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Manejo Integra<strong>do</strong> de Plagas y Agroecología (Costa Rica) No. 75 p. 52-59, 2005<strong>Produtos</strong> <strong>naturais</strong> e sintéticos <strong>no</strong> <strong>controle</strong> <strong>do</strong> <strong>bicho</strong><strong>mineiro</strong>-<strong>do</strong>-cafeeiroLeucoptera coffeella e seus efeitossobre a vespa preda<strong>do</strong>ra Polybia scutellarisJosé Marcos A. Men<strong>do</strong>nça 1Geral<strong>do</strong> A. Carvalho 2Paulo R. Reis 3Rubens J. Guimarães 1Luiz Carlos D. Rocha 2RESUMO. A utilização indiscriminada de inseticidas de amplo espectro para o <strong>controle</strong> <strong>do</strong> <strong>bicho</strong>-<strong>mineiro</strong>-<strong>do</strong>cafeeiro(BMC) Leucoptera coffeella (Guérin-Mèneville & Perrottet) (Lepi<strong>do</strong>ptera: Lyonetiidae) é responsávelpor grandes desequilíbrios ecológicos. Objetivou-se, neste trabalho, avaliar em laboratório os produtos<strong>naturais</strong> extrato pirolenhoso (Biopirol ® a 2%, 4%, 8% e 16%) e óleo emulsionável de nim (Nim-I-Go ® a0,25%, 0,5%, 0,75% e 1%) e os inseticidas lambdacyhalothrin (Karatê Zeon 50 CS - 0,01 mg i.a. ml -1 ) e ethion(Ethion RPA - 1,5 mg i.a. ml -1 ), sobre lagartas <strong>do</strong> BMC e adultos da vespa preda<strong>do</strong>ra Polybia scutellaris(White) (Hyme<strong>no</strong>ptera: Vespidae). Folhas minadas coletadas em campo foram levadas para laboratório,onde se procedeu à separação de minas intactas <strong>do</strong> BMC que foram pulverizadas. Vespas foram capturadasem ninhos <strong>no</strong> campo, levadas ao laboratório e tratadas com os produtos por meio de pulverização direta dacalda ou incorporação <strong>no</strong> alimento. Constatou-se que, em todas as concentrações e formas de contaminaçãotestadas, Biopirol ® e Nim-I-Go ® foram pouco tóxicos ao BMC e à vespa preda<strong>do</strong>ra. Ethion mostrou-se maistóxico que lambdacyhalothrin às lagartas <strong>do</strong> BMC. Quan<strong>do</strong> pulveriza<strong>do</strong>s sobre as vespas, os inseticidas ethione lambdacyhalothrin foram mais tóxicos, compara<strong>do</strong>s aos produtos <strong>naturais</strong> e a testemunha. Observou-se umefeito de choque maior quan<strong>do</strong> os inseticidas ethion e lambdacyhalothrin foram pulveriza<strong>do</strong>s sobre os insetosem comparação à incorporação <strong>no</strong> alimento.Palavras chave: <strong>bicho</strong> <strong>mineiro</strong>, cafeeiro, <strong>controle</strong> integra<strong>do</strong>, inseticidas <strong>naturais</strong>, seletividade.RESUMEN. Productos naturales y sintéticos en el control del mina<strong>do</strong>r del café Leucoptera coffeella y susefectos sobre la avispa depreda<strong>do</strong>ra Polybia scutellaris. La utilización indiscriminada de insecticidas deamplio espectro para el control del mina<strong>do</strong>r del café Leucoptera coffeella (Guérin-Mèneville & Perrottet)(Lepi<strong>do</strong>ptera: Lyonetiidae) es responsable de grandes desequilibrios ecológicos. Así, el objetivo de este trabajofue evaluar en el laboratorio productos naturales como el extracto piroleñoso (Biopirol ® a 2%, 4%, 8% y 16%)y aceite emulsionable de nim (Nim-I-Go ® a 0,25%; 0,5%; 0,75% y 1%) y los insecticidas lambdacihalotrín(Karatê Zeon 50 CS - 0,01 mg i.a. ml -1 ) y etión (Ethion RPA - 1,5 mg i.a. ml -1 ), sobre larvas de L. coffeella yadultos