strong>de</strong> mil trabalha<strong>do</strong>res (mulheres)permanecem encerradas <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> perímetro da fábrica to<strong>do</strong> o dia, com exceção<strong>de</strong> uma hora que lhes é dada para <strong>de</strong>scanso e refeições. Das fábricas chinesas, subcontratadaspor empresas oci<strong>de</strong>ntais, apenas um pouco mais <strong>de</strong> meia <strong>de</strong>zena mantém ascondições mínimas, em termos laborais. Os emprega<strong>do</strong>s têm salários miseráveis ou sãodissimuladamente encarcera<strong>do</strong>s nas fábricas que possuem pequenas janelas travadas eportas fechadas à chave.


No portão <strong>de</strong> entrada da fábrica da marca <strong>de</strong>sportiva Nike situada na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Jiaozhou,na província <strong>de</strong> Shan<strong>do</strong>ng, existe um dístico <strong>de</strong> propaganda. Nele se encontram <strong>de</strong>senha<strong>do</strong>s,em caracteres, os dizeres “Simplesmente Faz”. No seu interior, cerca <strong>de</strong> mil e quinhentos jovens<strong>de</strong> ida<strong>de</strong> inferior a vinte e cinco anos trabalham <strong>do</strong>ze horas por dia, segun<strong>do</strong> a NLC,primeira instituição a <strong>de</strong>nunciar a inexistência <strong>de</strong> códigos <strong>de</strong> conduta pelas multinacionais.Há situações piores, como aquelas das fábricas <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> primeiro a 100, <strong>de</strong>poisa 200 e atualmente a 300, geridas e exploradas por empresários chineses ou estrangeiros,em to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>.A política <strong>de</strong> contratação nestas fábricas é <strong>de</strong> não admitir mulheres <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> superior avinte e cinco anos, mas em certas situações os empresários transgri<strong>de</strong>m as regras que criaramadmitin<strong>do</strong> os filhos menores, se estiverem dispostos a juntarem-se à corrente <strong>de</strong> produção,sem receber nada pelo trabalho.O mote é produzir em gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s, o mais barato possível e <strong>de</strong> forma rápida.Nessas condições acontecem os aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trabalho como, por exemplo, o que <strong>de</strong>struiuuma fábrica <strong>de</strong> Shenzhen, em novembro <strong>de</strong> 1993, matan<strong>do</strong> oitenta e sete trabalha<strong>do</strong>res. Afalta <strong>de</strong> legislação e vigilância são as responsáveis pelos aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trabalho que representamo exemplo das ilicitu<strong>de</strong>s cometidas pelas multinacionais e fábricas chinesas em relaçãoao trabalho no setor industrial.Fonte: http://politicaedireito.tripod.com/id361.html Texto adapta<strong>do</strong> <strong>do</strong> original posta<strong>do</strong> na página. Acesso em 31/7/2008.125II - Você acompanhou o <strong>de</strong>bate em aula sobre a economia chinesa e suas transformaçõesrecentes. Comparou algumas situações <strong>de</strong> trabalho que leu nos textos com situações vividaspor trabalha<strong>do</strong>res adultos e infantis no Brasil. No quadro, foi organizada uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> termose foram justificadas as conexões estabelecidas. É importante que o material seja copia<strong>do</strong> earquiva<strong>do</strong>. Entre os materiais que você reuniu ou no seu livro didático há outros textos sobreo tema. Neste final <strong>de</strong> perío<strong>do</strong>, leia mais um texto e anote i<strong>de</strong>ias complementares às que jáforam discutidas na aula <strong>de</strong> hoje no seu portfólio.R$ 1,99 – A invasão mundial <strong>de</strong> produtos chineses (Aula 5)I - No início da aula anterior, você participou <strong>de</strong> uma discussão sobre produtos chineses àvenda no comércio da cida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> mora. Sabe agora sobre algumas <strong>de</strong> suas características<strong>de</strong> produção e <strong>de</strong> razões para estes produtos estarem presentes hoje tanto no Brasil como naItália ou nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s da América. Contribua com seu grupo <strong>de</strong> trabalho. Acompanhe aleitura <strong>do</strong> capítulo <strong>do</strong> livro <strong>de</strong> Geografia indica<strong>do</strong> pelo professor. Dê especial atenção ao capítuloque trata <strong>do</strong> setor industrial e exporta<strong>do</strong>r da economia chinesa. Leia também os <strong>de</strong>maismateriais que o grupo coletou. Nos materiais encontram-se muitas informações e, provavelmente,nomes <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s. Selecione as principais informações, escreven<strong>do</strong>-as nos retângulosque estão junto ao mapa que segue.1) Ligue cada retângulo à região on<strong>de</strong> ocorre o fenômeno econômico seleciona<strong>do</strong> nas leituras.2) Use um mapa para localizar cida<strong>de</strong>s que apareçam nos textos. Empregue o mesmo símbolocartográfico que está no mapa para situar a cida<strong>de</strong> no mapa <strong>de</strong>ste ca<strong>de</strong>rno.Lembre <strong>de</strong> escrever o nome da cida<strong>de</strong> junto ao símbolo.


126Escala apr. 1:25.000.000Fonte: http://www.atlasescolar.com.ar/mapa/china.htm - Acesso em: 31/8/2009.II - Na sequência <strong>de</strong>ste ca<strong>de</strong>rno você encontra uma imagem, uma representação gráfica, eduas charges. Faça a leitura das representações em grupo e atenda ao que é solicita<strong>do</strong>.1. Dê um título para a foto abaixo._____________________________________________________________________________________________Fonte: http://spsoul.blogspot.com/2008_06_01_archive.html.


2) Escreva uma notícia informan<strong>do</strong> sobre que aconteceu com a economia e a socieda<strong>de</strong> chinesa,<strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com os da<strong>do</strong>s da representação gráfica China: um país em 27 anos.China - um país em 27 anos1980 2007População totalPopulação ruralÍndice Gini*IDH**PIB (US$ tri)0,222200,301 milhão57%0,5600,471,3 milhão80%0,7682,682.200* Quanto mais próximo <strong>de</strong> 1, mais <strong>de</strong>sigual* Combina índices <strong>de</strong> renda percapita calculada porparida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compra, alfabetização, mortalida<strong>de</strong> infantil eespectativa <strong>de</strong> vida____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________1273) Em relação às charges, escreva a i<strong>de</strong>ia que se lê através <strong>do</strong> humor.Fonte: http://grafar.blogspot.com/2007/09/charge-santiago_12.html.Zero Hora, 12/9/2007, p. 03.Fonte: Iotti, Zero Hora, 5/8 /2008, p. 03._____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________


