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avaliação preliminar da estabilidade de cremes fotoprotetores ... - FGF

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2ITAMAR DE ABREU LARENTESAVALIAÇÃO PRELIMINAR DA ESTABILIDADE DE CREMESFOTOPROTETORES DE FARMÁCIAS MAGISTRAIS.Monografia apresenta<strong>da</strong> como requisito parcial paraobtenção do título <strong>de</strong> Licenciado em Química noPrograma Especial <strong>de</strong> Formações <strong>de</strong> Docentes <strong>da</strong>Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> Integra<strong>da</strong> <strong>da</strong> Gran<strong>de</strong> Fortaleza – <strong>FGF</strong>, soba orientação do Profº. Msc. Jean Carlos <strong>de</strong> AraújoBrilhante.MARINGÁ – PR2009


3Monografia submeti<strong>da</strong> ao Programa Especial <strong>de</strong> Formação Pe<strong>da</strong>gógica <strong>de</strong> Docentes emQuímica, como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau <strong>de</strong> Licenciado emQuímica, autorgado pela Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> Integra<strong>da</strong> <strong>da</strong> Gran<strong>de</strong> Fortaleza – <strong>FGF</strong>.______________________________Itamar <strong>de</strong> Abreu Larentes______________________________Prof. Msc. Jean Carlos <strong>de</strong> Araújo BrilhanteOrientador______________________________Profª. Msc. Célia DiógenesCoor<strong>de</strong>nadora do CursoNota obti<strong>da</strong>: ______Monografia aprova<strong>da</strong> em: ___ / ____ / ____


4Dedico a minha queri<strong>da</strong> família, naturalmente pessoas guia<strong>da</strong>spelo divino Espírito Santo, a quem em primeiro lugar agra<strong>de</strong>ço.A vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> estu<strong>da</strong>nte exige constante perseverança e <strong>de</strong>dicaçãoàs obrigações <strong>da</strong>s tarefas escolares e sendo assim precisamos <strong>de</strong>continuado incentivo e apoio material. Isto tudo encontrei naminha família, em especial a colaboração permanente <strong>de</strong> meuspais, que nunca mediram esforços, para que eu continuassemeus estudos e conseguisse o grau que alcancei. De outraforma, quero agra<strong>de</strong>cer ao simpático incentivo <strong>de</strong> minhaestima<strong>da</strong> e inteligente irmã Debora <strong>de</strong> Abreu. Em Deus Confio!


5AGRADECIMENTOSAgra<strong>de</strong>ço meu orientador professor Jean Carlos <strong>de</strong> Araújo Brilhante em especial, bem como aprofessora Célia Diógenes, coor<strong>de</strong>nadora <strong>de</strong>ste curso, pela aju<strong>da</strong> continua que meproporcionou em todo s os momentos durante a realização <strong>de</strong>ste trabalho e pelo incentivonessa batalha em busca do saber.


6“On<strong>de</strong> quer que haja homens e mulheres, hásempre o que fazes, há sempre o que ensinar, hásempre o que fazer”.(Paulo Freire)


8ABSTRACTThe ultraviolet radiation A and B are related the diverse problems of health, ascancer of skin or cutaneous aging. To minimize such problems, cosmetic products<strong>fotoprotetores</strong> are <strong>de</strong>veloped by cosmetic industries and skillful pharmacies. These productspossess distinct characteristics and, so that they are <strong>de</strong>veloped, they must pass for diverse testswith the objective to evaluate its stability and effectiveness, or either, must supply i<strong>de</strong>al factorof solar protection and to keep its characteristics you initiate constants, as color, odor, aspectand pH. The objective of this work was to <strong>de</strong>velop two creamy formularizations contents solarfilters and to evaluate the <strong>preliminar</strong>y stability, through assays physicist-chemistries. For the<strong>de</strong>velopment of the formularizations the raw materials normally used in skillful pharmaciesthat could be associates, for attainment of a product of good espalhabili<strong>da</strong><strong>de</strong> had been taken inconsi<strong>de</strong>ration, with good for mation of film on the skin, efficient insurance and. The choice ofthe cosmetic form and used raw materials as active and excipientes was carried through. Thecreams had been evaluated in relation to its organolépticas properties for visual comment.They had been evaluated: aspect: cream, homogeneous; color: white; odo r: lightly floral.Three evaluations directly in each sample had been carried through, getting themselvesaverage it. In pipe of conical assay, graduated, for centrifugal machine they had been ad<strong>de</strong>d5,0g of each formularization in duplicate, weighed in half-analytical scale and submitted tothe the 3000 centrifugalization rpm per 30 minutes, the ambient temperature.Formularizations 1 and 2 had been fraciona<strong>da</strong>s in transparent, closed glass pots with coverthread. Both in duplicates ( 1 e 2 , B 1 e B 2 ) and submitted to it estresse it thermal, through 6cycles of freezes/thawing, in the following temperatures: 5 ± 2 º C and to 37ºC, for 24 hourseach one. A sample was conditioned in ambient temperature, protected of the light and, it wasused as sample has controlled of the formularizations. The consi<strong>de</strong>red studies of stability inthis work had supplied information that indicate the <strong>de</strong>gree of relative stability of theformularizations in diverse conditions of exposition the one that can be subject, such tests arevery important so that new formularizations are <strong>de</strong>veloped. The tests can be carried through inmagistraias pharmacies, in the selection <strong>de</strong>formulações. The samples had revealed verysimilar to the stan<strong>da</strong>rd and the organolépticas characteristics had not suffered apparentalterations during no carried through cycle.Words keys: <strong>fotoprotetores</strong>, creams, <strong>preliminar</strong>y stability.


9LISTA DE TABELASTabela 1 Diferenças entre as formulações <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s p.18Tabela 2 Resultados no tempoT 0 , T 1 , T 2 , T 3 , T 4 , T 5 , T 6 ) p.21


10SUMÁRIO1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................112. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................142.1. ESTRUTURA DA PELE......................................................................................142.2. ENVELHECIMENTO CUTÂNEO.........................................................................152.3. RADIAÇÃO SOLAR E FOTOENVELHECIMENTO.............................................172.4. FILTROS SOLARES FÍSICOS E QUÍMICOS ....................................................172.5. ESTUDO DA ESTABILIDADE DE PRODUTOS COSMÉTICOS........................182.6. FATORES EXTRÍNSECOS E INTRÍNSECOS....................................................192.7. FORMULAÇÕES GEL-CREME..........................................................................203. MATERIAIS E MÉTODO........................................................................................224. RESULTADO.........................................................................................................285. DISCUSSÃO .........................................................................................................306. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................327. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................33


