8 Terça-feira, 7 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2011JUSTIÇACONSUMIDORCEG é con<strong>de</strong>nadapor co<strong>br</strong>ança in<strong>de</strong>vidaAção do Ministério Público exige que <strong>com</strong>panhia pague danos morais e materiaisA Companhia Estadual <strong>de</strong>Gás do Rio <strong>de</strong> Janeiro (CEG) foicon<strong>de</strong>nada pelo Juízo da 4ª VaraEmpresarial da Comarca da Capital<strong>em</strong> Ação Civil Pública (ACP)ajuizada pela 3ª Promotoria <strong>de</strong>Justiça <strong>de</strong> Defesa do Consumidore do Contribuinte do MinistérioPúblico do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro.O MP sustenta, na ação,que a ré v<strong>em</strong> efetuando co<strong>br</strong>anças<strong>de</strong> tarifas acima do efetivamenteconsumido por usuáriosdos serviços <strong>de</strong> gás canalizado.ACIMA DO LIMITENa ação subscrita pelo Promotor<strong>de</strong> Justiça Carlos AndresanoMoreira, titular da 3ª Promotoria<strong>de</strong> Justiça <strong>de</strong> Tutela Coletiva<strong>de</strong> Defesa do Consumidor e doContribuinte da Capital, o MPrequereu também concessão <strong>de</strong>liminar a fim <strong>de</strong> que a CEG sejacon<strong>de</strong>nada a abster-se <strong>de</strong> efetuarqualquer co<strong>br</strong>ança abusiva, notadamente,quanto ao consumo <strong>de</strong>gás não efetivamente utilizado.Requereu-se ainda pagamento <strong>de</strong>danos morais e materiais, alémda <strong>de</strong>volução <strong>em</strong> do<strong>br</strong>o <strong>de</strong> todaco<strong>br</strong>ança efetuada in<strong>de</strong>vidamente.A CEG sustentou ser<strong>em</strong> ospedidos incabíveis, na medida <strong>em</strong>que a co<strong>br</strong>ança pelos serviços <strong>de</strong>fornecimento <strong>de</strong> gás é realizadapor meio <strong>de</strong> medidor instalado naresidência do consumidor.O Juiz <strong>de</strong> Direito Mauro PereiraMartins julgou parcialmenteproce<strong>de</strong>nte o pedido doMinistério Público. Segundo<strong>de</strong>cisão do Magistrado, a CEGnão se <strong>de</strong>sincumbiu do ônus <strong>de</strong><strong>com</strong>provar a regularida<strong>de</strong> dasco<strong>br</strong>anças. “A ré respon<strong>de</strong> objetivamentepelos danos causados<strong>em</strong> razão do <strong>de</strong>feito na prestaçãodo serviço”, assinalou o Juiz, queconsi<strong>de</strong>rou a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong>volução<strong>em</strong> do<strong>br</strong>o <strong>de</strong> co<strong>br</strong>anças efetuadas<strong>de</strong> forma in<strong>de</strong>vida. A ré foicon<strong>de</strong>nada a cessar co<strong>br</strong>ançasin<strong>de</strong>vidas, impondo-se, <strong>em</strong> caso<strong>de</strong> <strong>de</strong>scumprimento, multa <strong>de</strong>R$ 5 mil por ato. Não foi acolhida,porém, pretensão do MP notocante aos danos morais.MPE acionará 306 por doaçõesirregulares nas eleições <strong>de</strong> 2010Débora ZampierDa Agência BrasilO Ministério Público Eleitorallistou 306 doações acima do limitenas campanhas presi<strong>de</strong>nciais<strong>de</strong> 2010. Serão acionadas 106<strong>em</strong>presas e 200 doadores individuais.Segundo a Procuradoria-Geral Eleitoral, as principais doaçõesilegais vieram <strong>de</strong> <strong>em</strong>presasdo ramo <strong>de</strong> construção civil, mineradorase incorporadoras.As representações estão sendoajuizadas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> quinta-feirapela vice-procuradora-geral eleitoral,Sandra Cureau, que t<strong>em</strong>até o dia 18 <strong>de</strong> junho para concluirtodo o trabalho junto ao TribunalSuperior Eleitoral (TSE).A procuradora pe<strong>de</strong> o pagamento<strong>de</strong> multa <strong>de</strong> <strong>de</strong>z vezes ovalor doado acima do limite legal.Ela também pedirá que osrepresentantes legais das <strong>em</strong>presassejam consi<strong>de</strong>rados inelegíveispor oito anos, segundonorma da Lei da Ficha Limpa.As ações são consequência <strong>de</strong>uma análise mais <strong>de</strong>talhada <strong>de</strong>LITERATURAConrad Editora écon<strong>de</strong>nada por plágioJotabê Me<strong>de</strong>irosDa Agência EstadoA Conrad Editora foi con<strong>de</strong>nadana sexta, na 2ª Vara Cíveldo Fórum <strong>de</strong> Pinheiros, por plágio.A juíza consi<strong>de</strong>rou que aeditora plagiou trechos da peça“João Cândido do Brasil - ARevolta da Chibata”, <strong>de</strong> CésarVieira, na história <strong>em</strong> quadrinhos“Chibata! João Cândido ea Revolta Que Abalou o Brasil”,lançada <strong>em</strong> nov<strong>em</strong><strong>br</strong>o <strong>de</strong> 2008 e<strong>de</strong> autoria dos pernambucanosOlinto Ga<strong>de</strong>lha e H<strong>em</strong>eterio.A <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> primeira