Novos <strong>de</strong>safios (Aula 6)128I - Nestas últimas aulas você vem estudan<strong>do</strong> a China. Sabe da complexida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua economiae da velocida<strong>de</strong> com que ela vem se transforman<strong>do</strong>. Este ritmo impõe àquele país muitos <strong>de</strong>safios.São novos problemas e/ou antigos problemas que se ampliam e que exigem soluções.1) Cada ficha que segue apresenta um “Desafio Chinês”. Em grupo, leia todas elas com ogrupo escolha um título para cada uma <strong>de</strong>las, seja a indicada pelo professor, seja uma <strong>de</strong>escolha <strong>do</strong> grupo.Ficha 1 Assunto: ________________________________________________________A China é vice-campeã na emissão <strong>de</strong> gases causa<strong>do</strong>res <strong>do</strong> efeito estufa, per<strong>de</strong>n<strong>do</strong> apenaspara os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s. Cerca <strong>de</strong> 75% <strong>do</strong>s rios que abastecem as áreas urbanasestão contamina<strong>do</strong>s e 30% das terras aráveis são afetadas pela chuva ácida. Cida<strong>de</strong>schinesas são, há anos, citadas em relatórios sobre poluição no mun<strong>do</strong>. Pequim, se<strong>de</strong> <strong>do</strong>sJogos Olímpicos <strong>de</strong> 2008, é uma cida<strong>de</strong> em esta<strong>do</strong> crítico quanto à poluição atmosférica.Ficha 2 Assunto: _________________________________________________________A China criou um oásis artificial ao longo <strong>do</strong> rio Tarim, o mais extenso no interior <strong>do</strong> país eque se situa no noroeste <strong>do</strong> país. Além da plantação <strong>de</strong> árvores e pastos, o antigo leito nocurso inferior foi inunda<strong>do</strong>, pois estava seco há mais <strong>de</strong> 30 anos. As ativida<strong>de</strong>s humanasao longo <strong>do</strong> rio provocaram a seca <strong>de</strong> um trecho <strong>de</strong> 320 quilômetros no início <strong>do</strong>s anos70. O excessivo cultivo e a escassez <strong>de</strong> água têm ameaça<strong>do</strong> a sobrevivência nas últimastrês décadas. Mas graças a oito projetos inicia<strong>do</strong>s em 2000, a área <strong>de</strong> água no cursobaixo <strong>do</strong> rio voltou a se expandir.Ficha 3 Assunto: _________________________________________________________Depois <strong>do</strong> malogro das reformas econômicas e políticas instituídas pelo faleci<strong>do</strong> lí<strong>de</strong>r MaoTsé Tung, a direção <strong>do</strong> país passou no final da década <strong>de</strong> 1970 para o pragmático DengSiao Ping, que <strong>de</strong>u início às reformas que impulsionaram a economia chinesa. Assim, aChina passou por uma industrialização, nos últimos vinte anos, que muitos países em <strong>de</strong>senvolvimentoprecisaram <strong>de</strong> um século para completar.Ficha 4 Assunto: ________________________________________________________Em 2005, a economia da China consumiu 26% <strong>do</strong> aço bruto disponível em to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>,32% <strong>do</strong> arroz, 37% <strong>do</strong> algodão e 47% <strong>do</strong> cimento fabrica<strong>do</strong> em to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>. Sãoimensos volumes <strong>de</strong> matéria-prima e energia, usa<strong>do</strong>s para expandir a até então incipienteinfraestrutura <strong>do</strong> país. Hoje, as gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s da China parecem verda<strong>de</strong>iros canteiros<strong>de</strong> obras: inúmeros prédios <strong>de</strong> apartamentos, autoestradas, aeroportos, portos, pontes eviadutos, construí<strong>do</strong>s num ritmo frenético, por to<strong>do</strong>s os cantos <strong>do</strong> país.


130Anotações


Ensino Fundamental7 a e 8 a sériesJosé Rivair Mace<strong>do</strong>


Representações, movimentospolíticos e i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> social133Preza<strong>do</strong> aluno:Como disciplina, o estu<strong>do</strong> da história é feito a partir <strong>de</strong> recortes, seleções, escolhas <strong>de</strong>assuntos e temas consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s relevantes para se compreen<strong>de</strong>r o lugar que ocupamos nomun<strong>do</strong> em que vivemos. Saber efetuar essas escolhas, fazer esses recortes e pensar a relaçãoentre o passa<strong>do</strong> e o presente é o objetivo último <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> passa<strong>do</strong>.Neste ca<strong>de</strong>rno, você encontrará um tema relevante para a avaliação <strong>do</strong> lugar que ocupamosna socieda<strong>de</strong> atual: o movimento farroupilha, a Revolução Francesa e a Proclamação daRepública brasileira.Nossa intenção não é apenas apresentar fatos ou acontecimentos, mas compreen<strong>de</strong>r asrelações entre os fatos <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> diferentes contextos, ou <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s processoshistóricos. Por isso você terá oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> confrontar diferentes processos que revelem semelhançase diferenças, permanências e transformações no mo<strong>do</strong> pelo qual os sujeitos históricosexpressam seus interesses e reivindicam posições em que possam interferir na socieda<strong>de</strong>.Definin<strong>do</strong> conceitos1. O que é ser jovem hoje? Eu sou um sujeito histórico?Organizem-se em um círculo, conforme a orientação <strong>do</strong> professor. Leia a frase que seguee posicione-se em relação ao que diz o jovem:“Jovem é gente. Gente que pensa. O Brasil tem milhões <strong>de</strong> jovens. Se conseguirmosmobilizar toda essa gente, acho que o país vai pra frente”.(Jovem participante <strong>de</strong>oficina educativa <strong>do</strong> Prêmio“O a<strong>do</strong>lescente por uma escola melhor”.)Escreva aqui a sua opinião sobre o que é ser jovem hoje (Qual o seu papel na socieda<strong>de</strong>hoje? O que você precisa saber/fazer para participar mais ativamente da socieda<strong>de</strong>?)_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Assim como os jovens hoje reivindicam seu espaço <strong>de</strong> participação na socieda<strong>de</strong> através<strong>do</strong>s mais diferentes meios (música, arte, dança, esporte, etc.), veremos que os jovens <strong>de</strong> outrasépocas também o fizeram. Vamos confrontar diferentes processos que revelem semelhanças ediferenças, permanências e transformações no mo<strong>do</strong> pelo qual sujeitos históricos expressamseus interesses e reivindicam posições em que possam interferir na socieda<strong>de</strong>.Para enten<strong>de</strong>r e avaliar o lugar que ocupamos na socieda<strong>de</strong> atual, vamos conhecer osprojetos políticos que acompanharam a criação <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias e propostas republicanas em trêscontextos e processos históricos distintos:1) no Movimento Farroupilha;2) na Revolução Francesa;


1343) na Proclamação da República brasileira.Nossa intenção não é apenas apresentar fatos ou acontecimentos, mas compreen<strong>de</strong>r asrelações entre os fatos <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> diferentes contextos, ou <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s processoshistóricos. Afinal, o que nós temos a ver com isso, não é?2. O que preciso saber? Definin<strong>do</strong> conceitos:Ao longo <strong>do</strong> tempo, os indivíduos e grupos atuam cotidianamente, com ações, criações ei<strong>de</strong>ias, mas sabemos que não é possível dar conta <strong>de</strong> toda a realida<strong>de</strong> social, econômica, políticae cultural da história. Vamos procurar enten<strong>de</strong>r um pouco mais a nossa história, e, paraisso, alguns conceitos são importantes. Observe a relação <strong>de</strong> palavras abaixo. Com certezavocê já ouviu ou leu alguma <strong>de</strong>las fora da sala <strong>de</strong> aula, mas nunca se preocupou em tentarenten<strong>de</strong>r seus senti<strong>do</strong>s, ou seja, conceituar cada uma <strong>de</strong>las. Essa é a sua tarefa! Sob orientação<strong>do</strong> professor, em pequenos grupos, consulte em dicionários, enciclopédias, internet (naWikipédia ou no Google, por exemplo) o significa<strong>do</strong> <strong>do</strong>s conceitos lista<strong>do</strong>s abaixo. Pesquisequais i<strong>de</strong>ias estão mais frequentemente associadas a eles, sintetize-as e construa um pequenotexto explicativo.A i<strong>de</strong>ia é que, <strong>de</strong>pois, você possa partilhar o resulta<strong>do</strong> com os <strong>de</strong>mais colegas da classe.Grupo 1 – Contextos ou Conjunturas; Processos Históricos;Grupo 2 – Dominação; Po<strong>de</strong>r;Grupo 3 – Ética; I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>;Grupo 4 – Monarquia; Revolução;Grupo 5 – República/republicanismo; Nação.3. O que eu tenho a ver com isso?Agora, vamos partir para uma aplicação prática <strong>de</strong> algumas das i<strong>de</strong>ias que estão presentesnos vários conceitos até aqui apresenta<strong>do</strong>s. Se a República diz respeito ao “bem comum”, aointeresse coletivo, à comunida<strong>de</strong>, então tu<strong>do</strong> que contém essas i<strong>de</strong>ias lembra o i<strong>de</strong>al republicano.A escola, por exemplo, é um espaço coletivo, compartilha<strong>do</strong>, tem uma finalida<strong>de</strong> e umfuncionamento coletivo. Vamos ver se você conhece a sua escola e se você realmente participa<strong>de</strong>la! Reúna-se em grupo e discuta esta dimensão coletiva da vida escolar, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>principalmente os aspectos que seguem:O que você enten<strong>de</strong> por “bem comum”?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Quais são as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas na escola?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Quais são os órgãos <strong>de</strong> representação e <strong>de</strong> administração da escola?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________