111 INTRODUÇÃOA energia solar é responsável por to<strong>da</strong>s as formas <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> na terra. Esta energiachega até a terra em forma <strong>de</strong> on<strong>da</strong>s. Entre estas, a <strong>de</strong> maior interesse são aquelas que seencontram na faixa entre 200-400 nanômetros, <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong>s radiações ultravioletas(SANTOS et al., 1998). A radiação ultravioleta traz muitos benefícios ao ser humano,po<strong>de</strong>ndo-se citar a transformação <strong>de</strong> 7-<strong>de</strong> hidroc olesterol em vitamina D 3, importante nahomeostase do cálcio, ativação <strong>da</strong> circulação e melhora <strong>de</strong> certas doenças <strong>de</strong>rmatológicas(PEYREFITTE; MARTINI, CHIVOT, 1998).Mas, também, a radiação ultravioleta po<strong>de</strong> causar efeitos nocivos <strong>de</strong>vido ao seupotencial efeito carcinogênico sobre a pele, produção <strong>de</strong> foto-envelhecimento cutâneo eimuno<strong>de</strong>pressão (SANTOS et al., 1998). Os efeitos nocivos do sol <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong>características individuais <strong>da</strong> pele exposta à radiação, como o fototipo e a fotosuscetibili<strong>da</strong><strong>de</strong>,além do tempo e do horário <strong>de</strong> exposição solar, <strong>da</strong> altitu<strong>de</strong> e <strong>da</strong> latitu<strong>de</strong> (BORGHETTI;KNORST, 2006).O número <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> câncer <strong>de</strong> pele no Brasil e no mundo vem aumentando, sendoconsi<strong>de</strong>rado um gran<strong>de</strong> problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública. Como conseqüência disso, fez-senecessário o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> diversos produtos cosméticos aditivados com filtros solares,<strong>de</strong>nominados <strong>fotoprotetores</strong>, ca<strong>da</strong> vez mais bem elaborados e com maior grau <strong>de</strong> proteção(FERRARI et al., 2007).Os <strong>fotoprotetores</strong> são produtos cosméticos contendo filtros solares, os quais sãosubs tâncias or gânicas ou inorgânicas, que exercem ação refletora ou <strong>de</strong> absorção <strong>da</strong> radiaçãoultravioleta sobre a pele (RUBIN, 1997). Os filtros solares inorgânicos refletem a radiaçãoultravioleta A (UVA) e ultravioleta B (UVB) e os filtros orgânicos absorvem a radiaçãoUltravioleta A ou B ou ambas, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>da</strong>s características <strong>da</strong> substância.A quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos protetores solares <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu fator <strong>de</strong> proteção solar (FPS),sendo este um valor numérico, com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> avaliar o tempo durante o qual a peleestará protegi<strong>da</strong> contra queimadura solar, provoca<strong>da</strong> pela radiação UVB, através <strong>da</strong>administração <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado protetor solar (NEVES, 2008). Depen<strong>de</strong>, ain<strong>da</strong>, <strong>da</strong>s suascaracterísticas físico-químicas. O filtro solar <strong>de</strong>ve ser incorporado em um veículo a<strong>de</strong>quadoque contribua para a melhora <strong>da</strong> aparência, do sensorial e <strong>da</strong> aceitação do produto peloconsumidor (CHORILLI et al., 2006; FLOR et al., 2007).


12Para que a formulação contendo filtro solar seja segura e eficaz, <strong>de</strong>ve possuir algunsrequisitos fun<strong>da</strong>mentais: ter ação na faixa <strong>de</strong> radiação UVA e UVB, a<strong>de</strong>rir bem à epi<strong>de</strong>rmesem atingir as cama<strong>da</strong>s mais profun<strong>da</strong>s <strong>da</strong> pele; não manchar vestuários; não ser volátil; nãoser absorvido pela pele; ser hipoalergênico; não ser fototóxico; ser resistente à água; possuircompatibili<strong>da</strong><strong>de</strong> entre os componentes <strong>da</strong> formulação e material <strong>de</strong> acondicionamento e aformulação <strong>de</strong> ve ser quimicamente estável (FLOR et al, 2007).Os protetores solares po<strong>de</strong>m ser veiculados em diferentes formas cosméticas, entreelas as emulsões (<strong>cremes</strong> e loções cremosas). Entre as vantage ns <strong>de</strong>stas encontram-se afacili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> incorporação <strong>de</strong> filtros solares e a obtenção <strong>de</strong> filme uniforme e duradouroquando na pele (NEVES, 2008). As emulsões são sistemas heterogêneos,termodinamicamente instáveis, cuja fase <strong>de</strong>spesa é constituí<strong>da</strong> por gotículas <strong>de</strong> um líquido,distribuí<strong>da</strong>s em um veículo no qual são imiscíveis. São estabiliza<strong>da</strong>s através <strong>de</strong> substâncias<strong>de</strong>nomina<strong>da</strong>s tensoativos. A fase dispersa é conheci<strong>da</strong> como fase interna e o meio dispersantecomo fase externa ou contínua (ANSEL, 2000).Segundo a Anvisa (2004), qualquer componente presente na formulação po<strong>de</strong> alterarsua estabili<strong>da</strong><strong>de</strong>. As incompatibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s físicas e químicas, incluindo pH, reações <strong>de</strong> oxireduçãoe hidrólise, interação entre os componentes <strong>da</strong> formulação e com o material <strong>de</strong>embalagem, são consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s fatores intrínsecos. Fatores extrínsecos relacionados aosmateriais <strong>de</strong> embalagem, processo <strong>de</strong> fabricação, condições ambientais e <strong>de</strong> transporte,também po<strong>de</strong>rão influenciar na estabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.A utilização <strong>de</strong> produtos com filtros solares tem sido alvo <strong>de</strong> interesse ca<strong>da</strong> vezmaior <strong>da</strong> população, para amenizar os efeitos nocivos do sol. Não só as indústrias cosméticas,mas também as farmácias magistrais <strong>de</strong>senvolvem formulações fotoprotetoras para aten<strong>de</strong>r àsprescrições <strong>de</strong> <strong>de</strong>rmatologistas. De acordo com a RDC 67/ 2007 e RDC 87/ 2008, a<strong>de</strong>terminação do prazo <strong>de</strong> vali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> preparações magistrais <strong>de</strong>ve ser basea<strong>da</strong> na <strong>avaliação</strong>físico-química dos ativos e consi<strong>de</strong>rações sobre sua estabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.A estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> é <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> como a amplitu<strong>de</strong> na qual um produto mantém <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>limites especificados, as mesmas proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s e características que possuía após a fabricação,durante o seu período <strong>de</strong> armazenamento e uso. Sua <strong>avaliação</strong> faz-se necessária para assegurara quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> formulação, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fabricação até a expiração do prazo <strong>de</strong> vali<strong>da</strong><strong>de</strong> (BRASIL,2004).


13O estudo <strong>de</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> produtos cosméticos visa fornecer informações queorientam o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> formulação e do material <strong>de</strong> acondicionamento. Fornecesubsídios para o aperfeiçoamento <strong>da</strong>s formulações; estima o prazo <strong>de</strong> vali<strong>da</strong><strong>de</strong>; auxilia nomonitoramento <strong>da</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> organoléptica, físico-química e microbiológica paraproporcionar maior segurança dos produtos cosméticos e farmacêuticos (BRASIL, 2004;ISAAC et al., 2008).De acordo com Pianoviski et al. (2008), na área cosmética não existe nenhumprotocolo oficial padronizando os testes <strong>de</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, pois estes <strong>de</strong>vem ser a<strong>de</strong>quados aosobjetivos do formulador, <strong>da</strong> forma cosmética e dos constituintes <strong>da</strong> formulação. No entanto,com o propósito <strong>de</strong> direcionar as indústrias cosméticas e/ou os formuladores, a AgênciaNacional <strong>de</strong> Vigilância Sanitária publicou um Guia <strong>de</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> sugerindo parâmetros <strong>de</strong><strong>avaliação</strong> e os testes <strong>de</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> (BRASIL, 2004).De acordo com este Guia, os testes po<strong>de</strong>m ser classificados <strong>de</strong> acordo com asseguintes etapas: centrifugação, se aprovado segue para os testes seguintes <strong>de</strong>nominados<strong>preliminar</strong>es, <strong>de</strong> triagem, ou ain<strong>da</strong> <strong>de</strong> curto prazo, tendo duração <strong>de</strong> aproxima<strong>da</strong>mente 15 dias.Estes testes têm o ob jetivo <strong>de</strong> auxiliar e orientar a escolha <strong>da</strong>s formulações.Em segui<strong>da</strong> são realizados os testes <strong>de</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> normal ou exploratória, também<strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> acelera<strong>da</strong>. Têm duração aproxima<strong>da</strong> <strong>de</strong> 90 dias e fornecem subsídiospara prever a estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do produto, seu tempo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> útil e a compatibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>formulação com o material <strong>de</strong> acondicionamento. Além <strong>de</strong>stes, recomen<strong>da</strong>-se realizar o teste<strong>de</strong> prateleira, também <strong>de</strong>nominado <strong>de</strong> longa duração ou shelf life que acompanha todo otempo <strong>de</strong> vali<strong>da</strong><strong>de</strong> do produto.Este trabalho teve como objetivo avaliar a estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>preliminar</strong> <strong>de</strong> duaspreparações <strong>de</strong> <strong>cremes</strong> contendo filtro solar, através <strong>de</strong> ensaios físico-químicos.


