13.07.2015 Views

Decreto-Lei n.º 10/2009, de 12 de Janeiro - Instituto do Desporto de ...

Decreto-Lei n.º 10/2009, de 12 de Janeiro - Instituto do Desporto de ...

Decreto-Lei n.º 10/2009, de 12 de Janeiro - Instituto do Desporto de ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Diário da República, 1.ª série — N.º 7 — <strong>12</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2009</strong> 221O <strong>de</strong>sporto, até por <strong>de</strong>finição, é uma activida<strong>de</strong> pre<strong>do</strong>minantementefísica, exercitada com carácter competitivo.Cobrir os riscos, através da instituição <strong>do</strong> seguroobrigatório, é uma necessida<strong>de</strong> absoluta para a segurança<strong>do</strong>s praticantes.Para alcançar tal <strong>de</strong>si<strong>de</strong>rato, no <strong>de</strong>senvolvimento da<strong>Lei</strong> n.º 1/90, <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>, <strong>Lei</strong> <strong>de</strong> Bases <strong>do</strong> SistemaDesportivo, foi publica<strong>do</strong> o <strong>Decreto</strong> -<strong>Lei</strong> n.º 146/93, <strong>de</strong> 26<strong>de</strong> Abril, diploma pelo qual se instituiu o regime jurídico<strong>do</strong> seguro <strong>de</strong>sportivo, enquanto seguro obrigatório.Com os seguros obrigatórios aten<strong>de</strong> -se a uma necessida<strong>de</strong>social fundamental, a <strong>de</strong> assegurar que o beneficiáriochegue, efectivamente, a usufruir da cobertura. É certo queum sistema <strong>de</strong> seguros não evita o risco, mas previne operigo <strong>de</strong> as vítimas não obterem o ressarcimento.A <strong>do</strong>utrina vem apontan<strong>do</strong> um conjunto <strong>de</strong> riscos susceptíveis<strong>de</strong> serem abrangi<strong>do</strong>s pelo seguro <strong>de</strong>sportivo,nomeadamente os riscos sobre a integrida<strong>de</strong> física <strong>do</strong>spraticantes, os riscos sobre a integrida<strong>de</strong> física <strong>do</strong>s especta<strong>do</strong>resou terceiros, os riscos a que estão expostos osrecursos humanos afectos ao evento <strong>de</strong>sportivo e, bemassim, os riscos inerentes à <strong>de</strong>slocação para o local on<strong>de</strong>se realiza o evento <strong>de</strong>sportivo.Por outro la<strong>do</strong>, o risco coberto pelo seguro <strong>de</strong>sportivoencontra -se perfeitamente baliza<strong>do</strong> materialmente, isto é,apenas abrange os riscos para a saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>correntes da prática<strong>de</strong> uma modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sportiva. Correspon<strong>de</strong>ntemente,excluem -se <strong>do</strong> seguro os riscos <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s da prática <strong>de</strong>modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sportivas diversas.De igual forma, a cobertura obrigatória apenas abrangeo aci<strong>de</strong>nte, ou seja, não inclui toda a lesão <strong>de</strong>rivada daprática <strong>de</strong>sportiva, como sejam os processos <strong>de</strong>generativosprogressivos que não tenham a sua causa num eventofortuito, externo, violento e súbito.Embora o quadro legal ainda em vigor tenha presenteestas características, a experiência entretanto colhida, apar da reforma iniciada com a entrada em vigor da <strong>Lei</strong> <strong>de</strong>Bases da Activida<strong>de</strong> Física e <strong>do</strong> <strong>Desporto</strong>, aconselham àrevisão <strong>do</strong> sistema em vigor, <strong>de</strong> forma a ultrapassar, porum la<strong>do</strong>, as críticas aos limites quantitativos das reparaçõesem dinheiro e, por outro, com o seguro <strong>de</strong> vida garanti<strong>do</strong>aos atletas <strong>de</strong> alto rendimento.Para esse efeito foi constituí<strong>do</strong> um grupo <strong>de</strong> trabalho,constituí<strong>do</strong> por representantes <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, <strong>do</strong>s praticantes<strong>de</strong>sportivos, das fe<strong>de</strong>rações <strong>de</strong>sportivas e <strong>do</strong>s segura<strong>do</strong>res,ten<strong>do</strong> em vista a implementação <strong>de</strong> novas regras para oseguro <strong>de</strong>sportivo, <strong>de</strong> forma a compatibilizar a diferentesituação <strong>do</strong>s diversos agentes <strong>de</strong>sportivos.Desta forma, o presente <strong>de</strong>creto -lei estabelece a obrigatorieda<strong>de</strong><strong>do</strong> seguro <strong>de</strong>sportivo para os agentes <strong>de</strong>sportivos,para os praticantes <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sportivas eminfra -estruturas <strong>de</strong>sportivas abertas ao público e para osparticipantes em provas ou manifestações <strong>de</strong>sportivas.A responsabilida<strong>de</strong> pela celebração <strong>do</strong> contrato <strong>de</strong> seguro<strong>de</strong>sportivo cabe às fe<strong>de</strong>rações <strong>de</strong>sportivas, às entida<strong>de</strong>sque explorem infra -estruturas <strong>de</strong>sportivas abertas aopúblico e às entida<strong>de</strong>s que organizem provas ou manifestações<strong>de</strong>sportivas.Matéria nova neste diploma é a plasmada no artigo 4.º,pelo qual se estabelece que o regime jurídico <strong>de</strong> seguroobrigatório também se aplica a to<strong>do</strong>s os agentes <strong>de</strong>sportivoscom <strong>de</strong>ficiências ou incapacida<strong>de</strong>s.Assume igualmente relevância a proibição <strong>de</strong> as apólices<strong>de</strong> seguro <strong>de</strong>sportivo não conterem exclusões que, interpretadasindividualmente ou consi<strong>de</strong>radas no seu conjunto,sejam contrárias à natureza da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sportiva ouprovoquem um esvaziamento <strong>do</strong> objecto <strong>do</strong> contrato <strong>de</strong>seguro.O presente <strong>de</strong>creto -lei inova, igualmente, quanto aoseguro <strong>de</strong>sportivo para os praticantes <strong>de</strong> alto rendimento.Manten<strong>do</strong> -se o sistema da existência <strong>de</strong> <strong>do</strong>is seguros paralelos,como suce<strong>de</strong> para os praticantes profissionais,vem, no entanto, clarificar -se os mecanismos para aferirda invali<strong>de</strong>z para a prática da modalida<strong>de</strong> ou especialida<strong>de</strong><strong>de</strong>sportiva pela qual o praticante se encontra integra<strong>do</strong> noregime <strong>de</strong> alto rendimento.Proce<strong>de</strong> -se também à revisão das coberturas mínimasquer para o seguro <strong>de</strong>sportivo quer para o seguro <strong>do</strong> praticante<strong>de</strong> alto rendimento, preven<strong>do</strong> -se a sua actualizaçãoautomática.Por último, é <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> um novo regime sancionatórioe prevê -se a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> o <strong>Instituto</strong> <strong>do</strong> <strong>Desporto</strong> <strong>de</strong>Portugal, I. P., quan<strong>do</strong> expressamente autoriza<strong>do</strong> pelo interessa<strong>do</strong>,po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r em juízo o interesse <strong>do</strong>s praticantese outros agentes <strong>de</strong>sportivos não profissionais.Foram ouvi<strong>do</strong>s os órgãos <strong>de</strong> governo próprios das regiõesautónomas.Assim:No <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> regime jurídico estabeleci<strong>do</strong> na<strong>Lei</strong> n.º 5/2007, <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>, e nos termos da alínea c)<strong>do</strong> n.º 1 <strong>do</strong> artigo 198.