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Dilma diz que não decidirá sobre o projeto - Brasil Econômico - iG

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www.brasileconomico.com.brmobile.brasileconomico.com.brSEXTA-FEIRA E FIM DE SEMANA, 9, 10 E 11 DE NOVEMBRO, 2012ANO 4 | N O 807 | R$ 3,00PUBLISHER RICARDO GALUPPODIRETOR JOAQUIM CASTANHEIRADIRETOR ADJUNTO OCTÁVIO COSTAUma arte e duas geraçõesSPArte/Fotoreúne mestresejovenstalentosdafotografia,comobrascujosvaloresvãodeR$3milaR$100mil. ➥ P28Duas marcas e um líderSmartphone da Samsung, Galaxy S3,ultrapassa o iPhone, da Apple, e lideravendas no 3º trimestre do ano. ➥ P25Fotos: Bloomberg<strong>Dilma</strong> <strong>diz</strong> <strong>que</strong> não decidirá <strong>sobre</strong>o <strong>projeto</strong> de royalties sob pressãoPresidente afirma <strong>que</strong> fará uma “análise exaustiva” do texto aprovado na Câmara. Ela vai usar os 15 dias regimentais parabuscar saídas <strong>que</strong> reduzam as perdas dos estados produtores. O governador Sérgio Cabral confia no veto do Planalto. ➥ P6JP Morganexpandiráatuação na ALApós criar área de tesouraria paraclientes globais no <strong>Brasil</strong> e México,banco americano agora mira Chile,Argentina e Colômbia. Investimentoé de US$ 50 milhões. ➥ P31LucrodoBancodo<strong>Brasil</strong>cai6%em12mesesSeguindo tendência do setor,resultados sofreram por calotese <strong>que</strong>da do ganho com crédito.Estratégia, agora, é diversificaras fontes de receitas. ➥ P30Copa de 2013será disputadaem seis sedesFifa confirma a presença doRecife na Copa das Confederações,mas ressalta <strong>que</strong> só estão dentrodo cronograma os estádios deFortaleza e Belo Horizonte. ➥ P11Dormir bem égarantia tambémde bons negóciosUm em cada 10 executivos teminsônia, <strong>diz</strong> pesquisa. Executivosadotam terapia, meditação eaté personal para se livrar dosdistúrbios de sono. ➥ P35Murillo ConstantinoMMX investirá R$ 2 bina mina de Serra AzulMineradora do grupo de Eike Batista já desembolsou R$ 400 mi;<strong>projeto</strong> entrará em operação em 2014. “Grande parte dos recursosvirá do BNDES, <strong>diz</strong> Guilherme Escalhão, CEO da empresa. ➥ P14BSH vai gerirhotelaria noporto de SuapeQueiroz Galvão contrata grupopara selecionar o operadordo primeiro hotel no complexoindustrial de Pernambuco,apurou o BRASIL ECONÔMICO. ➥ P18MaisconsumonaChinavaifavorecer<strong>Brasil</strong>Estímulo ao mercado interno é umadas prioridades de novos dirigenteschineses, o <strong>que</strong> provocará aumentonas importações da segundamaior economia do mundo. ➥ P4ObamanãoteráGeithnereHillary ClintonPresidente reeleito prepara asubstituição de seus principaisauxiliares. Além do secretário doTesouro, ex-primeira-dama tambémdeve deixar o governo. ➥ P36INDICADORES 8.11.2012TAXAS DE CÂMBIO COMPRA VENDADólar comercial (R$/US$)Euro (R$/€)2,03802,59512,04002,5959JUROS META EFETIVASelic (ao ano) 7,25% 7,14%BOLSAS VAR. % ÍNDICESBovespa — São PauloDow Jones — Nova YorkFTSE 100 — Londres-1,70-0,94-0,2757.524,4512.811,325.776,05


2 <strong>Brasil</strong> Econômico Sexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012CARTASAvançoOPINIÃOQuanto à matéria “PT chega a consensoe decide <strong>que</strong> <strong>Dilma</strong> será candidata”(publicada em 5/11/2012), a isso chamamosde planejamento estratégico.Parabéns ao PT pela iniciativa eamadurecimento na gestão política,pois escolhendo seus líderes antecipadamenteevita possíveis rachas e disputas internas.Quanto à formação da chapa para 2014,entendo <strong>que</strong> <strong>Dilma</strong> é o nome certo,por oportunidade e por merecimento;seu trabalho é exemplar! Pela indicação doPMDB para vice também acertou o partido,pois se ilude <strong>que</strong>m acha <strong>que</strong> o PSBé de es<strong>que</strong>rda. O PSB é um “centro móvel”<strong>que</strong> pode ser es<strong>que</strong>rda, direita, centro,ou até mesmo “nada”. O presidentedo PSB não se intitula com nada (es<strong>que</strong>rdaou direita); aliás, ele só usa roupabranca, em alusão a neutralidade dacor, e ao mesmo o branco é básico de tudo.Portanto, o PSB pode servir paramuita coisa, mas pode não servirpara nada. O PMDB é melhor.Fabio FernandoOlinda (PE)A tramitação de um processo em qual<strong>que</strong>rdos segmentos do Judiciário é sempreproblemática. Quem já apelou para a Justiçasabe bem dos problemas <strong>que</strong> enfrentou.E o advogado, <strong>que</strong> tem como meio de<strong>sobre</strong>vivência os honorários, passadificuldades ainda maiores. Qual a solução?Esta é uma <strong>que</strong>stão <strong>que</strong> não pode ficarlimitada a organismos <strong>que</strong> administram oJudiciário. A OAB, as associações de servidorese os legislativos podem e devem se unir nabusca de elaboração de orçamentos adequadose de investimentos em equipamentosmodernos. Sem es<strong>que</strong>cer a ocupaçãodos cargos em todos os níveis, com umaremuneração adequada. Assim serãoevitados os movimentos paredistas,como agora ameaçam os Juízes Federais.Mesmo por<strong>que</strong> justiça <strong>que</strong> atrasa a soluçãode um processo é justiça injusta, por certo.Uriel Villas BoasSantos (SP)CONECTADOFerramentas do mundo digital <strong>que</strong> facilitam seu dia a diaHome Design 3DEis um aplicativo para <strong>que</strong>mestá planejando mudar oureformar a casa. Com ele épossível desenhar os ambientesinternos de maneira bemrealista e profissional, como sefosse uma planta baixa elaboradapor um arquiteto. O programadispensa o uso da internet edispõe de versão em português.Com interface elegantee fácil de usa, apresentacomandos simples e intuitivos.US$ 7,99iPad e iPhoneInstaCoverRafael BarbosaSecretário de Saúde do Distrito FederalA Secretaria de Saúde do DF vai promover ummutirão com o objetivo de zerar a fila de esperapara fazer exames de ressonância magnética.Cerca de 12 mil pacientes aguardam o exame.Serão contratadas clínicas particulares.Tim CookCEO da AppleO programa tem uma finalidadebem divertida: a de colocar ousuário nas capas das principaispublicações de sucesso domundo. Com ele qual<strong>que</strong>rpessoa pode ver sua imagemestampada em uma revista, bemao estilo das celebridades doshow business. O conteúdo doaplicativo dispõe de 100 opçõesde capas. Em seguida, é possívelcompartilhar o resultado comos amigos pelas redes sociais.US$ 1,99iPad, iPhone e iPod TouchRetrocessoOs smartphones da companhia americanaperderam a liderança de vendas para oconcorrente Samsung Galaxy S3 no terceirotrimestre deste ano, segundo pesquisa daconsultoria Strategy Analytics. O Galaxy ficoucom 10,7% das vendas, ante 9,7% do iPhone.conectado@brasileconomico.com.brValter Campanato/ABrLife360 Family LocatorO aplicativo transforma seugadget em um dispositivo desegurança. Com ele é possívelsaber onde estão os membrosda família pelo GPS do celular.Para tanto, basta cadastrartodos os aparelhos de casa noprograma e monitorar a posiçãode cada um deles por mapas.Serviço pago indica lugaressuspeitos da cidade, localizaçãode hospitais e delegaciase números de emergência.GrátisAndroid, iPad, iPhone e iPodDavid Paul Morris/BloombergROBERTO FREIREPresidente do PPSUma década de PT:desastre na infraestruturaNo próximo dia 1º de janeiro, o PT completará uma década de poderna Presidência da República. É tempo suficiente para uma avaliaçãode seu modo de governar e as consequências das escolhasdos presidentes Lula e <strong>Dilma</strong>. A década não foi inteiramente perdidapor<strong>que</strong> houve o crescimento chinês <strong>que</strong> alavancou nosso setorexportador de matérias-primas. A indústria recuou, saúde e educaçãonão tiveram avanços significativos, nossa infraestrutura foiinteiramente sucateada. Avançamos muito pouco. Infraestruturaé a <strong>que</strong>stão mais crítica por<strong>que</strong> vivemos um verdadeiro apagão:de combustíveis, de energia elétrica, de estradas, de portos, de aeroportos,de ferrovias e de telecomunicações. Faltaram os necessáriosinvestimentos na última década. O retrato do país no setor é aescuridão <strong>que</strong> afetou boa parte do país no último apagão.A perda de confiabilidade do sistema elétrico decorre da faltade investimentos no passado. No entanto, o futuro do setor é aindamais preocupante devido às novas regras <strong>que</strong> o governo <strong>que</strong>rimpor. Reduzir tarifas por decreto é a melhor forma de afastar ainiciativa privada do setor e é exatamente o <strong>que</strong> a presidente <strong>Dilma</strong>está fazendo. A perda de valor das empresas na bolsa retrata aexpectativa de baixos retornos ou prejuízos com o novo modelo.Sem perspectiva de retorno lucrativo, não haverá novos investimentos,num setor em <strong>que</strong> estes já são insuficientes há uma década.O possível racionamento dos combustíveis, noticiado pela Folhade São Paulo, nos remete ao começo da década de 90. Numatriste volta ao passado, observamos <strong>que</strong> a falta de planejamentonão só nos retirou a autossuficiência em petróleo como nos deixoudependentes de importação de gasolina, para a qual agora faltasistema logístico de portos, tan<strong>que</strong>s e dutos para abastecer omercado doméstico. A gasolina para a viagem de verão não estágarantida. A Petrobras amarga prejuízos imensos, o <strong>que</strong> lhe retiracapacidade de investimento para aumentar sua produção. Gastamospreciosos anos discutindo o regime de exploração do pré-sal,agora <strong>que</strong> precisamos do petróleo, ele jaz no fundo do mar.A mudança fre<strong>que</strong>nte do marco legal fazcom <strong>que</strong> o risco regulatório seja fator deinibição de entrada de recursos privadosNa área de telecomunicações, o desastre é regulatório. A Anatelnão consegue fiscalizar a contento a qualidade da oferta dos serviçosao usuário. Ligações não são completadas ou são interrompidas.A banda larga é lenta se comparada aos países desenvolvidose pe<strong>que</strong>na é sua cobertura para um país continental. A universalizaçãodos serviços de telecomunicações é apenas um sonho distante,no setor <strong>que</strong> mais recebeu investimentos privados na últimadécada. A logística de portos, aeroportos, estradas, ferrovias ehidrovias é componente do chamado Custo <strong>Brasil</strong>, <strong>que</strong> nos retiracompetitividade. Os repetidos anúncios do governo de novos investimentosnão se materializam. Novamente, a mudança fre<strong>que</strong>ntedo marco legal faz com <strong>que</strong> o risco regulatório seja fator deinibição de entrada de recursos privados. O exemplo gritante é damodificação do modelo de concessão dos aeroportos poucos mesesapós as primeiras concessões. Para a infraestrutura, a últimadécada foi desastrosa. Mas preocupa ainda mais o futuro <strong>que</strong> estásendo comprometido pelas decisões do presente. ■NESTA EDIÇÃOSó para os professoresUma nova ferramenta lançada na web, a ProfCerto, estácadastrando e aplicando testes para professores de línguaestrangeira para atender à demanda crescente de cursos. ➥ P12Texto alinhado à sfdfes<strong>que</strong>rda, sem hifenização,Cartas para a Redação: Avenida das Nações Unidas, 11.633, 8º andar, CEP 04578-901, Brooklin, São Paulo (SP).falso, alinhado es<strong>que</strong>rda, sinha o à es<strong>que</strong>rda,E-mail: redacao@brasileconomico.com.brtexto alinhado à es<strong>que</strong>rda, sem hifenização, textoAs mensagens devem conter nome completo, endereço, telefone e assinatura.falso, alinhado es<strong>que</strong>rdafhlação. ➥ PXXEm razão de espaço ou clareza, BRASIL ECONÔMICO reserva-se o direito de editar as cartas recebidas.Mais cartas em www.brasileconomico.com.brAdidas reduz previsão de crescimentoA suspensão da temporada do National Hockey League foi um dosfatores responsáveis pela mudança nos cálculos por ter provocado<strong>que</strong>da nas vendas das marcas Reebok e da Rockport. ➥ P26


Sexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012 <strong>Brasil</strong> Econômico 5Andrew Harrer/BloombergEM RECUPERAÇÃOPresidente do BC chinês vê sinais de melhoraA economia da China está mostrando sinais de melhora e aconfiguração da política monetária irá garantir continuidade eflexibilidade em 2013, afirmou ontem o presidente do Banco do Povo doChina, banco central do país, Zhou Xiaochuan. “Dados de outubro estãomostrando sinais de melhora. A tendência da economia doméstica estáevoluindo numa direção boa”, disse Zhou. Dados <strong>que</strong> serão divulgadoshoje podem cimentar as expectativas de uma recuperação.Governo brasileiro vaiincrementar negóciosChina é líder emações antidumpingMinistério do Desenvolvimentojá identificou novas demandaspara ampliar venda para a ChinaSimone Cavalcantiscavalcanti@brasileconomico.com.brO mercado consumidor chinêsfaz brilhar os olhos de qual<strong>que</strong>rpaís do mundo e o <strong>Brasil</strong> não fogeà regra. Principalmente agora<strong>que</strong> está em curso uma nova estratégiade crescimento mais voltadaao aumento da renda da população,o <strong>que</strong> ampliará o potencialde consumo na China. Atentoao movimento, o governo brasileirobusca conquistar espaçopara incrementar os negócios.Ontem, em mais uma negociaçãopara tentar elevar a comprade produtos brasileiros peloseu principal parceiro comercial,a secretária de ComércioExterior do Ministério do Desenvolvimento,Indústria e ComércioExterior (Mdic), Tatiana LacerdaPrazeres, se reuniu comrepresentantes do Conselho Empresarial<strong>Brasil</strong>-China, em SãoPaulo. “Identificamos <strong>que</strong> a demandachinesa por mais produtos,em <strong>que</strong> nossas exportaçõespodem crescer, deve aumentarnos próximos anos”, disse aoBRASIL ECONÔMICO.Segundo ela, recentemente,a China demonstrou interesseem adquirir mais produtos domercado internacional, compotencial para aumento dasvendas brasileiras de milho,açúcar, algodão, máquinas eequipamentos. Para especialistas,a nova conjuntura chinesaé um celeiro de oportunidadese uma situação <strong>que</strong> o <strong>Brasil</strong> temde saber aproveitar para diversificaçãode suas exportações.Afinal, a pauta brasileira é muitoconcentrada, principalmenteem commodities, como minériode ferro e soja. Dados doMdic indicam <strong>que</strong>, entre janeiroe setembro deste ano, o volumeapurado no embar<strong>que</strong> apenasdesses dois produtos representoucerca de 70% do totaldas vendas verde-amarelas aoparceiro comercial.“Eles têm uma estratégia muitoclara e nós temos de aproveitarpara vender em certos nichosnos quais possamos encaixarprodutos com maior valoragregado”, disse Welber Barral,sócio da Barral M Jorge ConsultoresAssociados e ex-secretáriode Comércio Exterior doMdic. Para ele, há espaço paracalçados mais elaborados e açosespeciais, como o magnésio metálico— metal muito leve paracarros e aeronaves, de maior valoragregado e <strong>que</strong> tem uma indústriacompetitiva no <strong>Brasil</strong>.“O <strong>que</strong> tira a competitividadedesse material é o custo tributárioe de logística do país”, <strong>diz</strong>.“Não é a indústria brasileira<strong>que</strong> não é competitiva, mas,sim, a estrutura brasileira <strong>que</strong>não tem a competitividade <strong>que</strong>há na China”, complementa JosefinaGuedes, diretora da Associaçãode Comércio Exterior do<strong>Brasil</strong> (AEB) e sócia da consultoriade comércio exterior Guedes,Bernardo e Imamura.Na sua avaliação, a nova liderançachinesa está mais ligadaaos grupos empresariais e issopoderá fazer com <strong>que</strong> o país<strong>que</strong>ira aproveitar muito maissua capacidade produtiva parasuprir o mercado interno e fortalecero crescimento do seuProduto Interno Bruto (PIB).Por isso mesmo, <strong>diz</strong>, será precisoser mais firme nas negociaçõesde agora em diante paraconseguir vender. ■Maioria das investigaçõesrefere-se a concorrência deslealde preços na área de siderurgiaDos 58 processos de investigaçãoantidumping em curso noMinistério do Desenvolvimento,Indústria e Comércio Exterior(Mdic), 20 são contra produtoschineses. “E esse númerotende a aumentar”, garante WelberBarral, sócio da Barral M JorgeConsultores Associados. “AChina é campeã de audiência no<strong>Brasil</strong> e no mundo. Hoje exportatudo e é líder em quase todos osprodutos industriais”.A lista do Mdic é bem variada,mas é na área de siderurgia <strong>que</strong>a gigante asiática vem se destacando.Até 2007, a China era importadoradesse tipo de mercadoria,mas, atualmente, tornousegrande exportadora, chegandoa criar <strong>sobre</strong>oferta em inúmerospaíses. Das ações contra oschineses, oito investigam concorrênciadesleal de preços deprodutos siderúrgicos, como laminadosplanos de aço. “Emmuitos casos, a China exportabens acabados em valores muitobaixos <strong>que</strong> chegam a ser menoresaté do <strong>que</strong> o preço do insumo”,<strong>diz</strong> o consultor. ■ S.C.COMÉRCIO GLOBALDas 58 ações antidumping,20 são contra produtos chinesesTalheresTubos de cobreTubos com costura de aço inoxidávelLaminados planos de aços inoxidáveisausteníticos a frioLaminados planos de aço ao silícioLaminados planos de baixo carbonoe baixa ligaTubos de conduçãoPneumáticos para motocicletaFerros elétricosRefratários básicosFios de náilonVentiladores de mesaTalhas manuais de capacidade de cargaaté 3 toneladas, sem alavancaPneus de automóveisPneus novos de borracha para bicicletaChapas pré-sensibilizadas de alumínioArmações de óculosPedivelasDióxido de silício precipitadoÍndigo blue reduzidoFonte: MDICDE SAÍDATomohiro Ohsumi/BloombergEscolha do presidenteocorre a portas fechadasA China irá realizar reformas para tornar seu câmbio e taxa de juros mais baseados nomercado, impulsionar investimentos e injetar mais fundos estatais na indústria comoparte dos planos para dobrar o PIB até 2020, disse o presidente Ju Hintao ontem. Elereafirmou o compromisso com as metas <strong>que</strong> irão dobrar a renda das famílias em todo opaís em uma década, no discurso de abertura do Congresso do Partido Comunista daChina. Hu deve deixar o cargo de líder do partido durante o Congresso.Xi Jinping se tornará o homemmais poderoso do país duranteCongresso em PequimÚltimo gigante de um mundocomunista <strong>que</strong> desapareceuno século passado, o PartidoComunista Chinês (PCC) <strong>sobre</strong>vivegraças a fortes dosesde esquizofrenia acrobática,<strong>que</strong> alterna a mão de ferro emuma sociedade <strong>que</strong> abraça o capitalismoe o culto ao nacionalismoobscurantista. O XVIIICongresso do PCC — <strong>que</strong> nomearáo novo presidente dopaís — acontece em uma capitalna qual o número de Ferraris,Lamborghinis, Maseratis ePorches Cayenne não tem parâmetroem nenhuma outraparte do mundo.Verdadeira “aristocracia vermelha”,os “filhos dos príncipes”— seus pais foram os revolucionáriosde ontem — surfamna onda de um capitalismo quaseselvagem, no qual a opacidadedos mercados públicos e asrelações com as poderosas empresasestatais permitem a formaçãode rápidas fortunas.Na parte mais pobre do país,operários cada vez menos dóceisse somam a uma “populaçãoflutuante” de 260 milhõesde temporários, cidadãos de segundaclasse, sem direito a residêncianas cidades, procedentesde uma massa de 650 milhõesde camponeses. Todos sebeneficiaram de diferentesgraus de crescimento sob a presidênciade Hu Jintao.Xi Jinping nunca disputouuma eleição. Pouco se sabe <strong>sobre</strong>suas opiniões acerca daeconomia mundial ou do a<strong>que</strong>cimentoglobal. Para muitoschineses, é mais fácil reconhecê-locomo marido de uma popularcantora folk. Apesar disso,está prestes a se tornar ohomem mais poderoso da China.As transferências de poderno país, ainda feitas sob extremosigilo, têm provocado tensãoe incertezas. ■ AFP


6 <strong>Brasil</strong> Econômico Sexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012BRASILSubeditora: Patrycia Monteiro Rizzottopmonteiro@brasileconomico.com.br<strong>Dilma</strong> adverte <strong>que</strong> não vaitomar decisão sob pressãoPresidente <strong>diz</strong> <strong>que</strong> examinará “exaustivamente” o <strong>projeto</strong> <strong>sobre</strong> a nova repartição dos royalties do petróleoRuy Barata Netorneto@brasileconomico.com.brUeslei Marcelino/ReutersFontes do Palácio <strong>diz</strong>em <strong>que</strong> <strong>Dilma</strong> achou “exageradas” as declarações do governador Sérgio CabralDisposta a se manter longe daspressões pelo veto ao <strong>projeto</strong>de lei de distribuição dos royalties,aprovado nesta semana naCâmara dos Deputados, a presidente<strong>Dilma</strong> Rousseff avisou<strong>que</strong> usará todo o tempo a <strong>que</strong>tem direito — 15 dias a partirda chegada do <strong>projeto</strong> ao Paláciodo Planalto — para decidirsob o encaminhamento <strong>que</strong> daráao tema. “Não vou decidirnada <strong>sobre</strong> pressão”, disse apresidente a interlocutores.Conforme nota divulgada noblog do Planalto, <strong>Dilma</strong> faráuma “exaustiva análise” do <strong>projeto</strong>antes de concluir pela sanção,veto total ou parcial.Fontes do Palácio do Planaltoafirmam <strong>que</strong> <strong>Dilma</strong> achouexagerado o tom das declaraçõesdo governadores após aaprovação do texto. O <strong>projeto</strong>de lei aprovado ainda terá <strong>que</strong>passar por correções antes deser enviado para o governo. Aprincipal delas <strong>diz</strong> respeito auma soma de 101% para umdos percentuais definidos nadivisão de recursos dos royalties.O erro deve ser corrigidona redação final do <strong>projeto</strong> pelaprópria Câmara dos Deputados,mas este encaminhamentoainda enfrentará resistências.Parlamentares do Rio deJaneiro apontam erro de conteúdona proposta com o objetivode inviabilizar o texto.Além disso, <strong>Dilma</strong> também estudauma série de alternativas<strong>que</strong> podem ser viabilizadas apósuma possível sanção presidencialpara compensar possíveisperdas para os estados e municípiosprodutores. O líder do governono Senado, Eduardo Braga(PMDB-AM), aponta pelo menosuma das soluções <strong>que</strong> poderãoser analisadas. Trata-se datributação na origem do petróleodistribuído para o resto dopaís. Hoje o Imposto <strong>sobre</strong> a Circulaçãode Mercadorias e Serviços(ICMS) é cobrado no destinoe não na origem. A ideia seria estabeleceruma nova lei <strong>que</strong> permitissea cobrança de 4% deICMS na origem. “Esse é um dosmecanismos entre uma série deoutros <strong>que</strong> podem ser usados pelapresidente”, afirma Braga.O líder do governo descartaveto presidencial ao <strong>projeto</strong> apesardas pressões dos governadorescarioca e capixaba. “Depoisda decisão soberana do Senadoe da Câmara, a presidente devese posicionar com zelo e sancionaro <strong>projeto</strong>”, <strong>diz</strong>. “É a vontadedo povo uma nova regra dedistribuição do petróleo e a presidenterespeitará isso.”EducaçãoA base do governo no Senadotambém já articula uma nova estratégiapara vincular as receitasdo petróleo aos investimentosem educação, o <strong>que</strong> ficou defora do texto aprovado na Câmara.A solução será por meio demudanças no <strong>projeto</strong> de lei doPlano Nacional de Educação(PNE) <strong>que</strong> define 10% do PIB parainvestimento em educação.Segundo Braga, o governo deveeditar uma emenda ao PNE paravincular as receitas dos royaltiesaos investimentos em educação.A emenda deve ser incluídapelo próprio relator do <strong>projeto</strong>do PNE no Senado, José Pimentel(PT-CE).Ontem o ministro da educação,Aloizio Mercadante, voltoua defender a utilização dosroyalties para o setor. “Não temosfonte nova para cumprir ameta ambiciosa do <strong>que</strong> foi aprovadono PNE”, afirmou.Para Braga, a iniciativa de incluira emenda no PNE pressupõea sanção ao <strong>projeto</strong> de lei daCâmara, <strong>que</strong> se não vincula os recursosà educação de maneira explícita,pelo menos prevê <strong>que</strong> osrecursos dos royalties sejam aplicadosna área. “A solução <strong>que</strong>,no fundo <strong>que</strong>remos encaminhar,é a ação coordenada emum conjunto de temas diferentes<strong>que</strong> sirvam para diminuir osdesequilíbrios do pacto federativono país”, afirma Braga. ■Rodada de licitações de petróleo está garantidaPolêmica <strong>sobre</strong> novo modelo dedistribuição dos recursos nãoatrapalha leilão de maio de 2013O imbróglio em torno da distribuiçãodos royalties do petróleonão deve impedir o governode realizar a 11ª rodada de licitaçãode novos blocos de exploraçãode petróleo, segundoavaliação de fontes do Paláciodo Planalto. A presidente <strong>Dilma</strong>Rousseff marcou a licitaçãodas novas áreas para maio doano <strong>que</strong> vem, mas se não estiverresolvido todo o impasse asconcessões poderão ser feitassob a vigência das regras atuaisde distribuição de recursos.A licitação é possível por<strong>que</strong>os percentuais de royalties devidospelos vencedores da licitaçãoem cada um dos camposcontinuarão os mesmos sendo aforma de distribuição dos recursosentre os entes da federaçãodefinidos de forma separadados contratos.Esta avaliação vai de encontrocom a perspectiva da diretorageralda Agência Nacional do Petróleo,Gás e Biocombustíveis(ANP), Magda Chambriard. Segundoela, para <strong>que</strong> as licitaçõesocorram dentro do previsto, épreciso <strong>que</strong> uma definição <strong>sobre</strong>o imbróglio ocorra ainda esteano. Magda afirma <strong>que</strong> a ANPprecisará de pelo menos 120dias para preparar as diferentesetapas do leilão, o <strong>que</strong> significapreparar a minuta do contrato, oedital e colocá-lo em consultapública. Isso significa <strong>que</strong> o idealseria <strong>que</strong> a <strong>que</strong>stão dos royaltiesesteja resolvida, no máximo atéjaneiro. A previsão é <strong>que</strong> o governofaça licitações de 170 blocosde exploração de petróleo, e <strong>que</strong>ainda não fazem parte da camadapré-sal. As primeiras licitaçõesde pré-sal devem ocorrerapenas em novembro, segundoestimativas do governo. ■PERDAS SOB PL 2.565/11 (APROVADO NA CÂMARA)Projeção do prejuízo dos estados e municípiosdo RJ, ES e SP, em R$ mil*ROYALTIESUNIÃOESTADOS CONFRONTANTESRIO DE JANEIROESPÍRITO SANTOSÃO PAULOMUNICÍPIOS CONFRONTANTES20131.445.400903.375605.39391.22540.7631.626.07520203.482.1001.380.6991.060.639140.208220.0437.566.851PARTICIPAÇÃO ESPECIAL20131.007.7911.151.7611.030.84363.84845.569719.851Fonte: governo do Estado do Rio de JaneiroOs cálculos baseados na curva de produção projetada pela Empresa de PesquisaEnergética (EPE), com base em barril a US$ 90 e câmbio de R$ 2,0020201.387.3496.936.7436.208.484384.537274.4512.081.023


Sexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012 <strong>Brasil</strong> Econômico 7DivulgaçãoANPProdução de petróleo do <strong>Brasil</strong> recua 8,4%A produção de petróleo brasileira no mês de setembro foi 8,4%menor do <strong>que</strong> o volume registrado no mesmo período do ano passado,atingindo 1,924 milhão de barris diários em média, ante os 2,099milhões de barris/dia em 2011. A informação foi divulgada ontempela Agência Nacional do Petróleo e Biocombustíveis (ANP).Em comparação com o volume bombeado em agosto, de 2,004 milhõesde barris/dia, houve redução de 4% em setembro. ReutersGovernador do Rio, Sérgio Cabral,afirma confiar no veto da presidenteContudo, mantém argumento de<strong>que</strong> faltará verba pararealização da Copa e OlimpíadaAurélio GimenezO DiaO governador do Rio de Janeiro,Sérgio Cabral, reafirmou ontem<strong>que</strong> confia na presidente<strong>Dilma</strong> Rousseff e <strong>que</strong> acredita<strong>que</strong> ela irá vetar o <strong>projeto</strong> aprovadona Câmara dos Deputadosna terça-feira, criando nova regrapara a distribuição dos royaltiesde petróleo. Cabraltambém voltoua <strong>diz</strong>er <strong>que</strong>, sem osrecursos dos contratosatuais, será obrigadoa fechar as portasde metade dosCabral <strong>diz</strong> <strong>que</strong>com a reduçãoda receita dosroyalties nãoterá comopagar dívidaserviços públicosdo estado.“Pelos nossoscálculos, com esse <strong>projeto</strong>, oestado do Rio perderá R$ 77 bilhõesaté 2020. Não é uma figurade retórica, não estou exagerando.Quando falo <strong>que</strong> nãotem Olimpíada, não tem Copado Mundo, não estou exagerando.Não contem com o governodo estado, pois não terei comopagar a dívida da União enem como pagar os pensionistas”,disse o governador a umaplateia de cerca de 100 empresáriosfluminenses durante o almoçoda entidade Lide - Grupode Líderes Empresariais, noHotel Copacabana Palace.Cabral admitiu, no entanto,<strong>que</strong> a presidente possa vetar parcialmenteo texto aprovado. “Este<strong>projeto</strong> pode ser dividido emduas partes. Uma, fala de umanova distribuição do <strong>que</strong> já foi licitado.Isso é ilegal e deve ser vetado.E a presidente <strong>Dilma</strong> teriacondição de sancionar a parte<strong>que</strong> <strong>diz</strong> respeito aonovo marco legal(aos campos aindanão foram licitadosdo pré-sal). Para essanova divisão (decampos não licitados)devemos respeitaro CongressoNacional, emboratambém discordemos do tratamentodispensado ao Rio”, explicou.Cabral voltou a afirmar<strong>que</strong> está tranquilo pois, segundoele, presidenta <strong>Dilma</strong> declaroupublicamente em entrevistase, até mesmo, em palestrascom prefeitos, <strong>que</strong> respeitas oscontratos e os marcos legais. “Éum princípio básico do governobrasileiro”, argumentou.Ao ser indagado <strong>sobre</strong> umapossível compensação do governofederal, caso o <strong>projeto</strong> não sejavetado, Cabral disse <strong>que</strong> nãofala <strong>sobre</strong> conjecturas. “Nós nãoestamos atrás de especulação, estamosatrás do respeito ao marcolegal. A presidente <strong>Dilma</strong> nãoFelipe O’Neill/O DiaCabral espera <strong>que</strong> novas regras vigorem <strong>sobre</strong> poços não licitadosfalou <strong>sobre</strong> isso, ela tem compromisso,primeiro, com os princípioslegais, <strong>que</strong> ela tem condiçõesde vetar a parte <strong>que</strong> <strong>diz</strong> respeitoaos contratos já assinados,ao <strong>que</strong> já foi leiloado. E, segundo,pode sancionar a parte <strong>que</strong><strong>diz</strong> respeito a uma distribuição apartir do novo marco legal dapartilha”, complementou.Cabral disse <strong>que</strong> avaliou o<strong>projeto</strong> aprovado com as equipestécnica e jurídica e, segundoele, o texto aprovado temdois momentos: “tem um momentoem <strong>que</strong> ele fala de umanova distribuição do já licitado,<strong>que</strong> é ilegal; e tem um momento<strong>que</strong> fala de uma distribuiçãoa partir do novo regime.Essa até eu posso discordar, comodiscordei, lutei por isso,mas essa a gente tem <strong>que</strong> respeitaro Congresso Nacional. Eletem autonomia”, disse.O governador explicou <strong>que</strong>no <strong>projeto</strong> de lei <strong>que</strong> define novaregras de distribuição dosroyalties é mencionada umacompensação financeira para oRio de Janeiro — conforme estáprevisto no artigo 20º da Constituição.Mas, na opinião de Cabral,essa compensação não esttánuma proporção justa. “Nósvamos perder dinheiro, o estadovai perder recursos. Primeiro,por<strong>que</strong> o regime de partilhaacaba com a Participação Especial.Já perdemos 60% do <strong>que</strong> recebemoshoje. E vamos dividirnuma outra proporção com osdemais estados brasileiros e municípiosbrasileiros”, frisou. ■Governo investirá R$ 2,7 bilhões em alfabetizaçãoNovo pacto nacional visa <strong>que</strong>crianças saibam português ematemática antes dos 8 anosO governo federal vai investirR$ 2,7 bilhões nos próximosdois anos para <strong>que</strong> as criançasbrasileiras sejam plenamente alfabetizadasem língua portuguesae matemática até os 8 anos deidade, ao final do terceiro anodo ensino fundamental. O investimentofaz parte do Pacto Nacionalpela Alfabetização na IdadeCerta lançado ontem pelapresidente <strong>Dilma</strong> Rousseff noPalácio do Planalto.De acordo com o ministroda Educação, Aloizio Mercadante,a média nacional decrianças não alfabetizadas aosoito anos chega a 15,2%. Essataxa alcança índices aindamaiores e chega a dobrar em estadoscomo Maranhão (34%) eAlagoas (35%). A menor taxa éregistrada na Região Sul, como índice de 4,9% de criançasnão alfabetizadas.Mercadante <strong>diz</strong> <strong>que</strong> programa é uma das prioridades do MEC“Considero esse programa aprioridade das prioridades doMEC. É o maior desafio históricoe <strong>que</strong> esse país deveria colocarno topo da agenda de todosos gestores do <strong>Brasil</strong>”, disseMercadante.Alan Mar<strong>que</strong>s/FolhapressO ministro destacou <strong>que</strong> 8 milhõesde crianças estão inseridasnesse primeiro ciclo de alfabetização.Ainda segundo ele, oprejuízo de uma criança <strong>que</strong>não é alfabetizada no períodocerto pode se estender a outrasetapas do ensino. Entre os objetivosda pasta está o de garantira alfabetização e evitar a futurareprovação de alunos. Segundoo ministro, o impacto da reprovaçãode alunos, em toda a educaçãobásica, vai de R$ 7 bilhõesa R$ 9 bilhões.Ao todo, 5.270 municípios etodas as 27 unidades federativasjá aderiram ao pacto, <strong>que</strong>envolve a capacitação de 360mil professores alfabetizadores.Trinta e seis universidadespúblicas vão preparar cursosde 200 horas para uniformizarprocedimentos educacionaisem todo o país. Os recursos investidosno pacto também vãogarantir uma bolsa de R$ 750mensais aos orientadores, <strong>que</strong>vão capacitar os professores alfabetizadores.Com o pacto, o Ministério daEducação vai distribuir 26,5 milhõesde livros didáticos nas escolasde ensino regular e docampo, além de 4,6 milhões dedicionários, 10,7 milhões deobras de literatura e 17,3 milhõesde livros paradidáticos.Para mensurar os resultadosdo pacto entre as crianças brasileiras,o MEC vai implementarduas avaliações. Ao final do 2ºano, será aplicada a nova versãoda Provinha <strong>Brasil</strong>, realizadapelos próprios professoresdentro de sala de aula para avaliaros conhecimentos <strong>sobre</strong> osistema alfabético da escrita equais habilidades de leitura ascrianças dominam.No final do 3º ano, será aplicadauma nova prova, ainda semnome, regras ou datas definidas.Essa avaliação ficará a cargodo Instituto Nacional de Estudose Pesquisas EducacionaisAnísio Teixeira (Inep).Além das medidas anunciadas,a pasta vai investir R$ 500milhões em premiação para asmelhores experiências de alfabetização.Para Mercadante, asações do pacto estimulam osprofessores a voltarem a atuarna profissão. ■ ABr


8 <strong>Brasil</strong> Econômico Sexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012BRASILHenri<strong>que</strong> ManrezaFAOPreços dos alimentos caíram 8% no mundoOs preços dos alimentos no mundo sofreram uma <strong>que</strong>da média de8%, segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura eAlimentação (FAO). Os dados se referem ao período de janeiro a outubrode 2012 em comparação com o mesmo período de 2011. As maiores<strong>que</strong>das registradas foram os cereais, o azeite e o óleo. Lácteos e oaçúcar também aumentaram. A FAO calcula <strong>que</strong> o gasto mundial coma importação de alimentos deva chegar a US$ 1,14 bilhão em 2012. ABrElétricas colocam em risco plano de<strong>Dilma</strong> para reduzir conta de energiaEspecialistas afirmam <strong>que</strong>, se empresas não renovarem seus contratos, metas oficiais não serão atingidasA resistência de grandes empresasdo setor elétrico em renovarsuas concessões nos termos propostospelo governo federalameaça a promessa da presidente<strong>Dilma</strong> Rousseff de reduzir aconta de luz em 2013 e pode ter,inclusive, efeitos <strong>sobre</strong> a políticamonetária.A estatal mineira Cemig já deixoufora da lista de prorrogaçõestrês hidrelétricas <strong>que</strong> somam potênciade 2,5 mil megawatts(MW). Somente nesse caso,uma fonte do governo calculaum impacto de menos 1 pontoporcentual na redução média datarifa anunciada ao usuário final,<strong>que</strong> foi de 20%.Além das três usinas da Cemig,analistas do setor elétricosão praticamente unânimes aoafirmar <strong>que</strong> a geradora Cesp e atransmissora Cteep devem rejeitara renovação antecipada e condicionadade suas concessões.“Obviamente, se as usinasnão renovarem, a<strong>que</strong>la meta fixadapela presidente da Repúblicacertamente vai ficar comprometida”,disse o coordenador doGrupo de Estudos do Setor deEnergia Elétrica da UniversidadeFederal do Rio de Janeiro(UFRJ), Nivalde de Castro.Segundo fonte do governo,<strong>que</strong> preferiu se manter sob anonimato,as autoridades acreditam<strong>que</strong> a maioria das companhiasvai optar por manter os ativospor mais algumas décadas. A concessionária<strong>que</strong> não aceitar a renovaçãoantecipada continuacom o empreendimento até ovencimento dos contratos atuais,entre 2015 e 2017, cobrando umpreço maior pela geração e transmissãoda energia — daí a dificuldadede se diminuir a conta deluz na proporção pretendida pelogoverno já no início de 2013.A Cesp, controlada pelo governode São Paulo, informou <strong>que</strong>vai contestar as novas tarifas e aindenização oferecida pelaUnião pelo investimento nãoamortizado em suas usinas noprocesso de renovação antecipadadas concessões.Se a Cesp não renovar as concessõesdas usinas de Ilha Solteira,Três Irmãos e Jupiá, poderásubtrair uma potência total dequase 5,8 mil megawatts (MW)do portfólio de ativos de geraçãoAdriano Machado/BloombergImpacto da geração de energia no cálculo da tarifa depende da efetiva produção das hidrelétricas<strong>que</strong> é alvo da medida provisória579, <strong>que</strong> trata do assunto e estáno Congresso.Somando a isso, as três usinasda Cemig excluídas e outras pe<strong>que</strong>nashidrelétricas fora da listado governo (algumas até desativadas),o universo das renovaçõesna geração de energia cairiade 25,5 mil MW para 16,8 milMW — o <strong>que</strong> significa <strong>que</strong> um terçoda capacidade prevista não teriaa concessão renovada.A fonte do governo ressaltou,porém, <strong>que</strong> o impacto da geraçãode energia no cálculo da tarifadepende mais da efetiva produçãodas hidrelétricas do <strong>que</strong>de sua capacidade instalada.Já a não renovação das concessõespela Cteep impediria o governode retirar da conta de luzdos consumidores o montantede 1,7 bilhão de reais, em baseanual, até 2015, quando a concessãotermina e os ativos voltariamà União para nova licitação.O valor representa a diferençaentre a receita anual <strong>que</strong> a Cteeptem garantida com os ativos peloscontratos vigentes — de 2,2 bilhõesde reais — e o valor do faturamentoproposto pelo governopara renovação antecipada — de516 milhões de reais por ano.Procurada, a Cteep informou<strong>que</strong> não fará comentários <strong>sobre</strong>a decisão <strong>que</strong> tomará. Na quartafeira,a agência de classificaçãode risco Fitch disse ser poucoprovável <strong>que</strong> a empresa aceite arenovação antecipada.Para a consultoria LCA, o governoainda tem como buscarum reajuste negativo próximodo anunciado mesmo sem a renovaçãointegral das concessões.“Essa margem está no fatode ainda haver alguns encargossetoriais passíveis de seremretirados da conta de energiaelétrica e serem repassados parao Tesouro Nacional”, segundoa LCA. ■ ReutersDescumprimento terá impacto na meta da inflaçãoQueda estimada pelo governo natarifa de luz garantiria descontode 0,5% no IPCA de 2013<strong>Dilma</strong> prometeu em rede nacionalo corte médio de 20% naconta de luz no <strong>Brasil</strong> no ano<strong>que</strong> vem, como forma de melhorara competitividade da indústriae dar um impulso adicionalà economia.Além de arranhar a imagemda presidente, não entregar aredução da tarifa de energia teriaimpacto na inflação projetadapelo Banco Central em 2013.A <strong>que</strong>da estimada pelo governona conta de luz garantiria umdesconto de 0,5% no IPCA doano <strong>que</strong> vem, segundo o BC.A autoridade monetária trabalhacom perspectiva de <strong>que</strong> oIPCA no próximo ano fi<strong>que</strong> em4,9%. Sem a <strong>que</strong>da planejadado preço da energia, a inflaçãosubiria e se afastaria mais docentro da meta do governo, <strong>que</strong>é de 4,5%. Isso poderia ter implicaçõestambém <strong>sobre</strong> a taxabásica de juro Selic.Contra o tempoO prazo para as empresas elétricasassinarem os aditivos aoscontratos para renovação —até 4 de dezembro — é tido comoapertado, e a pressa do governovem sendo criticada porempresários e representantesdo setor elétrico.A própria MP 579 não deveEmpresários tambémse <strong>que</strong>ixam dosprazos estabelecidospelo governopara as assinaturasde contratosser votada no Congresso Nacionalaté o início do mês <strong>que</strong>vem, ou seja, as novas regraspoderão mudar depois <strong>que</strong> osdocumentos forem assinadospelas concessionárias.Segundo outra fonte do governo,mais próxima das negociaçõescom o Congresso, <strong>Dilma</strong>assumiu o comando dasconversas com deputados e senadorespara garantir a aprovaçãoda MP sem alterações.Mesmo diante do cenário decontestações à MP, o governodescarta mudar o valor das indenizaçõese das novas tarifas.O Ministério de Minas e Energiajá informou <strong>que</strong> vai relicitaradiante os ativos <strong>que</strong> não foremrenovados nos mesmos termos<strong>que</strong> estão sendo oferecidosaos atuais concessionários,com a mesma redução nas receitas.No caso da Cemig, o governofederal está realizandouma força-tarefa de negociaçõescom a empresa e o governode Minas Gerais, acionistacontrolador da companhia, para<strong>que</strong> a elétrica volte atrás e encaminhepedido de renovaçãoda concessão das suas três usinashidrelétricas. ■ Reuters


Sexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012 <strong>Brasil</strong> Econômico 9Ty Wright/BloombergAGRONEGÓCIOSIBGE reduz previsão para a safra de 2012O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de outubro, divulgadoontem pelo Instituto <strong>Brasil</strong>eiro de Geografia e Estatística (IBGE),reduziu a estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosaspara este ano. Em setembro, a previsão era fechar 2012 com 163,7milhões de toneladas, mas, agora, em outubro a estimativa passoupara 162,6 milhões de toneladas, ou seja, 0,7% menor. Mesmo assim, aexpectativa é chegar a resultado 1,5% superior ao obtido em 2011. ABrSTF conclui penas de sócios de ValérioCristiano Paz foi punido com 25anos de prisão, mais pagamentode multa de R$ 2,5 milhõesO Supremo Tribunal Federal(STF) concluiu ontem a pena doréu Ramon Hollerbach na AçãoPenal 470, o processo do mensalão.A punição para o ex-sóciode Marcos Valério, <strong>que</strong> ainda podeser alterada até o final do julgamento,é 29 anos, sete meses e20 dias de prisão e multa <strong>que</strong> seaproxima de R$ 3 milhões.Os ministros do Supremo TribunalFederal (STF) concluíram ontema indicação das penas dosdois sócios do empresário MarcosValério na ação penal do mensalão.Até o fechamento destaedição, eles iniciaram também aanálise da pena de Rogério Tolentino,advogado de Valério.Ramon Hollerbach e CristianoPaz foram condenados por formaçãode quadrilha, lavagem de dinheiro,peculato e corrupção ativana participação do es<strong>que</strong>made compra de apoio político noCongresso durante o primeiromandato do ex-presidente Lula.Hollerbach foi condenado a29 anos, 7 meses e 20 dias de reclusão(ver matéria a baixo). JáPaz foi condenado a 25 anos, 11meses e 20 dias de prisão, comopropôs inicialmente o relator,Joaquim Barbosa, além de multade R$ 2,5 milhões.As penas do publicitário correspondemàs fixadas ao réu RamonHollerbach, seu ex-sócio,para os crimes coincidentes. A semelhançade condutas entre osréus permitiu <strong>que</strong> as penas dePaz fossem fixadas mais rapidamente,em poucas horas, enquantoa discussão <strong>sobre</strong> Hollerbachlevou dois dias e meio na Corte.A soma final da pena de Paz émenor <strong>que</strong> a de Hollerbach por<strong>que</strong>o primeiro réu não foi condenadopelo crime de evasão dedivisas, envolvendo o publicitárioDuda Mendonça e a sócia ZilmarFernandes.Antes do recesso de 12 diasno julgamento, retomado naquarta-feira (7), os ministros jáhaviam condenado Marcos Valérioa 40 anos de prisão. Essa puniçãodeve ser revista e, segundonova metodologia para definiçãodas penas adotada do relatorJoaquim Barbosa, seria aumentadaa 47 anos de reclusão.Já Tolentino, advogado de Valério,teve pena no crime de formaçãode quadrilha indicada porBarbosa de dois anos de reclusão,o <strong>que</strong>, segundo o próprio ministro,representaria a prescrição (o<strong>que</strong> ocorre neste caso com penasde até dois anos, já <strong>que</strong> se passaramsete anos do crime).O voto foi vencido por<strong>que</strong> osA pena de Hollerbach começoua ser discutida no dia 25 deoutubro, com a fixação das puniçõespara os crimes de formaçãode quadrilha, além das acusaçõesde corrupção e peculato envolvendoo deputado federalJoão Paulo Cunha (PT-SP) e oBanco do <strong>Brasil</strong>.As discussões foram suspensasdevido ao recesso de quaseduas semanas.Na quarta-feira (7), a Corte definiuas penas de Hollerbach paraHollerbach é condenado a 29 anosMinistros ainda aplicarammulta de R$ 3 milhões contraex-sócio de Marcos Valérioos crimes de lavagem de dinheiroe corrupção envolvendo os parlamentaresda base aliada. A sessãofoi suspensa por<strong>que</strong> os ministrosnão conseguiam se entender <strong>sobre</strong>a pena de evasão de divisas.Empresário foiconsiderado culpadopelos mesmos crimesdo publicitárioMarcos Valérioministros Marco Aurélio, Celsode Mello e Ayres Britto indicarampena de 2 anos e 3 meses,para evitar prescrição. Luiz Fuxe Gilmar Mendes mudaram o votoe acabaram por acompanharMarco Aurélio, garantindo a validadeda pena.Os ministros ainda têm de definirquais serão as penas paraTolentino em outros crimes pelosquais foi condenado na açãopenal do mensalão.Os ministros voltaram a lembrar<strong>que</strong> as penas podem ser alteradasaté o final do julgamento.O valor das multas tambémnão são definitivos, pois sãoconsideradas quantias aproximadas<strong>que</strong> ainda precisam passarpor atualização monetária.■ <strong>iG</strong> e ReutersO conflito foi resolvido apenasna sessão de hoje, com propostado ministro Celso de Mello. A penapara o crime foi três anos e oitomeses de prisão, mas os ministrosnão proclamaram o valor definitivoda multa neste caso.O STF começou, em seguida,a definir as penas do publicitárioCristiano Paz. O primeiro crimeanalisado foi formação dequadrilha, e os ministros já fixarampena de dois anos e três mesesde prisão. ■Amigo deCachoeiravolta aoSenadoAtaídes Oliveira (PSDB-TO),assumirá posto do parlamentarJoão Ribeiro (PR-TO)O Senado ganhará em breveum novo integrante próximoao bicheiro Carlos Augusto Ramos,o Carlinhos Cachoeira. Osuplente Ataídes Oliveira (PS-DB-TO) deve assumir o lugardo senador João Ribeiro (PR-TO), <strong>que</strong> pedirá licença médicaapós ter confirmado na últimasegunda-feira (5), em examesno Hospital Sírio-Libanês, emSão Paulo, o avanço de umadoença rara <strong>que</strong> impede a produçãode pla<strong>que</strong>tas brancas pelosangue. Oliveira pode ocupara cadeira da bancada do Tocantinspor tempo indeterminadodevido à necessidade de Ribeiropassar por um transplantede medula óssea. O suplentetocantinense aparece em gravaçãotelefônica da OperaçãoMonte Carlo, deflagrada pelaPolícia Federal (PF), autodeclarando-se“amigo” de CarlinhosCachoeira .Oliveira teria encomendadoreportagens no jornal O Estadode Goiás, controlado indiretamentepor Cachoeira, segundorelatório da PF. Em conversagravada no dia 4 de julho de2011, o tucano afirmava ter“umas notas (notícias) interessantesa nível <strong>Brasil</strong>” para publicarno jornal.O diálogo segue com Oliveiraafirmando <strong>que</strong> gostaria <strong>que</strong>Cachoeira lhe “desse ou pedissea alguém” para lhe dar acessoao jornal. “Se tiver algumcusto é comigo mesmo, viuamigo?”, prossegue a gravação.Cachoeira concorda: “Nahora, manda cobrir lá, mandacobrir lá”.A posse do suplente aindanão tem data marcada. Isso por<strong>que</strong>Ribeiro não se decidiu peloafastamento até o recesso, marcadopara 18 de dezembro. O senadoré titular da segunda secretariado Senado e pretenderenová-la nas eleições internasda Casa em fevereiro, o <strong>que</strong> garantiriaespaço para PR no primeiropelotão do Senado.O cargo permite acomodarindicações de aliados políticospara cargos comissionados, aexemplo da recente nomeaçãoda namorada do ex-diretor doDnit Luiz Antônio Pagot comoassessora parlamentar pelo suplentede Blairo Maggi, o senadorCidinho Santos (PR-MT). ■<strong>iG</strong> (www.ig.com)


10 <strong>Brasil</strong> Econômico Sexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012BRASILMarcos Issa/BloombergPESQUISAProdução industrial cai em 12 estadosA produção industrial medida pela Pesquisa Industrial Mensal ProduçãoFísica — Regional caiu em 12 dos 14 locais pesquisados em setembro.Os dados, divulgados ontem pelo Instituto <strong>Brasil</strong>eiro de Geografiae Estatística (IBGE), apontam <strong>que</strong> as <strong>que</strong>das mais acentuadas foramregistradas em Goiás (-2,9%), eliminando parte do avanço de 10,2% domês anterior, Rio de Janeiro (-2,7%), Paraná (-2,6%), Santa Catarina(-2,2%), Espírito Santo (-1,9%), Ceará (-1,6%) e Minas Gerais (-1,4%). ABrEstados reclamam das dificuldadesem implementar a Resolução 13Secretários de Fazenda <strong>diz</strong>em <strong>que</strong> não têm departamentos específicos para fiscalizar conteúdo nacionalGustavo Machadogmachado@brasileconomico.com.brApesar das definições do Conselhode Política Fazendária (Confaz)<strong>sobre</strong> a regulamentação daResolução 13, <strong>que</strong> tenta acabarcom a guerra dos portos, os secretárioscontinuam a reclamar<strong>sobre</strong> as dificuldades <strong>que</strong> preveempara implementar as novasregras.A nova forma de cobrança deImpostos <strong>sobre</strong> Circulação deMercadorias e Serviços (ICMS)interestadual para importados,segundo eles não prejudica apenasos empresários, mas tambémos estados. Há poucas semanaspara a virada do ano, quandoa resolução entra em vigor,eles <strong>diz</strong>em <strong>que</strong> ainda não possuemdepartamentos definidospara fiscalizar o conteúdo nacionaldas indústrias locais, o principalponto de dúvida.Segundo a resolução, casoLuiz Carlos Hauly: “No início, será feita uma mágica para acompanhar todo o processo produtivo”um produto industrializado tenhamais de 40% de conteúdoimportado, 4% do ICMS interestadualserá cobrado pelo estadode origem, e os 14% restantespelo de destino.Para Cláudio Trinchão, coordenadordo Confaz e secretário daFazenda do Maranhão, 2013 seráum ano de adaptação. “As duaspartes (estados e empresários) sofrerãoas consequências de umaredação <strong>que</strong> não foidiscutida com o Confaz.Somos tão vítimasquanto os contribuintes”,alarmao secretário.Segundo ele, aolongo do próximoano serão criadosem seu estado novosdispositivos de controle e equipesespecializadas na fiscalizaçãoda indústria. “A Receita Federalirá ajudar as equipes técnicasa fiscalizar os certificados de controlee as notas fiscais eletrônicas.Serão nossos instrumentos”,explica Trinchão.Com discurso semelhante, seucolega do Paraná afirma <strong>que</strong> osproblemas só aparecerão após aresolução começar a vigorar.Luiz Carlos Hauly afirma também<strong>que</strong> o consenso entre os estados— alcançado ontem em reuniãoentre os secretários estaduaise o secretário-executivodo Ministério da Fazenda, NelsonBarbosa — facilitará a trocade experiências entre as unidadesda Federação.“São milhões de operações pelasquais passam um item industrializado.No início, será feitouma mágica grande para acompanhartudo isso. Estamos nospreparando, mas sóna prática saberemosquais serão osverdadeiros problemascom a resolução”,afirma.Na última quartafeira,o Confaz definiupontos importantes<strong>sobre</strong> a regulamentaçãoda resolução. Seráconsiderado conteúdo importadoapenas o valor registrado na licençaimportação, ou seja, custosadicionais referentes à importação,como frete e desembaraço,serão considerados valoragregado. Além disso, a nova formade cobrança do ICMS será feitaem todas as movimentaçõesinterestaduais da carga, e nãoapenas na primeira. A regulamentaçãoainda pode ser modificadaaté ser publicada. ■Apenas 12% da importação recebem benefíciosDivulgaçãoParacoordenadordo Confaz,estados sãovítimas dasnovas regrasEstados cujos programasincentivaram mudança no ICMSdetêm pe<strong>que</strong>na participaçãoAté o nono mês de 2012, apenas12% das mercadorias importadaspassaram pelos estados consideradosresponsáveis pelaguerra dos portos. Portos e aeroportosde Santa Catarina e EspíritoSanto desembarcaram cargas<strong>que</strong> somaram US$ 19,1 bilhõesneste ano.A soma não chega à metadedo <strong>que</strong> o Porto de Santos, omaior do país, registra de importações.Neste ano, o terminalpaulista já supera a marca deUS$ 42 bilhões em importação,um recorde alcançado apesardos registros de <strong>que</strong>da dos desembar<strong>que</strong>sem geral.Os programas de desenvolvimentodos estados são responsáveispelos créditos obtidos pelosimportadores, <strong>que</strong>, segundoo governo e senadores <strong>que</strong>aprovaram a Resolução 13, éresponsável pelo desequilíbrioda indústria e das contas de outrosestados.No entanto, segundo o própriocoordenador do Conselhode Política Fazendária (Confaz),Claudio José Trinchão, o custode implementação da resoluçãoparece ser alto demais para acabarcom um problema relativamentepe<strong>que</strong>no.A maior parte da importaçãofeita por esses portos tambémdesmerecem tamanha movimentaçãodos estados. Nos trêsprincipais portos dos estados,Itajaí e São Francisco do Sul, emSanta Catarina, e Vitória, no EspíritoSanto, a maior parte dosprodutos desembarcados são deinsumos industriais.Apenas no caso de automóveisde passeio, <strong>que</strong> possuemparticipação relevante na pautade importação de Vitória, há ajustificativa de barrar bens deFLUXOMenos de 12% das importações passam por Espírito Santoe Santa Catarina em 2012, em US$ bilhõesSANTOS - PORTO - SPPARANAGUÁ - PORTO - PRCAMPINAS - AEROPORTO - SPRIO DE JANEIRO - PORTO - RJSAO PAULO - AEROPORTO - SPRIO DE JANEIRO - PORTODE SEPETIBA - RJITAJAÍ - PORTO - SCVITÓRIA - PORTO - ESMANAUS - PORTO - AM11,0810,938,828,357,136,786,575,4742,15SÃO SEBASTIÃO - PORTO - SP 5,41SÃO FRANCISCO DO SUL - PORTO - SC 4,76IMBITUBA - PORTO - SC 0,49VITÓRIA - AEROPORTO - ES 0,47Fonte: Secex0 10 20 30 40 50consumo duráveis <strong>que</strong> concorremcom a indústria nacional.Os desembar<strong>que</strong>s pelo EspíritoSanto representam 23% daimportação total de veículoscom cilindrada superior a 1500.Para Trinchão, a discussão <strong>sobre</strong>os benefícios fiscais fornecidospor estes estados serão deixadosde lado após a definição<strong>sobre</strong> a nova forma de cobrançado Imposto <strong>sobre</strong> Circulação deMercadorias e Serviços (ICMS)interestadual, <strong>que</strong> está em discussãono Palácio do Planalto.“A guerra dos portos é apenas aponta do iceberg. O correto seriadiscutir todo o problema, enão apenas o das importações”,<strong>diz</strong> o coordenador do Confaz.“Na verdade, este problema étão pe<strong>que</strong>no, <strong>que</strong> a resolução sótrará dificuldades enquanto o todoICMS não for modificado”,afirma Trinchão, <strong>que</strong> também ésecretário da Fazenda do estadodo Maranhão. ■ G.M.


PODER ONLINESexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012 <strong>Brasil</strong> Econômico 11FERNANDO MOLICApoderonline@ig.com>>> Leia mais em www.ig.com/poderonlineLiderança na CâmaraO PMDB-RJ está de olho na liderança do partido na Câmara dos Deputados— o lugar ficará vago com a provável eleição de Henri<strong>que</strong>Eduardo Alves (RN) para a presidência da Casa. Um dos integrantesda bancada fluminense, o deputado Eduardo Cunha não nega<strong>que</strong> é candidato à vaga de Alves, mas seu nome não é consensual.Parte dos peemedebistas do Rio articula a candidatura de LeonardoPicciani. Ex-secretário estadual de Habitação, Picciani é ligadoao govenador Sérgio Cabral e é filho do presidente estadual do partido,o ex-deputado Jorge Picciani. ■A Fifa anunciou ontem <strong>que</strong> a Copadas Confederações será disputadaem seis sedes, incluindoRecife, <strong>que</strong> esteve em dúvidapara o torneio devido a atrasosnas obras, mas a federação internacionalvoltou a demonstrarpreocupação com o ritmodos preparativos do <strong>Brasil</strong>.As outras cidades confirmadaspara o torneio de 2013, <strong>que</strong>serve como principal teste paraa Copa do Mundo de 2014, sãoBelo Horizonte, Brasília, Fortaleza,Rio de Janeiro e Salvador.Walter De Gregorio, diretorde comunicação da Fifa e representanteda entidade no eventoem <strong>que</strong> as sedes foram confirmadas,ressaltou <strong>que</strong> apenas dois estádiosestão dentro do cronogramainicial: Belo Horizonte e Fortaleza,já <strong>que</strong> a Fifa havia determinadodezembro deste ano comolimite para a entrega das arenasda Copa das Confederações.“Pela primeira vez postergamoso prazo em dois meses, parao final de fevereiro”, disse.“Mas estamos preocupados,pois os estádios não serão entreguescomo planejados desde oinício... Chegamos a um ponto<strong>que</strong> não há retorno, e temospouco tempo”, disse.A Arena Pernambuco estácom 70,5% de seus trabalhos concluídos,segundo estimativa daconstrutora responsável pelasobras, após a instalação da coberturada Ala Sul e da fixação detrês módulos da estrutura superior.O prazo de conclusão é fevereirode 2013, quatro meses antes●Sérgio Cabral ainda➤acredita <strong>que</strong> <strong>Dilma</strong>Rousseff dará uma soluçãofavorável ao Rio no caso dosroyalties. Mas sua confiança jáfoi maior — teme <strong>que</strong> o problemavá parar no Supremo TribunalFederal. O governador doRio ficou meio macambúziodepois da conversa <strong>que</strong> teveontem, por telefone, com apresidente. Ela se comprometeua defender o estado, mas nãogarantiu <strong>que</strong> vetará o <strong>projeto</strong>aprovado pelo Congresso.●O deputado Jean Wyllys➤(PSOL-RJ) representaráa Câmara dos Deputados noencontro de parlamentares gays<strong>que</strong> a Comissão de DireitosHumanos (CIDH) da Organizaçãodos Estados Americanos (OEA)promoverá em Bogotá,nos próximos dias 19 e 20 denovembro. O encontro tem oobjetivo de reunir deputados esenadores gays ou defensoresda causa do mundo inteiro.Fifa define seis sedes de 2013Copa das Confederações seráem Recife, Fortaleza, Rio, BeloHorizonte, Brasília e SalvadorGilberto Nascimento/Ag. CamaraPedro Ladeira/AFPMarin: “Copa das Confederações é uma oportunidade imperdível”CURTASda Copa das Confederações.A Fifa já havia selecionado asseis cidades para a competição,mas o secretário-geral da entidade,Jérôme Valcke, colocou em dúvidase os seis estádios estariamprontos a tempo, e a arena de Recifeera a <strong>que</strong> mais preocupava.O governo e o comitê organizadorlocal (COL), por outro lado,sempre mostraram confiançana manutenção da capitalpernambucana no torneio.“A Copa das Confederações éuma oportunidade <strong>que</strong> nenhumasede, o COL e a Fifa gostariamde deixar escapar. Pela primeiravez metade dos estádiosda Copa do Mundo serão entreguese testados um ano antes”,disse o presidente do COL, JoséMaria Marin. No entanto, ele admitiuatrasos nos preparativospara o torneio, <strong>que</strong> será um testepara o Mundial de 2014. “Aoanalisar os relatórios técnicos, aFifa, o COL e o governo federalidentificaram <strong>que</strong> em alguns casoso cronograma é apertado”.A Copa das Confederações serádisputada de 15 a 30 de junhoe é considerada um teste para oMundial de 2014. Os ingressosserão vendidos a partir de 3 dedezembro. Estão confirmadaspara o torneio as seleções de <strong>Brasil</strong>,Espanha, Itália, Uruguai, México,Japão e Taiti. Falta apenasdefinir o representante africano,<strong>que</strong> sairá da Copa Africana de Nações.O <strong>Brasil</strong> vai abrir o torneioem Brasília, no dia 15 de junho,e a final será disputada no Maracanã,no dia 30 de junho. ■●Não convidem para a➤mesma mesa o deputadoAlessandro Molon (PT-RJ)e o ministro das Comunicações,Paulo Bernardo. Enquantoo ministro pregava <strong>que</strong>a neutralidade da rede nonovo Marco Civil da internetdeve ser definida pela AgênciaNacional de Telecomunicações(Anatel), o deputado <strong>que</strong>r<strong>que</strong> as regras sejamexplicitadas pelo Executivopor decreto da presidente<strong>Dilma</strong> Rousseff. A votaçãodo <strong>projeto</strong>, <strong>que</strong> deveriaocorrer nesta quarta-feira,foi adiada mais uma vez.●A Juventude do PSDB➤fará neste sábado umareunião na AssembleiaLegislativa de São Paulo.A exemplo do <strong>que</strong> caci<strong>que</strong>sdo PSDB defenderam depoisda derrota de José Serra (PSDB)na eleição municipal,a pauta do encontro seráa renovação do partido.A marca CFP ® pertence ao FinancialPlanning Standards Board Ltd. para usofora do território norte-americano. No <strong>Brasil</strong>, entidade autorizada pelo FPSB para ●O DEM mato-grossense➤iniciou discreta articulação<strong>que</strong> vai dar o <strong>que</strong> falar:interlocutores do partidosonham em convencer o ministroGilmar Mendes, do SupremoTribunal Federal, a entrar nadisputa pelo governo do MatoGrosso em 2014. A sugestão é<strong>que</strong> Gilmar Mendes renuncie aomandato no STF às vésperas doperíodo de desincompatibilização,e assuma a candidatura comapoio do DEM, PMDB, PSDB ecom a possibilidade de atrairoutros partidos, como o PDT.“Se ele aceitar, será um nomede consenso entre as forçaspolíticas de Mato Grosso.Com o fim do mandato doatual governador abre-se umbo<strong>que</strong>irão enorme para umnovo <strong>projeto</strong> político em MatoGrosso”, <strong>diz</strong> um dos entusiastasda ideia, o deputado (DEM-MT)e ex-governador Júlio Campos.➔Colaboraram VasconceloQuadros e Marcel FrotaA presente Instituição aderiu ao CódigoANBIMA de Regulação e Melhores Práticaspara a Atividade de Private Banking noMercado Doméstico.Ser cliente Banco do <strong>Brasil</strong>Private é poder contar coma expertise e a capacitaçãointernacional deprofissionais CFP.Patricia Calori, CFP ®Gerente PrivateBanco do <strong>Brasil</strong> Private.Bom para você<strong>que</strong> é único.


