<strong>Boletim</strong>TÉCNICO DO MILHOMarço/2011 - Ano 02 - Nº 02 Página 16“Fertili<strong>da</strong>de <strong>do</strong> Solo - Importância desua Avaliação”* Dr. Rodrigo Martins RiberoOsolo pode ser defini<strong>do</strong> como umcorpo natural, com sua representaçãorealiza<strong>da</strong> através <strong>do</strong> perfil, écomposto por uma combinação variável deminerais intemperiza<strong>do</strong>s e em processo deintemperização, e de matéria orgânica decompostae em processo de decomposição,esta combinação conten<strong>do</strong> quanti<strong>da</strong>des suficientesde ar, água, nutrientes e estrutura,serve de sustento para o crescimento <strong>do</strong>svegetais.Segun<strong>do</strong> Men<strong>do</strong>nça (2006) o solo é umsistema dinâmico constituí<strong>do</strong> por componentessóli<strong>do</strong>s, líqui<strong>do</strong>s e gasosos de naturezamineral e orgânica. É estrutura<strong>do</strong>em cama<strong>da</strong>s denomina<strong>da</strong>s de horizontesdiagnósticos, que por sua vez estão sujeitosa constantes transformações entrópicas,através de processos de adição, remoção,translocação de natureza química, física ebiológica.Característica admirável <strong>do</strong>s seres vivos,nota<strong>da</strong>mente <strong>da</strong>s plantas, diz respeitoà capaci<strong>da</strong>de de conversão de elementosquímicos absorvi<strong>do</strong>s <strong>do</strong> meio ambiente emcomponentes celulares.Muitos elementos químicos são essenciaisà produção vegetal, pois, a ausência dequalquer um deles pode interferir no crescimento<strong>da</strong> planta, prejudican<strong>do</strong> assim a produçãovegetal. Assim sen<strong>do</strong>, são considera<strong>do</strong>snutrientes de plantas. No geral to<strong>do</strong>sos nutrientes essenciais ao crescimento <strong>da</strong>splantas estão presentes no solo ou podemser adiciona<strong>do</strong>s no mesmo possibilitan<strong>do</strong>assim a absorção destes pelas plantas.Segun<strong>do</strong> James e Wells (1990) as característicasquímicas <strong>do</strong> solo variam quantoà distância em três escalas, sen<strong>do</strong>: macrovariações- quan<strong>do</strong> a distância entre <strong>do</strong>ispontos de amostragem é superior a 2,00 m;mesovariações – quan<strong>do</strong> as variações entrepontos de amostragem são separa<strong>do</strong>s de0,05 a 2,00 m e; microvariações – quan<strong>do</strong>a variação <strong>da</strong> distância entre os pontos deamostragem são menores que 5 cm.Santos et al. (2009) menciona que asmacrovariações são um produto <strong>da</strong> ação<strong>do</strong>s processos pe<strong>do</strong>genéticos que atuaramsobre diferentes materiais de origem, geran<strong>do</strong>assim solos diferentes quanto à cor,topografia, textura, vegetação, morfologia,mineralogia, quali<strong>da</strong>de e quanti<strong>da</strong>de de matériaorgânica e disponibili<strong>da</strong>de de água ede nutrientes.Oliveira et al. (2002) sugerem que asmeso e microvariações ocorrem naturalmente,por acréscimos localiza<strong>do</strong>s e aleatóriosde restos vegetais e animais, porémpodem ser intensifica<strong>da</strong>s em decorrência <strong>da</strong>a<strong>do</strong>ção de práticas de manejo, como a distânciaentre as linhas de cultivo e as <strong>do</strong>sesde fertilizantes.Quan<strong>do</strong> são realiza<strong>da</strong>s as recomen<strong>da</strong>çõesde calagem e adubação para asculturas estas são realiza<strong>da</strong>s com base nainterpretação de resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s em laboratóriosde análise de solo, pois, parte-se<strong>do</strong> princípio que o resulta<strong>do</strong> de uma análiselaboratorial representa a fertili<strong>da</strong>de