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Segurança do trabalho em eletricidade - Revista O Setor Elétrico

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Apoio60O <strong>Setor</strong> <strong>Elétrico</strong> / Maio de 2010<strong>Segurança</strong> <strong>do</strong> <strong>trabalho</strong> <strong>em</strong> <strong>eletricidade</strong>a interface r<strong>em</strong>ota para a manobra de dispositivos, leituras de grandezas ediagnósticos de unidadesDiminuição <strong>do</strong>s valores da corrente presumida de curtocircuitoe <strong>do</strong>s t<strong>em</strong>pos de interrupção <strong>do</strong>s dispositivos deproteção a montante <strong>do</strong> ponto de intervençãoNessa opção, a redução <strong>do</strong>s níveis de energia incidente é buscada pormeio da redução <strong>do</strong>s valores da corrente de curtos-circuitos disponíveisou pela diminuição <strong>do</strong> t<strong>em</strong>po de resposta das proteções. Esta abordag<strong>em</strong>envolve muito a figura <strong>do</strong> engenheiro de sist<strong>em</strong>as de potência, já que eledeverá interagir com o usuário a fim de entender as necessidades e asparticularidades da instalação, seja ela nova ou existente. O processo érico <strong>em</strong> opções e soluções. Sen<strong>do</strong> algumas delas comentadas a seguir.I. Redução das correntes de curto-circuitoSeguin<strong>do</strong> essa abordag<strong>em</strong>, as opções passam por:• A) Uso de reatores limita<strong>do</strong>res de correnteEsta solução pode ser a<strong>do</strong>tada tanto <strong>em</strong> projetos novos quanto nasmodernizações de instalações existentes. Porém, deve-se s<strong>em</strong>pre avaliar oimpacto desta opção diante <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s de queda de tensão <strong>em</strong> partidasde grandes motores. Este tipo de abordag<strong>em</strong> v<strong>em</strong> sen<strong>do</strong> muito utilizada<strong>em</strong> CCM de baixa tensão <strong>em</strong> unidades marítimas de prospecção eprodução de petróleo, limitan<strong>do</strong>, <strong>em</strong> alguns casos, o valor simétrico dacorrente de curto-circuito trifásico a 18 kA eficazes.• B) Uso de sist<strong>em</strong>as aterra<strong>do</strong>s por resistores de alto valor ôhmicoMuito comum <strong>em</strong> sist<strong>em</strong>as de potência <strong>em</strong> baixa tensão, visa limitaras correntes de falha entre os condutores de fase a terra. Desde que o fatorde aterramento <strong>do</strong> sist<strong>em</strong>a não gere sobretensões perigosas, representa umaboa opção já que, pelo menos, 75% <strong>do</strong>s defeitos reporta<strong>do</strong>s são <strong>do</strong> tipomonofásico (falta a terra). Esta opção de filosofia de operação <strong>do</strong> sist<strong>em</strong>at<strong>em</strong> de estar <strong>em</strong> linha com a determinação, pelo engenheiro de estu<strong>do</strong>sde sist<strong>em</strong>as de potência, <strong>do</strong>s valores de sobretensão que irão ocorrer, poisconforme o caso pode ser necessário a<strong>do</strong>tar equipamentos com isolaçãoaumentada (capaz de trabalhar <strong>em</strong> condições de sobretensão). Além de seter <strong>em</strong> mente que apenas o primeiro defeito a terra é “por conta da casa” (ovalor é limita<strong>do</strong> basicamente pelo resistor). Mas, caso ocorra uma segundafalha, a terra que envolva uma fase diferente da primeira, a corrente decurto-circuito fase-fase terá um valor superior ao nível anterior, com umaumento da energia incidente correspondente aos pontos de defeito.Figura 4 - Sist<strong>em</strong>a instala<strong>do</strong> <strong>em</strong> vários CMCs de BT, tipo CDC, paraquatro plantas petroquímicas na China.