142 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA2.1 - Estrutura <strong>da</strong> peleO envelhecimento cutâneo tem adquirido gran<strong>de</strong> importância nas últimas déca<strong>da</strong>s,<strong>de</strong>spertando muito interesse na classe científica, que procura enten<strong>de</strong>r melhor este processo,transformando-o em objeto <strong>de</strong> estudo.A pele é um órgão <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> extensão e importância no organismo humano. Éresponsável por diversas funções, como: proteção física, exercendo função barreira entre omeio externo e interno; regulação térmica; percepção sensorial através <strong>da</strong> ocorrência <strong>de</strong> umavasta re<strong>de</strong> <strong>de</strong> estruturas muito especializa<strong>da</strong>s que permitem a sensação <strong>de</strong> calor, frio, dor epressão. A pele participa também <strong>de</strong> diversas funções biológicas como a resposta inflamatóriae imune, pigmentação, crescimento piloso, cicatrização e síntese <strong>da</strong> vitamina D(LANGRAND et al., 2006 ; HEGEDUS et al., 2006).Embora ocorra o comprometimento <strong>da</strong>s funções <strong>da</strong> pele ao longo <strong>da</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, seuprincipal papel como barreira protetora do organismo frente a diversas agressões <strong>de</strong> agentesexternos, raramente falha no <strong>de</strong>correr dos anos. Mas, como a pele é responsável também pelaaparência externa do indivíduo, o fator envelhecimento o abala sensivelmente, estimulando-oa buscar meios <strong>de</strong> retar<strong>da</strong>r ou atenuar certas características adquiri<strong>da</strong>s, como: rugas,diminuição <strong>de</strong> tônus, per<strong>da</strong> <strong>de</strong> elastici<strong>da</strong><strong>de</strong> e hidratação (SCOTTI, 2003).A pele é forma<strong>da</strong> <strong>de</strong> três cama<strong>da</strong>s, <strong>da</strong> mais externa para a mais internarespectivamente: epi<strong>de</strong>rme, <strong>de</strong>rme e hipo<strong>de</strong>rme (Figura 1). A epi<strong>de</strong>rme possui origemectodérmica e a <strong>de</strong>rme origem endodérmica. A epi<strong>de</strong>rme divi<strong>de</strong>-se em subcama<strong>da</strong>s, que emor<strong>de</strong>m <strong>de</strong> profundi<strong>da</strong><strong>de</strong>, são: a cama<strong>da</strong> córnea (mais superficial), a cama<strong>da</strong> lúci<strong>da</strong>, a cama<strong>da</strong>granulosa, a cama<strong>da</strong> espinhosa e o estrato germinativo ou basal, que é a cama<strong>da</strong> maisprofun<strong>da</strong> <strong>da</strong> epi<strong>de</strong>rme. A cama<strong>da</strong> córnea é a mais fina e superficial, sendo composta <strong>de</strong>células mortas e queratinócitos, os quais são transformados em queratina <strong>de</strong> superfície. Esteprocesso <strong>de</strong> renovação celular ocorre por to<strong>da</strong> a vi<strong>da</strong>, porém seu <strong>de</strong>caimento é um dosprincipais fatores <strong>de</strong> manifestação do envelhecimento cutâneo, que po<strong>de</strong> ser percebido atravésdo afinamento <strong>da</strong> pele. A cama<strong>da</strong> córnea é hidrata<strong>da</strong> por um filme líquido chamado <strong>de</strong> mantohidrolipídico, formado por água, sais minerais, enzimas, vitaminas e gorduras (JUNQUEIRAe CARNEIRO, 1990; FREEDBERG et al., 2003).


15A cama<strong>da</strong> ou estrato lúcido apresenta-se <strong>de</strong>lga<strong>da</strong>, contendo células achata<strong>da</strong>s, comcitoplasma repleto <strong>de</strong> filamentos. A cama<strong>da</strong> granulosa é forma<strong>da</strong> por células secretoras <strong>de</strong>substância fosfolipídica e glicosaminoglicanos que ve<strong>da</strong>m a passagem <strong>de</strong> água e outrassubstâncias entre elas. As células <strong>da</strong> cama<strong>da</strong> ou estrato espinhoso possuem expansõescitoplasmáticas que mantém as células uni<strong>da</strong>s pelos <strong>de</strong>smossomos, estruturas responsáveispela coesão entre as células. O estrato germinativo ou cama<strong>da</strong> basal é uma estruturavasculariza<strong>da</strong> que apresenta intensa ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> mitótica, responsável pela renovação e nutrição<strong>da</strong> epi<strong>de</strong>rme e <strong>de</strong>mais cama<strong>da</strong>s, sendo forma<strong>da</strong> basicamente por colágeno tipo IV eproteoglicanos (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 1990; ROBERT, 1994).Abaixo <strong>da</strong> epi<strong>de</strong>rme, encontra-se a <strong>de</strong>rme, constituí<strong>da</strong> por um tecido conjuntivo<strong>de</strong>nso composto <strong>de</strong> células como fibroblastos, granulócitos e macrófagos e macromoléculassintetiza<strong>da</strong>s pelos fibroblastos que formam a matriz extracelular (MEC), forma<strong>da</strong> porcolágeno, elastina, glicosaminoglicanos e glicoproteínas <strong>de</strong> estrutura, que tem a função <strong>de</strong> secomunicar com as células controlando suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s metabólicas. Ela é forma<strong>da</strong> por duascama<strong>da</strong>s pouco distintas: a <strong>de</strong>rme papilar e a <strong>de</strong>rme reticular (mais profun<strong>da</strong>). Ambas contêmmuitas fibras elásticas, vasos sanguíneos e linfáticos além <strong>de</strong> nervos. Nesta cama<strong>da</strong>encontram-se os pêlos, as glândulas sebáceas e sudoríparas, as unhas e diversas terminaçõesnervosas (ROBERT, 1994).A ligação entre a <strong>de</strong>rme reticular e a hipo<strong>de</strong>rme é uma transição abrupta entre umtecido dérmico conectivo e fibroso para um tecido predominantemente adiposo. De todomodo, ambas as regiões são funcional e estruturalmente bem integra<strong>da</strong>s através <strong>de</strong>terminações nervosas e vasculares, que compõe a continui<strong>da</strong><strong>de</strong> dos apêndices epidérmicos. Deorigem mesenquimal, os adipócitos são as células primárias <strong>da</strong> hipo<strong>de</strong>rme. Organizam-se emglóbulos <strong>de</strong>finidos por septos <strong>de</strong> tecido conectivo fibroso. A hipo<strong>de</strong>rme exerce função <strong>de</strong>isolamento, reserva energética e proteção. Permite ain<strong>da</strong> a mobili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s estruturasadjacentes (FREEDBERG et al., 2003).2.2 - Envelhecimento cutâneoDurante sua vi<strong>da</strong> o indivíduo sofre diversas agressões por agentes físicos químicosou biológicos, que po<strong>de</strong>m levar ao aparecimento <strong>de</strong> patologias ou alterar o processo <strong>de</strong>envelhecimento. Os tecidos gradualmente passam por mu<strong>da</strong>nças <strong>de</strong> acordo com a i<strong>da</strong><strong>de</strong>,