instânciao<strong>br</strong>iga a editora à apreensão<strong>de</strong> todos os ex<strong>em</strong>plares etambém à publicação <strong>de</strong> nota <strong>de</strong>esclarecimento <strong>em</strong> jornais <strong>de</strong> circulaçãonacional. Também foi arbitradauma in<strong>de</strong>nização por danosmorais e materiais, baseadana venda <strong>de</strong> 2 edições da o<strong>br</strong>a (aprimeira teve 3 mil ex<strong>em</strong>plares).A ação do dramaturgo e diretor<strong>de</strong> teatro César Vieira (codinomedo advogado Idibal Piveta) <strong>com</strong>eçoua correr <strong>em</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> 2010. SegundoCésar Vieira, o plágio erafacilmente <strong>de</strong>monstrável porqueparte <strong>de</strong> sua peça era ficcional, eele inventou personagens, lugarese situações. A HQ, por sua vez, continhafalas idênticas às da peça, eaté personagens inventados pelaimaginação do dramaturgo foramcopiados, <strong>com</strong>o a Enfermeira Cas<strong>em</strong>ira,citação a uma artista chamadaCas<strong>em</strong>ira Caldas, que nuncaconheceu João Cândido e jamaisesteve no Hospital dos Alienadosda Praia Vermelha. O gibi tambémse vale <strong>de</strong> outras criações da ficçãodo dramaturgo, <strong>com</strong>o o pubQueen Victory (que não existiu).“A história <strong>em</strong> quadrinhos jamaispo<strong>de</strong>ria ter sido narrada s<strong>em</strong> queseus autores tivess<strong>em</strong> conhecimentodo meu texto”, disse Vieiraà reportag<strong>em</strong>, na ocasião.No fim <strong>de</strong> s<strong>em</strong>ana, após saberda <strong>de</strong>cisão, ele <strong>com</strong><strong>em</strong>orou. “Eraum roubo <strong>de</strong>scarado. Personagensque inventei, que não existiram,lugares que inventei, <strong>com</strong>o umbar <strong>em</strong> Londres, tudo isso agoraanda por aí <strong>com</strong>o se fosse <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>”,afirmou. Segundo Vieira, asentença da juíza é “ex<strong>em</strong>plar”,porque questiona a moral do plágio.“Com esse negócio <strong>de</strong> internet,tudo agora ten<strong>de</strong> a virar umabola <strong>de</strong> neve, as pessoas achamque nada é <strong>de</strong> ninguém.”César Vieira t<strong>em</strong> antece<strong>de</strong>ntesna questão: há 20 anos, a extintarevista Realida<strong>de</strong> publicouum plágio <strong>de</strong> uma o<strong>br</strong>a sua, “CorinthiansMeu Amor”. A in<strong>de</strong>nização,na época, foi baseada nacirculação da revista, que chegoua ven<strong>de</strong>r 400 mil ex<strong>em</strong>plares.“Com o que ganhei, <strong>com</strong>preium fusquinha”, l<strong>em</strong><strong>br</strong>a.A reportag<strong>em</strong> tentou contato,mas não conseguiu falar <strong>com</strong> oJurídico da Conrad até o fechamento<strong>de</strong>sta edição. Na ocasiãoda abertura da ação, Roberto Romano,advogado da editora, disseo seguinte: “A editora não vê<strong>com</strong>o plágio. São dados históricos,e nós vamos contestar a ação”. ARevolta da Chibata foi uma rebeliãoque envolveu mais <strong>de</strong> 2,3 milmarinheiros, a <strong>maio</strong>ria negros <strong>em</strong>ulatos po<strong>br</strong>es, na Baía <strong>de</strong> Guanabara,<strong>em</strong> nov<strong>em</strong><strong>br</strong>o <strong>de</strong> 1910. Olí<strong>de</strong>r foi o marinheiro João CândidoFelisberto, o “Almirante Negro”,filho <strong>de</strong> ex-escravos.A revolta foi <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>adapelo castigo <strong>de</strong> 250 chibatadasimposto ao marinheiro MarcelinoRodrigues Meneses. Omandante, <strong>com</strong>andante Batistada Neves, foi morto, assim<strong>com</strong>o outros oficiais. Os marinheirosenviaram manifesto aopresi<strong>de</strong>nte Hermes da Fonsecareivindicando o fim do chicote.Uma anistia encerrou a revolta,mas, dias <strong>de</strong>pois, foi revogada.HIDRELÉTRICAMPF apresenta a 11ªação contra Belo MonteSa<strong>br</strong>ina Crai<strong>de</strong>Da Agência BrasilNa 11ª ação civil pública ajuizadacontra a construção da UsinaHidrelétrica <strong>de</strong> Belo Monte, no RioXingu (PA), o Ministério PúblicoFe<strong>de</strong>ral (MPF) no Pará pe<strong>de</strong> a suspensãoda licença <strong>de</strong> instalaçãoconcedida pelo Instituto Brasileirodo Meio Ambiente e dos RecursosNaturais Renováveis (Ibama) nas<strong>em</strong>ana passada. A ação apontao <strong>de</strong>scumprimento das condiçõesprévias exigidas para preparar aregião para os impactos ambientaise sociais da o<strong>br</strong>a.O MPF, <strong>com</strong> base <strong>em</strong> um parecertécnico do Ibama, argumentaque condicionantes nas áreas <strong>de</strong>saú<strong>de</strong>, educação, saneamento, navegabilida<strong>de</strong>e no levantamentodas famílias atingidas não foramcumpridas pelo consórcio <strong>em</strong>preen<strong>de</strong>dor.Segundo o MPF, o Ibamaconce<strong>de</strong>u a licença <strong>de</strong> instalaçãoconsi<strong>de</strong>rando as condicionantes<strong>com</strong>o estando <strong>em</strong> fase <strong>de</strong> cumprimentoou parcialmente atendidas.Para o Ministério Público, aonão conferir as exigências que oprórpio órgão ambiental impôsà Usina <strong>de</strong> Belo Monte, o Ibamaatingiu o “limite da irresponsabilida<strong>de</strong>”e que a criação <strong>de</strong> conceitosflexíveis para avaliar ascondicionantes serve apenas aointeresse da <strong>em</strong>presa responsávelpela o<strong>br</strong>a. “Mas não serve, <strong>em</strong>absoluto, ao interesse da socieda<strong>de</strong>amazônica e <strong>br</strong>asileira, queesperavam ver um licenciamentorigoroso e ex<strong>em</strong>plar para a o<strong>br</strong>aque vai consumir o <strong>maio</strong>r volume<strong>de</strong> recursos públicos dos últimos30 anos”, diz o MPF na ação.De acordo <strong>com</strong> o procurador daRepública no Pará Ubiratan Cazetta,das 11 ações impetradas, apenasuma foi julgada até o momento.(Colaborou Pedro Peduzzi)uma lista <strong>de</strong> 15.921 doações suspeitaslevantadas pelo TribunalSuperior Eleitoral. A legislaçãoeleitoral <strong>de</strong>termina que as doações<strong>de</strong> <strong>em</strong>presas não po<strong>de</strong>multrapassar 2% do faturamento<strong>br</strong>uto do ano anterior à eleição.No caso <strong>de</strong> pessoas físicas, o limiteé <strong>de</strong> 10% do rendimento doano anterior.AMAZONASMonomotoré doado atribunalLourenço CanutoDa Agência BrasilA doação <strong>de</strong> um avião monomotorCessna 206 ao Tribunal <strong>de</strong>Justiça do Amazonas (TJAM) vaipermitir a manutenção do funcionamento<strong>de</strong> 30 varas da JustiçaEstadual que iam ser fechadas. OJudiciário local recebeu ont<strong>em</strong> aaeronave. Originária <strong>de</strong> apreensãopolicial, por ter sido usada para otransporte <strong>de</strong> drogas, o avião, quetinha um prefixo falso do Paraguai,vai ser <strong>em</strong>pregado, agora, para oacesso a <strong>com</strong>arcas distantes queaten<strong>de</strong>m a populações ribeirinhas.O repasse do avião foi feitomediante autorização do ConselhoNacional <strong>de</strong> Justiça (CNJ),<strong>em</strong> cerimônia, no hangar da PolíciaFe<strong>de</strong>ral, no Aeroporto Internacional<strong>de</strong> Brasília. O presi<strong>de</strong>ntedo TJAM, <strong>de</strong>s<strong>em</strong>bargador JoãoSimões, <strong>de</strong>stacou que a ajuda “émuito importante para manter acidadania do hom<strong>em</strong> na região”.“A Amazônia não é um condomíniomundial, por isso seriaantipatriótico se não estivéss<strong>em</strong>ostodos unidos para a sua <strong>de</strong>fesa.Quer<strong>em</strong>os a floresta <strong>em</strong> pée também o hom<strong>em</strong> amazônico<strong>em</strong> pé”, disse o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>bargador,que <strong>de</strong>stacou que “o estado doAmazonas mantém intactos entre97% a 98% <strong>de</strong> suas florestas,conforme dados oficiais”.De acordo <strong>com</strong> a corregedoranacional <strong>de</strong> Justiça, ministraEliana Calmon, mais estados daRegião Norte e também estadosdo Centro-Oeste e do Nor<strong>de</strong>ste<strong>de</strong>verão ser cont<strong>em</strong>plados <strong>com</strong>aeronaves apreendidas, parafacilitar o trabalho da Justiça.Segundo a ministra, há, atualmente,19 aeronaves envolvidas<strong>em</strong> processos, mas uma parte <strong>de</strong>lasé antieconômica ou insegura.Mas ainda há algumas <strong>em</strong> condições<strong>de</strong> ser<strong>em</strong> doadas para ostribunais <strong>de</strong> Justiça estaduais.O <strong>de</strong>s<strong>em</strong>bargador João Simõesinformou que a JustiçaEstadual t<strong>em</strong> 800 mil processosacumulados, sendo 600 mil só nacapital e o restante no interior. O<strong>maio</strong>r volume está nas varas daFazenda. Por isso, o TJAM estátrabalhando para a realização <strong>de</strong>concurso para juiz. Até o final doano, estima-se que saiam as primeirascontratações. Serão 60 novosjuízes e 800 novos servidores.Conferênciado Rio ECO-92PSidney HartungUniversodo DireitoNa Conferência doRio se <strong>de</strong>stacaramas regras visandoà harmonia entreo direito ao<strong>de</strong>senvolvimentoe o direito a umavida saudável. Naverda<strong>de</strong>, o que sepreten<strong>de</strong> alcançar é acoexistência entre aor<strong>de</strong>m econômica e oequilí<strong>br</strong>io ambientalrosseguindo <strong>com</strong> o histórico das convençõesinternacionais so<strong>br</strong>e o meio ambiente, vamosfazer um <strong>br</strong>eve relato so<strong>br</strong>e os pontos fundamentaisda Convenção do Rio <strong>de</strong> Janeiro, realizadano período <strong>de</strong> 