• C) Uso de disjuntores e fusíveis limita<strong>do</strong>res de correnteSen<strong>do</strong> que aqui o maior cuida<strong>do</strong> a ser toma<strong>do</strong> é que o menor valorda menor corrente de curto-circuito pode vir a ficar fora da regiãode limitação, o que, por conseguinte, representa um t<strong>em</strong>po maiorpara a extinção <strong>do</strong> defeito. Neste caso, o t<strong>em</strong>po de arco no pontode falha pode, apesar <strong>do</strong> menor valor de corrente, levar a um nívelalto de energia incidente.• D) Uso da filosofia de se manter os disjuntores de interligaçãoabertos na operação das unidades com mais de uma entrada(alimenta<strong>do</strong>res das barras não paralela<strong>do</strong>s)Se for de to<strong>do</strong> inviável, pelo menos considerar a possibilidadede uso de filosofias de manutenção que permitam abertura <strong>do</strong>paralelismo durante intervenções com o uso ou não de reatoreslimita<strong>do</strong>res de corrente <strong>em</strong> paralelo com o disjuntor de interligação(com o equipamento fecha<strong>do</strong> o reator está “fora”, mas com omesmo sen<strong>do</strong> inseri<strong>do</strong> no sist<strong>em</strong>a com a abertura <strong>do</strong> el<strong>em</strong>ento d<strong>em</strong>anobra). Esta opção leva a possibilidade de redução da energiaincidente e, consequente, redução <strong>do</strong>s requisitos de EPI ou EPC.II. Redução <strong>do</strong>s t<strong>em</strong>pos de interrupçãoSeguin<strong>do</strong> esta abordag<strong>em</strong>, as opções passam por:• A) Diminuição <strong>do</strong>s t<strong>em</strong>pos de respostas das proteçõesA solução ótima neste contexto é aliar à redução <strong>do</strong>s valoresdas correntes de curto-circuito a diminuição <strong>do</strong>s t<strong>em</strong>pos de reação<strong>do</strong>s dispositivos de proteção. Para os sist<strong>em</strong>as eletromecânicosconvencionais, tais tarefas são quase impossíveis, ainda mais selevarmos <strong>em</strong> conta os requisitos de coordenação e seletividade<strong>do</strong>s sist<strong>em</strong>as de proteção. Porém isso pode ser contorna<strong>do</strong> com asubstituição <strong>do</strong>s sist<strong>em</strong>as antigos por unidades microprocessadasde proteção (relés numéricos).Com esta simples modificação, os t<strong>em</strong>pos de tolerância entreajustes de t<strong>em</strong>po pod<strong>em</strong> ser reduzi<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s tradicionais 400 ms a500 ms para faixas de 250 ms a 350 ms, já que não t<strong>em</strong>os maiso fantasma <strong>do</strong> sobre-alcance (overtravel) <strong>do</strong>s el<strong>em</strong>entos a discode indução e n<strong>em</strong> os probl<strong>em</strong>as com mancais ou freios. Outravantag<strong>em</strong> é a melhor resposta, graças aos algoritmos implanta<strong>do</strong>s<strong>em</strong> unidades numéricas, diante da possível saturação <strong>do</strong>stransforma<strong>do</strong>res de corrente.No entanto, o grande salto foi a ampliação <strong>do</strong> conceito deIntertravamento Seletivo por Zonas (chama<strong>do</strong> de ZSI, <strong>do</strong> inglês, ZoneSelective Interlock), também conheci<strong>do</strong> como Seletividade Lógica.Este recurso t<strong>em</strong> si<strong>do</strong> muito difundi<strong>do</strong> graças aos relés numéricos.A ideia básica é que, <strong>em</strong> casos de faltas com altas correntes, estasunidades possam, por meio de sinais discretos ou por comunicaçãovia rede, tomar a decisão de aban<strong>do</strong>nar os ajustes de t<strong>em</strong>po queforam defini<strong>do</strong>s pelo estu<strong>do</strong> de seletividade e atuar mais rapidamente(<strong>em</strong> torno de 70 ms). O uso desta solução tende a crescer mais aindacom a diss<strong>em</strong>inação da norma IEC61850 e as mensagens GOOSE,que transportam estruturas de da<strong>do</strong>s configuráveis.

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