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estruturas estabilizadoras ativas da articulação ... - INIC - Univap

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ESTRUTURAS ESTABILIZADORAS ATIVAS DA ARTICULAÇÃO GLENOUMERALUMA REVISÃO DA LITERATURAReis, Maurício Moreira 1 , Martinho, Karina Oliveira 2 , Cordeiro, Gabriel Guimarães 3 ,Pinto, Thiago Lorentz 4 , Salmela, Luci Fuscaldi 5 , Oliveira, Luís Vicente Franco 61,2,3,4Fun<strong>da</strong>ção Comunitária de Ensino Superior de Itabira / Departamento de Anatomia Humanafisiomauricio@yahoo.com.br5 Universi<strong>da</strong>de Federal de Minas Gerais / Departamento de Fisioterapia / lfts@ufmg.br6 Universi<strong>da</strong>de do Vale do Paraíba / Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento / oliveira@univap.brResumo - A <strong>articulação</strong> glenoumeral é uma <strong>da</strong>s que mais apresenta disfunções devido à sua grandecomplexi<strong>da</strong>de. A instabili<strong>da</strong>de glenoumeral manifesta-se quando há uma deficiência em alguma parte dosistema estabilizador. A função normal <strong>da</strong> <strong>articulação</strong> glenoumeral é determina<strong>da</strong> pela estabili<strong>da</strong>deconsegui<strong>da</strong> através <strong>da</strong> interação entre <strong>estruturas</strong> <strong>estabilizadoras</strong> passivas e <strong>ativas</strong>. Ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s<strong>estruturas</strong> <strong>estabilizadoras</strong> apresenta seu papel bem definido e sua importância dentro do mecanismo deestabilização e disfunção de qualquer uma delas influenciará o desempenho <strong>da</strong>s outras. Para o presenteestudo de revisão <strong>da</strong> literatura foram pesquisa<strong>da</strong>s as bases de <strong>da</strong>dos Medline, Lilacs e Bibliotecas <strong>da</strong>Universi<strong>da</strong>de Federal de Minas Gerais. O objetivo do estudo foi descrever as <strong>estruturas</strong> <strong>ativas</strong> e osmecanismos responsáveis pela manutenção <strong>da</strong> estabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> <strong>articulação</strong> glenoumeral.Palavras-chave: Complexo articular do ombro, <strong>articulação</strong> glenoumeral, estabili<strong>da</strong>de.Área do Conhecimento: Ortopedia e traumatologia.IntroduçãoA estabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> <strong>articulação</strong> glenoumeral éfun<strong>da</strong>mental para a realização <strong>da</strong> maioria <strong>da</strong>sativi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> diária (HESS, 2000). Esta éconsegui<strong>da</strong> através de <strong>estruturas</strong> <strong>estabilizadoras</strong>passivas e <strong>ativas</strong>. As <strong>estruturas</strong> passivas(geometria óssea, lábio glenoi<strong>da</strong>l, cápsula,ligamentos e pressão negativa intraarticular) e as<strong>ativas</strong> (músculos do manguito rotador, bícepsbraquial, deltóide e escapulotorácicos) contribuemde maneira interdependente para a estabili<strong>da</strong>de efunção normal do ombro (BURKART, 2002; HESS,2000; MATSEN, 2007; WILK, 1997).Qualquer alteração nos seus mecanismos deestabilização pode levar à per<strong>da</strong> <strong>da</strong> congruênciae/ou contato entre as faces articulares (CURL,1996; HAYES, 2002). Instabili<strong>da</strong>de glenoumeralpode ser defini<strong>da</strong> como uma condição patológicaonde há uma inabili<strong>da</strong>de em manter a relaçãoanatômica normal entre a cabeça do úmero e acavi<strong>da</strong>de glenoi<strong>da</strong>l <strong>da</strong> escápula (ABBOUD, 2002),gerando um amplo espectro de patologias,variando de uma repentina subluxação até umaluxação <strong>da</strong> cabeça do úmero (CASTAGNA, 2007;HAYES, 2002; WILK, 1997).Recentemente, pesquisas científicas têmdocumentado os mecanismos de estabilização <strong>da</strong><strong>articulação</strong> glenoumeral e novas tecnologias tempermitido aos pesquisadores eluci<strong>da</strong>rem ascausas <strong>da</strong> instabili<strong>da</strong>de (ABBOUD, 2002;MATAVA, 2005; WALLACE, 2004). O presenteestudo teve o objetivo de realizar uma revisão <strong>da</strong>literatura, descrevendo as <strong>estruturas</strong> <strong>ativas</strong> e osmecanismos responsáveis pela manutenção <strong>da</strong>estabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> <strong>articulação</strong> glenoumeral e eluci<strong>da</strong>rconceitos funcionais importantes para a avaliaçãoe reabilitação funcional de pacientes portadores deinstabili<strong>da</strong>des glenoumerais.MetodologiaPara o presente estudo de revisão <strong>da</strong> literatura,foram realiza<strong>da</strong>s pesquisas bibliográficas emartigos científicos e livros através <strong>da</strong>s bases de<strong>da</strong>dos Medline, Lilacs e Bibliotecas <strong>da</strong>Universi<strong>da</strong>de Federal de Minas Gerais. Osseguintes descritores foram utilizados: shoulderstability, glenohumeral ligaments, scapularstability. Os textos selecionados foram publicadosna língua inglesa nos últimos 25 anos e envolviamseres humanos. Os tipos de artigos incluídosforam: artigos de revisão, ensaios clínicos eartigos experimentais que relatavam resultados deestudos anatômicos e biomecânicos dosestabilizadores ativos <strong>da</strong> <strong>articulação</strong> glenoumeral.Revisão <strong>da</strong> literaturaOs músculos do manguito rotador, bícepsbraquial, deltóide e escapulotorácicos são as<strong>estruturas</strong> <strong>ativas</strong> responsáveis pela estabili<strong>da</strong>de<strong>da</strong> <strong>articulação</strong> glenoumeral (BIGLIANI, 1996;CURL, 1996; WILK, 1997).O manguito rotador é composto pelos músculossupra-espinal, infra-espinal, redondo menor esubescapular (CARMICHAEL, 1985). A contraçãodestes músculos produz tensão nas <strong>estruturas</strong>capsuloligamentares que gera uma centralização<strong>da</strong> cabeça do úmero na cavi<strong>da</strong>de glenoi<strong>da</strong>l. EsteXI Encontro Latino Americano de Iniciação Científica eVII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universi<strong>da</strong>de do Vale do Paraíba1740


mecanismo confere estabili<strong>da</strong>de à <strong>articulação</strong>glenoumeral (CLARK, 1992). A estabili<strong>da</strong>deanterior é considera<strong>da</strong> como sendo uma função domúsculo subescapular, enquanto os músculosinfra-espinal e redondo menor protegem a cabeçado úmero posteriormente (NORKIN, 1992).Durante a elevação do braço, a quanti<strong>da</strong>de deativi<strong>da</strong>de eletromiográfica dinâmica dos músculosdo manguito aumenta até um certo ponto, e depoisdeclina gradualmente à medi<strong>da</strong> que o braçocontinua a se elevar até a amplitude máxima. Alémdisso, exercícios de rotação medial e lateralrealizados a 90° de abdução apresentam maiorativi<strong>da</strong>de eletromiográfica dos músculos domanguito compara<strong>da</strong> com 45° ou 0° de abdução.Este aumento <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de eletromiográfica dosmúsculos do manguito a 90° de abdução ocorre,pois são mais exigidos para estabilizardinamicamente a <strong>articulação</strong> glenoumeral nestaposição (WILK, 1997).O bíceps braquial auxilia os músculos domanguito rotador na criação de forças decompressão articular (HAYES, 2002). Seu efeitoestabilizador varia de acordo com as posições derotação do úmero (PAGNANI, 1996). Em rotaçãolateral, o tendão <strong>da</strong> cabeça longa limita atranslação posterior <strong>da</strong> cabeça do úmero(PAGNANI, 1996) e em rotação medial limita atranslação anterior (PAGNANI, 1996; SAKURAI,1998). Além de prevenir translações anteriores eposteriores, o tendão <strong>da</strong> cabeça