de la avispa depreda<strong>do</strong>ra Polybia scutellaris (White) (Hyme<strong>no</strong>ptera: Vespidae). Biopirol ® y Nim-I-Go ® en todas las concentraciones y en las diferentes formas de aplicación (directa y por alimentación) fueronpoco tóxicos para L. coffeella y la avispa depreda<strong>do</strong>ra. Etión fue más tóxico que lambdacihalotrín sobre laslarvas de L. coffeella. En aplicaciones directas sobre la avispa, etión y lambdacihalotrín fueron más tóxicosque los productos naturales. El “efecto de choque” fue mayor en los insecticidas etión y lambdacihalotrín enaplicación directa en comparación con su incorporación al alimento.Palabras clave: cafeto, control integra<strong>do</strong>, insecticidas naturales, mina<strong>do</strong>r del cafeto, selectividad.1Depto. de Fitotecnia da UFLA. C.P. 3037, CEP 37.200-000, Lavras, MG, Brasil. jose.marcos@posgrad.ufla.br; rubensjg@ufla.br2Depto. de Entomologia da UFLA. C.P. 3037, CEP 37.200-000, Lavras, MG, Brasil. gacarval@ufla.br; luizufla@gmail.com3Epamig-CTSM/EcoCentro, Campus da UFLA, Brasil. rebelles@ufla.br52


Abstract. Natural and synthetic products in the control of the coffee leaf miner Leucoptera coffeella andtheir effects on the predatory wasp Polybia scutellaris. The intensive use of broad spectrum pesticides to controlthe coffee leaf miner Leucoptera coffeella (Guérin-Mèneville & Perrottet) (Lepi<strong>do</strong>ptera: Lyonetiidae) has beenshown to reduce natural biological control of this pest in coffee plantations. The objective of our research wasto evaluate the effects of the natural products Biopirol ® (2%, 4%, 8%, 16%) and Nim-I-Go ® (0.25%, 0.50%,0.75%, 1%), and of the synthetic insecticides lambdacyhalothrin (Karatê Zeon 50 CS - 0.01 mg a.i. ml -1 ) and ethion(Ethion RPA - 1.5 mg a.i. ml -1 ) on L. coffeella larvae and on adults of the predatory wasp Polybia scutellaris(White) (Hyme<strong>no</strong>ptera: Vespidae). Biopirol ® and Nin-I-Go ® , in all concentrations and manners of application(direct and through feeding), were <strong>no</strong>t very toxic to the wasps. Regarding the synthetic insecticides, ethion wasmore toxic than lambdacyhalothrin. When sprayed over the wasps, the pesticides ethion and lambdacyhalothrinwere more toxic in comparison with the natural products. A greater shock effect was verified when ethion andlambdacyhalothrin were sprayed over the wasps in comparison with food application of these insecticides.Key words: coffee plant, integrated control, leaf miner, natural insecticides, selectivity.IntroduçãoO <strong>bicho</strong>-<strong>mineiro</strong>-<strong>do</strong>-cafeeiro (BMC) pode ser responsávelpor grandes prejuízos na produtividade <strong>do</strong>cafeeiro, além de causar redução da longevidade dasplantas devi<strong>do</strong> à acentuada desfolha (Moraes 1998,Reis et al. 2002). A implementação de méto<strong>do</strong>s parao <strong>controle</strong> de determinada praga deve ser criteriosa,de mo<strong>do</strong> que um méto<strong>do</strong> não interfira negativamentesobre o resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> outro. Essa situação pode ocorrerem lavouras cafeeiras, quan<strong>do</strong> se realiza o <strong>controle</strong><strong>do</strong> BMC Leucoptera coffeella (Guérin-Mèneville &Perrottet) (Lepi<strong>do</strong>ptera: Lyonetiidae) com inseticidasde largo espectro de ação os quais influenciam aatuação <strong>do</strong>s inimigos <strong>naturais</strong> da praga.O uso indiscrimina<strong>do</strong> de produtos com essa característica,além de ser responsável por desequilíbriosecológicos em agroecossistemas (Antônio et al. 2000,Bacci et al. 2000, Gontijo et al. 2000), promove a seleçãode insetos-praga resistentes a inseticidas (Fragosoet al. 2002a) e a ocorrência da<strong>no</strong>sa de pragas consideradassecundárias (Moraes 1998, Fragoso et al. 2002b).O <strong>controle</strong> biológico <strong>do</strong> BMC é realiza<strong>do</strong> naturalmentepor meio da atuação de vespas preda<strong>do</strong>ras,parasitóides e entomopatóge<strong>no</strong>s, sen<strong>do</strong> que <strong>no</strong>Brasil, em Minas Gerais, já foram constata<strong>do</strong>s níveisde eficiência em tor<strong>no</strong> de 69% para vespas preda<strong>do</strong>ras,18% para os parasitóides (Reis & Souza 1986)e, em me<strong>no</strong>r proporção, pelos entomopatóge<strong>no</strong>sdas espécies Erwinia herbicola (Enterobacteriaceae)e Pseu<strong>do</strong>monas aerugi<strong>no</strong>sa (Schroeter) Migula(Pseu<strong>do</strong>monadaceae) (Reis et al. 2002).Alguns trabalhos vêm sen<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong>s para descobrirprodutos <strong>naturais</strong> que <strong>controle</strong>m as pragas deculturas importantes como café, eucalipto, mandiocae milho (Dionízio et al. 2000, Galvan et al. 2000a,Gonçalves et al. 2001, Prates et al. 2003, Silva et al.2005) e que sejam seletivos aos seus inimigos <strong>naturais</strong>.Em lavouras cafeeiras, o <strong>controle</strong> biológico podeapresentar-se muito eficiente (Reis & Souza 1986),quan<strong>do</strong> o manejo <strong>do</strong> agroecossistema é conduzi<strong>do</strong>adequadamente, permitin<strong>do</strong> o estabelecimento e aatuação <strong>do</strong>s inimigos <strong>naturais</strong> das pragas.Desta forma, objetivou-se verificar a eficiência <strong>do</strong>sprodutos <strong>naturais</strong> Biopirol ® e Nim-I-Go ® e <strong>do</strong>s inseticidassintéticos lambdacyhalothrin e ethion sobre o<strong>bicho</strong>-<strong>mineiro</strong>-<strong>do</strong>-cafeeiro e seus efeitos sobre a vespapreda<strong>do</strong>ra Polybia scutellaris (White) (Hyme<strong>no</strong>ptera:Vespidae), em condições de laboratório.Material e méto<strong>do</strong>sOs bioensaios foram realiza<strong>do</strong>s em condições de laboratórioe os produtos <strong>naturais</strong> e sintéticos utiliza<strong>do</strong>s<strong>no</strong>s bioensaios foram: extrato pirolenhoso (Biopirol ®- 2, 4, 8 e 16%); óleo emulsionável de nim (Nim-I-Go ®- 0,25; 0,50; 0,75 e 1,0%); lambdacyhalothrin (KaratêZeon 50 CS ® - 0,01 mg de i.a. /ml) e ethion (EthionRPA ® - 1,5 mg de i.a./ml). Utilizou-se somente água<strong>no</strong> tratamento testemunha.Eficiência de produtos <strong>naturais</strong> e sintéticos<strong>no</strong> <strong>controle</strong> <strong>do</strong> BMCPara a realização <strong>do</strong> bioensaio, folhas minadas decafeeiro foram coletadas em uma lavoura da cultivarCatuaí Vermelho, recepada há oito a<strong>no</strong>s e isenta deprodutos fitossanitários por <strong>do</strong>is a<strong>no</strong>s, localizada naFazenda Muquém, Lavras, Minas Gerais e levadaspara laboratório, onde se procedeu à separação dasminas intactas <strong>do</strong> BMC, originan<strong>do</strong> fragmentos foliarescada um conten<strong>do</strong> uma mina intacta.53


