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Prova de Literatura - PUCRS 2009/2

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Sobre os textos, afirma-se:I. No texto I, há referência aos castigos sofridospelos negros.II.No texto I, os elementos caracterizadores donegro são o vício <strong>de</strong> beber e a tentação <strong>de</strong> furtare <strong>de</strong> fugir.III. No texto II, Dona Inácia representa a permanênciada escravidão e do racismo na socieda<strong>de</strong>brasileira após o 13 <strong>de</strong> maio.IV. Em ambos os textos, há o reconhecimento <strong>de</strong>um pólo da relação cotidiana entre o escravo eseu senhor: a violência.32) Estão corretas as afirmativasA) I, II e III, apenas.B) I, II e IV, apenas.C) II, III e IV, apenas.D) I, III e IV, apenas.E) I, II, III e IV.____________________________________________________INSTRUÇÃO: Para respon<strong>de</strong>r à questão 33, leia opoema Irene do céu, <strong>de</strong> Manuel Ban<strong>de</strong>ira.Irene pretaIrene boaIrene sempre <strong>de</strong> bom humor.Imagino Irene entrando no céu:– Licença, meu branco!E São Pedro bonachão:– Entra, Irene. Você não precisa pedir licença.No texto, o poeta sugereI. a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> re<strong>de</strong>nção do excluído dianteda morte.II.o orgulho e prepotência da “preta” ao chegar aocéu.III. a inautenticida<strong>de</strong> da atitu<strong>de</strong> humil<strong>de</strong> <strong>de</strong> Irene.IV. a simplicida<strong>de</strong> e a força humanizadora <strong>de</strong> Irene.33) Estão corretas apenas as afirmativasA) I e II.B) I e III.C) I e IV.D) III e IV.E) II, III e IV.INSTRUÇÃO: Para respon<strong>de</strong>r à questão 34, leia otexto O Bicho, <strong>de</strong> Manuel Ban<strong>de</strong>ira, e as afirmativas,preenchendo os parênteses com V para verda<strong>de</strong>iroe F para falso.Vi ontem um bichoNa imundície do pátioCatando comida entre os <strong>de</strong>tritos.Quando achava alguma coisa,Não examinava nem cheirava:Engolia com voracida<strong>de</strong>.O bicho não era um cão,Não era um gato,Não era um rato.O bicho, meu Deus, era um homem.A leitura do texto leva à conclusão <strong>de</strong> que( ) o poeta situa-se crítica e perplexamente dianteda miséria humana.( ) o “bicho” e o “homem” convivem na imundíciedo pátio.( ) o homem cata alimentos, examina-os e cheira,antes <strong>de</strong> os engolir vorazmente.( ) o poema é tipicamente mo<strong>de</strong>rnista em todos osaspectos: sonoro, lexical, sintático e semântico.( ) “cão”, “gato” e “rato”, no poema, apontam para a<strong>de</strong>gradação do homem.34) A sequência correta <strong>de</strong> preenchimento dos parênteses,<strong>de</strong> cima para baixo, é:A) V – F – V – V – FB) V – V – F – V – FC) F – V – F – F – VD) V – F – F – V – VE) F – F – V – F – V__________________________________________________INSTRUÇÃO: Para respon<strong>de</strong>r à questão 35, leia otrecho <strong>de</strong> Vidas Secas, <strong>de</strong> Graciliano Ramos.Na planície avermelhada os juazeiros alargavamduas manchas ver<strong>de</strong>s. Os infelizes tinham caminhadoo dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamenteandavam pouco, mas como haviam repousadobastante na areia do rio seco, a viagem progredirabem três léguas. Fazia horas que procuravamuma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceulonge, através dos galhos pelados na catinga rala.Arrastaram-se para lá, <strong>de</strong>vagar, sinhá Vitória como filho mais novo escanchado no quarto e o baú <strong>de</strong>folha na cabeça, Fabiano sombrio, cambaio, o aiô atiracolo, a cuia pendurada numa correia presa aocinturão, a espingarda <strong>de</strong> pe<strong>de</strong>rneira no ombro. Omenino mais velho e a cachorra Baleia iam atrás.<strong>PUCRS</strong>11Concurso Vestibularwww.pucrs.br Inverno <strong>2009</strong>