longa do bícepsbraquial age como um depressor <strong>da</strong> cabeçaumeral (SAHA, 1983) contrabalançando forças quetendem a deslocar a cabeça do úmerosuperiormente (KUMAR, 1989). O bíceps braquialapresenta uma importância maior na estabili<strong>da</strong>de<strong>da</strong> <strong>articulação</strong> glenoumeral à medi<strong>da</strong> que estatorna-se mais instável. À medi<strong>da</strong> que aestabilização pelas <strong>estruturas</strong> capsuloligamentaresdiminui devido à lesão, o bíceps torna-se maisimportante que os músculos do manguito rotadorcomo um estabilizador (ITOI, 1994).O deltóide e os músculos do manguito são oscomponentes motores necessários para aelevação do braço. A força de elevação dodeltóide associa<strong>da</strong> à tração inferior dos músculosdo manguito estabelecem uma combinação deforças necessária para a elevação do braço e paraestabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> <strong>articulação</strong> glenoumeral (PEAT,1986). A 90° de abdução do braço ou mais, a forçade reação articular desenvolvi<strong>da</strong> pela ação dodeltóide passa pela superfície <strong>da</strong> cavi<strong>da</strong>deglenoi<strong>da</strong>l. Nesta posição, o deltóide geracompressão entre as faces articulares eestabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> <strong>articulação</strong> glenoumeral(SARRAFIAN, 1983). Quando o braço está ao ladodo corpo (0° de abdução), o componentetranslatório <strong>da</strong> linha de ação do deltóide é muitomaior que o componente rotatório. Assim, amaioria <strong>da</strong> força de contração do deltóide causauma translação superior <strong>da</strong> cabeça do úmero. Sea força translatória superior do deltóide não foroposta, a cabeça do úmero impacta contra o arcocoracoacromial. A ação combina<strong>da</strong> dos músculossubescapular, infra-espinal e redondo menor gerauma força translatória inferior que se opõe à forçatranslatória superior gera<strong>da</strong> pelo deltóide. Estemecanismo impede que a cabeça do úmerosubluxe, superiormente, durante a elevação dobraço. Desta forma, os músculos do manguito e odeltóide atuam, sinergicamente, para produzir osmovimentos do úmero e garantir a estabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong><strong>articulação</strong> glenoumeral (NORKIN, 1992).O posicionamento escapular adequado éessencial para uma máxima estabili<strong>da</strong>de,amplitude de movimento e vantagem mecânicados músculos do cíngulo escapular (HART, 1985NIJS, 2007). Um dos papéis primários <strong>da</strong><strong>articulação</strong> escapulotorácica é manter,dinamicamente, uma relação comprimento-tensãoótima para o funcionamento destes músculos(WILK, 1997). Os músculos escapulotorácicos(trapézio, serrátil anterior, peitoral menor erombóides) são responsáveis pela estabilização <strong>da</strong>escápula no tórax já que a <strong>articulação</strong>escapulotorácica não apresenta ligamentos desuporte (HAYES, 2002). Eles estabilizam aescápula em relação ao úmero (HAYES, 2002) efornecem uma base de suporte estável para osmúsculos <strong>da</strong> <strong>articulação</strong> glenoumeral se fixarem eexercerem sua função (WILK, 1997). Aestabili<strong>da</strong>de escapular é altamente dependente <strong>da</strong>musculatura escapulotorácica. A fraqueza destesmúsculos pode contribuir para uma falta deestabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> escápula que diretamente afeta afunção dos músculos <strong>da</strong> <strong>articulação</strong> glenoumeral.Desta forma, a musculatura escapulotoráciadesempenha um papel significativo na estabili<strong>da</strong>de<strong>da</strong> <strong>articulação</strong> glenoumeral (WILK, 1997). Warnere cols. (1992), em um estudo de análise dosmovimentos escapulares, concluíram que existeuma associação significativa entre disfunção domovimento <strong>da</strong> <strong>articulação</strong> escapulotorácica einstabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> <strong>articulação</strong> glenoumeral. Segundoestes autores, uma fraqueza dos músculostrapézio e serrátil anterior pode resultar em umainadequa<strong>da</strong> rotação escapular e protração durantea flexão do braço. Isto levaria à instabili<strong>da</strong>deglenoumeral por uma falha na manutenção deuma plataforma estável para a rotação <strong>da</strong> cabeçado úmero. Segundo Wilk e cols. (1997), há umacorrelação entre fraqueza <strong>da</strong> musculaturaescapulotorácica e instabili<strong>da</strong>de multidirecional doombro. Clinicamente, estes autores observaramque os músculos escapulotorácicosapresentavam-se rotineiramente fracos empacientes com instabili<strong>da</strong>de multidirecionalatraumática <strong>da</strong> <strong>articulação</strong> glenoumeral.Recomen<strong>da</strong>m <strong>da</strong>r ênfase no fortalecimento dosmúsculos que realizam a retração escapularXI Encontro Latino Americano de Iniciação Científica eVII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universi<strong>da</strong>de do Vale do Paraíba1741


(rombóides e fibras médias do trapézio), aprotração escapular (serrátil anterior e peitoralmenor), e os rotadores superiores <strong>da</strong> escápula(fibras superiores e inferiores do trapézio e fibrasinferiores do serrátil anterior) para aju<strong>da</strong>r amelhorar a estabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> <strong>articulação</strong>glenoumeral.DiscussãoUma alteração no funcionamento normal dosmecanismos estabilizadores ativos <strong>da</strong> <strong>articulação</strong>glenoumeral pode levar à instabili<strong>da</strong>de (HAYES,2002; CURL, 1996). Instabili<strong>da</strong>de glenoumeral éum termo vago que pode representar um amploespectro de patologias, variando de uma repentinasubluxação até uma luxação <strong>da</strong> cabeça do úmero(WILK, 1997; HAYES, 2002). Subluxações eluxações <strong>da</strong> <strong>articulação</strong> glenoumeral sãofreqüentes e, sua maior complicação é a recidiva(HAYES, 2002).Um programa de reabilitação para ombrosinstáveis deve incluir exercícios de fortalecimentodos músculos do manguito rotador,escapulotorácicos, bíceps braquial e deltóide jáque eles exercem um papel estabilizadorimportante na <strong>articulação</strong> glenoumeral e sãopassíveis de sofrerem a<strong>da</strong>ptações quandoestimulados de maneira correta.O fortalecimento dos músculos do manguitoatravés de exercícios específicos é indicado paramelhorar a estabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> <strong>articulação</strong>glenoumeral. De acordo com Clark (1992), acontração destes músculos produz tensão nas<strong>estruturas</strong> capsuloligamentares que gera umacentralização <strong>da</strong> cabeça do úmero na cavi<strong>da</strong>deglenoi<strong>da</strong>l. No entanto, exercícios para os músculosdo manguito devem ser seletivos pois,dependendo <strong>da</strong> direção <strong>da</strong> instabili<strong>da</strong>de,determinados músculos deverão ser enfatizados.Quando a instabili<strong>da</strong>de for anterior, o músculosubescapular deve ser fortalecido. Na instabili<strong>da</strong>deposterior, ênfase deve ser <strong>da</strong><strong>da</strong> aos músculosinfra-espinal e redondo menor já que, segundoNorkin (1992), a estabili<strong>da</strong>de anterior <strong>da</strong><strong>articulação</strong> glenoumeral é considera<strong>da</strong> comosendo uma função do músculo subescapular,enquanto os músculos infra-espinal e redondomenor protegem a cabeça do úmeroposteriormente. Inicialmente, os exercícios defortalecimento do manguito devem ser realizadosem amplitudes baixas de elevação dos braços eposteriormente em amplitudes mais altas, pois, deacordo com Wilk e cols. (1997) exercícios derotação