Fórum Santarém - Junho 200908“Fortemente marcada poruma personalida<strong>de</strong> mitológica,Scallabis, tem sido, ao longo doseu livro <strong>de</strong> História, um espaçoprivilegiado da acção humana”Igreja do Convento <strong>de</strong> Santa ClaraTambém o requalificado Jardim da República vai ficar na história doDia <strong>de</strong> Portugal, <strong>de</strong> Camões e das Comunida<strong>de</strong>s Portugueses.Esta gran<strong>de</strong> plataforma <strong>de</strong> recepção da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Santarém on<strong>de</strong> sepo<strong>de</strong> experimentar sensações únicas <strong>de</strong> cores, cheiros e harmoniaserviu outrora aos Serões na Província, à Feira do Livro e a um rol<strong>de</strong> espectáculos <strong>de</strong> cariz popular, entre tantos outros.Destaque também para o edifício dos Paços do Concelho (Palácio <strong>de</strong>Eugénio Silva). O palácio foi edificado entre finais do século XVII e iníciosdo século XVIII, com o apoio <strong>de</strong> D. Pedro Telles <strong>de</strong> Meneses,Provedor das Lezírias.Em 1833 e 1834, este palácio serviu <strong>de</strong> se<strong>de</strong> do Estado-Maior <strong>de</strong> D.Miguel, nos últimos anos do Absolutismo, e, <strong>de</strong>pois, foi quartel-generaldos liberais, no período que antece<strong>de</strong>u a Convenção <strong>de</strong> Évora Monte.Este edifício evi<strong>de</strong>ncia traços da arquitectura maneirista e barroca.Convento <strong>de</strong> São FranciscoEntre as muralhas medievais do Castelo do séc. XIII (monumentonacional), em pleno centro histórico <strong>de</strong> Santarém, sobressai a Casa<strong>de</strong> Alcáçova com uma longa tradição <strong>de</strong> calorosa hospitalida<strong>de</strong> queremonta ao tempo em que Bocage foi seu hóspe<strong>de</strong>.Este edifício, que acolhe o Presi<strong>de</strong>nte da República e convidados,oferece uma bela panorâmica sobre os campos <strong>de</strong> cultivos ver<strong>de</strong>jantes,com uma significativa linha <strong>de</strong> água que os atravessa serpenteandopelo horizonte fora, o rio Tejo.A Casa <strong>de</strong> Alcáçova situa-se junto à Casa Passos Canavarro, on<strong>de</strong> pernoitouAlmeida Garrett, o escritor romântico que se <strong>de</strong>slumbrou com a paisagemsobre a lezíria e o registou no romance “Viagens na Minha Terra”.O Campo Infante da Câmara (antigo campo da feira) palco dos maisdiversos festejos tradicionais, das Festas <strong>de</strong> S. José e <strong>de</strong> corridas <strong>de</strong> toiros(Praça <strong>de</strong> Toiros Monumental Celestino Graça) recebe com pompae circunstância as comemorações oficiais do 10 <strong>de</strong> Junho.O lugar, que já foi um imenso olival, durante anos recebeu a Feira doRibatejo fundada por Celestino Graça. Um memorial em sua honra foierigido no antigo campo da feira, perto da Praça <strong>de</strong> Toiros também como nome <strong>de</strong> Celestino Graça.Ainda no Campo Infante da Câmara e em pleno centro ribatejano estásediada a Casa do Campino que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1980 recebe o Festival Nacional<strong>de</strong> Gastronomia.Conhecida como “Santuário <strong>de</strong> Sabores e Saberes”, a Casa do Campinotornou-se numa referência para todos os amantes da boa cozinha.Paula Fidalgo
09 Fórum Santarém - Junho 2009A história do 10 <strong>de</strong> JunhoDia em que se presta uma justa homenagema Camões, a Portugal e às Comunida<strong>de</strong>s Portuguesasespalhadas pelo MundoA história das Comemorações do 10 <strong>de</strong> Junho remontaao ano <strong>de</strong> 1933. Foi nessa época que o dia <strong>de</strong> Camõespassou a ser festejado a nível nacional, uma forma<strong>de</strong> reconhecimento e homenagemao poeta português Luís Vaz <strong>de</strong> Camões.Mas para percebermos a história da celebração das datas que hoje setraduzem a feriados nacionais ou municipais, temos que fazer uma viagemno tempo até 5 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1910, data da implantação darepública portuguesa. Nessa altura foram elaborados alguns trabalhoslegislativos com vista à transição da monarquia para a república. Poressa via, logo no dia 12 <strong>de</strong> Outubro foi publicado um <strong>de</strong>creto que <strong>de</strong>finiaos feriados nacionais.O <strong>de</strong>creto <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Outubro confere ainda “aos municípios e concelhosa possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escolherem um dia do ano que representasse as suasfestas tradicionais e municipais”. Por essa via se celebra no dia 19 <strong>de</strong>Março o feriado <strong>Municipal</strong>, dia <strong>de</strong> São José, que também se traduz nasFestas organizadas em honra <strong>de</strong> São José, padroeiro da Cida<strong>de</strong>. Se