12 <strong>Brasil</strong> Econômico Sexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012INOVAÇÃO & TECNOLOGIAEditor executivo: Gabriel de Salesgsales@brasileconomico.com.brProfCerto usa a internet paramelhorar ensino de idiomasIdealizadores da plataforma esperam atender à demanda dos cursos cadastrando professores na redeCarolina Marcelinocmarcelino@brasileconomico.com.brO mercado de idiomas estáa<strong>que</strong>cido. No último ano, cresceu11% e a expectativa é <strong>que</strong> alcanceo mesmo percentual nesteano. De olho nisso e nos estrangeiros<strong>que</strong> devem desembarcarno <strong>Brasil</strong> nos próximosanos, foi lançado na internet oProfCerto, ferramenta cujo objetivoé criar um banco de dadoscom professores <strong>que</strong> estejam àprocura de emprego.Semelhante ao conceito daCatho e Infojobs, o ProfCertofuncionará como uma plataformamultilateral. Ou seja, é precisoter o profissional e os interessadosem seus serviços.Uma das empreendedoras do<strong>projeto</strong>, Rosangela Souza explica<strong>que</strong> a ideia surgiu após a identificaremuma <strong>que</strong>da no númerode profissionais qualificadosdisponíveis no mercado. “Como aumento das escolas de idiomase suas franquias, o númerode professores bons e disponíveisdiminuiu”, desabafa. Foi aí<strong>que</strong> ela e sua sócia na empresa“Cia de Idiomas” tiveram aideia deste <strong>projeto</strong>. Elas entãose juntaram a dois outros doissócios, empresários do ramo decomunicação e publicidade, paralançar o ProfCerto.Lançada em outubro, a ferramentaestá disponível em umprimeiro momento apenas paraos candidatos, <strong>que</strong> podem se inscrevergratuitamente. Na primeiraetapa, eles preenchem um cadastro,respondem a um teste escrito,depois um teste psicológicoe por último gravam um vídeorespondendo 30 perguntasNo último ano, omercado de idiomascresceu 11% e aexpectativa é <strong>que</strong>alcance o mesmopercentual em 2012Empresária Rosangela Souza sentiu falta de bons profissionais disponíveis no mercado para lidar com estudantes de todas as idadesFotos: divulgaçãona língua em <strong>que</strong> dominam.O ProfCerto espera reunir atéo fim do ano pelo menos 5 milcadastros no seu banco de dados.Serão aceitos professoresde inglês, espanhol, francês, alemão,russo, mandarim e português.“Os professores já estãosendo convidados a preencherum cadastro e a realizar teste escrito,pedagógico e comportamental,além de convidar colegasa postar referências e aindapostar um vídeo falando o idioma<strong>que</strong> ensina. Tudo de graça.Depois, é só esperar pelas ofertasde trabalho de escolas deidiomas e/ou alunos particulares”,afirma a empresária.A receita da nova empresa viráda demanda dos alunos particularese das escolas interessadas.Para acessar os testes doscandidatos, os interessados terãode pagar. “Vai funcionar comouma espécie de crédito. Porexemplo, você compra R$ 100de crédito e ele vai acabandoconforme você for visualizandoos perfis dos candidatos”, acrescenta.O valor médio para compraré de R$ 25.“Um dos diferenciais do ProfCertoé <strong>que</strong> ele otimiza o tempodo recrutador, minimiza os investimentoscom recrutamento e seleção(análise de currículos, testese entrevistas) e ainda contribuiconsideravelmente para umacontratação acertada, ou seja,mais alinhada com as necessidadese expectativas do contratante.Além disso, foi possível subsidiara participação do professor,deixando o serviço grátis paraele. Com isso, conseguimos atrairmilhares de professores e, conse<strong>que</strong>ntemente,também atrair milharesde escolas e alunos <strong>que</strong> <strong>que</strong>remcontratar professores particulares”,explica Rosangela. ■<strong>Brasil</strong> Mais TI faz curso de introdução à tecnologiaMais de 10 mil alunos já estãoinscritos na capacitação on-linede <strong>projeto</strong> <strong>que</strong> tem apoio do MECO <strong>projeto</strong> <strong>Brasil</strong> Mais TI oferecevagas gratuitas em cursos on-linede introdução à Tecnologiada Informação (TI) para jovensa partir de 16 anos. São novecursos livres com o objetivo deoferecer profissionalização emTI, como Aplicativos BrOffice,Programação de Páginas Web eSistemas de Conectividade. Asvagas são ilimitadas e não háprocesso seletivo para participaçãonos cursos.Com início em Setembro de2012, o <strong>projeto</strong> já possui maisde 10 mil alunos cadastradosnos cursos livres em todos os estados,principalmente na regiãoSudeste. Os principais cursosacessados pelos estudantessão Programação de PáginasWeb, Arquitetura de Computadores,Aplicativos BrOffice eSistemas Operacionais.“Desenvolvemos o <strong>projeto</strong>com o objetivo de despertar talentosem tecnologia, pois o setorenfrenta carência de profissionaisqualificados. Oferecemosaos estudantes cursos livresem TI para <strong>que</strong> eles se familiarizemcom o setor e possamutilizar conhecimentos de informáticaem outras atividades cotidianas”,afirma Sergio Sgobbi,Diretor de Educação e RecursosHumanos da Brasscom.Para os estudantes e profissionaiscom conhecimentos préviosem TI, o <strong>projeto</strong> oferececursos de programação em JA-VA, .NET e Cobol.O <strong>projeto</strong> conta ainda comum Portal de Vagas gratuito,em <strong>que</strong> os candidatos podem divulgarcurrículos e se concorrera mais de 70 vagas <strong>que</strong> já estãosendo ofertadas. Qual<strong>que</strong>rempresa de TI pode cadastrarsuas vagas gratuitamente e pesquisarcandidatos entre os maisde 5 mil currículos cadastradosno <strong>Brasil</strong> Mais TI.O <strong>Brasil</strong> Mais TI é uma iniciativada Associação <strong>Brasil</strong>eira dasEmpresas de Tecnologia da Informaçãoe Comunicação (Brasscom),financiada pelo Ministérioda Ciência, Tecnologia e Inovação(MCTI) e apoiada pelo Ministérioda Educação (MEC). ■ C.M.


Sexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012 <strong>Brasil</strong> Econômico 13SÉRGIO FALSARELLA JR.Sócio-fundador da SER, empresa especializadaem soluções para Human Capital ManagementO papel da TI para a retenção de talentos na era do pleno empregoO <strong>Brasil</strong> tem muitos motivospara comemorar por ter alcançadoo marco histórico de 6%ou menos de desemprego emrelação à população economicamenteativa, o chamado“Pleno Emprego”. Essa estatísticasignifica <strong>que</strong> uma parcelacada vez maior da populaçãobrasileira tem poder de consumo,o <strong>que</strong> movimenta a economiae gera crescimento. Maisdo <strong>que</strong> isso, é uma prova de<strong>que</strong> a economia brasileira mantém-seforte, mesmo em ummomento de crise econômicamundial.Já para os profissionais e departamentosde Recursos Humanosdas empresas, o cenáriode pleno emprego se tornauma realidade preocupante peladificuldade em encontrarmão de obra qualificada epreencher suas vagas.Se há dez anos as grandescorporações conviviam naturalmentecom um turnoverA verdade é <strong>que</strong>,a partir do momentoem <strong>que</strong> a empresase torna grandea ponto de osdiretores nãoconhecerem maistodas as pessoaspelo nome, ficacada vez mais difícilgerir o capitalhumano semtecnologia<strong>que</strong> atingia 30% ou 40% aoano (algumas chegavam a trocaraté 90% de seus quadrosde funcionários) por existirmão de obra abundante parasuprir essa troca, hoje em diacontratar profissionais <strong>que</strong> efetivamenteresolvam o problemadas empresas não é só umadificuldade, mas também umgargalo para o crescimento. Algumasempresas vêm rebaixandoos requisitos de contratação,e ao invés de exigir formaçãofundamental, estãoaceitando profissionais <strong>que</strong>não foram além do 5º ou 6ºanos completos.Para dificultar ainda mais ocenário, alguns setores da atividadeeconômica vivem uma explosãode abertura de vagas. Ode tecnologia da informação,por exemplo, encerrará o anode 2012 com aproximadamente70 mil vagas não preenchidasem todo o país.As áreas de Mineração, Petróleoe Gás também são muitopromissoras e a estimativa éde <strong>que</strong> 400 mil posições de trabalhosejam abertas nos próximostrês anos.É por isso <strong>que</strong> as palavras deordem dentro dos departamentosde RH atualmente são reter,reter e reter. Ainda maisquando estamos falando dosprincipais talentos, <strong>que</strong> fazema diferença no resultado da empresa.E é por isso também <strong>que</strong>as empresas estão investindocada vez mais em processos paragerir seu capital humano,com o objetivo de conhecermelhor seus colaboradores, saber<strong>que</strong>m são seus principaistalentos e mantê-los concentradospara trazer os melhoresresultados possíveis.Diante desse cenário, a tecnologiada informação para agestão do Capital Humano, aschamadas soluções de HumanCapital Management, nunca foramtão importantes. Mais do<strong>que</strong> garantir <strong>que</strong> a empresa tenhaas informações históricasde cada funcionário à mão, elaauxilia o gestor de RecursosHumanos em duas tarefas difíceis,porém vitais para a empresa:saber <strong>que</strong>m são os talentos<strong>que</strong> devem ser retidos eprover ferramentas de gestãoà liderança.A verdade é <strong>que</strong>, a partir domomento em <strong>que</strong> a empresa setorna grande a ponto de os diretoresnão conhecerem mais todasas pessoas pelo nome, ficacada vez mais difícil gerir o capitalhumano sem tecnologia.As soluções modernas permitemum nível de conhecimentotão grande <strong>sobre</strong> as equipes eas pessoas, <strong>que</strong> possibilita à liderançaretirar de seus lideradoso melhor resultado.No fim das contas, são essaslideranças <strong>que</strong> identificarão<strong>que</strong>m são os talentos <strong>que</strong> deveme merecem ser valorizados,desenvolvidos e sucederãoas lideranças atuais no futuro,garantindo ao departamento deRH de uma grande empresa seuprincipal papel, ou seja, o decriar políticas e modelos de gestãode pessoas para <strong>que</strong> as empresasconsigam realizar sua estratégiacorporativa. ■


14 <strong>Brasil</strong> Econômico Sexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012EMPRESASEditora executiva: Jiane Carvalho jcarvalho@brasileconomico.com.brSubeditoras: Rachel Cardoso rcardoso@brasileconomico.com.brPatrícia Nakamura pnakamura@brasileconomico.com.brMMX vai investir R$ 2 bi emSerra Azul no ano <strong>que</strong> vemMina receberá maior parte dos investimentos, de R$ 4,8 bilhões, em 2013 para iniciar as operações em 2014Ana Paula Machadoamachado@brasileconomico.com.brA mina de Serra Azul, da MMX,em Minas Gerais será prioridadeda companhia no próximoano. A empresa deverá investirno <strong>projeto</strong> cerca de R$ 2 bilhõespara por a mina em operação. Aexpectativa é <strong>que</strong> a extração deminério comece em 2014.“Este ano, já investimos R$ 400milhões nesse <strong>projeto</strong>, <strong>que</strong> estáseguindo o cronograma”, disseo presidente e diretor de relaçõescom investidores, GuilhermeEscalhão.Segundo ele, a companhiaaguarda a liberação da linha definanciamento do Banco Nacionalde Desenvolvimento Econômicoe Social (BNDES) para depoisbuscar recursos em instituiçõesfinanceiras internacionais.O valor total do investimentoda companhia será de R$ 4,8 bilhões.No início deste mês, o<strong>projeto</strong> foi enquadrado no BN-DES e a liberação de recursos deveocorrer até julho de 2013.EM RECUPERAÇÃO“Vamos em busca de linhasde crédito de instituições europeiase asiáticas. Mas grandeparte do <strong>projeto</strong> será financiadovia BNDES”, disse Escalhão.A mina de Serra Azul terá capacidadede produção de 29 milhõesde toneladas de minériode ferro por ano. A previsão é<strong>que</strong> a nova planta de beneficiamentoesteja em operação em2014. A usina será a primeira do<strong>Brasil</strong> com capacidade para beneficiar,em larga escala, itabiritocompacto, material rochosoabundante na região. Para o escoamentoda produção, a novaplanta de beneficiamento de minériode ferro contará com minerodutode aproximadamente7 quilômetros de extensão interligandoa mina ao terminal ferroviárioda MMX Sudeste Mineração,a ser construído ao ladoda ferrovia da MRS Logística. O<strong>projeto</strong> ainda contempla a construçãode adutoras e estruturapara transmissão de energia.“Os equipamentos já foramcomprados e no ano <strong>que</strong> vemDesempenho da MMX no terceiro trimestre deste anoPRODUÇÃOVENDASPREJUÍZO LÍQUIDORECEITAFonte: empresa3º TRI/2012 3º TRI/20112,2 MILHÕES DE TONELADAS1,9 MILHÃOR$ 112,1 MILHÕESR$ 245 MILHÕES2 MILHÕES DE TONELADAS2,11 MILHÕES DE TONELADASR$ 305,7 MILHÕESR$ 273 MILHÕESvamos começar as obras civisna mina. Por isso, acredito <strong>que</strong>2013 será o ano em <strong>que</strong> desembolsaremosa maior parte dosinvestimentos”, afirmou o executivo.Antes da mina entrar em operação,a MMX conclui as obrasdo Superporto do Sudeste, emItaguaí, no Rio de Janeiro. Lá aempresa terá capacidade paramovimentar 50 milhões de toneladaspor ano. Segundo Escalhão,a companhia já recebeuos equipamentos para o pátioferroviário, como os viradoresde vagão. Além disso, a infraestruturapara a instalação do sistemade correias transportadorastambém está em fase deconclusão.“2013 é o ano de entrada emoperação do Porto. Em dois outrês anos, teremos a capacidadeinstalada com a produção da Minade Serra Azul, o contratocom a Usiminas e a Mina de Paude Vinho, <strong>que</strong> também é da Usiminas.Mas, até a entrada emoperação desses <strong>projeto</strong>s haverájanelas <strong>que</strong> poderão serpreenchidas com contratos deexportação de minério de outrascompanhias”, comentou oexecutivo.Segundo ele, a Mina de SerraAzul será responsável pela movimentaçãode 29 milhões de toneladaspor ano, a Usiminas 12milhões e a Mina de Pau Vinho,outros 7 milhões de toneladasde minério.Para este ano, Escalhão acredita<strong>que</strong> a companhia vai conseguiratingir as metas de produçãode minério de ferro. Segundoele, no terceiro trimestre aMMX recuperou as perdas apuradasnos trimestres anteriores.A produção da companhia foide foi de aproximadamente 2,2Murillo ConstantinoEscalhão: “Vamos em busca de financiamento externo em 2013”milhões de toneladas de minériode ferro, quantidade 13%mais alta na comparação com omesmo período do ano passado.A produção do Sistema Sudeste(Minas) foi de 1,7 milhão de toneladas,recorde da MMX. ■Greves afetam ganhos da Anglo GoldTerceira maior produtora deouro do mundo registrou lucrode US$ 235 milhõesCarlo CookeBloombergA Anglo Gold Ashanti, terceiramaior produtora de ouro do mundo,registrou lucro de US$ 235milhões no terceiro trimestre,uma <strong>que</strong>da de 6,2% em comparaçãocom o mesmo período doano passado. A paralisação defuncionários em jazidas na Áfricado Sul prejudicou o desempenhoda companhia. Em Gana, aempresa também teve problemasna produção.No <strong>Brasil</strong>, a companhia possuioperações nos estados de MinasGerais e Goiás.Greves de funcionários das jazidasde platina na África do Sulse disseminaram para as operaçõesde ouro, carvão e cromoem 10 de agosto, enfra<strong>que</strong>cendoa atividade mineral do país.O ministro das Finanças, PravinGordhan, cortou a previsão deaumento no Produto InternoBruto sul-africano de 2,7% para2,5% este ano. O preço do ouro,Alta de 2,5% nacotação do ourocompensouatrasos na produçãodas jazidassul-africanas<strong>que</strong> avançou 2,5% no trimestre,ajudou a conter as perdas.De acordo com a Anglo Gold,quase todas as jazidas voltaramao funcionamento normal em25 de setembro. Por conta dasparalisações, houve uma <strong>que</strong>dade 4% no volume total de produção.A Standard & Poor’s disseem relatório no dia 18 <strong>que</strong> poderácortar a classificação de riscoda companhia.A produtora de ouro, <strong>que</strong> temcomo principais concorrentes aBarrick Gold Corp. e a NewmontMining Corp., extrai umterço de sua produção na Áfricado Sul, onde tem 25 mil funcionários.No trimestre, a onçatroydo ouro (pouco mais de 35gramas) encerrou o trimestrevalendo US$ 1.653, levementeacima dos US$ 1.612 no trimestreanterior. Entre julho e setembro,a companhia produziu1,07 milhão de onças-troy deouro, uma <strong>que</strong>da de 1% em comparaçãocom o ano anterior. ■


Sexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012 <strong>Brasil</strong> Econômico 15Herb Swanson/BloombergALIMENTOSGreen Mountain lança máquina de expressoA companhia de café Green Mountain está lançando uma máquinade café expresso, a Keurig Rivo, <strong>que</strong> vaporiza leite fresco. Enquanto amáquina de expresso Verismo, da Starbucks, e a Tassimo, da Kraft Foods,utilizam leite em pó ou concentrado para produzir cafés especiais,a Keurig Rivo aceita leite fresco mantido no refrigerador. O preçoinicial da nova máquina da Green Moutain será de US$ 299,99. A GreenMoutain é fabricante das máquinas Keurig e da tecnologia K-Cup.Cosan focaem energiae logística ecresce 348%DivulgaçãoProduçãode açúcarsupera a doano anteriorCondições climáticas favoráveise mais empresas em atividadefavoreceram desempenhoReutersReutersLucro da companhia chegou aR$ 283 milhões no trimestre,fruto do plano de investimentosJuliana Ribeirojribeiro@brasileconomico.com.brMesmo em um momento em<strong>que</strong> o setor sucroenergético enfrentaos desafios de menor demanda,<strong>que</strong>da de preços e produçãoabaixo do esperado, a Cosanregistrou lucro líquido348,1% superior ao seu primeirotrimestre do atual ano safra efechou o período com R$ 283,2milhões. No mesmo período, areceita líquida da companhiacresceu 3,4% e ficou em R$ 7,03bilhões. Desse total, R$ 5,4 bilhõesforam faturados com asoperações da Raízen combustíveis.“Estamos satisfeitos com otrimestre, resultado dos esforçosda companhia em aperfeiçoaroperações, reduzir custos eaumentar a eficiência”, declarouMarcos Lutz, presidente dogrupo Cosan.O anúncio dos resultados dacompanhia foi feito três diasdepois de confirmada a conclusãodo processo de aquisiçãoda Comgás, depois <strong>que</strong> o Conselhode Administração e DefesaEconômica (Cade), aprovoua transação. “A aquisição dessacompanhia faz parte do trabalhode forçarmos nosso portfólioem energia e infraestrutura”,explicouLutz.Nesse sentido,oRESULTADOSexecutivolembrou<strong>que</strong> a venda de100% da CosanAlimentos,incluindoa marca União— cujo desempenhoaindaaparece nos resultadosdessetrimestre — nofinal de maio,com o grupoCamil foi parteDesempenho do grupo Cosan,em R$ bilhões876543210RECEITALÍQUIDALUCROLÍQUIDOda estratégiapara focar esforçosnos doissegmentos deatuação e já estáconcluída. Na ocasião, atransação rendeu R$ 454 milhõesà produtora de açúcar eálcool. “Não temos interessede nos desfazer de novos ativos,por<strong>que</strong> o portfólio já estáadequado à nossa estratégia”,explicou.Na parte de logística, a Rumocresceu 2% em receita noperíodo, saltando dos R$ 213,7milhões no mesmo período/safrado ano passado, para R$217,9 milhões. O resultado éreflexo, em parte, dos investimentosde R$ 1,4 bilhão <strong>que</strong> ogrupo vem fazendo em logísticae infraestrutura desde2010, com previsão de conclusãoem 2015.Em outubro, a companhiainaugurou em Itirapina (SP)um novo terminal para carregamentode açúcar, com capacidadepara movimentar 12 milhõesde toneladas do produtopor ano e investimentos da ordemde R$ 200 milhões.As operações da Radar, subsidiáriada companhia criadano final de 2008 para atuar nomapeamento e administraçãodas terras da empresa, tiveramcrescimento de 10,1% na receita,embora seu desempenhoainda não conste nos resultadosgerais da companhia.O volume saltou de R$ 19 milhõesno mesmo período de2011 para R$ 20,9 milhões no segundotrimestreda safra2012/13.2º Tri safra 11/122º Tri safra 12/136,8 7,0 0,63 0,280,68 0,72Fonte: empresaEBITIDAA participaçãosocietáriada Cosan no negócio,<strong>que</strong> temfundos de investimentoscomosócios, saltoude 18,9%para 37,7%.“Vemos a possibilidadede chegarpróximode 50%, masnão nos interessaum IPO”,disse MarceloMartins, CFO ediretor de Relaçõescom Investidores.■Marcos Lutz, da Cosan: mercado em 2013 será desafiadorRaízen se destacaem cenário difícilAções da Cosan chegarama valorizar 3,51% ao meio-diacom resultados positivosO desempenho da Raízen tantonas operações de combustíveisquanto na frente de geração deenergia se destacaram na somados resultados do grupo Cosan.Com a receita total no períodoquadruplicada, as ações dacompanhia estiveram entre as<strong>que</strong> mais subiram nesta quintafeira.Por volta das 12h11, minutosapós a conferência de resultados,os papeis subiam 3,51%,a R$ 39,85. No final, os papéisda Cosan fechou o pregão comganho de 2,26%, negociados aR$ 39,37.A companhia registrou crescimentode 4,8% nas vendas decombustíveis, no período, saltandode 5,3 bilhões de litros noano passado, para 5,5 bilhões delitros. A receita teve alta de10,1% e ficou em 10,9 bilhões.Questionado <strong>sobre</strong> o interesseem operações de aquisiçõesnos Estados Unidos - onde a Copersucaranunciou na segundafeira,o início de suas operaçõesa partir de compra da distribuidoraEco-Energy, Marcos Lutz,presidente da Cosan, afirmounão ter interesse em movimentosemelhante na<strong>que</strong>le mercado,já <strong>que</strong> as características nãocon<strong>diz</strong>em com a forma de atuaçãoe planos da companhia.Na frente de energia, o volumede cana-de-açúcar moídasaltou de 26,3 milhões de toneladaspara 27,3 milhões de toneladas.A produção de açúcar tevecrescimento mais tímido, de1%, saltando de 2,13 milhões detoneladas para 2,15 milhões detoneladas. “Isso significa <strong>que</strong> incrementamosna área plantada,mas o ATR — concentração deaçúcar na planta, ainda está emníveis baixos”, explicou Lutz.Segundo o executivo, a próximasafra deverá ter maior volumede cana para moagem,“mas o adicional será para compensara baixa produção de açúcar,o <strong>que</strong> deve manter o volumedo produto”. Ele acredita<strong>que</strong> a safra 2013/14 será difíciltanto para açúcar quanto parao álcool, com dificuldade derentabilidade. “Por isso estamosfocando na eficiência operacionale redução de custos, afim de minimizar os impactosdesse cenário”. ■ J.R.A produção de açúcar do Centro-suldo <strong>Brasil</strong> atingiu 29,34milhões de toneladas até 1º denovembro, superando pela primeiravez neste ano o volumeproduzido na mesma época dociclo anterior, com alta de0,13%, mostraram dados daUnião da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).“Além das condições climáticasfavoráveis à colheita, a moagemverificada nos últimos 15dias de outubro foi favorecidatambém pelo maior número deempresas em operação relativamentea igual período de 2011”,informou a Unica.Levantamento da Unica indica<strong>que</strong> até o final de outubrodeste ano apenas 19 usinas haviamencerrado a safra, contra97 unidades até a mesma datado ano anterior.Já a produção deetanol no acumuladoda safra até 1º denovembro recuou4,65%, para 18,24bilhões de litrosChuvas atípicas entre no iníciodesta temporada atrasaramo início da safra nesta temporada,com a Unica apontandouma <strong>que</strong>da de 40 na moagem decana em 30 de abril, primeiromês do ciclo, na comparaçãocom o ciclo anterior.Salto na quinzenaNa segunda quinzena de outubro,a produção de açúcar teveum salto de 73, somando 2,55milhões de toneladas. A moagemno período avançou 56,5,para 36,2 milhões de toneladas,ante igual intervalo de2011. No acumulado do ano,no entanto, a moagem aindaapresentou pe<strong>que</strong>na retraçãode 1, somando 455,5 milhõesde toneladas.Já a produção de etanol noacumulado da safra até 1º de novembro,recuou 4,65%, para18,24 bilhões de litros. Na quinzena,a produção total de etanolavançou 54,5%. ■


16 <strong>Brasil</strong> Econômico Sexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012EMPRESASReproduçãoTURISMODecolar.com lança site para aluguel de carrosA Decolar.com anunciou ontem o lançamento de um novo serviço,a plataforma Carros. Pela nova área do site é possível <strong>que</strong>os usuários pesquisem preços e realizem reservas em algumas dasmaiores locadoras de carros de todo o mundo, como Avis, Budget,Hertz e Unidas. Na página da Decolar.com, há opções de locaçãotanto para viagens nacionais como para internacionais,com carros disponíveis nos maiores aeroportos do mundo.Braskem deveinvestir commaior cauteladurante 2013Murillo ConstantinoMesmo com melhora no câmbio e maiorparticipação no mercado, prejuízo noterceiro trimestre foi de R$ 124 milhõesGabriel Ferreiragferreira@brasileconomico.com.brA Braskem, maior petroquímicadas Américas, apresentouprejuízo de R$ 124 milhões noterceiro trimestre deste ano.Apesar de negativo, o número émelhor do <strong>que</strong> o resultado obtidono trimestre anterior, quandoo prejuízo da companhia foide R$ 1 bilhão, mesmo valor registradono terceiro trimestrede 2011. “Os prejuízos estãomuito ligados à <strong>que</strong>stão cambial,já <strong>que</strong> nosso endividamentoé em dólar. Por isso, apesarda melhora da situação, não temoscondições de <strong>diz</strong>er se vamosapresentar lucro no próximoperíodo”, <strong>diz</strong> Carlos Fadigas,presidente da companhia.Além das <strong>que</strong>stões cambiais,contribuiu para a redução noprejuízo da Braskem o aumentoda demanda interna por resinas,combinado com um crescimentoda participação da fabricanteno mercado interno. “Gostaria<strong>que</strong> o aumento da demandafosse um sinal de a<strong>que</strong>cimentodo mercado, mas na verdadeisso é um fator sazonal”, <strong>diz</strong> Fadigas.O mercado brasileiro deresinas no terceiro trimestreREAÇÕES QUÍMICASOs resultados trimestraisda BraskemRECEITAS, EM R$ BILHÕES3º TRI/20114º TRI/20111º TRI/20122º TRI/20123º TRI/2012LUCRO, EM R$ BILHÃO3º TRI/20114º TRI/20111º TRI/20122º TRI/20123º TRI/2012Fonte: empresa10,310,39,810,811,20 2 4 6 8 10 12-1,0-0,2-1,0-0,11,5-1,5 3,0DIVISÃO DOS NEGÓCIOS, NO 3º TRI/2012MERCADO DOMÉSTICOEXPORTAÇÕES22%NEGÓCIOS INTERNACIONAIS 14%REVENDA 5%0 10 20 30 40 50 6059%Fadigas, da Braskem: governo precisa estudar medidas de estímulo para setor voltar a investir no paísdeste ano chegou a 1,3 milhãode toneladas, um crescimentode 18% em comparação com oregistrado no trimestre anteriore de apenas 1% em relação aomesmo período de 2011.A participação da Braskemno mercado brasileiro de resinasno trimestre foi de 70%, umaumento de 5 pontos percentuaisna comparação com o <strong>que</strong>registrava no terceiro trimestrede 2011. “Temos feito um esforçopara aumentar o market share,mas ainda é muito cedo parafalarmos qual será nosso limite”,afirma o executivo. As vendaspara o mercado domésticorepresentam 59% dos negóciosda Braskem. Com o crescimentoda participação da Braskemno mercado nacional, a empresaconseguiu aumentar a receitabruta para R$ 11,2 bilhões,um crescimento de 8% na comparaçãocom o terceiro trimestrede 2011.Para o próximo ano, o executivoprevê um cenário macroeconômicoum pouco mais tranquilo,com estabilização da economiaamericana e um início de soluçãopara a crise da dívida europeia.“Vou me permitir ser umpouco otimista.”Mesmo com essa perspectiva,ele acredita <strong>que</strong> plano de investimentospara o próximoano, <strong>que</strong> ainda está em estudopela direção da Braskem deveser mais conservador do <strong>que</strong> orealizado em 2012. “Tudo indica<strong>que</strong> os investimentos serãomais cautelosos do <strong>que</strong> os desteano”, <strong>diz</strong>. Até o fim do terceirotrimestre, a Braskem investiuR$ 1,4 bilhão. A previsão é <strong>que</strong>até o fim do ano sejam investidosmais R$ 300 milhões, deacordo com o planejamento traçadono início de 2012.Para 2013, boa parte dos investimentosdeve ser concentradano <strong>projeto</strong> de construção deuma nova planta da Braskem noMéxico. “O <strong>projeto</strong> está em fasede conclusão dos contratos, <strong>que</strong>devem ser assinados dentro depoucas semanas”, afirma MarcelaDrehmer, vice-presidente definanças da companhia.Ajuda do governoPara <strong>que</strong> o setor petroquímicovolte a intensificar os investimentosno <strong>Brasil</strong>, Fadigas acredita<strong>que</strong> é importante <strong>que</strong> hajaincentivo do governo. “Representamoso terceiro maior PIBindustrial do país. Somos um setortão importante quanto outros<strong>que</strong> costumam ser beneficiadospelas medidas de estímulodo governo”, <strong>diz</strong>. As propostasdo setor, agrupado em umplano apresentado no primeirosemestre deste ano, têm comoeixos fundamentais as desoneraçõesdas matérias-primas edos investimentos e o estímuloà inovação. ■WTorre formaliza parceriaMurillo ConstantinoConstrutora vai investirem complexos logísticoscom a australiana GoodmanO grupo australiano Goodman ea WTorre firmaram ontem umajoint venture, <strong>que</strong> se chamaráWTGoodman, com objetivo deinvestir em complexos logísticose industriais.Pelo acordo, a WTorre contribuirácom empreendimentosjá existentes e a Goodmanaportará recursos para o desenvolvimentodos <strong>projeto</strong>s, incluindoas obras de infraestruturae construção até o valor deUS$ 177,5 milhões australianos(R$ 341 milhões).A joint venture buscará desenvolver<strong>projeto</strong>s logísticos eindustriais de primeira linha econtribuir para <strong>que</strong> esses empreendimentosse tornem partede uma parceira de investimentopatrocinada por investidoresglobais de private equity.O portfólio de lançamento incluiCajamar e Itupeva, em SãoPaulo; e o International BusinessPark (IBP) e Nova Índia,no Rio de Janeiro.O Conselho da nova empresaserá composto por quatro representantes,sendo dois da WTorre,Paulo Remy e Walter TorreJunior, e dois da Goodman, GregoryGoodman e Danny Peeters.Cesar Nasser foi nomeadoo diretor presidente da WTGoodman.O Banco BTG Pactualatuou como assessor financeiroexclusivo da WTorre e seus acionistascontroladores nesta transação.■ RedaçãoWalter Torre: <strong>projeto</strong>s logísticos no Rio de Janeiro e São Paulo


Sexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012 <strong>Brasil</strong> Econômico 17Mario Anzuoni/ReutersTECNOLOGIASony produzirá PlayStation 3 no <strong>Brasil</strong>O presidente da Sony no <strong>Brasil</strong>, Osamu Miura, confirmou <strong>que</strong> aempresa pretende iniciar a produção do PlayStation 3 naZona Franca de Manaus no primeiro semestre de 2013. A Sony <strong>Brasil</strong>tem intenção de investir cerca de R$ 100 milhões para produziro produto no <strong>Brasil</strong>. O <strong>projeto</strong> foi aprovado no último dia 17 de outubropela Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus).O PlayStation 3 no <strong>Brasil</strong> custa hoje cerca de R$ 1.399.Positivo tem receitatrimestral 8% maiorDaniel Acker/BloombergFabricante de equipamentos deinformática produziu 619,6 milunidades entre julho e setembroRedaçãoredacao@brasileconomico.com.brA Positivo Informática informouontem <strong>que</strong> registrou lucrolíquido de R$ 5,5 milhões no terceirotrimestre de2012, valor 73,9%superior ao ganhode R$ 3,2 milhõesvisto um ano antes.Em seu demonstrativofinanceiro, acompanhia esclarece<strong>que</strong> os númerosreferentes às contasde receita líquida, lucro e aoEbitda foram ajustados nestedocumento.A estas contas foi somada aparcela referente à subvençãopara investimentos <strong>que</strong> foi contabilizadacomo passivo circulantee <strong>que</strong> será reconhecidano resultado à medida <strong>que</strong> os investimentosobrigatórios empesquisa e desenvolvimento sejamamortizados.“O intuito desse ajuste é comunicarao investidor como seriamos resultados considerandoa totalidade da subvenção parainvestimentos incorrida noperíodo”, pondera a Positivo.O lucro antes de juros, impostos,depreciação e amortização(no conceito Ebitda, na siglaem inglês) foi de R$ 21,8 milhões,o <strong>que</strong> representa uma<strong>que</strong>da de 12,1% em relação aoterceiro trimestre de 2011.Receita em altaJá a receita líquida cresceu 8%na base de comparação anual,para R$ 528,3 milhões.No trimestre, as vendas decomputadores totalizaram 619,6mil unidades, caracterizandouma <strong>que</strong>da de 11,3% frente aoperíodo entre julho e setembroNo trimestre,a companhiaproduziu 491,8mil notebookse 127,7 mildesktopsde 2011. Do total, foram vendidos127,7 mil desktops e 491,8mil notebooks, representando79,4% das vendas.“A evolução da representatividadedos portáteis no mix éresultado da entrega de maiorquantidade de laptops educacionaispara um <strong>projeto</strong> de governo,bem como da crescentepreferência pelamobilidade por partedos consumidoresfinais” <strong>diz</strong> a empresa.O preço médiodos computadores,diminuiu 5,5%ante o terceiro trimestrede 2011, paraR$ 893,90.ParceriaA Estácio Participações e a PositivoInformática firmaram,no mês passado, uma parceriapara ofertar tablets aos alunosda instituição.A expectativa da Estácio,uma dos maiores conglomeradosde ensino superior do país,é entregar quase 8,5 mil tabletsPositivo modelo Ypy 10 para osestudantes, economizandoanualmente seis milhões de páginasde papel.O produto da Positivo utilizao sistema operacional Android3.2 customizado para o português.Além disso, conteúdos exclusivospara atender aos alunosda Estácio, como a Lousa Digitale a Loja Estácio. Segundo aempresa, entre os recursos oferecidospelo tablet está o acessoa todos os livros do material didáticodo semestre, bibliotecavirtual da Estácio, simulados eplanos de aula. ■DivulgaçãoLinha de produção da Positivo: parceria com Estácio para tabletsLoescher, da Siemens: ”sabemos o <strong>que</strong> temos <strong>que</strong> fazer e faremos”Siemens planejaeconomizar ¤ 6biEstratégia, para readequarsuas finanças, inclui vendade unidades pouco rentáveisMaria SheahanReutersA Siemens pretende economizar¤ 6 bilhões (aproximadamenteUS$ 7,7 bilhões) até o finaldo ano fiscal de 2014, valorsuperior ao esperado, em umaestratégia de esforço do conglomeradoalemão de engenhariapara se manter competitivoem meio auma economia globalfraca.A empresa, umadas mais valiosas daAlemanha e consideradaum termômetroindustrial dopaís, tem estadosob pressão para cortar custos ese concentrar em suas divisõesmais rentáveis, ao passo <strong>que</strong> aeconomia global leva mais tempopara se recuperar do <strong>que</strong> o esperado,particularmente no continenteeuropeu. os esforços daUnião Europeia para reativar aeconomia têm dado resultadosinsatisfatórios.Lucro daempresa caiuafetado, emparte, porperdas competróleo no IrãAnalistas esperavam <strong>que</strong> aempresa cortasse entre ¤ 2bilhõese ¤ 4 bilhões em custos aolongo dos próximos dois anos.A Siemens não disse aindaquantos empregos podem sereliminados como parte do planode se reestruturar.“Sabemos o <strong>que</strong> temos <strong>que</strong>fazer e estamos fazendo”, disseo presidente-executivo, PeterLoescher, em comunicado divulgadonesta quinta-feira.No quarto trimestre fiscal dacompanhia, o lucrolíquido de operaçõescontínuas caiu2%, para ¤ 1,48 bilhão,afetado emparte por impactode ¤ 327 milhõesem negócios de petróleoe gás no Irã,devido a novas sançõesimpostas ao país.Apesar disso, o resultadoveio acima da previsão em médiade analistas, de ¤ 1,34 bilhão,em parte por<strong>que</strong> as unidadesde energia solar deficitáriascolocadas à venda no finaldo trimestre foram registradascomo “operações descontinuadas”.■Receita doméstica da Portugal Telecom cai 6,7% atingida por recessãoApesar da piora, receita daempresa, de ¤ 692 milhões,ficou acima das previsõesFelipe AlvesReutersA Portugal Telecom(PT) teve<strong>que</strong>da de 6,7% na receita emseu mercado doméstico no terceirotrimestre, atingida pelaprofunda recessão no país. Apesardisso, o faturamento ficouacima de estimativas divulgadaspor analistas, graças ao bomdesempenho de serviço de TVpor assinatura.As receitas da Portugal Telecomem Portugal, entre julho esetembro deste ano , somaram¤ 692 milhões, resultado acimada previsão em média de ¤ 678milhões feita por nove analistasconsultados pela Reuters.“Este desempenho refletiu adiminuição das receitas nos segmentospessoal e de empresas,em um contexto econômico difícile em deterioração, efeitos<strong>que</strong> mais <strong>que</strong> compensaram oaumento de 4,1%no segmentoresidencial”, informou comunicadoda companhia.Já o lucro antes de juros, impostos,depreciação e amortização(Ebitda, na sigla em inglês)ficou em ¤ 300,9 milhões de euros,o <strong>que</strong> representa uma <strong>que</strong>dade 8,8% na comparaçãoanual, mas ligeiramente acimados ¤ 300 milhões previstos poranalistas.Diferente do inicialmenteprevisto, a Portugal Telecomvai divulgar os resultados consolidadosdo terceiro trimestreapenas no dia 30 de novembro,depois da publicação dos númerosda Oi, marcados para 13 denovembro. ■


18 <strong>Brasil</strong> Econômico Sexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012EMPRESASDivulgaçãoINDÚSTRIASKF investe R$ 9,2 mi em rolamentosA SKF do <strong>Brasil</strong> inaugurou sua primeira linha de produçãode rolamentos voltados para o segmento de veículos pesados.A nova linha de produção, instalada na cidade paulista de Cajamar,terá capacidade de produzir 1,8 milhão de rolamentos por ano paraatender a demanda dos mercados interno e externo. A perspectiva é <strong>que</strong>em 2013, 60% dessa capacidade já seja atingida. Foram necessáriosinvestimentos de R$ 9,2 milhões para a concretização do plano.BSH International vai gerir<strong>projeto</strong> hoteleiro em SuapeEmpresa foicontratada pelaQueiroz Galvão,<strong>que</strong> desenvolvezona de serviçosChico Ludermir/DivulgaçãoLucro daIochpe no3º trimestrecai 68,5%Companhia sofre os impactos da<strong>que</strong>da de produção de veículoscomerciais no <strong>Brasil</strong> e na EuropaRedaçãoredacao@brasileconomico.com.brRegiane de Oliveiraroliveira@brasileconomico.com.brComplexo Industrial de Suape: desenvolvimentocom foco nas demandas previstas para 2030PLANO DIRETOR DO CENTROEMPRESARIAL RIAL DE SUAPEMapa da primeira etapa do <strong>projeto</strong>PERNAMBUCOLOCALRECIFEÁrea empresarialÁREA TOTAL25.440 m2Área empresarial,hotelaria e shoppingAdministraçãoÁREA TOTAL11.500 m2ÁREA TOTAL47.275 m2A BSH International foi contratadapela Queiroz Galvão DesenvolvimentoImobiliário paradesenvolver, selecionar ooperador hoteleiro e administraro investimento do primeirohotel do Complexo IndustrialPortuário de Suape, <strong>que</strong> seráconstruído na Zona Centralde Serviços (ZCS), cujo lançamentofoi feito em maio. O hotelde Suape terá cerca de 250quartos e será desenvolvido noformato de condo-hotel, ondeos apartamentos são vendidospara investidores privados.Com estimativa de entregapara 2014, o hotel é parte integrantede um polo de serviços<strong>que</strong> está sendo construído emSuape, próximo à região de Ipojuca(PE). O foco é atender à demandade negócios do porto etambém os municípios vizinhos.“Há cerca de R$ 40 bilhõessendo investidos em váriasempresas diferentes emPernambuco e o melhor restauranteda região de Suape ficaem um posto de gasolina”, lembraJosé Ernesto Marino, fundadorda BSH International, <strong>que</strong>,inclusive, vai participar do <strong>projeto</strong>como investidor.Os aportes para a construçãodo hotel ainda não foram divulgados,mas, segundo informaçõesda Secretaria de DesenvolvimentoEconômico de Pernambuco,a primeira etapa deconstrução do centro administrativo,tem um valor contratualde R$ 34 milhões.A secretaria informou ainda<strong>que</strong> o investimento será feitopela Queiroz Galvão, uma vez<strong>que</strong> a licitação foi realizada emformato de permuta: a troca daárea pela construção do novoedifício da administração, chamadoEdifício Suape, <strong>que</strong> estásendo implantado em uma áreade 22,8 mil metros quadrados,onde hoje encontra-se o helipontoda região portuária. Oedifício terá 11 andares, alémdo um heliponto.Além do Edifício Suape e dohotel, a ZCS também terá bancos,escritórios, estabelecimentoscomerciais, centros educacionaise de saúde. “Para atenderessa demanda, o hotel teráum centro de eventos e tambémum restaurante”, afirmaMarino. Todos estes investimentosestão vislumbrando ademanda do porto para 2030,conforme o Plano Diretor.Mesmo com a antecipação, o<strong>projeto</strong> mais parece correr contrao tempo. “O número de pessoas<strong>que</strong> vai todos os dias à Suapeé tão grande, <strong>que</strong> a distânciade 25km de Recife, demoraduas horas para ser concluída”,conta o empresário.Segundo dados da secretariade desenvolvimento, a Zona Centralde Serviçospossui área totalde 350 hectares e seudesenvolvimento será feito emvárias fases. Na primeira fase, emuma área de 14,4 hectares empermuta, será construído todosos empreendimentos para suporteao setor empresarial, com seistorres de escritórios, um shopping,praças de alimentação eum hotel. Está prevista, ainda, aconstrução de 822 vagas de estacionamento.Aprimeira etapa deveser construída até 2020.A região de Ipojuca, próximoà Suape, está recebendo mais deR$ 5 bilhões em investimentospara a construção de um bairroplanejado, feito em parceria entrea Queiroz Galvão DesenvolvimentoImobiliário e a Cyrela BrazilRealty. Nos próximos dezanos, o bairro deve ter uma circulaçãode 50 mil habitantes. ■A Iochpe-Maxion, companhiados setores automotivo e ferroviário,reportou lucro líquidode R$ 20,76 milhões no terceirotrimestre de 2012, o <strong>que</strong> representauma <strong>que</strong>da de 68,5% frenteaos R$ 65,831 milhões obtidosem igual período do ano passado.No acumulado de janeiroa setembro, o lucro da empresarecuou 82,7%, para R$ 30,938milhões.Para ajudar a entender os fatores<strong>que</strong> levaram a esse tombo, acompanhia informou em seu demonstrativofinanceiro <strong>que</strong> aprodução de veículos comerciais,no acumulado do ano, recuou34,7% no <strong>Brasil</strong>, e 8,8%na Europa, ainda <strong>que</strong> seja compensadapelo aumento de17,9% nos países da Nafta.Entre os comerciais leves, nopaís, a <strong>que</strong>da é de 3%, e na Europa,de 6,2%. Já na Nafta há umcrescimento de 19%.Já entre no mercado brasileirode equipamentos ferroviários,segundo estimativas daAmstedMaxion, a produção devagões de carga recua 48% noano, a de rodas ferroviárias desce20,4%, e a de fundidos ferroviáriosretrai 49,8%.Também contribuiu para a<strong>que</strong>da no lucro o endividamentobancário líquido da Iochpe-Maxion, <strong>que</strong> encerrou o nonomês deste ano em R$ 2,539 bilhões,ante R$ 529,7 milhões nomesmo período de 2011.Esse aumento no endividamentose deve à conclusão dasaquisições do Grupo Galaz eHayes Lemmerz durante o primeirosemestre de 2012.Por sua vez, a receita líquidada Iochpe-Maxion, nos três mesesfindos em setembro, totalizouR$ 1,533 bilhão, alta de85,5%. Para esse salto, a companhiaaponta como motivo a consolidaçãodos resultados das adquiridas.Em nove meses, a receitada companhia avança93,4%, para R$ 4,231 bilhões. Jáo lucro antes de juros, impostos,depreciação e amortização(Ebitda, na sigla em inglês) alcançouR$ 150,838 milhões notrimestre, crescimento de23,9%. No ano, o Ebitda da Iochpe-Maxionaumentou 4,9%, paraR$ 347,501 milhões. ■


Sexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012 <strong>Brasil</strong> Econômico 19Marcos IssaRESULTADOSLucro da Ultrapar cresce 29% no trimestreA Ultrapar divulgou ontem os resultados do terceiro trimestre desteano. O lucro líquido da companhia no período foi de R$ 291 milhões,um crescimento de 29% na comparação com o mesmo período do anoanterior. O Ebitda também apresentou alta, de 21%, tendo atingidoresultados positivos por 25 trimestres consecutivos. “[Isso é]frutodos benefícios decorrentes dos investimentos para maior escala deoperações”, afirmou Pedro Wongtschowski, presidente da companhia.Microsoft investirá R$ 200 mi no RioEmpresa terá aceleradora denegócios com base tecnológicana região do Porto MaravilhaGabriela Mornoganirmo@brasileconomico.com.brA Microsoft confirmou ontem,em evento no Rio, a revitalizaçãode edifício histórico na regiãodo Porto Maravilha, zonaportuária da capital fluminense.O local vai abrigar uma aceleradorade negócios, <strong>que</strong> na práticacria uma ponte entre empreendedorese investidores; abancada científica, a indústria eo mercado.Chamada Acelera Rio, a iniciativavai reunir 15 empresasemergentes de base tecnológica,a cada dois anos; um Laboratóriode Tecnologia Avançada(ATL, da sigla em inglês) da MicrosoftResearch, o quarto domundo; e um centro de desenvolvimentoda plataforma debusca da companhia, o Bing. Asobras terão início em janeiro edevem ser concluídas até dezembrode 2013.A aceleradora, porém, deveTwitteradmite falhade segurançaRede social muda por engano assenhas de grande número dosmais de 140 milhões de usuáriosO Twitter disse ontem <strong>que</strong> mudoupor engano as senhas de“um grande número” de seusmais de 140 milhões de usuáriosativos, enquanto conduzia umaanálise rotineira para identificarcontas <strong>que</strong> podem ter sidocomprometidas.“Em ocasiões em <strong>que</strong> acreditamos<strong>que</strong> uma conta pode tersido comprometida, mudamosa senha e enviamos um e-mailavisando o usuário <strong>que</strong> issoaconteceu”, disse o Twitter emseu blog.“Nesse caso, mudamos porengano as senhas de um grandenúmero de contas, além da<strong>que</strong>las<strong>que</strong> acreditávamos terem sidocomprometidas”.Uma porta-voz da rede social,Carolyn Penner, se recusoua precisar quantas contas foramafetadas. Ela disse <strong>que</strong> não houvefalha de segurança.Usuários também reclamaramde ter tido postagens apagadasno site. A companhia não comentouo assunto. ■ Reuterscomeçar a operar no início doano <strong>que</strong> vem, em um espaçotemporário cedido pela UniversidadeEstácio de Sá. A empresaplaneja investir R$ 200 milhõesno <strong>Brasil</strong> em quatro anos.Segundo Michel Levy, presidenteda Microsoft <strong>Brasil</strong>, ascondições econômicas e regulatóriasforam essenciais para<strong>que</strong> a companhia optasse portrazer os investimentos para acidade. “Vamos trazerpesquisas científicase tecnológicasde ponta, <strong>que</strong> tragaminovações rápidascom benefíciospara a comunidade”,completou Henri<strong>que</strong>Salvar, cientista-chefemundialda Microsoft Research.Para Marcelo Haddad, diretorexecutivo da Rio Negócios aagência de promoção a a iniciativada Microsoft é “uma âncorapara novos <strong>projeto</strong>s”.Segundo Virgílio Almeida, secretáriode políticas de informáticado Ministério da Ciência,Tecnologia e Inovação (MICT),Ana Marcela,bicampeã mundialde MaratonasAquáticasIniciativa dagigante dossoftwares éconsideradaâncora paranovos <strong>projeto</strong>sa construção do ATL está alinhadacom o plano TI Maior. “Queremoscolocar o país como potênciada economia digital. ORio oferece condições e tem <strong>que</strong>aproveitar este potencial”, disse.O Laboratório será o primeirodos quatro centros de pesquisade multinacionais do setor detecnologia da informação previstosno plano do governo federal.“O objetivo é criar tecnologiabrasileira <strong>que</strong> sejaexportável”, completouAlmeida.EditaisSerá lançado no iníciodo ano <strong>que</strong> vemum edital para bolsasde doutorado epós-doutorado voltadopara centros de desenvolvimentoe pesquisa de empresasprivadas. Com orçamento deaté R$ 7 milhões, serão 80 bolsasoferecidas. Será também lançadooutro edital de R$ 40 milhõespara a seleção de cincoaceleradoras. Os recursos serãoinvestidos diretamente em oitoempresas de cada escolhida. ■SÓ ANA MARCELA É ANA MARCELA. SÓ SEDEX É SEDEX.Marcelo SadioMichel Levy, da Microsoft <strong>Brasil</strong>: condições essenciais para aportePRA MIM, NÃO É SÓUMA BRAÇADADECISIVA NOS ÚLTIMOSINSTANTESQUE MUDA TUDO.O QUE MUDA TUDOÉ A DETERMINAÇÃOPARA IR MAIS LONGE.A mesma coisa <strong>que</strong> move osmelhores atletas do <strong>Brasil</strong>também move o SEDEX.Nãoéàtoa<strong>que</strong>agente semprese supera para continuar sendolíder no País inteiro.


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22 <strong>Brasil</strong> Econômico Sexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012EMPRESASRobyn Beck/AFPVAREJOWalmart fracionará horários do Black FridayA Walmart Stores, maior rede de supermercados do mundo,informou <strong>que</strong> fracionará as ofertas do “Black Friday”, principal datade descontos do varejo americano. As ofertas terão início na noitede Ação de Graças, na quinta-feira, dia 22. Outras promoções serãorealizadas na sexta-feira a partir das 5 da manhã e às 10 da noite.Entre os itens em liquidação, estão TVs de LCD a US$ 200,iPad2 com vale-presente e um aparelho blu-ray por US$ 38.Gigante americana AutoZone desenhaexpansão para o mercado brasileiroVarejista especialista em produtos para carros abrirá até 15 lojas no estado São Paulo no período de um anoCintia Estevescesteves@brasileconomico.com.brVestidos com calça e camisa daAutoZone, os executivos da varejistaamericana de autopeçasmais parecem vendedores da recém-inauguradaloja de Sorocaba(SP), a primeira do grupo no<strong>Brasil</strong>. Normalmente, eles vestemuniformes em todas as segundas-feiras,quando visitamalgumas de suas mais de 4,6 millojas nos Estados Unidos.Mas ontem, no hall do prédioescolhido como escritório, nobairro paulista Vila Olímpia, oobjetivo de Bill Rhodes, presidentedo grupo, e de MaurícioBraz, principal executivo daoperação brasileira, não era motivaros vendedores, mas simanunciar os planos da companhiano <strong>Brasil</strong>.Se nos Estados Unidos a AutoZone é uma gigante,por aquia expansão começade formatímida. Em umano, a expectativaé inaugurarde 12 a 15 lojaspróprias noestado de SãoPaulo. “Vamosentrar devagar.Neste primeiromomentonossa intençãonão é ga-PRESENÇAA AutoZone no mundoFATURAMENTOUS$ 8,6 bilhõesESTADOS UNIDOSMÉXICOPORTO RICOBRASILFonte: empresaNÚMERO DE LOJAS4.68532111nhar escala.Queremos conhecero mercadobrasileiro”,<strong>diz</strong> Rhodes. A estratégia éconsiderada arriscada por analistasde varejo, principalmentepor se tratar de um mercado tãocompetitivo como São Paulo.Além disso, o comércio brasileiropassa por um intensa ondade fusões e aquisições. Quandoentrou na capital paulista,em 2008, o Magazine Luiza, redede móveis e eletroeletrônicos,abriu quase 50 pontos devenda em um só dia. As lojas debairro formam o grosso da concorrência<strong>que</strong> a empresa teráde enfrentar. Mas também existemvarejistas de peso neste segmento.A Dpaschoal, uma dasmais tradicionais do país, possui500 pontos de vendas, entrepróprios e credenciados.A ideia da AutoZone é crescerorganicamente, ou seja, com aabertura de lojas, mas aquisiçõesnão estão descartadas. “Seacharmos competidorescujospontos de vendasejam similaresaos nossospodemos comprá-los.Mas estánão é nossaprioridade”,afirma Rhodes.A varejistatem em seumix mais de 14mil produtospara manutenção,reparo eembelezamentode automóveis.Além decomercializarmarcas como Cofapi e Fras-le, acompanhia também tem duasmarcas próprias. A Duralast é especializadasem peças mecânicascomo cabos de vela e pastilhasde freio. Já a marca AutoZonevende produtos para a conservaçãode veículos como cerase esponjas para lavagem.Espalhados por uma área devendas de cerca de 700 metrosquadrados, os produtos ficamao alcance dos clientes na lojade Sorocaba. Os vendedores interagemfornecendo dicas deutilização. Também há um estacionamentopara <strong>que</strong> os clientespossam levar seus carros ereceber orientações de comoconsertar seus veículos. “Assimcomo acontece nos Estados Unidos,a empresa espera reforçarno <strong>Brasil</strong> o conceito do ‘faça vocêmesmo’, no qual o cliente écapaz de realizar pe<strong>que</strong>nos reparosem seu carro”, conta Braz.Murillo ConstantinoRhodes (esq.) e Braz <strong>que</strong>rem introduzir no mercado de autopeças o conceito de “faça você mesmo”Para ajudar na tarefa, a lojaemprestará as ferramentas <strong>que</strong>o consumidor precisar durantea reparação do seu veículo. “Ocliente pagará um valor pelo empréstimodo material. No momentoda devolução das ferramentas,a loja restituirá a quantiapaga por ele”, <strong>diz</strong> Braz. Alémde Estados Unidos e <strong>Brasil</strong>, a varejista,<strong>que</strong> fatura US$ 8,6 bilhões,está presente no Méxicoe em Porto Rico. ■Simon Dawson/BloombergBosch se desfaz de parceriaFábrica da Bosch: empresa busca diversificação fora de autopeçasMaior autopeças do mundovende sua participação de5,4% na Denso por ¤ 1,1 bilhãoMa Jie e Alex WebbBloombergA Bosch, maior fabricante deautopeças do mundo, vendeusua participação na japonesaDenso por ¤ 1,1 bilhão, encerrandouma parceria formalizadahá quase 60 anos. A companhiaalemã era dona de 5,4%das ações da Denso. Os novosdonos da companhia de autopeçassão fundos de investimentos.Apesar da dissolução da sociedade,as duas empresas continuarãocom a cooperação tecnológica,informaram ontem.De acordo com a Bosch, aDenso estava entre os ativos<strong>que</strong> eram considerados “não estratégicos”.Por outro lado, acompanhia <strong>que</strong>r diversificarseus negócios e está em buscade aquisições.A companhia alemã, cujamaior parte do faturamento dependedo segmento de autopeças,procura empresas das maisdiversas áreas de atuação — detecnologia de embalagens a cuidadoscom a saúde.Desde <strong>que</strong> as duas companhiasassinaram seus primeirosacordos de licenciamento,em 1953, o parceiro japonês setransformou num competidorde peso dentro do setor automotivo,sendo um dos principaisfornecedores da Toyota eda Honda.A Bosch deve decidir nos próximosmeses o destino de suaunidade de energia solar, <strong>que</strong>não é lucrativa. ■


Sexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012 <strong>Brasil</strong> Econômico 23Jerome Favre/BloombergMINERAÇÃONoble Group busca aquisições de jazidasA Noble Group, uma das maiores tradings de commodities mineraise agrícolas do mundo, está buscando fazer aquisições no segmentode mineração para obter vantagens dos preços em <strong>que</strong>da das jazidas,de acordo com o presidente da empresa, Yusuf Alireza. De acordocom o executivo, entre janeiro e setembro, a companhia teveUS$ 10 bilhões em vendas no negócio de mineração, um aumentode 20% em comparação com o ano passado. BloombergAirbus acelera entregas no 4ºtrimestre para cumprir metasFabricante de jatos respondeupor 68% das vendas daAirbus entre julho e setembroReuters e Bloombergredacao@brasileconomico.com.brA European Aeronautic, Defence& Space Co (EADS) apresentouresultados acima do esperadopara o terceiro trimestre, favorecidapelas operações da fabricantede jatos Airbus, e reiterouas metas financeiras após atentativa de fusão com a britânicaBAE ter fracassado.O presidente-executivo da segundamaior empresa aeroespacialdepois da Boeing, Tom Enders,ressaltou a “forte ênfase”na geração de caixa e em garantir<strong>que</strong> as entregas de jatos detransporte de passageiros da Airbussigam em curso no últimotrimestre do ano.A EADS manteve a previsãode aumento de pelo menos 10%na receita e de lucro operacionalde ¤ 2,7 bilhões em 2012.A companhia registrou altade 67% no lucro operacional doterceiro trimestre, para ¤ 537milhões, com vendas de 12,324bilhões, crescimento de 15%.Analistas previam lucro operacionalde ¤ 454 milhões e receitade ¤ 11,853 bilhões.A empresa contabilizou umencargo de ¤ 76 milhões pela falênciada fabricante norte-americanaHawker Beechcraf.A companhia europeia informou<strong>que</strong> seu caixa teve uma <strong>que</strong>dade um terço de seu valor entrejaneiro e setembro por contado atraso na entrega de pelo menosuma dúzia de A380, o maioravião comercial do mundo. Aempresa geralmente recebe entre70% e 80% do pagamentoExportações de frango crescem 2,3%Volume maior em outubroajudou a puxar a receita daindústria, <strong>que</strong> subiu 1,4%Reutersredacao@brasileconomico.com.brAs exportações brasileiras decarne de frango do <strong>Brasil</strong> somaram345,5 mil toneladas em outubro,incremento de 2,3 % anteo mesmo mês de 2001, informoua União <strong>Brasil</strong>eira de Avicultura(Ubabef) ontem.O volume maior ajudou a puxara receita com as vendas externas,<strong>que</strong> atingiu US$ 717 milhões,um aumento de 1,4 %.No acumulado do ano, as exportaçõestiveram pe<strong>que</strong>no incrementode 1% em volume,para 3,26 milhões de toneladas.No acumulado do ano atéoutubro, a receita recuou 6%,totalizando US$ 6,33 bilhões.da encomenda no ato da entregada aeronave. O caixa da companhiafechou o terceiro trimestreem ¤ 3,28 bilhões, cerca deum terço a menos do <strong>que</strong> o observadono mesmo período doano passado. “É um caixa muitofraco”, disse Nick Cunningham,analista da Agency Partners emLondres. Para desovar os esto<strong>que</strong>s,a Airbus poderá contarcom a ajuda do governo alemãopara liderar financiamentos aoscompradores dessas aeronaves.Os problemas da Airbus nãoparam por aí. A companhia tambémtem sofrido para dar contada produção de 42 aviões de corredorúnico por mês. Além disso,a fabricante está concentrandoesforços para colocar em produçãodo A350, <strong>que</strong> será omaior avião de corredor únicodo mundo, já no ano <strong>que</strong> vem, etem aplicado bastante dinheiropara tirar o papel o <strong>projeto</strong> doavião de transporte militarA400M. Já a divisão de segurançamilitar Cassidian foi bastanteprejudicada com a redução deencomendas militares.Atingir o equilíbrio financeiroantes do financiamento doscompradores de aviões e a desovados 30 aviões A380 até o fimdo ano são as principais metasda companhia em 2012, disse aEADS em nota.No terceiro trimestre, a Airbuscontribuiu com 68% da receitada EADS e com 53% do lucrooperacional no período.“No resto do ano, daremos ênfasena geração de caixa. As entregassão o fator chave para conseguirmosnossos objetivos”, disseEnders em relatório.A fabricante de aviões mantevesua previsão de lucro para2012. Os lucros antes de juros eimpostos e excluindo itens extraordináriosserão de ¤ 2,7 bilhõese o lucro bruto por açãodeve chegar a ¤ 1,95. ■Tom Enders, da Airbus: corrida contra o tempo para não atrasar cronograma do avião A350Munshi Ahmed/BloombergInsumosA indústria vem sentindo o efeitodo salto de 40% nos custoscom insumos, <strong>que</strong> reduziu asmargens do setor neste ano,mas tem se apoiado nos volumesmaiores para compensar aalta registrada.“As exportações de carne defrango vêm equilibrando o setorem meio ao cenário hostil<strong>que</strong> ainda afeta as agroindústrias,já <strong>que</strong> o mercado internoabsorveu somente a metade doaumento dos nossos custos”,disse Francisco Turra, presidenteexecutivo da Ubabef.O executivo acrescentou <strong>que</strong>diante deste cenário, a Ubabeftem empenhado esforços paraabrir novos mercados, como oPanamá, Malásia e Índia, alémde expandir os negócios em locaisonde já vem operando.O aumento dos custos teveimpactos significativos no setor,e a indústria já trabalhacom a expectativa de primeirorecuo na produção de frangosdesde 2000. ■ ReutersMcDonald’stem <strong>que</strong>dade 1,8%nas vendasRetração de outubro tem comobase relação de mesmas lojas,na primeira baixa em 9 anosReutersredacao@brasileconomio.com.brO McDonald’s divulgou ontem<strong>que</strong>da de 1,8% nas vendas mundiaisem seus restaurantes emoutubro com base na comparaçãode mesmas lojas, na primeiraredução mensal desde marçode 2003, em um ambiente deforte competição e fra<strong>que</strong>zaeconômica. Analistas já esperavamdeclínio nas lojas abertashá pelo menos 13 meses, porémmenor — de 1,07%—, de acordocom a Consensus Metrix.As vendas nos restaurantesabertos há pelo menos 13 mesestiveram retração de 2,2%nos Estados Unidos e na Europa,e cederam 2,4% na Ásia/Pacífico,Oriente Médio e África.Os resultados foram divulgadostambém depois <strong>que</strong> amaior rede de fast-food domundo divulgou seu pior crescimentotrimestral nas vendasem nove anos.Rede de fast-fooddivulgourecentemente lucrotrimestral menor,puxado pela fracaeconomia globalO McDonald's divulgou lucrotrimestral menor, com a fra<strong>que</strong>zada economia global e odólar mais forte pressionandoos resultados, <strong>que</strong> ficaram abaixodas estimativas de analistaspelo segundo período consecutivo.A lenta economia nos EstadosUnidos e o aperto de cintosna Europa estão afetando até asredes de restaurantes mais resistentes,com consumidorescontendo gastos com refeiçõesfora de casa.A empresa também informou<strong>que</strong> as vendas globais comparáveisestão em <strong>que</strong>da em outubro,em meio ao cenário decrise econômica e à pressão deconcorrentes.O lucro da companhia caiupara US$ 1,46 bilhão no terceirotrimestre, ante US$ 1,51 bilhão,bem abaixo das expectativas.As vendas totais recuarampara US$ 7,15 bilhões, contraUS$ 7,17 um ano antes. ■