3 a 14 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> l992. Já aproveitamosesta apresentação para assinalar, <strong>de</strong> início, quefoi instituído o dia 5 <strong>de</strong> junho <strong>com</strong>o data universal domeio ambiente, na Convenção <strong>de</strong> Estocolmo, no mês<strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1972, e l<strong>em</strong><strong>br</strong>ando também que está sendoorganizada a realização da Conferência Rio 92 +20,o que será futuramente <strong>de</strong>talhado.A Eco 92 teve <strong>com</strong>o objetivo primordial <strong>em</strong>preen<strong>de</strong>ra busca <strong>de</strong> meios <strong>de</strong>stinados a conciliar o <strong>de</strong>senvolvimentosócio econômico <strong>com</strong> a conservação e proteçãodos ecossist<strong>em</strong>as <strong>em</strong> nosso planeta. Foi consagradoo entendimento <strong>de</strong> que o <strong>de</strong>senvolvimento sustentávelse apoiava na i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> ”manutenção das bases vitaisda produção e reprodução do hom<strong>em</strong> e <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s,garantindo igualmente uma relação satisfatóriaentre os homens e <strong>de</strong>stes <strong>com</strong> o seu ambiente”.Esta lição está contida na o<strong>br</strong>a <strong>de</strong> Celso AntonioPacheco Fiorillo e Adriana Diaféria, sendo mencionadano livro “Curso <strong>de</strong> Direito Ambiental Brasileiro”,<strong>de</strong> autoria apenas do primeiro, na l0ª Edição, <strong>de</strong> 2009,da Editora Saraiva.Também já se <strong>de</strong>finiu a sustentabilida<strong>de</strong> <strong>com</strong>o autilização <strong>de</strong> recursos renováveis <strong>de</strong> modo qualitativoe limitando-se à quantida<strong>de</strong> <strong>com</strong>patível <strong>com</strong> suarenovação. Na sustentabilida<strong>de</strong>, t<strong>em</strong>os, portanto, aexata medida, a conciliação do exercício da ativida<strong>de</strong>econômica e dos meios <strong>de</strong> protecionismo ambiental.Acentue-se, por outro lado, que a sustentabilida<strong>de</strong>,<strong>em</strong>bora tenha tido as suas raízes na Conferência <strong>de</strong>Estocolmo, foi <strong>de</strong>senvolvidana Eco 92.Como se afirmou anteriormente,na Conferênciado Rio se <strong>de</strong>stacaramas regras visando àharmonia entre o direitoao <strong>de</strong>senvolvimento e odireito a uma vida saudável.Na verda<strong>de</strong>, o quese preten<strong>de</strong> alcançar é acoexistência entre a or<strong>de</strong>meconômica e o equilí<strong>br</strong>ioambiental.E esta política ambientalse <strong>de</strong>senvolveunaquela Conferência<strong>em</strong> que muitos <strong>de</strong> seusvinte e sete princípiosrealçaram a sustentabilida<strong>de</strong><strong>com</strong>o fatorprimordial do equilí<strong>br</strong>ioe i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>propósitos, conformeseus objetivos, entre oplanejamento econômicoe o meio ambiente.E para reforço da exposição, cabe aqui l<strong>em</strong><strong>br</strong>ar que oprimeiro princípio da Conferência consagrava que “osseres humanos estão no centro das preocupações <strong>com</strong><strong>de</strong>senvolvimento sustentável. Têm direito a uma vidasaudável e produtiva, <strong>em</strong> harmonia <strong>com</strong> a natureza”.E o princípio nº 3 acentuava o atendimento equitativodas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e do meio ambientedas gerações presentes e futuras. Note-se, <strong>de</strong>stamaneira, a preocupação <strong>com</strong> o hom<strong>em</strong> não só no presente,<strong>com</strong>o também no futuro, o que aliás se configurano próprio artigo 225 da Carta Magna <strong>de</strong> l988.Mas não se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> dar o <strong>de</strong>vido realce diante<strong>de</strong> sua repercussão mundial e seus efeitos, ao maisimportante documento elaborado e aprovado, que foi aAgenda 21, <strong>com</strong> cerca <strong>de</strong> 800 páginas, <strong>em</strong> que se estabeleceramtratados <strong>em</strong> áreas que afetam a economia e omeio ambiente, <strong>com</strong>o atmosfera, energia, <strong>de</strong>sertos, oceanos,água doce, po<strong>br</strong>eza e população, entre outros.A Agenda 21, <strong>de</strong> forma clara e precisa, dispôs so<strong>br</strong>eos pontos fundamentais para a <strong>de</strong>spoluição do planetae a construção <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentosustentável. Esta Agenda não t<strong>em</strong> caráter normativo,mas somente ético diante do <strong>com</strong>promisso assumidopor seus signatários, os representantes dos 175 paísesque <strong>com</strong>pareceram à Conferência.Ao encerrar este resumido histórico so<strong>br</strong>e a Eco92, <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os