16sendo que, na pele, essas alterações são mais facilmente reconheci<strong>da</strong>s. Atrofia, enrugamento elassidão representam os sinais mais aparentes <strong>de</strong> uma pele senil (ORIÁ et al., 2003).O envelhecimento intrínseco <strong>da</strong> pele é observado na epi<strong>de</strong>rme como um reflexo <strong>da</strong>smodificações que ocorrem também no tecido conjuntivo <strong>da</strong> <strong>de</strong>rme, que atua como um alicercenatural para a epi<strong>de</strong>rme. Nesta, nota-se a diminuição <strong>da</strong>s células <strong>de</strong> Langherans e monócitos,diminuição <strong>da</strong> síntese <strong>de</strong> melanossomas e menor pigmentação. Na <strong>de</strong>rme, observa-se adiminuição do colágeno, fibras elásticas, macrófagos e dilatação dos canais linfáticos. Asmu<strong>da</strong>nças fisiológicas observa<strong>da</strong>s são a diminuição do número <strong>de</strong> queratinócitos efibroblastos e redução <strong>da</strong> vascularização, principalmente próximo aos folículos pilosos eglândulas (RAMOS e SILVA et al., 2001; ORIÁ et al., 2003).Com o passar dos anos e principalmente após os 30 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, surgem rugas,manchas <strong>de</strong> hiperpigmentação, redução na espessura <strong>da</strong> pele e dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> cicatrização(PEYREFITTE et al., 1998).O envelhecimento cutâneo <strong>de</strong>vido a fatores externos e principalmente influenciadopela radiação solar é conhecido como envelhecimento extrínseco ou actínico. A exposiçãosolar excessiva po<strong>de</strong> causar diversos <strong>da</strong>nos ao organismo, <strong>de</strong>ntre eles, imunossupressão locale sistêmica, fotoenvelhecimento precoce e, como principal fonte <strong>de</strong> preocupação, oaparecimento <strong>de</strong> fotocarcinogênese (FISHER, et al., 2005).O fotoenvelhecimento <strong>da</strong> pele é um processo complexo que se caracteriza pela per<strong>da</strong>do tônus cutâneo, aumento <strong>da</strong> <strong>de</strong>sidratação e ressecamento, elastose actínica, pigmentaçãoirregular e aparecimento <strong>de</strong> rugas mais profun<strong>da</strong>s. Este fenótipo é causado por alterações nasfunções celulares e <strong>de</strong>terioração <strong>da</strong> matriz extracelular dos tecidos conectivos, levando a uma<strong>de</strong>sorganização <strong>da</strong>s proteínas estruturais primárias como elastina e colágeno (FISHER, et al.,2005; RABE, et al., 2006).Bioquimicamente a pele foto<strong>da</strong> nifica<strong>da</strong> apresenta modificações quantitativas equalitativas nas proteínas <strong>da</strong> matriz dérmica extracelular, entre elas colágeno,glicosaminoglicanos e elastina, como po<strong>de</strong> ser visto na Figura 2 (ORIÁ et al., 2003). Asmetaloproteinases <strong>de</strong> matriz (MMPs) são uma família <strong>de</strong> enzimas capazes <strong>de</strong> <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>r a maiorparte dos componentes conectivos e proteínas <strong>da</strong> matriz dérmica. Estudos <strong>de</strong>monstraram umarelação dose-<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte entre as MMPs e a radiação UVA e UVB (WLASCHEKA, et al.,2003; FISHER, et al., 2005).


172.3 - Radiação solar e fotoenvelhecimentoOs raios ultravioletas divi<strong>de</strong>m-se em UVA (320-400 nm), UVB (290-320 nm) eUVC (200-290 nm). A radiação solar abaixo <strong>de</strong> 290 nm praticamente não atinge a superfícieterrestre, sendo absorvi<strong>da</strong> pela cama<strong>da</strong> estratosférica <strong>de</strong> ozônio (JAHAN, 1990).A radiação UV é responsável por 90% dos <strong>da</strong>nos causados a pele e assim como osraios infravermelhos (IV) os quais penetram mais profun<strong>da</strong>mente na pele, afetando emconjunto a renovação celular, diminuindo a elastici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> pele <strong>de</strong>vido ao aumento <strong>da</strong>sMMPs elastase e colagenase (GASPARRO et al., 1998). A radiação UVB (em torno <strong>de</strong>300nm) é suficientemente energética para penetrar no estrato córneo e epi<strong>de</strong>rme causandoqueimaduras severas ou eritemas. A radiação UVA em torno <strong>de</strong> 350 nm alcança a <strong>de</strong>rmeestimulando a formação <strong>de</strong> melanina a qual protege a pele <strong>de</strong> queimaduras imediatas. Noentanto, embora os raios UVA possuam menor energia que os raios UVB, os raios UVApenetram na <strong>de</strong>rme causando também elastose, isto é, a per<strong>da</strong> <strong>da</strong>s estruturas <strong>de</strong> suporte naturale elastici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> pele (SHAAT, 1990).Sabe-se que as radiações UVA e UVB estimulam a formação <strong>de</strong> peróxidosCitotóxicos (radicais livres) que estão intimamente relacionados ao fotoenvelhecimentocutâneo. Para exercer seus efeitos nas células, a energia eletromagnética inerente à radiaçãoUV, <strong>de</strong>ve ser absorvi<strong>da</strong> pelos cromóforos celulares existentes, tais como DNA, porfirinas,ácido urocânico e aminoácidos aromáticos. Estes cromóforos, quando excitados, po<strong>de</strong>m reagircom o oxigênio molecular, resultando em espécies reativas <strong>de</strong> oxigênio (ROS)(LONGSTRETH et al., 1998; FISHER et al., 2005).Po<strong>de</strong>mos classificar as ROS em duas categorias distintas: radicais livres,representados por radicais superóxido e hidroxil; e compostos não radicais, como por exemplooxigênio singlete e peróxido <strong>de</strong> hidrogênio. Os radicais livres são necessários à vi<strong>da</strong>, poisparticipam e promovem uma série <strong>de</strong> reações necessárias à manutenção do organismo. Deveseter em mente porém, a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um equilíbrio orgânico, evitando-se a produçãoexcessiva <strong>de</strong>stas espécies, frente às <strong>de</strong>fesas naturais antioxi<strong>da</strong>ntes existentes no organismo(CADENAS et al., 2000; FISHER, et al., 2005).2.4 - Filtros solares físicos e químicosA utilização diária <strong>de</strong> <strong>fotoprotetores</strong> tornou-se imperativa nos dias atuais naprevenção dos <strong>da</strong>nos causados à pele. Diversos fatores ambientais contribuem para o aumento


18<strong>da</strong> exposição aos efeitos nocivos <strong>da</strong> radiação UV. O Brasil é o país com a maior áreaintertropical do planeta, cujo ângulo <strong>de</strong> incidência <strong>da</strong> radiação solar é mais perpendicular,intensificando assim os seus efeitos. Os <strong>fotoprotetores</strong> <strong>de</strong>vem ser capazes <strong>de</strong> absorver ourefletir a radiação inci<strong>de</strong>nte protegendo o indivíduo dos <strong>da</strong>nos que po<strong>de</strong>m ser causados pelaradiação (SANTOS et al., 1999).Atualmente po<strong>de</strong>mos encontrar dois tipos <strong>de</strong> filtro solar. Os chamados filtros físicosos quais formam uma barreira física na pele e agem refletindo a radiação (óxido <strong>de</strong> zinco edióxido <strong>de</strong> titânio), e os filtros químicos, que constituem substâncias capazes <strong>de</strong> absorver aradiação solar (energia eletromagnética) na forma UV e emitir a radiação transforma<strong>da</strong> emoutro tipo <strong>de</strong> energia (SHAAT, 1997). Dentre os filtros químicos <strong>de</strong>stacam-se atualmente oschamados filtros naturais, que são, e m sua maioria, substâncias isola<strong>da</strong>s <strong>de</strong> espécies botânicasque promovem ou contribuem para o aumento <strong>da</strong> eficácia fotoprotetora <strong>da</strong>s formulações(GARCIA, 1996; <strong>da</strong> SILVA et al., 2005).A eficácia dos filtros solares é proporcional à sua concentração e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>da</strong>capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> absorção <strong>da</strong> energia radiante. Quanto mais amplo o espectro <strong>de</strong> associação <strong>de</strong>filtros solares e quanto mais sinérgica for a mistura, maior será o espectro <strong>de</strong> proteção solar,aumentando sobremaneira a eficácia <strong>da</strong> formulação (DE PAOLA e RIBEIRO, 1998;SANTOS et al., 2001).Formulações antisolares eficazes <strong>de</strong>vem também ser estáveis na pele, não <strong>de</strong>vemprovocar irritação ou sensibilização e não <strong>de</strong>vem apresentar fototoxici<strong>da</strong><strong>de</strong>. É necessárioobservar a aceitação cosmética <strong>da</strong> formulação, que <strong>de</strong>ve levar em conta a relação entre aconcentração dos filtros solares e o fator <strong>de</strong> proteção solar (FPS) <strong>de</strong>sejado, ter boaespalhabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e cobertura na superfície cutânea, mas não <strong>de</strong>ve permitir a penetração dosfiltros na pele ou mucosas (NOHYNEK et al., 2001).2.5 - Estudo <strong>da</strong> Estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> produtos cos méticosO estudo <strong>da</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s formulações fornece informações sobre o grau <strong>de</strong>estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> relativa <strong>de</strong> um produto nas diversas condições a que possa estar sujeito, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> afabricação até o término <strong>da</strong> sua vali<strong>da</strong><strong>de</strong> (ANVISA.CATEC, 2004).Este estudo contribui para a orientação no aperfeiçoamento <strong>da</strong>s formulações, domaterial a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> acondicionamento, na estimativa do prazo <strong>de</strong> vali<strong>da</strong><strong>de</strong> e informaçõessobre confiabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e segurança dos produtos. Segundo o guia <strong>de</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> produtos