º da Constituição, o Governo <strong>de</strong>cretao seguinte:CAPÍTULO IDisposições geraisArtigo 1.ºObjectoO presente <strong>de</strong>creto -lei estabelece o regime jurídico <strong>do</strong>seguro <strong>de</strong>sportivo obrigatório.Artigo 2.ºObrigatorieda<strong>de</strong>1 — Os agentes <strong>de</strong>sportivos, os praticantes <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s<strong>de</strong>sportivas em infra -estruturas <strong>de</strong>sportivas abertasao público e os participantes em provas ou manifestações<strong>de</strong>sportivas <strong>de</strong>vem, obrigatoriamente, beneficiar <strong>de</strong> umcontrato <strong>de</strong> seguro <strong>de</strong>sportivo.2 — A responsabilida<strong>de</strong> pela celebração <strong>do</strong> contrato<strong>de</strong> seguro <strong>de</strong>sportivo referi<strong>do</strong> no número anterior cabe àsfe<strong>de</strong>rações <strong>de</strong>sportivas, às entida<strong>de</strong>s que explorem infra--estruturas <strong>de</strong>sportivas abertas ao público e às entida<strong>de</strong>sque organizem provas ou manifestações <strong>de</strong>sportivas.Artigo 3.º<strong>Desporto</strong> escolarO disposto no presente <strong>de</strong>creto -lei não se aplica aosriscos <strong>de</strong>correntes da prática <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sportivas<strong>de</strong>senvolvidas no âmbito <strong>do</strong> <strong>de</strong>sporto escolar.Artigo 4.ºAgentes <strong>de</strong>sportivos com <strong>de</strong>ficiências ou incapacida<strong>de</strong>sO regime jurídico <strong>de</strong> seguro obrigatório previsto no presente<strong>de</strong>creto -lei aplica -se a to<strong>do</strong>s os agentes <strong>de</strong>sportivoscom <strong>de</strong>ficiência ou incapacida<strong>de</strong>s, ten<strong>do</strong> em vista a sua


222 Diário da República, 1.ª série — N.º 7 — <strong>12</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2009</strong>plena integração e participação sociais, em igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s com os <strong>de</strong>mais agentes <strong>de</strong>sportivos.Artigo 5.ºCoberturas mínimas1 — O seguro <strong>de</strong>sportivo cobre os riscos <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntespessoais inerentes à respectiva activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sportiva,nomeadamente os que <strong>de</strong>correm <strong>do</strong>s treinos, das provas<strong>de</strong>sportivas e respectivas <strong>de</strong>slocações, <strong>de</strong>ntro e fora <strong>do</strong>território português.2 — As coberturas mínimas abrangidas pelo seguro<strong>de</strong>sportivo são as seguintes:a) Pagamento <strong>de</strong> um capital por morte ou invali<strong>de</strong>zpermanente, total ou parcial, por aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>corrente daactivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sportiva;b) Pagamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> tratamento, incluin<strong>do</strong>internamento hospitalar, e <strong>de</strong> repatriamento.3 — O seguro <strong>de</strong>sportivo <strong>do</strong>s praticantes abrangi<strong>do</strong>spelo regime <strong>de</strong> alto rendimento tem coberturas e valoresmínimos diferencia<strong>do</strong>s, nos termos <strong>do</strong> disposto noartigo 11.ºArtigo 6.ºExclusõesAs apólices <strong>de</strong> seguro <strong>de</strong>sportivo não po<strong>de</strong>m conter exclusõesque, interpretadas individualmente ou consi<strong>de</strong>radasno seu conjunto, sejam contrárias à natureza da activida<strong>de</strong><strong>de</strong>sportiva ou provoquem um esvaziamento <strong>do</strong> objecto <strong>do</strong>contrato <strong>de</strong> seguro.CAPÍTULO IIDo seguro <strong>do</strong>s agentes <strong>de</strong>sportivosArtigo 7.