mencionar que, <strong>com</strong> base neste <strong>com</strong>promisso,foi elaborada a nossa Agenda 2l, iniciando-sesuas ativida<strong>de</strong>s <strong>em</strong> l996 e sendo concluída no PlanoPlurianual <strong>de</strong> 2004-2007.Não po<strong>de</strong>mos também esquecer que foi firmado importantedocumento, <strong>com</strong>o a Convenção so<strong>br</strong>e a Biodiversida<strong>de</strong>,para o uso sustentável <strong>de</strong> seus <strong>com</strong>ponentesao lado <strong>de</strong> benefícios auferidos diante <strong>de</strong>sta utilização.O que se fez, na verda<strong>de</strong>, na ECO-92, foi se <strong>de</strong>senvolveralternativas plausíveis para se atingir a preservaçãoda natureza e consequente repercussão navida humana. E resultado que <strong>de</strong>monstre ainda <strong>maio</strong>revolução ao protecionismo ambiental se espera sejaalcançado na anunciada Conferência Rio 92+20.Sidney Hartung Buarque é mestre <strong>em</strong> Direito Civil, professor <strong>de</strong> DireitoCivil e Direito Ambiental, <strong>de</strong>s<strong>em</strong>bargador presi<strong>de</strong>nte da 4ª Câmara Cível doTribunal <strong>de</strong> Justiça do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, presi<strong>de</strong>nte do ConselhoConsultivo da ESAJ – Escola <strong>de</strong> Administração Judiciária do Tribunal <strong>de</strong>Justiça do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro.
CONCURSO PÚBLICOAlfredo JunqueiraDa Agência EstadoDez anos após iniciar a política<strong>de</strong> cotas <strong>em</strong> universida<strong>de</strong>spúblicas estaduais, o governodo Rio <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong>cidiu estabelecernova reserva <strong>de</strong> vagaspara negros e indígenas nosconcursos públicos para órgãosdo Po<strong>de</strong>r Executivo. A partir do<strong>de</strong>creto assinado ont<strong>em</strong> pelo governadorSérgio Ca<strong>br</strong>al (PMDB),20% dos cargos previstos nosprocessos seletivos passarão aser <strong>de</strong>stinados aos cotistas.A expectativa do governoe <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s favoráveis àmedida é que as reservas <strong>em</strong>concursos públicos também seespalh<strong>em</strong> pelo Brasil. O <strong>de</strong>creto<strong>com</strong>eça a vigorar <strong>em</strong> 30 dias eterá valida<strong>de</strong> por <strong>de</strong>z anos.“Negros e índios <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong>ser apenas o símbolo <strong>de</strong> umaimag<strong>em</strong> que o Rio projeta parafora. E essa imag<strong>em</strong> não existiriase não fosse a influência donegro e do índio na formação<strong>de</strong> sua cultura. Agora, <strong>com</strong> a assinaturado <strong>de</strong>creto, t<strong>em</strong>os umagarantia da nossa presença nasC U R T Aposições mais importantes dogoverno estadual”, afirmou aministra da Secretaria <strong>de</strong> Políticas<strong>de</strong> Promoção da Igualda<strong>de</strong>Racial, Luiza Bairros, presenteà solenida<strong>de</strong>. “O Rio <strong>de</strong>Janeiro <strong>de</strong>u o pontapé inicial eos outros Estados virão atrás.”Os candidatos que <strong>de</strong>sejar<strong>em</strong>se beneficiar do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong>reserva <strong>de</strong> vagas terão <strong>de</strong> se <strong>de</strong>clararnegro ou índio no ato dainscrição. Todos estão o<strong>br</strong>igadosa obter pontuação mínima paraa aprovação. A nomeação paraos cargos <strong>de</strong>verá seguir a classificaçãodo processo seletivo. Osque optar<strong>em</strong> pelas cotas terãoum ranking específico. Para cadaquatro candidatos nomeadospela classificação geral, um seráconvocado da lista dos cotistas.“Essa medida vai nos a<strong>br</strong>irportas. Vamos po<strong>de</strong>r entrarnos órgãos públicos, ter salas,locais para trabalhar. Seráuma maneira eficiente <strong>de</strong> ampliarnosso acesso ao serviçopúblico”, disse Afonso Chamakari,da tribo Apurinã, doAmazonas, uma li<strong>de</strong>ranças indígenasna solenida<strong>de</strong>.Aberto edital para concessão <strong>de</strong>terminais rodoviários da Co<strong>de</strong>rteA Co<strong>de</strong>rte disponibiliza, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> ont<strong>em</strong>, aos interessados cópiasdo edital e do contrato <strong>de</strong> concessão relativos à ConcorrênciaPública número 01/SETRANS/CODERTE/2009. Também estarãodisponibilizadas no site da Co<strong>de</strong>rte (co<strong>de</strong>rte.rj.gov.