média<strong>da</strong> área, quan<strong>do</strong> sua amostragem for correta(GUARÇONI, et al., 2006, 2007).O planejamento <strong>da</strong> agricultura é umaprática ca<strong>da</strong> vez mais comum entre os médiose grandes produtores rurais. A a<strong>do</strong>çãodeste sistema tem por finali<strong>da</strong>de, maximizaro rendimento <strong>da</strong>s culturas e conseqüentementeos lucros, além de minimizar os custosde produção, visto que esta técnica é basea<strong>da</strong>na identificação e eliminação <strong>da</strong>s possíveiscausas de redução <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong>de (Liu etal., 2006). Assim sen<strong>do</strong>, a análise laboratorial<strong>da</strong> fertili<strong>da</strong>de <strong>do</strong> solo torna-se de extremaimportância para se obter sucesso no plantio,visto a complexi<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s fatores de interação<strong>do</strong> solo, na disponibili<strong>da</strong>de e na quanti-<strong>da</strong>de de nutrientes disponíveis.Diante <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de análises de solosconfiáveis para uma correta recomen<strong>da</strong>çãode adubação, a Kuhlmann Laboratóriosinstala-se no Oeste Baiano para fornecerum serviço de quali<strong>da</strong>de para os produtorese parceiros, tanto locais quanto de to<strong>do</strong> oBrasil. Para garantir a quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s lau<strong>do</strong>s<strong>da</strong>s análises laboratoriais, a empresa contacom uma equipe bastante qualifica<strong>da</strong>, ondeesta é supervisiona<strong>da</strong> pelo Doutor em Ciência<strong>do</strong> Solo, Dr. Rodrigo Martins Ribeiro,forma<strong>do</strong> pela Universi<strong>da</strong>de Federal de Viçosae Mestra<strong>do</strong> e Doutora<strong>do</strong> pela Universi<strong>da</strong>deFederal de Lavras. O laboratório contacom equipamentos modernos e totalmentenovos, sen<strong>do</strong> algumas análises realiza<strong>da</strong>sno aparelho de Absorção Atômica (Espectrometriade Absorção Atômica – EAA),devi<strong>do</strong> ao grau de precisão que as análisesrequerem.A Kuhlmann já vem atuan<strong>do</strong> no OesteBaiano na análise de fibra de algodão e tambémde Nematóides, com o sucesso <strong>da</strong>s parceriase também pela satisfação <strong>do</strong>s clientesnestas áreas, a empresa quer também obtero mesmo sucesso no mais novo seguimento<strong>da</strong> análise laboratorial de solos.Através <strong>da</strong> coordenação comercial aKuhlmann Laboratórios vem concretizan<strong>do</strong>parcerias por to<strong>do</strong> o Brasil e divulgan<strong>do</strong> osserviços e produtos a serem presta<strong>do</strong>s pelaempresa, para que no ano de 2011 possamosalcançar “Know-how” e assim garantira satisfação <strong>do</strong>s clientes também no setor deanálises de solos e foliar.* Doutor em Ciência <strong>do</strong> Solo, SupervisorLaboratório de Solos, Fertilizantes e FoliaresContato: solos@kuhlmann.com.brCoordenação comercial: Cezar AugustoLibório de LimaContato: (41) 9236-4209 – e-mail: comercial.lab@kuhlmann.com.br
<strong>Boletim</strong>TÉCNICO DO MILHOMarço/2011 - Ano 02 - Nº 02 Página 17Fun<strong>da</strong>ção <strong>Bahia</strong> lança seis novas cultivaresde soja para o cerra<strong>do</strong> <strong>da</strong> <strong>Bahia</strong> em 2011Já testa<strong>da</strong>s e aprova<strong>da</strong>s,e com teto produtivosuperior ao <strong>da</strong>smelhores cultivares comerciais,seis novas tecnologiasem soja estão sain<strong>do</strong> direto<strong>do</strong>s canteiros experimentais<strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção <strong>Bahia</strong> e EmbrapaCerra<strong>do</strong>s para o