Como ocorre a participação <strong>do</strong>s grupos da comunida<strong>de</strong> na escola?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________135Quais são as normas disciplinares que regem a vida escolar?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________A República Rio-gran<strong>de</strong>nseUm <strong>do</strong>s símbolos conheci<strong>do</strong>s por to<strong>do</strong>s os gaúchos é o Hino Rio-gran<strong>de</strong>nse. Leia o textoque segue sobre sua história, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a criação até a oficialização <strong>de</strong> sua letra e música comoHino <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>.1. O Hino <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> SulA história <strong>do</strong> hinoLetras e autoresO Hino Rio-gran<strong>de</strong>nse que hoje cantamos tem a sua história particular e, por que não dizer, peculiar. Oficialmenteexiste o registro <strong>de</strong> três letras para o hino, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os tempos <strong>do</strong> Decênio Heróico (1835-1845) aténossos dias. Num espaço <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> quase um século foram utilizadas três letras diferentes, até que finalmentefoi resolvi<strong>do</strong> que somente um <strong>de</strong>les <strong>de</strong>veria figurar como hino oficial.O primeiro hinoA história <strong>do</strong> hino começa com a tomada da então Vila <strong>de</strong> Rio Par<strong>do</strong> pelas forças revolucionárias farroupilhas.Na ocasião, foi aprisionada uma unida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Exército Imperial, inclusive com a sua banda <strong>de</strong> música e omaestro <strong>de</strong>la, Joaquim José <strong>de</strong> Mendanha. Foi na situação <strong>de</strong> prisioneiro que o conheci<strong>do</strong> maestro aten<strong>de</strong>uao pedi<strong>do</strong> <strong>de</strong> Bento Gonçalves para compor uma peça musical que homenageasse a vitória das forças farroupilhas,ou seja, a vitória <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1838, no célebre “Combate <strong>de</strong> Rio Par<strong>do</strong>”.Diante das circunstâncias, Mendanha resolveu compor uma música que, segun<strong>do</strong> alguns, é plágio <strong>de</strong> umavalsa <strong>de</strong> Strauss. Composta a música, o capitão Serafim José <strong>de</strong> Alencastre, pertencente às hostes farrapase também versa<strong>do</strong> em música e poesia, entusiasma<strong>do</strong> pelos acontecimentos, resolveu escrever uma letraalusiva à tomada <strong>de</strong> Rio Par<strong>do</strong>.O segun<strong>do</strong> hinoQuase um ano após a tomada <strong>de</strong> Rio Par<strong>do</strong>, uma nova letra foi composta e cantada como Hino Nacional.O autor <strong>de</strong>ste hino é <strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong>. Oficialmente, ele é da<strong>do</strong> como criação <strong>de</strong> autor ignora<strong>do</strong>. O jornal OPovo, consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> o jornal da República Rio-gran<strong>de</strong>nse, em sua edição <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1839, chamou-o<strong>de</strong> “o Hino da Nação”.O terceiro hinoApós o término <strong>do</strong> movimento apareceu uma terceira letra, <strong>de</strong>sta vez com autor conheci<strong>do</strong>: Francisco Pintoda Fontoura, vulgo “o Chiquinho da Vovó”. Esta terceira versão foi a que mais caiu no agra<strong>do</strong> popular. Aletra é basicamente a mesma a<strong>do</strong>tada como sen<strong>do</strong> a oficial até hoje. Tinha apenas com uma estrofe a mais,a segunda:Entre nós reviva AtenasPara assombro <strong>do</strong>s tiranos;Sejamos gregos na Glória,E na virtu<strong>de</strong>, romanos.


136O hino <strong>de</strong>finitivoEstas três letras foram interpretadas ao gosto <strong>de</strong> cada um até mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> ano <strong>de</strong> 1933, ano <strong>do</strong>s preparativosda “Semana <strong>do</strong> Centenário da Revolução Farroupilha”. Nesse momento, um grupo <strong>de</strong> intelectuais resolveuescolher uma das versões para ser a letra oficial <strong>do</strong> hino <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul. A partir daí, o Instituto Histórico,contan<strong>do</strong> com a colaboração da Socieda<strong>de</strong> Rio-Gran<strong>de</strong>nse <strong>de</strong> Educação, fez a harmonização e a oficialização<strong>do</strong> hino. O hino foi então a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> naquele ano <strong>de</strong> 1934, com a letra conforme fora escrito pelo autor, noséculo passa<strong>do</strong>.Em 1966, o hino foi oficializa<strong>do</strong> como Hino Farroupilha ou Hino Rio-gran<strong>de</strong>nse, por força da lei 5213 <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong>janeiro <strong>de</strong> 1966, quan<strong>do</strong> foi suprimida a segunda estrofe.(Fonte: http://www.mtg.org.br/hino.html, Acessa<strong>do</strong> em 6/7/2009.)Hino Rio-gran<strong>de</strong>nseOficializa<strong>do</strong> pelo Lei 5.213, <strong>de</strong> 5.1.1966Letra: Francisco Pinto da Fontoura (conheci<strong>do</strong> pela alcunha <strong>de</strong> Chiquinho da Vovó)Música: Comenda<strong>do</strong>r Maestro Joaquim José <strong>de</strong> MendanhaHarmonização: Antônio Corte RealComo a aurora precursora<strong>do</strong> farol da divinda<strong>de</strong>,foi o Vinte <strong>de</strong> Setembroo precursor da liberda<strong>de</strong>.Estribilho:Mostremos valor, constância,nesta ímpia e injusta guerra,sirvam nossas façanhas<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo a toda terra.Mas não basta pra ser livreser forte, aguerri<strong>do</strong> e bravo,povo que não tem virtu<strong>de</strong>acaba por ser escravo.Fonte: Hino Rio-gran<strong>de</strong>nse. Disponível em http://www.rs.gov.br/, em 6/7/2009.Vocabulário:Aurora – clarão <strong>do</strong> amanhecer.Precursor – que abre caminho, vin<strong>do</strong> à frente; bate<strong>do</strong>r.Constância – assiduida<strong>de</strong>, frequência; persistência, insistência, obstinação; fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>, lealda<strong>de</strong>, estabilida<strong>de</strong><strong>de</strong> sentimentos.Ímpia – impie<strong>do</strong>sa, malvada.Façanhas – atos <strong>de</strong> bravura.Aguerri<strong>do</strong> – que <strong>de</strong>monstra <strong>de</strong>stemor; valente, corajoso.A partir da leitura da letra <strong>do</strong> hino, procure i<strong>de</strong>ntificar:a) Palavras, frases ou i<strong>de</strong>ias que revelam valores positivos <strong>do</strong>s farroupilhas._______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________