19cosméticos (ANVISA.CATEC, 2004), é recomendável que se viabilize um estudo <strong>de</strong>estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>preliminar</strong>, com duração <strong>de</strong> até 15 dias, a fim <strong>de</strong> se testar o produto em sua faseinicial <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento.O estudo <strong>de</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> acelera<strong>da</strong>, também conheci<strong>da</strong> como exploratória, objetiva ofornecimento <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos preditivos do tempo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> útil e a compatibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> formulaçãocom o material <strong>de</strong> acondicionamento. É empregado em escala laboratorial e piloto <strong>de</strong>fabricação. Possui duração <strong>de</strong> 90 dias, po<strong>de</strong>ndo se esten<strong>de</strong>r por seis meses a um ano. De ummodo geral, avalia-se características organolépticas, físico-químicas e microbiológicas.O teste <strong>de</strong> prateleira, shelf life ou estudo <strong>de</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> longa duração, vali<strong>da</strong>limites <strong>de</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do produto e comprova o prazo <strong>de</strong> vali<strong>da</strong><strong>de</strong> estimado nos testes <strong>de</strong>estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> acelera<strong>da</strong>. As amostras são armazena<strong>da</strong>s a temperatura ambiente e analisa<strong>da</strong>speriodicamente até que o se expire o prazo <strong>de</strong> vali<strong>da</strong><strong>de</strong>.De um modo geral, as condições <strong>de</strong> estresse aconselha<strong>da</strong>s são:° estufa: 37; 40; 45 ou 50 ± 2°C;° gela<strong>de</strong>ira: 5 ± 2°C;° freezer –5 o u –10 ± 2°C.Para os testes <strong>preliminar</strong>es po<strong>de</strong>-se adotar ciclos <strong>de</strong> estresse <strong>de</strong> 24 horas alternando aarmazenagem em intervalos regulares <strong>de</strong> tempo em estufa, gela<strong>de</strong>ira ou freezer(ANVISA.CATEC, 2004).O prazo <strong>de</strong> vali<strong>da</strong><strong>de</strong> provisório <strong>de</strong> 24 meses é concedido caso o relatório do estudo<strong>de</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> acelerado <strong>de</strong> 12 meses apresente variação <strong>de</strong> teor menor ou igual a 5,0 % dovalor <strong>de</strong> análise inicial do lote, manti<strong>da</strong>s as <strong>de</strong>mais especificações. Caso as variações <strong>de</strong>doseamento estejam entre 5,1 e 10,0 % no estudo <strong>de</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> acelerado, o prazo <strong>de</strong>vali<strong>da</strong><strong>de</strong> provisório será <strong>de</strong> 12 meses. O prazo <strong>de</strong> vali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>finitivo será concedido paraprodutos que apresentarem nos estudos <strong>de</strong> longa duração uma variação <strong>de</strong> doseamento dosativos <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong>s especificações farmacopéicas ou do método vali<strong>da</strong>do <strong>de</strong> acordo com alegislação em vigor (ANVISA, 2005).2.6 - Fatores Extrínsecos e IntrínsecosDiversos fatores po<strong>de</strong>m influenciar na estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s formulações. Os fatoresextrínsecos ou externos consi<strong>de</strong>rados no estudo <strong>da</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> cosméticos são: processos


20<strong>de</strong> envelhecimento que ocorrem em conseqüência do tempo, temperatura <strong>de</strong> armazenamento e<strong>de</strong> exposição a luz (fotosensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> dos componentes), oxigênio (geração <strong>de</strong> radicais livres ereações <strong>de</strong> oxi-redução), umi<strong>da</strong><strong>de</strong>, além do material <strong>de</strong> acondicionamento, contaminaçãomicrobiológica e vibração relaciona<strong>da</strong> ao transporte (ANVISA.CATEC, 2004).Dentre os fatores intrínsecos encontramos as incompatibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s físicas e químicas.Estes fatores estão relacionados à natureza <strong>da</strong>s formulações e principalmente à interação <strong>da</strong>ssubstâncias entre si ou com o material <strong>de</strong> acondicionamento. As incompatibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s físicassão observa<strong>da</strong>s quando ocorrem alterações no aspecto físico <strong>da</strong> formulação, como:precipitação, separação <strong>de</strong> fases, cristalização, entre outros. As incompatibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s químicas,dizem respeito às reações químicas propriamente ditas que po<strong>de</strong>m ocorrer entre oscomponentes <strong>da</strong> formulação e relacionam-se com a integri<strong>da</strong><strong>de</strong> e segurança dos ativos. Osprincipais fatores são:pH;Reações <strong>de</strong> oxi-redução;Hidrólise;Interação entre componentes <strong>da</strong> formulação;Interação entre os componentes e material <strong>de</strong> acondicionamento.2.7 - Formulações gel-cre meAs formulações gel-creme adquiriram gran<strong>de</strong> força e aceitação no mercadobrasileiro a partir <strong>da</strong>s farmácias <strong>de</strong> manipulação, que tiveram gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong> para<strong>de</strong>senvolver formulações do tipo “oil-free”, com menor quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> possível <strong>de</strong> óleos e comaspecto <strong>de</strong> creme. De um modo geral, elas são constituí<strong>da</strong>s <strong>de</strong> uma base em gel,emulsificantes, substâncias oleosas ou silicones, adquirindo um aspecto leitoso ou cremoso. Ogel é um sistema solvente-polímero, q ue contém uma re<strong>de</strong> tridimensional <strong>de</strong> ligações bastanteestáveis, quase não afeta<strong>da</strong>s por movimento térmico. Po<strong>de</strong>m ser subdivididos em dois grupos,<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>da</strong>s ligações entre as ca<strong>de</strong>ias <strong>da</strong> re<strong>de</strong>. Os do tipo I são sistemas irreversíveis comuma re<strong>de</strong> tridimensional forma<strong>da</strong> por ligações covalentes entre as macromoléculas. Os géis dotipo II, mais comumente usados em farmácia, são reversíveis pelo calor e mantidos porligações intermoleculares do tipo ligação hidrogênio (FLORENCE e ATWOOD, 2003).O gel-creme é uma emulsão cuja fase aquosa está previamente gelifica<strong>da</strong> pelopolímero hidrófilo gelificante. Os agentes gelificantes empregados na formação do gel-creme


21são usualmente os mesmos utilizados para a obtenção <strong>de</strong> um hidrogel, como por exemplo,carbopol (carbomer) e natrosol (FERREIRA, 2002; FERNANDEZ-MONTES, 2005;MARTINI, 2005).Devi<strong>da</strong> atenção <strong>de</strong>ve ser <strong>da</strong><strong>da</strong> às possíveis incompatibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s entre o agentegelificante e os ativos empregados. Formulações com pH ácido, <strong>de</strong>vem utilizar gelificantesnão iônicos, para se evitar a quebra <strong>da</strong> re<strong>de</strong> tridimensional do gel (FERNANDEZ-MONTES,2005).Do ponto <strong>de</strong> vista galênico o gel-creme apresenta maior consistência em relação àsemulsões originais. Do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong>rmocosmético, as formulações gel-creme acentuam ograu <strong>de</strong> evanescência <strong>da</strong> emulsão original, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que não contenha em sua fase oleosa, altaconcentração <strong>de</strong> substâncias graxas <strong>de</strong> alta oclusão (FERNANDEZ-MONTES, 2005). Devidoà baixa concentração <strong>de</strong> substâncias oleosas, a formulação gel-creme apresenta sensação tátil<strong>de</strong> gel, com certa refrescância, especialmente para peles oleosas e mistas, po<strong>de</strong>ndo serutiliza<strong>da</strong> por todos os tipos <strong>de</strong> pele, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo, porém, dos <strong>de</strong>mais componentes agregados(MARTINI, 2005).Diversas macromoléculas <strong>de</strong> polímeros atuam também como agentes emulsificantes,alterando as forças hidrodinâmicas <strong>da</strong> emulsão durante o processo <strong>de</strong> agitação, <strong>de</strong>vido a suainfluência nas proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s reológicas (ECCLESTON, 2002).Recentemente, diferentes matrizes <strong>de</strong> géis aquosos (hidrogéis), como carbomer 940,goma xantana e carragena, vêm sendo utiliza<strong>da</strong>s para aumentar a viscosi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> emulsões emicroemulsões. A adição <strong>de</strong>stes polímeros tornou as microemulsões estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s maisapropria<strong>da</strong>s para uso tópico e com ótima estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> (CHEN, 2006).