ºAgentes <strong>de</strong>sportivosPara efeitos <strong>do</strong> disposto no presente <strong>de</strong>creto -lei sãoagentes <strong>de</strong>sportivos, nomeadamente:a) Praticantes <strong>de</strong>sportivos fe<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s;b) Árbitros, juízes e cronometristas;c) Treina<strong>do</strong>res <strong>de</strong> <strong>de</strong>sporto;d) Dirigentes <strong>de</strong>sportivos.Artigo 8.ºSeguro <strong>de</strong>sportivo <strong>de</strong> grupo1 — As fe<strong>de</strong>rações <strong>de</strong>sportivas instituem um seguro<strong>de</strong>sportivo <strong>de</strong> grupo, mediante contrato celebra<strong>do</strong> com ossegura<strong>do</strong>res, ao qual é obrigatória a a<strong>de</strong>são <strong>do</strong>s agentes<strong>de</strong>sportivos menciona<strong>do</strong>s no artigo anterior nelas inscritos.2 — Cabe às fe<strong>de</strong>rações <strong>de</strong>sportivas a responsabilida<strong>de</strong>pelo pagamento <strong>do</strong> prémio <strong>do</strong> seguro <strong>de</strong> grupo aossegura<strong>do</strong>res.3 — Ficam isentos da obrigação <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rir ao seguro<strong>de</strong>sportivo <strong>de</strong> grupo os agentes <strong>de</strong>sportivos que façamprova, mediante certifica<strong>do</strong> emiti<strong>do</strong> por um segura<strong>do</strong>r,<strong>de</strong> que estão abrangi<strong>do</strong>s por uma apólice que garanta umnível <strong>de</strong> cobertura igual ou superior ao mínimo legalmenteexigi<strong>do</strong> para o seguro <strong>de</strong>sportivo.Artigo 9.ºA<strong>de</strong>são ao seguro <strong>de</strong>sportivo <strong>de</strong> grupo1 — A a<strong>de</strong>são individual <strong>do</strong>s agentes <strong>de</strong>sportivos menciona<strong>do</strong>sno artigo 7.º ao seguro <strong>de</strong>sportivo <strong>de</strong> gruporealiza -se no momento da sua inscrição nas fe<strong>de</strong>rações<strong>de</strong>sportivas.2 — A comparticipação <strong>de</strong>vida por cada a<strong>de</strong>rente aoseguro <strong>de</strong>sportivo <strong>de</strong> grupo é <strong>de</strong>finida por <strong>de</strong>liberação <strong>do</strong>sórgãos competentes da respectiva fe<strong>de</strong>ração.3 — A prestação prevista no número anterior é paga nomomento da inscrição ou respectiva renovação na fe<strong>de</strong>ração<strong>de</strong>sportiva.Artigo <strong>10</strong>.ºInício da produção <strong>de</strong> efeitosRelativamente a cada agente <strong>de</strong>sportivo, a cobertura<strong>do</strong> seguro <strong>de</strong>sportivo <strong>de</strong> grupo produz efeitos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> omomento da inscrição na fe<strong>de</strong>ração e mantém -se enquantoesta vigorar.Artigo 11.ºSeguro <strong>do</strong> praticante no regime <strong>de</strong> alto rendimento1 — Os praticantes <strong>de</strong>sportivos no regime <strong>de</strong> alto rendimentoestão abrangi<strong>do</strong>s por um seguro <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> com as coberturase capitais mínimos fixa<strong>do</strong>s no presente <strong>de</strong>creto -lei.2 — Em caso <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>corrente da activida<strong>de</strong><strong>de</strong>sportiva, os praticantes <strong>de</strong>sportivos no regime <strong>de</strong> altorendimento, sem prejuízo das coberturas previstas para oseguro <strong>de</strong>sportivo <strong>de</strong> grupo, são ainda obrigatoriamenteabrangi<strong>do</strong>s por um seguro garantin<strong>do</strong> um capital por invali<strong>de</strong>zpermanente com os valores mínimos fixa<strong>do</strong>s nopresente <strong>de</strong>creto -lei.3 — A invali<strong>de</strong>z referida no número anterior respeita àmodalida<strong>de</strong> ou especialida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sportiva pela qual o praticantese encontra integra<strong>do</strong> no regime <strong>de</strong> alto rendimentoe é aferida por uma comissão tripartida.4 — Cabe ao <strong>Instituto</strong> <strong>do</strong> <strong>Desporto</strong> <strong>de</strong> Portugal, I. P.