) Palavras, frases ou i<strong>de</strong>ias que revelam os adversários <strong>do</strong>s farroupilhas.__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________137c) Palavras, frases ou i<strong>de</strong>ias que revelam i<strong>de</strong>ias republicanas.__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________2. O Movimento FarroupilhaAgora po<strong>de</strong>mos estudar as manifestações republicanas, começan<strong>do</strong> pela análise <strong>do</strong> MovimentoFarroupilha. O processo histórico <strong>do</strong> Movimento Farroupilha ocorreu na antiga Província<strong>de</strong> São Pedro <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul, entre 1835–1845, atual Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong><strong>do</strong> Sul. Foi o mais antigo movimento político-social no Esta<strong>do</strong> a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a criação <strong>de</strong> umaRepública, embora a i<strong>de</strong>ia republicana e regimes republicanos já existissem antes em outroslugares (nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s e na França, por exemplo). Este i<strong>de</strong>al republicano produziu aexistência temporária <strong>de</strong> um Esta<strong>do</strong> com a proclamação da República <strong>do</strong> Piratini em 11 <strong>de</strong>setembro <strong>de</strong> 1836, fato lembra<strong>do</strong> como referência fundamental aqui no Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul.Vocabulário:Esta<strong>do</strong> – país soberano, com estrutura própria e politicamente organiza<strong>do</strong>.Vejamos agora o contexto histórico em que ocorreu o Movimento Farroupilha, observan<strong>do</strong><strong>de</strong> que maneira ele se relaciona com outros acontecimentos que estavam ocorren<strong>do</strong> no Brasil<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a década <strong>de</strong> 1830 até a meta<strong>de</strong> da década <strong>de</strong> 1840. Nesse perío<strong>do</strong>, o atual Esta<strong>do</strong><strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul <strong>de</strong>clarou sua separação em relação ao restante <strong>do</strong> país, voltan<strong>do</strong> aintegrar o Brasil após o fim <strong>do</strong> Movimento Farroupilha. Mas é preciso avaliar os motivos <strong>de</strong>ssaruptura!A in<strong>de</strong>pendência política <strong>do</strong> Brasil tinha ocorri<strong>do</strong> há pouco mais <strong>de</strong> uma década, e o regimepolítico a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> tinha si<strong>do</strong> a monarquia constitucionalAtenção!Antes <strong>de</strong> continuar a leitura, volte aos da<strong>do</strong>s da aula anterior. Retome a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> monarquiae <strong>de</strong> república e faça uma comparação das diferentes formas <strong>de</strong> governo a que essesconceitos fazem referência.Monarquia – _____________________________________________________________________República – ______________________________________________________________________O primeiro governante legal da monarquia, o príncipe português Dom Pedro I, aclama<strong>do</strong>como impera<strong>do</strong>r em 1822, governou sob a forte pressão <strong>do</strong>s oposicionistas liberais no Rio <strong>de</strong>Janeiro e nas províncias, sen<strong>do</strong> força<strong>do</strong> a abdicar <strong>do</strong> trono em 1831. Devi<strong>do</strong> à menorida<strong>de</strong><strong>de</strong> Dom Pedro II, o sucessor, na época com apenas cinco anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, o país passou a sergoverna<strong>do</strong> por regentes, até 1840, quan<strong>do</strong> o impera<strong>do</strong>r legítimo assumiu diretamente o trono.As <strong>de</strong>cisões centraliza<strong>do</strong>ras tomadas, sobretu<strong>do</strong> no perío<strong>do</strong> da Regência <strong>do</strong> Padre AntônioFeijó (1835-1837), agravaram a oposição nas províncias e motivaram contestações armadas.


138Dom Pedro I como Impera<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Brasil.Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:DpedroI-brasil-full.jpg. Em 7/7/2009.Dom Pedro II aos 12 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, 1838.Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Retrato<strong>do</strong>mpedroIIcrianca.JPG. Em 7/7/2009.No Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul, havia ainda a insatisfação <strong>do</strong>s estancieiros e charquea<strong>do</strong>res comos impostos sobre o charque e o couro, produtos que eram revendi<strong>do</strong>s para outras partes <strong>do</strong>Brasil, e também com os impostos sobre o sal – que era matéria-prima fundamental na produção<strong>do</strong> charque.Do ponto <strong>de</strong> vista político, o Movimento Farroupilha expressava os interesses <strong>do</strong>s estancieirose <strong>do</strong>s charquea<strong>do</strong>res, isto é, <strong>do</strong>s grupos rurais <strong>do</strong>minantes da socieda<strong>de</strong> rio-gran<strong>de</strong>nseque viam seus interesses econômicos prejudica<strong>do</strong>s. Os limites sociais da República <strong>do</strong> Piratinimostram-se nas hesitações <strong>do</strong>s lí<strong>de</strong>res rebel<strong>de</strong>s quanto à situação <strong>do</strong>s escravos. Embora aliberda<strong>de</strong> fosse oferecida aos escravos que lutassem ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong>s farroupilhas, a escravidãonão foi formalmente abolida na República <strong>do</strong> Piratini, sen<strong>do</strong> mantida inalterada a distinçãosocial entre senhores e cativos.Condições históricas em que se <strong>de</strong>u o Movimento FarroupilhaEclodi<strong>do</strong> em 1835, o movimento teve um ritmo ascencional até mais ou menos 1939, com a conquista <strong>de</strong>Pelotas e <strong>de</strong> Rio Par<strong>do</strong> e a invasão <strong>de</strong> Santa Catarina. Em Laguna, Garibaldi e Davi Canabarro fundaram aRepública Juliana.A rebelião era sustentada pelos estancieiros gaúchos que mobilizaram a sua peonada. Em 1836, foi proclamadaa República Rio-Gran<strong>de</strong>nse. O que os revolucionários almejavam era a in<strong>de</strong>pendência política comrelação ao <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong> centro, manten<strong>do</strong> contu<strong>do</strong> os laços econômicos com o resto <strong>do</strong> país, através da continuida<strong>de</strong><strong>do</strong> fornecimento <strong>do</strong> charque ao merca<strong>do</strong> interno. Nesta medida, propunham fe<strong>de</strong>rar-se às <strong>de</strong>maisprovíncias que, como eles, quisessem a<strong>do</strong>tar uma forma republicana. É nesse senti<strong>do</strong> que <strong>de</strong>ve ser entendidaa projeção <strong>do</strong> movimento revolucionário até Santa Catarina, revelan<strong>do</strong> ainda o interesse na aquisição <strong>de</strong>um porto (Laguna) para o escoamento da produção por via marítima. A barra <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> permaneceu,durante to<strong>do</strong> o tempo da revolução, fechada aos farrapos, fican<strong>do</strong> a cida<strong>de</strong> em mãos <strong>do</strong>s “legalistas”.Fonte: Sandra Jatahy Pesavento. História <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul. 9.ed. Porto Alegre: Merca<strong>do</strong> Aberto, 2002, p. 39.Vocabulário:Ritmo ascensional – ritmo crescente.Estancieiros – proprietários <strong>de</strong> estâncias, <strong>de</strong> fazendas <strong>de</strong>ga<strong>do</strong>.Peonada – grupo <strong>de</strong> peões, <strong>de</strong> vaqueiros e trabalha<strong>do</strong>res daindústria <strong>do</strong> charque.Almejar – preten<strong>de</strong>r; <strong>de</strong>sejar.Charque – carne salgada, comprimida e seca ao sol.Fe<strong>de</strong>rar-se – ligar-se como unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fe<strong>de</strong>ração a uma república.Escoamento – movimento <strong>de</strong> saída <strong>de</strong> produtos.


3. Compreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> os textosA partir da leitura <strong>do</strong>s textos, em duplas, vamos procurar enten<strong>de</strong>r um pouco mais o MovimentoFarroupilha através das questões que seguem. Se necessário, combinem com seuprofessor e consultem outros materiais (livros, enciclopédias, internet, etc.). O importante éque vocês compreendam o Movimento Farroupilha, suas causas e consequências.a) Quais são os grupos sociais menciona<strong>do</strong>s que se envolveram no Movimento Farroupilha?Que papel esses grupos tiveram?_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________139b) Quais foram os interesses políticos e econômicos <strong>do</strong>s farroupilhas?_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________c) Na aula anterior foi pesquisa<strong>do</strong> o conceito <strong>de</strong> “revolução”. Retome suas anotações e comparea situação <strong>do</strong> Movimento Farroupilha com o conceito. Apresente sua posição a respeito._______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________A República Francesa1. A situação social e política antes da RevoluçãoA imagem que segue foi elaborada no século XVIII, pelos irmãos Leseur, e hoje está noMuseu Carnavalet, em Paris. Seu título é “Os famintos e o penhorista”. Observe com cuida<strong>do</strong>e anote as suas impressões (Como estão vestidas as pessoas? O que estão fazen<strong>do</strong>? O queo título da obra indica?).Fonte: http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/renda_minima_imprimir.html_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________


140Agora, olhe com atenção a charge que segue. Depois, leia o texto, conforme orientação<strong>do</strong> seu professor.Fonte: http://www.cliohistoria.hpg.ig.com.br/bco_imagens/paris/paris.htmQuarenta anos antes da experiência <strong>do</strong>s Farrapos, a mais importante das revoluções burguesasocorria na França. Entre os anos 1789 e 1799 a França foi palco <strong>de</strong> um <strong>do</strong>s acontecimentosmais importantes para se enten<strong>de</strong>r a prática política contemporânea. Durante aRevolução Francesa, a monarquia absolutista representada por Luís XVI (1754-1793) foi <strong>de</strong>rrubada.Além disso, os privilégios sociais da nobreza e <strong>do</strong> clero foram elimina<strong>do</strong>s e foramlançadas as bases <strong>do</strong> republicanismo e da <strong>de</strong>mocracia atuais.Vejamos então como era a situação social e política antes da Revolução, para que vocêpossa compreen<strong>de</strong>r as mudanças ocorridas.Na França <strong>do</strong> Antigo Regime, a socieda<strong>de</strong> encontrava-se dividida em or<strong>de</strong>ns ou esta<strong>do</strong>s,que eram grupos sociais estanques. Quer dizer que a condição social era <strong>de</strong>finida pelonascimento, sem gran<strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mudança social.Fonte: Mario Schmidt. Nova história críticamo<strong>de</strong>rna e contemporânea. São Paulo: NovaGeração, 2000, p. 96.O Primeiro Esta<strong>do</strong> (integra<strong>do</strong> pelo alto clero) e o Segun<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> (integra<strong>do</strong> pelanobreza) <strong>de</strong>sfrutavam <strong>de</strong> privilégios especiais. Quanto ao restante da população (burguesia,pequenos comerciantes, artesãos, camponeses), pertencia ao Terceiro Esta<strong>do</strong> e nãodispunha <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> social e política. Os nobres e altos integrantes da Igreja <strong>de</strong>tinham aproprieda<strong>de</strong> da terra, enquanto massas <strong>de</strong> camponeses pobres passavam fome e eram vítimas<strong>de</strong> epi<strong>de</strong>mias ou flagelos da natureza.


As <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s sociais <strong>do</strong> Antigo RegimeNo final <strong>do</strong> Antigo Regime, <strong>do</strong>s 26 milhões <strong>de</strong> franceses, 20 milhões são camponeseslivres. Alguns possuem terras, mas a maioria tem apenas sua proprieda<strong>de</strong> “útil” (o direito<strong>de</strong> cultivá-la) . O verda<strong>de</strong>iro <strong>do</strong>no <strong>do</strong> solo que os camponeses cultivam... é um senhor(um nobre, uma or<strong>de</strong>m religiosa e às vezes um burguês) a quem os camponeses pagamdireitos feudais, isto é taxas, em produtos ou dinheiro, sobre o uso da terra e a venda dacolheita.... Ao clero, os camponeses também entregam o dízimo, parte da colheita e <strong>do</strong> rebanho,tributo que o<strong>de</strong>iam, porque, <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> à carida<strong>de</strong>, é, no entanto, <strong>de</strong>svia<strong>do</strong> para sustentaro luxo <strong>do</strong> alto clero – car<strong>de</strong>ais, bispos, aba<strong>de</strong>s e cônegos. Pagavam também to<strong>do</strong>s os impostosrecolhi<strong>do</strong>s pela Coroa.141Fonte: Nilse Wink Ostermann e Iole Carretta Kunze. Às Armas Cidadãos! A França revolucionária (1789-1799). São Paulo: Atual, 1995,p. 17-19.2. Compreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> os textos e estabelecen<strong>do</strong> relaçõesA partir da leitura <strong>do</strong>s textos, conforme orientação <strong>do</strong> seu professor, responda às questõespropostas. Lembre-se <strong>de</strong> redigir um texto claro, a fim <strong>de</strong> que suas i<strong>de</strong>ias sejam compreendidaspelos <strong>de</strong>mais colegas:a) Como o Antigo Regime na França oprimia as diversas classes sociais?_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________b) E o alto clero? Havia <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s entre os camponeses e o clero?_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________c) Observe novamente as imagens: é possível estabelecer uma relação entre o <strong>de</strong>senho e asinformações obtidas através da leitura <strong>do</strong>s textos? Quais são os elementos nela representa<strong>do</strong>s?_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________


1423. A situação social e política <strong>de</strong>pois da RevoluçãoAcompanhe agora o que aconteceu após a Revolução Francesa, movimento que costumaser dividi<strong>do</strong> em três gran<strong>de</strong>s perío<strong>do</strong>s:Assembleia (1789-1792) – após o movimentorevolucionário e da Tomada da Bastilha(14/07/1789), as <strong>de</strong>cisões passaram a ser tomadaspor uma assembleia legislativa e poruma assembleia constituinte, em que atuavamgrupos e parti<strong>do</strong>s com interesses e posiçõespolíticas diversas, como os contrarrevolucionáriosda nobreza, a alta burguesia vinculadaao grupo <strong>do</strong>s Girondinos e a população maispobre que se organizava em torno <strong>do</strong> Clube<strong>do</strong>s Jacobinos. Data <strong>de</strong>sse perío<strong>do</strong> a nacionalização<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e a aprovação <strong>de</strong> umaconstituição em cuja introdução aparecem osi<strong>de</strong>ais revolucionários expressos na Declaração<strong>do</strong>s Direitos <strong>do</strong> Homem e <strong>do</strong> Cidadão,sintetizada na <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> três princípios fundamentais: liberda<strong>de</strong>, igualda<strong>de</strong>, fraternida<strong>de</strong>.Vamos conhecer um pouco os principais lí<strong>de</strong>res jacobinos? Na imagem acima, estão representa<strong>do</strong>sRobespierre, Danton e Marat.Convenção (1792-1794) – em meio às lutas pelopo<strong>de</strong>r, o grupo <strong>do</strong>s Jacobinos, composto pela pequenae média burguesia, assume o po<strong>de</strong>r, criam o Comitê<strong>de</strong> Salvação Pública e o Comitê <strong>de</strong> SegurançaPública. Sob a li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong> Maximilien <strong>de</strong> Robespierre(1758-1794), inicia-se a fase mais violenta da revolução,conhecida como “terror”, em que os inimigos <strong>do</strong>Esta<strong>do</strong> e aqueles consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s trai<strong>do</strong>res passam a serjulga<strong>do</strong>s, con<strong>de</strong>na<strong>do</strong>s e executa<strong>do</strong>s. A monarquia éabolida e parte da nobreza aban<strong>do</strong>na o país, buscan<strong>do</strong>apoio das monarquias europeias. A própria famíliareal francesa é executada em público no ano <strong>de</strong> 1793.Observe a imagem: Como você a <strong>de</strong>screveria? Háalguma relação entre ela e o texto?Diretório (1795-1799) – após a execução <strong>de</strong>Robespierre em 1794, um golpe <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>a<strong>do</strong>pela alta burguesia financeira liquida com osJacobinos, eliminan<strong>do</strong> a participação das camadasFonte: www.traditioninaction.org/HotTopics/j016ht-Belloc_Terror_3.htm, em 8/7/2009.Fonte: www.traditioninaction.org/HotTopics/j016htBelloc_Terror_3.htm, em 8/7/2009.populares no governo da República. Com o apoio <strong>do</strong>exército, é elaborada uma nova constituição em que osdireitos sociais e <strong>de</strong> participação ficam limita<strong>do</strong>s aosgrupos que <strong>de</strong>têm maior renda financeira. Finalmente,em novembro <strong>de</strong> 1799, o <strong>de</strong>staca<strong>do</strong> lí<strong>de</strong>r militar Napoleão Bonaparte li<strong>de</strong>ra um golpe <strong>de</strong>Esta<strong>do</strong> e <strong>de</strong>rruba o governo <strong>do</strong> Diretório, assumin<strong>do</strong> o po<strong>de</strong>r na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cônsul e, logo<strong>de</strong>pois, na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Impera<strong>do</strong>r.