24 <strong>Brasil</strong> Econômico Sexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012EMPRESASDreamstimeTECNOLOGIAComtac investe R$ 10 mi em nova fábricaA fabricante de acessórios e componentes para computadores Comtacinaugura hoje sua segunda fábrica no país, a Comtac Bahia, no Polo deInformática de Ilhéus (BA). A operação contou com um investimentoinicial de R$ 10 milhões para a produção local de fontes de energia paranotebooks, placas Wi-Fi para computadores e modems ADSL e de fibraótica para acesso à internet. A nova fábrica inicia as operações com aprodução de 10 mil fontes de energia ao mês e 15 funcionários.Venda fraca põe em xe<strong>que</strong> estratégiada T4F de recuperação no 4º trimestreAnalista acredita <strong>que</strong> redução do preço para o show da Lady Gaga não deve afetar receita da companhiaRafael Palmeirasrpalmeiras@brasileconomico.com.brA Time For Fun (T4F) tem enfrentadoduros problemas nosúltimos meses e <strong>que</strong> já somamno ano um redução de R$ 20,8milhões no volume de mercado,atualmente em R$ 772,6 milhões.A empresa <strong>que</strong> perdeu ocontrato do Cir<strong>que</strong> du Soleil, responsávelpor 12% da receita dacompanhia, para a IMX Arts, doempresário Eike Batista, agoraenfrenta um cenário de fracasvendas dos ingressos das cantorasLady Gaga e Madonna.É <strong>que</strong> de acordo com informaçõesdo jornal O Dia, até o momentocerca de 14 mil ingressosteriam sido vendidos para oshow de Lady Gaga <strong>que</strong> aconteceráhoje no Par<strong>que</strong> dos Atletas,no Rio de Janeiro, local <strong>que</strong>tem capacidade para 90 mil pessoas.Um pouco mais à frente,Madonna, <strong>que</strong> se apresentaráno mesmo local, em dezembro,vendeu até o momento 15 mil.Fernando Alterio, presidenteda T4F, chegou a afirmar no iníciode outubro ao BRASIL ECONÔ-MICO <strong>que</strong> os eventos realizadosno quarto trimestre serão responsáveispor quase 60% da receitaanual da empresa. “Estamostentando diminuir o efeitoda sazonalidade <strong>que</strong> enfrentamos,principalmente com osmeses de janeiro e fevereiroapresentando pouca receita.”A empresa registrou um lucrolíquido de R$ 12,5 milhõesno terceiro trimestre, com umrecuo de 29% ante o mesmo períododo ano anterior (veja boxabaixo).Mesmo com o fraco desempenhodas vendas dos ingressos,a equipe de analistas da XP Investimentostem uma visão otimistada empresa e acredita<strong>que</strong> o preço alto dos shows,<strong>que</strong> varia entreR$ 90 a R$ 850,pode ter sidouma estratégiaMADONNAda companhia deatingir receitaacima do esperado,acreditandoem uma demandaforte pelo primeiroshow deGaga no <strong>Brasil</strong>.“Caso o valor doticket médio não seja tãoexpressivo quanto a empresaespera, ele pelo menosdeve atingir patamares semelhantesao visto no mesmoperíodo do ano anterior”,destaca o analista DiegoMuniz <strong>que</strong> mesmo assimnão acredita em perdas demargens. No quarto trimestrede 2011, a T4F viu o tí<strong>que</strong>te médiono segmento música ao vivoficar em R$ 124.E para não ficar com os ingressosna mão, a T4F utilizoude diversas estratégias comerciais,como parcelamento dosconvites, venda por meio de sitesde compras coletivas e até o“pague um e leve dois”.Para João Luiz Figueiredo,Murillo ConstantinoSegunda turnê <strong>que</strong> apresentano país e na mais recente teveas vendas suspensas pelo Procon-SPDRAMA DAS DIVASCAPACIDADE90 MILINGRESSOS VENDIDOS 15 MILPREÇO DO INGRESSO R$ 100 A R$ 850Fernando Alteriopresidente daTime For Fun"Estamos tentando diminuir oefeito da sazonalidade <strong>que</strong>enfrentamos, com janeiro efevereiro com pouca receita”Desempenho da venda dos ingressos no Rio de JaneiroFontes: empresa e jornal O Diacoordenador do núcleo de economiacriativa da ESPM-RJ, umdos fatores <strong>que</strong> podem penalizara receita da empresa é a proximidadeentre os shows das artistas<strong>que</strong> não chega a 30 diasde diferença.“Isso fez com <strong>que</strong> o público tivesse<strong>que</strong> escolher entre oseventos.” Porém Figueiredoafirma <strong>que</strong> na disputa por ingressos,Madonna leva a melhor.“O público da cantora émais velho e tem condições depagar o valor cobrado, diferenteda<strong>que</strong>les <strong>que</strong> tem a intençãode ir na Lady Gaga, e <strong>que</strong> namaioria são jovens.”LADY GAGACAPACIDADE90 MILINGRESSOS VENDIDOS 14 MILPREÇO DO INGRESSO R$ 90 A R$ 750Primeira vez no <strong>Brasil</strong> e tem vendade ingressos disponíveis em sites decompras coletivasMesmo assim, o coordenadorda ESPM ressalta <strong>que</strong> a vendade ingressos não é o único fatordecisivo em eventos de grandeporte. “Existe a receita de patrocínio<strong>que</strong> tem fator importantepara a companhia.” Procuradaa T4F não quis comentaro assunto. ■Lucro líquido cai 29% entre julho e setembroNo terceiro trimestre, aempresa realizou 304eventos, uma <strong>que</strong>da de 14%A Time For Fun registrou noterceiro trimestre deste anoum lucro líquido de R$ 12,5 milhões,o <strong>que</strong> representa uma<strong>que</strong>da de 29% ante o mesmoperíodo do ano anterior. O valorapurado pela empresa deentreterimento ficou abaixo daprevisão do mercado, <strong>que</strong> esperavaum resultado de R$ 15,6milhões.De acordo com a empresa a<strong>que</strong>da é “devido aos impactospor menor volume de receitas financeirase também variaçãocambial <strong>sobre</strong> saldos de empréstimoscom subsidiárias”.No período, a empresa realizou304 eventos, entre eles LizaMinelli, Scorpions e AlanisMorissete, <strong>que</strong> mesmo assimindicaram uma <strong>que</strong>da de 14%.Já o total de ingresso vendidosno período somaram 500.Na soma dos noves meses doano, o lucro líquido da companhiatotaliza R$ 27 milhões, omesmo valor visto no acumuladodo ano anterior.No sentido oposto, a receitalíquida ficou em R$ 137 milhões,com alta de 23%. Já oEbitda (lucros antes de juros,impostos, depreciação e amortização)atingiu R$ 22,6 milhõescom avanço de 7%.O preço médio por ingressono segmento de música ao vivoficou em R$ 101, enquanto naárea de eventos família e teatroo valor ficou em R$ 173. ■ R.P.


Sexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012 <strong>Brasil</strong> Econômico 25Doug Kanter/BloombergBALANÇOLenovo registra lucro de US$ 162 milhõesA Lenovo divulgou um aumento de 12,6% no lucro líquido trimestral,chegando a US$ 162 milhões, o menor crescimento em mais de doisanos, apesar de superar a previsão de analistas de US$ 156,3 milhões.No período de seis meses encerrado em setembro, a receita de PCs daLenovo foi responsável por quase 90% da receita total, de 16,7 bilhõesde dólares, e cresceu 14%. A receita da divisão de internet móvel eitens digitais mais <strong>que</strong> dobrou, para US$ 1,3 bilhão no período. ReutersSamsungpassa Applee lidera emsmartphonesAvanço da coreana ocorreu,principalmente, tirandomercado das empresas menoresGabriel Ferreiragferreira@brasileconomico.com.brA Apple parece já não ser tão hegemônicano mercado de smartphonescomo era até poucotempo. Uma pesquisa divulgadaontem pela consultoria StrategyAnalytics indica <strong>que</strong> osaparelhos da companhia americanadeixaram de ser os maisvendidos do mundo no terceirotrimestre, perdendo a liderançapara o Samsung Galaxy S3.O aparelho coreano deteve10,7% das vendas do período,contra 9,7% do iPhone 4S. Notrimestre anterior, o smartphoneda Apple era responsávelpor 12,7% do mercado, contra3,5% do Galaxy S3.A Strategy Analytics estimou<strong>que</strong> a Samsung vendeu 18 milhõesde modelos S3 no trimestrepassado, comparado a vendasdo iPhone 4S de 16,2 milhõesde unidades. “O GalaxyS3 provou-se amplamente popularjunto a consumidores eA Research In Motion anunciouontem ter obtido uma cobiçadaautorização de segurança do governoamericano para a plataformaBlackBerry 10, uma linha deaparelhos <strong>que</strong> serão lançadosem 2013. A companhia informou<strong>que</strong> a plataforma BlackBerry10 obteve a certificação FIPS140-2, <strong>que</strong> permitirá <strong>que</strong> agênciasdo governo utilizem os aparelhos,bem como a plataformade administração <strong>que</strong> os controla,assim <strong>que</strong> os novos smartphonesforem lançados.A RIM, uma das pioneiras nosetor de celulares inteligentes,vem perdendo espaço nos últimosanos diante de rivais maiságeis como Apple e SamsungElectronics, <strong>que</strong> roubaram mercadoda empresa com seus aparelhosmais rápidos e sofisticados.O destino da RIM, sob comandode Thorsten Heins, agoradepende quase exclusivamentedo desempenho da muitoaguardada linha de aparelhosBB10. No mês passado, a RIManunciou o início de testes emnovas linhas de telefonia móvelcom sua base de aparelhos, coma qual a empresa espera reconquistarparte do mercado perdidopara rivais como o iPhone,da Apple, e os celulares acionadospelo sistema operacional Android,do Google.A empresa informou <strong>que</strong> estaoperadoras na América do Norte,Europa e Ásia”, disse o analistaNeil Mawston. Mas a disputacontinua acirrada. Ele acrescenta<strong>que</strong> o novo iPhone 5 develevar a Apple ao topo no trimestreatual.Essa é a primeira vez <strong>que</strong> umproduto da Samsung assume aliderança do segmento de smartphones.Somando todos osseus modelos, porém, a coreanojá era a maior vendedoradeste tipo de aparelho desde oprimeiro semestre deste ano.Outro levantamento, feitopela consultoria IDC apontou<strong>que</strong> o sistema operacional Android,desenvolvido pelo Googlee utilizado em aparelhos dediversas fabricantes, inclusiveda Samsung, aumentou bastantea liderança <strong>que</strong> já desfrutavahá alguns trimestres <strong>sobre</strong> o sistemada Apple, o iOS. No terceirotrimestre de 2012, o Androidfoi responsável por 75% dasvendas de smartphones, sendoresponsável por 136 milhões deaparelhos comercializados dentreos mais de 181 milhões comercializadosnesse período.Apesar de os números indicaremo fim do reinado da Appleno segmento de smartphones,não é a companhia comandapor Tim Cook <strong>que</strong>m mais devese preocupar com os númerosapurados pelas empresas deconsultoria.Boa parte do crescimentodas vendas da Samsung e dosaparelhos Android em geralnão foi conquista roubandoclientes da Apple. A fabricanteamericana, inclusive, continuoucrescendo no trimestre(as vendas de aparelhos com sistemaiOS representaram 14,9%do mercado, contra 13,8% registradono trimestre anterior).A <strong>que</strong>da das vendas dos aparelhosBlackberry, Nokia e deoutras fabricantes menores foramos maiores responsáveispela consolidação da Samsunge do Android como líderes dosé a primeira vez <strong>que</strong> os produtosBlackBerry obtêm certificaçãoFIPS antes de lançados.“Obter certificação FIPS parauma plataforma inteiramentenova, em curto prazo e antes deseu lançamento, é uma realizaçãonotável”, afirmou o diretorde certificações de segurançada RIM, David McFarlane, emcomunicado.A certificação FIPS é um doscritérios mínimos estipuladospara os produtos usados emagências do governo dos EstadosUnidos e setores regulamentados<strong>que</strong> recolham, armazeneme compartilhem e dissemineminformações.A aprovação garante a organizaçõespreocupadas com a segurança<strong>que</strong> os dados em celularesBB10 estão seguros. ■ Reutersmercados de aparelhos e sistemasoperacionais, respectivamente.Segundo o estudo da StrategyAnalytics, <strong>sobre</strong> o mercadode aparelhos, as vendas de outrosprodutos <strong>que</strong> não o GalaxyS3 ou o iPhone foi responsávelpor 76% das entregas do setorno terceiro trimestre, contra83,8% <strong>que</strong> representavam noperíodo anterior.Mudança ainda maior foi sentidaentre os sistemas operacionais.Os dados apresentados peloIDC indicaram <strong>que</strong> as vendasde celulares com sistema Symbian,da Nokia, e Blackberry,da Rim, somadas representaram11,8% do mercado no terceirotrimestre deste ano. Háum ano, esses produtos respondiampor 29,9% do segmento.■ com ReutersBlackBerry 10 obtém licença dos EUAAutorização de segurançapermite <strong>que</strong> a plataforma sejausada pelas agências do governoEuan Rocharedacao@brasileconomico.com.brSeongJoon Cho/BloombergVendas do S3 ajudaram Samsung a registrar lucro de US$ 7,3 biThorsten HeinsPresidente da RIMNo mês passado, a empresaanunciou o início de testes emnovas linhas de telefonia móvelcom sua base de aparelhos,com a qual a empresa esperareconquistar parte do mercadoperdido para rivais como a ApplePeter Foley/BloombergGoogle levaserviço deweb móvel aemergentesFree Zone será lançadoinicialmente nas Filipinas paracelulares conexão limitadaO Google lançou ontem um serviço<strong>que</strong>, espera, ajude milhõesde pessoas nos países em desenvolvimentoa acessar a internet- e seus anúncios - por meio decelulares simples.Batizado Free Zone, o serviçoserá lançado inicialmente nas Filipinas,em parceria com a operadoralocal de telefonia móvelGlobe Telecom. Ele permitirá<strong>que</strong> celulares <strong>que</strong> possuem conexãocom a internet com funcionalidadeonline limitada acessemserviços do Google comobuscas, e-mail e a rede socialGoogle+, gratuitamente.Objetivo é atingir opróximo bilhão depotenciais usuáriosda internet <strong>que</strong> terãoacesso pela primeiravez sem comprar PCOs usuários terão acesso aossites <strong>que</strong> surjam em resultadosde busca do Google gratuitamente,mas qual<strong>que</strong>r site <strong>que</strong>não conste desses resultadosacionaria um convite para assinaro plano de dados da operadora.“O objetivo é atingir o próximobilhão de potenciais usuáriosda internet, muitos dosquais estarão em países emergentese terão acesso à web pelaprimeira vez em seus celulares,sem <strong>que</strong> nunca tenham compradoum computador”, disse AbdelKarimMardini, gerente deproduto do Google.O Google e a Globe esperam<strong>que</strong>, ao oferecer serviços iniciaisgratuitos, atraiam os usuáriosde celulares de segunda linhaa usá-los para mais <strong>que</strong> telefonemase mensagens de texto,e os levem a assinar para acessoa serviços de internet.Esses serviços são mais lucrativospara as operadoras. O Googleobtém a maior parte de seufaturamento com anúncios vinculadosa resultados de busca. Aempresa informou <strong>que</strong> pretendelançar o serviço em outrospaíses em breve. Embora paísesem desenvolvimento tenhamadotado os celulares, ainda hámilhões de usuários <strong>que</strong> dispõemapenas de celulares básicosdemais. ■ Reuters


26 <strong>Brasil</strong> Econômico Sexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012ENCONTRO DE CONTAS3.800é o número de empresários,políticos e personalidades <strong>que</strong> jáforam entrevistados por JoãoDoria Jr. no programa ShowBusiness, <strong>que</strong> completa 20 anosna próxima segunda-feira, 12.FÁBIO SUZUKIencontrodecontas@brasileconomico.com.brGol de Letra no campo dos negóciosExecutivos de empresas como Brookfield, Amil, Coca-Colae Mobil entrarão em campo no início de dezembropara disputar um torneio de futebol realizadopela Fundação Gol de Letra, dos ex-jogadoresRaí e Leonardo. Sob uma taxa de inscrição de R$ 23mil por “time”, é esperada a participação de 20companhias no campeonato, o <strong>que</strong> deve render àinstituição um total de R$ 460 mil, valor <strong>que</strong> seráutilizado em <strong>projeto</strong>s socioculturais. Além do jogofinal ser disputado no estádio do Engenhão, no Riode Janeiro, a iniciativa tem como atrativo a formaçãode uma seleção do torneio cujos executivos escolhidosdisputam um jogo contra ex-cra<strong>que</strong>s dabola como Zico, Bebeto, Zinho e o próprio Raí.“Além de ser uma ação social, esse torneio serve comoum network dentro das próprias empresas”,<strong>diz</strong> Beatriz Pantaleão, diretora da Fundação Gol deLetra no Rio de Janeiro, <strong>que</strong> prevê fechar as últimasquatro vagas na próxima semana. ■Beatriz Pantaleão, diretorada Fundação Gol de LetraLeSportsac pretende abrir seis lojas no país em 2013DivulgaçãoRecém-chegada ao mercado brasileiro, a marca americana LeSportsac tem planos deatuar em todo o país já no próximo ano. A empresa pretende abrir seis unidades própriasespalhadas pelas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, além de reforçar a atuação nosestados do Sudeste. Com um investimento de R$ 2 milhões, a marca abriu recentementesua primeira loja brasileira no Shopping Vila Olímpia, em São Paulo, e no final deste mêsinaugurará mais uma unidade, dessa vez no Galeria Shopping, na cidade de Campinas.GIRO RÁPIDO●Os erros <strong>que</strong> os brasileiros milionários cometem➤ao cuidar de suas fortunas serão abordadosna palestra <strong>que</strong> Ernesto Leme, sócio responsávelpela área de gestão de ri<strong>que</strong>zas da Claritas, farána conferência Private Banking Latin America,<strong>que</strong> ocorre hoje, em Miami. Atualmente, Lemecuida de R$ 1 bilhão em patrimônio de 50 famílias.●Dentro das estratégias em comemoração aos➤seus 100 anos, a fabricante de chocolates Lactaterá duas novidades em seu portfólio para este fimde ano: o lançamento do Lacta Bombom, caixa com 16unidades para presente, e renovação da embalagemda caixa com os principais sucessos da marca.●O Shopping Leblon, no Rio, fará um➤investimento de cerca de R$ 2 milhões emsua decoração para o Natal deste ano, cujo tema é“O Natal dos sonhos luminosos”. A principal atraçãoserá uma árvore tridimensional de 14 metros dealtura e <strong>que</strong> terá 100 mil microlâmpadas em LED.●Ter ao menos uma unidade em todas as➤12 cidades sedes da Copa no <strong>Brasil</strong>, até 2014.Esse é o objetivo da Liga Retrô, especializada emréplicas de uniformes esportivos do passado. Já compresença no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, arede terá mais três lojas até março de 2013 sendouma delas a primeira na região Norte do país.FRASE“A Fifa pode nãoter ideia da dimensãodo Corinthians,mas nós temos eé isso <strong>que</strong> importa”Tite, <strong>sobre</strong> os mais de 15 milcorintianos <strong>que</strong> devem ir para oMundial no Japão torcer pelo time,número <strong>que</strong> surpreendeu a Fifa.Alan Morici/O DiaReebok afeta desempenho da Adidas,<strong>que</strong> prevê <strong>que</strong>da nos lucros neste anoMarca controlada pela companhia alemã registrou faturamento 25% menor no terceiro trimestre de 2012Julie CruzBloombergA Adidas, segunda maior fabricantede artigos esportivos domundo, anunciou ontem <strong>que</strong>cortou as estimativas de lucrospara o ano fiscal de 2012 por contada <strong>que</strong>da nas vendas de suasmarcas Reebok e Rockport epor causa da suspensão da temporadado National Hockey League,nos Estados Unidos.O faturamento deverá subir aum “único e alto dígito” em2012, de acordo com a companhia,sediada na cidade alemãde Herzogenaurach. Na previsãoanterior, a companhia apostavaem um aumento até 10%maior nas receitas.A nova previsão fez com <strong>que</strong>as ações da companhia fechassemem <strong>que</strong>da de 3,2%, a ¤63,20 na Bolsa de Frankfurt. Estefoi o menor preço da ação desde13 de setembro.Subsidiária problemaA Reebok, comprada pela Adidasem 2006, também tem pesadonos resultados da companhiaalemã. A marca inglesatem apresentado um ritmo tímidode vendas nos últimos trêsanos consecutivos. A situaçãose agravou por causa do cancelamentoda liga de hó<strong>que</strong>i nos EstadosUnidos, da qual a Reeboké patrocinadora oficial. Em 16de setembro, os times resolveramnão entrar em campo porconta de brigas com os organizadoresdo campeonato por causade divergências no pagamentode direitos de imagem.“As vendas nos Estados Unidosno terceiro trimestre foramrealmente fraca, provavelmentepor conta a Reebok”, disse SebastianFrericks, analista doJochen Eckel/BloombergApesar da estimativa menor de lucro, companhia prevê <strong>que</strong> faturamento tenha alta entre 15% e 17%Bankhaus Metzler em Frankfurt.A expectativa de <strong>que</strong>da nasvendas “pode ter um impacto levementenegativo, mas não estamoscompletamente preocupadospor<strong>que</strong> a empresa aindaterá crescimento <strong>sobre</strong> 2011”.No terceiro trimestre, de acordocom o relatório da empresa,as vendas da Reebok tiveram<strong>que</strong>da de 25% sem efeito cambial.A <strong>que</strong>da na receita comprodutos licenciados e os “impactosnegativos da unidade indianapor causa de irregularidadesna política de comercialização”prejudicaram o desempenhoda companhia.FaturamentoApesar de projetar um lucromais magro, a companhia disse<strong>que</strong> manterá sua estimativa decrescimento de vendas de 15%a 17% neste ano graças às vendasobtidas nos países emergentese com o reajuste de preçosde suas linhas.No terceiro trimestre, a companhiateve lucro líquido de ¤344 milhões, uma alta de 14%em comparação com o ano passado.As vendas entre julho esetembro foram de US$ 4,17 bilhões,alta de 11% <strong>sobre</strong> o anoanterior. Enquanto a receita naAmérica do Norte teve uma<strong>que</strong>da de 5%, nos chamadospaíses europeus emergentes ofaturamento subiu 9%. Na China,o crescimento das marcascontroladas pela companhiaalemã foi de 11%. ■


EMPRESASSexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012 <strong>Brasil</strong> Econômico 272 milÉ o número de amigos <strong>que</strong> acachorrinha maltês EmilyBonates, da novela Salve Jorge,possui no Facebook. Na trama,ela é a nova integranteda família Flores Galvão.CRIATIVIDADE E MÍDIAEnox ganha desta<strong>que</strong> com amídia em tarefas do cotidianoCarolina Marcelinocmarcelino@brasileconomico.com.brA Enox tem apostado boa partede suas fichas para se consolidarcomo um dos maiores veículosde mídia do país no conceitoOn-life — no qual as campanhassão realizadas com a participaçãodo consumidor e no seuhabitat natural. Ou seja, asações são realizadas nas academias,lojas de departamento, barese demais estabelecimentos.O esforço tem surtido efeito.O <strong>projeto</strong> tem ganhado adeptosde vários segmentos. A marcaActivia, por exemplo, foi até asmelhores academias, hipermercadose salões de beleza em Curitiba,no Paraná.Para ativar a comunicação, aEnox utilizou diversos estímulosde mídia On-life, entre eles,esteiras, bikes, armários, salasde aula em academias, espelhos,além capas de revistas.De acordo com o sócio-fundadorda Enox, Ernesto Villela, essetipo de abordagem é uma tendência.“Hoje as pessoas possuemmilhares de opções na tantona TV quanto na internet. Osconsumidores controlam o <strong>que</strong>eles <strong>que</strong>rem ver”, observa.PARA LEMBRARAtrevidinhaO case da marca Tresemmé,da Unilever, é destacado peloempresário. O conceito On-lifefoi aplicado meses antes da primeiracampanha na TV. “Nós fizemosuma forte ação dentrodas lojas C&A de todo <strong>Brasil</strong>”,lembra Villela.A Tam Linhas Aéreas foi embares de São Paulo e Rio de Janeiropara instalar espelhos interativos,com sensores de movimento,nos acessos aos toaletesdos estabelecimentos. QuandoEm 1984, a Grendene encomendou à DPZ a criaçãode uma campanha para lançar a marca Melissa nomercado. A história mostrava uma menina bematrevida <strong>que</strong> mantinha um diálogo impertinente com aprofessora. A campanha se manteve no ar por 10 anos,quando a Grendene decidiu apostar no público adulto.os fre<strong>que</strong>ntadores se aproximavam,aparecia a mensagem daTam: “Que vontade de umapraia”, incentivando-os a viajare a procurar ofertas especiaisda empresa.Vale <strong>diz</strong>er <strong>que</strong> a Enox não trabalhacom promotores nos pontosdas ações. Ou seja, todo oconteúdo publicitário é passadode maneira sutil, mas <strong>que</strong> namaioria das vezes proporcionacerto entretenimento para osclientes da marcas. ■NO MUNDO DIGITALFotos: divulgaçãoOutback promoveconcurso na internetA rede Outback Steakhouseno <strong>Brasil</strong> levará um clientepara conhecer a Austrália.Para participar, os internautasprecisam compartilhar noFacebook fotos de momentos decelebração de suas vidas pormeio de um aplicativo exclusivodo Outback na fanpage. A fotomais votada será a vencedora.DM9DDB e NBSatendem BRFoodsJohnson & Johnsonfaz ação para jovensPaixão premia com transformação de belezaA marca Paixão lançou a suapágina oficial no Facebook —www.facebook.com/vivacompaixao.A ideia é abordar temas douniverso feminino e as paixões<strong>que</strong> a mulher tem em sua vida.Para o lançamento da página,a marca preparou um concursocom o tema “Uma Paixão para2013”. Os participantesresponderão à pergunta: “Qual asua dica para começar o ano apaixonada?”. As sete frases maiscriativas ganharão uma transformação para o ano novo.VAIVÉMPASCHOAL SAMORANovo diretor de cenada ConspiraçãoA DM9DDB e NBS ganharama concorrência pelas contaspublicitárias da BRFoods.A F/Nazca S&S e Talent foramescolhidas para cuidar de marcascomo Sadia e Perdigão. Destaforma, as antigas parceiras, DPZe Y&R, <strong>que</strong> também participaramda concorrência, deixaram deatender a empresa.A Johnson & Johnson Medical<strong>Brasil</strong> lançou a campanha“Em Suas Mãos”. A meta éarrecadar dinheiro parapromover um acampamentoeducativo para crianças eadolescentes carentes comdiabetes. Informações estão napágina da marca no Facebook.●A Conspiração anuncia a➤contratação de PaschoalSamora, novo diretor de cena<strong>que</strong> vem reforçar a equipe daprodutora e ficará baseado naunidade de São Paulo. Paschoal,<strong>que</strong> há três anos trabalha com<strong>projeto</strong>s <strong>que</strong> misturam históriasreais com publicidade, é diretorde filmes com especializaçãoem documentários. Seu últimotrabalho foi na Mixer, onde crioue dirigiu formatos de brandedcontent para clientes comoHSBC, Bradesco, Telefônica,Pão de Açúcar e Banco do <strong>Brasil</strong>.COM A PALAVRA......ALEXANDRE MARQUESIProfessor da pós-graduação emGestão e Marketing Digital da ESPMA marca e a sua inevitávelcondição de refém dosentimento digitalAs mídias sociais são umambiente baseado em sentimentodigital, no qual a construção daidentidade da marca se originade um grupo social ou mesmo deum único indivíduo denominadoblogueiro, <strong>que</strong> é identificadoem seu grupo como líder e <strong>que</strong>pode mobilizar a massa, a<strong>que</strong>lasupracitada, e potencializaro resultado de uma marcaou mesmo prejudicá-la se forde interesse único.O sentimento digital originadona pulsão de Freud se tornouuma arma poderosa nas mãos depessoas e ou instituições (sejamblogueiros, marcas, etc.) <strong>que</strong> acargo de uma missão constroemou destroem momentaneamentevalores e significados de marca.Ou seja, o impacto do sentimentodigital é uma forma de atuaçãomomentânea e <strong>que</strong> provocareflexos de mesma magnitude,porém, se não contínuo,se torna inerte aos valoresfundamentados da marca.Criação e cocriação de textos,vídeos ou artigos são fatoresperenes. Solidificam-se, criamum rastro de sentimento digitale a sua identidade, seja positivaou negativa. A qual<strong>que</strong>rmomento esses documentossão encontrados nos sitesdenominados "buscadores",tornando cada vez mais complexaa gestão de uma marca em redessociais. O sentimento em mídiassociais é percebido e precisa deuma resposta da marca. Em ummomento quase <strong>que</strong> instantâneo,podemos perceber <strong>que</strong> o mundodas redes sociais aplicado emmídias sociais tornou a marcarefém de sentimentos digitais,<strong>que</strong> sem regra e ou mesmosem "sentido" - aqui sentidosignifica razão - levam umamarca do inferno ao céuem uma fração de segundo.