223 MATERIAIS E MÉTODOS3.1 M ATERIAIS UTILIZADOS• Agente <strong>de</strong> consistência e agente emulsifcante- cera auto-emulsionante não iônica – Polawax ® . Fornecedor: Deg – Importadora <strong>de</strong>Produtos Químicos Lt<strong>da</strong>.• Emolientes- óleo <strong>de</strong> silicone. Fornecedor: Galena – Química e Farmacêutica Lt<strong>da</strong>.- óleo <strong>de</strong> amêndoas. Fornecedor: Deg – Importadora <strong>de</strong> Produtos Químicos Lt<strong>da</strong>.- estearato <strong>de</strong> octila. Fornecedor: Deg – Importadora <strong>de</strong> Produtos Químicos Lt<strong>da</strong>.• Estabilizante <strong>de</strong> emulsões- base <strong>de</strong> absorção <strong>de</strong> lanolina – Base líqui<strong>da</strong> ® . Deg – Importadora <strong>de</strong> ProdutosQuímicos Lt<strong>da</strong>.• Conservantes- propilparabeno – N ipa zol ® . Fornecedor: Deg – Importadora <strong>de</strong> Produtos QuímicosLt<strong>da</strong>.- metilparabe no –Nipagin ® . Fornecedor: Deg – Importadora <strong>de</strong> Produtos QuímicosLt<strong>da</strong>.• Filtro solar orgânico- hydroxy-4-methoxybenzophenone (oxybenzona ou Benzofenona-3) – Eusolex 4360 ®Fornecedor: Galena – Química e farmacêutica Lt<strong>da</strong>.- p-metoxicinamato <strong>de</strong> 2-etil-hexila – Parsol MCX ® : Fornecedor: Deg – Importadora <strong>de</strong>Produtos Químicos Lt<strong>da</strong>.• Filtro solar inorgânico- dióxido <strong>de</strong> titânio micronizado. Fornecedor: Galena – Química e farmacêutica Lt<strong>da</strong>.


23• Antioxi<strong>da</strong> nte- butilhidroxitolueno (BHT). Fornecedor: Galena: Galena – Química e farmacêuticaLt<strong>da</strong>.• Agente quelante- sal sódico do ácido etilenodiaminotetracético (EDTA –Na 2). Fornecedor : Deg –Importadora <strong>de</strong> Produtos Químicos Lt<strong>da</strong>.• Princípio ativo a nti-radical livre/ emoliente- vitamina E oleosa. Fornecedor: Galena – Química e Farmacêutica Lt<strong>da</strong>.• Corretivo <strong>de</strong> pH-trietanolamina. Fornecedor: PharmaSpecial – Especiali<strong>da</strong><strong>de</strong>s Químicas Lt<strong>da</strong>.• Agente espessante hidrofílico- polímero do ácido carboxivinílico – Carbopol 940 ® . Fornecedor: Galena – Química eFarmacêutica Lt<strong>da</strong>.• Umectante- propilenoglicol. Fornecedor: Pharma Nostra.• Fragrância- essência Floral suave. Fornecedor: Galena – Química e Farmacêutica Lt<strong>da</strong>.• Veículo- água <strong>de</strong>stila<strong>da</strong>3.2 EQUIPAMENTOS E OUTROS MATERIAIS• Peagâmetro – Tecnal ® .• Balança semi analítica – Marte ® .


24• Centrífuga – Quimis ® , mo<strong>de</strong>lo: Q-222 T1 série: 902990.• Estufa com termômetro digital – Tecnal ® , mo<strong>de</strong>lo Te-398/2.• Refrigerador Cônsul ® 275 L, mo<strong>de</strong>lo: CRA 30E.• Termômetro - Incoterm ® .• Vidros transparentes <strong>de</strong> 200g, com tampa rosca.• Fogareiro• Recipiente <strong>de</strong> alumínio para banho-maria


253.3 MÉTODOSPara o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong>s formulações foram leva<strong>da</strong>s em consi<strong>de</strong>ração asmatérias-primas normalmente utiliza<strong>da</strong>s em farmácias magistrais que pu<strong>de</strong>ssem serassocia<strong>da</strong>s, para obtenção <strong>de</strong> um produto <strong>de</strong> boa espalhabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, com boa formação <strong>de</strong> filmesobre a pele, seguro e eficaz. Foi realiza<strong>da</strong> a escolha <strong>da</strong> forma cosmética e <strong>da</strong>s matériasprimasutiliza<strong>da</strong>s como ativos e excipientes.A tabela 1 <strong>de</strong>screve os componentes dos <strong>cremes</strong> não iônicos preparados pelo métododo béquer. A fase oleosa (Fase A) foi aqueci<strong>da</strong> separa<strong>da</strong>mente até 75 - 80ºC. A fase aquosa(Fase B) foi verti<strong>da</strong> sobre a fase oleosa e homogeneiza<strong>da</strong> manualmente até 40ºC. Em segui<strong>da</strong>foi incorpora<strong>da</strong> Fase C, a qual continha os componentes termos sensíveis (ALLEN JUNIOR,1999).TABELA 1: Diferenças entre as formulações <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>sComponentesFÓRMULAAFÓRMULABFase A (oleosa)Cera auto-emulsionante não iônica 14% 14%Base <strong>de</strong> absorção <strong>de</strong> lanolina 2% 2%Estearato <strong>de</strong> octila 3% 3%Óleo <strong>de</strong> silicone 1% 1%Metoxicinamato <strong>de</strong> 2-etil-hexila 7% 7%Benzofenona-3 4% 4%Dióxido <strong>de</strong> titânio micronizado 0,50% 0,50%B.H.T. 0,02% 0,02%Propilparabeno 0,05% 0,05%Fase B (aquosa)EDTA-Na 2 0,10% 0,10%Propilenoglicol 3% 3%Dispersão <strong>de</strong> Carbopol 2% 8%- -Trietanolamina 0,15% -Metilparabeno 0,10% 0,10%Água <strong>de</strong>stila<strong>da</strong> qsp 100,0g 100,0g