Observe que os eventos da Revolução Francesa, vistos em conjunto, revelam as váriasetapas <strong>de</strong> um processo revolucionário, com as disputas e lutas entre indivíduos pertencentesaos diversos grupos sociais, com avanços e recuos na aquisição <strong>de</strong> direitos políticos, com aampliação da noção <strong>de</strong> participação política e com a mudança estrutural na forma <strong>de</strong> fazerpolítica. Antes, no Esta<strong>do</strong> monárquico absolutista <strong>do</strong> Antigo Regime, o jogo político fazia-se emtorno da pessoa <strong>do</strong> governante, e as relações baseavam-se na <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> natural entre osgrupos sociais. Depois, o jogo político passou a ser feito em torno <strong>do</strong> “bem comum”, da “coisapública”, isto é, da “república”.4. Conhecen<strong>do</strong> o Hino da França ou “A Marselhesa”Em 25/4/1792, às vésperas da invasão pela Áustria, que apoiava a família real francesa,o militar Josepf Rouget <strong>de</strong> Lisle compôs o Canto <strong>de</strong> guerra para o exército <strong>do</strong> Reno. A cançãoteve sucesso imediato, vin<strong>do</strong> a ser repetida pelas tropas revolucionárias provenientes <strong>de</strong> Marselhadurante a invasão <strong>de</strong> Paris e a <strong>de</strong>rrubada <strong>de</strong> Luís XVI. Por isso, ficou lembrada na posterida<strong>de</strong>como Marselhesa. Primeiro, foi um canto <strong>de</strong> guerra revolucionário, <strong>de</strong>pois se tornouo Hino Nacional da França.Leia no quadro a seguir as primeiras estrofes da Marselhesa, traduzidas para o português.143A MarselhesaAvante, filhos da Pátria,O dia da glória chegou!O estandarte sangrento da tiraniaContra nós se levanta.Ouvis nos camposRugirem esses ferozes solda<strong>do</strong>s?Vêm eles até nósDegolar nossos filhos e nossas mulheresRefrãoÀs armas, cidadãos,Formeis vossos batalhões,Marchemos, marchemos!Nossa terra <strong>do</strong> sangue impurose saciará!”Fonte: www.letras.terra.com.br/hinos/682811. Acessa<strong>do</strong> em1/5/2009.La MarseillaiseAllons enfants <strong>de</strong> la Patrie,Le jour <strong>de</strong> gloire est arrivé!Contre nous <strong>de</strong> la tyrannie,L’étendard sanglant est levé, (bis)Enten<strong>de</strong>z-vous dans les campagnesMugir ces féroces soldats ?Ils viennent jusque dans vos brasEgorger vos fils et vos compagnes !RefrainAux armes, citoyens,Formez vos bataillons,Marchons, marchons !Qu’un sang impurAbreuve nos sillons !Fonte: www.ambafrance-au.org/france_australie/spip.php?article467. Acessa<strong>do</strong> em 7/7/2009.Da leitura da letra <strong>do</strong> hino, i<strong>de</strong>ntifique:a) Palavras, frases ou i<strong>de</strong>ias que revelam quem é o sujeito da ação._______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________


144b) Palavras, frases ou i<strong>de</strong>ias que revelam quem é o adversário da França._______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________c) Palavras, frases ou i<strong>de</strong>ias que revelam i<strong>de</strong>ias republicanas._______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________A República brasileira1. Você enten<strong>de</strong> o Hino Nacional?Brasilei...maricota“Vc sabe me dizer oq significa bra<strong>do</strong>? retumbante? fúlgi<strong>do</strong>s? lábaro? etc... se vc soubersem olhar no dicionário meus parabéns... vc tem uma ótima cultura! De que adianta ter orgulho<strong>de</strong> algo q vc nem enten<strong>de</strong>? tem q estar com um dicionário <strong>do</strong> la<strong>do</strong> pra ver se consegueenten<strong>de</strong>r...”“Sei o Hino Nacional <strong>de</strong> cor e saltea<strong>do</strong>. Realmente a letra <strong>do</strong> hino é muito erudita e muitolonga. To<strong>do</strong> brasileiro <strong>de</strong>veria ser obriga<strong>do</strong> a sabê-lo. Observem os nossos heróis nacionais(futebol, samba, vôlei, peteca...), nas competições, enquanto está sen<strong>do</strong> executa<strong>do</strong> o HinoNacional; eles não cantam porque não sabem a letra e a CBF não está nem aí...”Fonte: http://br.answers.yahoo.com/question/in<strong>de</strong>x?qid=20071228164413AAgIaG3, em 8/7/2009.Este diálogo está disponível num blog <strong>do</strong> site Yahoo. Observe a linguagem! São <strong>do</strong>is jovensfalan<strong>do</strong> sobre o nosso Hino Nacional, o orgulho <strong>de</strong> saber cantá-lo e a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> nãoenten<strong>de</strong>r a letra. E você? Qual é a sua opinião? Você conhece o Hino? Sabe o que significaa sua letra?2. A história e a letra <strong>do</strong> HinoLogo após a Proclamação da República, o presi<strong>de</strong>nteDeo<strong>do</strong>ro da Fonseca oficializou como HinoNacional Brasileiro a composição musical feita porFrancisco Manuel da Silva, em 1831, nas comemoraçõesda abdicação <strong>de</strong> Dom Pedro I. A letra foielaborada quase um século <strong>de</strong>pois, em 1922, porJoaquim Osório Duque Estrada, nas comemorações<strong>do</strong> centenário da In<strong>de</strong>pendência.Estamos acostuma<strong>do</strong>s a cantá-lo, mas a propostaé enten<strong>de</strong>r as estrofes que o compõem. Siga aFonte: www.hino100anos.com.br/in<strong>de</strong>x.html, em 8/7/2009.orientação <strong>do</strong> seu professor, len<strong>do</strong> com atenção,marcan<strong>do</strong> as palavras <strong>de</strong>sconhecidas, assinalan<strong>do</strong>as dúvidas, para <strong>de</strong>pois compartilhá-las com os <strong>de</strong>mais colegas.


