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Iataanderson Alves de Oliveira - NPGQ

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Dedico este trabalho:A minha esposa, Maria <strong>de</strong> Fátima e aos meus filhos, Daniel eMaria Letícia;Aos meus pais, Ranulfo e Maria do Carmo e a toda a minhafamília.3


Agra<strong>de</strong>cimentos• Ao Senhor Deus, causa primária <strong>de</strong> todas as coisas queexistem, Sabedoria Onipresente do universo, Pai Amoroso,Senhor da Justiça Infinita, Bonda<strong>de</strong> sem Limites e InfinitaMisericórdia;• A minha esposa Maria <strong>de</strong> Fátima, por estar comigo em todosos momentos, me apoiando e encorajando;• Aos meus filhos Daniel e Maria Letícia, pelo imenso amorque sinto por vocês dois;• Aos meus pais, Ranulfo e Maria do Carmo, por todos ossacrifícios realizados até hoje;• Aos meus irmãos: Ivanilson, Denisson, Daniela, Izabela eJúnior. Em especial a Ivanilson e Denisson, pois on<strong>de</strong> pu<strong>de</strong>chegar hoje, foi com o apoio e colaboração <strong>de</strong> vocês nosmomentos mais difíceis <strong>de</strong> minha vida;• Aos entes queridos que já partiram e até hoje <strong>de</strong>ixamsauda<strong>de</strong>s;• A toda a minha família;• Aos meus gran<strong>de</strong>s amigos/irmãos <strong>de</strong> longa data: AdrianoCorrea, Carlos Alberto, Gutenberg Araújo, HeribaldoMartucceli e Sérgio Brito;• Aos meus gran<strong>de</strong>s amigos <strong>de</strong> química: Luís <strong>Oliveira</strong>, EliasBarros, Hélio Magno, João Paulo, Maria José Xavier,Marcelo Leite e Weverton;4


• Aos meus mestres que até hoje servem como exemplo <strong>de</strong>profissionalismo e <strong>de</strong>dicação, Profª MSc Djalma Andra<strong>de</strong>,Profº Dr Nivan Bezerra Costa Junior, Irmã Giselda, IrmãArsênia (In Memorian) e Irmã Maria Auxiliadora GraçaLeite;• Ao meu orientador Profº Pós-Doutor Antônio ReinaldoCestari e Minha co-orientadora Profª Pós-Doutora EuniceFragoso da Silva Vieira, pelo apoio e incentivo que me<strong>de</strong>ram da iniciação cientifica até o mestrado, sempre meorientando com discernimento e segurança;• Aos amigos técnicos do Departamento <strong>de</strong> Química da UFS,Elisa, Ednalva, Ricardo e Ismael (Marcelo);• Ao CNPq pela bolsa <strong>de</strong> estudo concedida integralmente.¨A ciência incha, mas a carida<strong>de</strong> edifica. Sealguém se lisonjeia <strong>de</strong> saber alguma coisa,ainda não sabe como convém saber¨(1 COR 8, 1-2)5


SUMÁRIOLista <strong>de</strong> Figuras.........................................................................................08Lista <strong>de</strong> Tabelas........................................................................................11Lista <strong>de</strong> Abreviaturas e Símbolos............................................................13Resumo.......................................................................................................17Abstract......................................................................................................181-Introdução...............................................................................................191.1-Corantes Têxteis....................................................................................211.2-Problemas Ambientais Causados Pelo Uso <strong>de</strong> Corantes Têxteis..........261.3- Adsorventes Orgânicos - Quitina/Quitosana........................................271.4-Sílica Gel...............................................................................................301.5-Materiais Híbridos Orgânicos/Inorgânicos...........................................341.6-Processos <strong>de</strong> Adsorção na Interface Sólido/Solução...........................361.7-Cinética <strong>de</strong> Adsorção na Interface Sólido/Solução...............................371.8- Mo<strong>de</strong>los Cinéticos <strong>de</strong> Adsorção na Interface Sólido/Solução............381.9-Adsorção no Equilíbrio Químico.........................................................421.10-Termodinâmica <strong>de</strong> Adsorção.............................................................512-Objetivos.................................................................................................542.1-Objetivo Geral.......................................................................................542.2-Objetivos Específicos............................................................................543-Parte Experimental................................................................................553.1- Solventes e Reagentes..........................................................................553.2-Preparo das Soluções Utilizadas..........................................................553.2.1- Preparo da Solução Tamponada pH 4,0............................................553.2.2-Preparo da Solução Estoque <strong>de</strong> Corante Azul <strong>de</strong> Remazol- AR.....563.2.3-Ativação da Sílica Gel (SiO 2 )...........................................................563.2.4-Modificação da Sílica Gel com 3-APTS...........................................563.2.5-Reação da Sil-NH 2 com Glutaral<strong>de</strong>ído.............................................566


3.2.6-Reação da Sil-Glut com Quitosana..................................................573.2.7-Reticulação da Sil-Quit.....................................................................573.3-Caracterização dos Materiais...............................................................583.3.1-Caracterização por TG/DTG/DSC.....................................................583.3.2-Caracterização por Difração <strong>de</strong> Raios-X...........................................593.3.3-Caracterização por Espectroscopia do Infravermelho comTransformada <strong>de</strong> Fourier (FTIR).................................................................593.3.4-Caracterização por Microscopia Eletrônica <strong>de</strong> Varredura (MEV).....593.4-Cinética <strong>de</strong> Adsorção do Corante Azul <strong>de</strong> Remazol- AR.....................593.5-Adsorção do Corante Azul <strong>de</strong> Remazol no Equilíbrio Químico...........604-Resultados e Discussão...........................................................................624.1-Caracterização dos Materiais................................................................624.2-Estudos Cinéticos da Interação do Híbrido Sílica/Quitosana comCorante Azul <strong>de</strong> Remazol- AR....................................................................704.3 - Mo<strong>de</strong>lagem <strong>de</strong> Adsorção no Equilíbrio............................................864.3.1- Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Isotermas com Dois Parâmetros....................................874.3.2- Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Isotermas com Três Parâmetros....................................894.3.3- Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Isotermas com Quatro Parâmetros................................954.3.4- Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Isotermas com Cinco Parâmetros..................................984.4- Estudo Termodinâmico da Interação do Corante Azul <strong>de</strong> Remazol como Híbrido Sílica/Quitosana........................................................................1005. Conclusão.............................................................................................1036-Sugestões Para Trabalhos Futuros.....................................................1057-Bibliografia...........................................................................................106ANEXOSANEXO-I..................................................................................................116ANEXO-II................................................................................................122ANEXO-III...............................................................................................128ANEXO-IV...............................................................................................1347


LISTA DE FIGURASFigura 01. Exemplo do processo <strong>de</strong> tintura <strong>de</strong> algodão com corantecontendo o grupo sulfatoetilsufona como centro reativo da molécula.......21Figura 02. Exemplo da estrutura molecular do corante direto (coranteVermelho Congo) contendo grupos diazo como grupos cromóforo...........22Figura 03. Exemplo da estrutura molecular corante solubilizadotemporariamente através <strong>de</strong> reação <strong>de</strong> hidrólise..........................................22Figura 04 Exemplo da estrutura molecular <strong>de</strong> corante genérico prémetalizadocromo/corante 1:1 através do grupo amino como ligante e ocentro metálico do corante..........................................................................23Figura 05. Exemplo da estrutura molecular <strong>de</strong> um corante básicogenérico.......................................................................................................23Figura 06. Exemplo da estrutura molecular do corante ácido Violeta.......24Figura 07. Representação dos grupos que compõem o corante reativo Azul<strong>de</strong> Remazol- AR..........................................................................................25Figura 08. Estrutura parcialmente <strong>de</strong>sacetilada da quitosana. A numeraçãodos carbonos é mostrada entre parênteses. Valores <strong>de</strong> n = 20 – 3.000.000unida<strong>de</strong>s.......................................................................................................28Figura 09. Estrutura esquemática da sílica gel...........................................31Figura 10. Estruturas dos tipos <strong>de</strong> grupos silanóis.....................................31Figura 11. Modos <strong>de</strong> interação dos grupos silanóis com a água................32Figura 12. Desidratação da superfície da sílica com a formação <strong>de</strong> grupossiloxanos......................................................................................................32Figura 13. Esquema representativo <strong>de</strong> ancoramento <strong>de</strong> organossilanos nasuperfície da sílica gel.................................................................................33Figura 14. Rota heterogênea (A) e homogênea (B), utilizadas paraimobilizar um grupo organofuncional sobre a superfície da sílica gel........34Figura 15. Exemplo das etapas <strong>de</strong> difusão intrapartícula..........................418


Figura 16. Isotermas <strong>de</strong> Adsorção classificadas por Brunauer, on<strong>de</strong> P/Os, éa pressão total sobre a pressão parcial do gás, on<strong>de</strong> foi realizado o estudo<strong>de</strong> equilíbrio................................................................................................42Figura 17. Seqüência <strong>de</strong> reações para obtenção do material híbrido Sil-Quit-R. ........................................................................................................58Figura 18. Curvas <strong>de</strong> TG dos materiais .....................................................64Figura 19. Curvas <strong>de</strong> DTG dos materiais...................................................64Figura 20. Curvas <strong>de</strong> DSC da Sil-Glut e Sil-Quit......................................65Figura 21. Espectro do infravermelho para Sil-Quit-R.............................67Figura 22. Difratogramas <strong>de</strong> raios-X da Sil-Qui-R e da quitosanapura..............................................................................................................68Figura 23. Micrografia da Sil-Glut (x 20.000)...........................................69Figura 24. Micrografia da Sil-Quit (x 20.000)...........................................69Figura 25. Micrografia da Sil-Quit-R (x 20.000).......................................70Figura 26. Curvas <strong>de</strong> adsorção em relação às temperaturas na concentração<strong>de</strong> 23 mg.L -1 .................................................................................................71Figura 27. Curvas <strong>de</strong> adsorção em relação às temperaturas na concentração<strong>de</strong> 800 mg.L -1 ...............................................................................................71Figura 28. Curvas linearizadas dos mo<strong>de</strong>los cinéticos <strong>de</strong> pseudo primeiraor<strong>de</strong>m, para concentração inicial do corante <strong>de</strong> 23 mg.L -1 a 35 ºC.............74Figura 29. Curvas linearizadas dos mo<strong>de</strong>los cinéticos <strong>de</strong> pseudo segundaor<strong>de</strong>m, para concentração inicial do corante <strong>de</strong> 23 mg.L -1 a 35 ºC...........74Figura 30. Curvas linearizadas dos mo<strong>de</strong>los cinéticos <strong>de</strong> pseudo primeiraor<strong>de</strong>m, para concentração inicial do corante <strong>de</strong> 800 mg.L -1 a 35 ºC...........75Figura 31. Curva linearizada do mo<strong>de</strong>lo cinético <strong>de</strong> pseudo segundaor<strong>de</strong>m, para concentração inicial do corante <strong>de</strong> 800 mg.L -1 a 35 ºC...........75Figura 32. Confrontação dos Mo<strong>de</strong>los cinéticos <strong>de</strong> 1ª e 2ª or<strong>de</strong>m, naconcentração inicial do corante <strong>de</strong> 23 mg/L a 35 ºC. .................................769


Figura 33. Confrontação dos Mo<strong>de</strong>los cinéticos <strong>de</strong> 1ª e 2ª or<strong>de</strong>m, naconcentração inicial do corante 800 mg/L a 35 ºC......................................76Figura 34. Confrontação do Mo<strong>de</strong>lo cinético <strong>de</strong> Avrami, na concentraçãoinicial do corante 23 mg/L a 35 ºC..............................................................80Figura 35. Confrontação do Mo<strong>de</strong>lo cinético <strong>de</strong> Avrami, na concentraçãoinicial do corante 800 mg/L a 35 ºC............................................................81Figura 36. Confrontação do Mo<strong>de</strong>lo cinético <strong>de</strong> difusão intrapartícula, naconcentração inicial do corante 23 mg/L a 35 ºC........................................84Figura 37. Mo<strong>de</strong>lo cinético <strong>de</strong> difusão intrapartícula, na concentraçãoinicial do corante 800 mg/L a 35 ºC............................................................85Figura 38. Valores <strong>de</strong> equilíbrio do corante A.R nas temperaturas <strong>de</strong> 25,35, 45 e 55 ºC..............................................................................................87Figura 39. Valores para o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Langmuir a 35 ºC............................88Figura 40. Valores para o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Freundlich a 35 ºC..........................89Figura 41. Confrontação dos valores <strong>de</strong> Langmuir-Freundlich a 35 ºC.....91Figura 42. Confrontação dos valores d Redlich-Peterson I a 35 ºC.........92Figura 43. Confrontação dos valores <strong>de</strong> Sips a 35ºC.................................92Figura 44. Confrontação dos valores <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r I a 35 ºC............93Figura 45. Confrontação dos valores <strong>de</strong> <strong>de</strong> Radke-Prausnitz I a 35 ºC......93Figura 46. Confrontação dos valores <strong>de</strong> Radke-Prausnitz II a 35 ºC........94Figura 47. Confrontação dos valores <strong>de</strong> Radke-Prausnitz III a 35 ºC........94Figura 48. Confrontação dos valores <strong>de</strong> Tóth a 35 ºC.........................95Figura 49. Confrontação dos valores <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r II a 35 ºC..........96Figura 50. Confrontação dos valores <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r III a 35 ºC.........97Figura 51. Confrontação dos valores <strong>de</strong> I a 35 ºC...............................97Figura 52. Confrontação dos valores <strong>de</strong> Baudu II a 35 ºC.....................98Figura 53. Confrontação dos valores <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r IV a 35 ºC.........99Figura 54: Gráfico ln K versus 1/T(K).....................................................10110


LISTA DE TABELASTabela 01: Características físico- química dos <strong>de</strong>spejos no processamentodo algodão...................................................................................................19Tabela 02: Relação entre as quantida<strong>de</strong>s utilizadas dos corantes e as<strong>de</strong>scartadas. Fixação estimada entre combinações corante/fibra e <strong>de</strong>scarteno efluente...................................................................................................24Tabela 03: Principais fontes <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong> quitina e quitosana...............28Tabela 04: Principais aplicações da quitina e quitosana............................28Tabela 05: Mo<strong>de</strong>los Cinéticos Utilizados..................................................40Tabela 06: Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Adsorção no Equilíbrio.........................................49Tabela 07: Equações para a Termodinâmica <strong>de</strong> Adsorção........................53Tabela 08. Dados das perdas <strong>de</strong> massa dos materiais...............................62Tabela 09. Valores <strong>de</strong> FTIR para o material híbrido Sil-Quit-R................66Tabela 10. Parâmetros cinéticos dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> pseudo 1ª e pseudo 2ªor<strong>de</strong>m em relação à temperatura e à concentração inicial do corante.........73Tabela 11. Constante Cinética <strong>de</strong> Avrami em diversas concentrações Azul<strong>de</strong> Remazol/Sil-Quit-R................................................................................77Tabela 12. Valores <strong>de</strong> n <strong>de</strong> Avrami em diversas concentrações coranteAzul <strong>de</strong> Remazol/Sil-Quit-R. .....................................................................79Tabela 13: Constantes Cinéticas do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> difusão intrapartícula, paraas adsorções do corante Azul <strong>de</strong> Remazol em Sil-Quit-R, em relação àtemperatura e à concentração inicial do corante.........................................83Tabela 14: Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Langmuir e Freundlich.........................................88Tabela 15: Valores dos parâmetros ajustáveis dos mo<strong>de</strong>los Não-Lineares.......................................................................................................90Tabela 16. Valores dos parâmetros ajustáveis dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> não-Lineares.......................................................................................................95Tabela 17. Valores dos parâmetros calculados dos mo<strong>de</strong>los com CincoParâmetros...................................................................................................9811


Tabela 19. Parâmetros termodinâmicos da adsorção do corante AR nomaterial híbrido sílica/quitosana...............................................................10112


LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS∆ ads G = Variação da Energia Livre <strong>de</strong> Gibbs <strong>de</strong> Adsorção∆ ads H = Variação da Entalpia <strong>de</strong> Adsorção∆ ads S = Variação da Entropia <strong>de</strong> Adsorção∆Q e (%) = Normalização do <strong>de</strong>svio padrão1/m S = Expoente <strong>de</strong> Sips (admensional)A = Energia <strong>de</strong> Helmholtz (J.mol -1 )A FS2 e B FS2 = Parâmetros <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r IIA FS3 /B FS3 = Parâmetros K F do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r IIIAPTS = aminopropiltrimetoxissilanoAR = Corante Azul <strong>de</strong> RemazolA RP1 = Fator <strong>de</strong> interação <strong>de</strong> Redlich-Peterson, I (L.g -1 ),A RP2 /B RP2 = Parâmetros <strong>de</strong> afinida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Freundlichb 0 = Constante <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Baudu (L.mg -1 )B RP1 = Constante <strong>de</strong> interação <strong>de</strong> Redlich-Peterson,I (L.mg -1 )C 0 = Concentração inicial <strong>de</strong> adsorbato em solução (mg.L -1 )C e = Concentração do corante presente em equilíbrio (mg.L -1 )C i =Concentração inicial do corante (mg.L -1 )CMC = CarboximetilceluloseC t =Concentração do corante presente em um tempo pre<strong>de</strong>terminado t(mg.L -1 )DBO =Demanda Biológica <strong>de</strong> OxigênioDL 50 = Dose Letal a 50%DQO =Demanda Química <strong>de</strong> OxigênioDRX = Difratometria <strong>de</strong> Raios-XDSC = Análise Calorimétrica Diferencial <strong>de</strong> VarreduraDTG = Análise Termogravimétrica DiferencialFTIR = Espectroscopia do Infravermelho com Transformada <strong>de</strong> Fourier13


G.D = Grau <strong>de</strong> Desacetilação (%)HAc/NaAc=Solução tampão ácido acético/acetato <strong>de</strong> sódioHDL = High Density LipoproteinsI = Constante relacionada com a resistência à difusão intrapartícula (mg g -1 )k 1 = Constante Cinética <strong>de</strong> Pseudo-Primeira Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Lagergren (min -1 )K 1FS4 , K 2FS4 = (L.mg -1 )k 2 = Constante Cinética <strong>de</strong> Pseudo-Segunda Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Ho e McKay (g.k Av = Constante Cinética <strong>de</strong> Avrami (min -1 )k di f = Constante Cinética <strong>de</strong> Difusão Intrapartícula (mg.g -1 min -1/2 )K F = Constante equilíbrio <strong>de</strong> Freundlich indicadora da capacida<strong>de</strong> relativa<strong>de</strong> adsorção (mg 1-1/n .L 1/n .g -1 )K FS1 = Constante <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r (L.mg -1 )K L = Constante <strong>de</strong> Langmuir (L.mg -1 )K LF = Constante <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Langmuir-Freundlich para um sólido comsítios <strong>de</strong> adsorção heterogêneos (L.mg -1 )K RP1 , K RP2 e K RP3 = Constantes <strong>de</strong> equilíbrio dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Radke-Prausnitz, I, II e III (L.mg -1 )K S = Constante <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Sips (L.mg -1 )K T = Constante <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Tóth (L.mg -1 )LDL = Low Density Lipoproteinsm = Massa do adsorvente (g).M = Massa molar do corante (g.mol -1 )m 1FS4 e m 2FS4 = Parâmetros <strong>de</strong> ajuste <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r IV (admensional)MEV = Microscopia Eletrônica <strong>de</strong> Varreduram FS1 = Expoente <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r (Admensional)m LF = Parâmetro <strong>de</strong> heterogeneida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Langmuir-Freundlich (1 ≤ m LF ≤0)mol -1 .min -1 )m RP1 , m RP2 e, m RP3 = Expoentes dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Radke-Prausnitz, I, II e IIIm T = Expoente do Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Tóth (mg.g -1 )14


N = Número <strong>de</strong> pontos experimentais <strong>de</strong> um gráfico <strong>de</strong> adsorçãon Av = Constante Relacionada com Mudanças nos Mecanismos <strong>de</strong> Adsorção(adimensional)n F = Constante <strong>de</strong> Freundlich indicadora da intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adsorção(admensional)PVA = PolivinilacetatoPVC=Polivinilcloretoq e = Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Corante Adsorvido no Equilíbrio (mg.g -1 )Q e,cal = Valores calculados através do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> adsorção <strong>de</strong> SipsQ e,exp = Valores experimentais através do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> adsorção <strong>de</strong> Sipsq emax= Quantida<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong> soluto adsorvido para formar umamonocamada, calculada pelo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Langmuir (mg.g -1 )q t = Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Corante Adsorvido a um Dado Tempo <strong>de</strong> Contato(mg.g -1 )R = Constante dos gases (8,314 J.K -1 .mol -1 )R L = Parâmetro <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> LangmuirSil =Sílica GelSil-Glut = Silica Gel com Glutaral<strong>de</strong>ído Quimicamente ImobilizadoSil-NH 2 =Sílica Gel AminadaSil-Quit = Silica Gel recoberta com QuitosanaSil-Quit-R = Sílica Gel recoberta com Quitosana e reticulada Glutaral<strong>de</strong>ídot = Tempo (min)T= Temperatura absoluta (K)TG = Análise TermogravimétricaTg = Temperatura <strong>de</strong> Transição VítreaUV = UltravioletaV = Volume da solução (L)x = Parâmetro <strong>de</strong> ajuste do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Baudu (admensional)y = Parâmetro <strong>de</strong> ajuste do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Bauru (admensional)15


α FS2 e β FS2 = Expoentes da equação <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r IIα FS3 – β FS3 =Parâmetro 1/n do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r IIIβ RP1 = Expoente admensional <strong>de</strong> Redlich-Peterson (1 ≤ β RP1 ≤0)16


RESUMOMatrizes orgânicas e inorgânicas têm sido utilizadas como materiaispara remoção <strong>de</strong> poluentes aquáticos, dada às suas boas capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>adsorção e estabilida<strong>de</strong>s físicas e químicas. Neste trabalho, foi sintetizado ecaracterizado o material híbrido orgânico/inorgânico Sílica/QuitosanaReticulado (Sil-Quit-R) através da formação <strong>de</strong> ligações cruzadas, sendocaracterizados por TG/DTG, DSC, FTIR, DRX e MEV e avaliada as suasinterações com o corante Azul <strong>de</strong> Remazol (AR). Na avaliação da cinética<strong>de</strong> interação do corante (AR) na (Sil-Quit-R), foi feita entre 25 e 55ºC, nasconcentrações do corante entre 23 a 800 mg.L -1 . Os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> DifusãoIntrapartícula e <strong>de</strong> Avrami mostraram os melhores ajustes. Evi<strong>de</strong>nciaram-setambém várias etapas cinéticas <strong>de</strong> difusão em relação ao tempo <strong>de</strong> contato.As adsorções nos equilíbrios químicos foram mais bem <strong>de</strong>scritas pelosmo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> três parâmetros ajustáveis <strong>de</strong> Redlich-Peterson I, Sips, Tóth,Baudu I e para o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> cinco parâmetros ajustáveis <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>rIV. Esses resultados evi<strong>de</strong>nciaram a heterogeneida<strong>de</strong> dos sítios <strong>de</strong> adsorçãoda Sil-Quit-R. Os valores das entalpias <strong>de</strong> adsorção (∆ ads H) foram maioresque zero indicando processos endotérmicos e aumentaram com o aumentoda temperatura <strong>de</strong> adsorção. Os valores negativos <strong>de</strong> ∆ ads G indicaram aespontaneida<strong>de</strong> dos processos <strong>de</strong> adsorção. As entropias das adsorções(∆ ads S) foram positivas e aumentaram com o aumento da temperatura <strong>de</strong>adsorção, sendo, termodinamicamente, a força motriz dos processos <strong>de</strong>adsorção. As capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> adsorção máximas do material po<strong>de</strong>m serconsi<strong>de</strong>radas bem evi<strong>de</strong>nciadas com um q emax em todas as concentrações etemperaturas, principalmente quando o corante Azul <strong>de</strong> Remazol estavapresente em baixas concentrações em solução.Palavras-chave: sílica gel, quitosana, azul <strong>de</strong> remazol, cinética <strong>de</strong>adsorção, adsorção no equilíbrio e termodinâmica química.17


ABSTRACTOrganic and inorganic materials have been used as adsorbentmaterials of aquatic pollutants due to their both good adsorption capacitiesand physical and chemical stabilities. In this work, the ligand 3-aminopropytrimethoxysilane was immobilized on silica gel surface, withconsecutive reactions with glutaral<strong>de</strong>hy<strong>de</strong> and chitosan. All materials werecharacterized by TG/DTG, DSC, FTIR, DRX and MEV, where thepresence of the silica-immobilized chitosan was evi<strong>de</strong>nced. The adsorptionkinetics of the anionic dye remazol blue (AR) on the cross linkedsilica/chitosan (Sil-Quit-R) was studied in the temperature range of 25 -55 ºC and initial dye concentration of 23 - 800 mg L -1 . The results werebest fitted to both the pseudo second-or<strong>de</strong>r Ho and McKay and the Avramimo<strong>de</strong>ls. The AR dye adsorption at chemical equilibrium were best<strong>de</strong>scribed using the three-parameter Redlich-Peterson I, Sips, Tóth, Baudu Iand five-parameter Fritz-Schlun<strong>de</strong>r IV mo<strong>de</strong>ls. From these results, theheterogeneity of the Sil-Quit-R adsorption sites was evi<strong>de</strong>nced. Theadsorption enthalpies (∆ ads H) were all endothermic and increased with theincreasing of adsorption temperature. The negative values for ∆ ads G haveindicated that the adsorption processes are spontaneous. The adsorptionentropies (∆ ads S) were all positive and increased with the increasing ofadsorption temperature. From the thermodynamic viewpoint, the positive∆ ads S values were the adsorption driving force. The adsorption capacity ofSil-Quit-R was good, mainly related to the adsorption results at low dyeconcentrations in solution.Keywords: Silica gel, chitosan, remazol blue dye, adsorption kinetics,adsorption equilibrium, chemical thermodynamics.18


1-INTRODUÇÃOAs condições biológicas <strong>de</strong> um efluente são avaliadas por umparâmetro operacional <strong>de</strong>nominado Demanda Biológica <strong>de</strong> Oxigênio(DBO), que me<strong>de</strong> a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> oxigênio dissolvido em um corpo <strong>de</strong>água, consumido pela ativida<strong>de</strong> bacteriana. Se a DBO for muito alta, ooxigênio da água é rapidamente consumido, ficando redutor e tendo inicioa <strong>de</strong>composição anaeróbica da matéria orgânica. Este tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>composiçãoé responsável pela produção <strong>de</strong> subprodutos poluidores que <strong>de</strong>gradam aqualida<strong>de</strong> da água, tais como o metano (CH 4 ), amônia (NH 3 ) e gássulfídrico (H 2 S). Por outro lado, a recalcitrância <strong>de</strong>sta mesma cargaorgânica po<strong>de</strong> ser avaliada por outro parâmetro <strong>de</strong>nominado DemandaQuímica <strong>de</strong> Oxigênio (DQO), que me<strong>de</strong> indiretamente a carga <strong>de</strong> matériaorgânica contida no efluente, isto é, seu efeito poluidor.A água na indústria têxtil é veículo para os produtos químicosutilizados durante o processo <strong>de</strong> beneficiamento das fibras e remoção doexcesso <strong>de</strong> produtos consi<strong>de</strong>rados contaminantes para os fios ou tecidos. Otingimento tem como objetivo colorir os substratos têxteis <strong>de</strong> formahomogênea e permanente mediante a aplicação <strong>de</strong> corantes. Essa técnicaconsiste <strong>de</strong> uma modificação físico-química do substrato, <strong>de</strong> forma que aluz refletida provoque a percepção <strong>de</strong> cor. Cerca <strong>de</strong> 30 a 70% dos corantesreativos se ligam quimicamente a fibra e o restante se hidrolisa no banho <strong>de</strong>tingimento [01]. As qualida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> padronagem do processo <strong>de</strong> tingimentoenvolvem características importantes como, elevado grau <strong>de</strong> fixação emrelação à luz, lavagem e transpiração, tanto inicialmente quanto após o usoprolongado. Na tabela 01, são apresentados as etapas <strong>de</strong> processamento dasfibras <strong>de</strong> algodão e o consumo <strong>de</strong> água utilizado [01].19


Tabela 01: Características físico- química dos <strong>de</strong>spejos no processamentodo algodão [02].ProcessoComposição20DBOpHConsumo<strong>de</strong> água(mg.L -1 )(L.kg -1 )Amidos naturais, PVAEngomagem e carboximetilcelulose 620-2.500 7-9 0,5-7,8(CMC)Glicose da hidrólise doDesengomagem amido, PVA solúvel e 200-5.200 6-8 2,5-20,8CMC solúvelCeras, pectinas,Cozimentoálcoois, gomas, óleos e100-2.900graxas, <strong>de</strong>tergente e10-13 2,5-42,6NaOHMercerização NaOH 50-800 5,5-14 16,7-309,0Agentes oxidantes:Alvejamento hipoclorito <strong>de</strong> sódio, 100-1.700 8,5-12 2,5-124,5H 2 O 2Tingimento e Corantes e auxiliaresEstamparia <strong>de</strong> tingimento60-600 6-12 41,8-250,6AcabamentoAmidos, resinas,surfactantes, etc.20-500 6-8 12,5Cerca <strong>de</strong> 10.000 tipos diferentes <strong>de</strong> corantes e pigmentos sãoutilizados industrialmente, gerando um consumo anual <strong>de</strong> 700.000toneladas no mundo e 26.500 toneladas no Brasil [01]. Estima-se que 2.000tipos <strong>de</strong> corantes estão disponíveis para a indústria têxtil e que 1,0x10 6kg.ano -1 <strong>de</strong> corantes são <strong>de</strong>scartados junto aos <strong>de</strong>spejos dos efluentes daindústria têxtil [02]. Essa diversida<strong>de</strong> se justifica, pois cada tipo <strong>de</strong> fibrarequer corantes com características próprias e bem <strong>de</strong>finidas [03]. Oscorantes são caracterizados por sua habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> absorver a luz no visível(400-700 nm), sendo este fato a razão principal da existência das cores[04]. Os corantes são classificados <strong>de</strong> acordo com sua estrutura química(antraquinina, azo e etc.) ou <strong>de</strong> acordo com o método pelo qual ele é fixadoà fibra têxtil [05-07].


