12.07.2015 Views

FIBROLEIOMIOMA VAGINAL EM UMA CADELA - RELATO DE CASO.

FIBROLEIOMIOMA VAGINAL EM UMA CADELA - RELATO DE CASO.

FIBROLEIOMIOMA VAGINAL EM UMA CADELA - RELATO DE CASO.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

desta neoplasia acreditamos que a mesmapossuía todos estes sintomas.Macroscopicamente observou-se na vaginamassa de tecido de aspecto nodular, coloraçãorósea, com nódulos brancos e medindoaproximadamente 12 x 10 cm, com consistênciafibroelástica e algumas áreas com sangramento.Quanto às características macroscópicas dosfibromas e leiomiomas, tumores extra e intraluminaisjá foram descritos. As formas extraluminais apresentam-se como uma massaperineal de crescimento lento. Ao corte, estestumores variam do cinza a branco, são bemencapsulados e pouco vascularizados, Brodey &Herron [6,7]. Tumores intra-luminais sãoaderidos à parede vestibular ou vaginal por umpedículo de tamanho variado. Eles geralmentesão firmes e ovais e, apesar da mucosaapresentar-se geralmente intacta, ulceraçõespodem ocorrer devido à exposição ao meioambiente ou por irritação, Thacher [5]. Tumoresintra-luminais podem ser múltiplos, Thacher &Kydd. [5,8] e a maioria dos tumorespedunculados ou polipóides são benignos,Thacher [5]. Neste relato, o tumor era extraluminal e seu crescimento ocorreupossivelmente de forma rápida. No examehistopatológico foi observado em materialcorado pela hematoxilina-eosina (H.E) grandeproliferação de fibroblastos e de tecidomuscular que crescia entre os fibroblastosformando aglomerados celulares de tamanhosvariados (Fig. 2). As células eram compridascom núcleos fusiformes, algunshipercromáticos. As células fibrosas emusculares são mal definidas. Este aspecto nascolorações por H.E. dificulta bastante odiagnóstico uma vez que fica mal definido setrata-se de fibroma ou de leiomioma.Microscopicamente os leiomiomas são tumorespequenos, não encapsulados e não invasivos.Possuem população homogênea de célulasfusiformes, densamente agrupadas, com bordascitoplasmáticas indistinguíveis, extremidadesalongadas e núcleos ovalados (em forma decharuto), arranjados em fascículos entrelaçadosque mimetizam o tecido muscular liso normal,Cooper [10]. Os fibromas são compostos defibroblastos maduros produzindo abundantecolágeno. As fibras colágenas são geralmentearranjadas em fascículos entrelaçados e maisraramente em emaranhados. Os fibrócitosneoplásicos são uniformes, com núcleos ovais enormocromáticos e citoplasma indistinguívelque se mistura com o estroma de colágenoextracelular. Figuras de mitoses são raramenteobservadas. Ocasionalmente, o colágeno podeser eosinofílico e hialino, Goldschmidt [9].Para Teixeira et al.[1] os aspectoshistopatológicos dos leiomiomas e fibromasvaginais em cadelas são muito semelhantes oque torna necessário o diagnostico diferencialatravés da imunoistoquímica utilizando-semarcadores para Actina alfa de músculo liso(1A4) e Vimentina (vim 3B4).Para melhor definição do tumor estudado nesterelato foi realizada coloração pelo método dotricrômico de Gomori, que corou o tecidoconjuntivo em azul e o tecido muscular emvermelho (Fig. 3), o que permitiu o diagnósticode fibroleiomioma, uma vez que predominavamambos os tecidos.Referências[1]TEIXEIRA,L.B.C.;FRANCO,P.A.;AMORIM,R.L.;AMSTAL<strong>DE</strong>N,E.M.I. Histopathological andImmunohistochemical Diferentiation of the VaginaLLeyomiomas and Fibromas in Bitches.Bol. Med. vet. –Espírito Santo do Pinhal, v.2, n.2, p.3-14, jan./dez. 2006.[2] JONES,T.C.; HUNT, R.D.; KING, N.W. PatologiaVeterinária. 6ª edição. Editora Manole. São Paulo.p.1192,1211.[3] TROCONIS, J.N.; FOX, M.D.; MAVO, C.; PAZ,C.A.Título: Leiomioma vaginal: comunicación de un caso /Vaginal leiomyoma: report of a case. Rev. obstet. ginecol.Venezuela; 52(3):173-4, 1992.[4] FERREIRA, M.I.C.; PINTO, L.F. Title: Homeopathictreatment of vaginal leiomyoma in a dog: case report.Journal of High Dilution Research v.7 n. 24 p.152-158.1982.[5] THACHER, C.; BRADLEY, R.L. Vulvar and vaginaltumors in the dog: A retrospective study. Journal ofAmerican Veterinary Association. v. 183, n. 6, p. 690-692,1983.[6] BRO<strong>DE</strong>Y, R.S.; ROSZEL, J.F. Neoplasms of the canineuterus, vagina, and vulva: a clinicopathologic survey of 90cases. Journal of American Veterinary Association. v.151, n. 10, p. 1294-1307, 1967.[7] HERRON, M. A. Tumors of the canine genital system. JAm Anim Hosp Assoc. v. 19, p. 981-994, 1983.[8] KYDD, D. M.; BURNIE, A. G. Vaginal neoplasia in thebitch: A review of 40 cases. Journal of Small AnimalPractice. v. 27, p. 255-263, 1986.[9] GOLDSCHMIDT, M. H.; SHOFER, F. S. Skin Tumorsof the Dog and Cat. Butterworth Heinemann. Oxford,1998.[10] COOPER BJ., VALENTINE BA. (2002) Tumors ofMuscle. 319–363. In: Mueten D.J. (ed.): Tumors inDomestic Animals. 4ed. Iowa State Press, Iowa. 788 pp.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!