Hino NacionalParte IOuviram <strong>do</strong> Ipiranga as margens plácidasDe um povo heroico o bra<strong>do</strong> retumbante,E o sol da liberda<strong>de</strong>, em raios fúlgi<strong>do</strong>s,Brilhou no céu da pátria nesse instante.Se o penhor <strong>de</strong>ssa igualda<strong>de</strong>Conseguimos conquistar com braço forte,Em teu seio, ó liberda<strong>de</strong>,Desafia o nosso peito a própria morte!Ó Pátria amada,I<strong>do</strong>latrada,Salve! Salve!Brasil, um sonho intenso, um raio vívi<strong>do</strong>De amor e <strong>de</strong> esperança à terra <strong>de</strong>sce,Se em teu formoso céu, risonho e límpi<strong>do</strong>,A imagem <strong>do</strong> Cruzeiro resplan<strong>de</strong>ce.Gigante pela própria natureza,És belo, és forte, impávi<strong>do</strong> colosso,E o teu futuro espelha essa gran<strong>de</strong>za.Terra a<strong>do</strong>rada,Entre outras mil,És tu, Brasil,Ó Pátria amada!Dos filhos <strong>de</strong>ste solo és mãe gentil,Pátria amada,Brasil!Parte IIDeita<strong>do</strong> eternamente em berço esplêndi<strong>do</strong>,Ao som <strong>do</strong> mar e à luz <strong>do</strong> céu profun<strong>do</strong>,Fulguras, ó Brasil, florão da América,Ilumina<strong>do</strong> ao sol <strong>do</strong> Novo Mun<strong>do</strong>!Do que a terra, mais garrida,Teus risonhos, lin<strong>do</strong>s campos têm mais flores;“Nossos bosques têm mais vida”,“Nossa vida” no teu seio “mais amores”.Ó Pátria amada,I<strong>do</strong>latrada,Salve! Salve!Brasil, <strong>de</strong> amor eterno seja símboloO lábaro que ostentas estrela<strong>do</strong>,E diga o ver<strong>de</strong>-louro <strong>de</strong>ssa flâmula– “Paz no futuro e glória no passa<strong>do</strong>.”Mas, se ergues da justiça a clava forte,Verás que um filho teu não foge à luta,Nem teme, quem te a<strong>do</strong>ra, a própria morte.Terra a<strong>do</strong>rada,Entre outras mil,És tu, Brasil,Ó Pátria amada!Dos filhos <strong>de</strong>ste solo és mãe gentil,Pátria amada,Brasil!145Letra: Joaquim Osório Duque EstradaMúsica: Francisco Manuel da SilvaAtualiza<strong>do</strong> ortograficamente em conformida<strong>de</strong> com a Lei nº 5.765 <strong>de</strong> 1971, e com art. 3º da Convenção Ortográfica celebrada entreBrasil e Portugal, em 29.12.1943.Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/hino.htm, em 7/7/2009.Observe que, embora tenha se afirma<strong>do</strong> como Hino Nacional após a Proclamação daRepública, o evento aqui retrata<strong>do</strong> não é a Proclamação da República, mas a In<strong>de</strong>pendência<strong>do</strong> Brasil feita por Pedro I. O “bra<strong>do</strong> heroico retumbante” refere-se ao “Grito <strong>do</strong> Ipiranga” eà conhecida frase <strong>do</strong> Príncipe português: “In<strong>de</strong>pendência ou morte!”.Mas existe o hino oficial da Proclamação da República Brasileira, que é canta<strong>do</strong> em to<strong>do</strong>15 <strong>de</strong> novembro. Foi cria<strong>do</strong> em 21 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1890, portanto logo <strong>de</strong>pois da mudança <strong>de</strong>regime. A letra é <strong>de</strong> autoria <strong>de</strong> Me<strong>de</strong>iros <strong>de</strong> Albuquerque, e a música, <strong>do</strong> maestro Leopol<strong>do</strong>Miguez. Eis seus primeiros versos:


146Seja um pálio <strong>de</strong> luz <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bra<strong>do</strong>,Sob a larga amplidão <strong>de</strong>stes céus,Este canto rebel que o passa<strong>do</strong>,Vem remir <strong>do</strong>s mais torpes labéusSeja um hino <strong>de</strong> glória que fale,Da esperança <strong>de</strong> um novo porvir,Com visões <strong>de</strong> triunfo embale,Quem por ele lutan<strong>do</strong> surgir.Liberda<strong>de</strong>! Liberda<strong>de</strong>!Abre as asas sobre nós,Das lutas, na tempesta<strong>de</strong>,Dá que ouçamos tua voz.Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hino_da_Proclama%C3%A7%C3%A3o_da_Rep%C3%BAblica. Acessa<strong>do</strong> em 20 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2009.3. A proclamação da República no BrasilUm século <strong>de</strong>pois da eclosão da Revolução Francesa, ocorreu no Rio <strong>de</strong> Janeiro um movimentopolítico que acabou por <strong>de</strong>rrubar a monarquia brasileira e proclamar a República em15 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1889, regime político vigente até o presente. Os republicanos brasileirosinspiravam-se no mo<strong>de</strong>lo revolucionário francês, no liberalismo e nas i<strong>de</strong>ias sociais e políticaspositivistas propostas pelo filósofo francês Augusto Comte (1798-1857). Essa influência positivistatransparece já no lema inscrito na ban<strong>de</strong>ira nacional: “Or<strong>de</strong>m e progresso”.O movimento republicano fazia oposição à monarquia <strong>de</strong>s<strong>de</strong> pelo menos 1870. Era integra<strong>do</strong>por fazen<strong>de</strong>iros, altos comerciantes, mas principalmente por militares que, nas últimasdécadas <strong>do</strong> regime monárquico, posicionavam-se contra a escravidão e <strong>de</strong>fendiam a criação<strong>de</strong> uma república laica (separada da Igreja), o <strong>de</strong>senvolvimento industrial e a incorporação<strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res à socieda<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rna.O golpe <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> que <strong>de</strong>rrubou a monarquia foi conduzi<strong>do</strong> pelo Marechal Deo<strong>do</strong>ro daFonseca (1827-1892), que assumiu o governo provisório. Logo após a <strong>de</strong>rrubada da monarquiainiciaram-se as discussões para a reformulação da Constituição <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com os princípiosrepublicanos, e o país passou a se organizar em Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ração com o nome<strong>de</strong> Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Brasil. Décadas mais tar<strong>de</strong>, em 1967, passaria a se chamar RepúblicaFe<strong>de</strong>rativa <strong>do</strong> Brasil.A Constituição <strong>de</strong> 1891 baseava-se no princípio da existência <strong>do</strong>s três po<strong>de</strong>res in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes:executivo, legislativo e judiciário. O regime <strong>de</strong> governo passou a ser o presi<strong>de</strong>ncialismo,com os governantes e políticos eleitos por voto direto, obrigatório e universal, excluin<strong>do</strong>seos analfabetos, as mulheres, os praças (solda<strong>do</strong>s), os religiosos e os mendigos. As mulheressó conquistariam o direito ao voto em 1933, e os analfabetos, em 1985, quase um século<strong>de</strong>pois da criação da República.Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que a maioria da população brasileira <strong>do</strong> fim <strong>do</strong> século XIX não sabia lernem escrever, o critério <strong>de</strong> exclusão <strong>do</strong>s analfabetos restringiu muito a participação coletiva.A restrição da participação eleitoral correspondia também a uma restrição <strong>do</strong>s direitos <strong>de</strong>participação e <strong>de</strong> cidadania. Por isto é que, nas primeiras décadas <strong>de</strong> sua existência, a repúblicabrasileira aparece por vezes <strong>de</strong>signada como “República <strong>do</strong>s fazen<strong>de</strong>iros”, “República dasoligarquias” ou “República <strong>do</strong>s coronéis”. Significa dizer que os direitos das camadas popularesda socieda<strong>de</strong> brasileira não vieram prontos e acaba<strong>do</strong>s, mas resultam <strong>de</strong> um longo processo <strong>de</strong>reivindicações, lutas e conquistas pela ampliação da participação política e social.Após a leitura <strong>do</strong>s textos e <strong>do</strong> quadro a seguir, reflita sobre a distinção entre os termos queseguem. Discuta com os colegas <strong>do</strong> seu grupo até obterem uma síntese. Sempre que necessário,voltem aos textos para buscar argumentos e consolidar a sua posição. A seguir, redijamum texto claro que represente a opinião <strong>do</strong> grupo. Ele <strong>de</strong>verá ser exposto aos <strong>de</strong>mais colegasem <strong>de</strong>bate.