1.1-Corantes TêxteisA forma <strong>de</strong> fixação da molécula do corante a essas fibras é feita emsolução aquosa e po<strong>de</strong> envolver basicamente quatro tipos <strong>de</strong> interações:iônicas, <strong>de</strong> hidrogênio, <strong>de</strong> van <strong>de</strong>r Waals e covalentes. As principais classes<strong>de</strong> corantes classificados pelo modo <strong>de</strong> fixação são:a. Corantes reativos: são corantes contendo um grupo eletrofílico(reativo) capaz <strong>de</strong> formar ligação covalente com grupos hidroxila dasfibras celulósicas, com grupos amino, hidroxila e tióis das fibrasprotéicas e também com grupos amino das poliamidas, como mostraa figura 01. Existem numerosos tipos <strong>de</strong> corantes reativos, porém osprincipais contêm a função azo e antraquinona como gruposcromóforos e clorotriazinila e sulfatoetilsulfonila como gruposreativos [04].R SO 2 CH 2 CH 2 OSO 3 Na OH - R SO2 CH CH 2 + Na 2 SO 4 (1)Sódio Enxofre Carbono OxigênioR SO 2 CH CH 2 + O Celulose ROH - SO2 CH 2CH2O-Celulose (2)Enxofre Carbono OxigênioFigura 01. Exemplo do processo <strong>de</strong> tintura <strong>de</strong> algodão com corantecontendo o grupo sulfatoetilsufona como centro reativo da molécula.b. Corantes diretos: este grupo <strong>de</strong> corantes caracteriza-se comocompostos solúveis em água capazes <strong>de</strong> tingir fibras <strong>de</strong> celulose(algodão, viscose, etc.) através <strong>de</strong> interações <strong>de</strong> Van <strong>de</strong>r Waals. Estaclasse <strong>de</strong> corantes é constituída principalmente por corantes21


contendo mais <strong>de</strong> um grupo azo (diazo, triazo e etc.) ou prétransformadosem complexos metálicos, conforme a figura 02 [04].SO 3 NaSO 3 NaHNHNNNNHNHSódio Enxofre Carbono Oxigênio NitrogênioFigura 02. Estrutura molecular do corante direto (Vermelho Congo)contendo grupos diazo como grupos cromóforo.c. Corantes disperso: constitui uma classe <strong>de</strong> corantes insolúveis emágua aplicados em fibras <strong>de</strong> celulose e outras fibras hidrofóbicasatravés <strong>de</strong> suspensão (partículas entre 1 a 4 micra), na figura 03,temos um exemplo <strong>de</strong> um corante disperso [04].O 2 NNO 2NNNCH 2 CH 2CH 2 SO 3 Nahidrolisedurante banho<strong>de</strong> tinturaO 2 NNO 2NNNCH 2 CH 2HSódio Enxofre Carbono Oxigênio NitrogênioFigura 03. Reação <strong>de</strong> hidrólise <strong>de</strong> um corante (Vermelho <strong>de</strong> Lonamina)durante a tintura.22


d. Corantes metal-complexo: estes corantes são caracterizados pelapresença <strong>de</strong> um grupo hidroxila ou carboxila na posição orto emrelação ao cromóforo azo, permitindo a formação <strong>de</strong> complexos comíons metálicos. Na figura 04, é mostrado um exemplo genérico <strong>de</strong>um corante pré-metalizado [04].H 2 OOOH 2OH 2CrONNCarbono Oxigênio Nitrogênio CromoFigura 04. Estrutura molecular <strong>de</strong> corante genérico pré-metalizadocromo/corante 1:1 através do grupo amino como ligante e o centro metálicodo corante.e. Corantes básicos: são sensíveis ao pH, e a maioria <strong>de</strong>stes corantesapresenta boa estabilida<strong>de</strong> à hidrólise. Os cátions do corante, emestado dissociado no banho <strong>de</strong> tingimento, po<strong>de</strong>m migrar para sítiosaniônicos da fibra e são adsorvidos na sua superfície. Na figura 05 émostrado um exemplo genérico <strong>de</strong> um corante básico [04].CN(CH 3 ) 2N(CH 3 ) 2 ClCarbono Cloro NitrogênioFigura 05. Estrutura molecular <strong>de</strong> um corante básico genérico.23


f. Corantes ácidos: o termo corante ácido correspon<strong>de</strong> a um gran<strong>de</strong>grupo <strong>de</strong> corantes aniônicos portadores <strong>de</strong> um a três grupossulfônicos. Estes corantes caracterizam-se por substâncias comestrutura química baseada em compostos azo, antraquinona,triarilmetano, azina, xanteno, quetonimina, nitro e nitroso, quefornecem uma ampla faixa <strong>de</strong> coloração e grau <strong>de</strong> fixação, conformemostra a figura 06 [04].N(CH 3 ) 2O 3 S OCH 2 CH 2NHCH 3SO 3Enxofre Carbono Oxigênio NitrogênioFigura 06. Estrutura molecular do corante Ácido Violeta.O tingimento usando compostos contendo sulfatoetilsulfona, cujaadição do corante à fibra requer apenas a prévia eliminação do gruposulfonato em meio alcalino gerando um grupo vinilsulfona. Na tabela 02, éapresentada a interação entre o tipo <strong>de</strong> fibra têxtil com o tipo <strong>de</strong> coranteespecífico. No processo <strong>de</strong> tintura, o corante previamente neutralizado(solução contendo cloreto, acetato, hidrogenossulfato, etc.) se liga à fibraatravés <strong>de</strong> uma troca iônica envolvendo o par <strong>de</strong> elétrons livres dos gruposamino e carboxilato das fibras protéicas, na forma não-protonada.24


Tabela 02: Relação entre as quantida<strong>de</strong>s utilizadas dos corantes e as<strong>de</strong>scartadas. Fixação estimada entre combinações corante/fibra e <strong>de</strong>scarteno efluente [05].Classe do Tipo <strong>de</strong> Fibra Grau <strong>de</strong> Descarte noCoranteFixação (%) Efluente (%)Ácido Celulose 89-95 5-11Básico Acrílico 95-100 0-5Direto Celulose 70-95 5-30Disperso Poliéster 90-100 0-10Metal-Complexo Lã 90-98 2-10ReativoPoliamida, Lã,Seda, Celulose50-90 10-50Sendo solúveis no meio <strong>de</strong> aplicação (água), os corantes sãoaplicados a vários substratos (materiais têxteis, couro, papel, etc) ecomercialmente estão nas formas <strong>de</strong> pó, micropó, grãos e em pasta [09]. Nafigura 07, têm-se a representação da molécula do corante reativo Azul <strong>de</strong>Remazol-AR (C.I. Reactive Blue 89).ONH 2Grupo <strong>de</strong> SolubilizaçãoSO 3-Na + Grupo ReativoNa + Grupo <strong>de</strong> SaídaONHSO 2 CH 2 CH 2SO 3-Grupo CromóforoEnxofreCarbonoOxigênioNitrogênioFigura 07. Estrutura da molécula que compõem o corante reativo Azul <strong>de</strong>Remazol- AR.25


A molécula do corante utilizada para tingimento da fibra têxtil po<strong>de</strong>ser dividida em três partes principais: o grupo cromóforo _ responsávelpelo aparecimento da cor; o grupo reativo_ intensificador da cor nosubstrato têxtil; e o grupo solubilizante _ responsável pela solubilização docorante em meio aquoso. Neste tipo <strong>de</strong> corante, a reação química seprocessa diretamente através da substituição do grupo nucleofílico pelogrupo hidroxila da celulose [10]. Se ignoramos as cargas formais, a reaçãogeral <strong>de</strong> substituição nucleofílica consiste em:Nu: + R-L → R-Nu + L: (Reação 01)O nucléofilo Nu, mediante seu par <strong>de</strong> elétrons (:), substitui nosubstrato R-L, on<strong>de</strong> R é o eletrófilo, ao grupo saliente L, o qual levaconsigo um par <strong>de</strong> elétrons. O nucléofilo po<strong>de</strong> ser uma espécie neutra ouum ânion, ainda que o substrato po<strong>de</strong> ser neutro ou têm carga positiva. Umexemplo <strong>de</strong> substituição nucleófila é a hidrólise <strong>de</strong> um brometo <strong>de</strong> alquilo,R-Br, sob condições alcalinas, on<strong>de</strong> o nucleófilo é o OH − e o grupo salienteé o Br − .R-Br + OH − → R-OH + Br − (Reação 02)Este grupo <strong>de</strong> corante apresenta como característica uma altasolubilida<strong>de</strong> em água e o estabelecimento <strong>de</strong> uma ligação covalente entre ocorante e a fibra.1.2-Problemas Ambientais Causados Pelo Uso <strong>de</strong> Corantes TêxteisO excesso <strong>de</strong> corantes nos efluentes além <strong>de</strong> se um problema óptico étambém um problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública, pois quando <strong>de</strong>scartados <strong>de</strong>maneira ina<strong>de</strong>quada, eles interferem diretamente nos processos <strong>de</strong>fotossíntese dos ambientes aquáticos [10]. Além disso, suas estruturasquímicas po<strong>de</strong>m sofrer <strong>de</strong>gradações originando subprodutos carcinogênicos26


que afetam a saú<strong>de</strong> dos animais e das populações ribeirinhas [11]. Nasindústrias têxteis, os diversos processamentos e produtos utilizados tornamos efluentes quimicamente complexos, dificultando o tratamento. Aremoção quantitativa dos corantes <strong>de</strong> efluentes é consi<strong>de</strong>rada difícil, pois amaioria <strong>de</strong>les é estável à luz, calor e agentes <strong>de</strong> oxidação, sendo muitos<strong>de</strong>les biologicamente não <strong>de</strong>gradáveis [12].O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tecnologias a<strong>de</strong>quadas para o tratamento <strong>de</strong>efluentes tem sido objeto <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> interesse nos últimos anos <strong>de</strong>vido aoaumento da conscientização e ao maior rigor das leis ambientais. Processosque visam economia no consumo <strong>de</strong> água reutilizando-a, bem como amelhoria das características das fibras têxteis, proporcionam menoresconsumos <strong>de</strong> corantes e agentes auxiliares <strong>de</strong> fixação <strong>de</strong> cor [12].Recentemente, um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> estudos tem reportado remoções <strong>de</strong>compostos orgânicos perigosos, corantes têxteis e metais pesados <strong>de</strong>efluentes por diversas técnicas [13].As principais técnicas citadas são: borbulhamento <strong>de</strong> ar (para COV-Composto Orgânico Volátil), oxidação catalítica, processos fotocatalíticos,oxidação avançada (oxidação química direta e oxidação catalítica porozônio) e adsorção. A adsorção vem-se mostrando como uma técnicaeficiente e economicamente viável. Os principais adsorventes utilizados sãoo carvão ativado, sílica gel, bauxita, resinas <strong>de</strong> troca-iônica, <strong>de</strong>rivados <strong>de</strong>celulose e quitosana, <strong>de</strong>ntre outros. Em geral esta técnica oferecem ummétodo lento, porém efetivo para utilização <strong>de</strong> volumes em pequena escala[13].1.3- Adsorventes Orgânicos - Quitina/QuitosanaA quitina é um biopolímero extraído <strong>de</strong> carapaças <strong>de</strong> crustáceos,algas, fungos e insetos, cuja estrutura química consiste <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>smonoméricas do tipo β-(1→4)-2-acetamido-2-<strong>de</strong>soxi-D-glicopiranose,apresentando gran<strong>de</strong> similarida<strong>de</strong> estrutural com a celulose. A reação <strong>de</strong>27


<strong>de</strong>sacetilação alcalina da quitina em elevadas temperaturas conduz a umnovo biopolímero <strong>de</strong>nominado quitosana, o qual possui unida<strong>de</strong>smonoméricas do tipo β-(1→4)-2-amino-2-<strong>de</strong>soxi-D-glicopiranose [14, 15].Assim, durante a reação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sacetilação algumas ligações N-acetil daquitina são quebradas com formação <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s que contêm um grupo dotipo amina primária. No entanto, o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sacetilação raramente écompleto e a maioria dos produtos comerciais é composta, na verda<strong>de</strong>, <strong>de</strong>copolímeros <strong>de</strong> quitosana e quitina [16]. Na figura 08, é mostrada arepresentação da estrutura parcialmente <strong>de</strong>sacetilada da quitosana [17].A quitosana é <strong>de</strong> baixa toxicida<strong>de</strong>, com uma dose letal (DL 50 )calculada para ratos <strong>de</strong> 16g/kg [18]. O processo <strong>de</strong> bio<strong>de</strong>gradação daquitosana ocorre via hidrólise enzimática através <strong>de</strong> um mecanismo <strong>de</strong><strong>de</strong>spolimerização, similar à hidrólise enzimática das pare<strong>de</strong>s celulares dasbactérias e fungos.(4)(5)CH 2 OHOO(1)(2)OH NH 2(3)(6)CH 2 OHOOHNHH 3 COOnHidrogênioCarbonoNitrogênioOxigênioFigura 08. Estrutura parcialmente <strong>de</strong>sacetilada da quitosana. A numeraçãodos carbonos é mostrada entre parênteses. Valores <strong>de</strong> n = 20 – 3.000.000unida<strong>de</strong>s.28


As enzimas responsáveis pela bio<strong>de</strong>gradação são a lisozima e aquitinase. A tabela 03 mostra as principais fontes <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong> quitina equitosana.Tabela 03: Principais fontes <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong> quitina e quitosana [16].Animais Marinhos Insetos MicroorganismosAnelí<strong>de</strong>os Besouros Algas MarronsCrustáceosCelenteradosKrillMoluscos29Algas Ver<strong>de</strong>sEsporosFungosLevedurasA quitosana tem sido empregada na remoção <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong>varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> substratos, como íons metálicos, espécies iônicas aromáticas,corantes sulfonados e reativos, ácidos inorgânicos e orgânicos <strong>de</strong>ntre outros[19-21]. Na tabela 04, são apresentadas as principais aplicações da quitina equitosana.Tabela 04: Principais aplicações da quitina e quitosanaIndustrial• Purificação <strong>de</strong> águasresiduais <strong>de</strong> indústrias;• Estabilizantes <strong>de</strong> gordurasem preparações <strong>de</strong> alimentos;• Estabilizante <strong>de</strong> aromas;• Meio <strong>de</strong> troca iônica;• Aditivos <strong>de</strong> cosméticos eShampoos;• Adsorvente na remoção <strong>de</strong>metais pesados;• Proteção bactericida <strong>de</strong>sementes;• Estabilizantes <strong>de</strong> frutas e <strong>de</strong>verduras perecíveis;• Agente imobilizante <strong>de</strong>microorganismos.Saú<strong>de</strong>/Nutricional• Agente absorvedor <strong>de</strong>gorduras;• Redução do colesterol LDL;• Regeneração <strong>de</strong> ferimentos;• Auxiliar no controle dapressão arterial;• Regenerador <strong>de</strong> estruturaóssea;• Redução do nível <strong>de</strong> ácidoúrico;• Promoção <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> peso;• Auxilia o colesterol HDL;• Bactericida/Antiviral;• Inibe a formação <strong>de</strong> placas<strong>de</strong>ntárias;• Aumenta a absorção <strong>de</strong> cálcio;• Membranas artificiais.


Contudo, seu uso como adsorvente é severamente restrito, pois elaapresenta a tendência <strong>de</strong> se dissolver em meios fortemente ácidos. Todavia,se a quitosana sofrer reações apropriadas com compostos orgânicos quecontenham dois ou mais grupos funcionais reativos, separados por umaca<strong>de</strong>ia n-alquílica, a estrutura polimérica da quitosana po<strong>de</strong> ser estabilizadapor ligações reticuladas cruzadas (“crosslinking”) [23]A reticulação da quitosana po<strong>de</strong> ser feita utilizando-se diferentesagentes reticulantes bifuncionais como, glutaral<strong>de</strong>ído, 1,1,3,3-tetrametoxipropano, etilenoglicol, glicerolpoliglicidileter,hexametilenediisocianato, epicloridrina e o clorometiloxirano [23, 24]. Otripolifosfato também é usado como agente reticulante, pois o mesmoinduz a uma reticulação iônica entre os grupos fosfatos e os grupos aminaprotonados da quitosana [23, 25]. A epicloridrina tem sido muito utilizadacomo agente reticulante, pois ela promove reações <strong>de</strong> reticulaçãopreferenciais com os grupos hidroxila da estrutura da quitosana,preservando os grupos amina do carbono 2, os quais são os principaisgrupos responsáveis pelas proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> adsorção da quitosana [24, 26,27]. No entanto, apenas algumas <strong>de</strong>ssas moléculas reticulantes citadas,como o glutaral<strong>de</strong>ído, po<strong>de</strong>m ser efetivamente utilizadas em reaçõesseqüenciais na superfície da quitosana, <strong>de</strong>vido a sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar aoutra extremida<strong>de</strong> livre do seu grupo funcional (al<strong>de</strong>ído) formar outrasreações [28].1.4-Sílica GelO termo sílica refere-se aos compostos <strong>de</strong> dióxido <strong>de</strong> silício comformula geral SiO 2 ou SiO 2 .nH 2 O, nas suas várias formas naturais amorfas(principalmente quartzo e cristobalita) e sintéticas. A sílica gel é bastanteutilizada em vários setores da ciência, <strong>de</strong>vido ao fato <strong>de</strong> ser um suportebastante rígido, estável termicamente e disponível comercialmente com alto30


grau <strong>de</strong> pureza. Na figura 09 é apresentada uma representação esquemáticada estrutura da sílica gel.Figura 09. Estrutura esquemática da sílica gel.A sílica gel apresenta grupos siloxanos, Si-O-Si, em seu interior egrupos silanóis, Si-OH, recobrindo toda a sua superfície. Os grupos silanóispo<strong>de</strong>m ser classificados em três categorias, como mostrado na figura 10:silanóis livres (ou isolados), geminais e viscinais, sendo que estes últimosinteragem entre si utilizando ligações <strong>de</strong> hidrogênio.OHOHOHOHOHSilanóis Vicinais Silanol Isolado Silanóis GeminaisFigura 10. Estruturas dos tipos <strong>de</strong> grupos silanóisOs silanóis apresentam um comportamento químico do tipo ácido <strong>de</strong>Brönsted e, como são os principais responsáveis pela reativida<strong>de</strong> dasuperfície da sílica [29, 30], é <strong>de</strong>sejável que eles estejam livres <strong>de</strong> possíveisinterações antes <strong>de</strong> participarem <strong>de</strong> reações químicas específicas. Nessesentido, uma etapa importante consiste na ativação da superfície da sílicamediante aquecimento, a fim <strong>de</strong> remover as moléculas <strong>de</strong> água adsorvidasna superfície, como esquematizado na figura 11 [31].31


HH OHHHOHHH OOHHO OO H O OSi Si SiOSi SiOSiO O OFigura 11. Modos <strong>de</strong> interação dos grupos silanóis com a água.Cuidados <strong>de</strong>vem ser tomados na ativação da sílica, pois processos <strong>de</strong>aquecimento superiores a 200 °C provocam reações <strong>de</strong> con<strong>de</strong>nsação dosgrupos silanóis formando grupos siloxanos, como esquematizado na figura12.OHOHOSi + SiSi Si + H 2 OFigura 12. Desidratação da superfície da sílica com a formação <strong>de</strong> grupossiloxanos.A superfície da sílica gel po<strong>de</strong> ser quimicamente modificada poragentes químicos orgânicos e inorgânicos [31]. Os compostosmodificadores mais usuais são os n-propilalcóxissilanos, genericamenterepresentados por (RO) 3 Si(CH 2 ) 3 X, on<strong>de</strong> RO representa o grupo alcóxido eX um grupo orgânico específico (X=Cl, SH, NH 2 , etc). Essas moléculaspossibilitam a introdução e imobilização <strong>de</strong> grupos orgânicos específicos,conferindo à sílica gel proprieda<strong>de</strong>s específicas diferenciadas da sílicaoriginal [32, 33]. Ao reagirem com a sílica gel, os alcóxissilanos po<strong>de</strong>m seligar a ela formando ligações mono<strong>de</strong>ntadas, bi<strong>de</strong>ntadas ou tri<strong>de</strong>ntadas,como mostrado na figura 13.32


OHOHOOHOHOR_X + ROHOR(mono<strong>de</strong>ntada)Si(CH 2 ) 3_OHOHOHOHOH(superfície da sílica gel)+ (RO) 3 Si(CH 2 ) _ 3 X(agente sililante)OHOHOOOHOHOOOOHORSi(CH 2 ) 3_X + 2 ROH(bi<strong>de</strong>ntada)Si(CH 2 ) 3 X + 3ROH(tri<strong>de</strong>ntada)Figura 13. Esquema representativo <strong>de</strong> ancoramento <strong>de</strong> organossilanos nasuperfície da sílica gel.A modificação para imobilização <strong>de</strong> grupos químicos orgânicos(organofuncionalização) po<strong>de</strong> ser feita por dois métodos específicos, comorepresentado esquematicamente na figura 14 [32]. Na primeira rota (A),chamada heterogênea, o organossilano é ancorado a superfície, sofrendoposteriormente uma segunda reação para a imobilização <strong>de</strong> uma moléculaorgânica específica (L). Na rota homogênea (B), o procedimento é inverso,isto é, primeiro ocorre à reação do silano com a molécula orgânica <strong>de</strong>sejada(L), e só <strong>de</strong>pois ocorre o ancoramento do silano modificado na superfícieda sílica gel. Tipicamente, a primeira rota é a mais utilizada, <strong>de</strong>vidoprincipalmente às suas facilida<strong>de</strong>s experimentais intrínsecas.33


ABSi+ROHOHOR(RO) 3 Si(CH 2 ) 3_ X+ L-XSiOSi(CH 2 ) 3_X(RO) 3 Si(CH 2 ) 3_LOR++ L-XORSiOHSiOSi(CH 2 )_3 LROHORX=grupo funcional pen<strong>de</strong>nte na ca<strong>de</strong>ia organossilano;R=grupo alcóxido e;L=grupo substituinte nucleofilico.Figura 14. Rota heterogênea (A) e homogênea (B), utilizadas paraimobilizar um grupo organofuncional sobre a superfície da sílica gel.1.5-Materiais Híbridos Orgânicos/InorgânicosSão materiais constituídos pela combinação <strong>de</strong> componentesorgânicos e inorgânicos, dando origem a materiais híbridos comcaracterísticas diferenciadas daqueles que lhe <strong>de</strong>ram origem, mas querefletem a natureza química dos blocos formadores [34]. A fraçãomajoritária do material híbrido é comumente <strong>de</strong>nominada <strong>de</strong> matriz ousuporte e esses materiais são macroscopicamente homogêneos, pois adispersão dos componentes ocorre em nível molecular, nanométrico e/ousubmicrométrico. As proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sses materiais combinam asestabilida<strong>de</strong>s térmicas e mecânicas dos materiais inorgânicos com asfacilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> processamento e as características químicas dos compostosorgânicos [35].34