26Fase CFragrância 0,2% 0,2%Vitamina E oleosa 0,5% 0,5%Foram prepara<strong>da</strong>s 200g <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> formulação. Após 24 horas as amostras foramcaracteriza<strong>da</strong>s com relação às suas características organolépticas: aspecto, cor, odor,estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> após centrifugação e pH. (BRASIL, 2004).3.4 ANÁLISES3.4.1 Características organolépticasOs <strong>cremes</strong> foram avaliados em relação às suas proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s organolépticas porobservação visual. Foram avaliados:- aspecto: creme, homogêneo.- cor: branca- odor: levemente floral3.4.2 Determinação do pHAs amostras foram submeti<strong>da</strong>s à <strong>avaliação</strong> <strong>de</strong> pH, através <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminaçãopotenciométrica utilizando-se um peagâmetro previamente calibrado, através <strong>de</strong> leitura diretana formulação. Foram realiza<strong>da</strong>s três avaliações diretamente em ca<strong>da</strong> amostra, obtendo-se amédia. O teste foi realizado em temperatura ambiente (STULTZER, 2006).3.4.3 Teste <strong>de</strong> centrifugaçãoEm tubo <strong>de</strong> ensaio cônico, graduado, para centrífuga foram adiciona<strong>da</strong>s 5,0g <strong>de</strong> ca<strong>da</strong>formulação em duplicata, pesa<strong>da</strong>s em balança semi-analítica e submeti<strong>da</strong>s à centrifugação a3000 rpm por 30 minutos, a temperatura ambiente.3.4.4 Estresse térmico - Ciclo gela/<strong>de</strong>gelaAs formulações 1 e 2 foram fraciona<strong>da</strong>s em potes <strong>de</strong> vidro transparentes, fecha<strong>da</strong>scom tampa rosca. Ambas em duplicatas (A 1 e A 2 , B 1 e B 2 ) e submeti<strong>da</strong>s ao estresse térmico,através <strong>de</strong> 6 ciclos <strong>de</strong> gela/<strong>de</strong>gela, nas seguintes temperaturas: 5 ± 2 º C e à 37ºC, por 24 horasca<strong>da</strong> um. Uma amostra foi acondiciona<strong>da</strong> em temperatura ambiente, protegi<strong>da</strong> <strong>da</strong> luz e, foiutiliza<strong>da</strong> como amostra controle <strong>da</strong>s formulações (BRASIL, 2004). A ca<strong>da</strong> ciclo as amostraseram submeti<strong>da</strong> s aos seguintes ensaios: <strong>de</strong> centrifugação, <strong>de</strong>terminação do pH e verificação<strong>da</strong>s características organolépticas: cor, odor, e aspecto. As amostras foram avalia<strong>da</strong>s e


27compara<strong>da</strong>s com a amostra controle, observando-se possíveis alterações como sinaisindicativos <strong>de</strong> instabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, através dos seguintes parâmetros:Aspecto:As amostras foram classifica<strong>da</strong>s segundo os seguintes critérios:1. Normal sem alteração; 2. Levemente separado ou levemente precipitado 3. Separado ouprecipitado.Cor:As amostras foram classifica<strong>da</strong>s segundo os seguintes critérios:1. Normal: sem alteração; 2. Levemente modifica<strong>da</strong>; 3. Intensamente modifica<strong>da</strong>.Odor:Comparou-se o odor <strong>da</strong> amostra com a do padrão estabelecido, diretamente atravésdo olfato. A amostra po<strong>de</strong> ser classifica<strong>da</strong> segundo os seguintes critérios:1. Normal sem alteração; 2. Levemente modificado; 3. Intensamente modificado.Após as avaliações as amostras eram <strong>de</strong>scarta<strong>da</strong>s.Teste <strong>de</strong> Centrifugação:Após centrifugação as amostras foram observa<strong>da</strong>s visualmente, verificando aocorrência ou não <strong>de</strong> alterações, seguindo os parâmetros.1. estável; 2. levemente não homogênea; 3. iniciando separação; 4. separação total <strong>da</strong>s fases.


284. RESULTADOSA tabela 2 apresenta os resultados obtidos a partir <strong>da</strong> amostra no tempo zero T 0 (24horas após a preparação) e nos tempos (T 1 , T 2 , T 3 , T 4 , T 5 , T6) após ca<strong>da</strong> ciclo <strong>de</strong>gela/<strong>de</strong>sgela.TABELA 2: Resultados no te mpoT 0 , T 1 , T 2 , T 3 , T 4 , T 5 , T 6 )Amostras pH(média)Cor Odor Aspecto CentrifugaçãoT0 A padrão 6,47 Branco Floral, Suave Creme homogêneo EstávelT0 B padrão 5,92 Branco Floral, Suave Creme homogêneo EstávelT1 A1 6,38 sem alteração sem alteração sem alteração EstávelT1 A2 6,32 sem alteração sem alteração sem alteração EstávelT1 B1 6,04 sem alteração sem alteração sem alteração EstávelT1 B2 6,03 sem alteração sem alteração sem alteração EstávelT2 A1 6,33 sem alteração sem alteração sem alteração EstávelT2 A2 6,33 sem alteração sem alteração sem alteração EstávelT2 B1 6,07 sem alteração sem alteração sem alteração EstávelT2 B2 6,04 sem alteração sem alteração sem alteração EstávelT3 A1 6,32 sem alteração sem alteração sem alteração EstávelT3 A2 6,43 sem alteração sem alteração sem alteração EstávelT3 B1 6,00 sem alteração sem alteração sem alteração EstávelT3 B2 6,03 sem alteração sem alteração sem alteração EstávelT4 A1 6,33 sem alteração sem alteração sem alteração EstávelT4 A2 6,36 sem alteração sem alteração sem alteração EstávelT4 B1 6,04 sem alteração sem alteração sem alteração EstávelT4 B2 6,01 sem alteração sem alteração sem alteração EstávelT5 A1 6,36 sem alteração sem alteração sem alteração EstávelT5A2 6,32 sem alteração sem alteração sem alteração EstávelT5 B1 6,03 sem alteração sem alteração sem alteração EstávelT5 B2 6,03 sem alteração sem alteração sem alteração Estável


29T6 A1 6,32 sem alteração sem alteração sem alteração EstávelT6 A2 6,36 sem alteração sem alteração sem alteração EstávelT6 B1 6,03 sem alteração sem alteração sem alteração EstávelT6 B2 6,01 sem alteração sem alteração sem alteração EstávelForam <strong>de</strong>monstra<strong>da</strong>s as médias <strong>de</strong> pH em todos os ciclos (T0 – T6) e, realiza<strong>da</strong>s ascomparações <strong>da</strong>s amostras com os padrões quanto às características macroscópicas. To<strong>da</strong>s asamostras armazena<strong>da</strong>s nas diferentes temperaturas testa<strong>da</strong>s apresentaram-se estáveis, ou seja,se mantiveram homogêneas. Os valores referentes ao pH, tanto na formulação A quanto naformulação B, sofreram alterações não significativas durante os 6 ciclos em que os testesforam realizados,permanecendo <strong>de</strong>ntro do pH fisiológico <strong>da</strong> pele.A formulação A e a formulação B apresentaram-se com aspecto cremoso, com corbranca e odor floral. A formulação 1 apresentou-se com um aspecto cremoso com menos“dureza” que a formulação B, <strong>de</strong>vido a incorporação do espessante hidrofílico, com relação àformulação 2 que continha somente cera auto-emulsionante. As duas formulaçõespermaneceram estáveis ao teste <strong>de</strong> centrifugação, então foram submeti<strong>da</strong>s às outras condições<strong>de</strong> tensão, como o ciclo gela-<strong>de</strong>gela, caracterizando a estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>preliminar</strong>, totalizando 6ciclos <strong>de</strong> 24 horas a 5,0ºC ± 2,0ºC, e 24 horas a 37 ºC. As amostras analisa<strong>da</strong>s permaneceramestáveis, não havendo sinais <strong>de</strong> separação <strong>de</strong> fases, durante o teste <strong>preliminar</strong> <strong>de</strong>centrifugação, <strong>de</strong>monstrando compatibili<strong>da</strong><strong>de</strong> entre os componentes <strong>da</strong>s formulações eequilíbrio nas concentrações dos componentes.