(IDP, I. P.), a responsabilida<strong>de</strong> pela celebração e pagamento<strong>do</strong>s prémios <strong>do</strong>s contratos <strong>de</strong> seguro previstos nopresente artigo.Artigo <strong>12</strong>.ºComissão tripartida1 — A comissão tripartida a que se refere o n.º 3 <strong>do</strong>artigo anterior tem a seguinte composição:a) Um médico <strong>de</strong>signa<strong>do</strong> pelo <strong>Instituto</strong> Nacional <strong>de</strong>Medicina Legal, I. P., que presi<strong>de</strong>;b) Um médico em representação da entida<strong>de</strong> responsávelpela reparação <strong>do</strong> aci<strong>de</strong>nte;c) Um médico <strong>de</strong>signa<strong>do</strong> pelo praticante, ou, se formenor, pelo seu legal representante.2 — Sempre que for entendi<strong>do</strong> conveniente pela comissãoou por algum <strong>do</strong>s seus elementos, po<strong>de</strong> ser solicitadaa audição <strong>de</strong> outros médicos, nomeadamente especialistasem medicina <strong>de</strong>sportiva <strong>de</strong>signa<strong>do</strong>s pelo IDP, I. P.3 — A comissão reúne sempre que necessário e nas instalações<strong>do</strong> centro <strong>de</strong> medicina <strong>de</strong>sportiva correspon<strong>de</strong>nteà NUT II da área <strong>de</strong> residência <strong>do</strong> praticante <strong>de</strong>sportivo.


Diário da República, 1.ª série — N.º 7 — <strong>12</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2009</strong> 2234 — Cabe ao IDP, I. P., fornecer o apoio técnico, logísticoe material que se mostre necessário ao funcionamentoda comissão tripartida.Artigo 13.ºSeguro <strong>do</strong> praticante profissionalO seguro <strong>de</strong>sportivo <strong>de</strong> grupo em favor <strong>do</strong> praticanteprofissional tem natureza complementar relativamente aoseguro <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trabalho.CAPÍTULO IIIInfra -estruturas e provas ou manifestações<strong>de</strong>sportivasArtigo 14.ºEntida<strong>de</strong>s presta<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong>sportivos1 — As entida<strong>de</strong>s presta<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong>sportivos,públicas ou privadas, celebram um contrato <strong>de</strong> seguro <strong>de</strong>sportivo,com as coberturas mínimas previstas no n.º 2 <strong>do</strong>artigo 5.º, a favor <strong>do</strong>s utentes ou clientes <strong>de</strong>sses serviços.2 — A a<strong>de</strong>são ao seguro realiza -se no acto <strong>de</strong> inscriçãoou contratualização junto das entida<strong>de</strong>s mencionadas nonúmero anterior.3 — O disposto nos números anteriores não se aplica aosagentes <strong>de</strong>sportivos quan<strong>do</strong> estes se encontrem abrangi<strong>do</strong>spelas coberturas mencionadas no n.º 2 <strong>do</strong> artigo 5.º4 — Para efeitos <strong>do</strong> disposto no presente artigo, a cobertura<strong>do</strong>s riscos inerentes às <strong>de</strong>slocações apenas abrangeos praticantes fe<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s.Artigo 15.ºSeguro <strong>do</strong>s participantes em provasou manifestações <strong>de</strong>sportivas1 — As entida<strong>de</strong>s que promovam ou organizem provasou manifestações <strong>de</strong>sportivas abertas ao público <strong>de</strong>vemcelebrar um contrato <strong>de</strong> seguro <strong>de</strong>sportivo temporário, comas coberturas mínimas previstas no n.º 2 <strong>do</strong> artigo 5.