Os híbridos po<strong>de</strong>m ser classificados <strong>de</strong> diversas formas, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndoda composição relativa dos componentes constituintes e da natureza dasinterações ou ligações químicas envolvidas entre eles. A composiçãoquímica é um importante parâmetro, uma vez que sua variação leva aformação <strong>de</strong> materiais com proprieda<strong>de</strong>s completamente diferentes.Conforme a natureza química da interface orgânico/inorgânico, os híbridospo<strong>de</strong>m ser divididos em duas classes principais:i- Classe I: os componentes interagem entre si através <strong>de</strong> ligações <strong>de</strong>hidrogênio, forças <strong>de</strong> van <strong>de</strong>r Waals ou ligações iônicas. Essesmateriais po<strong>de</strong>m ser preparados através da mistura homogênea dosprecursores orgânicos e inorgânicos em um mesmo solvente. Duranteo processo <strong>de</strong> policon<strong>de</strong>nsação da fase inorgânica, as moléculasdispersam-se <strong>de</strong> forma aleatória, ficando aprisionadas nos interstíciosda matriz quando o gel é formado [36];ii- Classe II: a interface orgânico/inorgânico é predominantementecovalente. Esses materiais po<strong>de</strong>m ser preparados por reações entredois precursores hidrolisáveis do tipo Si(OR) 4 e R´Si(OR) 3 . Outramaneira <strong>de</strong> preparar esses materiais é através da reação dos grupossilanóis na superfície da sílica gel com silanos bifuncionais, X 3 SiR[37]. Nesses materiais, o componente orgânico imobilizado mostrasemais resistente à lixiviação por solventes, além <strong>de</strong> ser mais estáveltermicamente [38].A natureza dos compostos híbridos associadas às proprieda<strong>de</strong>sópticas e a estabilida<strong>de</strong>s químicas e termodinâmicas propiciam que essesmateriais possam ser empregados em vários setores da ciência, como no<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sensores químicos [05-07], biomateriais [16-19] erevestimentos [20], em aplicações ópticas [21] e cromatográficas [39-43],35


em catalise, bem como na confecção <strong>de</strong> membranas e materiais compósitos[44].1.6-Processos <strong>de</strong> Adsorção na Interface Sólido/Solução.No processo adsortivo algumas espécies químicas da fase fluida(adsorbato) a<strong>de</strong>rem e são ou não retidas na superfície da fase sólida(adsorvente) em dois principais níveis <strong>de</strong> interação. Um primeiro tipo, <strong>de</strong>natureza física, é dito adsorção física. Interações mais fortes, em nívelenergético <strong>de</strong> reações químicas, são i<strong>de</strong>ntificadas como adsorçõesquímicas. A liberação dos componentes adsorvidos no adsorvente recebe a<strong>de</strong>nominação <strong>de</strong> <strong>de</strong>ssorção [45]. O fenômeno <strong>de</strong> adsorção ocorre porqueátomos da superfície apresentam números <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação inferiores ao dosátomos internos. O tipo <strong>de</strong> ligação que se forma po<strong>de</strong> ser energeticamentefraca ou forte. Quando o sólido é iônico e a molécula que adsorve épolarizável, a ligação formada é forte, ocorrendo adsorção química ouquimissorção. Na adsorção física po<strong>de</strong>m formar-se camadas molecularessobrepostas, enquanto que na adsorção química se forma uma únicacamada molecular adsorvida (monocamada) [45].Vários fatores afetam a adsorção, tais como a estrutura molecular ounatureza do adsorvente, a solubilida<strong>de</strong> do soluto, o pH do meio e atemperatura. A estrutura molecular do adsorbato ou a natureza doadsorvente é particularmente importante no processo <strong>de</strong> adsorção, sendoque as localizações dos grupos funcionais no adsorvente afetam a razão <strong>de</strong>adsorção. Além <strong>de</strong>sses fatores, o diâmetro molecular do adsorbato tambémé um fator importante. Compostos com diâmetros moleculares menores têmmais facilida<strong>de</strong> em difundir-se para o interior dos poros do material,aumentando conseqüentemente a adsorção [46].Grupos polares têm alta afinida<strong>de</strong> pela água e isto geralmentediminui a adsorção a partir <strong>de</strong> soluções aquosas. Baixos valores <strong>de</strong> pHfavorecem a adsorção <strong>de</strong> ácidos orgânicos enquanto que altos valores <strong>de</strong>36


pH favorecem a adsorção <strong>de</strong> bases orgânicas [46]. No entanto, o valorótimo do pH <strong>de</strong> adsorção <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>terminado para cada caso. Atemperatura também afeta a extensão da adsorção, que em geral, é umprocesso exotérmico, on<strong>de</strong> a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> soluto adsorvido diminui com oaumento da temperatura. Baixas temperaturas são favoráveis ao aumentoda adsorção, porém a velocida<strong>de</strong> e a extensão da adsorção sejam afetadaspor outros fatores [46].Na adsorção há uma diminuição da energia livre das espéciesadsorvidas presentes no adsorbato sendo, portanto, um processoespontâneo, apresentando ∆ ads G < 0. Entretanto, há uma diminuição donumero <strong>de</strong> graus <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> do sistema, pois as moléculas do adsorbatosó po<strong>de</strong>m se <strong>de</strong>slocar sobre a superfície do adsorvente, com conseqüentediminuição da <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m do sistema, apresentando ∆ ads S < 0. Assumindo-sea igualda<strong>de</strong> termodinâmica ∆ ads G = ∆ ads H – T∆ ads S, nota-se que ∆ ads H seránegativo, mostrando que as adsorções nas interfaces sólido/solução ten<strong>de</strong>ma ser processos exotérmicos [47].1.7-Cinética <strong>de</strong> Adsorção na Interface Sólido/SoluçãoA dinâmica cinética <strong>de</strong> adsorção na interface sólido/soluçãopossibilita o cálculo <strong>de</strong> parâmetros cinéticos intrínsecos, bem como po<strong>de</strong>auxiliar na avaliação <strong>de</strong> mecanismos ou etapas limitantes da adsorção. Aadsorção na interface sólido/solução ocorre em três estágios distintos [48-50]:i- Transporte do adsorbato para a superfície externa doadsorvente;ii- Difusão do adsorvato para <strong>de</strong>ntro dos poros do adsorvente;iii- Adsorção do adsorvato na superfície interna ou nos poros doadsorvente.Em geral, a adsorção do adsorbato no interior da superfície <strong>de</strong> umadsorvente é relativamente rápida, comparada com outros dois processos. O37


transporte do adsorbato até a superfície do adsorvente é facilitada pelaagitação da solução [51]. A velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adsorção é <strong>de</strong>terminadaassumindo-se que a etapa mais lenta governa o processo cinético <strong>de</strong>adsorção.1.8- Mo<strong>de</strong>los Cinéticos <strong>de</strong> Adsorção na Interface Sólido/SoluçãoExistem vários mo<strong>de</strong>los cinéticos <strong>de</strong>senvolvidos para analisar dados<strong>de</strong> adsorção na interface sólido/solução. A força motriz <strong>de</strong>sses processos <strong>de</strong>adsorção é a diferença existente entre as quantida<strong>de</strong>s adsorvidas em umdado tempo <strong>de</strong> contato t e a quantida<strong>de</strong> adsorvida no equilíbrio. Noprocesso cinético <strong>de</strong> adsorção, o termo pseudo, é utilizado para indicar quediversas reações estão acontecendo simultaneamente, no entanto o que élevado em consi<strong>de</strong>ração para efeitos <strong>de</strong> estudo, é o processo cinético <strong>de</strong>adsorção <strong>de</strong> maneira isolada. Nesse sentido, o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> pseudo primeiraor<strong>de</strong>m, originalmente <strong>de</strong>scrito por Lagergren, é mostrado na equação 01:on<strong>de</strong> q t representa a quantida<strong>de</strong> adsorvida em um dado tempo t, k 1 é aconstante <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> da reação <strong>de</strong> adsorção <strong>de</strong> pseudo primeira or<strong>de</strong>m eq e representa a quantida<strong>de</strong> adsorvida no equilíbrio. Pela integração daequação 01, aplicando-se as condições <strong>de</strong> contorno em que q t = 0 a t = 0 eq t = q t a t = t, obtém-se a equação 02 [29, 30]:Essa equação po<strong>de</strong> ser convenientemente rearranjada para a equação <strong>de</strong>uma reta, mostrada na equação 03:38


Dessa maneira, as constantes cinéticas q e e k 1 são facilmente calculadas,respectivamente, utilizando-se os valores dos coeficientes lineares eangulares <strong>de</strong> gráficos <strong>de</strong> ln (q e -q t ) versus t.O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> pseudo segunda or<strong>de</strong>m, <strong>de</strong>senvolvido por Ho e McKay,po<strong>de</strong> ser expresso pela equação 04:on<strong>de</strong> k 2 é a constante <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pseudo segunda or<strong>de</strong>m. Ao integrara equação 04 nas mesmas condições <strong>de</strong> contorno do mo<strong>de</strong>lo cinéticoanterior obtém-se a equação 05:As constantes cinéticas q e e k 2 são calculadas utilizando-se,respectivamente, os valores dos coeficientes angulares e lineares daequação 05, a partir <strong>de</strong> gráficos <strong>de</strong> t/qt versus t. A equação 05 apresenta avantagem <strong>de</strong> não se precisar fazer uma estimativa do valor <strong>de</strong> q e , comoocorre na equação 03, do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> pseudo primeira or<strong>de</strong>m. Na prática,fazer estimativas dos valores <strong>de</strong> q e po<strong>de</strong> ser algo difícil <strong>de</strong> conseguir comboa exatidão, pois o adsorvente po<strong>de</strong> não ter atingido sua saturação, comoverificado em muitos casos na literatura [29, 30].Os mo<strong>de</strong>los cinéticos <strong>de</strong> pseudo primeira e pseudo segunda or<strong>de</strong>mapresentam algumas limitações, principalmente quando ocorrem eventoscom or<strong>de</strong>ns cinéticas fracionárias, ou quando as constantes cinéticas sealteram em função do tempo <strong>de</strong> contato. Para tentar contornar essesproblemas, o grupo <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e otimização <strong>de</strong>materiais da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Sergipe <strong>de</strong>senvolveu um mo<strong>de</strong>locinético, adaptado do mo<strong>de</strong>lo cinético <strong>de</strong>scrito inicialmente por Avrami[33, 50]. Este mo<strong>de</strong>lo, mostrado na equação 06, apresentou ajustes39


excelentes em estudos <strong>de</strong> adsorção <strong>de</strong> Hg 2+ sobre sílica-ditizona e emmembranas <strong>de</strong> quitosana e <strong>de</strong> adsorção <strong>de</strong> corantes reativos emmicroesferas <strong>de</strong> quitosana [33].on<strong>de</strong> k Av é a constante cinética <strong>de</strong> Avrami e n outra constante, associada àor<strong>de</strong>m cinética da reação <strong>de</strong> adsorção. Quando os valores <strong>de</strong> n são alterados<strong>de</strong> maneiras significativas em função do tempo <strong>de</strong> contato, assume-se queocorrem mudanças nos mecanismos <strong>de</strong> adsorção [22]. A forma linearizadada equação <strong>de</strong> Avrami é representada pela equação 07:As constantes cinéticas n e k Av são calculadas, respectivamente, a partir doscoeficientes angulares e lineares dos gráficos <strong>de</strong> ln(ln(q e /q e -q t )) versus ln t,em relação a uma dada temperatura constante <strong>de</strong> adsorção.Além dos mo<strong>de</strong>los citados anteriormente, existe o mo<strong>de</strong>lo propostopor Weber e Morris (1962), on<strong>de</strong> a fração aproximada para a mudança <strong>de</strong>equilíbrio está <strong>de</strong> acordo com a função <strong>de</strong> (Dt/r 2 ) 1/2 [22, 54, 55]. Neste,mo<strong>de</strong>lo, r é o raio da partícula adsorvente e D é a constante <strong>de</strong> difusão dosoluto na partícula. A etapa limitante do processo <strong>de</strong> adsorção po<strong>de</strong> serconseqüência da difusão intrapartícula muito lenta do adsorbato, sendo aetapa <strong>de</strong> adsorção sobre a superfície interna, <strong>de</strong> um modo geral, umprocesso rápido [50]. Neste caso, a adsorção será <strong>de</strong>scrita pela equação 08<strong>de</strong> maneira simplificada.on<strong>de</strong> k dif é a constante <strong>de</strong> difusão intrapartícula e I é uma constanterelacionada com a resistência à difusão intrapartícula do adsorbato, comopo<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>monstrado na figura 15. Na primeira etapa, percebe-se arepresentação da aproximação das moléculas do adsorbato na superfície doadsorvente. Na segunda etapa, há a representação da adsorção na superfície40


do adsorvente ao mesmo tempo em que ocorre a difusão para o interior doadsorvente, pelas moléculas do adsorbato. Na terceira etapa, percebe-se areação <strong>de</strong> equilíbrio entre o adsorvente e o adsorbato, on<strong>de</strong> não ocorre maisa difusão para o interior do adsorvente.Adsorvente1ª Etapa:Adsorção naSuperfícieMoléculas do Adsorbato2ª Etapa:Adsorção Gradual3ª Etapa:Equilíbrio FinalFigura 15. Exemplo das etapas <strong>de</strong> difusão intrapartícula.Na tabela 05 apresentamos um resumo dos mo<strong>de</strong>los cinéticosutilizados neste estudo com os seus parâmetros.Tabela 05: Mo<strong>de</strong>los Cinéticos Utilizados.Mo<strong>de</strong>los Equação ParâmetrosMo<strong>de</strong>lo Cinético <strong>de</strong> Lagergren- Pseudo 1ª Or<strong>de</strong>mLagergren – Pseudoq t , k 1 e q e1ª Or<strong>de</strong>mLagergren-Condições <strong>de</strong>q t =0 a t=0; q t =q ta t=tContornoLagergren- Equaçãoln (q e -q t ) versusx tda Reta41


Mo<strong>de</strong>lo Cinético <strong>de</strong> Ho e McKay- Pseudo 2ª Or<strong>de</strong>mHo e McKay -Pseudo 2ª Or<strong>de</strong>mHo e McKay -Condições <strong>de</strong>Contornok 2q t =0 a t=0; q t =q ta t=tMo<strong>de</strong>lo Cinético <strong>de</strong> AvramiAvrami k Av ,nAvrami- FormaLinearizadaDifusãoIntrapartículaMo<strong>de</strong>lo Cinético <strong>de</strong> Difusão Intrapartículaln(ln(q e /q e -q t ))versus ln tk dif , I1.9-Adsorção no Equilíbrio Químico.Quando um adsorvente está em contato com um fluido, o qual possuiuma <strong>de</strong>terminada composição específica, o equilíbrio da adsorção acontece<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um dado tempo <strong>de</strong> contato. Neste estado, existem vários tipos <strong>de</strong>isotermas que po<strong>de</strong>m ser obtidas, sendo que a maioria das isotermas <strong>de</strong>adsorção física po<strong>de</strong> ser agrupada em cinco tipos, que foram classificadassegundo BRUNAUER (1940), freqüentemente chamada <strong>de</strong> classificação <strong>de</strong>BET [56], conforme a figura 16.Figura 16. Isotermas <strong>de</strong> adsorção classificadas por Brunauer, on<strong>de</strong> P/Ps, éa pressão total sobre a pressão parcial do gás, on<strong>de</strong> foi realizado o estudo<strong>de</strong> equilíbrio.As isotermas para sólidos microporosos (poros < 2nm), nos quais otamanho dos poros não é muito maior do que o diâmetro da molécula doadsorbato, são normalmente representas pelo tipo I. Isto acontece porque,utilizando-se estes adsorventes, há uma saturação limite correspon<strong>de</strong>ndo à42


ocupação completa dos microporos. Ocasionalmente, se as atrações nãoforem muito gran<strong>de</strong>s entre o adsorvente e o adsorbato existentes, a isotermado tipo I é observada. Uma isoterma do tipo IV sugere a formação <strong>de</strong> duascamadas na superfície plana ou na pare<strong>de</strong> do poro, muito maior do que odiâmetro molecular do adsorbato (poros entre 2 a 50 nm e macroporos > 50nm). Isotermas do tipo II e III são geralmente observadas em adsorventesque apresentam tamanhos <strong>de</strong> poros acima <strong>de</strong> 50 nm. Nestes sistemas existeadsorção em multicamadas e <strong>de</strong>pois con<strong>de</strong>nsação capilar. [45, 56, 57].Vários mo<strong>de</strong>los matemáticos vêm sendo utilizados para <strong>de</strong>screveremos comportamentos das isotermas <strong>de</strong> adsorção no equilíbrio químico. Oprincipal mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>scrito e utilizado na literatura é o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Langmuir.Este mo<strong>de</strong>lo baseia-se na hipótese <strong>de</strong> que as forças <strong>de</strong> interação entre asmoléculas adsorvidas são <strong>de</strong>sprezíveis e que cada sítio po<strong>de</strong> ser ocupadopor apenas uma molécula do adsorvato. Todas as moléculas são adsorvidassobre um número fixo e <strong>de</strong>finido <strong>de</strong> sítios. Para altas concentrações <strong>de</strong>soluto, a equação prediz uma capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adsorção teórica emmonocamada. A equação do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Langmuir po<strong>de</strong> ser representadapela equação 09 [58].on<strong>de</strong> q e representa a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> soluto adsorvido no equilíbrio, q emaxrepresenta a quantida<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong> soluto adsorvido para a formação <strong>de</strong>uma monocamada completa e C eq , correspon<strong>de</strong> a concentração doadsorbato no equilíbrio. A linearização da equação <strong>de</strong> Langmuir é dadapor:43


A constante K L, é a constante <strong>de</strong> Langmuir, a qual se relaciona com aconstante <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> adsorção e po<strong>de</strong> ser usada para <strong>de</strong>terminar aentalpia <strong>de</strong> adsorção ∆ ads H, usando-se a Equação <strong>de</strong> Clausius-Clapeyron,equação 11 [59]:on<strong>de</strong> ∆ ads H, correspon<strong>de</strong> a entalpia <strong>de</strong> adsorção (J.mol -1 ), R é a constantedos gases (8,314 J.K -1 .mol -1 ), T é a temperatura em Kelvin e A é a energia<strong>de</strong> Helmholtz (J.mol -1 ), que num estado qualquer, relaciona-se intimamentecom a "energia disponível pelo sistema para a realização <strong>de</strong> trabalho",<strong>de</strong>correndo daí sua <strong>de</strong>nominação "energia livre". A variação da entalpia <strong>de</strong>um sistema é o calor liberado ou absorvido quando uma transformaçãoocorre sob pressão constante. As características essenciais <strong>de</strong> uma isoterma<strong>de</strong> Langmuir po<strong>de</strong>m ser expressas em termos <strong>de</strong> um fator <strong>de</strong> separaçãoadimensional constante ou comumente chamado <strong>de</strong> parâmetro <strong>de</strong>equilíbrio, R L , que é <strong>de</strong>finido pela equação 12 [59].O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Freundlich leva em consi<strong>de</strong>ração que as adsorçõesocorrem em superfícies heterogêneas, po<strong>de</strong>ndo ser ou não emmonocamadas. A equação <strong>de</strong> Freundlich é dada pela equação 13 [12, 59 ,60]:on<strong>de</strong> K F é a constante <strong>de</strong> Freundlich que se relaciona com a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>adsorção e n F é a constante indicadora da intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adsorção (número<strong>de</strong> moléculas por sítio <strong>de</strong> adsorção). A linearização da equação <strong>de</strong>Freundlich é dada por:44


Os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> equilíbrio químico <strong>de</strong> adsorção, mostrados a seguir,apresentam mais <strong>de</strong> dois parâmetros a serem <strong>de</strong>terminados. Para isso, <strong>de</strong>veseutilizar a metodologia não linear. Na metodologia não linear, utiliza-semais <strong>de</strong> dois parâmetros, a fim <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar o melhor ajuste matemáticopara os <strong>de</strong>mais valores.A equação <strong>de</strong> Langmuir-Freundlich é dada através da equação 15:on<strong>de</strong> q emax é a capacida<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong> adsorção segundo esse mo<strong>de</strong>lo, K LF éa constante <strong>de</strong> interação <strong>de</strong> Langmuir-Freundlich para um sólidoheterogêneo e m LF é o parâmetro <strong>de</strong> heterogeneida<strong>de</strong>, situado entre 0 e 1.O mo<strong>de</strong>lo empírico <strong>de</strong> Redlich-Peterson também combina elementosdos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Langmuir e <strong>de</strong> Freündlich, po<strong>de</strong>ndo ser <strong>de</strong>scrito conformea equação 16:on<strong>de</strong>, A RP1 é a constante isotérmica <strong>de</strong> Redlich-Peterson, B RP1 é umaconstante <strong>de</strong> ajuste e β é um expoente adimensional, que po<strong>de</strong> apresentarvalores entre 0 e 1. Em altas concentrações <strong>de</strong> adsorbato na fase líquida, aisoterma <strong>de</strong> Redlich-Peterson, reduz-se a equação <strong>de</strong> Freundlich, mostradana equação 17:on<strong>de</strong> A RP2 /B RP2 e (1-β) correspon<strong>de</strong>m, respectivamente, os parâmetros K F e1/n da equação <strong>de</strong> Freundlich. Para β=1, a equação15 reduz-se a equação10, do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Langmuir, com b=B RP e A RP =b.q ema , Para β=0, a equação45


15 reduz-se a equação da Lei <strong>de</strong> Henry, com A RP2 /(1+B RP ) sendo aconstante <strong>de</strong> Henry [59-62].Sips propôs uma equação similar à equação <strong>de</strong> Langmuir-Freundlich,segundo a equação 18:on<strong>de</strong> q emax é a capacida<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong> adsorção <strong>de</strong> Sips, K S é a constante <strong>de</strong>equilíbrio <strong>de</strong> Sips, relacionada com a energia <strong>de</strong> adsorção e 1/m S é oparâmetro exponencial <strong>de</strong> Sips e está relacionado a intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong>adsorção.O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r I é dado pela equação 19:on<strong>de</strong> q e é a amostra <strong>de</strong> soluto adsorvida no equilíbrio), C eq é a concentraçãodo adsorbato no equilíbrio, q emax é a capacida<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong> adsorção <strong>de</strong>Fritz-Schlun<strong>de</strong>r, K FS é a constante <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r e m FS éo mo<strong>de</strong>lo exponencial <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r.O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Radke-Prausnitz possui três equações distintas, sendorepresentadas nas equações (20) a (22):46


on<strong>de</strong> q emax são as capacida<strong>de</strong>s máximas <strong>de</strong> adsorção <strong>de</strong> Radke-Prausnitz(mg.g -1 ), K RP1 , K RP2 e K RP3 , são as constante <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Radke-Prausnitz e m RP1 , m RP2 e, m RP3 , são os expoentes <strong>de</strong> Radke-Prausnitz.O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Tóth tenta reduzir o erro existente entre os dados dosvalores experimentais e os valores calculados, para a adsorção emequilíbrio do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Langmuir. Esse mo<strong>de</strong>lo aplica-se a adsorções emmulticamadas ou similares às isotermas <strong>de</strong> BET, e possuindo uma valida<strong>de</strong>restrita. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> isoterma <strong>de</strong> Tóth é dado pela equação 23:on<strong>de</strong> q e é a amostra <strong>de</strong> soluto adsorvida no equilíbrio (mg.g -1 ), C eq é aconcentração do adsorbato no equilíbrio (mg.L -1 ), q emax é a capacida<strong>de</strong>máxima <strong>de</strong> adsorção <strong>de</strong> Tóth (mg.g -1 ), K T é a constante <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong>Tóth e m T é o mo<strong>de</strong>lo exponencial <strong>de</strong> Tóth. Outra equação, <strong>de</strong> quatroparâmetros do tipo Langmuir-Freundlich, foi <strong>de</strong>senvolvida empiricamentepor Fritz e Schlun<strong>de</strong>r. Ela é expressa através da equação 24:on<strong>de</strong> q e é a amostra <strong>de</strong> soluto adsorvida no equilíbrio (mg.g -1 ), C eq é aconcentração do adsorbato no equilíbrio (mg.L -1 ), A FS2 e B FS2 são osparâmetros <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r e α e β são os expoentes da equação <strong>de</strong>47


Fritz-Schlun<strong>de</strong>r. Em altas concentrações <strong>de</strong> adsorbato na fase liquida, aequação 24 <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r reduz-se à equação <strong>de</strong> Freundlich, conformea equação 25:on<strong>de</strong> A FS3 /B FS3 e (α - β), são, respectivamente, os parâmetros K F e 1/n domo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Freündlich. Para α=β=1, a equação 23, reduz-se a equação 10 <strong>de</strong>Langmuir, com K L =B FS sendo a constante <strong>de</strong> adsorção <strong>de</strong> Langmuirrelacionado à energia <strong>de</strong> adsorção e A=K L q emax , on<strong>de</strong> q emax significa acapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adsorção em monocamadas do adsorvente.Em outra equação, Baudu observou que calculando os coeficientes<strong>de</strong> Langmuir, K L e q emaxL, os valores negativos das constantes <strong>de</strong> Baudu nãotem sentido físico e indicam apenas que estes mo<strong>de</strong>los não se ajustam paraexplicar o processo <strong>de</strong> adsorção, ou seja, não seguem as hipótesesformuladas no mo<strong>de</strong>lo. Suas variações po<strong>de</strong>m ser escritas fazendo-se b=K L ,nas equações 26 e 27:O estudo gráfico <strong>de</strong> ln b 0 = f(lnC eq ) e ln q emaxL = F (lnC eq ) dá acessoao valores <strong>de</strong> b 0 , q emax , x, e Y. Baudu ainda transformou a equação <strong>de</strong>Langmuir para a seguinte expressão 28:48


on<strong>de</strong> q e é a amostra <strong>de</strong> soluto adsorvida no equilíbrio (mg.g -1 ), C eq é aconcentração do adsorbato no equilíbrio (mg.L -1 ), q emax é a capacida<strong>de</strong>máxima <strong>de</strong> adsorção <strong>de</strong> Baudu (mg.g -1 ), b 0 é a constante <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong>Baudu e x e y são os parâmetros <strong>de</strong> Baudu. Na cobertura <strong>de</strong> superfíciescom menores áreas, a equação 26, converte-se na equação <strong>de</strong> Freündlich,conforme a equação 29:Fritz e Schlun<strong>de</strong>r propuseram uma expressão empírica com cincoparâmetros que po<strong>de</strong> ser aplicada para uma ampla faixa <strong>de</strong> dados <strong>de</strong>equilíbrio, conforme a equação 30:on<strong>de</strong> q emax é a capacida<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong> adsorção <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r e ostermos K 1 , K 2 , m 1 e m 2 são os expoentes <strong>de</strong> ajuste <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r.Para todos os valores encontrados <strong>de</strong> q e (mg.g -1 ), foram calculados osseus valores através do ∆q e , que é a diferença entre os valores <strong>de</strong> q e Cal eq e Exp. Na tabela 06, estão listados os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> adsorção no equilíbrioutilizados neste estudo e os seus respectivos parâmetros.Tabela 06: Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Adsorção no Equilíbrio.Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Adsorção no Equilíbrio (até dois parâmetros)Mo<strong>de</strong>los Equação ValorE qParâmetrosLangmuir C eq , q e q emax ,K LLangmuir-Equação da RetaClausius-ClapeyronFator <strong>de</strong> separaçãoAdimencionalC eq , q e -∆ ads H,R, A,TC 0K LR L49


Freundlich C eq , q e 1/n, k FFreundlich-- -Equação da RetaMo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Adsorção no Equilíbrio (até três parâmetros)Freundlich-C eq , q e q emax ,K LF ,m LFLangmuirRedlich-Peterson C eq , q e A RP1 , B RP1 , βRedlich-Peterson/AltasconcentraçõesC eq , q eA RP2 , B RP2 , βSips C eq , q e q emax , K S, 1/m SFritz-Schlun<strong>de</strong>r I C eq , q e q emax , K FS1 , m FS1Radke-Prausnitz I C eq , q e q emax , K RP1 , m RP1Radke-Prausnitz II C eq , q e q emax , K RP21 ,m RP2Radke-Prausnitz III C eq , q e q emax , K RP3 , m RP3Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Adsorção no Equilíbrio (até quatro parâmetros)Tóth C eq , q e q emax , 1/K T ,m T ,1/m TFritz-Schlun<strong>de</strong>r II C eq , q e A FS2 , B FS2 , α,Fritz-Schlun<strong>de</strong>r III C eq , q e A FS3 , B FS3 , α,Baudu I C eq b,b 0 , xBaudu II C eq q emaxb0 , q emax , yββBaudu III C eq , q e q emax b0, b0, x,y,Baudu IV C eq , q e q emax b0, b0, x,y,50


Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Adsorção no Equilíbrio (até cinco parâmetros)Fritz-Schlun<strong>de</strong>r IV C eq , q e q emax ,K 1 ,m 1 ,m 21.10-Termodinâmica <strong>de</strong> AdsorçãoUma reação <strong>de</strong> adsorção na interface sólido/solução po<strong>de</strong> sergenericamente representada <strong>de</strong> acordo com o equilíbrio mostrado a seguir:Adsorvente (S) + Adsorbato (solv.)Adsorvente/Adsorbato (S)A constante <strong>de</strong> equilíbrio aparente (K´) po<strong>de</strong> ser expressa da seguintemaneira:51(31)On<strong>de</strong> θ representa a fração <strong>de</strong> sítios <strong>de</strong> adsorção do adsorvente,efetivamente utilizados nas reações <strong>de</strong> adsorção, (1- θ) é a fração nãoutilizada e Ceq é a concentração do adsorbato na solução, em mol.L -1 . Osvalores numéricos <strong>de</strong> θ po<strong>de</strong>m ser encontrados pela expressão:(32)No entanto, essa expressão somente po<strong>de</strong> calcular os valores das constantes<strong>de</strong> equilíbrio, com boa precisão, para os primeiros sítios <strong>de</strong> adsorçãoocupados. Em outras palavras, somente quando existe uma diferençaconsi<strong>de</strong>rável entre os valores numéricos <strong>de</strong> θ e (1- θ). Assim, a constante <strong>de</strong>equilíbrio (K eq ) po<strong>de</strong> ser encontrada pela expressão [63]:KeqK´= 1000. M(33)on<strong>de</strong>, M é a massa molar do corante (g.mol -1 ) e o fator 1000 faz a correçãoda unida<strong>de</strong> da massa do adsorvente, <strong>de</strong> mg para g.