medial e lateral realizados a 90° deabdução apresentam maior ativi<strong>da</strong>deeletromiográfica dos músculos do manguitocompara<strong>da</strong> com 45 ou 0° de abdução. Esteaumento <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de eletromiográfica dosmúsculos do manguito a 90° de abdução ocorre,pois estes músculos são mais exigidos paraestabilizar dinamicamente a <strong>articulação</strong>glenoumeral nesta posição.Além dos músculos do manguito, o bícepsbraquial deve ser fortalecido nas instabili<strong>da</strong>desanteriores e posteriores <strong>da</strong> <strong>articulação</strong>glenoumeral pois, além de auxiliar os músculos domanguito na criação de forças de compressãoarticular (HAYES, 2002), o bíceps é capaz deprevenir translações anteriores e posteriores <strong>da</strong>cabeça do úmero (SAHA, 1983). Quando ainstabili<strong>da</strong>de vem associa<strong>da</strong> com lesão de<strong>estruturas</strong> capsuloligamentares, o fortalecimentodo bíceps deve ser mais enfatizado que o dosmúsculos do manguito. Segundo Itoi e cols.(1994), o bíceps braquial apresenta umaimportância maior na estabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> <strong>articulação</strong>glenoumeral à medi<strong>da</strong> que torna-se mais instável.À medi<strong>da</strong> que a estabilização pelas <strong>estruturas</strong>capsuloligamentares diminui devido à lesão, obíceps torna-se mais importante que os músculosdo manguito rotador como um estabilizador.Exercícios de estabilização específicos para omúsculo deltóide, preferencialmente devem serrealizados em amplitudes mais altas de elevaçãodo braço. As amplitudes mais baixas devem serevita<strong>da</strong>s. Segundo Hess (2000), nestas posições,o deltóide gera uma translação superior <strong>da</strong> cabeçado úmero que tende a luxa-la superiormente. Jáem amplitudes mais altas de elevação, o deltóidefornece compressão <strong>da</strong> cabeça do úmero contra aglenóide gerando estabili<strong>da</strong>de articular.Os músculos do manguito e o deltóide sãofuncionalmente dependentes dos músculosescapulotorácicos. Portanto, qualquer programade exercícios para o manguito e o deltóide deveincluir o fortalecimento dos últimos. Ênfase deveser <strong>da</strong><strong>da</strong> aos músculos trapézio, serrátil anterior,rombóides e peitoral menor. De acordo com Hart eCarmichael (1985), o posicionamento escapularadequado é essencial para uma máximaestabili<strong>da</strong>de, amplitude de movimento e vantagemmecânica dos músculos do cíngulo escapular.Segundo Wilk e cols. (1997), um dos papéisprimários dos músculos escapulotorácicos émanter, dinamicamente, uma relaçãocomprimento-tensão ótima para o funcionamentodestes músculos durante a elevação do braço.Além disto, Warner e cols. (1992), afirmam queuma fraqueza dos músculos escapulotorácicospode resultar em uma inadequa<strong>da</strong> rotação eprotração escapular durante a flexão do braço. Istolevaria à instabili<strong>da</strong>de glenoumeral por uma falhana manutenção de uma plataforma estável para aação dos músculos do manguito e deltóide.ConclusãoCa<strong>da</strong> estrutura ativa apresenta o seu papel esua importância dentro do mecanismo deXI Encontro Latino Americano de Iniciação Científica eVII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universi<strong>da</strong>de do Vale do Paraíba1742