35) O texto, extraído <strong>de</strong> Vidas secas, apresenta outrotipo <strong>de</strong> excluído na socieda<strong>de</strong> brasileira – o retirante.Leia as afirmativas abaixo e assinale a que NÃOcorrespon<strong>de</strong> ao texto:A) O narrador relata o drama do retirante diante daseca implacável e da extrema pobreza.B) As dificulda<strong>de</strong>s, postas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início da narrativa,apontam para uma natureza inóspita.C) Na construção narrativa, alternam-se a <strong>de</strong>scriçãoda paisagem e das atitu<strong>de</strong>s humanas.D) Fabiano e Sinhá Vitória representam o núcleo datrama: Fabiano mantém-se fiel a seus hábitos<strong>de</strong> vaqueiro.E) Fabiano, sua mulher, seus filhos, a rodarnum âmbito restrito, refletem sobre os seusproblemas.___________________________________________________INSTRUÇÃO: Para respon<strong>de</strong>r à questão 36, leia otrecho <strong>de</strong> A hora da estrela, <strong>de</strong> Clarice Lispector.Olímpico <strong>de</strong> Jesus trabalhava <strong>de</strong> operário numametalúrgica e ela nem notou que ele não se chamava<strong>de</strong> “operário” e sim <strong>de</strong> “metalúrgico”. Macabéa ficavacontente com a posição social <strong>de</strong>le porque tambémtinha orgulho <strong>de</strong> ser “datilógrafa”, embora ganhassemenos que o salário mínimo. [...] As poucasconversas entre os namorados versavam sobre farinha,carne-<strong>de</strong>-sol, carne-seca, rapadura e melado.Pois esse era o passado <strong>de</strong> ambos e eles esqueciamo amargor da infância, porque essa já que passoué acre-doce e dá até nostalgia.Com base no fragmento <strong>de</strong> texto, é correto afirmar:I. Macabéa percebe a ascensão social <strong>de</strong> Olímpico<strong>de</strong> Jesus.II.Os protagonistas migram para a cida<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>.III. Macabéa sente-se satisfeita por ser datilógrafa.IV. Macabéa e Olímpico <strong>de</strong> Jesus estão esquecidosda vida que levavam no Nor<strong>de</strong>ste.36) As afirmativas corretas são, apenas,A) I e II.B) I e III.C) III e IV.D) I, II e III.E) II, III e IV.INSTRUÇÃO: Para respon<strong>de</strong>r à questão 37, leia otrecho <strong>de</strong> Operário em construção <strong>de</strong> Vinicius <strong>de</strong>Moraes, e as afirmativas, preenchendo os parêntesescom V para verda<strong>de</strong>iro e F para falso.Era ele quem os faziaEle, um humil<strong>de</strong> operário,Um operário em construção.Olhou em torno: gamelaBanco, enxerga, cal<strong>de</strong>irãoVidro, pare<strong>de</strong>, janelaCasa, cida<strong>de</strong>, nação!Tudo, tudo o que existiaEra ele quem o faziaEle, um humil<strong>de</strong> operárioUm operário que sabiaExercer a profissão.Ah, homens <strong>de</strong> pensamentoNão sabereis nunca o quantoAquele humil<strong>de</strong> operárioSoube naquele momento!Naquela casa vaziaQue ele mesmo levantaraUm mundo novo nasciaDe que sequer suspeitava.O operário emocionadoOlhou sua própria mãoSua ru<strong>de</strong> mão <strong>de</strong> operárioDe operário em construçãoE olhando bem para elaTeve um segundo a impressãoDe que não havia no mundoCoisa que fosse mais bela.Foi <strong>de</strong>ntro da compreensãoDesse instante solitárioQue, tal sua construçãoCresceu também o operário.Cresceu em alto e profundoEm largo e no coraçãoE como tudo que cresceEle não cresceu em vãoPois além do que sabia– Exercer a profissão –O operário adquiriuUma nova dimensão:A dimensão da poesia.<strong>PUCRS</strong>12Concurso Vestibularwww.pucrs.br Inverno <strong>2009</strong>