º, a favor<strong>do</strong>s participantes não cobertos pelo seguro <strong>do</strong>s agentes<strong>de</strong>sportivos, pelo seguro previsto no n.º 1 <strong>do</strong> artigo anteriorou pelo seguro escolar.2 — O seguro <strong>do</strong>s participantes em provas ou manifestações<strong>de</strong>sportivas garante os riscos verifica<strong>do</strong>s no <strong>de</strong>cursoda competição e nas <strong>de</strong>slocações inerentes.3 — A a<strong>de</strong>são ao seguro realiza -se no momento da inscriçãona prova ou manifestação.CAPÍTULO IVCapitais mínimos obrigatóriosArtigo 16.ºCoberturas mínimas abrangidas pelo seguro <strong>de</strong>sportivoO contrato <strong>de</strong> seguro a que se refere o n.º 2 <strong>do</strong> artigo 5.ºgarante os seguintes montantes mínimos <strong>de</strong> capital:a) Morte — € 25 000;b) Despesas <strong>de</strong> funeral — € 2000;c) Invali<strong>de</strong>z permanente absoluta — € 25 000;d) Invali<strong>de</strong>z permanente parcial — € 25 000, pon<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>pelo grau <strong>de</strong> incapacida<strong>de</strong> fixa<strong>do</strong>;e) Despesas <strong>de</strong> tratamento e repatriamento — € 4000.Artigo 17.ºCoberturas mínimas <strong>do</strong> seguro <strong>do</strong> praticanteno regime <strong>de</strong> alto rendimentoO contrato <strong>de</strong> seguro a que se refere o artigo 11.º garanteos seguintes montantes mínimos <strong>de</strong> capital:a) Seguro <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>:i) Assistência hospitalar — € 15 000;ii) Assistência ambulatória — € 1500;b) Invali<strong>de</strong>z permanente absoluta — € 50 000;c) Invali<strong>de</strong>z permanente parcial — € 50 000.Artigo 18.ºActualização das coberturas mínimasAs coberturas mínimas obrigatórias <strong>do</strong>s seguros sãoautomaticamente actualizadas em <strong>Janeiro</strong> <strong>de</strong> cada ano, <strong>de</strong>acor<strong>do</strong> com o índice <strong>de</strong> preços <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r verifica<strong>do</strong>no ano anterior e publica<strong>do</strong> pelo <strong>Instituto</strong> Nacional <strong>de</strong>Estatística, I. P.Artigo 19.ºFranquias1 — Relativamente às coberturas a que se referem asalíneas b) e e) <strong>do</strong> artigo 16.º e a alínea a) <strong>do</strong> artigo 17.º, aspartes estabelecem livremente a introdução <strong>de</strong> franquias efixam o respectivo valor.2 — A franquia é suportada pelo segura<strong>do</strong>.CAPÍTULO VRegime sancionatórioArtigo 20.ºFalta <strong>de</strong> seguroAs entida<strong>de</strong>s que incumpram a obrigação <strong>de</strong> celebrar emanter vigentes os contratos <strong>de</strong> seguro <strong>de</strong>sportivo previstosno presente <strong>de</strong>creto -lei respon<strong>de</strong>m, em caso <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte<strong>de</strong>corrente da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sportiva, nos mesmos termosem que respon<strong>de</strong>ria o segura<strong>do</strong>r, caso o seguro tivessesi<strong>do</strong> contrata<strong>do</strong>.Artigo 21.ºContra -or<strong>de</strong>nação1 — Constitui contra -or<strong>de</strong>nação muito grave, punidacom coima mínima <strong>de</strong> € 500 e máxima <strong>de</strong> € 3000, porcada agente não segura<strong>do</strong>, a falta <strong>de</strong> contrato <strong>de</strong> seguro<strong>de</strong>sportivo obrigatório a que se refere o artigo 2.º2 — A negligência é punível, sen<strong>do</strong> os limites máximoe mínimo da coima reduzi<strong>do</strong>s para meta<strong>de</strong>.Artigo 22.ºFiscalizaçãoSem prejuízo das competências atribuídas por lei a outrasentida<strong>de</strong>s, a fiscalização <strong>do</strong> cumprimento <strong>do</strong> dispostono presente <strong>de</strong>creto -lei compete ao IDP, I. P.