estabilização <strong>da</strong> <strong>articulação</strong> glenoumeral edisfunção de qualquer uma delas influencia odesempenho <strong>da</strong>s outras. O conhecimento dosmecanismos de estabilização é essencial parauma avaliação e tratamento efetivos <strong>da</strong>sinstabili<strong>da</strong>des <strong>da</strong> <strong>articulação</strong> glenoumeral. A buscade novos estudos e comprovações científicas énecessária para um maior entendimento <strong>da</strong> função<strong>da</strong>s <strong>estruturas</strong> <strong>estabilizadoras</strong> desta importante<strong>articulação</strong> do membro superior.ReferênciasABBOUD, J.A.; SOSLOWSKY, L.J. Interplay of theStatic and Dynamic Restraints in GlenohumeralInstability. Clin Orthop Relat Res, Pennsylvania,n. 400, p. 48-57, 2002.BIGLIANI, L.U. et al. Glenohumeral Stability:Biomechanical Properties of Passive and ActiveStabilizers. Clin Orthop Relat Res, New York, n.330, p. 13-30, 1996.BURKART, A.C.; DEBSKI, R.E. Anatomy andFunction of the Glenohumeral Ligaments inAnterior Shoulder Instability. Clin Orthop RelatRes, Pittsburgh, n. 400, p. 32-39, 2002.CARMICHAEL, S.W.; HART, D.L. Anatomy of theShoulder Joint. J Orthop Sports Phys Ther,Rochester, v. 6, n. 4, p. 225-228, 1985.CASTAGNA, A. et al. Minor shoulder instability.Arthroscopy, Milan, v. 23, n. 2, p. 211-215, 2007.CLARK, J.M.; HARRYMAN, D.T.Tendons,Ligaments, and Capsule of the Rotator Cuff –Gross and Microscopic Anatomy. J Bone JointSurg, Seattle, v. 74 – A, n. 5, p. 713-725, 1992.CURL, L.A.; WARREN, R.F. Glenohumeral JointStability: Selective Cutting Studies on the StaticCapsular Restraints. Clin Orthop Relat Res, NewYork, n. 330, p. 54-65, 1996.HART, D.L.; CARMICHAEL, S.W. Biomechanics ofthe Shoulder. J Orthop Sports Phys Ther,Morgantown, v. 6, n. 4, p. 229-234, 1985.HAYES, K. et al. Shoulder Instability: Managementand Rehabilitation. J Orthop Sports Phys Ther,Sydney, v. 32, n. 10, p. 497-509, 2002.HESS, S.A. Functional stability of theglenohumeral joint. Manual Therapy, Brisbane, v.5, n. 2, p. 63-71, 2000.ITOI, E. et al. Dynamic anterior stabilizers of theshoulder with the arm in abduction. J Bone JointSurg, Rochester, v. 76 – B, n. 5, p. 834-836, 1994.KUMAR, V.P.; SATKU, K.; BALASUBRAMANIAM,P. The role of the long head of the bíceps brachii inthe stabilization of the head of the humerus. ClinOrthop Relat Res, n. 244, p. 172-175, 1989.MATAVA, M.J. et al. Partial-thickness rotator cufftears. Am J Sports Med, St. Louis, v. 33, n. 9, p.1405-1417, 2005.MATSEN, F.A. et al. Principles for the evaluationand management of shoulder instability. InstrCourse Lect, Seattle, n. 56, p. 23-34, 2007.NIJS, J. et al. Clinical assessment of scapularpositioning in patients with shoulder pain: state ofthe art. J Manipulative Physiol Ther, Belgium, v.30, n. 1, p. 69-75, 2007.NORKIN, C.C.; LEVANGIE, P.K. Joint. Structureand function. A comprehensive analysis.Philadelphia: F. A. Davis Company, 1992.PAGNANI, M.J. et al. Role of the long head of thebiceps braquii in glenohumeral stability: abiomechanical study in ca<strong>da</strong>vera. J ShoulderElbow Surg, v. 5, n. 4, p. 255- 262, 1996.PEAT, M. Functional Anatomy of the ShoulderComplex. Physical Therapy, Ontario, v. 66, n. 12,p. 1855-1865, 1986.SAHA, A.K. Mechanism of shoulder movementsand a plea for the recognition of the “zero position”of the glenohumeral joint. Clin Orthop Relat Res,n. 173, p. 3-10, 1983.SAKURAI, G. et al. Electromyographic Analysis ofShoulder Joint Function of the Biceps BrachiiMuscle During Isometric Contraction. Clin OrthopRelat Res, Kashihara, n. 354, p. 123-131, 1998.SARRAFIAN, S.K. Gross and Functional Anatomyof the Shoulder. Clin Orthop Relat Res, Chicago,n. 173, p. 11-19, 1983.WALLACE, A.L. et al. The unstable shoulder.Hosp Med, London, v. 65, n. 11, p. 648-651, 2004.WARNER, J.J.P. et al. Scapulothoracic Motion inNormal Shoulders and Shoulders WithGlenohumeral Instability and ImpingementSyndrome – A study Using Moiré TopographicAnalysis. Clin Orthop Relat Res, Boston, n. 285,p. 191-199, 1992.WILK, K.E.; ARRIGO, C.A.; ANDREWS, J.R.Current Concepts: The Stabilizing Structures of theGlenohumeral Joint. J Orthop Sports Phys Ther,Birmingham, v. 25, n. 6, p. 364-379, 1997.XI Encontro Latino Americano de Iniciação Científica eVII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universi<strong>da</strong>de do Vale do Paraíba1743

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