Desta forma, estabelece-se uma relação entre as entalpias e atemperatura <strong>de</strong> adsorção. Na tabela 07, estão listados os mo<strong>de</strong>los paraobtenção da termodinâmica <strong>de</strong> adsorção no equilíbrio utilizados nesteestudo.Tabela 07: Equações para a Termodinâmica <strong>de</strong> Adsorção.Mo<strong>de</strong>losEquaçãoConstante <strong>de</strong> Equilíbrio aparenteValor numérico <strong>de</strong> θConstante <strong>de</strong> Equilíbrio para θEquação <strong>de</strong> van`t HoffEnergia Livre <strong>de</strong> GibbsEnergia Livre <strong>de</strong> GibbsEquação <strong>de</strong> van`t Hoff emfunção do aumento datemperatura53


3-PARTE EXPERIMENTAL3.1- Solventes e ReagentesUtilizou-se água bi<strong>de</strong>stilada para preparar as soluções. Etanol(Quimex-PA), éter Etílico (Vetec-PA), xileno (Synth-PA), o ligante 3-aminopropiltrimetoxissilano (3-APTS), pureza <strong>de</strong> 98% (Merck),glutaral<strong>de</strong>ído (solução 25% m/v em solução aquosa, da Sigma), acetato <strong>de</strong>sódio (Vetec), brometo <strong>de</strong> potássio (Merk) e ácido acético concentrado(Vetec), foram todos <strong>de</strong> grau analítico e utilizados sem purificação prévia.Utilizou-se sílica gel 60 (Merck) para cromatografia <strong>de</strong> coluna, comdiâmetro <strong>de</strong> partículas entre 70-230 mesh. O corante Azul <strong>de</strong> Remazol (C.I. Reactive Blue 89), com pureza <strong>de</strong> 50%, da DyStar Dyes, foi cedido pelaempresa Santista Têxtil (Nossa Senhora do Socorro/SE).A quitosana, na forma <strong>de</strong> pó, foi obtida <strong>de</strong> carapaças frescas <strong>de</strong>camarão (Pandalus borealis) e cedida gentilmente pela indústria PrimexIngredientes A/S, da Noruega. O grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>sacetilação <strong>de</strong> 75% e massamolar do polímero <strong>de</strong> 5,0 x 10 5 g.mol -1 foram <strong>de</strong>terminados em estudosanteriores por titulação potenciométrica e RMN <strong>de</strong> 1 H e <strong>de</strong> 13 C [61]. Aquitosana foi armazenada em frasco escuro e fechado durante todo o tempodo estudo.3.2-Preparo das Soluções Utilizadas3.2.1- Preparo da Solução Tamponada pH 4,0Pesaram-se aproximadamente 0,816g <strong>de</strong> acetato <strong>de</strong> sódio etransferiu-se para um balão <strong>de</strong> 1,0 L, sendo o mesmo preenchido até omenisco com água bi<strong>de</strong>stilada. Em seguida, esta solução foi transferidapara um béquer <strong>de</strong> 1,0 L, acoplado a um eletrodo <strong>de</strong> vidro <strong>de</strong> pH-metro esob agitação magnética. Lentamente foram adicionadas algumas gotas <strong>de</strong>55


ácido acético P.A, até obter o valor <strong>de</strong> pH da solução igual a 4,0. Estasolução foi guardada em frascos <strong>de</strong> polietileno <strong>de</strong> 1,0 L sob refrigeração.3.2.2-Preparo da Solução Estoque <strong>de</strong> Corante Azul <strong>de</strong> Remazol- ARPreparou-se solução estoque do corante no tampão <strong>de</strong> HAc/NaAc, <strong>de</strong>concentração <strong>de</strong> 800 mg L -1 . A partir <strong>de</strong>ssa solução, preparam-se outrassoluções <strong>de</strong> concentrações <strong>de</strong> 23, 100, 200, 400 e 600 mg.L -1 [62].3.2.3-Ativação da Sílica Gel (SiO 2 )Colocaram-se 50g <strong>de</strong> sílica gel em uma estufa a 150 ºC durante 8 h.Após resfriamento em <strong>de</strong>ssecador a vácuo, a sílica gel ativada foi guardadaem um béquer selado com filme <strong>de</strong> PVC transparente e mantida em um<strong>de</strong>ssecador. Nos testes <strong>de</strong> caracterização, a sílica pura ativada serásimbolizada pela sigla Sil.3.2.4-Modificação da Sílica Gel com 3-APTSEm um balão <strong>de</strong> 03 bocas <strong>de</strong> 500 ml, acoplado a um con<strong>de</strong>nsador <strong>de</strong>refluxo, colocaram-se 150 mL <strong>de</strong> xileno. Após atingir a temperatura <strong>de</strong> 60ºC adicionou-se a sílica gel ativada e 30 mL do ligante 3-APTS. Aqueceusesob leve refluxo sob agitação durante 6 h. A mistura reacional, apósresfriada, foi filtrada sob vácuo em um funil <strong>de</strong> placa porosa, sendoprimeiramente lavada com 50 mL <strong>de</strong> xileno para retirar o silano emexcesso da solução e em seguida com 2 porções <strong>de</strong> 50 mL <strong>de</strong> éter etílico. Asílica modificada (simbolizada por Sil-NH 2 ) foi seca a 70 ºC durante 4 h eguardada em um béquer selado com filme <strong>de</strong> PVC transparente em um<strong>de</strong>ssecador.3.2.5-Reação da Sil-NH 2 com Glutaral<strong>de</strong>ídoEm um béquer <strong>de</strong> 250 mL, adicionaram-se 150 mL <strong>de</strong> águabi<strong>de</strong>stilada, 46,0 g sílica Sil-NH 2 e 20 mL da solução <strong>de</strong> glutaral<strong>de</strong>ído a56


25%. A suspensão foi agitada lentamente sob agitação magnética natemperatura ambiente, durante 2 h. A suspensão foi filtrada sob vácuo emfunil <strong>de</strong> placa porosa e lavada 5 porções <strong>de</strong> 250 mL <strong>de</strong> água bi<strong>de</strong>stilada e50 mL <strong>de</strong> éter etílico. A sílica obtida (simbolizada por Sil-Glut) foi seca a70 ºC durante 4 h e guardada em um béquer selado com filme <strong>de</strong> PVCtransparente em um <strong>de</strong>ssecador.3.2.6-Reação da Sil-Glut com QuitosanaEm um béquer <strong>de</strong> 400 mL, colocaram-se 100 mL <strong>de</strong> solução <strong>de</strong> ácidoacético 3% (m/v). Adicionaram-se 2,0 g <strong>de</strong> quitosana em pó, misturando-sea suspensão <strong>de</strong> forma contínua com um agitador magnético durante 6 h. Ogel formado permaneceu no béquer por mais 48 horas para solubilizaçãototal do pó da quitosana. Em seguida, adicionaram-se 44,0 g da Sil-Glut,agitando-se a suspensão com um bastão <strong>de</strong> vidro até a mistura ficarhomogênea, <strong>de</strong>ixando-a no béquer por mais 24 h para assegurar umaimpregnação efetiva do gel da quitosana sobre a sílica.A sílica/quitosana (Sil-Quit) foi filtrada em um funil <strong>de</strong> placa porosa elavada com água bi<strong>de</strong>stilada e éter etílico, como <strong>de</strong>scrito nos itensanteriores <strong>de</strong> preparação das sílicas. A Sil-Quit foi seca a 70 ºC durante por4 h e guardada em <strong>de</strong>ssecador, como <strong>de</strong>scrito anteriormente.3.2.7-Reticulação da Sil-QuitEm um béquer <strong>de</strong> 250 mL, adicionaram-se 150 mL <strong>de</strong> águabi<strong>de</strong>stilada, 42,0 g da Sil-Quit e 2,0 mL <strong>de</strong> solução <strong>de</strong> glutaral<strong>de</strong>ído a 25%.Agitou-se a suspensão lentamente sob agitação magnética, na temperaturaambiente, por 2 horas. A suspensão foi filtrada sob vácuo em funil <strong>de</strong> placaporosa, seguida <strong>de</strong> sucessivas lavagens com água bi<strong>de</strong>stilada e éter etílico.Em seguida secou-se o material obtido (Sil-Quit-R) a 70 ºC por 4 h eguardou-se a Sil-Quit-R em um <strong>de</strong>ssecador. Uma seqüência esquemática57


das reações realizadas para obtenção do híbrido sílica/quitosana é mostradana figura 17.-OH-OH-OH+ (CH 3 O) 3 Si(CH 2 ) 3 -NH 2120 o C, 6h(3-APTS)Xileno, refluxo-OH-O-Si(CH 2 ) 3 -NH 2-OH(Silica gel) (Sil-NH 2 )(Sil-NH 2 ) + OHC-(CH 2 ) 3 -CHO(gluteral<strong>de</strong>ído)agitação, 2hTemp. ambiente-OH-O-Si(CH 2 ) 3 -N=C-(CH 2 ) 3 -CHOH-OH(Sil-Glut)NH 2 NH 2(Sil-Glut) + H 2 N Quitosana NH 2NH 2 NH 2agitação24h(Sil-Quit)(Sil-Quit) =-OH-O-Si(CH 2 ) 3 -N=C-(CH 2 ) 3 -C= NH H-OHNH 2 NH 2QuitosanaNH 2 NH 2NH 2(Sil-Quit) + HOC-(CH 2 ) 3 -COH-OHagitação, 2hTemp. ambiente(Sil-Quit-R)NH 2HN=C Glut(Sil-Quit-R) = -O-Si(CH 2 ) 3 -N=C-(CH 2 ) 3 -C= N Quitosana N=CHH-OHNH 2 NH 2Figura 17. Seqüência <strong>de</strong> reações para obtenção do material híbrido Sil-Quit-R.3.3-Caracterização dos Materiais3.3.1-Caracterização por TG/DTG/DSCAs análises térmicas dos materiais, por TG/DTG e DSC foramrealizadas em uma termobalança 2960, da TA Instruments. As análises <strong>de</strong>TG/DTG foram feitas utilizando-se aproximadamente 10 mg dos materiais58


da temperatura ambiente a 1000 ºC. Em todas as análises realizadas, asatmosferas utilizadas foram <strong>de</strong> N 2 , com fluxos <strong>de</strong> gás <strong>de</strong> 100 mL.min -1 etaxas <strong>de</strong> aquecimento <strong>de</strong> 20 ºC.min -1 . Para as análises <strong>de</strong> DSC, utilizaramsemassas <strong>de</strong> aproximadamente 10 mg dos materiais, colocadas em panelas<strong>de</strong> alumínio. As análises foram realizadas sob aquecimento contínuo datemperatura ambiente a 600 ºC.3.3.2-Caracterização por Difração <strong>de</strong> Raios-XAs análises <strong>de</strong> raios-x dos materiais foram feitas utilizando-se umdifratômetro <strong>de</strong> raios-X da marca Rigaku, operado em modo <strong>de</strong> varredura,com radiação Cu-Kα (1,5418 Ả) e filtro <strong>de</strong> níquel, com voltagem <strong>de</strong> 40 Kve corrente <strong>de</strong> 40 mA. A velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aquisição foi <strong>de</strong> 3º.min -1 , nointervalo <strong>de</strong> 2θ entre 5 a 80º.3.3.3-Caracterização por Espectroscopia no Infravermelho comTransformada <strong>de</strong> Fourier (FTIR)Os espectros foram obtidos em um espectrômetro Spectrum BX, daPerkin Elmer. As amostras foram misturadas com KBr em pó na proporção<strong>de</strong> 1:2 e prensadas a uma pressão <strong>de</strong> 7.0 toneladas, utilizando-se umaprensa hidráulica da Bovenau. As análises foram feitas no intervalo <strong>de</strong> 400a 4.000 cm -1 , com resolução <strong>de</strong> 4 cm -1 .3.3.4-Caracterização Por Microscopia Eletrônica De Varredura(MEV)Para a análise morfológica dos materiais, utilizou-se um microscópioElectron Probe Microanalyzer JXA-840A, da Jeol, operado sob vácuo, comaceleração <strong>de</strong> feixe <strong>de</strong> 20 kV. Antes das análises, as amostras foramrecobertas com filme <strong>de</strong> ouro, <strong>de</strong> espessura média <strong>de</strong> 12 nm, utizando-seum metalizador da Baltec Med 020, da Coating Systems.3.4- Cinética <strong>de</strong> Adsorção do Corante Azul <strong>de</strong> Remazol- AROs estudos cinéticos foram realizados em um banhotermoestabilizador tipo Dubnoff, da Micronal. Em um experimento cinético59


típico, colocaram-se 50 mL <strong>de</strong> solução do corante Azul <strong>de</strong> Remazol-ARtamponada (acido acético/acetato <strong>de</strong> sódio) em pH 4,0, em um frasco <strong>de</strong>polietileno <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 100 mL. Após termostatização inicial dassoluções por 30 min na temperatura <strong>de</strong>sejada, adicionaram-se 100 ±0,1 mgda Sil-Quit-R no frasco contendo a solução do corante. O frasco foi agitadocontinuamente na temperatura pre<strong>de</strong>terminada. Após um dado tempo <strong>de</strong>contato, uma alíquota da solução sobrenadante foi retirada utilizando-seuma pipeta. As concentrações das soluções foram <strong>de</strong>terminadas pela Lei <strong>de</strong>Beer-Lambert, utilizando-se um espectrofotômetro FEMTO 700 Plus,operado no comprimento <strong>de</strong> onda <strong>de</strong> máxima absorção do corante, em 600nm. Os experimentos cinéticos foram realizados nas temperaturas entre 25e 55 ± 0,1 o C, utilizando-se soluções do corante com concentrações iniciaisentre 20 e 800 mg.L -1 . As quantida<strong>de</strong>s adsorvidas <strong>de</strong> corante reativo Azul<strong>de</strong> Remazol nos estudos cinéticos foram calculadas utilizando a equação37.on<strong>de</strong> q t é a quantida<strong>de</strong> adsorvida do corante por grama do adsorvente Sil-Quit-R em um tempo pre<strong>de</strong>terminado t, em mg.g -1 , C i é a concentraçãoinicial do corante, em mg.L -1 , C t é a concentração do corante na soluçãoapós um tempo pre<strong>de</strong>terminado t, em mg.L -1 , v é o volume da solução em Le m é a massa do adsorvente em g.3.5- Adsorção do Corante Azul <strong>de</strong> Remazol no Equilíbrio Químico.Os estudos <strong>de</strong> adsorção do corante no equilíbrio químico seguiram amesma metodologia <strong>de</strong>scrita no item 3.4. Os experimentos foramrealizados entre 25 e 55 ± 0,1 o C, utilizando-se soluções do corante <strong>de</strong>concentrações iniciais entre 20 e 800 mg.L -1 . Fixou-se um tempo <strong>de</strong>60


agitação <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> 390 minutos, o qual foi <strong>de</strong>terminado nos estudoscinéticos.As quantida<strong>de</strong>s adsorvidas do corante no equilíbrio foram calculadaspela expressão 38:on<strong>de</strong>, q e é a quantida<strong>de</strong> adsorvida do corante no equilíbrio em mg.g -1 , C i é aconcentração inicial do corante na solução em mg.L -1 , C e é a concentraçãodo corante na solução presente no equilíbrio em mg.L -1 , v é o volume dasolução em L e m é a massa do adsorvente em g.61


4- RESULTADOS E DISCUSSÃONesse trabalho, sintetizou-se um híbrido inorgânico/orgânicotentando-se utilizar as melhores características físicas e químicas da sílica eda quitosana. No entanto, uma das principais características dos materiaissintetizados nesse trabalho é que as reações químicas mostradas na figura17, utilizando-se o silano e o glutaral<strong>de</strong>ído, ocorrem apenas com algunsgrupos reativos da superfície da sílica gel. Assim, as características dasílica dificultam sobremaneira as análises dos grupos orgânicosimobilizados. Assim, as técnicas <strong>de</strong> caracterização utilizadas nesse trabalhoforneceram informações mais evi<strong>de</strong>ntes da presença da quitosana nasuperfície da sílica gel.4.1-Caracterização dos MateriaisAs curvas <strong>de</strong> TG e DTG dos materiais são mostradas nas figuras 18 e19 respectivamente. Os dados <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> massa são mostrados na Tabela05.Tabela 08. Dados das perdas <strong>de</strong> massa dos materiais.Material 1ª Perda <strong>de</strong> massa 2ªPerda <strong>de</strong> massa 3ªPerda <strong>de</strong> massaPerda <strong>de</strong>massa (%)Faixa <strong>de</strong> T(ºC)Perda <strong>de</strong>massa (%)Faixa <strong>de</strong> T(ºC)Perda <strong>de</strong>massa (%)Faixa <strong>de</strong> T(ºC)1-Sílica 0,7 50-70 3,4 200-800 - -2-Sil-NH 2 2,8 95-150 12,0 460-620 13,5 580-7103-Sil-Glut 3,0 90-150 16,3 370-590 16,0 550-7104-Sil-Quit 10,0 75-150 11,0 170-340 17,0 450-6505-Sil-Quit-R 6,5 70-115 18,0 410-550 15,0 430-650Nota-se que os aspectos das curvas <strong>de</strong> TG e DTG são distintos entresi, sugerindo que os materiais apresentam diferenças em relação às suascomposições químicas. Para todos os materiais analisados, as primeirasetapas <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> massa ocorreram entre 50 a 150 0 C. Elas são atribuídas62


às perdas <strong>de</strong> água fisicamente adsorvida nas superfícies dos materiais [62].Observa-se que a Sil-NH 2 , Sil-Glut, Sil-Quit e Sil-Quit-R apresentam maiorquantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água adsorvida em relação à sílica original. A Sil-Quit e Sil-Quit-R apresentam maior quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> massa inicial em relaçãoà Sil-NH 2 e a Sil-Glut. Isso se <strong>de</strong>ve aos grupos oxigenados e nitrogenadospresentes na quitosana, os quais interagem com a água via ligações <strong>de</strong>hidrogênio. No entanto, nota-se que a Sil-Quit-R apresenta uma quantida<strong>de</strong>um pouco menor <strong>de</strong>ssa perda <strong>de</strong> massa inicial, em relação à Sil-Quit. Isso éatribuído à presença do glutaral<strong>de</strong>ído utilizado no processo final <strong>de</strong>reticulação, o qual introduz grupos hidrofóbicos na estrutura da Sil-Quit-R[63].As curvas <strong>de</strong> DTG dos materiais são mostradas na figura 19. Ospicos principais <strong>de</strong> perdas máximas <strong>de</strong> massa são observados entre 200 a800 ºC, os quais se relacionam com a <strong>de</strong>composição térmica dos compostosorgânicos presentes na superfície da sílica gel. No entanto, observa-se queesses picos são muito largos, evi<strong>de</strong>nciando-se que vários tipos <strong>de</strong>compostos são liberados simultaneamente, com o aquecimento progressivodos materiais. Nota-se que os pontos <strong>de</strong> máximo <strong>de</strong>sses picos se encontramem temperaturas diferentes entre si, sugerindo tratar-se <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong>características distintas entre si.As análises quantitativas das curvas <strong>de</strong> TG dos materiais,<strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rando-se as perdas iniciais <strong>de</strong> massa, até 150 ºC indicaram apresença <strong>de</strong> 5,10 mg <strong>de</strong> quitosana sobre a sílica gel calculados através daperda <strong>de</strong> massa para 100mg. Destaca-se também que a própria sílica gelpura também contribui nas curvas <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> massa dos materiais. Isso se<strong>de</strong>ve à presença dos grupos silanóis (Si-OH) residuais da superfície dasílica gel que não sofreram reação. Estes grupos sofrem con<strong>de</strong>nsação entresi, entre 300 a 600 ºC, liberando água como produto volátil [64].63


1 0 0 ,0 0s ilic a g e l p u r a9 5 ,0 0massa (%)9 0 ,0 08 5 ,0 0S il-Q u itS il- N H 2S il- G lu t8 0 ,0 0S il- Q u it - R7 5 ,0 00 ,0 0 2 5 0 ,0 0 5 0 0 ,0 0 7 5 0 ,0 0 1 0 0 0 ,0 0T e m p e r a t u r a ( o C )Figura 18. Curvas <strong>de</strong> TG dos materiaisDTG (%/ o C)0 ,0 40 ,0 2S il-G lu tS il-Q u it-RS il-Q u itS il-N H 2s ilic a g e l p u r a0 ,0 02 5 0 ,0 0 5 0 0 ,0 0 7 5 0 ,0 0 1 0 0 0 ,0 0T e m p e r a tu r a ( o C )Figura 19. Curvas <strong>de</strong> DTG dos materiais.64


A técnica <strong>de</strong> DSC foi utilizada nesse trabalho para tentar evi<strong>de</strong>nciar apresença da quitosana sobre a superfície da Síl-Quit. As curvas dosmateriais Sil-Glut e Sil-Quit são mostrados na figura 20. Detectaram-se aspresenças <strong>de</strong> dois picos endotérmicos em curvas diferentes, com máximoem 90 ºC, atribuídos à retirada <strong>de</strong> água das superfícies <strong>de</strong>sses materiais.Contudo, nota-se que esse o pico, na curva da Sil-Glut, é menos intensoque o da Sil-Quit. Isso evi<strong>de</strong>ncia mais uma vez as diferenças nascomposições <strong>de</strong>sses materiais [34, 65].ENDO Fluxo <strong>de</strong> energia / mW EXO0 ,0 0-2 ,0 0-4 ,0 0-6 ,0 0-8 ,0 0-1 0 ,0 0-1 2 ,0 0T g (q u ito s a n a lig a d a à s ílic a ) = 2 0 7 0 C0 ,0 0 2 0 0 ,0 0 4 0 0 ,0 0 6 0 0 ,0 0T e m p e ra tu ra ( 0 C )S il-G lu tS il-Q u itFigura 20. Curvas <strong>de</strong> DSC da Sil-Glut e Sil-Quit.A quitosana pura apresenta valores <strong>de</strong> temperatura <strong>de</strong> transição vítrea(Tg) entre 140 a 150 0 C, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do seu grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>sacetilação[34]. No entanto, o valor da Tg da Sil-Quit encontra-se à aproximadamente207ºC, sugerindo que a quitosana encontra-se ligada na superfície da Sil-Glut. Pelas curvas <strong>de</strong> DSC, os materiais analisados começam a apresentar<strong>de</strong>composição térmica acima <strong>de</strong> 300 0 C.Os espectros <strong>de</strong> FTIR dos materiais são mostrados na figura 21. Natabela 06, estão disponíveis os valores obtidos para cada etapa da síntese dohíbrido Sil-Quit-R. No espectro da sílica gel pura são observados picos em65