224 Diário da República, 1.ª série — N.º 7 — <strong>12</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2009</strong>Artigo 23.ºTramitação processual1 — O levantamento <strong>do</strong>s autos <strong>de</strong> notícia compete aoIDP, I. P., assim como às outras entida<strong>de</strong>s policiais e fiscaliza<strong>do</strong>rasno âmbito das suas competências.2 — A instrução <strong>do</strong>s processos <strong>de</strong> contra -or<strong>de</strong>nação,bem como a aplicação das coimas, compete ao IDP, I. P.3 — O produto da aplicação das coimas reverte a favordas seguintes entida<strong>de</strong>s:a) 60 % para o Esta<strong>do</strong>;b) <strong>10</strong> % para a entida<strong>de</strong> autuante;c) 30 % para a entida<strong>de</strong> que instruiu o processo.CAPÍTULO VIDisposições finaisArtigo 24.ºDefesa <strong>do</strong>s segura<strong>do</strong>sO IDP, I. P., quan<strong>do</strong> expressamente autoriza<strong>do</strong> pelointeressa<strong>do</strong>, tem legitimida<strong>de</strong> para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r em juízo ointeresse <strong>do</strong>s praticantes e outros agentes <strong>de</strong>sportivos nãoprofissionais, no âmbito <strong>do</strong>s seguros regula<strong>do</strong>s pelo presente<strong>de</strong>creto -lei.Artigo 25.ºNorma revogatóriaSão revoga<strong>do</strong>s o <strong>Decreto</strong> -<strong>Lei</strong> n.º 146/93, <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> Abril, aPortaria n.º 757/93, <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> Agosto, e a Portaria n.º 392/98,<strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> Julho.Artigo 26.ºEntrada em vigorO presente <strong>de</strong>creto -lei entra em vigor no 1.º dia <strong>do</strong> mêsseguinte ao da sua publicação.Visto e aprova<strong>do</strong> em Conselho <strong>de</strong> Ministros <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong>Novembro <strong>de</strong> 2008. — José Sócrates Carvalho Pinto <strong>de</strong>Sousa — Fernan<strong>do</strong> Teixeira <strong>do</strong>s Santos — Manuel PedroCunha da Silva Pereira — Alberto Bernar<strong>de</strong>s Costa — JoséAntónio Fonseca Vieira da Silva — Ana Maria Teo<strong>do</strong>roJorge — Maria <strong>de</strong> Lur<strong>de</strong>s Reis Rodrigues.Promulga<strong>do</strong> em 23 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2008.Publique -se.O Presi<strong>de</strong>nte da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.Referenda<strong>do</strong> em 26 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2008.O Primeiro -Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto<strong>de</strong> Sousa.Portaria n.º <strong>12</strong>/<strong>2009</strong><strong>de</strong> <strong>12</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>O novo regime jurídico aplicável ao mergulho ama<strong>do</strong>rem to<strong>do</strong> o território nacional, aprova<strong>do</strong> pelo <strong>Decreto</strong> -<strong>Lei</strong>n.º 16/2007, <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>, estabelece no n.º 2 <strong>do</strong> artigo11.º que, para exercer as activida<strong>de</strong>s associadas aomergulho <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com os níveis oficiais <strong>de</strong> mergulha<strong>do</strong>re <strong>de</strong> instrutor <strong>de</strong> mergulho, é obrigatória a posse <strong>de</strong> um <strong>do</strong>cumento<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação próprio, <strong>de</strong>signa<strong>do</strong> título nacional<strong>de</strong> mergulho, em formato constante <strong>de</strong> portaria <strong>do</strong> membro<strong>do</strong> Governo responsável pela área <strong>do</strong> <strong>de</strong>sporto.Assim:Ao abrigo <strong>do</strong> artigo 11.