Os direitos políticos no contexto da Proclamação da RepúblicaO espírito das mudanças eleitorais republicanas era o mesmo <strong>de</strong> 1881, quan<strong>do</strong> foi introduzida a eleição direta.Até esta última data, o processo indireto permitia razoável nível <strong>de</strong> participação no processo eleitoral, emtorno <strong>de</strong> 10% da população total. A eleição direta reduziu este número para menos <strong>de</strong> 1%. Com a Repúblicahouve aumento pouco significativo para 2% da população. Percebera-se que, no caso brasileiro, a exigênciada alfabetização era barreira suficiente para impedir a expansão <strong>do</strong> eleitora<strong>do</strong>...Por trás <strong>de</strong>ssa concepção restritiva da participação estava... uma distinção nítida entre socieda<strong>de</strong> civil e socieda<strong>de</strong>política. O ponto já fora exposto com clareza por Pimenta Bueno... que buscou na Constituição Francesa<strong>de</strong> 1791 a distinção, aliás incluída na própria Constituição Brasileira, entre cidadãos ativos e cidadãosinativos ou cidadãos simples. Os primeiros possuem, além <strong>do</strong>s direitos civis, os direitos políticos. Os últimossó possuem os direitos civis <strong>de</strong> cidadania. Só os primeiros são cidadãos plenos...Fonte: José Murilo <strong>de</strong> Carvalho. Os bestializa<strong>do</strong>s: o Rio <strong>de</strong> Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987,p. 43-44.147Vocabulário:Eleição indireta – no perío<strong>do</strong> da monarquia os votantes apenas indicavam os candidatos em quem <strong>de</strong>sejavam votar. Desta consultainicial eram escolhi<strong>do</strong>s os eleitores que <strong>de</strong>veriam eleger os <strong>de</strong>puta<strong>do</strong>s e sena<strong>do</strong>res.Eleitora<strong>do</strong> – conjunto <strong>de</strong> eleitores.a) Distinção entre: participação popular, eleição indireta e eleição direta._______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________b) Distinção entre: direitos políticos, cidadãos plenos e cidadãos comuns._______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________4. Hinos, imagens e conceitosComparan<strong>do</strong> os hinos <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul, da França e <strong>do</strong> Brasil.Reúnam-se em pequenos grupos, conforme a orientação <strong>do</strong> professor. Retomem os estu<strong>do</strong>s<strong>do</strong>s hinos <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul, da França e <strong>do</strong> Brasil. A proposta é que vocês comparem ostrês hinos, respon<strong>de</strong>n<strong>do</strong> às questões que seguem. Lembrem-se <strong>de</strong> que, ao final, as conclusõesserão <strong>de</strong>batidas no gran<strong>de</strong> grupo!a) Há semelhanças nas i<strong>de</strong>ias, frases ou expressões que revelam a participação coletiva noprojeto político i<strong>de</strong>aliza<strong>do</strong> nas letras <strong>do</strong>s hinos? Destaquem._______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________b) Destaquem as diferenças nas i<strong>de</strong>ias, frases ou expressões que revelam a participação coletivano projeto político i<strong>de</strong>aliza<strong>do</strong>, presentes nas letras <strong>do</strong>s hinos._______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________


148Comparan<strong>do</strong> imagens e discutin<strong>do</strong> conceitosAo longo <strong>do</strong> trabalho aqui proposto, foram utiliza<strong>do</strong>s trechos <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> historia<strong>do</strong>res etestemunhos <strong>do</strong>cumentais, como os hinos <strong>do</strong> Movimento Farroupilha, da Revolução Francesae o Hino Nacional Brasileiro – isto é, representações coletivas <strong>do</strong>s i<strong>de</strong>ais nacionais e republicanos.Organizem-se em grupos, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a orientação <strong>do</strong> professor, para trabalhar comalgumas imagens que representam o i<strong>de</strong>al republicano aqui estuda<strong>do</strong>. O objetivo é ampliara análise das representações que expressam os movimentos sociais e reforçam a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>social <strong>do</strong>s grupos aqui representa<strong>do</strong>s. Observem que são três as ilustrações e para cada uma<strong>de</strong>las há um conjunto <strong>de</strong> questões que orientarão sua leitura. Cada grupo ficará encarrega<strong>do</strong><strong>de</strong> uma <strong>de</strong>las. A sugestão é que elaborem cartazes ou sli<strong>de</strong>s que possam ser utiliza<strong>do</strong>s noseminário <strong>de</strong> encerramento.Figura 1 – Carga <strong>de</strong> cavalaria,pintura a óleosobre tela, <strong>de</strong> GuilhermeLitran, 1893. Conservadano acervo <strong>do</strong> MuseuJúlio <strong>de</strong> Castilhos (PortoAlegre, RS), é uma ilustraçãorelativa aos farroupilhas.Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro: MuseuJulio11.jpg. Acessa<strong>do</strong> em 10/5/2009.Observem, na tela:a) Os gestos (passivos/ativos) <strong>do</strong>s farroupilhas.____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________b) As i<strong>de</strong>ias sugeridas pela cena.____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________


Figura 2 – A Liberda<strong>de</strong> guian<strong>do</strong> o povo foicriada pelo pintor Eugène Delacroix, em1830. A figura feminina, <strong>de</strong>nominada Marianne,é a personificação da República francesa.149Observem, na pintura:a) Os gestos (passivos/ativos) <strong>do</strong>s revolucionáriosfranceses._________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Fonte: http://www.cab.u-szeged.hu/cgfa/<strong>de</strong>lacroi/<strong>de</strong>lacroix5.jpgAcessa<strong>do</strong> em 12/5/2009.b) As i<strong>de</strong>ias sugeridas pela cena._______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Figura 3 – Proclamação da República, em óleo sobre tela, <strong>de</strong> autoria <strong>de</strong> Benedito Calixto. Foirealizada em 1893, pouco mais <strong>de</strong> três anos após o acontecimento. Encontra-se no acervoda Pinacoteca Municipal <strong>de</strong> São Paulo.Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Benedito_Calixto_-Proclamacao_da_Republica_1893.jpgAcessa<strong>do</strong>em 12/5/2009.Observem a pintura e consi<strong>de</strong>rem:a) Os gestos (passivos/ativos) <strong>do</strong>s republicanos brasileiros.__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________b) As i<strong>de</strong>ias sugeridas pela cena.__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________


Autoavaliação150Para finalizar, vamos agora refletir a respeito <strong>do</strong> seu aproveitamento <strong>do</strong> tema estuda<strong>do</strong>.Para uma avaliação geral, primeiro pense sobre o que achou <strong>de</strong>le. Para tanto, <strong>de</strong>staque ospontos mais significativos ou importantes, os pontos menos interessantes, e as <strong>de</strong>scobertasque você realizou durante as ativida<strong>de</strong>s.A seguir, avalie seu próprio aprendiza<strong>do</strong>. Pense a respeito <strong>do</strong> que você apren<strong>de</strong>u, e <strong>de</strong>como apren<strong>de</strong>u. Que conhecimentos novos você construiu? Gostaria <strong>de</strong> saber mais a respeitodas representações políticas republicanas? O quê? Como foi sua participação durante asaulas?Junte essas informações, escreva um texto e entregue ao professor.


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