Manejo Integra<strong>do</strong> de Plagas y Agroecología (Costa Rica) No. 75, 2005Figura 1. Mortalidade (%) de Polybia scutellaris pela ação<strong>do</strong> inseticida lambdacyhalothrin, em duas formasde contaminação em função das horas após contato,onde (a) refere-se à pulverização 2 r 2 = 0,93 *(a) = -3,243 + 4,108x – 0,048x100sobre osinsetos e (b) (b) = para 2,473 o + 0,682x produto r 2 = incorpora<strong>do</strong> 0,90 * à dieta. aMortalidade (%)75<strong>no</strong> tratamento com ethion, uma vez que o produto50pode ter penetra<strong>do</strong> mais facilmente na cutícula <strong>do</strong>s binsetos, atingin<strong>do</strong> o sistema nervoso central, levan<strong>do</strong>25a uma hiperexcitação nervosa e posteriormente amorte. 0Para0os demais12compostos24quan<strong>do</strong>36pulveriza<strong>do</strong>s,48observou-se que a mortalidade Horas após o contato das vespas não ultrapassou28% (Tabela 2). Mesmo que as concentraçõesde 4% e 16% de Biopirol ® e 0,75% de Nim-I-Go ®tenham proporciona<strong>do</strong> valores de mortalidade significativamentemaiores que o da testemunha, pode-seinferir que esses compostos foram pouco tóxicos aospreda<strong>do</strong>res <strong>do</strong> BMC.As duas formas de contato <strong>do</strong>s insetos com lambdacyhalothrinapresentaram diferenças significativasa partir das 12 horas após a contaminação com oproduto, sen<strong>do</strong> que essa diferença foi constante até ofinal de perío<strong>do</strong> de avaliação, conforme evidencia<strong>do</strong>na Figura 1.A diferença na mortalidade das vespas conferidapelas formas de contato com lambdacyhalothrin podeestar relacionada à quantidade de princípio ativo queatingiu os insetos, sen<strong>do</strong> maior quan<strong>do</strong> esses forampulveriza<strong>do</strong>s com as caldas inseticidas e me<strong>no</strong>r quan<strong>do</strong>alimenta<strong>do</strong>s com a dieta contaminada, conformediscuti<strong>do</strong> anteriormente.Para a mortalidade das vespas tratadas comethion, constatou-se uma ação tóxica mais expressivanas primeiras horas após a pulverização, quan<strong>do</strong>comparada com sua incorporação na dieta, durante omesmo perío<strong>do</strong> (Fig. 2).Após 24 horas, em ambas as formas de contaminação,ethion mostrou-se altamente tóxico às vespas.Figura 2. Mortalidade (%) de vespas preda<strong>do</strong>ras Polybiascutellaris pela ação de ethion, em duas formasde contaminação em função das horas após contato,onde (a) refere-se à pulverização sobre os125100 insetos e (b) à incorporação <strong>do</strong> produto na dieta.Mortalidade (%)7550a(a) = 24,497 + 10,459x – 0,397x 2 + 0,004x 3 ; r 2 = 0,92 *A maior 25 bquantidade desse (b) = - 1,480 composto + 5,610x – 0,073x que 2 ; r 2 = atingiu 0,97 * asvespas 0 quan<strong>do</strong> em pulverização pode ser a responsávelpela maior mortalidade nas primeiras horas após o0 12 24 36 48Horas após o contatocontato <strong>do</strong>s insetos com esse produto (Fig. 2).Estudan<strong>do</strong> a toxicidade de alguns inseticidassobre P. sylveirae, Bacci et al. (2000) constataram queethion (1,56 mg i.a./ml) foi altamente tóxico, enquantoos piretróides fenvalerate (0,056 mg i.a./ml), esfenvalerate(0,003 mg i.a./ml) e zetacypermethrin (0,006mg i.a./ml) mostraram-se seletivos.A toxicidade de alguns inseticidas à vespaProtopolybia exigua exigua Saussure (Hyme<strong>no</strong>ptera:Vespidae) foi