969 e 1.096 cm -1 , relacionados com o estiramento Si-O e em 3.964 cm -1 e3.750 cm -1 , relacionados com o estiramento OH da água e dos silanóislivres, respectivamente [35, 36]. Para a Sil-NH 2, observa-se um pico em2.934cm -1 , relacionado ao estiramento C-H do grupo propil [37, 38]. O picorelacionado a esse estiramento também é observado no espectro da Sil-Glutnos carbonos C 6 , C 3 e C 4 da quitosana [30, 31]. Os picos em 1.325 e 1.375cm -1relacionam-se ao estiramento do tipo amida, a qual é formada nareação dos grupos amina da quitosana com o glutaral<strong>de</strong>ído [39, 40]. Aindano espectro da Sil-Glut, observam-se também picos em 1.560 cm -1 ,atribuídos à <strong>de</strong>formação do grupo NH 2 da quitosana e picos em 2.870 [40]e este pico também é observado (ainda mais intensamente) para a Sil-Quit-R. No espectro da Sil-quit-R, os picos em 1.030 e 1.150 cm -1 relacionam-seao estiramento C-O, oriundos, principalmente, <strong>de</strong> grupos C-O presentesTabela 09. Atribuições das principais bandas vibracionais.Material υ (cm -1 ) Ref. Atribuições das principais bandas vibracionaisSílica 969 39,40 Estiramento Si-O1.069 39,40 Estiramento Si-O3.464 39,40 Estiramento OH (silanóis + H 2 O)3.750 39,40 Estiramento OH dos silanóis livresSil-NH 2 2.934 39,40 Estiramento C-H do propilSil-Glut 2.944 39,40 Estiramento C-H propilSil-Quit-R 1.030 39,40 Estiramento CO (C 6 )1.150 39,40 Estiramento CO (C 3 e C 4 )1.315 39,40 Estiramento Amida(reação c/glutaral<strong>de</strong>ído)1.375 39,40 Estiramento Amida(reação c/glutaral<strong>de</strong>ído)1.560 39,40 Deformação do grupo NH 22.870 39,40 Estiramento C-H do Quitosana2.930 39,40 Estiramento C-H da ca<strong>de</strong>ia n-propilícaOs diferentes picos obtidos na análise <strong>de</strong> FTIR, para cada etapa <strong>de</strong>síntese do material, sugerem a presença dos grupos orgânicos provenientesdo silano, do glutaral<strong>de</strong>ído e da quitosana na superfície da sílica gel.66


aTransmitãncia u.abcda - sílicab - sílica - N H 2c - sílica -glutaral<strong>de</strong>ídod - sil-quit-R4000 3000 2000 1000ν / cm -1Figura 21. Espectro do infravermelho dos materiais.Os difratogramas <strong>de</strong> raios-X da quitosana pura e da Sil-Quit-R sãomostrados na figura 22. Para o difratograma da Sil-Quit-R, observa-se apresença <strong>de</strong> um pequeno pico com máximo em aproximadamente 2θ=12 0 ,<strong>de</strong>vido a presença da quitosana neste material, uma vez que esse pico nãofoi observado para os materiais antes da incorporação da quitosana. A67


presença <strong>de</strong> apenas um único pico <strong>de</strong>ve-se ao fato <strong>de</strong> que polímerosorgânicos, como a quitosana, são essencialmente amorfos, apresentandoapenas regiões parcialmente cristalinas [20]. Além disso, a silica gel, quetambém apresenta características essencialmente amorfas, encobre os picos<strong>de</strong> difração menores da quitosana.Intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Difração (u.a.)Q u ito s a n a p u raS il-Q u it-R0 ,0 0 2 0 ,0 0 4 0 ,0 0 6 0 ,0 0 8 0 ,0 02 θFigura 22. Difratogramas <strong>de</strong> raios-X da Sil-Qui-R e da quitosana pura.Destaca-se que as análises <strong>de</strong> difração <strong>de</strong> raios-x efetuadas nestetrabalho são <strong>de</strong> caráter meramente qualitativo, pois as curvas <strong>de</strong> difraçãoapresentadas na figura 22 apresentam valores diferentes relacionados àsintensida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> difração <strong>de</strong> raios-x <strong>de</strong> cada amostra analisada.As micrografias <strong>de</strong> MEV são mostradas nas figuras 23-25. De ummodo geral, nota-se a presença <strong>de</strong> partículas <strong>de</strong> dimensões não uniformes, oque é uma das características da sílica gel. Observa-se que a incorporaçãoda quitosana diminuiu a magnitu<strong>de</strong> dos espaços vazios entre as partículas,observados antes da incorporação da mesma. A micrografia da Sil-Quit-Rmostra que a presença da quitosana atuou no sentido <strong>de</strong> agregar aspartículas da sílica gel. Neste estudo foi utilizada a sílica-gel parapurificação e separação <strong>de</strong> extratos no Setor <strong>de</strong> Produtos Naturais é68


originalmente a Silicagel 60 (Merck) <strong>de</strong> granulometria entre 70 a 230 mesh(0,063 - 0,200 nm). A medida da superfície interna <strong>de</strong> materiais sólidospelo conhecido método Brunauer, Emmett e Teller (BET) é baseada na<strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> isotermas <strong>de</strong> adsorção <strong>de</strong> gás nitrogênio em baixastemperaturas e pressões. Estes autores observaram que o início do trecholinear das isotermas <strong>de</strong> adsorção correspon<strong>de</strong> à cobertura da superfície doadsorvente (sólido) com uma camada monomolecular do gás adsorvido ecalcularam a superfície BET a partir <strong>de</strong>stes pontos. A teoria <strong>de</strong> Barret,Joyner e Halenda (BJH) é utilizada para calcular diâmetro, volume edistribuição dos poros.Figura 23. Micrografia da Sil-Glut (x 20.000)Figura 24. Micrografia da Sil-Quit (x 20.000)69


Figura 25. Micrografia da Sil-Quit-R (x 20.000)A partir dos resultados das técnicas <strong>de</strong> caracterização dos materiais,evi<strong>de</strong>nciou-se que a sílica gel sofreu reações químicas para imobilizargrupos amina (Sil-NH 2 ) e al<strong>de</strong>ído (Sil-Glut) na sua superfície. Os gruposal<strong>de</strong>ído imobilizados possibilitaram a interação da sílica com a quitosana,possivelmente por meio da formação <strong>de</strong> ligações do tipo bases <strong>de</strong> Schiff(C=N). No entanto, esse tipo <strong>de</strong> ligação é <strong>de</strong> difícil i<strong>de</strong>ntificação, <strong>de</strong>vido apresença <strong>de</strong> outras bandas na mesma região dos espectros <strong>de</strong> FTIR, bemcomo por suas baixas quantida<strong>de</strong>s na superfície da sílica [21]. No entanto, apresença da quitosana sobre a superfície da sílica gel ficou bemevi<strong>de</strong>nciada.4.2-Estudos Cinéticos da Interação do Híbrido Sílica/Quitosana comCorante Azul De Remazol- ARDevido à gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> curvas cinéticas obtidas, osresultados dos estudos cinéticos <strong>de</strong> adsorção do corante são mostrados ediscutidos nesse item em relação aos experimentos cinéticos realizados namenor e na maior concentração inicial do corante em solução, ou seja, 23 e800 mg.L -1 . As curvas cinéticas <strong>de</strong> adsorção são mostradas nas figuras 26 e27.70


8,007,006,00Qt (mg.g -1 )5,004,003,002,001,0025 0 C a 23 mg.L -135 0 C a 23 mg.L -145 0 C a 23mg.L -155 0 C a 23 mg.L -10,00 100,00 200,00 300,00 400,00Tempo(min)Figura 26. Curvas <strong>de</strong> adsorção em relação às temperaturas na concentração<strong>de</strong> 23 mg.L -1 .160,00140,00120,00100,00Qt(mg.g -1 )80,0060,0040,0020,000,000,00 100,00 200,00 300,00 400,00Tempo (min)25 0 C a 800 mg.L -135 0 C a 800 mg.L -145 0 C a 800 mg.L -155 0 C a 800 mg.L -1Figura 27. Curvas <strong>de</strong> adsorção em relação às temperaturas na concentração<strong>de</strong> 800 mg.L -1 .71


Corantes Reativos contêm um grupo eletrofílico (reativo) capaz <strong>de</strong>formar ligações covalentes com grupos hidroxilas da celulose, gruposamino, hidroxila, tióis das fibras protéicas e com grupos amino daspoliamidas. De modo geral, nota-se um aumento progressivo dasquantida<strong>de</strong>s adsorvidas do corante em função do tempo <strong>de</strong> contato. Porém,esses aumentos não ocorreram <strong>de</strong> maneira crescente uniforme, observandosea presença <strong>de</strong> patamares nas curvas, em faixas <strong>de</strong> tempos <strong>de</strong> contatoespecíficos para cada isoterma cinética construída. Na figura 26, observa-seque <strong>de</strong>vido à pequena concentração do corante, os valores <strong>de</strong> adsorçãoforam pequenos, com o aumento da temperatura. Na figura 27, com oaumento da concentração, os valores <strong>de</strong> adsorção tiveram um aumentosignificativo, em função das diferentes temperaturas, principalmente a35ºC, o que sugere as maiores adsorções ocorrem nessa temperatura.Nos estudos cinéticos utilizaram-se, inicialmente, os mo<strong>de</strong>loscinéticos <strong>de</strong> adsorção clássicos <strong>de</strong> Lagergren [50]. Os parâmetros cinéticos<strong>de</strong>sses mo<strong>de</strong>los foram obtidos utilizando-se a metodologia linear, a partirdas suas curvas cinéticas linearizadas, em função das equações 03 e 05, quesão exemplos das curvas cinéticas linearizadas, bem como as confrontaçõesdos valores experimentais versus valores calculados para esses doismo<strong>de</strong>los cinéticos, como mostrado nas figuras 28 a 31.Na tabela 07 po<strong>de</strong> ser visto que os valores máximos <strong>de</strong> q t,Exp e q t,Cal ,para adsorção do corante na superfície do material híbrido Sil-Quit-Raumentaram gradativamente com o aumento da temperatura e daconcentração.72


Tabela 10. Parâmetros cinéticos dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> pseudo 1ª e pseudo 2ªor<strong>de</strong>m em relação à temperatura e à concentração inicial do corante.Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Pseudo Primeira Or<strong>de</strong>m (k 1 , min -1 )23mg.L -1100mg.L -1 200mg.L -1 400mg.L -1 600mg.L -1 800mg.L -1T (ºC) k 1 (10 -3 ) k 1 (10 -3 ) k 1 (10 -3 ) k 1 (10 -3 ) k 1 (10 -3 ) k 1 (10 -3 )25º 7,82 8,20 7,41 9,66 6,30 8,2235º 8,62 8,23 6,52 7,35 7,71 7,6545º 8,61 9,44 9,41 9,33 7,28 6,7855º 10,9 11,2 8,29 6,14 8,30 7,62Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Pseudo Segunda Or<strong>de</strong>m (k 2 , L.mg -1 .min -1 )23mg.L -1 100mg.L -1 200mg.L -1 400mg.L -1 600mg.L -1 800mg.L -1TºC k 2 (10 -3 ) k 2 (10 -4 ) k 2 (10 -4 ) k 2 (10 -4 ) k 2 (10 -5 ) k 2 (10 -5 )25º 3,68 7,47 1,76 2,33 1,04 0,30635º 3,26 3,00 0,661 0,6,52 1,04 8,4145º 1,75 0,285 0,116 1,24 5,70 2,2855º 1,65 1,51 3,18 0,066 3,65 0,496q e max Experimental (mg.g -1 )23mg.L -1 100mg.L -1 200mg.L -1 400mg.L -1 600mg.L -1 800mg.L -125º 7,3 16,1 38,0 72,4 42,9 83,535º 6,4 28,8 26,2 80,4 59,3 144,645º 6,7 23, 9 42,1 82,7 104,7 78,355º 6,98 23,8 40,8 70,5 125,0 125,00q e max Calculado 1ª e 2ª Or<strong>de</strong>m (mg.g -1 )23mgL -1 100mg.L -1 200mg.L -1 400mg.L -1 600mg.L -1 800mg.L -1Or<strong>de</strong>m 1ª 2ª 1ª 2ª 1ª 2ª 1ª 2ª 1ª 2ª 1ª 2ª25º 5,5 6,6 15,0 14,9 41,1 32,3 62,6 69,7 41,0 54,7 102,5 87,735º 5,3 5,9 29,9 25,9 30,1 21,3 90,6 66,8 74,4 54,8 133,7 130,545º 6,5 6,3 26,9 26,5 53,7 46,5 81,9 79,9 113,4 89,9 86,8 67,355º 7,4 6,8 29,9 24,3 36,9 38,3 79,4 61,1 144,3 114,5 153,8 112,5Para os mo<strong>de</strong>los cinéticos <strong>de</strong> pseudo primeira or<strong>de</strong>m e pseudosegunda or<strong>de</strong>m, nota-se que os valores <strong>de</strong> ∆q t (Exp e Cal), variaram. Noentanto, os valores encontrados <strong>de</strong> adsorção <strong>de</strong> q tCal <strong>de</strong> pseudo primeiraor<strong>de</strong>m, encontram-se aproximados com os valores <strong>de</strong> q tExppara todas asconcentrações e temperaturas. Em muitos casos, o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> pseudoprimeiraor<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Lagergren possui bons ajustes somente acima dos73


primeiros 20 ou 30 minutos <strong>de</strong> vários processos <strong>de</strong> adsorção em interfacessólido/líquido [33, 52].2,00lnQeQt Para o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Primeira Or<strong>de</strong>m a 23 mg.L -1Linear Fit of Data1_lnQeQt a 35 0 C1,00ln(Qe-Qt)0,00-1,00-2,00-3,00Y=A+BXA= 1,70802B=-0,00862R 2 =-0,90212ln(Qe-Qt)= 1,70802-0,00862.t0,00 100,00 200,00 300,00 400,00Tempo (min)Figura 28. Curva linearizada do mo<strong>de</strong>lo cinético <strong>de</strong> pseudo primeiraor<strong>de</strong>m, para concentração inicial do corante <strong>de</strong> 23 mg.L -1 a 35 ºC.60,00TQt Para o Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Segunda Or<strong>de</strong>m 35 0 C a 23 mg.L -1Linear Fit of Data1_TQt50,0040,00T/Qt30,0020,0010,000,00Y=A+BXA=6,95962B=0,15072R 2 =0,98241ln(Qe-Qt)=6,95962+0,15072.t0,00 100,00 200,00 300,00 400,00Tempo (min)Figura 29. Curva linearizada do mo<strong>de</strong>lo cinético <strong>de</strong> pseudo segundaor<strong>de</strong>m, para concentração inicial do corante <strong>de</strong> 23 mg.L -1 a 35 ºC.74


5,004,50lnQeQt Para o Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Primeira Or<strong>de</strong>mLinear Fit of Data1_lnQeQt 35 0 C a 800 mg.L -14,00ln(Qe-Qt)3,503,002,502,001,501,00Y= A+ BXA=4,94727B=-0,00765R 2 =-0,92694ln(Qe-Qt)=4,94727-0,00765.t0,00 100,00 200,00 300,00 400,00Tempo (min)Figura 30. Curva linearizada do mo<strong>de</strong>lo cinético <strong>de</strong> pseudo primeiraor<strong>de</strong>m, para concentração inicial do corante <strong>de</strong> 800 mg.L -1 a 35 ºC.3,00TQt Para o Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> segunda Or<strong>de</strong>mLinear Fit of Data1_TQt 35 0 C a 800 mg.L -12,502,00T/Qt1,501,000,500,00Y=A+BXA=0,48842B=0,00641R 2 =0,96174ln(Qe-Qt)=0,48842+0,00641.t0,00 100,00 200,00 300,00 400,00Tempo(min)Figura 31. Curva linearizada do mo<strong>de</strong>lo cinético <strong>de</strong> pseudo segundaor<strong>de</strong>m, para concentração inicial do corante <strong>de</strong> 800 mg.L -1 a 35 ºC.Os parâmetros cinéticos calculados dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> 1ª e 2ª or<strong>de</strong>m sãomostrados na Tabela 07. As valida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sses mo<strong>de</strong>los foram avaliadas75


calculando-se as quantida<strong>de</strong>s adsorvidas (quantida<strong>de</strong>s teóricas),substituindo-se os valores das constantes k 1 e q e na equação 02 e k 2 e q e naequação 05, para cada tempo <strong>de</strong> contato das curvas cinéticas.7,006,005,00Qt(mg.g -1 )4,003,002,001,00QtExp a 35ºC a [23 mg.L -1 ]QtCal1 (1ª Or<strong>de</strong>m) a 35ºC a [23 mg.L -1 ]QtCa2 (2ª Or<strong>de</strong>m) a 35ºC a [23 mg.L -1 ]0,000,00 100,00 200,00 300,00 400,00Tempo(min)Figura 32. Confrontação dos mo<strong>de</strong>los cinéticos <strong>de</strong> 1ª e 2ª or<strong>de</strong>m, naconcentração inicial do corante <strong>de</strong> 23 mg/L a 35 ºC.160,00140,00120,00100,00Qt(mg.g -1 )80,0060,0040,0020,000,00QtExp a 35ºC a [800 mg.L -1 ]QtCal1 (1ª Or<strong>de</strong>m) a 35ºC a [800 mg.L -1 ]QtCal2 (2ª Or<strong>de</strong>m) a 35ºC a [800 mg.L -1 ]0,00 100,00 200,00 300,00 400,00Tempo(min)Figura 33. Confrontação dos mo<strong>de</strong>los cinéticos <strong>de</strong> 1ª e 2ª or<strong>de</strong>m, naconcentração inicial do corante 800 mg/L a 35 ºC.A análise das figuras 32 e 33 mostra claramente que os valoresexperimentais não se ajustam, na gran<strong>de</strong> maioria dos casos, aos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong>76


pseudo-primeira e pseudo-segunda or<strong>de</strong>m. Isso se <strong>de</strong>ve ao carátercomplexo das curvas <strong>de</strong> adsorção, dado pela presença dos vários patamares<strong>de</strong> adsorção, em função do tempo <strong>de</strong> contato. Provavelmente, as constantescinéticas mudam seus valores numéricos em função do tempo <strong>de</strong> contato.No entanto, esses dois mo<strong>de</strong>los cinéticos discutidos não apresentampotencialida<strong>de</strong>s e sensibilida<strong>de</strong> para esse tipo <strong>de</strong> situação.Para se tentar calcular contornar o problema relativo às dificulda<strong>de</strong>s<strong>de</strong> cálculos <strong>de</strong> parâmetros cinéticos diferenciados em função do tempo <strong>de</strong>contato, como citado no parágrafo anterior, utilizou-se também o mo<strong>de</strong>locinético <strong>de</strong> Avrami, <strong>de</strong>scrito na equação 06. Esse mo<strong>de</strong>lo tem a vantagem<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r calcular vários conjuntos <strong>de</strong> constantes cinéticas, em faixas <strong>de</strong>tempos <strong>de</strong> contato diferentes. Depen<strong>de</strong>ndo da curva cinética linearizadaobtida, até 6 etapas cinéticas distintas foram encontradas. Os valores dosparâmetros cinéticos do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Avrami são mostrados nas Tabelas 08 e09. As confrontações das quantida<strong>de</strong>s adsorvidas experimentais ecalculadas por esse mo<strong>de</strong>lo são mostradas nas figuras 34 e 35.Notam-se melhores ajustes dos valores experimentais ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>Avrami, em relação aos dois primeiros mo<strong>de</strong>los cinéticos <strong>de</strong>scritos nesteítem. Esses bons ajustes somente pu<strong>de</strong>ram ser encontrados quando váriasetapas cinéticas distintas foram levadas em consi<strong>de</strong>ração.Tabela 11. Constante Cinética <strong>de</strong> Avrami em diversas concentrações Azul<strong>de</strong> Remazol/Sil-Quit-R.T k Avrami 1 k Avrami 2 k Avrami 3 k Avrami 4 k Avrami 5 k Avrami 6ºC23 min -1 (10 -3 ) min -1 (10 -3 ) min -1 (10 -3 ) min -1 (10 -3 ) min -1 (10 -3 ) min -1 (10 -3 )[mg.L -1 ] 5-10 10-40 40-60 60-150 150-270 270-39025º 6,73 0,45 1,52 9,10 7,29 4,11Reta 5-10 10-20 20-60 60-180 180-330 330-39035º 3,31 0,70 1,40 10,2 6,12 3,50Reta 5-40 40-150 150-330 330-390 - -45º 0,013 6,37 0,704 3,41 - -Reta 5-40 40-60 60-210 210-390 - -55º 0,40 13,10 1,00 5,98 - -77


T ºC k Avrami 1 k Avrami 2 k Avrami 3 k Avrami 4 k Avrami 5 k Avrami 6100 min -1 (10 -3 ) min -1 (10 -3 ) min -1 (10 -3 ) min -1 (10 -3 ) min -1 (10 -3 ) min -1 (10 -3 )[mg.L -1 ] 5-20 20-60 60-90 90-270 270-390 -25º 1,40 3,79 10,8 9,90 4,24 -Reta 5-10 10-60 60-150 150-270 270-390 -35º 0,39 0,21 5,86 6,36 4,10 -Reta 5-10 10-15 15-40 40-180 180-210 210-39045º 3,05 1,87 16,0 6,32 5,78 1,04Reta 5-15 15-20 20-90 90-390 - -55° 0,55 31,2 0,20 6,71 - -T ºC k Avrami 1 k Avrami 2 k Avrami 3 k Avrami 4 k Avrami 5 k Avrami 6200 min -1 (10 -3 ) min -1 (10 -3 ) min -1 (10 -3 ) min -1 (10 -3 ) min -1 (10 -3 ) min -1 (10 -3 )[mg.L -1 ] 5-10 10-180 180-390 - - -25º 22,8 1,60 4,38 - - -Reta 5-10 10-180 180-390 - - -35º 23,8 1,01 3,98 - - -Reta 5-20 20-180 180-390 - - -45º 12,9 4,09 5,28 - - -Reta 5-10 10-15 15-30 30-60 60-210 210-39055° 1,31 25,3 1,87 12,3 8,58 5,48T ºC k Avrami 1 k Avrami 2 k Avrami 3 k Avrami 4 k Avrami 5 k Avrami 6400 min -1 (10 -3 ) min -1 (10 - min -1 (10 -3 ) min -1 (10 -3 ) min -1 (10 - min -1 (10 -3 )3 )[mg.L -1 ] 5-10 10-20 20-60 60-210 210-390 -25º 1,98 41,6 3,31 10,0 6,23 -Reta 5-60 60-180 180-300 300-390 - -35º 0,84 2,19 4,17 3,58 - -Reta 5-300 300-390 - - - -45º 9,21 4,52 - - - -Reta 5-10 10-60 60-240 240-390 - -55° 22,3 0,30 3,41 3,77 - -T ºC k Avrami 1 k Avrami 2 k Avrami 3 k Avrami 4 k Avrami 5 k Avrami 6600 min -1 (10 -3 ) min -1 (10 - min -1 (10 -3 ) min -1 (10 -3 ) min -1 (10 - min -1 (10 -3 )3 )[mg.L -1 ] 5-20 20-60 60-120 120-240 240-390 -25º 16,2 4,24 0,58 3,85 4,08 -Reta 5-10 10-120 120-390 - - -35º 9,08 0,77 4,58 - - -Reta 5-20 20-210 210-300 300-390 - -45º 0,27 3,75 4,24 3,61 - -Reta 5-20 20-90 90-180 180-390 - -55° 0,14 6,33 2,51 4,74 - -T ºC k Avrami 1 k Avrami 2 k Avrami 3 k Avrami 4 k Avrami 5 k Avrami 6800 min -1 (10 -3 ) min -1 (10 - min -1 (10 -3 ) min -1 (10 -3 ) min -1 (10 - min -1 (10 -3 )3 )[mg.L -1 ] 5-210 210-390 - - - -25º 4,60 4,62 - - - -Reta 5-10 10-15 15-60 60-240 240-390 -35º 0,053 31,1 2,21 5,55 4,54 -Reta 5-10 10-15 15-20 20-180 180-390 -45º 50,8 0,077 26,8 0,78 4,11 -Reta 5-20 20-90 90-300 300-390 - -55° 5,21 0,070 4,25 3,63 - -q e max Experimental (mg.g -1 )23mg.L -1 100mg.L -1 200mg.L -1 400mg.L -1 600mg.L -1 800mg.L -125º 7,3 16,1 38,0 72,4 42,9 83,535º 6,4 28,8 26,2 80,4 59,3 144,63 )3 )3 )78


45º 6,7 23, 9 42,1 82,7 104,7 78,355º 6,98 23,8 40,8 70,5 125,0 125,00q e max Calculado Avrami (mg.g -1 )23mgL -1 100mg.L -1 200mg.L -1 400mg.L -1 600mg.L -1 800mg.L -125º 7,29 15,99 37,38 71,89 41,95 82,3035º 6,40 28,58 25,57 80,25 57.87 143,3245º 6,71 23,83 41,67 78,45 104,51 76,7455º 6,95 23,73 40,11 68,88 123,17 124,45Tabela 12. Valores do parâmetro n do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Avrami em diversasconcentrações corante Azul <strong>de</strong> Remazol/Sil-Quit-R.T ºC n Avrami 1 n Avrami 2 n Avrami 3 n Avrami 4 n Avrami 5 n Avrami 623[mg.L -1 ] 5-10 10-40 40-60 60-150 150-270 270-39025º 1,350 0,097 0,79296 0,131 0,678 3,786Reta 5-10 10-20 20-60 60-180 180-330 330-39035º 0,772 0,181 0,625 0,291 1,473 6,930Reta 5-40 40-150 150-330 330-390 - -45º 0,182 0,679 1,061 7,617 - -Reta 5-40 40-60 60-210 210-390 - -55º 0,465 1,529 0,638 1,992 - -T ºC n Avrami 1 n Avrami 2 n Avrami 3 n Avrami 4 n Avrami 5 n Avrami 6100[mg.L -1 ] 5-20 20-60 60-90 90-270 270-390 -25º 0,835 0,418 1,349 0,457 3,334 -Reta 5-10 10-60 60-150 150-270 270-390 -35º 1,372 0,214 0,953 0,411 3,726 -Reta 5-10 10-15 15-40 40-180 180-210 210-39045º 2,422 0,057 2,056 0,642 3,302 0,791Reta 5-15 15-20 20-90 90-390 - -55° 0,858 2,752 0,232 1,673 - -T ºC n Avrami 1 n Avrami 2 n Avrami 3 n Avrami 4 n Avrami 5 n Avrami 6200[mg.L -1 ] 5-10 10-180 180-390 - - -25º 1,095 0,399 2,648 - - -Reta 5-10 10-180 180-390 - - -35º 1,742 0,524 2,980 - - -Reta 5-20 20-180 180-390 - - -45º 1,603 0,767 2,075 - - -Reta 5-10 10-15 15-30 30-60 60-210 210-39055° 0,392 1,238 0,336 0,946 0,487 1,871T ºC n Avrami 1 n Avrami 2 n Avrami 3 n Avrami 4 n Avrami 5 n Avrami 6400[mg.L -1 ] 5-10 10-20 20-60 60-210 210-390 -25º 0,456 1,957 0,168 0,526 1,807 -Reta 5-60 60-180 180-300 300-390 - -35º 0,378 0,587 1,885 5,675 - -Reta 5-300 300-390 - - - -45º 0,759 2,987 - - - -Reta 5-10 10-60 60-240 240-390 - -55° 1,879 0,469 1,233 3,450 - -79


T ºC n Avrami 1 n Avrami 2 n Avrami 3 n Avrami 4 n Avrami 5 n Avrami 6600[mg.L -1 ] 5-20 20-60 60-120 120-240 240-390 -25º 1,274 0,535 0,224 0,789 2,904 -Reta 5-10 10-120 120-390 - - -35º 1,127 0,551 2,272 - - -Reta 5-20 20-210 210-300 300-390 - -45º 0,332 0,649 1,533 5,455 - -Reta 5-20 20-90 90-180 180-390 - -55° 0,328 0,926 0,352 2,346 - -T ºC n Avrami 1 n Avrami 2 n Avrami 3 n Avrami 4 n Avrami 5 n Avrami 6800[mg.L -1 ] 5-210 210-390 - - - -25º 1,035 2,455 - - - -Reta 5-10 10-15 15-60 60-240 240-390 -35º 0,215 1,388 0,310 0,542 2,680 -Reta 5-10 10-15 15-20 20-180 180-390 -45º 3,335 0,315 2,340 0,365 2,886 -Reta 5-20 20-90 90-300 300-390 - -55° 1,002 0,320 1,747 4,865 - -7,00QtExp a 35 0 C a [23 mg.L -1 ]QtAvrami a 35 0 C a [23 mg.L -1 ]6,00Qt(mg.g -1 )5,004,003,002,001,000,00 100,00 200,00 300,00 400,00Tempo(min)Figura 34. Confrontação do mo<strong>de</strong>lo cinético <strong>de</strong> Avrami, na concentraçãoinicial do corante 23 mg/L a 35 ºC.80