<strong>br</strong> – link“LICITAÇÕES”) as cópias do edital e do contrato <strong>de</strong> concessão<strong>em</strong> tela. Só po<strong>de</strong>rão participar da licitação os interessados queobtiver<strong>em</strong> junto à Comissão <strong>de</strong> Licitação uma cópia integral doedital e todos os seus anexos. A concorrência t<strong>em</strong> <strong>com</strong>o objeto aoutorga, <strong>em</strong> caráter exclusivo, da concessão onerosa <strong>de</strong> serviçospúblicos para operação, administração, manutenção, conservação ereforma, entre outros, <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminados terminais rodoviários.IÊMENO vice-presi<strong>de</strong>nte do Iêmendisse ont<strong>em</strong> que o presi<strong>de</strong>nteAli Abdullah Saleh está b<strong>em</strong> evai retornar da Arábia Saudita,on<strong>de</strong> passou por uma cirurgia,nos próximos dias, informoua agência oficial <strong>de</strong> notíciasSaba. O anúncio <strong>de</strong> que Salehpo<strong>de</strong>rá voltar <strong>em</strong> questão agilizouos esforços das diplomaciasdos EUA e da Arábia Sauditapara que isso não ocorra eque uma rápida transferência<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r garanta o fim do governo<strong>de</strong> 33 anos <strong>de</strong> Saleh.“Sua excelência está serecuperando muito b<strong>em</strong> e vaivoltar para casa nos próximosdias”, afirmou o vice-presi<strong>de</strong>nteAbdrabuh Mansur Hadi. Salehestá se recuperando numhospital militar <strong>em</strong> Riad <strong>de</strong>pois<strong>de</strong> ter ficado ferido numataque à bomba contra a mesquitado <strong>com</strong>plexo presi<strong>de</strong>ncialna capital, Sanaa.Saleh foi levado às pressasno sábado à noite a Riad, apóster sido ferido <strong>em</strong> um ataque <strong>de</strong>foguetes contra o palácio presi<strong>de</strong>ncial,<strong>em</strong> meio aos <strong>com</strong>batesque ocorr<strong>em</strong> na capital Sanaa.“Pedimos uma transiçãopacífica e or<strong>de</strong>ira, que sejanão violenta e <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong>a Constituição do Iêmen”,disse a secretária <strong>de</strong> Estadoamericana Hillary Clinton.A Organização do Tratado doAtlântico Norte (Otan) realizouuma série ataques contra instalações<strong>em</strong> Trípoli na manhã <strong>de</strong>ont<strong>em</strong>, intensificando a pressãocontra o regime <strong>de</strong> Muamar Kadafi.Os alvos dos ataques realizadosdurante a noite parec<strong>em</strong>ter sido os subúrbios da capital.Não está claro quais foram osalvos, já que funcionários do governolíbio não foram encontradospara falar so<strong>br</strong>e o assunto.As ações da Otan parec<strong>em</strong>estar se intensificando nasproximida<strong>de</strong>s da capital líbia,refúgio do governo <strong>de</strong> quatrodécadas <strong>de</strong> Kadafi, pressionandoo regime que já é afetadopelos quatro meses <strong>de</strong> insurgência,b<strong>em</strong> <strong>com</strong>o várias <strong>de</strong>serçõese um bloqueio naval.Em Bruxelas, o secretáriogeralda Otan, An<strong>de</strong>rs FoghRasmussen, disse que usaria areunião <strong>de</strong> amanhã <strong>com</strong> ministrosda Defesa da aliança paraexigir que mais países contribuam<strong>com</strong> a luta contra Kadafi,<strong>em</strong>bora não tenha especificadopara quais países fará o pedido.Grã-Bretanha e França estão intensamenteenvolvidas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> oinício da ação, <strong>em</strong> março.MUNDOPORTUGALRIOTerça-feira, 7 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2011 9GREVEBombeiros tentamMobilização <strong>com</strong>eçou <strong>com</strong> um grupo <strong>de</strong> guarda-vidas pedindo aumento salarialVitor AbdalaDa Agência BrasilDiversos representantes <strong>de</strong>militares do Corpo <strong>de</strong> Bombeirosreuniram-se ont<strong>em</strong> para tentarunificar o movimento e negociar<strong>com</strong> o novo <strong>com</strong>ando da corporação.A mobilização por melhoressalários, que <strong>com</strong>eçou <strong>com</strong> a insatisfação<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 40 guarda-vidasdo Grupamento Marítimo doRio <strong>em</strong> a<strong>br</strong>il <strong>de</strong>ste ano, foi gradativamenterecebendo a a<strong>de</strong>são <strong>de</strong>bombeiros <strong>de</strong> diversas unida<strong>de</strong>s.“O <strong>com</strong>ando atual do Corpo<strong>de</strong> Bombeiros já <strong>de</strong>u sinal ver<strong>de</strong><strong>de</strong> que vai receber as associaçõese alguns m<strong>em</strong><strong>br</strong>os mobilizadosdo Grupamento Marítimo. Convidamosalguns m<strong>em</strong><strong>br</strong>os do movimentopara sentar junto <strong>com</strong>as associações, traçar uma pautaúnica e sentar <strong>de</strong>finitivamentenuma mesa <strong>de</strong> diálogo”, disse opresi<strong>de</strong>nte da Associação <strong>de</strong> Cabose Soldados, Nilo Guerreiro.Entre os pontos discutidos nareunião estava a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> umapauta salarial para os bombeiros.Os bombeiros