estudada por Galvan et al. (2000b), queconstataram mortalidade <strong>do</strong>s insetos <strong>no</strong>s tratamentoscom os orga<strong>no</strong>fosfora<strong>do</strong>s chlorpyrifos (3 mg i.a./ml),ethion (1,56 mg i.a./ml) e paration methyl (0,6 mg i.a./ml), tanto na <strong>do</strong>sagem recomendada para <strong>controle</strong> <strong>do</strong>BMC em campo, quanto para a meia <strong>do</strong>sagem. Estestrabalhos evidenciam a toxicidade de ethion sobre ospreda<strong>do</strong>res <strong>do</strong> BMC, e os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s <strong>no</strong> presenteestu<strong>do</strong> vêm confirmar tais observações.A sobrevivência das vespas foi pouco afetadapelas concentrações de 4%, 8% e 16% <strong>do</strong> Biopirol ®e 0,25%; 0,75% e 1% <strong>do</strong> Nim-I-Go ® , não atingin<strong>do</strong>índices maiores que 25% (Fig. 3 e 4). Assim, pode-seinferir que esses <strong>do</strong>is produtos <strong>naturais</strong>, nas concentraçõestestadas, não provocaram a mortalidade davespa P. scutellaris.Durante o perío<strong>do</strong> de avaliação foi possível verificarque o extrato pirolenhoso (Biopirol ® ) e o óleoemulsionável de nim (Nim-I-Go ® ), nas concentraçõestestadas, foram pouco <strong>no</strong>civos a L. coffeella e à vespapreda<strong>do</strong>ra P. scutellaris. Esse resulta<strong>do</strong> possivelmente57


Manejo Integra<strong>do</strong> de Plagas y Agroecología (Costa Rica) No. 75, 2005Mortalidade de vespas (%)50403020100a) Biopirol 4% = 1,106 + 0,417x r 2 = 0,94 *b) Biopirol 8% = 1,464 + 0,144x r 2 = 0,87 *c) Biopirol 16% = 4,709 + 0,337x r 2 = 0,92 *0 12 24 36Horas após o contatoFigura 3. Mortalidade (%) de Polybia scutellaris pela ação<strong>do</strong> Biopirol ® , em diferentes concentrações, emfunção das horas após contato.Figura 4. Mortalidade (%) de Polybia scutellaris pela açãode Nim-I-Go ® , em diferentes concentrações emfunção das horas após contato.se deve à não penetração desses compostos na epidermeda folha <strong>do</strong> cafeeiro, ao contrário <strong>do</strong> padrão ethionque possui esta característica já comprovada. Assim,os efeitos mais significativos <strong>do</strong> óleo emulsionável denim e <strong>do</strong> extrato pirolenhoso, provavelmente, poderãoser comprova<strong>do</strong>s se aplica<strong>do</strong>s antes da oviposição,assim como ocorre com lambdacyhalothrin. O inseticidaorga<strong>no</strong>fosfora<strong>do</strong> ethion foi tóxico às lagartas <strong>do</strong>50BMC quan<strong>do</strong> pulveriza<strong>do</strong> sobre minas e também, às40vespas preda<strong>do</strong>ras, tanto quan<strong>do</strong> pulveriza<strong>do</strong> quanto30incorpora<strong>do</strong> ao seu alimento. Para o inseticida piretróidelambdacyhalothrin, verificou-se que foi tóxico20às vespas quan<strong>do</strong> pulveriza<strong>do</strong>10sobre essas e foi seletivoquan<strong>do</strong> adiciona<strong>do</strong> 0 ao alimento.Mortalidade de vespas (%)a) Nim-I-Go 0,25% = 0,939 + 0,195x r 2 = 0,99 *b) Nim-I-Go 0,75% = 1,553 + 0,300x r 2 = 0,95 *c) Nim-I-Go 1% = 0,075 + 0,219x r 2 = 0,97 *0 12 24 36Horas após o contatoLiteratura citadaAntônio, AC; Picanço, MC; Picanço, M; Gusmão, MR; Gonring,AHR; Moura, MF. 2000. Seletividade fisiológica de inseticidasa Brachygastra lecheguana (Hyme<strong>no</strong>ptera: Vespidae),preda<strong>do</strong>r <strong>do</strong> <strong>bicho</strong>-<strong>mineiro</strong>-<strong>do</strong>-cafeeiro. In Simpósio dePesquisa <strong>do</strong>s Cafés <strong>do</strong> Brasil (1, 2000, Poços de Caldas,MG, BR). Resumos expandi<strong>do</strong>s. Brasília. EMBRAPACAFE. p. 1235-1238.Bacci, L; Picanço, M; Semeão, AA; Silva, EM; Gontijo, LM.2000. 