12.07.2015 Views

Ai de nós, educAdores e educAdorAs, se deixArmos de sonhAr ...

Ai de nós, educAdores e educAdorAs, se deixArmos de sonhAr ...

Ai de nós, educAdores e educAdorAs, se deixArmos de sonhAr ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

ArtigoReorientação Curricular: Um <strong>de</strong>bate urgente!No último <strong>de</strong>cênio foramrealizadas quatroreformas curricularesna re<strong>de</strong> pública <strong>de</strong>ensino do DF. Essa questãofaz lembrar Miguel Arroyoem <strong>se</strong>u último livro, quetraz o sugestivo título <strong>de</strong>“Currículo, território emdisputa”. Isso reflete nacentralida<strong>de</strong> que o currículoassumiu nas duasúltimas décadas. É interessanteob<strong>se</strong>rvar, que, nadécada <strong>de</strong> 90 (auge do neoliberalismo),tivemos forteinfluência/intervençãonos assuntos educacionaispor parte dos organismosinternacionais. Nunca <strong>se</strong>fizeram tantas diretrizes enormatizações sobre o currículo.Isso nos alerta para os tensionamentoscada vez maiores que perpassamnossa dinâmica escolar.O Sinpro já realizou <strong>de</strong>batessobre o currículo em vários momentos,com encontros, publicações, cursos,nas conferências da entida<strong>de</strong> etc.Colocamos em <strong>de</strong>bate as pedagogiasprogressistas, discutimos conceitos,procuramos conhecer e <strong>de</strong>bater a<strong>se</strong>xperiências <strong>de</strong>mocrático-populares<strong>de</strong> educação, como a Escola Plural<strong>de</strong> Belo Horizonte, a Escola Cidadã<strong>de</strong> Porto Alegre e as contribuições <strong>de</strong>Paulo Freire para as políticas curriculares,a partir do <strong>se</strong>u trabalho como<strong>se</strong>cretário <strong>de</strong> educação da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>São Paulo (1989/1991).Na nossa visão, relacionamoscurrículo com gestão <strong>de</strong>mocrática e aJÚLIO BARROSMestre em Educação pela UnB, professor <strong>de</strong> História naCeilândia e Diretor <strong>de</strong> Políticas Educacionais do Sinpro/DF.organização da escola, formação iniciale continuada, o sistema <strong>de</strong> avaliação,projeto político-pedagógico e as concepções<strong>de</strong> conhecimento. Enten<strong>de</strong>mosque o currículo <strong>se</strong>ja uma <strong>se</strong>leção<strong>de</strong> conhecimentos, permeada por relações<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r e a escola faz escolhas<strong>de</strong>ntre as muitas possíveis, e que o<strong>se</strong>ducadores e educadoras <strong>de</strong>vem saberos “porquês” <strong>de</strong> uma escolha em <strong>de</strong>trimento<strong>de</strong> outras, agindo em favor dosfilhos e filhas da clas<strong>se</strong> trabalhadora e<strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong> educação transformadoraque contenha uma metodologia<strong>de</strong> ação realmente <strong>de</strong>mocráticae participativa.Consi<strong>de</strong>ramos algun<strong>se</strong>lementos como pontos<strong>de</strong> partida para a discussãocurricular: o projeto social e<strong>de</strong> educação; a concepção<strong>de</strong> escola, e, con<strong>se</strong>quentemente,do que apren<strong>de</strong>r,para que apren<strong>de</strong>r, que currículoe para qual escola.É indispensável discutir ascondições <strong>de</strong> trabalho e valorizaçãodos profissionais<strong>de</strong> educação para implementação<strong>de</strong> uma escola eum currículo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>,a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estudantespor sala <strong>de</strong> aula, materialdidático, condições doslaboratórios, salas <strong>de</strong> aula,instalações <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, mobiliárioa<strong>de</strong>quado... Para que essas questõesnão fiquem reduzidas aos discursos,elas <strong>de</strong>vem <strong>se</strong>r formuladas e implementadaspor meio <strong>de</strong> condições <strong>de</strong>trabalho dignas. Não con<strong>se</strong>guiremosimplementar um currículo, <strong>se</strong> educadore<strong>se</strong> educadoras não <strong>se</strong> <strong>se</strong>ntiremsujeitos <strong>de</strong> sua ação, construindoum projeto <strong>de</strong> educação pública eum projeto histórico <strong>de</strong> Estado, paraalém <strong>de</strong> governos.12 Setembro <strong>de</strong> 2011

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!