160,00140,00QtAvrami a 35ºCa [800 mg.L -1 ]Qtmédio a 35ºC a [800 mg.L -1 ]Qt(mg.g -1 )120,00100,0080,0060,0040,0020,000,00 100,00 200,00 300,00 400,00Tempo(min)Figura 35. Confrontação do mo<strong>de</strong>lo cinético <strong>de</strong> Avrami, na concentraçãoinicial do corante 800 mg/L a 35 ºC.Um fator bastante relevante que diferencia o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Avrami dos<strong>de</strong>mais mo<strong>de</strong>los é o parâmetro n que po<strong>de</strong> ser analisado, inicialmente,como sendo um ajuste matemático que i<strong>de</strong>ntifica a or<strong>de</strong>m fracionária dareação, não ficando restrita somente a uma or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> valor inteiro. Osvalores das constantes cinéticas <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Avrami(k Avrami i) apresentaram boas compatibilida<strong>de</strong>s numéricas com outros jáobservados em trabalhos <strong>de</strong> adsorção em interfaces sólido/solução,<strong>de</strong>scritos na literatura [66]. O comportamento dos valores tabelados <strong>de</strong> q tCal nas diversas concentrações e temperaturas sugere é possível avaliar ocomportamento das k avrami i em função da temperatura.Os relativos bons ajustes dos dados experimentais cinéticos aomo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Avrami sugerem fortemente que as or<strong>de</strong>ns cinéticas dosprocessos <strong>de</strong> adsorção apresentam <strong>de</strong> um modo geral, valores fracionários,como po<strong>de</strong> ser notado na tabela 09. Esses valores diferentes do parâmetro81


<strong>de</strong> Avrami “n i ” dizem respeito também a múltiplos mecanismos <strong>de</strong>interação possíveis entre o corante e os sítios <strong>de</strong> adsorção, presentes nasuperfície e no interior do adsorvente. No entanto, os valores <strong>de</strong> “k Avrami i” e“n i ” mostram gran<strong>de</strong>s oscilações <strong>de</strong> seus valores numéricos, nãoapresentando, aparentemente, correlações i<strong>de</strong>ntificáveis entre si, em funçãodo tempo <strong>de</strong> contato e da temperatura. Assim, os patamares i<strong>de</strong>ntificadospara os processos cinéticos obtidos pelo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Avrami parecemapresentar in<strong>de</strong>pendência entre si, em relação aos valores numéricosencontrados das constantes cinéticas.De modo geral, nota-se que os valores numéricos dos parâmetros“n i ”, das últimas etapas cinéticas, são maiores que os anteriores. Esseparâmetro é <strong>de</strong>terminado pelas inclinações das curvas linearizadas domo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Avrami, as quais se relacionam diretamente com as quantida<strong>de</strong>sadsorvidas. Assim, quando as quantida<strong>de</strong>s adsorvidas aumentamconsi<strong>de</strong>ravelmente, os respectivos valores <strong>de</strong> “n i ”, para uma dada faixacinética <strong>de</strong> adsorção analisada, também seguem essa mesma tendência.Portanto, os altos valores <strong>de</strong> “n i ” das últimas etapas cinéticas (n Avrami 5 oun Avrami 6), os quais apresentam valores numéricos relativamente altos,parecem se relacionar mais diretamente com modificações dascaracterísticas físicas do adsorvente. Essas modificações po<strong>de</strong>m serprovocadas, provavelmente, pela extensa difusão das moléculas do corante,da água e pelos componentes do tampão utilizado para o interior daestrutura interna da quitosana, provocando inchamentos e rupturas <strong>de</strong> partedas ca<strong>de</strong>ias poliméricas da quitosana. Esse fenômeno já foi i<strong>de</strong>ntificado emtrabalhos <strong>de</strong> adsorção conduzidos em nosso laboratório, utilizando-se aquitosana como adsorvente [67].82


Tabela 10: Constantes Cinéticas do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> difusão intrapartícula, paraas adsorções do corante Azul <strong>de</strong> Remazol em Sil-Quit-R, em relação àtemperatura e à concentração inicial do corante.T ºC k Dif 2 k Dif 3 k Dif 4 k Dif 5 k Dif 623 mg.g -1 min -1/2 mg.g -1 min -1/2 mg.g -1 min -1/2 mg.g -1 min -1/2 mg.g -1 min -1/2[mg.L -1 ] 10-40 40-60 60-150 150-270 270-39025º 0,10 0,59 0,07 0,25 0,46Reta 10-20 20-60 60-240 240-270 270-39035º 0,17 0,45 0,16 0,94 0,19Reta 40-360 360-390 - - -45º 0,35 0,08 - - -Reta 40-90 90-210 210-240 240-390 -55º 0,68 0,23 0,75 0,19 -T ºC k Dif 2 k Dif 3 k Dif 4 k Dif 5 k Dif 6100 mg.g -1 min -1/2 mg.g -1 min -1/2 mg.g -1 min -1/2 mg.g -1 min -1/2 mg.g -1 min -1/2[mg.L -1 ] 20-60 60-90 90-270 270-330 330-39025º 0,65 1,76 0,42 1,59 0,38Reta 10-90 90-180 180-270 270-300 300-39035º 0,65 2,09 0,40 7,24 0,75Reta 90-180 180-240 240-270 270-390 -45º 0,95 2,30 0,02 0,91 -Reta 15-20 20-90 90-210 210-390 -55° 4,87 0,39 2,41 0,72 -T ºC k Dif 2 k Dif 3 k Dif 4 k Dif 5 k Dif 6200 mg.g -1 min -1/2 mg.g -1 min -1/2 mg.g -1 min -1/2 mg.g -1 min -1/2 mg.g -1 min -1/2[mg.L -1 ] 40-180 180-390 - - -25º 0,85 3,48 - - -Reta 40-180 180-390 - - -35º 0,59 2,89 - - -Reta 90-180 180-210 210-390 - -45º 2,59 7,73 2,01 - -Reta 60-210 210-390 - - -55° 1,33 1,98 - - -T ºC k Dif 2 k Dif 3 k Dif 4 k Dif 5 k Dif 6400 mg.g -1 min -1/2 mg.g -1 min -1/2 mg.g -1 min -1/2 mg.g -1 min -1/2 mg.g -1 min -1/2[mg.L -1 ] 20-60 20-210 210-270 270-390 -25º 1,37 2,53 5,86 1,30 -Reta 90-180 180-390 - - -35º 1,60 7,52 - - -Reta 90-390 - - - -45º 3,44 - - - -Reta 120-240 240-390 - - -55° 3,86 8,02 - - -T ºC k Dif 2 k Dif 3 k Dif 4 k Dif 5 k Dif 6600 mg.g -1 min -1/2 mg.g -1 min -1/2 mg.g -1 min -1/2 mg.g -1 min -1/2 mg.g -1 min -1/2[mg.L -1 ] 60-120 120-240 240-390 - -25º 0,64 1,81 3,89 - -Reta 120-180 180-390 - - -35º 6,64 4,99 - - -Reta 20-120 120-210 210-300 300-330 330-39045º 4,70 2,91 7,32 21,63 3,86Reta 20-90 90-180 180-390 - -55° 7,77 2,65 9,55 - -83


T ºC k Dif 2 k Dif 3 k Dif 4 k Dif 5 k Dif 6800 mg.g -1 min -1/2 mg.g -1 min -1/2 mg.g -1 min -1/2 mg.g -1 min -1/2 mg.g -1 min -1/2[mg.L -1 ] 60-390 - - - -25º 5,81 - - - -Reta 60-240 240-270 270-390 - -35º 4,86 28,06 5,97 - -Reta 20-180 180-240 240-330 330-390 -45º 1,72 4,97 11,32 3,29 -Reta 90-390 - - - -55° 10,56 - - - -Temp.ºC23 (mg.L -1 ) 100 (mg.L -1 ) 200 (mg.L -1 ) 400 (mg.L -1 ) 600 (mg.L -1 ) 800(mg.L -1 )I Dif 1 I Dif 1 I Dif 1 I Dif 1 I Dif 1 I Dif 125º -2,700 3,33 0,55 -21,85 -4,15 -5,3135º -0,53 -6,75 -1,18 5,30 -0,57 9,9745º 1,26 -4,85 -4,21 -5,25 4,90 -13,3855º 0,64 -1,22 -1,52 -2,26 4,91 -0,657,00QtExp a 35 0 CQtCal Difusão Intrapartícula a 35 0 C [23mg.L -1 ]6,00Qt(mg.g -1 )5,004,003,002,001,000,00 100,00 200,00 300,00 400,00Tempo 1/2 (min -1 )Figura 36. Confrontação do mo<strong>de</strong>lo cinético <strong>de</strong> difusão intrapartícula, naconcentração inicial do corante 23 mg/L a 35 ºC.84


160,00140,00QtExp a 35 0 CQtCal Difusão intrapartícula a 35 0 C [800mg.g -1 ]Qt(mg.g -1 )120,00100,0080,0060,0040,0020,000,00 100,00 200,00 300,00 400,00Tempo 1/2 (min -1 )Figura 37. Confrontação do mo<strong>de</strong>lo cinético <strong>de</strong> difusão intrapartícula, naconcentração inicial do corante 800 mg/L a 35 ºC.O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> difusão intrapartícula po<strong>de</strong> fornecer algumasinformações sobre os mecanismos <strong>de</strong> interação do corante com o materialadsorvente. Os gráficos <strong>de</strong>ste mo<strong>de</strong>lo são construídos fazendo-se Qt versust 1/2 . De um modo geral, observam-se três porções lineares nesses gráficos.A primeira etapa do processo cinético <strong>de</strong> difusão intrapartícula, a qual érelacionada com a difusão externa do corante da solução para a superfíciedo material adsorvente [67,69, 71- 74]. A segunda etapa cinética serelaciona ao estágio <strong>de</strong> adsorção gradual on<strong>de</strong> a difusão ocorre <strong>de</strong>ntro dapartícula e é a etapa limitante do processo <strong>de</strong> adsorção. Nestas etapasocorrem propriamente os processos <strong>de</strong> difusão intrapartícula, pois oadsorbato penetra nos poros do material <strong>de</strong> tal maneira que causa, após<strong>de</strong>terminado tempo, a saturação dos sítios <strong>de</strong> adsorção do adsorvente,diminuindo assim, a cinética <strong>de</strong> adsorção. A terceira etapa é o estágio <strong>de</strong>equilíbrio final, on<strong>de</strong> a difusão <strong>de</strong>ntro da partícula começa a diminuir, pois85


a concentração do adsorbato em solução diminui consi<strong>de</strong>ravelmente[68,69,71-74].A valida<strong>de</strong> do mo<strong>de</strong>lo intrapartícula po<strong>de</strong> ser checada pelacomparação entre os valores experimentais e calculados. Nas figuras 36 e37 observam-se relativos bons ajustes do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> difusão intrapartículaaos valores experimentais. Foram encontrados vários valores para asconstantes <strong>de</strong> difusão intrapartícula, k Dif , em função do tempo <strong>de</strong> contato.De modo geral, essas constantes aumentam com a concentração inicial docorante, nos primeiros tempos <strong>de</strong> adsorção, sugerindo que a adsorçãoocorre inicialmente na superfície do material híbrido. Após os temposiniciais <strong>de</strong> contato do corante, em torno <strong>de</strong> 50 a 100 minutos, percebe-seque os valores <strong>de</strong> k Dif começam a diminuir sugerindo que, nessas etapas, ocorante já se encontra quase todo presente no interior do materialadsorvente. Os valores <strong>de</strong> I Dif 2 foram todos pequenos ou mesmo negativos,sugerindo que a difusão é o principal mecanismo <strong>de</strong> interação do corantecom o material.4.3-Mo<strong>de</strong>lagem <strong>de</strong> Adsorção no EquilíbrioUma isoterma <strong>de</strong> equilíbrio é a informação mais importante para semo<strong>de</strong>lar processos isotérmicos <strong>de</strong> separação [75] e <strong>de</strong>screvequantitativamente a distribuição <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> um soluto entre as duasfases envolvidas no processo em uma larga faixa <strong>de</strong> concentração [76-77].Diversos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> equilíbrio têm sido <strong>de</strong>senvolvidos para calcularparâmetros das interações adsorbato/adsorvente. Nesse trabalho, asmo<strong>de</strong>lagens serão apresentadas em relação ao número <strong>de</strong> parâmetroscalculáveis dos mo<strong>de</strong>los utilizados. Na figura 38, são mostrados os gráficos<strong>de</strong> equilíbrio para as temperaturas <strong>de</strong> 25, 35, 45 e 55 ºC [78-79].86


908070Qt a 25ºCExpDec1 fit of Data1_qt120100Qt a 35ºCExpDec1 fit of Data1_qtQe(mg.g -1 )6050403020Data: Data1_qtMo<strong>de</strong>l: ExpDec1Equation: y = A1*exp(-x/t1) + y0Weighting:y InstrumentalChi^2/DoF = 0.43556R^2 = 0.9983y0 83.23162 ±4.53973A1 -78.85062 ±4.32183t1 223.3954 ±33.90126Qe(mg.g -1 )80604020Data: Data1_qtMo<strong>de</strong>l: ExpDec1Equation: y = A1*exp(-x/t1) + y0Weighting:y InstrumentalChi^2/DoF = 18.75403R^2 = 0.99169y0 113.40163 ±3.21607A1 -111.79438 ±3.07562t1 201.25871 ±9.3001210000 100 200 300 400 500 600 700Ceq(mg.L -1 )0 100 200 300 400 500Ceq(mg.L -1 )Gráfico Equilíbrio a 25 ºCGráfico Equilíbrio a 35 ºC140120Qt a 45ºCExpDec1 fit of Data1_qt160140Qt a 55ºCExpDec1 fit of Data1_médiaQe(mg.g -1 )10080604020Data: Data1_qtMo<strong>de</strong>l: ExpDec1Equation: y = A1*exp(-x/t1) + y0Weighting:y InstrumentalChi^2/DoF = 9.98194R^2 = 0.99232y0 126.52574 ±2.15818A1 -132.52261 ±1.95097t1 95.34891 ±6.30574Qe(mg.g -1 )12010080604020Data: Data1_médiaMo<strong>de</strong>l: ExpDec1Equation: y = A1*exp(-x/t1) + y0Weighting:y InstrumentalChi^2/DoF = 5.6343R^2 = 0.99524y0 136.17348 ±2.42749A1 -153.82721 ±2.0254t1 52.21682 ±3.4993300 100 200 300 400 500 600Ceq(mg.L -1 )00 50 100 150 200 250 300 350 400Ceq(mg.L -1 )Gráfico Equilíbrio a 55 ºCGráfico Equilíbrio a 45 ºCFigura 38. Valores <strong>de</strong> equilíbrio do corante A.R nas temperaturas <strong>de</strong> 25,35, 45 e 55 ºC.4.3.1- Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Isotermas com Dois Parâmetros.As confrontações dos valores experimentais <strong>de</strong> adsorção (q emax Exp)com os valores calculados obtidos pelos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Langmuir e Freundlich(q emax Calc) são mostradas nas figuras 39 e 40 e são exemplos dos ajustesdos dados experimentais aos mo<strong>de</strong>los calculados. Os valores dosparâmetros calculados <strong>de</strong>sses mo<strong>de</strong>los são mostrados na Tabela 11. Nomo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> adsorção <strong>de</strong> Freündlich percebe-se um melhor ajuste do mo<strong>de</strong>localculado aos valores experimentais. Apesar <strong>de</strong> os valores dos coeficienteslineares terem sido relativamente bons, os valores experimentais seajustaram razoavelmente bem apenas nos primeiros pontos <strong>de</strong> cada curva87


<strong>de</strong> adsorção para esses mo<strong>de</strong>los. Fica bem evi<strong>de</strong>nciado que outros mo<strong>de</strong>los<strong>de</strong> adsorção no equilíbrio, além dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Langmuir e Freündlich,<strong>de</strong>vem ser utilizados para <strong>de</strong>screver os processos <strong>de</strong> interação do coranteazul <strong>de</strong> remazol com o híbrido Sil-Quit-R <strong>de</strong> maneira mais satisfatória.Tabela 14: Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Langmuir e Freundlich.LangmuirT ºCq emax Exp(mg.g -1 )q emax Cal(mg.g -1 )q e(mg.g -1 )K L(L.mg -1 )10 325º C 78,51 56,87 21,64 4,1535º C 104,18 66,84 37,34 3,6445º C 126,87 103,10 23,77 8,2455º C 140,46 107,23 33,23 8,38FreundlichT ºCq emax Exp(mg.g -1 )q emax Cal(mg.g -1 )q e(mg.g -1 )n K F(mg 1-1/n .L 1/n .g -1 )10 325º C 78,51 88,64 10,13 1,79 2,4235º C 104,18 121,65 17,47 1,48 1,8545º C 126,87 172,78 45,91 1,45 2,4855º C 140,46 214,99 74,53 1,33 2,50120110100Qe calculado-Langmuir a 35 0 CQe Experimental a 35 0 C9080Qe(mg.g -1 )7060504030201000 100 200 300 400 500Ceq(mg.L -1 )Figura 39. Valores para o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Langmuir a 35 ºC.88


140,00120,00Qe Calculado Freündlich a 35 0 CQe Experimental a 35 0 C100,00Qe (mg.g -1 )80,0060,0040,0020,000,000,00 100,00 200,00 300,00 400,00 500,00C eq (mg.L -1 )Figura 40. Valores para o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Freundlich a 35 ºC.4.3.2- Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Isotermas com Três Parâmetros.As confrontações dos valores experimentais <strong>de</strong> adsorção (q emax Exp)com os valores calculados (q emax Calc) obtidos pelos mo<strong>de</strong>los Langmuir-Freündlich, Redlich-Peterson I e II, Sips, Fritz-Schlun<strong>de</strong>r I, Radke-Prausnitz I, II e III e <strong>de</strong> Tóth, são mostradas nas Figuras 42 a 49 (AnexoIV). Os valores dos parâmetros calculados são apresentados na Tabela 12.De modo geral, obtiveram-se melhores ajustes aos valores experimentaisaos valores calculados, em relação aos mo<strong>de</strong>los com dois parâmetrosajustáveis. Esses mo<strong>de</strong>los combinam elementos dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Langmuire Freündlich, levando-se em consi<strong>de</strong>ração que os processos <strong>de</strong> adsorçõesque ocorrem nas interfaces sólido/solução ocorrem em sítios heterogêneos,po<strong>de</strong>ndo ser em mono ou policamadas. Pelos valores obtidos <strong>de</strong> ∆q eobservados na tabela 12, nota-se que os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Redlich- Peterson I e89


Sips apresentaram uma pequena diferença entre os valores <strong>de</strong> q emax Cal eq emax Exp indicando assim, relativos bons ajustes matemáticos para essesmo<strong>de</strong>los. Para os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Radke-Prausnitz I, II e III, os valores <strong>de</strong> ∆q eapresentaram valores discrepantes para os experimentos realizados a 25 ºC.Para os outros experimentos realizados, os valores <strong>de</strong> q emax Cal e q emax Expapresentaram bons ajustes, conforme a utilização da equação 40;Tabela 15: Valores dos parâmetros ajustáveis dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> não-lineares.Lamgmuir-Freündlichq emax Cal(mg.g -1 )q emax Exp(mg.g -1 )∆qe(mg.g -1 )m LF K LF(L.mg -1 )25º C 69,21 78,51 9,30 1 0,01135º C 89,03 104,23 15,20 1 0,01245º C 114,45 126,87 12,42 1 0,01755º C 129,71 140,46 10,75 1 0,031Redlich-Peterson Iq emax Cal(mg.g -1 )q emax Exp(mg.g -1 )∆qe(mg.g -1 )A RP1(L.g -1 )B RP1(L.mg -1 )25º C 80,70 78,51 2,19 0,67756 0,01881 0,8435º C 105,38 104,18 1,20 0,73911 0,00498 145º C 130,42 126,87 3,55 1,57148 0,01015 155º C 144,47 140,46 4,01 3,06023 0,01853 1Redlich-Peterson IIq emax Cal(mg.g -1q emax Exp(mg.g -1 )∆qe(mg.g -1 )A RP2(L.g -1 )B RP2(L.mg -1 )25º C 97,02 78,51 18,51 0,15227 0,99082 135º C 122,14 104,18 17,96 0,24625 0,98817 145º C 155,33 126,87 28,46 0,2960 1 155º C 190,81 140,46 50,35 0.4955 1 1Sipsq emax Cal(mg.g -1q emax Exp(mg.g -1 )∆qe(mg.g -1 )1/m S K S(L.mg -1 )25º C 73,61 80,04 3,43 0,78 1,26E-335º C 96,78 104,18 7,40 0,65 9,3E-445º C 120,99 126,87 5,88 0,60 9,0E-455º C 137,45 140,46 3,01 0,58 1,57E-3Fritz-Schlun<strong>de</strong>r Iq emax Cal(mg.g -1q emax Exp(mg.g -1 )∆qe(mg.g -1 )m FS125º C 89,78 78,51 11,27 0,30 1,035º C 116,71 104,18 12,53 0,23 1,045º C 149,96 130,00 19,96 0,20 1,055º C 182,36 140,46 41,90 0,13 1,0β1-βK FS1(L.mg -1 )90


Radke-Prausnitz Iq emax Cal(mg.g -1q emax Exp(mg.g -1 )∆qe(mg.g -1 )m RP1(L.mg -1 )K RP1(L.mg -1 )25º C 80,49 67,48 13,01 0,82 8,79E-335º C 106,11 104,23 1,88 0,83 7,59E-345º C 131,04 126,87 4,17 0,92 1,33E-255º C 145,40 140.46 4,94 0,94 2,37E-2Radke-Prausnitz IIq emax Cal(mg.g -1q emax Exp(mg.g -1 )∆qe(mg.g -1 )m RP2(L.mg -1 )K RP2(L.mg -1 )25º C 80,75 33,68 47,07 0,83 2,07E-235º C 105,80 104,18 1,62 0,94 7,49E-345º C 130,77 126.87 3,90 0,96 1,306E-255º C 145,14 140,46 4,68 0,97 2,32E-2Radke-Prausnitz IIIq e(mg.g -1 )q emax Exp(mg.g -1 )∆qem RP3(L.mg -1 )K RP3(L.mg -1 )25º C 80,71 36,02 44,69 0,16 1,88E-235º C 105,81 104,18 1,63 0,05 7,49E-345º C 130,77 126,87 3,90 0,03 1,31E-255º C 145,14 140,46 4,68 0,02 2,61E-2Tóthq emax Cal q emax Exp ∆qem T K T(mg.g -1 (mg.g -1 ) (mg.g -1 )25º C 79,85 80,00 0,15 0,96 6,53E-335º C 105,00 218,80 113,80 1,05 3,40E-345º C 127,69 701,63 573,94 1,21 2,14E-355º C 138,73 725,30 586,57 1,21 3,75E-3.120,00100,00Qe Experimental a 35 0 CQeCal1 <strong>de</strong> Langmuir-Freündlich a 35 0 C80,00Qe(mg.g -1 )60,0040,0020,000,000,00 100,00 200,00 300,00 400,00 500,00Ceq(mg.L -1 )Figura 41. Confrontação dos valores <strong>de</strong> Langmuir-Freundlich a 35 ºC.91


120,00Qe Experimental a 35 0 CQeCal <strong>de</strong> Redlich-Peterson I a 35 0 C100,0080,00Qe(mg.g -1 )60,0040,0020,000,000,00 100,00 200,00 300,00 400,00 500,00Ceq(mg.L -1 )Figura 42. Confrontação dos valores <strong>de</strong> Redlich-Peterson I a 35 ºC.120,00Qe Experimental a 35 0 CQeCal1 <strong>de</strong> Sips a 35 0 C100,0080,00Qe(mg.g -1 )60,0040,0020,000,000,00 100,00 200,00 300,00 400,00 500,00Ceq(mg.L -1 )Figura 43. Confrontação dos valores <strong>de</strong> Sips a 35ºC.92


120,00Qe Experimental a 35 0 CQeCal1 <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r I a 35 0 C100,00Qe(mg.g -1 )80,0060,0040,0020,000,000,00 100,00 200,00 300,00 400,00 500,00Ceq(mg.L -1 )Figura 44. Confrontação dos valores <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r I a 35 ºC.Qe(mg.g -1 )90,0080,0070,0060,0050,0040,0030,0020,0010,000,00Qe Experimental a 35 0 CQeCal1 <strong>de</strong> Radke-Prausnitz I a 35 0 C0,00 200,00 400,00 600,00Ceq(mg.L -1 )Figura 45. Confrontação dos valores <strong>de</strong> Radke-Prausnitz I a 35 ºC.93


120,00100,00Qe Experimental a 35 0 CQeCal1 <strong>de</strong> Radke-Prausnitz II a 35 0 C80,00Qe(mg.g -1 )60,0040,0020,000,000,00 100,00 200,00 300,00 400,00 500,00Ceq(mg.L -1 )Figura 46. Confrontação dos valores <strong>de</strong> Radke-Prausnitz II a 35 ºC.120,00100,00Qe Experimental a 35 0 CQeCal <strong>de</strong> Radke-Prausnitz III a 35 0 C80,00Qe(mg.g -1 )60,0040,0020,000,000,00 100,00 200,00 300,00 400,00 500,00Ceq(mg.L -1 )Figura 47. Confrontação dos valores <strong>de</strong> Radke-Prausnitz III a 35 ºC.94


120,00100,00Qe Experimental a 35 0 CQeCal <strong>de</strong> Tóth a 35 0 C80,00Qe(mg.g -1 )60,0040,0020,000,000,00 100,00 200,00 300,00 400,00 500,00Ceq(mg.L -1 )Figura 48. Confrontação dos valores <strong>de</strong> Tóth a 35 ºC.4.3.3- Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Isotermas com Quatro Parâmetros.As confrontações dos valores experimentais <strong>de</strong> adsorção (q e Exp)com os valores calculados obtidos pelos mo<strong>de</strong>los Fritz-Schlun<strong>de</strong>r II, Fritz-Schlun<strong>de</strong>r III, Baudu I e Baudu II, os valores (q emax Calc) são mostradas nasfiguras 50 a 53 (Anexo IV). Os valores dos parâmetros calculados sãoapresentados na tabela 13.Lineares.Tabela 16. Valores dos parâmetros ajustáveis dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> não-Fritz-Schlun<strong>de</strong>rIIq emax Cal(mg.g -1 )q emax Exp(mg.g -1 )∆qe(mgg -1 )α β A FS2 B FS225º C 80,10 78,51 1,59 0,71 1 1,47 1,31E-335º C 104,00 102,35 1,65 0,83 1 1,29 2,30E-345º C 130,23 126,87 3,36 0,99 1 1,58 9,90E-355º C 140,89 140,46 0,43 0.91 1 3.55 1,20E-295


