12.07.2015 Views

Construindo um Futuro para a Vida Selvagem - WAZA

Construindo um Futuro para a Vida Selvagem - WAZA

Construindo um Futuro para a Vida Selvagem - WAZA

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

17 POPULAÇÕES SELVAGENSdiferentes instituições irão envolver-se em diferentes actividades.O apoio à conservação in situ pode ser realizado por <strong>um</strong>a acçãodirecta na recuperação de habitats e dos números das populaçõesdas espécies-alvo, ou por <strong>um</strong>a acção indirecta, através daeducação, da angariação de fundos e da investigação no sentido deorientar a política e a prática. Estas abordagens indirectas, que sãoas mais detalhadas nos outros capítulos, são também brevementemencionadas em seguida.2.2 Contexto internationalNas secções introdutórias da Estratégia Mundial dos Zoos <strong>para</strong> aConservação (WZCS), a Estratégia Mundial <strong>para</strong> a Conservaçãopublicada pela IUCN, em 1980, foi citada como <strong>um</strong>a importanteestrutura de trabalho <strong>para</strong> abordar a acção <strong>para</strong> a conservação.Contudo, o panorama político alterou-se quando a Convençãosobre Biodiversidade (CBD) foi adoptada na Cimeira da Terra, noRio de Janeiro, em 1992. A comunidade dos Zoos e Aquários temagora de considerar os seus propósitos e acções <strong>para</strong> aconservação dentro deste contexto, em vez de desenvolveriniciativas baseadas no contexto de cada <strong>um</strong>, que sejam se<strong>para</strong>dasda corrente de esforços definida <strong>para</strong> a conservação.Mais de 180 países assinaram a CBD (www.biodiv.org), que temcarácter legislativo e apresenta três objectivos: conservação dadiversidade biológica; uso sustentável dos elementos dadiversidade biológica; e a partilha justa e equitativa dos benefíciosresultantes do uso dos recursos genéticos (veja também a Caixa 3).Um ponto importante a reter neste contexto internacional é que oCBD distingue entre “conservação” e “uso sustentável”, que sãodois objectivos se<strong>para</strong>dos na convenção, ao contrário do quesucede na Estratégia Mundial <strong>para</strong> a Conservação, na qual o usosustentável foi entendido como <strong>um</strong>a parte da conservação.A CBD é a convenção mais abrangente <strong>para</strong> a abordagem dosassuntos da conservação, mas existe <strong>um</strong> número de convençõescomplementares: a Convenção Ramsar sobre Zonas Húmidas, de1971 (www.ramsar.org); a Convenção sobre o PatrimónioMundial, de 1972 (www.unesco.org/whc); a Convenção sobre oTráfico Internacional de Espécies Ameaçadas – CITES, de 1973(www.cites.org); e a Convenção sobre Espécies Migratórias, de1979 (www.wcmc.org.uk/cms). Estas são também importantes<strong>para</strong> a orientação das políticas da conservação.O movimento da política <strong>para</strong> as mudanças no terreno éconseguido através de vários planos de acção, em particularPlanos de Acção <strong>para</strong> a Biodiversidade (BAPs), a nível regional,nacional e local. A nível nacional, estes são <strong>um</strong> requisito da CBD.Os Zoos e Aquários podem concentrar a sua atenção relativa àconservação nas prioridades dos BAPs, contribuindo desta forma<strong>para</strong> processos mais alargados e colaborando com <strong>um</strong> conjuntomais vasto de parceiros do que os disponíveis através dacomunidade de zoos. Quando as BAPs são fracas, ou inexistentes,os Zoos e Aquários podem contribuir com informação, ideias eprofissionais no sentido de formularem ou implementarem BAPseficazes.2.3 DesenvolvimentoPara além de considerarem o espectro da acção <strong>para</strong> aconservação, desde o nível global a local, os Zoos e Aquários têmde estar conscientes de que a eficácia da conservação e usosustentável só tem boas probabilidades de se manter ao longo dotempo se os programas forem implementados no contexto dasculturas locais, modos de vida e necessidades de desenvolvimento(www.unep-wcmc.org.uk/bdp). Em termos gerais, os Objectivosde Desenvolvimento <strong>para</strong> o Milénio das Nações Unidas(www.undp.org/mdg) proporcionam <strong>um</strong>a estrutura de trabalho útil<strong>para</strong> a abordagem deste assunto. A parte principal dos objectivos ealvos centra-se na redução da pobreza e da fome, bem como, namelhoria da saúde e da educação, mas existe também <strong>um</strong>objectivo de sustentabilidade ambiental até 2015, que foca o“outro lado da perda dos recursos ambientais”. É importante queeste objectivo não seja esquecido, e que seja integrado naconcretização dos outros objectivos de desenvolvimento.A tentativa de criar <strong>um</strong>a ponte entre as agendas relativas àconservação e ao desenvolvimento é <strong>um</strong> grande passo, mas se estepuder ser realizado os Zoos e Aquários têm <strong>um</strong>a oportunidade<strong>para</strong> obterem, ou pelo menos tentarem obter, milhões de dólares eeuros em apoio oficial <strong>para</strong> o desenvolvimento (frequentementedenominado “Auxílio”). A Caixa 2.1 mostra dois exemplos, <strong>um</strong> aonível político e outro na área local, que dão <strong>um</strong>a ideia de comoisto pode ser feito.Outras iniciativas <strong>para</strong> a conservação apoiadas pelos Zoos eAquários realizaram abordagens comunitárias de gestão da vidaselvagem, n<strong>um</strong> esforço <strong>para</strong> assegurarem que estes interessadosnão contribuem de forma desproporcionada em prol daconservação internacional. Esta política pode ser eficaz eduradoura onde exista <strong>um</strong>a forte coesão social e <strong>um</strong>a capacidade<strong>para</strong> abordar a gestão da conservação através de parcerias.WZACS 2005

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!