º <strong>do</strong> <strong>Decreto</strong> -<strong>Lei</strong> n.º 16/2007, <strong>de</strong>22 <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>, manda o Governo, pelo Secretário <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong>da Juventu<strong>de</strong> e <strong>do</strong> <strong>Desporto</strong>, o seguinte:Artigo 1.ºObjectoA presente portaria aprova as características <strong>do</strong> títulonacional <strong>de</strong> mergulho, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o mo<strong>de</strong>lo constante<strong>do</strong> anexo I, e <strong>de</strong>fine as regras para a sua emissão, substituiçãoe actualização.Artigo 2.ºTítulo nacional <strong>de</strong> mergulhoA obtenção <strong>do</strong> título nacional <strong>de</strong> mergulho é obrigatóriapara to<strong>do</strong>s os mergulha<strong>do</strong>res e instrutores <strong>de</strong> mergulho queexerçam a sua activida<strong>de</strong> em território nacional, salvo asexcepções estabelecidas pelo artigo 15.º <strong>do</strong> <strong>Decreto</strong> -<strong>Lei</strong>n.º 16/2007, <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>.Artigo 3.ºMaterial e dimensõesO título nacional <strong>de</strong> mergulho é um cartão em policarbonatocom dimensões <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a norma ISO 78<strong>10</strong>:2003(85,6 mm × 53,98 mm × 0,82 mm).Artigo 4.ºElementos gráficos <strong>de</strong> segurançaO elemento <strong>de</strong> segurança físico que compõe o títulonacional <strong>de</strong> mergulho correspon<strong>de</strong> a um holograma empelícula prateada com a imagem repetida <strong>do</strong> símbolo <strong>do</strong><strong>Instituto</strong> <strong>do</strong> <strong>Desporto</strong> <strong>de</strong> Portugal, I. P., estampa<strong>do</strong> a quentecom a dimensão <strong>de</strong> 13 mm × 13 mm.Artigo 5.ºDescrição <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong>1 — O cartão é impresso em ambas as faces (quatrocores no anteverso e duas cores no verso) e incorpora osseguintes elementos:a) No anverso contém:i) A <strong>de</strong>signação «Título Nacional <strong>de</strong> Mergulho» emcor branca;ii) O holograma <strong>de</strong> segurança nos termos <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s noartigo 4.º;iii) O símbolo <strong>do</strong> <strong>Instituto</strong> <strong>do</strong> <strong>Desporto</strong> <strong>de</strong> Portugal, I. P.;iv) O símbolo da ban<strong>de</strong>ira portuguesa;v) Os elementos personaliza<strong>do</strong>s: número <strong>do</strong> mergulha<strong>do</strong>r,nível oficial <strong>de</strong> mergulho, nome <strong>do</strong> titular, data dacertificação, norma europeia, número <strong>de</strong> via <strong>de</strong> emissão(quan<strong>do</strong> aplicável);b) No verso contém:i) O seguinte texto em cor preta: «O Título Nacional <strong>de</strong>Mergulho, conforme o disposto no <strong>Decreto</strong> -lei n.º 16/2007,<strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong>, é o <strong>do</strong>cumento <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação pessoal<strong>do</strong>s praticantes <strong>de</strong> mergulho certifica<strong>do</strong>s perante as entida<strong>de</strong>sfiscaliza<strong>do</strong>ras.», «Este cartão é um <strong>do</strong>cumento

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!