28 <strong>Brasil</strong> Econômico Sexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012EMPRESASCULTURASP Arte reúne mestres ejovens talentos da fotografiaGaleriaisnacionais einternacionaisse reúnempara expor evender fotosCintia Estevescesteves@brasileconomico.com.brA sexta edição da SP-Arte/Foto reúne na capital paulistaos cli<strong>que</strong>s de experientesfotógrafos como GermanLorca, de 90 anos, a umanova geração, <strong>que</strong> incluia também brasileira SofiaBorges, de 28. Ao todo serão20 galeriasnacionais e internacionais, comuma seleção de fotos cujo preçovaria de R$ 3 mil e R$ 100 mil.“A exposição mostra a liberdadeda fotografia. Teremos trabalhosmais tradicionais, com foco,clicando o momento e tambémimagens desfocadas cujoobjetivo é passar uma mensagem”,afirma Fernanda Feitosa,organizadora do evento.Entre as novidades desta ediçãoestá a estreia da galeria mineiraCelma Albu<strong>que</strong>r<strong>que</strong> e daparanaense Sim, além do retornodas paulistas Vermelho, MendesWood e Millan.Nos quatro dias de duraçãoda feira serão lançados seis livros<strong>sobre</strong> fotografia. Uma publicaçãoassinada por MaureenBisilliat e o livro Caminhandocom Portinari, de Alan Nielsen,estão entre os desta<strong>que</strong>s. Tambémserão lançadas obras donorte-americano Loren McIntyree dos brasileiros Edu Simões,Claudia Jaguaribe e RobertoLinsker.Mais atraçõesParalelamente à exposição acontecerãodebates em torno do temafotografia. Nesta sexta-feira,os fotógrafos Caio Resewitze Lorenzo Mammì armam umadiscussão em torno do tema Osertão não é mais sertão — a construçãoda paisagem brasileira.No dia seguinte é a vez de MauroRestiffe e Agnaldo Farias falarem<strong>sobre</strong> Cidade em crise - artee política na documentação urbana.E no domingo Um outro pontode vista — as experimentaçõesdos anos 60 e 70 será o tema <strong>que</strong>embalará a conversa entre ClaudiaAndujar e Augusto Massi.Após cinco edições realizadasno shopping Iguatemi, a SP-Arte/Foto acontecerá pela primeiravez no JK Iguatemi, umdos empreendimentos mais recentesda mesma empresa desenvolvedorade shoppings, oqual se tornou um dos cartõespostais da cidade. A própria vista<strong>que</strong> se tem a partir do terraçoonde ficarão alguns trabalhos jáé uma bela fotografia de São Paulopara os olhos dos visitantes.O local permite uma vista panorâmicada cidade. ■SERVIÇOSP-Arte/Foto 2012Quando: até 11 de novembro; Onde:Shopping JK Iguatemi (Av. PresidenteJuscelino Kubitschek, 2.041, Vila Olímpia,SãoPaulo, SP); Entrada: gratuita“Sem título” (2007) é uma fotografia de Nino Cais, um dos participantes da exposiçãoFoto “No desfile”, de German Lorca, um dos mais experientes da mostraArtistas dançam para discutir modelos de relaçõesEspetáculo de dança traz ao<strong>Brasil</strong> as esculturas deespuma do artista Duda PaivaProvavelmente você se relacionacom chefes e colegas de trabalhode uma maneira e compessoas da família de outra. É<strong>sobre</strong> estas “máscaras sociais”<strong>que</strong> o espetáculo de dança ObjetoGritante, em cartaz na CaixaCultural São Paulo, <strong>que</strong>r discutir.Para esta missão, o coreógrafoMaurício de Oliveira contacom a parceria de Duda Paiva,artista brasileiro radicado naHolanda <strong>que</strong> é atualmente umdos grandes nomes do teatro deobjetos europeu. A dupla <strong>projeto</strong>uem bonecos de espuma osmovimentos do corpo humano.Em uma determinada cena,os dançarinos Ivan Bernardellie Natalia Fernandes se entrelaçamnestes bonecos formandouma escultura viva com muitascaras, bocas e mãos. “Queremosdiscutir as razões pelasquais as pessoas usam diferentescondutas nas mais variadassituações de suas vidas”, afirmaOliveira.Jonia Guimaraes/CorponafotoJunto com os dançarinos, os bonecos formam esculturas vivasO grupoO estudo do corpo é a especialidadeda companhia Mauríciode Oliveira & Siameses. Seus integrantespraticam Hatha Yoga,balé clássico e se interessampelas mais variadas técnicascorporiais.ServiçoO espetáculo fica em cartaz naCaixa Cultural São Paulo (Praçada Sé, 111 - São Paulo) de 09 a11 de novembro (sexta e sábadoàs 19h e domingo às 18h). Os ingressossão gratuitos e podemser retirados na bilheteria comuma hora de antecedência. Nodia 11 haverá um workshop <strong>sobre</strong>dança aberto ao público,das 15h30 às 17h.Para mais informações ligue:(11) 3321-4400. ■


Sexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012 <strong>Brasil</strong> Econômico 29Fotos: divulgaçãoHISTÓRIAArquivo de cineasta russo vai a leilãoUm arquivo com cartas e fotografias <strong>que</strong> pertenceram a um dosmaiores cineastas da Rússia, Andrei Tarkovsky, será colocado à vendana casa de leilão Sotheby’s. A coleção abrange os últimos 20 anos devida do diretor e inclui uma carta ao líder soviético Leonid Brezhnevsolicitando <strong>que</strong> ele permitisse a exibição de seu filme “Andrei Rublyev”.Mostra exibe 37 filmesem todas as capitaisEvento reúne trabalhos daAmérica do Sul relacionadosaos direitos humanosEm dezembro, o músico pernambucano completaria 100 anosUma homenagema Luiz GonzagaExposição no Palácio doPlanalto reúne obrasinspiradas no Rei do BaiãoEsculturas, xilogravuras relacionadasà vida e à obra do compositorpopular e instrumentista LuizGonzaga estão entre os itens daexposição O Imaginário do Rei -Visões Sobre o Universo de LuizGonzaga em cartaz no Palácio doPlanalto, em Brasília. A mostra éuma homenagem aos 100 anos denascimento do artista <strong>que</strong> ficouconhecido como Rei do Baião.Sob a curadoria do artistaplástico paraense Bené Fonteles,quase todas as obras foramcriadas especialmente para amostra. Haverá também roupasusadas por Gonzaga, além de fotografiasdo músico, cd’s e livros<strong>sobre</strong> sua vida.ServiçoOrganizada pelo Ministério daCultura, via Fundação Nacionalde Artes (Funarte) a exposiçãofica em cartaz até dia 5 de dezembro,no térreo do Palácio doPlanalto, e tem entrada gratuita.A visitação pode ser feita desegunda a sexta-feira, das 9h às18h, e aos domingos, das 9h30às 14h30.Antes de chegar a Brasília, OImaginário do Rei - Visões Sobreo Universo de Luiz Gonzaga passoupor Salvador (BA), Fortaleza(CE) e João Pessoa (PB). ■ ABrA edição deste ano da Mostra Cinemae Direitos Humanos naAmérica do Sul exibirá gratuitamente37 filmes em todas as capitaisbrasileiras. O homenageadodo festival, <strong>que</strong> começou estasemana em Natal (RN), é o documentaristabrasileiro EduardoCoutinho. Entre os critériosusados para seleção dos filmes,está a capacidade de promoverreflexão <strong>sobre</strong> os assuntos ligadosa direitos humanos.“Em todos os filmes nós buscamosuma reflexão <strong>sobre</strong> direitoshumanos, não necessariamentefalando diretamente dotema, mas com uma mensagem<strong>que</strong> provo<strong>que</strong> reflexão”, afirmao chefe de gabinete da Secretariade Direitos Humanos da Presidência,Bruno Monteiro.Os filmes foram escolhidosentre 255 inscritos e tratam principalmentede três assuntos: direitoà memória e à verdade;combate à tortura e atenção àpopulação em situação de rua.São curtas, médias e longas metragensdo <strong>Brasil</strong> e de outros paísesda América do Sul.Esta edição privilegia títulos<strong>que</strong> não entraram no circuito comercial,como os longas-metragensHoje, de Tata Amaral, e ODia Que Durou 21 Anos, de CamiloTavares. Também poderão servistos Cabra Marcado Para Morrer(1984), Santo Forte (1999) eO Fio da Memória (1991), deEduardo Coutinho. O cineasta,Em “Batismo de Sangue”, (2006) frades lutam contra a ditadura<strong>que</strong> completa 80 anos em 2013,foi escolhido para ser homenageadopor causa do foco em direitoshumanos de seus filmes.A forma como Cabra MarcadoSERVIÇODesta<strong>que</strong>s internacionaisda mostra:Chocó (Colômbia, 2012);Estruturas Metálicas(Chile, 2011); O Garoto <strong>que</strong>Mente (Venezuela, 2011);Justiça (Bolívia, 2010);Saia se Puder (Argentina,2012); Acesse a programaçãocompleta em:cinedireitoshumanos.org.brpara Morrer aborda o enfrentamentoda ditadura militar peloscamponeses é um exemplo deseu engajamento. “A arte é umaforma de ampliar o contato dapopulação com esses temas”,afirma Monteiro.Para ampliar o público damostra, <strong>que</strong> em 2011 chegou a30 mil espectadores, serão feitasexibições em pontos alternativosdas cidades, como escolas,associações culturais e atéao ar livre. A expectativa é <strong>que</strong>50 mil pessoas participem daprogramação. Na região metropolitanade São Paulo, porexemplo, os filmes também poderãoser vistos em locais normalmentefora do roteiro dasmostras como o Cine Eldorado,em Diadema. ■ ABrEm São Paulo, coreanosunem acrobacia e culináriaESTREIAS - CINEMADiplomatas e refénsUma dupla diferenteO espetáculo Cookin’ Nanta éo maior sucesso da história doentretenimento na Coreia do SulA inusitada combinação entreacrobacias e culinária transformouo espetáculo Cookin’ Nantano maior sucesso da históriado entretenimento na Coreiado Sul. Em uma celebração deritmos, a tradicional percussãocoreana ganha nova cara comfacas, colheres, panelas e outrosutensílios transformadospelos artistas em instrumentosmusicais.Em cartaz há 15 anos em Seul,a montagem também já percorreu41 países, atingindo um públicototal de mais de 7 milhõesde pessoas.Nos dias 14 e 15 de novembro,o espetáculo poderá ser vistopela primeira vez no <strong>Brasil</strong>. Oshow faz parte da programaçãodo Festival da Coreia, <strong>que</strong> traráao país eventos culturais, musicais,exposições e filmes, alémde palestras e seminários. Tudopara festejar os 50 anos da imigraçãocoreana no <strong>Brasil</strong>.Os ingressos podem ser adquiridosna bilheteria do teatroGeo (Av. Faria Lima, 201, Pinheiros,São Paulo (SP), por telefone(4003-9949) ou pelo sitewww.showcard.com.br.Preço:R$ 60. ■ RedaçãoCom base em fatos reais Argo, dirigido e estreladopor Ben Affleck, mostra o resgate de seis diplomatasamericanos refugiados na embaixada canadenseno turbulento Irã, em 1980. Para o espectadorentender o contexto, Affleck oferece no início daprojeção uma narrativa em quadrinhos <strong>sobre</strong> comoos EUA ajudaram o xá Mohammad Reza Pahlavia governar até sua deposição em 1979 pelo célebreaiatolá Khomeini.O asilo político oferecido a Pahlavi nos EUA enfureceua população iraniana, <strong>que</strong> via nele um criminosoa ser julgado. Após a negativa do pedidode extradição do xá, os iranianos invadiram a embaixadados EUA em Teerã. Seguidores de Khomeinimantiveram presos, por 444 dias, 52 americanosem retaliação à presença do antigo xá nosEUA. Argo conta o <strong>que</strong> aconteceu com os diplomatas<strong>que</strong> conseguiram escapar à invasão.■ ReutersMarcados para Morrer sofre de uma crise existencial:por um lado é o típico filme policial, mas,por outro, subverte algumas regras da cartilha. E,se não revigora o gênero, ao menos não é mais domesmo. Escrito e dirigido por David Ayer, a primeiracoisa <strong>que</strong> se nota no longa é a recusa por estabeleceruma narrativa convencional, em <strong>que</strong> cadacena é um avanço na história. O filme mais pareceuma crônica do cotidiano de dois policiais.Eles são Brian (Jake Gyllenhaal) e Mike (MichaelPeña). A dupla só <strong>que</strong>r fazer cumprir seutrabalho, ou seja, proteger o cidadão de bem. Osinimigos são vários, mas uma gangue latina sedestaca. Se por um lado a dupla da polícia é bemexplorada, com personalidades psicológica eemocionalmente bem delineadas, os vilões sãoclichês ambulantes contra os quais é muito fácilsentir raiva. ■ Reuters


30 <strong>Brasil</strong> Econômico Sexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012FINANÇASEditora: Léa De Luca lluca@brasileconomico.com.brSubeditora: Priscila Dadona pdadona@brasileconomico.com.brLucro do BB cai 6% em 12meses, para R$ 2,7 bilhõesInadimplência e juro menor prejudicaramresultado, e banco busca diversificaçãoMarília Almeidamalmeida@brasileconomico.com.brA busca por diversificação de receitase maiores volumes aindanão compensou spreads menoresregistrados no Banco do <strong>Brasil</strong>,cujo lucro líquido no terceirotrimestre foi de R$ 2,728 bilhões,redução de 5,6% em comparaçãohá um ano.O resultado negativo foi influenciadopelo aumento de15,5% das provisões para perdascom crédito nos últimos dozemeses, direcionadas em partepara a carteira de crédito paraveículos do banco Votorantim,no qual o BB detém fatia de49,9%, apesar do aumento desofisticação desta carteira.Ivan Monteiro, vice-presidentede gestão financeira e relaçõescom investidores, aponta<strong>que</strong> o banco pretende sanar aoperação do Votorantim até o segundotrimestre do ano <strong>que</strong>vem. O Votorantim registrouprejuízo de R$ 497 milhões noterceiro trimestre.Caffarelli: investimentos relevantes sacrificaram eficiênciaBruno StuckertA inadimplência em operaçõesvencidas há mais de 90dias atingiu 2,17% da carteirade crédito total do banco, ante2,15% no segundo trimestre. Onúmero está abaixo da médiado mercado, de 3,77%, e a qualidadeda carteira aumentou.Mas taxas de juros menores eseletividade do crédito, com focoem linha com spreads menores,também contribuíram paraa piora no desempenho.Sob o efeito da baixa de juros,o resultado de intermediação financeirateve <strong>que</strong>da de 12,4%com relação ao trimestre anteriore 17,1% nos últimos dozemeses, atingindo R$ 25 bilhões.Por outro lado, a carteira decrédito ampliada atingiu R$ 532,3bilhões, alta de 4,7% em relaçãoao trimestre anterior e 20,5%nos últimos doze meses. “Queremoscompensar a <strong>que</strong>da dos juroscom volume, mas não sabemosquanto tempo esse processoirá levar”, <strong>diz</strong> Monteiro.O avanço foi maior na carteirade pessoas jurídicas, com desta<strong>que</strong>para operações para microe pe<strong>que</strong>nas empresas, <strong>que</strong>aumentaram 6,2% com relaçãoao segundo trimestre do ano e28,4% nos últimos doze meses."Temos priorizado linhas de investimento,com a baixa da Selic",afirma Monteiro.A renda de tarifas do bancofoi de R$ 5,2 bilhões, aumentode 0,4% <strong>sobre</strong> o trimestre anteriore de 11,9% com relação aomesmo período do ano passado.Apesar de ainda não ser representativa,a receita com prestaçãode serviços evolui no bancoe pode ajudar a reforçar o desempenhofuturo do banco. Porém,cortes de tarifas realizadosrecentemente terão impactonos próximos balanços.O índice de retorno <strong>sobre</strong> patrimôniolíquido médio caiu para18,6%, ante 21,4% no segundotrimestre, e seu índice de eficiênciase deteriorou com relaçãoao trimestre anterior.“Preferimos fazer investimentosaltos e relevantes a registrarimpactos no atendimentoaos clientes. Isso teve impactono índice”, conclui Paulo RogérioCaffarelli, vice-presidentede atacado, negócios internacionaise private bank. ■Cenário persiste nopróximo trimestreAumento da concorrência e dasreceitas de crédito continuarãoreduzindo rentabilidade do setorCarla Falcão e Danielle Brantwww.ig.com.brO aumento da inadimplência ea desaceleração do ritmo decrescimento do crédito seguirãopressionando a rentabilidadedos maiores bancos brasileirosde varejo no próximo trimestre,avaliam especialistas do setor.Encerrada a divulgação dosresultados financeiros dos principaisbancos no terceiro trimestredo ano – último a apresentaro balanço trimestral, o Bancodo <strong>Brasil</strong> reportou, nesta quintafeira,<strong>que</strong>da de 6% no lucro –,as perspectivas para os próximostrês meses ainda são deajuste à nova realidade de Selice spreads menores e de maior rigorna concessão de novos financiamentos.O Itaú já haviareportado <strong>que</strong>da de 13,4% no lucroe o Santander, redução de8,5% . O Bradesco teve uma pe<strong>que</strong>naalta de 1% .A pressão do governo para<strong>que</strong> os bancos reduzissem os jurosdo crédito e as taxas de administraçãode fundos contribuírampara frear a rentabilidade.Para o economista-chefe dacorretora Souza Barros, ClodoirVieira, BB e Caixa seguirão forçandoa concorrência a reduzirspreads. Em seus relatórios <strong>sobre</strong>o setor, o Goldman Sachsvem destacando a necessidadede os bancos brasileiros buscaremmaior eficiência operacionala fim de manter um nível derentabilidade sustentável nomédio prazo. Investimentos emtecnologia e em ganhos de escalaestão entre as medidas. ■UM ANO PIOR60048036024012003º TRI/11Indicadores dos quatro maiores bancos brasileiros, em R$ milhõesCARTEIRA DE CRÉDITOLUCRO LÍQUIDOINADIMPLÊNCIABB BB BB60048036024012006004803602401200ITAÚBRADESCO442.000382.2363º TRI/11332.3353º TRI/11SANTANDER600480360240 188.39012003º TRI/11Fonte: bancos532.3003º TRI/12417.6033º TRI/12371.6743º TRI/12207.3303º TRI/12432104,03,0 3,535302,0 2,525200,0000,5051,0101,5153,02,5 252,0 201,5 151,0 100,5 050,0 0010008006004002000ITAÚ3º TRI/113.800BRADESCO3º TRI/112.8643º TRI/11SANTANDER2.573 2.6578663º TRI/113º TRI/123.4103º TRI/122.8933º TRI/125913º TRI/126420ITAÚ0 123456 3º TRI/113º TRI/12BRADESCO642064203º TRI/114,70%3,80%3º TRI/11SANTANDER2,11% 2,17%4,30%3º TRI/113º TRI/125,10%4,10%3º TRI/125,10%3º TRI/12


Sexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012 <strong>Brasil</strong> Econômico 31Andrew Harrer/BloombergAÇÕESBanco poderá recomprar até US$ 3 biO JPMorgan informou ontem <strong>que</strong> reguladores americanos aprovaramno último dia 5 um plano para o banco usar seu capital pararecomprar até US$ 3 bi de suas ações no primeiro trimestre de 2013.O banco suspendeu as recompras de ações em maio e apresentou umnovo plano de capital em agosto, após conter perdas com derivativosde cerca de US$ 6,2 bi. O presidente do banco, Jamie Dimon, suspedeua recompra de ações para reconstruir sua base de capital e a liquidez.JP Morgan investe US$ 50 milhõespara reforçar área de tesouraria na ALDepois de <strong>Brasil</strong> e México, bancosegue passos de clientes rumoao Chile, Argentina e ColômbiaNatália Flachnflach@brasileconomico.com.brSeguindo os passos dos grandesclientes, o J.P. Morgan colocoua América Latina na planilha deinvestimentos. Desde o ano passado,o banco americano veminvestindo na abertura da áreade serviços de tesouraria, <strong>que</strong> éresponsável pela gestão de caixa,comércio, liquidez, cartãocomercial e serviços judiciais.O aporte chega a US$ 50 milhões.Depois de <strong>Brasil</strong> e México,no ano <strong>que</strong> vem, será a vezda Argentina e do Chile contaremcom esses produtos. O próximoda lista é a Colômbia, deacordo com Andy Rodriguez Lubary,responsável por Serviçosde Tesouraria para a AméricaLatina, em entrevista exclusivaao BRASIL ECONÔMICO. A expectativaé <strong>que</strong> até 2013 a área contecom mais de 300 funcionários.“Os clientes daqui estão expandindoas suas operações regionalmentee pelo mundo, enquantoos clientes de países desenvolvidosestão de olho na região”,afirma o executivo, semespecificar o quanto a AméricaLatina deve gerar de receita.“Não detalhamos o nosso faturamentonesse nível, mas a expectativaé grande. É uma grandeoportunidade”, acrescenta MartinNonna, diretor de serviçosde tesouraria corporativa para aAmérica Latina. No terceiro trimestre,os serviços de tesourariado banco apuraram receitade quase US$ 1,1 bilhão.O <strong>Brasil</strong> vai dar apoio para osvizinhos, já <strong>que</strong> os principaisexecutivos da América Latina ficarãono país. “Mas cada um terásua área própria com gerentesregionais”, reitera Lubary.“Por ser a maior economia, o<strong>Brasil</strong> também é onde vemos amais oportunidades de ganhos”,acrescenta o executivo.Sobre a interferências dos governosna regulação, Lubary<strong>diz</strong> <strong>que</strong> isso afeta marginalmenteos clientes, mas não impede avinda deles. “Estamos aqui paraajudá-los da melhor forma possível.Não é uma aposta de seismeses. Pretendemos ficar aquipor uns 100 anos. Isso vai alémde <strong>que</strong>stões cambiais ou interferênciasdo governo e eles pensamda mesma forma.”Nonna afirma <strong>que</strong> no portfóliode produtos existem os <strong>que</strong>são globalmente ofertados,mas também a<strong>que</strong>les <strong>que</strong> são regionalmenteadaptados. “Cadaregião tem demandas específicas,assim como cada clientetambém.”Um dos tópicos <strong>que</strong> estão napauta de reuniões com clientessão os possíveis cenários porcausa da crise econômica.“Acho <strong>que</strong> teremos o mesmo númerode países na Zona do Euro,apesar de o futuro da Gréciaainda ser uma dúvida. Mas o cenárioda economia dos EstadosUnidos ficará mais positivo, assimcomo o da América Latina,puxado pelo interesse dos investidorese desempenho do <strong>Brasil</strong>e México”, acrescenta Lubary.“Apresentamos planos de contingênciacaso a situação sejapior do <strong>que</strong> a prevista.” ■Rodrigo CapoteNonna (esq.) e Lubary: por ser a maior economia, <strong>Brasil</strong> é o <strong>que</strong> oferece mais oportunidades de ganhosCompulsório fica menorBancos <strong>que</strong> compram carteirasde crédito de seus parespagarão menos a partir de hojeO Banco Central aumentou o valordo patrimônio de referênciados bancos <strong>que</strong> podem ser beneficiadospor compras de carteirasde crédito <strong>que</strong> geram descontosno recolhimento doscompulsórios a prazo. A medidatambém ajuda a estimular asoperações com Letras Financeirase, segundo o BC, não mexena liquidez do sistema.De acordo com a Circular3.613 publicada ontem, o patrimôniode referência dos bancos<strong>que</strong> podem vender carteiras eoutros ativos <strong>que</strong> gerem o benefíciopassa a ser de até R$ 3,5 bilhões,acima dos até R$ 2,2 bilhõesestipulados há dois anos.Segundo o BC, essa mudançaocorre para apenas se adaptarao “crescimento natural” domercado, e não soube informarquantos bancos poderiam serbeneficiados com o novo parâmetro.“É uma adequação do parâmetroao crescimento naturaldo patrimônio líquido das instituiçõesfinanceiras, levando emconta sua rentabilidade nos últimosdois anos”, informou o BC,acrescentando ainda <strong>que</strong> nãoexiste problemas de liquidezdentro do sistema financeiro.A medida do BC tambémmanteve a exigência de <strong>que</strong> osbancos vendedoresA medidatambém ajudaa estimularas operaçõescom LetrasFinanceirasde carteira de créditoa outras instituiçõestenham 20%de seus ativos emoperações de crédito,mas fez mudançasnas regras de passivo:até então, 20%tinha de representardepósitos a prazo e, agora,também terá de incluir Letras Financeiras.Com isso, acredita aautoridade monetária, estaráajudando a melhorar a liquidezdesses papéis de longo prazo<strong>que</strong>, no final de setembro, chegavama R$ 220 bilhões.Desde 2008, no auge da criseinternacional, o BC tem adotadomedidas para estimular asgrandes instituições a compraremcarteiras dos pe<strong>que</strong>nos emédios bancos por<strong>que</strong> podemdeduzir os valores dos depósitoscompulsórios a prazo.No final de dezembro passado,o BC fez modificações maissignificativas nos compulsóriosa prazo <strong>que</strong>, na época, tinhampotencial para injetarcerca de R$ 30bilhões no mercado.Na<strong>que</strong>le momento,a autoridademonetária anunciou<strong>que</strong> havia reduzidoo percentualde compulsório aprazo com rendimentopela Selic, <strong>que</strong> era de100%, para 64%, num movimentoescalonado até abril.O BC não alterou a alíquotade 20% dos depósitos a prazo<strong>que</strong> tem de ir ao compulsóriobancário, <strong>que</strong> é a parcela dosdepósitos dos bancos <strong>que</strong> ficapresa na autoridade monetária.■ ReutersCaptação noexterior ficaem US$ 7,1 biPuxadas por Petrobras,operações deslancham emoutubro; no ano, são US$ 44 biAs captações externas continuarama<strong>que</strong>cidas em outubro.Dados preliminares divulgadosontem pela Anbima indicam<strong>que</strong> foram levantados US$ 7,1 bilhõesem recursos no mercadointernacional, todos com títulosde dívida (renda fixa). Ascaptações foram concentradasem títulos corporativos de cincocompanhias <strong>que</strong> somaramUS$ 5 bilhões, lideradas pelaemissão da Petrobras com volumede US$ 3,3 bilhões.As duas emissões de instituiçõesfinanceiras no período somaramUS$ 2 bilhões. Este foi operfil observado em todo o anode 2012: dos US$ 44,6 bilhões levantadosno período, 61,3% forampara empresas. Houve apenasUS$ 106 milhões emitidosem ações no exterior no mês. ■EM ALTARecursos captados no exteriorem outubro, em US$ milhõesBANCOSABCBBEMPRESASPETROBRASRODOPAALIMENTOSOASBR MALLSSAMARCOTOTAL EMOUTUBROEM 2012*EM 2011*1000 500 1000 1500 20001001755001.0000 500 1000 1500 2000 2500 3000 35007.10032.0270 10000 20000 30000 40000 50000Fonte: Anbima * até 31/101.9253.31344.521


32 <strong>Brasil</strong> Econômico Sexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012FINANÇASAllison Joyce/AFPADRs<strong>Brasil</strong>Agro estreia na Bolsa de Nova YorkControladores, conselheiros e diretores da <strong>Brasil</strong>Agro participaramontem da cerimônia de estreia das negociações de ADRs (AmericanDepositary Receipts) do Nível II na Bolsa de Valores norte-americana.“Estamos satisfeitos com mais este passo para o nosso crescimento.Com a operação, o segmento de agronegócio brasileiro passa a sermais bem visto no Exterior, além de estarmos levando a Companhiaa um novo nível”, explica Julio Toledo Piza, CEO da <strong>Brasil</strong>Agro.Senior Solutionsplaneja lançar suasações até janeiroRodrigo CapotePresidente da empresa <strong>diz</strong> <strong>que</strong> não vai esperar o anúncio dasmedidas de estímulo para acesso das PMEs à BM&FBovespaVanessa Correiavcorreia@brasileconomico.com.brA Senior Solutions, segundaempresa a se listar no BovespaMais sem emitir ações, não iráaguardar a divulgação das medidasde incentivo a pe<strong>que</strong>nase médias empresas (em estudopor um grupo de trabalho) paralevar adiante sua oferta deações. “Claro <strong>que</strong> qual<strong>que</strong>r incentivopara fomentar essemercado vai nos ajudar. Mas estamospreparados para jogar ojogo de acordo com as regrasatuais”, afirma Bernardo Gomes,presidente da provedorade tecnologia para o mercadofinanceiro.SEM AÇÕESAinda não há um prazo definidopela companhia para captarrecursos na BM&FBovespa.Mas, a partir do momento <strong>que</strong> adecisão for tomada, o executivoespera <strong>que</strong> a operação seja concluídaem, no máximo, três meses.“Tomamos a decisão de <strong>que</strong>braro processo de abertura decapital em duas etapas e nosmantivemos fiel a ela”, <strong>diz</strong>.De acordo com o executivo, aoferta da companhia tem característicasdiferentes das usualmentefeitas pelas empresas brasileiras:não contará com investidoresestrangeiros — os locaissão menos suscetíveis às oscilaçõesexternas. A Senior Solutionsacredita também <strong>que</strong> seráCusto do processo de abertura de capital no Bovespa Maisda Senior SolutionsCUSTOS DO PROJETO (EM R$ MIL)AdvogadosAssessoria de aberturade capitalAssessoriade desenvolvimentode websiteAssessoria de relaçõescom imprensaTOTALFonte: Senior Solutions120150,011,018,0299,5CUSTOS ANUAIS DA MANUTENÇÃO DALISTAGEM (EM R$ MIL)Equipe de RI 126,6Auditoria 121,5Advogados 21,6Publicações legais 42,6Taxas de fiscalização 9,94Escrituração de ações 5,2TOTAL 327,5beneficiada pela <strong>que</strong>da recenteda taxa básica de juros (Selic).Gomes considera as medidasavaliadas por entidades do mercadofinanceiro e de capitaissão de suma importância. “Sabemos<strong>que</strong> nossa oferta será destinadaaos investidores <strong>que</strong> buscamrentabilidade no médio elongo prazo e <strong>que</strong> não priorizamliquidez”, acredita Gomes,citando uma das medidas sugeridasno início da semana por umgrupo de trabalho <strong>que</strong> avalia essasmedidas.“Uma das propostas ofereceincentivo fiscal aos investidoresde acordo com o tempo depermanência no ativo, similaraos fundos de previdência privada.Faz todo sentido, já <strong>que</strong> pe<strong>que</strong>nase médias empresas precisamde um tempo maior paraexecutar seu plano”, <strong>diz</strong>.Outro ponto discutido na reunião— da qual o executivo participou— são os custos de realizaçãode uma oferta de ações. Nasua opinião, isso não é um impeditivo.Para a listagem no BovespaMais, os custos fixos somaramR$ 299,5 mil, ou 0,7% dareceita bruta anual, e os custosanuais da manutenção da listagemsomam R$ 327,5 mil.Gomes, presidente: listagem na bolsa custa R$ 327,5 mil ao anoResultados trimestraisA despeito do momento adversopelo qual o setor financeiropassa, os resultados trimestraisda Senior Solutions forambastante positivos. O lucro líquidoentre julho e setembrodeste ano totalizou R$ 2,4 milhões,crescimento de 135%em relação a igual período doano anterior. A lucratividade,medida pelo lucro antes de juros,impostos, depreciações eamortizações (Ebitda), seguiua mesma direção: saltou de R$1,8 milhão para R$ 2,8 milhõesao final do trimestre.Os resultados, segundo Gomes,devem-se à expansão de27% da receita líquida entre oterceiro trimestre do ano passadoe o mesmo período desteano, e ao avanço dos custosem velocidade inferior a da receita,de 23%.“A busca por eficiência porparte das instituições financeirasem função da <strong>que</strong>da da taxade juros e aumento dainadimplência neste ano impulsionouos resultados da unidadede consultoria, <strong>que</strong> apresentoucrescimento de 33,6%”,destaca o presidente.A listagem no Bovespa Mais,segmento de acesso de pe<strong>que</strong>nase médias empresas à bolsabrasileira, ainda não impactouos números da companhia. Segundoo executivo, isso já era esperado.“O ingresso no BovespaMais tem efeito institucional,no sentido de <strong>que</strong> nossos clientesnos diferenciam em relaçãoaos concorrentes, tanto no <strong>que</strong><strong>diz</strong> respeito à transparênciaquanto à divulgação de resultados”,completa Gomes.Ainda assim, esse é o terceirotrimestre consecutivo desde aabertura de capital <strong>que</strong> a provedorade tecnologia para o setorfinanceiro registra crescimento,com receita trimestral recordedesde o início de suas operações,em 1996. ■Ritmo de crescimento da Cetip está mais lentoReceita bruta cresceu 18% noano, até setembro, ante avançode 25% nos últim os anosNatália Flachnflach@brasileconomico.com.brSe por um lado, o cenário adversona concessão de créditoafetou o desempenho da áreade financiamentos da Cetip noterceiro trimestre do ano, poroutro, o fato de os esto<strong>que</strong>s representarem45% da receita daunidade de títulos e valores mobiliáriospermitiu certa resiliênciano balanço da companhia.Francisco Carlos Gomes,diretor vice-presidente executivocorporativo, financeiro ede RI, <strong>diz</strong> <strong>que</strong> a companhia continuacrescendo, apesar de oritmo estar mais lento <strong>que</strong> nopassado. “Nos últimos anos, areceita bruta crescia 25%, masde janeiro a setembro cresceu18%”, afirma, acrescentando<strong>que</strong>, no terceiro trimestre, a receitabruta consolidada totalizouR$ 234,4 milhões.“Mas o segmento de financiamentojá mostra retomada notrimestre com crescimento de5% ante o segundo trimestre.Gradativamente, vai haver a retomadado crédito. Não estamospreocupados no curto prazo,até por isso, a gente não paroude investir em novos produtose plataformas.”A receita líquida do terceiro trimestreatingiu R$ 200,9 milhões,avanço de 4,7% em relaçãoao mesmo período do anopassado. Já o lucro líquido ajustadofoi de R$ 100,7 milhões, enquantoo Ebitda ajustado para oatingiu R$ 144,2 milhões, 1,2%superior ao segundo trimestre.Outro desta<strong>que</strong> está no volumemédio dos ativos de renda fixasob custódia, cujo esto<strong>que</strong> valorizadoatingiu R$ 3,3 bilhões no terceirotrimestre, 11,2% superiorao volume do ano passado. ■


Sexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012 <strong>Brasil</strong> Econômico 33DivulgaçãoSEGUROSMapfre registra ¤ 16,6 bi em prêmios no anoA seguradora Mapfre registrou ¤ 16,6 bilhões em prêmios emitidos noano, até setembro, alta de 13% ante igual período de 2011. Os negóciosnão vida somaram ¤ 11,9 bilhões, com alta de 9,8% em prêmios e osprodutos de vida avançaram 22,3% para ¤ 4,66 bilhões no período.O lucro atribuível chega a ¤ 655,9 milhões, 14,3% menos <strong>que</strong> no anopassado, devido às provisões e deteriorações por conta da crise. Olucro recorrente, entretanto, cresceu 9,1%, alcançando ¤ 737,8 milhões.BOLSASIbovespa cai pelo2º dia seguidoPressionado por incertezas nosEstados Unidos, índice recua1,70%, aos 57.524 pontosPriscilla Arroyoparroyo@brasileconomico.com.brApós a vitória de Barack Obama,o déficit fiscal dos EstadosUnidos volta ao radar e os investidoresmostram aversão ao risco.O clima de cautela se espalhoupelos mercados mundiais eos principais índices fecharamno vermelho. Por aqui, Ibovespacaiu 1,70%, aos 57.524 pontos.O giro financeiro ficou emR$ 6,6 bilhões.A bolsa brasileira abriu em alta,mas perdeu força após o iníciodas negociações em WallStreet. “Hoje houve leilão de títulosde 30 anos nos EstadosUnidos. Mesmo com juro baixo,a demanda foi enorme, o<strong>que</strong> indica aversão a qual<strong>que</strong>rativo de risco”, afirma AndréPerfeito, economista-chefe daGradual Investimentos.A incerteza <strong>sobre</strong> como Obamavai se posicionar diante doCongresso neste início de mandatoteve mais importância <strong>que</strong>os indicadores positivos.Cetip (CTIP3) liderouos ganhos, comavanço de 2,68%.Na ponta negativa,Vanguarda Agrorecuou 5,55%“A tendência predominante éde aversão ao risco”, <strong>diz</strong> o economista-chefeda Planner Corretora,Eduardo Velho. “Ninguém sabeo <strong>que</strong> vai acontecer nos EUA edeixará os mercados bem maiscautelosos daqui para frente.”O presidente terá de enfrentarresistência dos republicanospara aprovar orçamento dopaís em meio a ameaça de umabismo fiscal.Em Wall Street, o Dow Jonescaiu 0,94%, o S&P 500 recuou1,22% e o Nasdaq registrou <strong>que</strong>dade 1,42%.Na Europa, o parlamento daGrécia aprovou as medidas deausteridade impostas em trocade um novo pacote de socorrono valor de ¤ 1,5 bilhões. Agora,os membros do Banco CentralEuropeu (BCE) vão analisar o relatórioda situação fiscal grega eo montante deve ser liberadono final de novembro.Além disso, o presidente doBCE, Mario Draghi , declarou<strong>que</strong> a economia da Zona do Eurocontinua enfra<strong>que</strong>cida.Neste contexto, os mercadosacionários europeus fecharamno vermelho o FTSE-100, de Londres,recuou 0,27%; o CAC-40,de Paris, perdeu 0,06%; e oDAX, de Frankfurt teve <strong>que</strong>da de0,39%. ■ Com ReutersMOEDASPessimismo externoeleva dólar a R$ 2,04Preocupação com Europa levoumoeda a subir 0,29%; DIstambém avançaram com BCO pessimismo <strong>que</strong> voltou a prevalecernos mercados de bolsaontem gerou a segunda sessãoseguida de valorização do dólarfrente ao real.Após a alta de 0,10% na véspera,desta vez a moeda americanaencerrou os negócios frenteà brasileira com valorizaçãode 0,29%, a R$ 2,040 na venda.“O câmbio seguiu o movimentoexterno. Apesar de aGrécia ter aprovado as medidasde austeridade para recebernova ajuda, os ministrosdas finanças da Europa disseram<strong>que</strong> terá de haver um estudopara averiguar se as medidastornam a Grécia elegívelpara receber a ajuda”, <strong>diz</strong> LucianoRostagno, estrategistachefedo Banco WestLB.As declarações feitas pelo presidentedo Banco Central Europeu(BCE), Mário Draghi, contribuírampara a maior busca dosinvestidores por ativos de riscona sessão, nota o especialista.“A atividade econômica deuma maneira geral está fraca edeve permanecer assim no curtoprazo”, ponderou a autoridade.Draghi disse ainda <strong>que</strong> a Alemanha,maior economia do velhocontinente, <strong>que</strong> até agorapermanecia imune às dificuldadesenfrentadas por seus pares,começa a dar os primeiros sinaisdos efeitos da crise.Nesta quinta foi informado<strong>que</strong> a produção industrial germânicacaiu 1,8% em setembro,após a <strong>que</strong>da de 0,4% na aferiçãoanterior.JurosA alteração de algumas regrasdo depósito compulsório a prazofeitas pelo Banco Central(BC) deve incrementar o créditono mercado doméstico, o <strong>que</strong>permitiu uma abertura da curvade juros futuros da BM&FBovespa,a despeito do ambiente negativodos demais mercados.Mais negociado, com giro deR$ 23,649 bilhões, o contratode Depósito Interfinanceiro(DI) com vencimento em janeirode 2014 subiu de 7,32% para7,35%, enquanto o para janeirode 2015 avançou de 7,85%para 7,88%, com volume deR$ 9,095 bilhões.“O movimento da curva ficouatrelado a medida do BC.Apesar de o Carlos Hamilton(Araújo, diretor de política econômicado BC) <strong>diz</strong>er <strong>que</strong> a medidanão deve proporcionar maisliquidez, algumas análises indicam<strong>que</strong> a disponibilidade decrédito deve sim aumentar”,afere Rostagno.Os bancos, quando compramcarteiras de outras instituições,podem abater o valor da aquisiçãodo compulsório do depósitoa prazo. No entanto, essa operaçãosó é permitida caso o vendedorda carteira se enquadre emuma série de critérios, e essescritérios é <strong>que</strong> foram alteradospela autoridade monetária. ■Lucas BombanaCENTRAIS ELÉTRICASMATOGROSSENSES S.A. - CEMATCNPJ/MF nº 03.467.321/0001-99 - NIRE nº 51.300.001.179Companhia AbertaAta da Assembleia Geral de Debenturistas da 4ª Emissão Pública de Debêntures nãoConversíveis em Ações da Centrais Elétricas Matogrossenses S.A. - CEMATRealizada em 1º de outubro de 20121. Data, Hora e Local: 1º de outubro de 2012, às 12h, na sede da Centrais Elétricas Matogrossensess.a. - cemat (“Emissora” ou “Companhia”), localizada na Cidade de Cuiabá, Estado de Mato Grosso,na Rua Manoel dos Santos Coimbra, 184. 2. Presença: Debenturistas titulares da totalidadedas debêntures em circulação emitidas nos termos do “Instrumento Particular de Escritura deEmissão Pública de Debêntures Não Conversíveis em Ações da Quarta Emissão de CentraisElétricas Matogrossenses S.A. - CEMAT”, registrado na Junta Comercial do Estado de MatoGrosso (“JUCEMAT”) sob o nº ED000230000, aditada em 1º de novembro de 2011 pelo PrimeiroAditamento registrado sob o nº ED000230001, em 18 de maio de 2012 pelo Segundo Aditamentoregistrado sob o nº ED000230002 e em 30 de agosto de 2012 pelo Terceiro Aditamento registradosob o nº ED000230003. (“Debenturistas”, “Debêntures” e “Escritura de Emissão”, respectivamente)conforme se verificou pelas assinaturas na Lista de Presença de Debenturistas e pela PlannerTrustee Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. (“Agente Fiduciário”). Presentes, ainda,os representantes da Companhia, Interventor, Dr. Jaconias de Aguiar, e Diretor Vice-Presidente deOperações, Joubert Meneguelli. 3. Composição da Mesa: Presidente: Rafaela Jun<strong>que</strong>ira de Oliveira;e Secretária: Rejane Carvalho Assis. 4. Edital de Convocação: Dispensada a convocação tendoem vista a presença de Debenturistas titulares da totalidade das Debêntures em circulação, nostermos do artigo 124, § 4º, da Lei nº 6.404/76. 5. Ordem do Dia: Autorizar o Agente Fiduciárioa não declarar o vencimento antecipado e/ou aplicação de qual<strong>que</strong>r penalidade à Emissora, emdecorrência da intervenção da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL na Companhia, nostermos da Resolução Autorizativa nº 3.647 publicada no Diário Oficial da União, Seção 1, EdiçãoExtra em 31 de agosto de 2012. 6. Deliberações: Tendo em vista a presença dos Debenturistastitulares da totalidade das Debêntures em circulação e do Agente Fiduciário, foi aprovado porunanimidade e sem ressalvas, (i) <strong>que</strong> os Debenturistas se reunirão em nova assembleia em até90 (noventa) dias contados da presente data para deliberar <strong>sobre</strong> autorizar o Agente Fiduciárioa não declarar o vencimento antecipado das Debêntures, previsto na Cláusula 6.26, Inciso IX daEscritura de Emissão; (ii) eximir o Agente Fiduciário, até a data de realização de nova assembleia,da responsabilidade de declarar o vencimento antecipado das Debêntures; e (iii) autorizar o AgenteFiduciário a encerrar a presente assembleia nesta data e, observado o prazo do item (i), convocarnova assembleia tão logo solicitado por qual<strong>que</strong>r dos Debenturistas, sendo certo <strong>que</strong> o presenteencerramento não prejudicará o direito dos Debenturistas de cobrar e receber os valores devidospela Emissora, nos termos da Escritura de Emissão. 7. Encerramento: Nada mais havendo a tratar,o Presidente da AGD suspendeu os trabalhos pelo tempo necessário à lavratura desta ata <strong>que</strong>,após lida e aprovada, foi assinada pelos presentes. Cuiabá, 1º de outubro de 2012. Presidente- Rafaela Jun<strong>que</strong>ira de Oliveira. Secretária - Rejane Carvalho Assis. Debenturistas: FUNDAÇÃOCARLOS CHAGAS, neste ato representada por Rafaela Jun<strong>que</strong>ira de Oliveira; V2 YELD FI RENDAFIA CRÉDITO PRIVADO, neste ato representado por Rafaela Jun<strong>que</strong>ira de Oliveira; CAPITÂNIAINFLATION CRÉDITO PRIVADO FUNDO DE INVESTIMENTO RENDA FIXA (anterior M899 FUNDODE INVESTIMENTO MULTIMERCADO), neste ato representado por Rafaela Jun<strong>que</strong>ira de Oliveira;CAPITÂNIA PORTFÓLIO CRÉDITO PRIVADO FUNDO DE INVESTIMENTO MULTIMERCADO,neste ato representado por Rafaela Jun<strong>que</strong>ira de Oliveira; CAPITÂNIA MAP CRÉDITO PRIVADOFUNDO DE INVESTIMENTO MULTIMERCADO, neste ato representado por Rafaela Jun<strong>que</strong>irade Oliveira; CAPITÂNIA PLUS CRÉDITO PRIVADO FUNDO DE INVESTIMENTO RENDA FIXA(Anterior M839 FUNDO DE INVESTIMENTO MULTIMERCADO), neste ato representado por RafaelaJun<strong>que</strong>ira de Oliveira; CAPITÂNIA FIX CRÉDITO PRIVADO FUNDO DE INVESTIMENTO RENDAFIXA (anterior M982 FUNDO DE INVESTIMENTO MULTIMERCADO), neste ato representadopor Rafaela Jun<strong>que</strong>ira de Oliveira; Agente Fiduciário: Planner Trustee Distribuidora de Títulos eValores Mobiliários Ltda., neste ato representada por Rejane Carvalho Assis. Representantes daCompanhia: Interventor, Dr. Jaconias de Aguiar, e Diretor Vice-Presidente de Operações, JoubertMeneguelli. Declaro <strong>que</strong> a presente é cópia fiel extraída do livro próprio. Rafaela Jun<strong>que</strong>ira deOliveira - Presidente. Rejane Carvalho Assis - Secretária. JUCEMAT nº 20120981270, em sessão de18/10/2012. João Gilberto Calvoso Teixeira - Secretário Geral.


34 <strong>Brasil</strong> Econômico Sexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012FINANÇASDivulgaçãoMEMÓRIAMorre Silvio Guerra, diretor de RI da LocalizaSIlvio Guerra, 56 anos, diretor de relações com investidores daLocaliza, foi encontrado morto ontem na sede da empresa, em BH.Vencedor por três anos consecutivos do prêmio de melhor profissionalde RI do <strong>Brasil</strong>, o executivo trabalhava há 15 anos na Localiza e eradiretor adjunto do Instituto <strong>Brasil</strong>eiro de Relações com Investidoresde Minas. Segundo colegas seus ouvidos pelo <strong>Brasil</strong> Econômico,seu dinamismo e liderança farão falta ao mercado de capitais.MRV ON (MRVE3)16 15,0(fechamento em R$)BR Properties aprova emissãode R$ 500 mi em debêntures13,5 13,512,011,1511,0910,9210,59,0 9,0 Stop Resistência Objetivo31/JUL/123/SET1/OUTFontes: Carlos Martins, Economatica, BM&FBovespa e <strong>Brasil</strong> Econômico9,7310,538/NOVA operação prevê a emissão deaté 50 mil títulos, com valornominal unitário de R$ 10 milO conselho de administração daBR Properties, empresa de investimentoem imóveis comerciaisde renda, aprovou a realizaçãoda segunda emissão de debênturessimples, em série única,não conversíveis em ações,no valor de até R$ 500 milhões,segundo comunicado enviadoontem à Comissão de ValoresMobiliários (CVM).A operação prevê a emissãode até 50 mil debêntures, comvalor nominal unitário de R$10 mil. Os ativos terão prazo dedois anos.De acordo com o comunicadoda empresa, os papéis nãoestarão sujeitos à atualizaçãomonetária e <strong>sobre</strong> o saldo devedordo valor nominal de cadauma das debêntures incidirãojuros remuneratórios correspondentesa 100% da variaçãoacumulada das taxas médiasdiárias dos Depósitos Interfinanceiros(DI) de um dia.A remuneração será paga semestralmentea partir de 10 dedezembro deste ano, data deemissão, ocorrendo o primeiropagamento em 10 de junho de2013 e o último, em 10 de dezembrode 2014.Dados do mercadoDados divulgados ontem pelaAssociação <strong>Brasil</strong>eira das Entidadesdos Mercados Financeiro ede Capitais (Anbima) revelam<strong>que</strong> o mercado secundário dedebêntures, excluindo as emissõesde leasing, registrou recordede operações em outubro.Foram registradas 2.595 operações,frente a 1.975 no mês anterior.O valor supera o recordeanterior, de agosto deste ano,quando foram registradas 2.178operações. O volume financeiromédio de outubro, contudo,foi de R$ 172 milhões, 36% inferiorfrente à média registradaem setembro.■MRV em ponto de venda rumo a R$ 9,73As ações da construtora MRV Engenharia (MRVE3) estão emtendência de <strong>que</strong>da na bolsa de valores brasileira e a indicaçãodo analista gráfico Carlos Martins é de venda para os papéis.Ontem, as ações fecharam com <strong>que</strong>da de 4,27%, para R$ 10,53— o Ibovespa, principal indicador da BM&FBovespa caiu 1,70%.“Essa indicação de venda tem um objetivo em R$ 9,73, quandoo investidor deve comprar novamente os papéis, o <strong>que</strong> remetea cerca de 7,5% de <strong>que</strong>da", afirma. A operação foi estruturadapor<strong>que</strong> os papéis romperam um suporte (ponto <strong>que</strong>, se rompido,indica tendência de forte <strong>que</strong>da das ações) em R$ 10,92 no pregãode ontem. "Esse suporte havia sido rompido no dia 26 de outubro,o <strong>que</strong> era um sinal de venda, mas o papel voltou ao mesmo nívelnesta semana e ontem conseguiu perder de novo, confirmandoa operação de venda", destaca o analista. Agora, esse mesmopatamar de R$ 10,92 é considerado uma resistência (ponto <strong>que</strong>,se superado, indica tendência forte de alta das ações).Neste caso, o stop da operação fica em R$ 11,09. Isso significa <strong>que</strong>se o investidor alugou os papéis para venda e precisa recomprarpara devolvê-los ao proprietário, o mais interessante é <strong>que</strong> nãofaça isso depois <strong>que</strong> superar o patamar de R$ 11,09, para evitarperdas maiores para o portfólio. No pregão de hoje, as ações daconstrutora devem reagir à divulgação de resultados do terceirotrimestre, ocorrida ontem depois do fechamento do mercado. F.F.SIDERÚRGICASXP Investimentos indica operação de Long & Short com ações de Gerdau e de UsiminasPERSPECTIVAS SÃOPOSITIVAS PARA AGERDAU NA BOLSA,AO CONTRÁRIODA USIMINASA XP Investimentos recomendaoperação de Long & Short entreações de Gerdau e da Usiminas.A transação proposta consiste emmontar uma posição de compra(long) e outra de venda (short)com ativos diferentes, para lucrarna diferença da rentabilidade.Neste caso, a corretora sugerea compra de Gerdau (GGBR4)e a venda de Usiminas (BBAS3),segundo relatório de WilliamCastro Alves. Após os balanços,a corretora avalia <strong>que</strong> o setorsiderúrgico seguiu pressionadocom custos elevados, fracaatividade econômica interna,resultando em números fracosno terceiro trimestre. “Ficoumais uma vez clara a diferençaoperacional das duas empresas,com a Gerdau apresentandorentabilidade superior, melhoresmargens, menor endividamentoe sendo negociada a múltiplosinferiores aos da Usiminas”,destaca. Apesar das ações daGerdau terem caído muito, peladesistência de um parceiro para odesenvolvimento de seu braço demineração, a empresa anuncioureservas maiores <strong>que</strong> as previstasPor isso, a XP sugere a exposiçãono papel. Já Usiminas, mesmocom a melhora do mix de vendas,apresentou números fracos notrimestre. “Os fracos volumes devendas em siderurgia e a <strong>que</strong>dano preço do minério pesaramforte”, concluiu Castro Alves.FUNDOS DE INVESTIMENTORenda fixa índice tem o maior retornono mês de outubro, revela AnbimaOPÇÕES DE AÇÕESBolsa selecionaformadores de mercadoOs fundos de renda fixa índices— <strong>que</strong> aplicam em títulos públicos— registraram a maior rentabilidadedentre os fundos deinvestimento no mês de outubro,com alta de 2,67%, acumulandotambém o maior retornodo ano (19,19%) e em 12 meses(21,72%).Os dados são da Associação<strong>Brasil</strong>eira das Entidades dosMercados Financeiro e de Capitais(Anbima) e foram divulgadosontem.Esses fundos, classificadospela entidade, têm como referênciaa rentabilidade do IMA-Geral, índice <strong>que</strong> acompanha odesempenho de uma carteirade papéis do Tesouro. Segundoa Anbima, a alta rentabilidadedesses títulos reflete o bom desempenhodas Notas do TesouroNacional série B (NTN-B), papéiscorrigidos pela inflação.Já o mercado acionário, aocontrário dos meses anteriores,teve desempenho negativo,influenciado, em parte, peladivulgação de resultados corporativos.Contudo, dentre osfundos de ações <strong>que</strong> tiveram desempenhopositivo, teve desta<strong>que</strong>o Small Caps, <strong>que</strong> avançou1,79%, acumulando alta de16,33% no ano.Na categoria Multimercados,a maior alta, de 1,25%, foi alcançadapelo tipo Macro, <strong>que</strong>acumula a terceira maior rentabilidadeda indústria no ano eem 12 meses.O setor de fundos de investimentoregistrou captação líquidaem outubro de R$ 8,3 bilhões,liderada pela categoriaMultimercados.Com ingressos líquidos deR$ 4,5 bilhões, patamar próximoao observado nos meses anteriores,a categoria mantémsecomo a segunda de maiorcaptação no ano, atrás, apenas,da categoria Previdência. ■A BM&FBovespa abriu ontem oprocesso de concorrência paraselecionar três formadores demercado para opções de açõesdo Banco Bradesco (BBDC4),Gerdau (GGBR4), Banco do <strong>Brasil</strong>(BBAS3) e <strong>sobre</strong> o Índice Bovespa(IBOV).Os interessados, inclusive asresidentes no exterior, têm atéo dia 7 de dezembro para entregaras propostas, sendo <strong>que</strong> asessão de abertura dos documentosocorrerá em 18 de dezembro,quando serão conhecidasas instituições pré-selecionadas.As instituições vencedorasserão conhecidas em 18 de janeirodo próximo ano, após assinaturado contrato.Serão consideradas vencedoras,para cada objeto da concorrênciaas três propostas <strong>que</strong> indicaremos menores spreads,cotados em pontos no caso dasopções <strong>sobre</strong> o Índice Bovespae em reais no caso das opções<strong>sobre</strong> ações.O programa de formador demercado da BM&FBovespa tempor objetivo incentivar a negociaçãode opções, elevando a liquidez<strong>sobre</strong> outros ativos subjacentesdo segmento Bovespa,além de Petrobras e Vale. ■


ESTILO DE VIDASexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012 <strong>Brasil</strong> Econômico 35R$ 70Mais o valor do deslocamento,é quanto custa o trabalho de um‘personal do sono’, profissional<strong>que</strong> vai até a casa dos clientespara analisar se eles estãodormindo de forma correta.DORMIRGaranta um bom sono para otrabalho não virar pesadeloDe cada dez executivos, um tem insônia, <strong>diz</strong> pesquisa: terapia, respiração e ‘personal do sono’ podem ajudarFlávia Furlanffurlan@brasileconomico.com.brA economista Flávia David, 34anos, conquistou antes dos 30um emprego <strong>que</strong> proporcionavareconhecimento no mercado,alto salário e um apartamentona beira da praia com aluguelpago pela empresa. Mas este éapenas um lado da história.Com a pressão por metas, passavaa maior parte das noites emclaro e, nas <strong>que</strong> dormia, o períododurava três horas, insuficientespara descansar.“Acordava acabada, com dorde cabeça e enjoo. Ficava muitoirritada e as relações interpessoaisse tornaram difíceis”, conta.A única providência foi começara tomar remédio e, mesmoassim, o problema persistia,rotina <strong>que</strong> durou dois anos.Foi só ao ser demitida, quandoa empresa foi vendida, <strong>que</strong>decidiu buscar ajuda. Neste período,o estresse já tinha deixadosuas marcas: teve de retirara tireoide pela presença de nódulose detectou duas doençasautoimunes.“Quando fui demitida, um colegame indicou um curso de gerenciamentode estresse e fuiaprendendo a lidar com as emoçõespela técnica de respiraçãoe meditação, trazendo a mentepara o momento presente. Faztrês anos <strong>que</strong> durmo todas asnoites”, comemora. O curso citadopela executiva custa emtorno de R$ 350, dura quatrodias e marcou o início de uma vidamais leve para ela.Alienados do próprio bem-estarpela pesada rotina de trabalho,grande parte dos executivosnão procura resolver problemasdo sono. Pesquisa da operadorade saúde Omint, feita com15 mil profissionais entre médiagerência e alto escalão, mostra<strong>que</strong> um em cada dez tem insônia.Outros 16,5% tem dor de cabeça,<strong>que</strong> pode ser derivada deproblema do sono, enquanto18,2% tem ansiedade, <strong>que</strong> podecausar os distúrbios.São problemas cada vez maispresentes em pessoas com até30 anos de idade. “Com o ritmode vida corrido e muitas horasde trabalho, estamos dando preferênciapor resolver os problemasde imediato, e isso invadeDO SONHO AO PESADELOSaiba mais <strong>sobre</strong> os distúrbios do sonoInsôniaApineiaNarcolepsiaBruxismoSonambulismoSíndrome daspernas inquietasDESCRIÇÃODificuldade de dormir,voltar a dormir apósdespertar no meio da noiteou de completar o períodonecessário para descansoInterrupção ou diminuiçãodo fluxo de ar, <strong>que</strong> leva à<strong>que</strong>da de oxigenação nosangue e a despertaresSonolência diurna, por vezescom ata<strong>que</strong>s de sono eperda súbita dos sentidos(cataplexia)o paciente rangeos dentesdurante o sonofalar, sentar ou andardurante o sonoirresistível necessidadede movimentar aspernas durante a noiteFontes: especialistas entrevistados e instituto do sonoCAUSASEstresse, ansiedade,depressão, uso demedicamentos e debebida alcoólicaProblemas comoobesidade e estruturaisda gargantaPrincipalmente pelafalta da proteínahipocretina no cérebrosem causacompletamentedefinidasem causa aindatotalmente definidaDaniel WainsteinNo caso de Souza, alimentação saudável e exercícios foram suficientes para superar noites em clarodeficiência de vitaminas,ferro, cálcio e magnésio,doenças renais e fatoresgenéticosa hora do sono”, <strong>diz</strong> Luís FabianoMarin, neurologista do HospitalSão Camilo.A indicação é <strong>que</strong> a pessoa<strong>que</strong> sinta excessivo cansaço duranteo dia, dificuldades paradormir e dores de cabeça fre<strong>que</strong>ntesinvestigue o sono e procureum médico. A mudança dehábitos, porém, já é um grandepasso. A pesquisa da Omint revela<strong>que</strong> 95,5% dos executivosnão mantêm alimentação equilibrada,44% são sedentários e31,7% têm elevado estresse.A mudança da alimentação eprática de exercícios foi o <strong>que</strong>ajudou João Márcio Souza, 35anos, diretor de uma empresade recrutamento, a superar osperíodos de noites em claroquando estava <strong>sobre</strong> alta pressãono trabalho. Ele conseguiucontornar a situação antes <strong>que</strong>a insônia se tornasse permanente.“Nunca deixará de haverpressão, então é uma <strong>que</strong>stãode saber administrar isso”, destaca.Em cargos de maior confiançao problema é mais contundente,dada a responsabilidadee as decisões a serem tomadas.“Mas não estar dispostopara analisar situações é prejudicialpara os negócios. Éuma bola de neve.”Os médicos também têm indicadoterapia para resolver osproblemas com sono. “Muitasvezes o indivíduo não associa odistúrbio com a vida profissional,familiar ou afetiva. Umapessoa com grau elevado de ansiedadese mantém em estadode alerta e não relaxa, apesar docansaço. Com acompanhamentoterapêutico, será mais fácilmudar alguns hábitos, administrarestados emocionais e aprendera relaxar”, <strong>diz</strong> a psicoterapeutaClarice Barbosa.Prestar atenção ao momentode dormir também é fundamental.Álvaro Pentagna, neurologistado Hospital São Luiz, recomendaa chamada higiene do sono:ter horário para deitar e levantar,evitar bebidas com cafeínadepois das cinco da tarde,evitar dietas pesadas à noite,usar o quarto apenas para dormir— e não para estudo, leituraou assistir TV —, praticar exercíciospela manhã e criar um ambienteagradável. “Essas regrasdevem ser seguidas por <strong>que</strong>mtem transtornos”, ressalta.O momento de dormir era ovilão para as dores cervicais deAlessandra Figueiredo, 42 anos.Por sete anos, ela seguiu orientaçõesmédicas em busca de tratamentospara a dor, mas nãovia resultados. Só resolveuquando encontrou um personaldo sono, <strong>que</strong> corrigiu a formacomo ela dormia. “Vivia à basede remédio para dor de cabeçae isso afetava meu humor no trabalho.Há três anos, sinto doresraramente.”A fisioterapeuta Silmara RodriguesBueno se tornou ‘personaldo sono’ por<strong>que</strong> percebeu<strong>que</strong> os tratamentos para dores<strong>que</strong> fazia no consultório erampaliativos. Agora, ela vai até acasa dos clientes e analisa comodormem, a R$ 70 por consultamais deslocamento. “O sonoserve para recuperar energias e,se estou desconfortável, mudode posição à noite toda e não relaxo”,<strong>diz</strong>. “As pessoas dormemmuito de bruços ou de lado e encolhidas.O certo é dormir de lado,usando um travesseiro <strong>que</strong>preencha o espaço entre ombroe cabeça e evitando atrito de joelhose calcanhares”. ■


36 <strong>Brasil</strong> Econômico Sexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012MUNDOEditor executivo: Gabriel de Salesgsales@brasileconomico.com.brNova equipe de Obama nãoterá Hillary nem GeithnerPresidente reeleito prepara a troca dos principais colaboradorese um acordo com republicanos <strong>sobre</strong> medidas contra a recessãoJewel Samad/AFPStephen Collison, AFPWashingtonO presidente Barack Obama,de retorno à Casa Branca após asua reeleição, deve se dedicarrapidamente a uma reformulaçãode seu governo com mudançasprevisíveis no Departamentode Estado, no Pentágonoe no Tesouro. O presidentedos Estados Unidos não tinhacompromissos públicos em suaagenda nesta quinta, mas nosbastidores sua equipe se esforçavapara projetar o gabinete<strong>que</strong> acompanhará o mandatáriodurante seu mandato, até oinício de 2017.Entre os membros mais eminentesda equipe de Obama<strong>que</strong> anunciaram a saída está HillaryClinton, <strong>que</strong> passou quatroanos no comando da diplomaciada maior potência mundial.O Departamento de Estadoreiterou na quarta-feira<strong>que</strong> Hillary, cujo marido, o expresidenteBill Clinton, fezcampanha para a reeleição deObama, partirá após a segundaposse do presidente, em 20de janeiro.Enquanto em Washington circularumores <strong>sobre</strong> sua possívelcandidatura à presidência em2016, Hillary, de 65 anos, temrepetidamente assegurado <strong>que</strong>iria se despedir da política. Osnomes do ex-candidato democrataà presidência em 2004, osenador John Kerry, e da embaixadorana ONU, Susan Rice, sãofre<strong>que</strong>ntemente citados comoseu sucessor.O secretário de Defesa LeonPanetta também <strong>que</strong>r descansar.Aos 74 anos, ele dirige desdeo verão de 2011 o Pentágono,após reinar na Central deInteligência (CIA) no início doprimeiro mandato de Obama.No entanto, ele poderá permanecerpor algum tempo paragerenciar <strong>que</strong>stões de orçamentono início de 2013. Entreseus possíveis substitutos estáa ex-número três do Pentágono,Michele Flournoy, <strong>que</strong> seriaa primeira mulher a ocuparo cargo. Outro potencial candidatoé Ash Carter, o atual númerodois e especialista em assuntosfiscais.As <strong>que</strong>stões orçamentárias efiscais serão o centro das preocupaçõesde Obama até finalde dezembro, com a ameaçado “abismo fiscal” <strong>que</strong> se manifesta,fruto da expiração das insençõesfiscais e da entrada emvigor dos cortes automáticosdas despesas, sem falar da necessidadede elevar novamenteo teto da dívida.Logo após a reeleição,o presidenteentrou em contatocom os líderesdemocratas e republicanosdo Congresso,onde o equilíbrionão foi modificadopelas eleiçõeslegislativas de terça-feira:a Câmara de Representantescontinua republicana e o Senadodemocrata.O nome do substituto do secretáriodo Tesouro, TimothyGeithner, terá, portanto, umaimportância particular, depoisde quatro anos marcados pelaO TEA PARTY NÃO ACABOUAgenda deObama podeincluir umaentrevista como adversárioMitt Romneycrise econômica e também pelasduras negociações com oCongresso em 2011, quando osEstados Unidos chegou à beirado default de pagamentos.O secretário-geral da CasaBranca, Jack Lew, um conhecedordos assuntos orçamentáriose parlamentares, poderiaser escolhido para sucedê-lo. Onome de ErskineBowles, um líderdo governo Clintone co-presidente deuma comissão criadapelo presidenteObama para combatero déficit, tambémé mencionado.O programa daspróximas semanas de Obama,além de negociações com oCongresso, poderia incluiruma entrevista com o seu adversárioMitt Romney. O presidenteafirmou na noite de terça-feira<strong>que</strong> gostaria “trabalhar”com o republicano paralevar o país para frente. ■Obamadesembarca comafamíliaemWashington:governorenovadoJonathan Ernst/ReutersOscandidatosdomovimentoconservadorTeaPartyatrapalharamosesforçosdoPartidoRepublicanoparaconquistarocontroledoSenadodosEUA,masogrupodevemantersuainfluênciaemWashingtonarespeitode<strong>que</strong>stõesfiscais,masnãosociais.SenãofossepelomaudesempenhodealgunscandidatosasenadorapoiadospeloTeaParty naseleiçõesde2010e2012,oPartidoRepublicanopoderiatermaiorianoSenado.Naeleiçãodeterça-feira,ToddAkin,doMissouri,eRichardMourdock,emIndiana,simbolizaramaderrocadadomovimento.Enquantoisso,naCâmara,alíderdabancadadoTeaParty,MichelleBachmann,escapouporpoucodenãoserderrotada,mascolegasseuscomoAllenWesteJoeWalshnãotiveramamesmasorte.“OTeaPartyacabou”,celebrouoComitêdeCampanhaParlamentarDemocrata.Masadeclaraçãopodetersidoprecipitada,já<strong>que</strong>osrepublicanosdãotodosossinaisde<strong>que</strong>manterãoseusesforçosparaimpediraelevaçãodeimpostos,inclusiveparaosricos,elimitarosgastospúblicos-filosofiascentrais<strong>que</strong>opartidopartilhacomoTeaParty. Reuters


Sexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012 <strong>Brasil</strong> Econômico 37Sajjad Safari/APCRISE NUCLEARSolução bilateral para a <strong>que</strong>stão iranianaO presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, declarou ontem naIndonésia <strong>que</strong> a <strong>que</strong>stão nuclear iraniana deve ser resolvida com osEstados Unidos. “Todos os Estados membros da Agência Internacional deEnergia Atômica (AIEA) e até mesmo países membros do Grupo 5+1 nos<strong>diz</strong>em claramente <strong>que</strong> o Irã deve abordar esta <strong>que</strong>stão com os EstadosUnidos”, insistiu. Ahmadinejad também criticou a eleição presidencialamericana, chamando-a de “campo de batalha para os capitalistas”. AFPSupremaCorte dos EUAtende a ficarmais liberalObama, <strong>que</strong> indicou dois juízesliberais para o órgão, poderepetir a dose no novo mandatoJoan Biskupic, ReutersWashingtonA reeleição do presidente BarackObama, pode dar a ele a oportunidadede aprofundar suamarca liberal na Suprema Cortedo país. Formado em Direito emHarvard e ex-professor de direitoconstitucional, Obama nomeoudois liberaispara a Suprema Cortedurante o primeiromandato de quatroanos. Com suareeleição, e a possí-A maioria dosjuízes devecontinuarapoiando osdireitos degays e lésbicasvel aposentadoriade um ou mais juízesnos próximosquatro anos, ele podeoptar por preservar o atualequilíbrio ideológico ou penderpara a es<strong>que</strong>rda.Os nove juízes do tribunalpermanecem no cargo até renunciarem,e suas nomeaçõesestão entre os legados mais duradourosde um presidente. Quatroestão na casa dos 70 anos.Dois — Ruth Bader Ginsburg, de79 anos, e Stephen Breyer, de74 — são liberais. Dois — AntoninScalia e Anthony Kennedy,ambos de 76 anos — são conservadores.A maior mudança viriase um desses dois últimos sair.Uma mudança na direção liberalpoderia promover umanova receptividade à regulamentaçãodo financiamento decampanha, por exemplo. Amaioria conservadora de cincojuízes, liderada pelo presidentedo tribunal, John Roberts, decidiucontra tal regulamentaçãoem 2010. A chance de maior pesopara os liberaisno futuro poderiainfluenciar os juízesconservadores, levando-osa ser maisduros ou, ao contrário,mais dispostos afirmar acordo comos liberais.O professor de Direitode Harvard Mark Tushnetprevê <strong>que</strong> os conservadores seriammais agressivos se soubessem<strong>que</strong> suas chances de prevalecerpodem diminuir se Obamafizer novas nomeações.O advogado de WashingtonMichael Carvin, <strong>que</strong> argumentaregularmente perante o tribunal,disse <strong>que</strong> a possibilidade deuma mudança para a es<strong>que</strong>rdanão deve afetar os votos dosconservadores, mas pode leválosa procurar resolver casos polêmicosmais cedo do <strong>que</strong> maistarde. “Se houver alguma coisa,(a mudança) iria torná-los maisansiosos para resolver <strong>que</strong>stõescontenciosas, em vez de empurrá-laspara frente”, disse.Carvin, <strong>que</strong> representa umconjunto de adversários a umaimportante lei de direitos de voto,afirmou <strong>que</strong> os conservadorespodem estar mais dispostos aaceitar agora casos protestandocontra a exigência de <strong>que</strong> os Estadoscom uma história de discriminaçãoobtenham aprovação federalpara mudanças eleitorais.Renúncias na Suprema Corte,assim como muitos de seus casos,Saul Loeb/AFPJuízes da Suprema Corte costumam ficar no cargo por décadasdesafiam as previsões. Não é incomum<strong>que</strong> juízes permaneçam emseus postos de trabalho em seus80 anos ou mais. A última aposentadoriafoi em 2010, quando o juizJohn Paul Stevens, então com 90anos, deixou o cargo. Durante décadas,as especulações <strong>sobre</strong> suaaposentadoria alimentaram o noticiárioem anos eleitorais.Não importa <strong>que</strong>m sai e <strong>que</strong>mentra, a expectativa é de <strong>que</strong> o tribunalpossa continuar bem divididoem muitos dilemas de políticassociais. A maioria provavelmentedeve continuar apoiandoos direitos dos gays e lésbicas, emboraseja impossível prever comoos juízes se pronunciariam <strong>sobre</strong>o casamento homossexual. ■Bancos vãoliberar ¤ 30 bipara a EuropaemergenteBanco Europeu de Investimentovai liberar ¤ 20 bilhões, Bird,¤ 6,5 bilhões e Berd, ¤ 4 bilhõesTrês dos maiores bancos internacionaisde desenvolvimento,o Banco Mundial (Bird), o BancoEuropeu de Investimento(BEI) e o Banco Europeu paraReconstrução e Desenvolvimento(Berd) anunciaram ¤ 30,5 bilhõespara estimular o crescimentoeconômico no Centro eno Sudeste da Europa, ao longode 2013 e 2014. Os bancos disseram<strong>que</strong> o investimento é umaresposta direta ao contínuo impactodos problemas da Eurozonanas economias emergentesda Europa.O foco dos investimentos seráo suporte aos setores públicose privados, incluindo infraestruturas,investimento corporativoe no setor financeiro,assim como um programa anteriorfez pela Europa central.O BEI se comprometeu a providenciar¤ 20 bilhões para o novoplano em empréstimos delongo prazo endereçados aáreas prioritárias como empresasde pe<strong>que</strong>no e médio porte,de energia renovável e de eficáciaenergética, além de empresasde inovação e convergência.Outros ¤ 6,5 bilhões virão doBanco Mundial, <strong>que</strong> ressaltou oquanto a crise da dívida continuaa desafiar o crescimento e a criaçãode empregos, “principalmenteno Centro e Sudeste”. O Berdoferecerá ¤ 4 bilhões. ■ AFPPrejuízos causados por Sandy chegam a US$ 50 biRegião nordeste dos EUA voltoua ser atingida, dessa vez poruma tempestade de invernoDaniel Trotta e Barbara Goldberg,Reuters, Nova YorkA supertempestade Sandy provocouestimados US$ 50 bilhõesem prejuízos materiais efinanceiros ao longo do nordestedos Estados Unidos, sendoUS$ 30 bilhões só no Estado deNova York, afirmou, ontem, ogovernador nova-iorquino AndrewCuomo. “Esse é um númeroimpressionante, especialmentecom a situação financeiraem <strong>que</strong> estamos”, disse Cuomoem entrevista coletiva, referindo-seà crise <strong>que</strong> afeta os EstadosUnidos.Ainda empenhada em se recuperarda devastação provocadapor Sandy, a cidade de NovaYork e boa parte do nordestedos Estados Unidos limpavam,ontem, a neve deixada por umatempestade <strong>que</strong> atingiu a região.A tempestade de inverno fora deépoca deixou mais de 30 centímetrosde neve em partes deConnecticut e chegou à regiãocom ventos de 80 quilômetrospor horas, deixando centenas deresidências e estabelecimentoscomerciais no escuro e criandoum novo pesadelo no trânsito.O frio intenso, a chuva, a nevee ventos fortes levaram mais dificuldadesàs vítimas do desastre,cujas casas foram destruídas ou ficaramsem energia com a Sandy,<strong>que</strong> atingiu o continente em 29de outubro e causou enchentes.“Deus nos odeia!”, publicouo New York Post em sua manchetede primeira página. Cercade 8 a 15 centímetros de nevecaíram <strong>sobre</strong> a cidade, <strong>que</strong> acordoucom um tempo seco.O governador Andrew Cuomo,demitiu o diretor do serviçode emergências do Estado,Steven Kuhr, por ter enviadofuncionários do governo para acasa de Kuhr em Long Island paratirar uma árvore derrubadapela Sandy, de acordo com informaçõesda imprensa. ■Spencer Platt/AFPTempestade de inverno fora de época deixou mais de 30 cm de neve


38 <strong>Brasil</strong> Econômico Sexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012MUNDOGabriel Bouys/AFPPODER FEMININOFrancesa será a primeira diretora da InterpolPela primeira vez, uma mulher, a francesa Mireille Ballestrazzi,foi eleita diretora da Interpol, anunciou a organização internacionalde cooperação policial reunida em cúpula, em Roma. Ballestrazzi,de 58 anos, já atuava na Interpol como vice-diretora para a Europado Comitê Executivo da organização. Especialista em investigação,comissária desde 1975, foi uma das primeiras mulheres a execeraltos cargos de responsabilidade dentro da polícia. AFPDesemprego na Grécia sobe pelo 39ºmês seguido e atinge recorde de 25,4%Em agosto, 1,27 milhão de gregos estavam sem trabalho; na população entre 15 e 24 anos, índice chega a 58%A taxa de desemprego na Gréciasubiu pelo 39º mês consecutivoe atingiu a marca recorde de25,4% em agosto, mais <strong>que</strong> o dobroda média de 11,5% da Zonado Euro, disse o serviço de estatísticasgrego ELSTAT. A taxa dedesemprego mais <strong>que</strong> triplicoudesde a retração da economiado país, iniciada em 2008. O desempregoagora atinge 58% dapopulação entre 15 e 24 anos,ante 20% em agosto de 2008.Em agosto, 1,27 milhão degregos estavam desempregadosem agosto, alta de 38% em relaçãoao mesmo mês de 2011.Estima-se <strong>que</strong> economiagrega tenha encolhido em20% desde então. A <strong>que</strong>da devecontinuar em 2013, quandoo governo se prepara para novoscortes orçamentários e aumentosde impostos na faixade ¤ 9,4 bilhões como condiçõespara receber mais fundosde resgate internacional.Deveres a cumprirLíderes europeus advertiram ontem<strong>que</strong> a Grécia ainda tem deveresa cumprir para receber opróximo lote de resgate financeiroe evitar o default, no dia seguinteà aprovação no Parlamentode um pacote de cortes e reformas,cuja votação gerou umagreve geral e manifestações emAtenas e em outras cidades.Horas depois de o Parlamentoaprovar o <strong>projeto</strong> de lei <strong>que</strong>busca economizar ¤ 18,1 bilhões,a Alemanha, a ComissãoEuropeia (CE) e o Banco CentralEuropeu (BCE) se mostrarammuito exigentes com a Grécia,<strong>que</strong> acreditava <strong>que</strong> iria satisfazeràs exigências de seus sócios.Desde o mês de junho, o governogrego espera receber os ¤ 31,2bilhões do próximo lote da assistênciaacordada com a União Europeia(UE) e o Fundo MonetárioInternacional (FMI).Caso o país não receba essesfundos, a nação será obrigada adeclarar default no final destemês, já <strong>que</strong> no próximo dia 1 haverávencimentos de ¤ 5,5 bilhõesem bônus do Tesouro.Tempo de crise: desemprego na Grécia é mais grave entre a população jovem, de 15 a 24 anosA CE felicitou a aprovaçãodas novas medidas, mas destacou<strong>que</strong> agora espera <strong>que</strong> sejaaprovado também o orçamentogrego para 2013. “Há outravotação no domingo. A aprovação(do orçamento) é crucial,disse o porta-voz comunitárioSimon O'Connor.Essa aprovação norteará osrumos da próxima reunião dosministros de Economia da Eurozona,em Bruxelas, na próximasegunda-feira.Contudo, o porta-voz da CEexplicou <strong>que</strong>, para <strong>que</strong> AtenasYorgos Karahalis/Reutersse entenda com seus credores,“será preciso um acordo <strong>sobre</strong>outros dois elementos fundamentais:a análise da viabilidadeda dívida e um acordo <strong>sobre</strong>as necessidades financeirasfuturas” do país mediterrâneo.■ AgênciasFMI alerta para os riscos daausteridade na Zona do EuroMedidas podem se tornarpoliticamente insustentáveisem países <strong>que</strong> pediram resgateO Fundo Monetário Internacional(FMI) advertiu em um relatório<strong>que</strong> os programas de austeridadeimpostos por alguns paíseseuropeus podem se tornarinsustentáveis politicamente anteos crescentes protestos empaíses como Grécia e Portugal.No relatório preparado para areunião do G20 na semana passada,e publicado ontem, emWashington, alerta <strong>que</strong> a situaçãofinanceira na Eurozona continuasendo “frágil” e <strong>que</strong> há riscosde <strong>que</strong> os países <strong>que</strong> pediramum resgate externo não poderãocumprir com as condiçõesimpostas em troca.O Fundo disse <strong>que</strong> existe “orisco de <strong>que</strong> a austeridade se tornepolítica e socialmente insustentávelpara países da periferia”da Eurozona (Grécia, Portugale Espanha) quando faltamanos para completar as reformasestruturais.Em sua assembleia anual doinício de outubro celebrada emTóquio, a instituição já havia reconhecido<strong>que</strong> subestimou o impactodos planos de austeridade<strong>sobre</strong> o crescimento nos paíseseuropeus <strong>que</strong> receberam um resgatefinanceiro.Recuperação sólidaAo contrário do alerta feito peloFMI, o presidente do Banco CentralEuropeu (BCE), Mario Draghi,disse ontem <strong>que</strong> a recuperaçãoda Zona do Euro “será lenta,mas progressiva e sólida”,graças aos bons alicerces de suaeconomia. Esses alicerces são“mais equilibrados” <strong>que</strong> os dosEstados Unidos, da Grã-Bretanhae do Japão, declarou Draghidurante uma coletiva de imprensamensal em Frankfurt.“Contudo, o desemprego estádeploravelmente elevado”,disse Draghi. "Além disso, a atividadeeconômica de uma maneirageral está fraca e deve permanecerassim no curto prazo”,completou. ■ AFPMetade dosingleses <strong>que</strong>rsair da UEPesquisa mostra <strong>que</strong> 49% sãofavoráveis à saída, 28% <strong>que</strong>remficar e os demais estão indecisosQuase metade dos britânicos votariaem um referendo pela saídada União Europeia e menosde um terço defenderia a permanênciado país no bloco, de acordocom uma pesquisa <strong>que</strong> expôsas divisões enfrentadas pelo primeiro-ministroDavid Cameron.O instituto de pesquisasYouGov disse <strong>que</strong> 49% foram favoráveisà saída da UE, 28% votariampela permanência no blocode 27 nações, 17% estavam indecisose o restante não votaria.O líder britânico enfrenta umapressão crescente por parte dosrebeldes dentro do partido delepara <strong>que</strong> adote uma posição maisdura com Bruxelas quando participarde conversações <strong>sobre</strong> o orçamentoda UE. Os resultadosdo YouGov estão em linha comoutras pesquisas e têm sidoconstantes este ano. ■ Reuters


PONTO DE VISTAIDEIAS/DEBATESSexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012 <strong>Brasil</strong> Econômico 39Buenos Aires fica às escurasUma falha no sistema de alta tensão da região de Buenos Aires, naArgentina, deixou parte da população sem energia por várias horas.A região metropolitana da capital tem cerca de 13 milhões de habitantes.A falha atingiu 18 subestações, provocando engarrafamentos etumultos. A pane no abastecimento de energia ocorreu no momentoem <strong>que</strong> os termômetros da cidade marcavam 33 graus Celsius,agravando a situação, e em meio à greve no recolhimento de lixo. ABrpontodevista@brasileconomico.com.brGUILHERME ABDALLAAdvogado, mestre em filosofia e teoria geral do direitopela Universidade de São Paulo (USP)JOÃO DORIA JR.Presidente do Lide - Grupo de Líderes EmpresariaisOs números da Justiçano mercado brasileiroNa semana passada, palestrantes do “V Seminário Justiça em Números —2012” — promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) — e lideradospelo presidente da entidade e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministroAyres Britto, ressaltaram a essencialidade do Poder Judiciário e a dimensãoda responsabilidade do sistema judicial na preservação da democracia.Nesse mesmo seminário, foram comentados os números de relatório <strong>que</strong>leva o mesmo nome (Justiça em Números 2012) e traz um abrangente panoramada estrutura e da atuação do Poder Judiciário, inclusive com novos recursosinfográficos <strong>que</strong> facilitam a assimilação visual do leitor, a partir de informaçõesreferentes ao ano de 2011. Trata-se, nas palavras do ministro AyresBritto, de “um novo paradigma de acesso à informação”.As políticas públicas democráticasestão intimamente imbricadasao desenvolvimento do JudiciárioNum breve resumo, tramitaram, ao longo de 2011, quase 90 milhões deprocessos no <strong>Brasil</strong>, sendo <strong>que</strong>, desse quantitativo, 71% (63 milhões) jáestavam pendentes desde o início do ano e os restantes 26 milhões ingressaramdurante o ano. Por outro lado, foram arquivados aproximadamente26 milhões de processos (aumento de 7,4% em relação a 2010), quaseo mesmo número de novos processos instaurados, e foram proferidas23,7 milhões de sentenças e decisões.Quanto à despesa total da Justiça, alcançou-se a cifra de R$ 50,4 bilhões,90% dos quais se referem a gastos com recursos humanos, incluídosativos, inativos, auxílios e demais encargos. E o trabalho não é pouco:nos Tribunais Superiores, a título de exemplo, cada juiz julgou, emmédia, 6.955 processos no Superior Tribunal de Justiça, 6.299 processosno Tribunal Superior do Trabalho, 1.160 processos no Superior TribunalEleitoral e 54 processos no Tribunal Superior Militar (cada um desses tribunaistem suas próprias competências e a comparação entre eles é descabida).Realmente não é pouco.Enfim, afora a louvável transparência trazida pelo estudo, os dadosapresentados ajudarão todo e qual<strong>que</strong>r juiz — principalmente a<strong>que</strong>lesdas comarcas mais longínquas — a pensar e repensar métodos modernosde planejamento e avaliar sua própria gestão de desempenho. Não se tratade pesquisa informativa para mera observância da publicidade inerenteaos três poderes da República, trata-se sim de medida instrutiva, construtiva,ou melhor, uma avaliação formativa.Com razão, pois, muito além de mera profissão, ser juiz no <strong>Brasil</strong> é assumirum estilo de vida, um código de conduta, um compromisso íntimoa raciocinar sempre na primeira pessoa do plural, a admitir de uma vezpor todas o plano do “nós” enquanto membros de uma mesma comunidadesocial.Independentemente das interpretações otimistas e pessimistas apresentadas,como não poderia deixar de ser, a pesquisa é, por si só, a comprovaçãode <strong>que</strong> as políticas públicas democráticas estão intimamenteimbricadas ao desenvolvimento do Judiciário. Trata-se de uma verdadeirafotografia existencial do passado a justificar revisões evolutivas no futuro.O desafio está posto. ■Empreender, um talento <strong>que</strong>não pode ser desperdiçadoA Taxa de Empreendedores em Estágio Inicial (TEA) do <strong>Brasil</strong> foi de17,5%, segundo a última pesquisa Global Entrepreneurship Monitor(GEM), divulgada pelo Sebrae em 2011. Isso <strong>que</strong>r <strong>diz</strong>er algo em torno de21,1 milhões de brasileiros exercendo atividade empreendedora nesse período,o maior índice entre os países do G20 e do Bric. Desbancamos atéa gigante e prolífica China. Diante dessa perspectiva, como criar um <strong>Brasil</strong>mais favorável aos diversos empreendedores de ontem, hoje e amanhã?Empreender não é uma iniciativa de resultados automáticos. Aventurar-seno próprio negócio exige uma visão <strong>que</strong> antecipe sabiamente o<strong>que</strong> pode dar certo ou errado em seus investimentos. Mas também não sedeve ter medo de arriscar.Um bom empreendedor é a<strong>que</strong>le <strong>que</strong> joga com as <strong>que</strong>stões macro e microeconômicas.Seu prazer está em chegar ao <strong>que</strong> havia sido colocado comometa, aceitando os desafios independentemente se eles vêm como ganhosou perdas nesta imprevisível jornada. Porém, o mais importante:seu espírito deve estar aguçado à conquista sadia, senão o jogo não avança.Não se trata de dinheiro — não mesmo. Ele é um retorno natural dessaaventura. Trata-se do prazer em desenvolver, em alimentar transformaçõese projeções.Apostar na educação fundamental voltada àmelhor percepção da macroeconomia levariaa uma geração de brasileiros mais preparadosNossa história tem um caso emblemático, o de Irineu Evangelista de Souza:o Barão de Mauá. De origem pobre, e autodidata, o Barão ergueu bancos,ferrovias, estaleiros, tendo inaugurado no <strong>Brasil</strong> o <strong>que</strong> é conhecido por progressoindustrial. Sem dúvida, ele abriu portas para nos tornamos hoje a sextamaior economia do mundo. Alguns dos protagonistas do desenvolvimentoconquistado pelo nosso país ao longo dos anos são pauta do 3º Fórum deEmpreendedores, evento anual realizado pelo Lide - Grupo de Líderes Empresariais.Grandes nomes do empresariado brasileiro, <strong>que</strong> demonstraramcoragem e inovação nos negócios e hoje representam o <strong>Brasil</strong> internacionalmente,contam seus cases de sucesso e o <strong>que</strong> o brasileiro precisa ter e enfrentarpara ser vencedor.E se as pesquisas apontam para uma população inclinada a empreender,seria interessante <strong>que</strong> essa característica também fosse cultivada e desenvolvidaformalmente na educação básica. O potencial criativo e a ousadia dobrasileiro empreendedor mostra-se uma tendência, <strong>que</strong>m sabe mais uma ligaçãoem nosso DNA cultural tão difícil de ser compreendido. Mas, para crescercom vigor, essa energia precisa ser fomentada.Contamos, lógico, com desenvolvedores incontestes do empreendedorismopor aqui. Sebrae e Endeavor são brilhantes em suas ações para a formaçãoqualitativa de empreendedores brasileiros. Contudo, o foco parece semanter restrito ao nível superior.Talvez falte por parte dos governos esse espírito visionário, mas nem tantoaventureiro, já <strong>que</strong> apostar na educação fundamental voltada à melhorpercepção da macroeconomia e discussão das cargas tributárias e fiscais levariadiretamente a uma geração de brasileiros mais preparados e dispostos aconquistar o mercado com novas ideias, novas empresas e novos rumos. ■Presidente do Conselho de Administração Maria Alexandra Mascarenhas VasconcellosDiretor-Presidente José MascarenhasDiretor Executivo Ricardo GaluppoPublisher Ricardo GaluppoDiretor de Redação Joaquim CastanheiraDiretor Adjunto Octávio CostaEditores Executivos Adriana Teixeira,Gabriel de Sales, Jiane Carvalhoredacao@brasileconomico.com.brBRASIL ECONÔMICOé uma publicação da EmpresaJornalística Econômico S.A.Redação - Avenida das Nações Unidas, 11.633 - 8º andarCEP 04578-901, Brooklin, São Paulo (SP)Sede - Rua Joaquim Palhares, 40Torre Sul - 7º andar - Cidade Nova – CEP 20260-080Rio de Janeiro (RJ)Fones (21) 2222-8701 e 2222-8707CONTATOS:Redação - Fone (11) 3320-2000 - Fax (11) 3320-2158Administração - Fone RJ (21) 2222-8050 - SP (11) 3320-2128Publicidade - Fone RJ (21) 2222-8151 - SP (11) 3320-2182Atendimento ao assinante/leitorRio de Janeiro (Capital) - Fone (21) 3878-9100São Paulo e demais localidades - Fone 0800 021-0118De segunda a sexta-feira - das 6h30 às 18h30Sábados, domingos e feriados - das 7h às 14hwww.brasileconomico.com.br/assineassinatura@brasileconomico.com.brCondições especiais para pacotes e <strong>projeto</strong>s corporativosassinaturascorporativas@brasileconomico.com.brFone (11) 3320-2017(circulação de segunda a sexta, exceto nos feriados nacionais)Central de Atendimento ao JornaleiroFone (11) 3320-2112ImpressãoEditora O Dia S.A. 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40 <strong>Brasil</strong> Econômico Sexta-feira e fim de semana, 9, 10 e 11 de novembro, 2012<strong>Brasil</strong> Econômico é uma publicação da Empresa Jornalística Econômico S.A.,com sede à Rua Joaquim Palhares, 40, Torre Sul, 7 o andar, Cidade Nova - CEP 20260-080Rio de Janeiro (RJ) - Fones (21) 2222-8701 e 2222-8707Central de atendimento e venda de assinaturas: São Paulo e demais localidades: 0800 021 0118Rio de Janeiro (Capital) - Fone (21) 3878-9100 - assinatura@brasileconomico.com.brÉ proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização da Empresa Jornalística Econômico S.A.APAGÃO NA ARGENTINADaniel Garcia/AFPFoto de Buenos Aires, <strong>que</strong> sofreu um apagão na madrugada deontem e deixou mais de 450 mil residências sem luz. Segundoo jornal “Clarín”, a falta de luz afetou, direta e indiretamente,3 milhões de pessoas. O periódico classificou o blecaute como“gigantesco” e afirmou <strong>que</strong> o problema provocou um caos nacapital do país. O fornecimento de energia voltou ao normal apósduas horas e meia. Não foram divulgadas as causas do problema.Os maioresblecautesno <strong>Brasil</strong>Um apagão ocorrido no dia 10de novembro de 2009 é consideradoo maior da história do <strong>Brasil</strong>,atingido mais de 60 milhõesde pessoas. Além de deixar18 estados brasileiros semluz, o blecaute afetou também87% do território do Paraguai.A causa do problema foi uma falhano Sistema Integrado de Distribuiçãode energia elétrica dopaís. Entretanto, o primeiro registrode um grande apagão nopaís é de 1984, quando um incêndioocorreu na usina hidrelétricaJaguara, localizada entreMinas Gerais e São Paulo. Esseblecaute afetou 12 milhõesde pessoas nos quatros estadosda região Sudeste, além de partesdos estados do Mato Grossodo Sul e de Goiás. ■1984198519992009NO ESCUROPrimeiro apagão de grandesproporções no país ocorreuna década de 8012 milhões de pessoas nos estados de SP,RJ, MG, ES, MS e GONove estados atingidos, incluindotodos das regiões Sul e Sudeste60 milhões de pessoas ficaram sem luzpor quatro horasMais de 60 milhões de pessoas de 18 estadosbrasileiros e grande parte do ParaguaiRICARDO GALUPPO — Publisherrgaluppo@brasileconomico.com.brFalta uma discussão mais sériaem torno da <strong>que</strong>stão dos royaltiesAssim como noCódigo Florestal,a minoria <strong>que</strong>rimpor sua vontadeà maioria valendo-sedo apelo ao recursoautoritário do vetoÉ fácil adivinhar o <strong>que</strong> acontecerá dianteda hipótese de a presidente <strong>Dilma</strong>Rousseff atender ao pedido dos governadoresdo Rio de Janeiro e do EspíritoSanto (estados <strong>que</strong>, juntos, têm 56 deputadose seis senadores) e vetar o textoda divisão dos royalties do petróleoaprovado esta semana pela Câmara dosDeputados. O texto em <strong>que</strong>stão, comose sabe, agrada as outras 25 unidades dafederação (<strong>que</strong>, somados, contam com457 deputados e 75 senadores). Se <strong>Dilma</strong>preferir agradar aos políticos fluminensese capixabas (o <strong>que</strong> significa contrariartodos os demais)e vetar o texto,ele voltará para oCongresso e o veto seráderrubado. Haveráuma nova tentativade se chegar a umacordo e, no final, seráaprovado um textomuito parecido comesse <strong>que</strong> os governadoresSérgio Cabral eRenato Casagrande desejam <strong>que</strong> a presidentevete. Assim como tem acontecidocom o Código Florestal, esse é o tipo damatéria <strong>que</strong> expõe toda a fragilidade domodelo de distribuição de recursos <strong>sobre</strong>a exploração do petróleo como, também,revela a falta de uma discussãomais séria a respeito do modelo <strong>que</strong> deveser adotado em seu lugar.O governador do Rio de Janeiro, SérgioCabral, utilizou no dia da votação oargumento de <strong>que</strong> a mudança de critériosna distribuição dos royalties comprometeriaa realização da Copa doMundo e dos Jogos Olímpicos no Rio deJaneiro. A pergunta é: será <strong>que</strong> o deputado<strong>que</strong> representa os eleitores de Catolédo Rocha, na Paraíba, está mais preocupadocom o <strong>que</strong> acontecerá no Rio deJaneiro durante esses eventos ou com aponte <strong>que</strong> pretende construir em sua base?O problema todo é <strong>que</strong>, assim comoaconteceu na votação do Código Florestal,a minoria <strong>que</strong>r impor sua vontade àmaioria valendo-se não da força da negociaçãoe da persuasão — mas do apeloao recurso autoritário do veto.A verdade é <strong>que</strong>, desde <strong>que</strong> os entãodeputados Ibsen Pinheiro (RS) e HumbertoSouto (MG) deram início ao <strong>que</strong>stionamentodo critériode distribuiçãodos royalties, no jádistante ano de 2009,os estados produtoresjamais demonstraramflexibilidade paranegociar com as demaisunidades os critériosde distribuiçãodo dinheiro. A baseda argumentação <strong>que</strong>os dois parlamentares utilizaram trêsanos atrás é a de <strong>que</strong> o petróleo é extraídoem alto-mar — e o mar territorialnão pertence aos estados, mas à União.Sendo assim, não há o menor sentidoem considerar o Rio de Janeiro e o EspíritoSanto mais produtores do <strong>que</strong>, porexemplo, Mato Grosso do Sul e Tocantins.A discussão ainda vai longe e, casoo Rio de Janeiro e o Espírito Santo <strong>que</strong>iram,por direito adquirido, ficar comuma parte maior do <strong>que</strong> os demais, devemsentar, negociar e ceder. E estarprontos para abrir mão de uma parte dodinheiro. Do contrário, poderão ficarcom menos do <strong>que</strong> poderiam. ■PODER ECONÔMICOJORGE FELIXjfelix@ig.comCalabi: “Investidor foi vilipendiado”>>> Leia mais em www.ig.com/poder-economicoO conselho da Companhia Energética deSão Paulo (Cesp) fez, na manhã de ontem,uma de suas mais importantes reuniões,na sede da Secretaria de Energia, na regiãoda paulista. O clima foi de total perplexidadeentre os dez participantes a cada umadas 27 <strong>que</strong>stões — ou incertezas — de umalista apresentada pelo conselheiro MauroArce, ex-secretário de Energia e grande especialistano setor. Nos próximos dias, ogovernador Geraldo Alckmin receberá umpanorama <strong>sobre</strong> o impacto da Medida Provisória579 para decidir <strong>sobre</strong> a renovaçãoou não da concessão da Cesp. O estudo seráapresentado a ele pelo secretário deEnergia e presidente do conselho da Cesp,José Aníbal, e pelo secretário de Fazenda,Andrea Calabi. Ainda é incerto o desfecho— renovação ou não —, mas, logo depoisda reunião, Calabi expôs, com exclusividadeao Poder Econômico, a visão geral<strong>sobre</strong> as novas regras estabelecidas pelogoverno federal: “A MP castra a capacidadede investimento do setor de energia.Não só em relação à Cesp, mas tambémde Cemig, Copel, Chesf, Furnas. Osinvestidores do setor no país, grandesplayers globais, foram vilipendiados. ■●Rodrigo Paiva/FolhapressCalabi destacou <strong>que</strong> “todos” são➤favoráveis à redução da tarifa deenergia. Mas lembrou <strong>que</strong> a classe C,a baixa renda e os moradores de áreasrurais já estão atendidos por reduçõeswww.brasileconomico.com.brpela tarifa social. “Estamos apoiandotodos os ganhos de competitividade.Fazemos isso por meio do ICMS <strong>que</strong>tem alíquota zero. O governo federaldeveria fazer pelo PIS/Cofins.”●Ele relata <strong>que</strong>, anteontem,➤na reunião do Confaz, em Brasília,verificou-se uma “insatisfação coletiva”com um “quadro dúbio” na economia.Calabi relaciona como pontos levantados“por quase todos os governadores”,além da MP 579, a <strong>que</strong>stão dos royaltiesdo petróleo, entraves de financiamentoe licenciamento, <strong>que</strong> impedem aexecução de <strong>projeto</strong>s, entre outros:“Incluir o setor elétrico piorouo quadro. O setor elétrico foi revirado,como se tivessem feito um aborto.”●➤E o Índio da Costa, hein? Era oban<strong>que</strong>iro BBB e ninguém sabia.

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