Fritz-Schlun<strong>de</strong>rIIIq emax Cal(mg.g -1 )q emax Exp(mg.g -1 )∆qe(mgg -1 )α β A FS3 B FS325º C 79,69 78,51 1,18 0,46 1,18 E-14 79,69 19,3835º C 110,15 104,18 5,97 0,54 1,08 E-14 109.97 29,9745º C 136,80 126,87 9,93 0,41 1,00 E-14 150,00 14,0955º C 155,57 140,46 15,11 0,35 1.02 E-14 150,00 7,92Baudu I q emax Cal q emax Exp ∆qex y b 0(mg.g -1 ) (mg.g -1 ) (mgg -1 )25º C 79,27 80,00 -0,73 1,84 E-16 0,03 6,09E-335º C 105,38 110,00 -4,62 1.08 E-14 0.04 5,97E-345º C 129,15 117.60 11,55 0.28542 0.02 4,12E-355º C 141,73 78.06 63,67 1 0.10 9,70E-4Baudu II q emax Cal q emax Exp ∆qex y b 0(mg.g -1 ) (mg.g -1 ) (mgg -1 )25º C 97,38 78,51 18,87 3,28E-15 9,40E-17 0,9035º C 122,50 104,18 18,38 1,00E-14 8,19E-15 0,8945º C 155,96 126,87 29,09 9,99E-15 2,36E-15 0,00855º C 190,82 140,46 50,36 9,98E-15 8,82E-15 0,012No mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> adsorção <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r II foram encontrados osmelhores ajustes matemáticos. Para o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r IIIencontraram-se ajustes relativamente bons aos dados experimentaissomente a 25 e 35 ºC, como mostrados graficamente nas Figuras 50 a 53.90,0080,00Qe Experimental a 35 0 CQeCal <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r II a 35 0 CQe(mg.g -1 )70,0060,0050,0040,0030,0020,0010,000,000,00 200,00 400,00 600,00Ceq(mg.L -1 )Figura 49. Confrontação dos <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r II a 35 ºC.96


120,00100,00Qe Experimental a 35 0 CQeCal <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r III a 35 0 C80,00Qe(mg.g -1 )60,0040,0020,000,000,00 100,00 200,00 300,00 400,00 500,00Ceq(mg.L -1 )Figura 50. Confrontação dos valores <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r III a 35 ºC.120,00100,00Qe Experimental a 35 0 CQeCal <strong>de</strong> Baudu I a 35 0 C80,00Qe(mg.L -1 )60,0040,0020,000,000,00 100,00 200,00 300,00 400,00 500,00Ceq(mg.L -1 )Figura 51. Confrontação dos valores <strong>de</strong> Baudu I a 35 ºC.97


140,00120,00Qe Experimental a 35 0 CQeCal <strong>de</strong> Baudu II a 35 0 C100,00Qe(mg.g -1 )80,0060,0040,0020,000,000,00 100,00 200,00 300,00 400,00 500,00Ceq(mg.L -1 )Figura 52. Confrontação dos valores <strong>de</strong> Baudu II a 35 ºC.4.3.4- Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Isotermas com Cinco Parâmetros.As confrontações dos valores experimentais <strong>de</strong> adsorção (q emax Exp)com os valores calculados obtidos pelo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r IV, paraos valores (q emax Calc) são mostradas na Figura 54. Os valores dasconstantes <strong>de</strong> equilíbrio são apresentados na Tabela 14, para todos osmo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> quatro parâmetros citados.Lineares.Tabela 17. Valores dos parâmetros ajustáveis dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> não-Fritz- q emax Cal q emax Exp ∆qe m 1 m 2 K 1 K 2Schlun<strong>de</strong>r IV (mg.g -1 ) (mg.g -1 ) (mg.g -1 )25º C 80,31 78,51 1,80 0,68 1 1,35 1,06E-335º C 105,60 104,18 1,42 0,89 1 0,52 3,01E-345º C 126,97 126,87 0,10 0,97 1 1,30 8,91E-355º C 143,70 140,46 3,24 0,94 1 1,84 1,84Neste mo<strong>de</strong>lo percebe-se um excelente ajuste dos valoresexperimentais com os valores calculados.98


120,00100,00Qe Experimental a 35 0 CQeCal <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r IV a 35 0 C80,00Qe(mg.g -1 )60,0040,0020,000,000,00 100,00 200,00 300,00 400,00 500,00Ceq(mg.L -1 )Figura 53. Confrontação dos valores <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r IV a 35 ºC.Os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Langmuir, Freundlich, Langmuir-Freundlich,Redlich-Peterson II, Fritz- Schlun<strong>de</strong>r I, Fritz-Schlun<strong>de</strong>r II, Tóth e Baudu I eII apresentaram valores <strong>de</strong> q emax Cal discrepantes em relação aos valores <strong>de</strong>q emax Exp, não sendo a<strong>de</strong>quados para <strong>de</strong>screverem as isotermas <strong>de</strong> adsorçãonos equilíbrios químicos. Os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Radke-Prausnitz I, II e IIIapresentam valores <strong>de</strong> q emax Cal próximos aos valores <strong>de</strong> q emax Exp, para osexperimentos realizados nas temperaturas <strong>de</strong> 25 e 35 ºC. Nos <strong>de</strong>mais casos,estes valores apresentam altos valores <strong>de</strong> ∆q e . Os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Redlich-Peterson I, Sips e Fritz-Schlun<strong>de</strong>r IV mostraram ser os mais a<strong>de</strong>quadospara <strong>de</strong>screver as isotermas <strong>de</strong> adsorção, tendo em vista que os valoresexperimentais ajustaram-se perfeitamente aos valores calculados, com umadiferença máxima entre os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> 5%.99


4.4-Estudo Termodinâmico da Interação do Corante Azul <strong>de</strong> Remazolcom o Híbrido Sílica/Quitosana.A variação da entalpia <strong>de</strong> adsorção (∆ ads H) é uma função <strong>de</strong> estado, aqual po<strong>de</strong> ser calculada através da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> calor (energia), do sistemapara a vizinhança, ou vice-versa, durante uma transformação isobárica, emum processo <strong>de</strong> adsorção na interface sólido/solução. Nesses processos, asvariações <strong>de</strong> volume <strong>de</strong> sólidos e líquidos associadas aos processos <strong>de</strong>expansão ou compressão são consi<strong>de</strong>radas <strong>de</strong>sprezíveis. Portanto, avariação da entalpia é diretamente proporcional, principalmente, à variação<strong>de</strong> energia interna do sistema [80].No estudo <strong>de</strong> adsorção do corante reativo azul <strong>de</strong> remazol no híbridosílica/quitosana, o valor da ∆ ads H foi encontrada pelo método <strong>de</strong> van´t Hoff,construindo-se o gráfico <strong>de</strong> ln K eq vs 1/T, mostrado na figura 54. Em geral,quando se obtém retas nos gráficos <strong>de</strong> van´t Hoff, assume-se que asentalpias <strong>de</strong> adsorção são invariáveis em relação à temperatura. Porém, issonem sempre ocorre em vários sistemas <strong>de</strong> adsorção na interfacesólido/solução [80-82]. Nesse trabalho, levando-se em consi<strong>de</strong>ração acurvatura observada no gráfico da figura 40, observa-se que existe mais <strong>de</strong>um valor numérico para a entalpia <strong>de</strong> adsorção, em relação à temperatura<strong>de</strong> adsorção. Assim, <strong>de</strong>ve-se utilizar uma regressão polinomial <strong>de</strong> segundaor<strong>de</strong>m obtida por análise polinomial a<strong>de</strong>quada. Derivando a equação (36), eutilizando os parâmetros da equação quadrática, cujos valores se encontramacima, obteremos os seguintes valores <strong>de</strong> Entalpia, Entropia e EnergiaLivre <strong>de</strong> Gibbs:Cujos valores para as temperaturas <strong>de</strong> 25, 35, 45 e 55 ºC foramencontradas segundo os valores abaixo:100


Os resultados obtidos dos cálculos termodinâmicos utilizando-se asequações 31 a 36, <strong>de</strong>scritas anteriormente na Introdução <strong>de</strong>sse trabalho. Osresultados dos parâmetros termodinâmicos são mostrados na Tabela 15.Tabela 19. Parâmetros termodinâmicos da adsorção do corante AR nomaterial híbrido sílica/quitosana.ºCTemp ads H(kJ.mol -1 )- ads G(kJ.mol -1 ) ads S(J.K -1 .mol -1 )25 6,59 21,19 93,1735 21,71 22,39 143,1145 35,45 24,00 186,8655 47,82 26,00 224,969,6lnKEquação LinearEquação Quadrática9,49,2lnK9,08,88,68,40,00305 0,00310 0,00315 0,00320 0,00325 0,00330 0,003351/T(10 -1 K)Figura 54: Gráfico <strong>de</strong> ln K versus 1/T, mostrando os ajustes linear equadrático <strong>de</strong> 2 a or<strong>de</strong>m.101


Os resultados da tabela 15 indicam que os processos <strong>de</strong> adsorçãomencionados são endotérmicos e aumentam seus valores com o aumento datemperatura <strong>de</strong> adsorção. Valores <strong>de</strong> entalpia positivos são <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong>processos <strong>de</strong> difusão do corante para o interior material adsorvente. Essesprocessos necessitam retirar energia do sistema para que possam ocorrer,gerando assim processos endotérmicos. Os valores <strong>de</strong> ( ads S) encontradosforam todos positivos, observando-se também aumentos <strong>de</strong> seus valoresnuméricos com o aumento da temperatura. De modo geral, sistemasisolados com variações <strong>de</strong> entropia positivos indicam processostermodinamicamente espontâneos. A entropia é a função <strong>de</strong> estadotermodinâmica que se relaciona com a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> arranjos internosque um <strong>de</strong>terminado sistema po<strong>de</strong> alcançar.No estudo <strong>de</strong> adsorção do corante reativo azul <strong>de</strong> remazol nomaterial híbrido sílica/quitosana, a variação <strong>de</strong> entropia <strong>de</strong> adsorção(∆ ads S), cresceu com o aumento progressivo da temperatura <strong>de</strong> adsorção.Sob termos termodinâmicos, em um processo <strong>de</strong> adsorção, ocorre adiminuição do número <strong>de</strong> arranjos possíveis para a espécie químicaadsorvida. Afinal, a espécie química, ao ser ¨capturada¨ por uma superfície,teve parte dos seus movimentos restritos, logo, o processo <strong>de</strong> adsorção éacompanhado pela diminuição da entropia do sistema (∆S


5-CONCLUSÃOAs técnicas <strong>de</strong> caracterização utilizadas evi<strong>de</strong>nciaram a formação dosmateriais sintetizados, principalmente os aspectos relacionados àincorporação da quitosana na superfície da sílica gel. A quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>quitosana imobilizada na superfície da sílica gel foi <strong>de</strong> 5,1 mg <strong>de</strong>quitosana/g <strong>de</strong> sílica.Foram realizados estudos inéditos na literatura, relacionados àadsorção <strong>de</strong> um corante azul <strong>de</strong> remazol no híbrido sílica/quitosana. Nosestudos cinéticos das interações, o mo<strong>de</strong>lo cinético <strong>de</strong> Avrami aresentou osmelhores ajustes, nas temperaturas e nas diferentes concentrações iniciais<strong>de</strong> corante utilizadas. Pelas análises apresentadas utilizando-se essesmo<strong>de</strong>los, várias etapas cinéticas distintas foram <strong>de</strong>tectadas, assim comodiferentes or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong> reação para os processos <strong>de</strong> adsorção. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>difusão intrapartícula apontou a existência <strong>de</strong> vários estágios <strong>de</strong> difusão emfunção do tempo <strong>de</strong> contato.Os resultados obtidos das mo<strong>de</strong>lagens dos dados <strong>de</strong> adsorçãoindicaram que os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> dois parâmetros (Langmuir e Freündlich), nãose ajustaram bem aos valores calculados, apresentando ajustes apenasrazoáveis somente para o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Freündlich. Os melhores ajustes foramobservados para os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Redlich-Peterson I, Sips, Tóth, Baudu I epara o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> cinco parâmetros ajustáveis <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r IV. Osresultados das mo<strong>de</strong>lagens evi<strong>de</strong>nciaram o caráter heterogêneo dos sítios <strong>de</strong>adsorção do híbrido sílica/quitosana.No estudo do equilíbrio, utilizou-se o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Sips para calcular asconstantes <strong>de</strong> equilíbrio e, consequentemente, os valores termodinâmicosdos processos <strong>de</strong> adsorção, ∆ ads H, ∆ ads S e ∆ ads G. Os resultados indicam queos processos <strong>de</strong> adsorção do corante Azul <strong>de</strong> Remazol sobre o híbridosílica/quitosana são todos endotérmicos, os quais aumentam seus valores103


numéricos com o aumento da temperatura <strong>de</strong> adsorção. Isso foiinterpretado, com o auxílio dos dados da literatura, como umaconseqüência da difusão do corante para o interior da estrutura daquitosana. Os valores negativos <strong>de</strong> ∆ ads G indicam que os processos <strong>de</strong>adsorção estudados são termodinamicamente espontâneos. Observou-setambém que as entropias das adsorções são também positivas e aumentamcom o aumento da temperatura <strong>de</strong> adsorção. Do ponto <strong>de</strong> vistatermodinâmico, a entropia é força motriz dos processos <strong>de</strong> adsorçãoavaliados nesse trabalho. De uma maneira em geral, o material híbridoapresentou boas estabilida<strong>de</strong>s físicas e químicas durante todo o período <strong>de</strong>estudo. Além disso, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adsorção do material po<strong>de</strong> serconsi<strong>de</strong>rada boa, principalmente quando o corante Azul <strong>de</strong> Remazol estavapresente em baixas concentrações em solução.104


6-SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROSPara trabalhos futuros, sugere-se estudar os processos <strong>de</strong> remoção(<strong>de</strong>ssorção) do corante azul <strong>de</strong> remazol dos híbridos, bem como avaliarprocessos <strong>de</strong> adsorção em coluna <strong>de</strong> leito fixo. Além disto, é <strong>de</strong> interesse<strong>de</strong>ste grupo <strong>de</strong> pesquisa avaliar os mo<strong>de</strong>los cinéticos e <strong>de</strong> equilíbrio paraoutros tipos <strong>de</strong> corantes que possuem mais <strong>de</strong> um sítio <strong>de</strong> adsorção em suamolécula, a fim <strong>de</strong> comparar resultados dos mo<strong>de</strong>los.105


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ANEXOS-IMo<strong>de</strong>los Cinéticos <strong>de</strong> Pseudo-Primeira Or<strong>de</strong>m e Pseudo-SegundaOr<strong>de</strong>m87766554Qt(mg.g -1 )4321Qtexp a 25ºC a [23 mg.L -1 ]QtCal1 (1ª Or<strong>de</strong>m) a 25ºC a [23 mg.L -1 ]QtCal2 (2ª Or<strong>de</strong>m) a 25ºC a [23 mg.L -1 ]Qt(mg.g -1 )321QtExp a 35ºC a [23 mg.L -1 ]QtCal1 (1ª Or<strong>de</strong>m) a 35ºC a [23 mg.L -1 ]QtCa2 (2ª Or<strong>de</strong>m) a 35ºC a [23 mg.L -1 ]00-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)Figuras 01 e 02: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se os mo<strong>de</strong>los cinéticos <strong>de</strong> 1ª e 2ª or<strong>de</strong>m naconcentração <strong>de</strong> 23 mg/L a 25 ºC (esquerda) e 35 ºC (direita).8776655Qt(mg.g -1 )4321QtExp a 45ºc a [23 mg.L -1 ]QtCal1 (1ª Or<strong>de</strong>m) a 45ºC a [23 mg.L -1 ]QtCa2 (2ª Or<strong>de</strong>m) a 45ºC a [23 mg.L -1 ]Qt(mg.g -1 )4321QtExp a 55ºC a [23 mg.L -1 ]QtCal1 (1ª Or<strong>de</strong>m) a 55ºC a [23 mg.L -1 ]QtCa2 (2ª Or<strong>de</strong>m) a 55ºC a [23 mg.L -1 ]00-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)Figuras 03 e 04: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se os mo<strong>de</strong>los cinéticos <strong>de</strong> 1ª e 2ª or<strong>de</strong>m naconcentração <strong>de</strong> 23 mg/L a 45 ºC (esquerda) e 55 ºC (direita).116


1816301425Qt(mg.g -1 )12108642QtExp a 25ºC a [100 mg.L -1 ]QtCal1 (1ª Or<strong>de</strong>m) a 25ºC a [100 mg.L -1 ]QtCa2 (2ª Or<strong>de</strong>m) a 25ºC a [100 mg.L -1 ](mg.g -1 )2015105QtExp a 35C a [100 mg.L -1 ]Qt1ª Or<strong>de</strong>m a 35CQt2ª Or<strong>de</strong>m a 35C00-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo (min)Figuras 05 e 06: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se os mo<strong>de</strong>los cinéticos <strong>de</strong> 1ª e 2ª or<strong>de</strong>m naconcentração <strong>de</strong> 100 mg/L a 25 ºC (esquerda) e 35 ºC (direita).303025252020Qt(mg.g -1 )1510Qt(mg.g -1 )151050QtExp a 45ºC a [100 mg.L -1 ]QtCal1 (1ª Or<strong>de</strong>m) a 45ºC a [100 mg.L -1 ]QtCal2 (2ªOr<strong>de</strong>m) a 45ºC a [100 mg.L -1 ]50QtExp a 55ºC a [100 mg.L -1 ]QtCal1 (1ª Or<strong>de</strong>m) a 55ºC a [100 mg.L -1 ]QtCal2 (2ª Or<strong>de</strong>m) a 55ºC a [100 mg.L -1 ]-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)Figuras 07 e 08: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se os mo<strong>de</strong>los cinéticos <strong>de</strong> 1ª e 2ª or<strong>de</strong>m naconcentração <strong>de</strong> 100 mg/L a 45 ºC (esquerda) e 55 ºC (direita).117


4540303525Qt(mg.g -1 )30252015Qt(mg.g -1 )2015101050QtExp a 25ºC a [200 mg.L -1 ]QtCal1 (1ª Or<strong>de</strong>m) a 25ºC a [200 mg.L -1 ]QtCal2 (2ª Or<strong>de</strong>m) a 25ºC a [200 mg.L -1 ]50QtExp a 35ºC a [200 mg.L -1 ]QtCal1 (1ª Or<strong>de</strong>m) a 35ºC a [200 mg.L -1 ]QtCal2 (2ª Or<strong>de</strong>m) a 35ºC a [200 mg.L -1 ]-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)Figuras 09 e 10: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se os mo<strong>de</strong>los cinéticos <strong>de</strong> 1ª e 2ª or<strong>de</strong>m naconcentração <strong>de</strong> 200 mg/L a 25 ºC (esquerda) e 35 ºC (direita).Qt(mg.g-1)6050403020Qt(mg.g -1 )45403530252015100QtExp a 45ºC a [200 mg.L -1 ]QtCal1 (1ª Or<strong>de</strong>m) a 45ºC a [200 mg.L -1 ]QtCal2 (2ª Orem) a 45ºC a [200 mg.L -1 ]1050QtExp a 55ºC a [200 mg.L -1 ]QtCal1 (1ª Or<strong>de</strong>m) a 55ºC a [200 mg.L -1 ]QtCal2 (2ª Or<strong>de</strong>m) a 55ºC a [200 mg.L -1 ]-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)Figuras 11 e 12: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se os mo<strong>de</strong>los cinéticos <strong>de</strong> 1ª e 2ª or<strong>de</strong>m naconcentração <strong>de</strong> 200 mg/L a 45 º (esquerda) e 55 ºC (direita).118


80701009060805070Qt(mg.g -1 )403020100QtExp a 25ºC a [400 mg.L -1 ]QtCal1 (1ª Or<strong>de</strong>m) a 25ºC a [400 mg.L -1 ]QtCal2 (2ª Or<strong>de</strong>m) a 25ºC a [400 mg.L -1 ]Qt(mg.g -1 )6050403020100QtExp a 35ºC a [400 mg.L -1 ]QtCal1 (1ª Or<strong>de</strong>m) a 35ºC a [400 mg.L -1 ]QtCal2 (2ª Or<strong>de</strong>m) a 25ºC a [400 mg.L -1 ]-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)Figuras 13 e 14: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se os mo<strong>de</strong>los cinéticos <strong>de</strong> 1ª e 2ª or<strong>de</strong>m naconcentração <strong>de</strong> 400 mg/L a 25 ºC (esquerda) e 35 ºC (direita).Qt(mg.g -1 )90807060504030Qt(mg.L -1 )90807060504030QtExp a 55ºC a [400 mg.L -1 ]QtCal1 (1ª Or<strong>de</strong>m) a 55ºC a [400 mg.L -1 ]QtCal2 (2ª Or<strong>de</strong>m) a 55ºC a [400 mg.L -1 ]20100QtExp a 45ºC a [400 mg.L -1 ]QtCal1 (1ª Or<strong>de</strong>m) a 45ºC a [400 mg.L -1 ]QtCal2 (2ª Or<strong>de</strong>m) a 45ºC a [400 mg.L -1 ]20100-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)Figuras 15 e 16: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se os mo<strong>de</strong>los cinéticos <strong>de</strong> 1ª e 2ª or<strong>de</strong>m naconcentração <strong>de</strong> 400 mg/L a 45 ºC (esquerda) e 55 ºC (direita).119


60504080706050QtExp a 35ºC a [600 mg.L -1 ]QtCal1 (1ª Or<strong>de</strong>m) a 35ºC a [600 mg.L -1 ]QtCal2 (2ª Or<strong>de</strong>m) a 35ºC a [600 mg.L -1 ]Qt(mg.g -1 )3020Qt(mg.g -1 )403020100QtExp a 25ºC a [600 mg.L -1 ]QtCal1 (1ª Or<strong>de</strong>m) a 25ºC a [600 mg.L -1 ]QtCal2 (2ª Or<strong>de</strong>m) a 25ºC a [600 mg.L -1 ]100-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)Figuras 17 e 18: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se os mo<strong>de</strong>los cinéticos <strong>de</strong> 1ª e 2ª or<strong>de</strong>m naconcentração <strong>de</strong> 600 mg/L a 25 ºC (esquerda) e 35 ºC (direita).16012014010012080100Qt(mg.g -1 )6040200QtExp a 45ºC a [600 mg.L -1 ]QtCal1 (1ª Or<strong>de</strong>m) a 45ºC a [600 mg.L -1 ]QtCal2 (2ª Or<strong>de</strong>m) a 45ºC a [600 mg.L -1 ]Qt(mg.g -1 )806040200QtExp a 55ºC a [600 mg.L -1 ]QtCal1 (1ª Or<strong>de</strong>m) a 55ºC a [600 mg.L -1 ]QtCal2 (2ª Or<strong>de</strong>m) a 55ºC a [600 mg.L -1 ]-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)Figuras 19 e 20: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se os mo<strong>de</strong>los cinéticos <strong>de</strong> 1ª e 2ª or<strong>de</strong>m naconcentração <strong>de</strong> 600 mg/L a 45 ºC (esquerda) e 55 ºC (direita).120


12016010014012080100Qt(mg.g -1 )6040200QtExp a 25ºC a [800 mg.L -1 ]QtCal1 (1ª Or<strong>de</strong>m) a 25ºC a [800 mg.L -1 ]QtCal2 (2ª Or<strong>de</strong>m) a 25ºC a [800 mg.L -1 ]Qt(mg.g -1 )806040200QtExp a 35ºC a [800 mg.L -1 ]QtCal1 (1ª Or<strong>de</strong>m) a 35ºC a [800 mg.L -1 ]QtCal2 (2ª Or<strong>de</strong>m) a 35ºC a [800 mg.L -1 ]-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)Figuras 21 e 22: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se os mo<strong>de</strong>los cinéticos <strong>de</strong> 1ª e 2ª or<strong>de</strong>m naconcentração <strong>de</strong> 800 mg/L a 25 ºC (esquerda) e 35 ºC (direita).90807060160140120QtExp a 55ºC a [800 mg.L -1 ]QtCal1 (1ª Or<strong>de</strong>m) a 55ºC a [800 mg.L -1 ]QtCal2 (2ª Or<strong>de</strong>m) a 55ºC a [800 mg.L -1 ]Qt(mg.g -1 )50403020100QtExp a 45ºC a [800 mg.L -1 ]QtCal1 (1ª Or<strong>de</strong>m) a 45ºC a [800 mg.L -1 ]QtCal2 (2ª Or<strong>de</strong>m) a 45ºC a [800 mg.L -1 ]-10-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)Qt(mg.g -1 )100806040200-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)Figuras 23 e 24: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se os mo<strong>de</strong>los cinéticos <strong>de</strong> 1ª e 2ª or<strong>de</strong>m naconcentração <strong>de</strong> 800 mg/L a 45 ºC (esquerda) e 55 ºC (direita).121


ANEXOS-IIMo<strong>de</strong>lo Cinético <strong>de</strong> Avrami8QtAvrami a 25ºC a [23 mg.L -1 ]QtMédio a 25ºC a [23 mg.L -1 ]7QtAvrami a 35ºC a [23 mg.L -1 ]QtMédio a 35ºCa [23 mg.L -1 ]766QT(mg.g -1 )543Qt(mg.g -1 )54321-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)21-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)Figuras 25 e 26: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se o mo<strong>de</strong>lo cinético <strong>de</strong> Avrami na concentração 23mg/L a 25 ºC (direita) e 35 ºC (esquerda).7QtAvrami a 45ºC a [23 mg.L -1 ]Qtmédio a 45ºC a [23 mg.L -1 ]87QtAvrami a 55ºC a [23 mg.L -1 ]Qtmédio a 55ºC a [23 mg.L -1 ]6655Qt(mg.g -1 )43Qt(mg.g -1 )4321-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)21-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)Figuras 27 e 28: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se o mo<strong>de</strong>lo cinético <strong>de</strong> Avrami na concentração 23mg/L a 45 (direita) e 55 ºC (esquerda).122