O fragmento do poema Operário em construção, <strong>de</strong>Vinícius <strong>de</strong> Moraes, apresenta( ) o papel do operário na construção das coisas ea importância da sua profissão.( ) a consciência dos homens intelectuais sobre aimportância do trabalho dos que empilham ostijolos com suor e cimento.( ) o conhecimento do operário <strong>de</strong> que o produto <strong>de</strong>seu trabalho modifica o mundo.( ) o crescimento da consciência do operário, que oleva a perceber a dimensão <strong>de</strong> seu papel nasocieda<strong>de</strong>.37) A sequência correta <strong>de</strong> preenchimento dos parênteses,<strong>de</strong> cima para baixo, é:A) V – F – F – VB) V – F – V – VC) F – V – F – VD) V – V – F – FE) F – F – V – F_______________________________________________________38) Sobre o romance Capitães <strong>de</strong> areia, <strong>de</strong> JorgeAmado, NÃO é correto afirmar queA) essa obra se constitui como um retrato daburguesia baiana.B) é uma narrativa <strong>de</strong> cunho realista, que <strong>de</strong>screveo cotidiano do grupo dos “capitães da areia”e seus expedientes para arranjar alimento edinheiro.C) os “capitães da areia” formam um grupo <strong>de</strong>cerca <strong>de</strong> cem crianças que moram num trapicheabandonado.D) o narrador mostra o problema dos “capitãesda areia” e da socieda<strong>de</strong> local, que os trata como<strong>de</strong>linquentes.E) o romance supervaloriza a humanida<strong>de</strong> dascrianças e ironiza a ganância e o egoísmo dasclasses dominantes.INSTRUÇÃO: Para respon<strong>de</strong>r à questão 39 leia oparágrafo abaixo, preencha a<strong>de</strong>quadamente aslacunas e assinale a alternativa correta.39) O romance A ferro e fogo I – _________, do autorgaúcho _________, apresenta-nos o primeiro painel<strong>de</strong> uma conturbada época rio-gran<strong>de</strong>nse, em queimigrantes alemães chegaram ao Brasil atraídos porpromessas e garantias passageiras. Destaca-se,também, a religiosida<strong>de</strong> primitiva que aproxima a famíliaalemã <strong>de</strong> _________, futura lí<strong>de</strong>r dos Mucker,e a força recôndita das mulheres, principalmente <strong>de</strong>_________.A) Tempo <strong>de</strong> guerra – Erico Verissimo – Ana Terra– JacobinaB) Tempo <strong>de</strong> solidão – Josué Guimarães – JacobinaMaurer – CatarinaC) Tempo <strong>de</strong> guerra – Ciro Martins – Ana Terra –BibianaD) Tempo <strong>de</strong> solidão – Reynaldo Moura – Dona Anja– CatarinaE) Tempo <strong>de</strong> guerra – Tabajara Ruas – Ana Terra –Jacobina___________________________________________________________________________________________________INSTRUÇÃO: Para respon<strong>de</strong>r à questão 40, leia opoema Vício na fala, <strong>de</strong> Oswald <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>.Para dizerem milho dizem mioPara melhor dizem mióPara pior pióPara telha dizem teiaPara telhado dizem teiadoE vão fazendo telhados.40) Sobre o poema Vício na fala, NÃO é correto afirmar:A) O uso da linguagem popular não impe<strong>de</strong> as pessoas<strong>de</strong> serem produtivas para a socieda<strong>de</strong>.B) Formas não cultas estão associadas, no poema,a trabalhos braçais.C) Do ponto <strong>de</strong> vista da forma poética, a regularida<strong>de</strong>métrica está <strong>de</strong> acordo com a estética mo<strong>de</strong>rnista.D) A repetição da preposição “para” enfatiza a idéia<strong>de</strong> ina<strong>de</strong>quação da linguagem à norma culta.E) “mio”, “mió”, “pió”, “teia” e “teiado” caracterizama linguagem dos falantes pouco escolarizados.<strong>PUCRS</strong>13Concurso Vestibularwww.pucrs.br Inverno <strong>2009</strong>

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