guarda-vidas, porex<strong>em</strong>plo, quer<strong>em</strong> salário mínimo<strong>de</strong> R$ 2 mil (líquido) para os soldados.A proposta das associaçõesé que o soldo (salário-base do militar)passe dos R$ 334,27 atuais paraR$ 662, valor do piso salarial dosvigilantes privados. Com isso, o saláriolíquido do soldado (que incluigratificações e benefícios) passaria<strong>de</strong> R$ 950 para cerca <strong>de</strong> R$ 2.600.Apoio - Os bombeiros e guarda-vidasfluminenses presos receberamont<strong>em</strong> o apoio dos <strong>de</strong>putadosestaduais. Após reunião<strong>com</strong> lí<strong>de</strong>res do movimentos, parentese parlamentares fe<strong>de</strong>rais,eles divulgaram uma nota <strong>de</strong>apoio aos grevistas.Bombeiros protestam <strong>em</strong> frente à Alerj. Mobilização recebe a<strong>de</strong>são <strong>de</strong> várias unida<strong>de</strong>sNa nota, os <strong>de</strong>putados reafirmamapoio aos bombeiros, pe<strong>de</strong>ma libertação imediata dos 439militares presos e criticam o baixosalário da categoria. Tambéml<strong>em</strong><strong>br</strong>am no texto a participaçãoheroica dos bombeiros <strong>em</strong> recentestragédias no estado, <strong>com</strong>o nos<strong>de</strong>slizamentos e t<strong>em</strong>porais queatingiram a Região Serrana.Os parlamentares <strong>de</strong>cidiramcriar uma frente <strong>de</strong> apoio aosbombeiros e manifestaram disposição<strong>em</strong> trancar a pauta <strong>de</strong> votaçõesda Ass<strong>em</strong>bleia Legislativa doEstado do Rio <strong>de</strong> Janeiro (Alerj),enquanto os militares não for<strong>em</strong>soltos. Segundo os <strong>de</strong>putados, ainiciativa <strong>de</strong> <strong>de</strong>stravar as negociaçõesé do governo do estado.Invasão - Os bombeiros forampresos <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ocupar oQuartel-General do Corpo <strong>de</strong>Bombeiros, para tentar negociar<strong>com</strong> o então <strong>com</strong>andante, coronelPedro Machado. A ocupaçãodo quartel foi encerrada <strong>de</strong>pois<strong>de</strong> uma ação da Polícia Militar,que pren<strong>de</strong>u os bombeiros.Coletiva - O novo <strong>com</strong>andante-geraldo Corpo <strong>de</strong> Bombeirosdo Rio <strong>de</strong> Janeiro, coronel SérgioSimões, pediu que a tropa confienele e disse ont<strong>em</strong>, <strong>em</strong> entrevistacoletiva, que será o únicointerlocutor entre o governo doestado e os bombeiros. Simõestranquilizou a população ao afirmarque o Corpo <strong>de</strong> Bombeirosestá aten<strong>de</strong>ndo aos chamados<strong>em</strong> todo o estado e que nenhumcidadão ficará s<strong>em</strong> socorro.“Reconheço que, ao longo dosanos, o Corpo <strong>de</strong> Bombeiros ficouAlexandro Auler / AE<strong>com</strong> o salário muito <strong>de</strong>fasado. Essegoverno v<strong>em</strong> repondo essa <strong>de</strong>fasag<strong>em</strong>.Nos primeiros quatro anos<strong>de</strong> governo, já tiv<strong>em</strong>os uma reposiçãosignificativa. E agora há umprograma <strong>de</strong> recuperação salarialda corporação que vai se cumpriraté o final <strong>de</strong> 2014, quando nós ter<strong>em</strong>osuma reposição da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>55% - explicou o coronel.Eletro<strong>br</strong>ás - Segundo assistenteda Presidência da Eletronuclear,Leonam dos SantosGuimarães, as manifestações nãoafetam a segurança das usinas nucleares<strong>em</strong> Angra dos Reis.Ele explicou que no caso <strong>de</strong>ocorrência <strong>de</strong> incêndio nas instalaçõesinternas do <strong>com</strong>plexonuclear, a Eletronuclear possuiuma estrutura própria para enfrentara situação.“Governo planeja respeitar todos os prazos do acordo”, diz Pedro Passos CoelhoO primeiro-ministro eleito <strong>de</strong>Portugal afirmou que vai cortarimediatamente os gastos públicose <strong>com</strong>eçar a privatizar as<strong>em</strong>presas para aten<strong>de</strong>r às exigênciasdo pacote <strong>de</strong> resgate internacional<strong>de</strong> € 78 bilhões. “Nósquer<strong>em</strong>os <strong>de</strong>ixar claro para a<strong>com</strong>unida<strong>de</strong> internacional queesse governo planeja respeitartodos os prazos do acordo”, afirmouPedro Passos Coelho, doPartido Social D<strong>em</strong>ocrata (PSD).Um fracasso <strong>em</strong> fazer issopo<strong>de</strong> gerar no mercado receios<strong>de</strong> que Portugal siga a Grécia etenha <strong>de</strong> buscar uma reestruturaçãoda sua dívida. Ele <strong>de</strong>claroutambém que precisa formaruma coalizão <strong>de</strong> governo rapidamentepara cumprir os prazosestabelecidos pelo pacote <strong>de</strong>ajuda financeira internacional.O próximo governo t<strong>em</strong> <strong>de</strong>apresentar, até o final <strong>de</strong> julho,um projeto para reduzir