18QtAvrami a 25ºC a [100 mg.g -1 ]Qtmédio a 25ºC a [100 mg.g -1 ]30QtAvrami a 35ºC a [100 mg.L -1 ]Qtmédio a 35ºC a [100 mg.L -1 ]1614251220Qt(mg.g -1 )1086Qt(mg.g -1 )151045200-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)Figuras 29 e 30: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se o mo<strong>de</strong>lo cinético <strong>de</strong> Avrami na concentração 100mg/L a 25 ºC (esquerda) e 35 ºC (direita).25QtAvrami a 45ºC a [100 mg.L -1 ]Qtmédio a 45ºc a [100 mg.L -1 ]25QtAvrami a 55ºC a [100 mg.L -1 ]Qtmédio a 55ºC a [100 mg.L -1 ]2020Qt(mg.g -1 )1510Qt(mg.g -1 )15105500-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)Figuras 31 e 32: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se o mo<strong>de</strong>lo cinético <strong>de</strong> Avrami na concentração 100mg/L a 45 ºC (esquerda) e 55 ºC (direita).123


403530QtAvrami a 25ºC a [200 mg.L -1 ]Qtmédio a 25ºC a [200 mg.L -1 ]3025QtAvrami a 35ºC a [200 mg.L -1 ]Qtmédio a 35ºC a [200 mg.L -1 ]2520Qt(mg.g -1 )2015Qt(mg.g. -1 )1510105500-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)Figuras 33 e 34: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se o mo<strong>de</strong>lo cinético <strong>de</strong> Avrami na concentração 200mg/L a 25 ºC (esquerda) e 35 ºC (direita).5040QtAvrami a 45ºC a [200 mg.L -1 ]Qtmédio a 45ºC a [200 mg.L -1 ]4540QtAvrami a 55ºC a [200 mg.L -1 ]Qtmédio a 55ºC a [200 mg.L -1 ]353030Qt(mg.g -1 )2010Qt(mg.g -1 )2520151005-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)0-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)Figuras 35 e 36: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se o mo<strong>de</strong>lo cinético <strong>de</strong> Avrami na concentração 200mg/L a 45 ºC (esquerda) e 55 ºC (direita).124


8070QtAvrami a 25ºC a [400 mg.L -1 ]Qtmédio a 25ºC a [400 mg.L -1 ]9080QtAvrami a 35ºC a [400 mg.L -1 ]Qtmédio a 35ºC a [400 mg.L -1 ]60705060Qt(mg.g -1 )4030Qt(mg.g -1 )504030202010100-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)0-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)Figuras 37 e 38: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se o mo<strong>de</strong>lo cinético <strong>de</strong> Avrami na concentração 400mg/L a 25 ºC (esquerda) e 35 ºC (direita).Qt(mg.g -1 )9080706050403020100QtAvrami a 45ºC a [400 mg.L -1 ]Qtmédio a 45ºC a [400 mg.L -1 ]-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)Qt(mg.g -1 )80706050403020100-10QtAvrami a 55ºC a [400 mg.L -1 ]Qtmédio a 55ºC a [400 mg.L -1 ]0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20Tempo(min)Figuras 39 e 40: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se o mo<strong>de</strong>lo cinético <strong>de</strong> Avrami na concentração 400mg/L a 45 ºC (esquerda) e 55 ºC (direita).125


5040QtAvrami a 25ºC a [600 mg.L -1 ]Qtmédio a 25ºC a [600 mg.L -1 ]7060QtAvrami a 35ºC a [600 mg.L -1 ]Qtmédio a 35ºC a [600 mg.L -1 ]503040Qt(mg.g -1 )2010Qt(mg.g -1 )30201000-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)Figuras 41 e 42: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se o mo<strong>de</strong>lo cinético <strong>de</strong> Avrami na concentração 600mg/L a 25 ºC (esquerda) e 35 ºC (direita).120100QtAvrami a 45ºC a [600 mg.L -1 ]Qtmédio a 45ºC a [600 mg.L -1 ]140120QtAvrami a 55ºC a [600 mg.L -1 ]Qtmédio a 55ºC a [600 mg.L -1 ]80100Qt(mg.g -1 )604020Qt(mg.g -1 )806040200-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)0-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)Figuras 43 e 44: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se o mo<strong>de</strong>lo cinético <strong>de</strong> Avrami na concentração 600mg/L a 45 ºC (esquerda) e 55 ºC (direita).126


10080QtAvrami a 25ºc a [800 mg.L -1 ]Qtmédio a 25ºC a [800 mg.L -1 ]160140QtAvrami a 35ºCa [800 mg.L -1 ]Qtmédio a 35ºC a [800 mg.L -1 ]12060100Qt(mg.g -1 )40Qt(mg.g -1 )80602040020-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)Figuras 45 e 46: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se o mo<strong>de</strong>lo cinético <strong>de</strong> Avrami na concentração 800mg/L a 25 ºC (esquerda) e 35 ºC (direita).908070QtAvrami a 45ºC a [800 mg.L -1 ]Qtmédio a 45ºc a [800 mg.L -1 ]140120QtAvrami a 55ºC a [800 mg.L -1 ]Qtmédio a 55ºC a [800 mg.L -1 ]601005080Qt(mg.g -1 )403020Qt(mg.g -1 )604010200-10-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)0-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo(min)Figuras 47 e 48: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se o mo<strong>de</strong>lo cinético <strong>de</strong> Avrami na concentração 800mg/L a 45 ºC (esquerda) e 55 ºC (direita).127


ANEXOS-IIIMo<strong>de</strong>lo Cinético <strong>de</strong> Difusão Intrapartícula8QtExp a 25CQtCal Difusão Intrapartícula a 23[mg.L -1 ]77QtExp a 35CQtCal Difusão Intrapartícula [23mg.L -1 ]66Qt(mg.g -1 )543Qt(mg.g -1 )543221-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo 1/2 (min -1 )1-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo 1/2 (min -1 )Figuras 49 e 50: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Difusão Intrapartícula naconcentração 23 mg/L a 25 ºC (esquerda) e 35 ºC (direita).7QtExp a 45CQtCal Difusão Intrapartícula [23mg.L -1 ]87QtExp a 55CQtCal Difusão Intrapartícula [23mg.L -1 ]6655Qt(mg.g -1 )43Qt(mg.g -1 )4321-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo 1/2 (min -1 )21-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo 1/2 (min -1 )Figuras 51 e 52: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Difusão Intrapartícula naconcentração 23 mg/L a 45 ºC (esquerda) e 55 ºC (direita).128


2018QtExp a 25CQtCal Difusão Intrapartícula [100mg.L -1 ]30QtExp a 35CQtCal Difusão Intrapartícula [100mg.L -1 ]1614251220Qt(mg.g -1 )108Qt(mg.g -1 )156104250-50 0 50 100 150 200 250 300 350 4000-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo 1/2 (min -1 )Tempo 1/2 (min -1 )Figuras 53 e 54: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Difusão Intrapartícula naconcentração 100 mg/L a 25 ºC (esquerda) e 35 ºC (direita).25QtExp a 45CQtCal Difusão Intrapartícula [100mg.L -1 ]25QtExp a 55CQtcal Difusão Intrapartícula [100mg.L -1 ]2020Qt(mg.g-1 )1510Qt(mg.g -1 )15105500-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo 1/2 (min -1 )-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo 1/2 (min -1 )Figuras 55 e 56: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Difusão Intrapartícula naconcentração 100 mg/L a 45 ºC (esquerda) e 55 ºC (direita).129


454035QtExp a 25CQtCal Difusão intrapartícula [200mg.L -1 ]3025QtExp a 35CQtCal Difusão Intrapartícula [200mg.L -1 ]3020Qt(mg.g -1 )252015Qt(mg.g -1 )1510105500-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo 1/2 (min -1 )Tempo 1/2 (min -1 )Figuras 57 e 58: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Difusão Intrapartícula naconcentração 200 mg/L a 25 ºC (esquerda) e 35 ºC (direita).50QtExp a 45CQtCal Difusão Intrapartícula [200mg.L -1 ]4540QtExp a 55CQtCal Difusão Intrapartícula [200mg.L -1 ]40353030Qt(mg.g -1 )2010Qt(mg.g -1 )2520151005-50 0 50 100 150 200 250 300 350 4000-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo 1/2 (min -1 )Tempo 1/2 (min -1 )Figuras 59 e 60: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Difusão Intrapartícula naconcentração 200 mg/L a 45 ºC (esquerda) e 55 ºC (direita).130


8070QtExp a 25CQtCal Difusão Intrapartícula [400mg.L -1 ]9080QtExp a 35CQtCal Difusão Intrapartícula [400mg.L -1 ]60705060Qt(mg.g -1 )4030Qt(mg.g -1 )504030202010100-50 0 50 100 150 200 250 300 350 4000-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo 1/2 (min -1 )Tempo 1/2 (min -1 )Figuras 61 e 62: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Difusão Intrapartícula naconcentração 400 mg/L a 25ºC (esquerda) e 35 ºC (direita).9080QtExp a 45CQtCal Difusão Intrapartícula [400mg.L -1 ]8070QtExp a 55CQtCal Difusão Intrapartícula [400mg.L -1 ]Qt(mg.g -1 )706050403020100-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo 1/2 (min -1 )Qt(mg -1 )6050403020100-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo 1/2 (min -1 )Figuras 63 e 64: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Difusão Intrapartícula naconcentração 400 mg/L a 45 ºC (esquerda) e 55 ºC (direita).131


5040QtExp a 25CQtCal Difusão Intrapartícula [600mg.L -1 ]7060QtExp a 35CQtCal Difusão Intrapartícula [600mg.g -1 ]5030Qt(mg.g -1 )2010Qt(mg.g -1 )4030201000-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo 1/2 (min -1 )-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo 1/2 (min -1 )Figuras 65 e 66: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Difusão Intrapartícula naconcentração 600 mg/L a 25 ºC (esquerda) e 35 ºC (direita).120QtExp a45CQtCal Difusão Intrapartícula [600mg.g -1 ]140QtExp a 55CQtCal Difusão Intrapartícula [600mg.g -1 ]10012080100Qt(mg.g -1 )6040Qt(mg.g -1 )80604020200-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo 1/2 (min -1 )0-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo 1/2 (min -1 )Figuras 67 e 68: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Difusão Intrapartícula naconcentração 600 mg/L a 45 ºC (esquerda) e 55 ºC (direita).132


10080QtExp a 25CQtCal Difusão Intrapartícula [800mg.L -1 ]160140QtExp a 35CQtCal Difusão intrapartícula [800mg.g -1 ]60120Qt(mg.g -1 )4020Qt(mg.g -1 )100806040020-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo 1/2 (min -1 )-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo 1/2 (min -1 )Figuras 69 e 70: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Difusão Intrapartícula naconcentração 800 mg/L a 25 ºC (esquerda) e 35 ºC (direita).8070QtExp a 45CQtCal Difusão Intrapartícula [800mg.g -1 ]140120QtExp a 55CQtCal Difusão Intrapartícula [800mg.g -1 ]601005080Qt(mg.g -1 )403020Qt(mg.g -1 )604010200-10-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo 1/2 (min -1 )0-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400Tempo 1/2 (min -1 )Figuras 71 e 72: Confrontação dos valores experimentais com os valorescalculados utilizando-se o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Difusão Intrapartícula naconcentração 800 mg/L a 45 ºC (esquerda) e 55 ºC (direita).133


ANEXOS-IV1-Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Isotermas com Dois Parâmetros1.1-Isotermas <strong>de</strong> Langmuir908070Qe Calculado-Langmuir a 25CQe Experimental a 25C12011010090Qe calculado-Langmuir a 35CQe Experimental a 35CQe(mg.g -1 )-equlíbrio6050403020100Qe(mg.g -1 )-equilíbrio807060504030201000 100 200 300 400 500 600 7000 100 200 300 400 500Concentração(mg.L -1 )-equilíbrioConcentração(mg.L -1 )-equilíbrioFiguras 73 e 74: Gráfico do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Langmuir a 25 ºC(esquerda) e 35 ºC (direita).140Qe calculado-Langmuir a 45CQe Experimental160Qe calculado-Langmuir a 55CQe Experimental120140Qe(mg.g -1 )-equilíbrio10080604020Qe(mg.g -1 )-equilíbrio12010080604020000 100 200 300 400 500 600Concentração(mg.L -1 )-equilíbrio0 50 100 150 200 250 300 350 400Concentração(mg.L -1 )-equilíbrioFiguras 75 e 76: Gráfico do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Langmuir a 45 eºC(esquerda) 55 ºC (direita).134


1.2-Isotermas <strong>de</strong> Freündlich10080Qe Calculado Freündlich a 25CQe Experimental a 25C140120Qe Calculado Freündlich a 35CQe Experimental a 35C100Qe(mg.g -1 )-equilíbrio604020Qe (mg.g -1 )-equilíbrio80604020000 100 200 300 400 500 600 7000 100 200 300 400 500concentração(mg.L -1 )-equilíbrioConcentração(mg.L -1 )-equilíbrioFiguras 77 e 78: Gráfico do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Freundlich a 25 ºC(esquerda) e 35 ºC (direita).180160140Qe Calculado Freündlich 45CQe Experimental a 45C250200Qe Calculado Freündlich a 55CQe Experiemntal a 55CQe (mg.g -1 )-equilíbrio120100806040Qe (mg.g -1 )-equílibrio1501005020000 100 200 300 400 500 600Concentração(mg.L -1 )-equlíbrio0 50 100 150 200 250 300 350 400Concentração(mg.L -1 )-equilíbrioFiguras 79 e 80: Gráfico do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Freundlich a 45ºC(esquerda) e 55 ºC (direita).135


2-Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Isotermas com Três Parâmetros2.1- Isotermas <strong>de</strong> Langmuir-Freündlich8070Qe ExperimentalQeCal1 <strong>de</strong> Langmuir-Freündlich a 25C120100Qe ExperimentalQeCal1 <strong>de</strong> Langmuir-Freündlich a 35C6080Qe(mg.g -1 )50403020Qe(mg.g -1 )60402010000 100 200 300 400 500 600 700Ceq(mg.L -1 )0 100 200 300 400 500Ceq(mg.L -1 )Figuras 81 e 82: Gráfico do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Langmuir-Freundlicha 25 ºC (esquerda) e 35 ºC (direita).140Qe ExperimentalQeCal1 <strong>de</strong> Langmuir-Freündlich a 45C160Qe ExperimentalQeCal1 <strong>de</strong> Langmuir-Freündlich a 55C12014010012080100Qe(mg.g -1 )6040Qe(mg.g -1 )8060402020000 100 200 300 400 500 6000 50 100 150 200 250 300 350 400Ceq(mg.L -1 )Ceq(mg.L -1 )Figuras 83 e 84: Gráfico do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Langmuir-Freundlicha 45 ºC (esquerda) e 55 ºC (direita).136


2.2-Isotermas <strong>de</strong> Redlich-Peterson90Qe ExperimentalQeCal <strong>de</strong> Redlich-Peterson I a 25C120Qe ExperimentalQeCal <strong>de</strong> Redlich-Peterson I a 35C80100706080Qe(mg.g -1 )50403020100Qe(mg.g -1 )60402000 100 200 300 400 500 600 700Ceq(mg.L -1 )0 100 200 300 400 500Ceq(mg.L -1 )Figuras 85 e 86: Gráfico do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Redlich-Peterson a25ºC (esquerda) e 35 ºC (direita).140Qe ExperimentalQeCal <strong>de</strong> Redlich-Petrson I a 45C160Qe ExperimentalQeCal <strong>de</strong> Redlich-Peterson I a 55C120140100120100Qe(mg.g -1 )806040Qe(mg.g -1 )8060402020000 100 200 300 400 500 6000 50 100 150 200 250 300 350 400Ceq(mg.L -1 )Ceq(mg.L -1 )Figuras 87 e 88: Gráfico do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Redlich-Peterson a45 ºC (esquerda) e 55 ºC (direita).137


2.3-Isotermas <strong>de</strong> Sips80Qe ExperimentalQeCal1 <strong>de</strong> Sips a 25C120Qe ExperimentalQeCal1 <strong>de</strong> Sips a 35C701006080Qe(mg.g -1 )50403020100Qe(mg.g -1 )60402000 100 200 300 400 500 600 700Ceq(mg.L -1 )0 100 200 300 400 500Ceq(mg.L -1 )Figuras 89 e 90: Gráfico do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Sips a 25 ºC(esquerda) e 35 ºC (direita).140Qe ExperimentalQeCal1 <strong>de</strong> Sips a 45C160Qe ExperimentalQeCal1 <strong>de</strong> Sips a 55C120140100120100Qe(mg.g -1 )806040Qe(mg.g -1 )8060402020000 100 200 300 400 500 6000 50 100 150 200 250 300 350 400Ceq(mg.L -1 )Ceq(mg.L -1 )Figuras 91 e 92: Gráfico do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Sips a 45 ºC(esquerda) e 55 ºC (direita).138


2.4-Isotermas <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r I10090Qe ExperimentalQeCal1 <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r I a 25C120Qe ExperimentalQeCal1 <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r I 1.1 a 35C80100Qe(mg.g -1 )706050403020100Qe(mg.g -1 )8060402000 100 200 300 400 500 600 700Ceq(mg.L -1 )0 100 200 300 400 500Ceq(mg.L -1 )Figuras 93 e 94: Gráfico do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r I a25 ºC (esquerda) e 35 ºC (direita).160140120Qe ExperimentalQeCal1 <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r I a 45C200180160140Qe ExperimentalQeCal1 <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r I a 55C100120Qe(mg.g -1 )80604020Qe(mg.g -1 )10080604020000 100 200 300 400 500 6000 50 100 150 200 250 300 350 400Ceq(mg.L -1 )Ceq(mg.L -1 )Figuras 95 e 96: Gráfico do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r I a 4ºC (esquerda) e 55 ºC (direita).139


2.5-Isotermas <strong>de</strong> Radke-Prausnitz I9080Qe ExperimentalQeCal1 <strong>de</strong> Radke-Prausnitz I a 25C120100Qe ExperimentalQeCal1 <strong>de</strong> Radke-Prausnitz I a 35C706080Qe(mg.g -1 )504030Qe(mg.g -1 )6040201002000 100 200 300 400 500 600 700Ceq(mg.L -1 )0 100 200 300 400 500Ceq(mg.L -1 )Figuras 97 e 98: Gráfico do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Radke-Prausnitz I a25 ºC (esquerda) e 35 ºC (direita).140Qe ExperimentalQeCal1 <strong>de</strong> Radke-Prausnitz I a 45C160140Qe ExperimentalQeCal1 <strong>de</strong> Radke-Prausnitz I a 55C120120100100Qe(mg.g -1 )8060Qe(mg.g -1 )806040402020000 100 200 300 400 500 600Ceq(mg.L -1 )0 50 100 150 200 250 300 350 400Ceq(mg.L -1 )Figuras 99 e 100: Gráfico do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Radke-Prausnitz I a45 ºC (esquerda) e 55 ºC (direita).140


2.6-Isotermas <strong>de</strong> Radke-Prausnitz II9080Qe ExperimentalQeCal1 <strong>de</strong> Radke-Prausnitz II a 25C120100Qe ExperimentalQeCal1 <strong>de</strong> Radke-Prausnitz II a 35C706080Qe(mg.g -1 )504030Qe(mg.g -1 )6040201002000 100 200 300 400 500 600 700Ceq(mg.L -1 )0 100 200 300 400 500Ceq(mg.L -1 )Figuras 101 e 102: Gráfico do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Radke-Prausnitz IIa 25 ºC (esquerda) e 35 ºC (direita).140120Qe ExperimentalQeCal1 <strong>de</strong> Radke-Prausnitz II a 45C160140120Qe ExperimentalQeCal1 <strong>de</strong> Fritz-Prausnitz II 2.1 a 55C100100Qe(mg.g -1 )8060Qe(mg.g - )806040402020000 100 200 300 400 500 600Ceq(mg.L -1 )0 50 100 150 200 250 300 350 400Ceq(mg.L -1 )Figuras 103 e 104: Gráfico do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Radke-Prausnitz IIa 45 ºC (esquerda) e 55 ºC (direita).141


2.7-Isotermas <strong>de</strong> Radke-Prausnitz III80Qe Experimental a 25 CQeCal <strong>de</strong> Radke-Prausnitz III a 25 C120100Qe Experimental a 35 CQeCal <strong>de</strong> Radke-Prausnitz III a 35 C706080Qe(mg.g -1 )50403020100Qe(mg.g -1 )60402000 100 200 300 400 500 600 700Ceq(mg.L -1 )0 100 200 300 400 500Ceq(mg.L -1 )Figuras 105 e 106: Gráfico do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Radke-Prausnitz IIIa 25 ºC (esquerda) e 35 ºC (direita).140120Qe Experimental a 45 CQeCal <strong>de</strong> Radke-Prausnitz III a 45 C160140Qe Experimental a 55 CQeCal <strong>de</strong> Radke-Prausnitz III a 55 C10012080100Qe(mg.L -1 )6040Qe(mg.g -1 )8060402020000 100 200 300 400 500 6000 50 100 150 200 250 300 350 400Ceq(mg.L -1 )Ceq(mg.L -1 )Figuras 107 e 108: Gráfico do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Radke-PrausnitzIII a 45 ºC (esquerda) e 55 ºC (direita).142


2.8-Isotermas <strong>de</strong> Tóth908070Qe Experimental a 25 CQeCal <strong>de</strong> Tóth a 25 C120100Qe Experimental a 35 CQeCal <strong>de</strong> Tóth a 35C6080Qe(mg.g -1 )50403020100Qe(mg.g -1 )60402000 100 200 300 400 500 600 700Ceq(mg.L -1 )0 100 200 300 400 500Ceq(mg.L -1 )Figuras 109 e 110: Gráfico do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Tóth a 25 ºC(esquerda) e 35 ºC (direita).160140Qe Experimental a 55 CQeCal <strong>de</strong> Tóth a 55 C140Qe Calculado a 45 0 CQe Experimental a 45 0 C120120100Qe(mg.g -1 )1008060402000 100 200 300 400 500 600Ceq(mg.L -1 )Qe(mg.g -1 )8060402000 50 100 150 200 250 300 350 400Ceq(mg.L -1 )Figuras 111 e 112: Gráfico do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Tóth a 45 ºC(esquerda) e 55 ºC (direita).143


3- Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Isotermas com Quatro Parâmetros3.1-Isotermas <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r II9080Qe Experimental a 25 CQeCal <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r II a 25 C140120Qe Experimental a 35 CQeCal <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r II a 35 C70100Qe(mg.g -1 )60504030Qe(mg.g -1 )806040202010000 100 200 300 400 500 600 7000 100 200 300 400 500 600Ceq(mg.L -1 )Ceq(mg.L -1 )Figuras 113 e 114: Gráfico do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r IIa 25 ºC (esquerda) e 35 ºC (direita).140Qe Experimental a 45 CQeCal <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r II a 45 C160140Qe Experimental a 55 CQeCal <strong>de</strong> fritz-Schlun<strong>de</strong>r II a 55 C120120100100Qe(mg.g -1 )806040Qe(mg.g -1 )8060402020000 100 200 300 400 500 600Ceq(mg.L -1 )0 50 100 150 200 250 300 350 400Ceq(mg.L -1 )Figuras 115 e 116: Gráfico do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r IIa 45 ºC (esquerda) e 55 ºC (direita).144


3.2-Isotermas <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r III908070Qe Experimental a 25 CQeCal <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r III a 35 C120100Qe Experimental a 35 CQeCal <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r III a 35 C6080Qe(mg.g -1 )504030Qe(mg.g -1 )6040202010000 100 200 300 400 500 600 7000 100 200 300 400 500Ceq(mg.L -1 )Ceq(mg.L -1 )Figuras 117 e 118: Gráfico do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r IIIa 25 ºC (esquerda) e 35 ºC (direita).140120Qe Experimental a 45 CQeCal <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r III a 45 C160140Qe Experimental a 55 CQeCal <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r III a 55 C100120Qe(mg.g -1 )806040200Qe(mg.g -1 )1008060402000 100 200 300 400 500 600Ceq(mg.L -1 )0 50 100 150 200 250 300 350 400Ceq(mg.L -1 )Figuras 119 e 120: Gráfico do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r IIIa 45 ºC (esquerda) e 55 ºC (direita).145


3.3-Isotermas <strong>de</strong> Baudu I9080Qe Experimental a 25 CQeCal <strong>de</strong> Baudu I a 25 C120Qe Experimental a 35 CQeCal <strong>de</strong> Baudu I a 35 C701006080Qe(mg.g -1 )50403020100Qe(mg.L -1 )60402000 100 200 300 400 500 600 700Ceq(mg.L -1 )0 100 200 300 400 500Ceq(mg.L -1 )Figuras 121 e 122: Gráfico do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Baudu I a 25 ºC(esquerda) e 35 ºC (direita).140120Qe Experimental a 45 CQeCal <strong>de</strong> Baudu I a 45 C160140Qe Experimental a 55 CQeCal <strong>de</strong> Baudu I a 55 C10012080100Qe(mg.g -1 )6040Qe(mg.g -1 )8060402020000 100 200 300 400 500 6000 50 100 150 200 250 300 350 400Ceq(mg.L -1 )Ceq(mg.L -1 )Figuras 123 e 124: Gráfico do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Baudu I a 45 ºC(esquerda) e 55 ºC (direita).146


3.4-Isotermas <strong>de</strong> Baudu II1101009080Qe Experimental a 25 CQeCal <strong>de</strong> Baudu II a 25 C140120100Qe Experimental a 35 CQeCal <strong>de</strong> Baudu II a 35 CQe(mg.g -1 )7060504030Qe(mg.g -1 )80604020102000-100 100 200 300 400 500 600 7000 100 200 300 400 500Ceq(mg.L -1 )Ceq(mg.L -1 )Figuras 125 e 126: Gráfico do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Baudu II a 25 ºC(esquerda) e 35 ºC (direita).160140Qe Experimental a 45 CQeCal <strong>de</strong> Baudu II a 45 C200180160Qe Experimental a 55 CQeCal <strong>de</strong> Baudu II a 55 C120140100120Qe(mg.g -1 )8060Qe(mg.g -1 )10080604040202000 100 200 300 400 500 6000-200 50 100 150 200 250 300 350 400Ceq(mg.L -1 )Ceq(mg.L -1 )Figuras 127 e 128: Gráfico do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Baudu II a 45 ºC(esquerda) e 55 ºC (direita).147


4-Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Isotermas com Cinco Parâmetros3.5-Isotermas <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r IV9080Qe Experimental a 25 CQeCal <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r IV a 25120100Qe Experimental a 35 CQeCal <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r IV a 35 C706080Qe(mg.g -1 )504030Qe(mg.g -1 )6040202010000 100 200 300 400 500 600 7000 100 200 300 400 500Ceq(mg.L -1 )Ceq(mg.L -1 )Figuras 129 e 130: Gráfico do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r IVa 25 ºC (esquerda) e 35 ºC (direita).140Qe Experimental a 45 CQeCal <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r IV a 45 C160140Qe Experimental a 55 CQeCal <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r IV a 55 C120120100100Qe(mg.g -1 )806040Qe(mg.g -1 )8060402020000 100 200 300 400 500 600Ceq(mg.L -1 )0 50 100 150 200 250 300 350 400Ceq(mg.L -1 )Figuras 131 e 132: Gráfico do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> Fritz-Schlun<strong>de</strong>r IVa 45 ºC (esquerda) e 55 ºC (direita).148

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