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Manejo Integra<strong>do</strong> de Plagas y Agroecología (Costa Rica) No. 75, 2005a Apoica pallens (Hyme<strong>no</strong>ptera:Vespidae), preda<strong>do</strong>r <strong>do</strong><strong>bicho</strong>-<strong>mineiro</strong> <strong>do</strong> cafeeiro. In Simpósio de Pesquisa <strong>do</strong>sCafés <strong>do</strong> Brasil (1, 2000, Poços de Caldas, MG, BR).Resumos expandi<strong>do</strong>s. Brasília. EMBRAPA CAFE. p.1228-1230.Guedes, RNC; Lima, JOG; Zanuncio, JC. 1992. Seletividade<strong>do</strong>s inseticidas deltametrina, fenvalerato e fenitrotion paraPodisus connexius (Heteroptera: Pentatomidae). Anais daSociedade Entomológica <strong>do</strong> Brasil 21:339-346.Gusmão, MR; Picanço, M; Gonring, AHR; Moura, MF. 2000.Seletividade fisiológica de inseticidas a vespidae preda<strong>do</strong>res<strong>do</strong> <strong>bicho</strong>-<strong>mineiro</strong>-<strong>do</strong>-cafeeiro. Pesquisa AgropecuáriaBrasileira 35:681-686.Hassan, SA. 1997. Méto<strong>do</strong>s padroniza<strong>do</strong>s pata testes deseletividade, com ênfase em Trichogramma. In Parra, E;Zucchi, R. eds. Trichogramma e o <strong>controle</strong> biológico aplica<strong>do</strong>.Piracicaba, BR, FEALQ. p. 207-233.Martinez, SS; Meneguim, AM; Meneguim, JR. 2001. Reduçãoda postura e da sobrevivência de ovos de Leucopteracoffeella (Guèr-Menev.) causadas por extratos de Nim. InSimpósio de Pesquisa <strong>do</strong>s Cafés <strong>do</strong> Brasil (2, 2001, Vitória,ES, BR). Anais. Brasília. EMBRAPA CAFE. p. 2054-2061.________; Meneguim, AM. 2003. Redução da oviposição eda sobrevivência de ovos de Leucoptera coffeella causadaspelo óleo emulsionável de nim. Manejo Integra<strong>do</strong> dePlagas y Agroecología 67:58-62.Moraes, JC. 1998. Pragas <strong>do</strong> cafeeiro: importância e méto<strong>do</strong>salternativos de <strong>controle</strong>. Lavras, BR, UFLA/FAEPE. 45p.Prates, HT; Viana, PA; Waquil, JM. 2003. Atividade de extratoaquoso de nim (Azadirachta indica) sobre Spo<strong>do</strong>pterafrugiperda. Pesquisa Agropecuária Brasileira 38:437-439.Reis, PR; Souza, JC. 1986. Pragas <strong>do</strong> cafeeiro. In Rena, AB;Malavolta, E; Rocha, M; Yamada, T. eds. Cultura <strong>do</strong> cafeeiro:fatores que afetam a produtividade. Piracicaba, BR,Potafos. p. 323-378.________; Souza, JC; Venzon, M. 2002. Manejo das principaispragas <strong>do</strong> cafeeiro. Informe Agropecuário 23:83-99.Venzon, M; Rosa<strong>do</strong>, MC; Fadini, MAM; Ciocioloa Jr., AC;Pallini-Filho, A. 2005. The potential of NeemAzal for thecontrol of coffee leaf pests. Crop Protection 24:213-219.Scott, AJ; K<strong>no</strong>tt, MA. 1974. A cluster analyses method forgrouping means in the analyses of variance. Biometrics30:507-512.Silva, AS; Zanetti, R; Carvalho, GA; Santos, A; Mattos,JOS. 2005. Preferência de formigas cortadeiras por mudasde eucalipto pulverizadas ou imersas em soluções deextrato pirolenhoso em diferentes concentrações. ScientiaFlorestalis 67:9-13.59

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