305. DISCUSSÃOForam propostas duas diferentes formulações contendo filtros solares (A e B). Após24 horas as amostras foram caracteriza<strong>da</strong>s com relação às proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s organolépticas e emsegui<strong>da</strong> submeti<strong>da</strong>s ao teste <strong>preliminar</strong> <strong>de</strong> centrifugação. O tempo <strong>de</strong> 24 horas é necessárioporque a emulsão não adquire o equilíbrio perfeito imediatamente após o preparo, énecessário um tempo <strong>de</strong> espera para que haja a estabilização, sendo usualmente preconizado24-48 horas após o preparo (MORAIS, 2006).O teste <strong>da</strong> centrifugação teve como objetivo avaliar, em curto espaço <strong>de</strong> tempo,possíveis instabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s físicas e químicas que po<strong>de</strong> m atingir as formulações. Este testeproduz estresse na amostra simulando um aumento na força <strong>de</strong> gravi<strong>da</strong><strong>de</strong>, fazendo com quehaja uma maior mobili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s partículas e antecipando possíveis instabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s que po<strong>de</strong>rãoser observa<strong>da</strong>s através <strong>de</strong> precipitação ou separação <strong>de</strong> fases (ANVISA, 2004).A diferença entre a formulação A e a formulação B é a presença <strong>de</strong> um agenteespessante hidrofílico, o polímero do ácido carboxivinílico na formulação B. Este espessanteé importante porque fornece ao creme um toque mais seco à pele, ou seja, menos oleoso, queé exigido para peles com tendência à oleosi<strong>da</strong><strong>de</strong>, ao mesmo tempo, favorece a viscosi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>fase aquosa <strong>da</strong> emulsão, favorecendo sua estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> em concentrações baixas e possuindoboa compatibili<strong>da</strong><strong>de</strong> com a pele (TADROS, apud PIANOVISSKI, 2008).A instabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uma emulsão po<strong>de</strong> se manifestar <strong>da</strong>s seguintes formas: -cremagem acontece quando as gotículas <strong>da</strong> fase dispersa sobem para a superfície <strong>da</strong>formulação <strong>de</strong>vido à baixa Densi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> fase dispersa; - floculação: quando a força <strong>de</strong>repulsão entre as gotículas <strong>da</strong> fase dispersa é diminuí<strong>da</strong>, <strong>de</strong>vido principalmente à baixaconcentração <strong>de</strong> agente emulsionante e, elas se associam <strong>de</strong> maneira fraca. Este processo éreversível por agitação; - coalescência: as gotículas <strong>da</strong> fase interna se unem e formam umaúnica gotícula sendo este processo irreversível e a inversão <strong>de</strong> fase quando a fase externator na-se interna e vice-versa (PIANOVISSKI, 2008).Vários fatores po<strong>de</strong>m comprometer a estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> físico-química e microbiológica <strong>de</strong>um sistema emulsionado, como a escolha <strong>de</strong> constituintes incompatíveis, tipo e concentração<strong>de</strong> emulsificantes, veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> agitação, tempo <strong>de</strong> aquecimento e arrefecimento,quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>s fases, temperatura e ambiente <strong>de</strong> estocagem e contaminação pormicrorganismos (SILVA, SOARES, 1996; SCHUELLER, ROMANOWSKI, 2000).


31À medi<strong>da</strong> que as emulsões tornam-se instáveis, suas características físico-químicasvariam. Para observar estas variações po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>terminar o valor do pH, viscosi<strong>da</strong><strong>de</strong>,<strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>, teste <strong>de</strong> centrifugação, condutivi<strong>da</strong><strong>de</strong> elétrica, tamanho <strong>da</strong> partícula, entre outros(BRASIL, 2004). As amostras foram submeti<strong>da</strong>s a condições <strong>de</strong> estresse com o objetivo <strong>de</strong>acelerar o surgimento <strong>de</strong> possíveis sinais <strong>de</strong> instabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, que po<strong>de</strong>riam ser causados porpossíveis alterações intrínsecas, relaciona<strong>da</strong>s à natureza <strong>da</strong>s formulações e, sobretudo, àinteração <strong>de</strong> seus ingredientes entre si ou com o material <strong>de</strong> acondicionamento (BRASIL,2004).Os estudos <strong>de</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> propostos neste trabalho forneceram informações queindicam o grau <strong>de</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> relativa <strong>da</strong>s formulações em diversas condições <strong>de</strong> exposição aque possa estar sujeito, tais testes são muito importante para que novas formulações sejam<strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s. Os testes po<strong>de</strong>m ser realizados em farmácias magistraias, na triagem<strong>de</strong>formulações. As amostras mostraram-se muito semelhantes ao padrão e as característicasorganolépticas não sofreram alterações aparentes durante nenhum ciclo realizado.Sendo assim, tanto a formulação A quanto a formulação B, quando submeti<strong>da</strong>s àanálise <strong>preliminar</strong>, tiveram apenas uma pequena variação <strong>de</strong> pH que não caracteriza comoalteração discrepante, os resultados apresentados foram os esperados, indicando que asformulações possuem estabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.


326. CONSIDERAÇÕES FINAISPara que uma emulsão possua boa quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, esta <strong>de</strong>ve ser submeti<strong>da</strong> a diversostestes <strong>de</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong>. Neste trabalho, os <strong>cremes</strong> contendo <strong>fotoprotetores</strong> mostraram-seestáveis em relação aos testes <strong>preliminar</strong>es <strong>de</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, porém, este não é suficiente paraassegurar uma total quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do produto, a partir <strong>de</strong>ste trabalho, testes <strong>de</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong>acelera<strong>da</strong> po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>senvolvidos, com o intuito <strong>de</strong> assegurar a estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uma fórmulaque aten<strong>da</strong> requisitos importantes em <strong>fotoprotetores</strong>, além <strong>de</strong> testes <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação do FPS.


337. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASALLEN JUNIOR, L.V. Técnicas básicas em manipulação. São Paulo: Tecnopress, 1999.102 p. and aging. Free Radical Biology & Medicine, Vol. 29, Nos. 3/4, pp. 222–230, 2000.ANSEL, H.C. POPOVICH, N. G; JUNIOR, L.V.A. Farmacotécnica: FormasFarmacêuticas & Sistemas <strong>de</strong> Liberação <strong>de</strong> Fármacos 6.ed. São Paulo: Editorial Premier,2000. 568 p.BORGHETTI, G. S; KNORST, M.T. Desenvolvimento e <strong>avaliação</strong> <strong>da</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> física <strong>de</strong>loções O/A contendo filtros solares. Rev. Bras. Ciênc. Farm., v.42, n.4, São Paulo, out./nov.2006.BRASIL. Agência Nacional <strong>de</strong> Vigilância sanitária RDC nº 87, <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2008.Altera o Regulamento Técnico sobre Boas Práticas <strong>de</strong> Manipulação em Farmácias. DiárioOficial <strong>da</strong> república fe<strong>de</strong>rativa do Brasil, po<strong>de</strong>r Executivo, Brasília, DF.BRASIL. Agência Nacional <strong>de</strong> Vigilância Sanitária. Guia <strong>de</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> produtoscosméticos. 2004. 52 p. Diário oficial <strong>da</strong> República fe<strong>de</strong>rativa do Brasil, Po<strong>de</strong>r Executivo,Brasília, DF.BRASIL. Agência Nacional <strong>de</strong> Vigilância sanitária. RDC nº 67 <strong>de</strong> 8 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2007.Aprova o regulamento técnico sobre Boas Práticas <strong>de</strong> Manipulação <strong>de</strong> medicamentos emfarmácias e seus anexos. Diaário Oficial <strong>da</strong> república fe<strong>de</strong>rativa do Brasil, po<strong>de</strong>r Executivo,Brasília, DF.CADENAS, E; DAVIES, K.J. A. Mitochondrial free radical generation, oxi<strong>da</strong>tive stressCHEN, H. et al. Microemulsion - based hydro-gel formulation of ibuprofen for topical<strong>de</strong> livery. International Journal of Pharmaceutics, v. 315 p. 52–58, 2006.CHORILLI, M.; et al. Desenvolvimento e estudos <strong>preliminar</strong>ies <strong>de</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>formulações fotoprotetoras contendo Granlux GAI-45 TS. Rev. Ciênc. Farm., 27(3): 237-246, 2006.DE PAOLA, M. V. R. V.; RIBEIRO, M. E. Interação entre filtros solares. Cosmetic &Toiletries, v. 10, p. 40-50,1998.ECCLESTON, G. M. Emulsions and microemulsions. In: SWARBRICK,J.; BOYLAN, J. C.Encyclopedia of pharmaceutical technology, New York: Marcel Dekker, 2002. v. 3, p. 1066-1084.FERNANDEZ-MONTES, E. A. Técnicas y procedimiéntos em formulación magistral<strong>de</strong>rmatológica. Madrid: Ed. E. Aliá, 2005. p. 85-87.FERRARI, MARCIO; et al. Determinação do fator <strong>de</strong> proteção solar (FPS) in vitro e in vivo<strong>de</strong> emulsões com óleo <strong>de</strong> andiroba (Carapa guianensis). Rev. Bras. Farmacogn., v.17,n.4./, p.626-630, 2007.


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