2. IntroduçãoNeste relatório técnico de ativi<strong>da</strong>des é apresentado o resultado <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des depesquisa e acadêmicas desenvolvi<strong>da</strong>s no período compreendido entre os meses de janeiro edezembro de 2007, referentes ao desenvolvimento do projeto de pesquisa “<strong>Estudo</strong> <strong>da</strong>Sismici<strong>da</strong>de e <strong>da</strong> <strong>Estrutura</strong> <strong>da</strong> <strong>Crosta</strong> <strong>Terrestre</strong> na Região Nordeste do Brasil”.Este projeto foi desenvolvido nos últimos três anos (2005, 2006 e 2007) e para ca<strong>da</strong>ano, foi confeccionado um relatório técnico de ativi<strong>da</strong>des. Assim, vale destacar que esterelatório é referente às ativi<strong>da</strong>des desenvolvi<strong>da</strong>s no ano de 2007.3. Caracterização do problemaA região Nordeste do Brasil é a principal área de ativi<strong>da</strong>de sísmica do país,principalmente a bor<strong>da</strong> <strong>da</strong> Bacia Potiguar (Rio Grande do Norte e leste do Ceará). Por ser dotipo intraplaca, o nível <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de sísmica no Nordeste do Brasil não pode ser comparado aode regiões de bor<strong>da</strong> de placa como a Califórnia ou os Andes, por exemplo. Isso não quer dizerque sismos intraplaca não sejam perigosos, mas são menos freqüentes. Ao contrário dogeralmente pensado, devido às características <strong>da</strong> crosta, sismos intraplaca são mais destrutivosque sismos de bor<strong>da</strong> de placa, com a mesma magnitude e profundi<strong>da</strong>de (Seeber &Armbruster,1988).Embora, até o momento, não tenha ocorrido nenhum sismo catastrófico na região,duas <strong>da</strong>s características <strong>da</strong> sismici<strong>da</strong>de do Nordeste tornam os efeitos dos sismos maissalientes: de um lado, os sismos são rasos com, no máximo, 12 km de profundi<strong>da</strong>de; e dooutro, a ativi<strong>da</strong>de sísmica costuma ocorrer na forma de enxame, cuja duração pode se estenderpor anos (Ferreira et al., 1998). A primeira característica faz com que, por exemplo, sismos demagnitude <strong>da</strong> ordem de 3,8 m b (magnitude calcula<strong>da</strong> com on<strong>da</strong>s P e S) causem rachaduras emedificações. A segun<strong>da</strong> característica faz com que o efeito psicológico de uma seqüência desismos, mesmo de baixa magnitude, praticamente só ouvidos pelos habitantes, cause pânicona população.A região Nordeste tem experimentado sismos de magnitude próxima ou superior a 5,0,como os que ocorreram em Cascavel (1980, 5,2 m b ) e João Câmara (1986, 5,1 m b ; 1989, 5,0m b ), todos com intensi<strong>da</strong>de VII MM (Fig. 1). Esses eventos têm causado sérios <strong>da</strong>nos nasedificações como colapso parcial de casas e extensas rachaduras nas paredes. Mais de umacentena de casas teve que ser reconstruí<strong>da</strong> na área epicentral, em João Câmara. Os tremorescitados acima foram sentidos numa área de raio <strong>da</strong> ordem de 600 km, a partir do epicentro5
- Page 3: 1. Síntese do Projeto 1Título do
- Page 7 and 8: Seismology). No entanto, por se tra
- Page 9 and 10: Apesar da atividade sísmica no Rio
- Page 11 and 12: Destacamos na Tabela 1, além dos e
- Page 13 and 14: SC02 IPC 2007 10 24 12:07:41,80 5,5
- Page 15 and 16: Figura 5. Estação sismográfica a
- Page 17 and 18: 5.3. Atividade sísmica em Taboleir
- Page 19 and 20: Além dos dados da estação de AGB
- Page 21 and 22: TG10 IPC 2007 09 16 00:12:00,95 0,2
- Page 23 and 24: TG10 IPC 2007 12 07 04:28:07,00 0,2
- Page 25 and 26: Figura 10. Epicentro (cruz) do sism
- Page 27 and 28: transmissão de dados, entre a esta
- Page 29 and 30: Figura 13. Localização geográfic
- Page 31 and 32: Figura 14. Orientação geográfica
- Page 33 and 34: Figura 18. Ligação entre o sismô
- Page 35 and 36: 6. Atividades acadêmicasNo ano de
- Page 37 and 38: geological faults”, apresentado n
- Page 39 and 40: operadas pelo LabSis-UFRN. Desde o
- Page 41: A N E X O S41