significativamenteas contribuições para asegurida<strong>de</strong> social das <strong>em</strong>presas,ven<strong>de</strong>r o Banco Português <strong>de</strong> NegóciosSA, eliminar sua participaçãosocietária <strong>em</strong> <strong>em</strong>presas ereduzir a in<strong>de</strong>nização para trabalhadores<strong>de</strong>mitidos entre outrasmedidas. Mas, tendo <strong>em</strong> vista quealgumas <strong>de</strong>ssas ações exig<strong>em</strong> a<strong>maio</strong>ria dos votos no Parlamentoe nenhum partido conseguiu essa<strong>maio</strong>ria sozinho nas eleições <strong>de</strong>domingo, uma coalizão é necessáriapara aprovar novas leis.A <strong>maio</strong>ria é consi<strong>de</strong>rada crucialpara o governo ser capaz <strong>de</strong>aprovar as duras reformas estabelecidaspelo programa <strong>de</strong> ajudada União Europeia (UE) e doFundo Monetário Internacional(FMI). Outro partido conservador,o Centro D<strong>em</strong>ocrático e Social(CDS), que ficou <strong>em</strong> terceirolugar nas eleições, afirmou queestá disposto a negociar umaaliança <strong>com</strong> Passos Coelho. Juntas,as duas legendas <strong>de</strong>têm 120das 230 ca<strong>de</strong>iras do Parlamento.A posse do novo governo po<strong>de</strong><strong>de</strong>morar até 25 <strong>de</strong> junho, <strong>de</strong>poisque o presi<strong>de</strong>nte Aníbal CavacoSilva indicar novo primeiro-ministroe o Parlamento ser convocadopara <strong>de</strong>bater as novas propostas,afirmou o Jornal <strong>de</strong> Negócios.“Nós preten<strong>de</strong>mos surpreen<strong>de</strong>rdurante os próximos dois outrês meses indo mais rápido e maisprofundo do que o esperado”, dissePassos Coelho, que <strong>de</strong>rrotou oPartido Socialista, do primeiro-ministrointerino José Sócrates.“As discussões <strong>com</strong> o CDSvão <strong>com</strong>eçar imediatamente eesperamos que um governo estejapronto para assumir o po<strong>de</strong>rneste mês”, <strong>de</strong>clarou PassosCoelho. De acordo <strong>com</strong>a legislaçãoportuguesa, po<strong>de</strong> <strong>de</strong>morars<strong>em</strong>anas até que um novo governoassuma o <strong>com</strong>ando.A principal priorida<strong>de</strong> é controlaro crescente déficit orçamentário,ao mesmo t<strong>em</strong>po queas reformas necessárias paraaumentar as perspectivas <strong>de</strong>crescimento econômico duranteos próximos anos for<strong>em</strong> feitas.O candidato nacionalistaOllanta Humala, <strong>de</strong> 48 anos,venceu as eleições presi<strong>de</strong>nciaisperuanas realizadas nestedomingo, segundo o EscritórioNacional <strong>de</strong> Processos Eleitorais(ONPE, na sigla <strong>em</strong> espanhol),<strong>com</strong> 94,3% das urnas apuradasno <strong>com</strong>eço da tar<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta segunda-feira.Segundo a ONPE,Ollanta Humala obteve 51,3%dos votos, contra 48,6% <strong>de</strong> sua rival,a candidata <strong>de</strong> direita KeikoFujimori, <strong>de</strong> 36 anos e filha doex-presi<strong>de</strong>nte Alberto Fujimori.Diante da vitória, Humala disseque formará “um governo <strong>de</strong>coalizão, representativo das forças<strong>de</strong>mocráticas e aberto à socieda<strong>de</strong>civil”. O nacionalista reconheceuser o vitorioso e fez uma <strong>br</strong>eve <strong>de</strong>claração<strong>em</strong> tom conciliador, setehoras após o fechamento das urnase pouco antes <strong>de</strong> partir à PraçaDos <strong>de</strong> Mayo, no centro <strong>de</strong> Lima,on<strong>de</strong> uma multidão <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong>seguidores já o aguardava.A vitória <strong>de</strong> Humala po<strong>de</strong>rá serpor uma marg<strong>em</strong> um pouco <strong>maio</strong>r,uma vez que ainda faltam ser totalizadosvotos <strong>de</strong> regiões r<strong>em</strong>otasnos An<strong>de</strong>s e na Amazônia on<strong>de</strong> ocandidato nacionalista é mais popular.Humala afirmou que converteráo crescimento econômico <strong>de</strong>quase uma década no Peru <strong>em</strong> “umgran<strong>de</strong> motor <strong>de</strong> inclusão social,que todos os peruanos <strong>de</strong>sejam”.A presi<strong>de</strong>nte Dilma Rousseffconversou ont<strong>em</strong>, por telefone,<strong>com</strong> o presi<strong>de</strong>nte eleito doPeru, Ollanta Humala.Na conversa, Dilma convidouo político peruano paravisitar o Brasil antes da posse,marcada para 28 <strong>de</strong> julho.REQUERIMENTO DE LICENÇAIsra el Kla bin, tor na pú bli co que re que reu à Se cre ta ria Mu ni ci pal <strong>de</strong> MeioAmbi en te - SMAC, atra vés do pro ces so nº 14/201.527/09, li cen ça paracor te <strong>de</strong> ár vo res para a cons tru ção <strong>de</strong> um pré dio re si <strong>de</strong>n ci al uni fa mi li arsito à Av. Ni e me yer nº 550.