merca<strong>do</strong>na safra 2011/12. São quatrovarie<strong>da</strong>des convencionais,e <strong>do</strong>is eventos transgênicos(RR), com alta a<strong>da</strong>ptabili<strong>da</strong>dee estabili<strong>da</strong>de genéticareafirma<strong>da</strong> em to<strong>da</strong>s as áreasonde foram testa<strong>da</strong>s, além de“arquitetura” e porte adequa<strong>do</strong>spara garantir mais facili<strong>da</strong>deno manejo e controlede pragas e <strong>do</strong>enças. Trêsdessas novas tecnologias,desenvolvi<strong>da</strong>s para as condiçõesde clima e solo <strong>do</strong> Oeste<strong>da</strong> <strong>Bahia</strong>, serão apresenta<strong>da</strong>sao grande público durante aPassarela <strong>da</strong> Soja, o tradicionaldia de campo que a Fun<strong>da</strong>ção<strong>Bahia</strong> promove há 13anos, e que este ano aconteceráno dia 12 de março, naFazen<strong>da</strong> Maria Gabriela, emRo<strong>da</strong> Velha, distrito de SãoDesidério (BA).As três cultivares que serãomostra<strong>da</strong>s na Passarela<strong>da</strong> Soja já possuem nome.São a BRS 313, a BRS 314e a BRS 315. As outras trêsestão em fase de registro, eas denominações ain<strong>da</strong> sãoconfidenciais. De acor<strong>do</strong>com o pesquisa<strong>do</strong>r <strong>da</strong> EmbrapaCerra<strong>do</strong>s, SebastiãoPedro <strong>da</strong> Silva Neto, estasnovas cultivares minimizamo uso de agroquímicos,garantin<strong>do</strong> mais sustentabili<strong>da</strong>de,tanto econômica,quanto ambiental ao agronegócio.“A introdução denovas cultivares é muitoimportante para quebrar aresistência e a especializaçãoque os patógenos vãoadquirin<strong>do</strong> com o tempo, eque comprometem o potencialprodutivo <strong>da</strong>s lavourase a sustentabili<strong>da</strong>de <strong>do</strong> sistema”,diz Silva Neto.Um programa de melhoramentode soja, comoo realiza<strong>do</strong> pelo consórcioFun<strong>da</strong>ção <strong>Bahia</strong>, Embrapae Embrapa Cerra<strong>do</strong>s requerinvestimentos altos, dedicaçãoe paciência, pois, atéchegar ao merca<strong>do</strong>, uma varie<strong>da</strong>deleva de 10 a 12 anos.“Este trabalho em conjuntoentre as instituições de pesquisae desenvolvimento éfun<strong>da</strong>mental para garantir oacesso <strong>do</strong> produtor às novastecnologias. Os produtores<strong>do</strong> Oeste, através <strong>da</strong> sua instituiçãopriva<strong>da</strong> de P&D, aFun<strong>da</strong>ção <strong>Bahia</strong>, garantemque um investimento queindividualmente seria quaseimpossível, torne-se reali<strong>da</strong>de,através <strong>da</strong> organização e<strong>da</strong> união <strong>do</strong> setor”, diz o gestorComercial <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção<strong>Bahia</strong>, Luciano de Andrade.De acor<strong>do</strong> com Lucianode Andrade, outras sete cultivaresdesenvolvi<strong>da</strong>s pelaFun<strong>da</strong>ção <strong>Bahia</strong>, Embrapa eEmbrapa Cerra<strong>do</strong>s estão emfase de conclusão para lançamento.Ele adianta que asnovas tecnologias trarão diferenciaiscomo superprecoci<strong>da</strong>de,resistência a nematóides,resistência ao mofobranco, à seca, além de ferrugemasiática, percevejos ea herbici<strong>da</strong>s específicos.O presidente <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção<strong>Bahia</strong>, Amauri Stracci, nãoesconde o orgulho <strong>do</strong> trabalho<strong>da</strong> instituição. “Estamosna elite <strong>do</strong> desenvolvimentotecnológico <strong>do</strong> nosso país.Este trabalho tem de continuarevoluin<strong>do</strong> para o bem<strong>do</strong> agronegócio <strong>da</strong> <strong>Bahia</strong>”,afirma Stracci.BRS 313 BRS 314 BRS 315 RR