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JORNAL DE ITATIBA-Diário<br />
Quarta-feira, 22 de julho de 2015<br />
A5<br />
OUTRA CONOTAÇÃO<br />
À ASSOCIAÇÃO ÍTALO-<br />
BRASILEIRA E POPULAÇÃO<br />
Primeiramente, gostaria de parabenizar<br />
a Associação Ítalo-Brasileira de Itatiba pela<br />
iniciativa de organizar vários eventos relacionados<br />
à cultura italiana, já <strong>que</strong> muitas pessoas,<br />
assim como eu, <strong>são</strong> descendentes com<br />
muito orgulho.<br />
Isso faz com <strong>que</strong> nossas raízes sejam preservadas.<br />
Destaco aqui o evento a ser realizado dia<br />
24 de julho, Noite Musical “Le Donne de Itatiba<br />
Cantando in Italiano” no Teatro Ralino Zambotto,<br />
<strong>que</strong> terá a participação das mulheres<br />
cantoras de Itatiba.<br />
Para esse evento acontecer, além das mulheres<br />
cantoras, também devem ser destacados<br />
os músicos <strong>que</strong> participam, com muita dedicação<br />
e profissionalismo: Fernando Telles (guitarra),<br />
Renato Trevisone (bateria), Ebert Durães (teclado)<br />
e Gustavo Salmaso (baixo), <strong>que</strong> a cada<br />
ensaio, tarde da noite, superam dificuldades,<br />
acertam detalhes e mostram toda competência<br />
<strong>que</strong> há anos dedicam a essa profis<strong>são</strong>.<br />
Por isso, fica aqui minha indignação por<br />
não serem mencionados na nota publicada no<br />
Recebemos do dia 16 de julho de 2015 pela<br />
Associação. Acredito <strong>que</strong> deve ter sido uma falha<br />
despercebida pela mesma, <strong>que</strong> nas próximas<br />
notas será corrigida, já <strong>que</strong> os músicos serão<br />
parte indispensável para o sucesso do evento.<br />
Priscila Andreza Vicentine Trevisone<br />
RG 27.237.858-6<br />
SOMOS TRANSIGENTES<br />
DEMAIS<br />
Para cada empreendedor exitoso no Brasil,<br />
há três burocratas retrógrados <strong>que</strong> cerceiam<br />
a liberdade e atrasam o País. A crise no<br />
âmbito de empregos – <strong>que</strong>r dizer, os 8% de<br />
desemprego e o desespero por benefícios –<br />
mostra claramente <strong>que</strong> a máquina pública incha<br />
com profissionais dispensáveis e onerosos<br />
para tirar dos poucos <strong>que</strong> geram ri<strong>que</strong>za e<br />
têm vi<strong>são</strong> progressista.<br />
É interessante notar, nesse meio político<br />
de tantos conflitos de opinião e decisões esdruxulamente<br />
mal tomadas, <strong>que</strong> a ministra da agricultura<br />
– Kátia Abreu – desafia práticas e costumes<br />
acomodados. Falo principalmente da<br />
crença de muitos – mas felizmente não a dela –<br />
de <strong>que</strong> se deve proteger a indústria nacional, se<br />
é <strong>que</strong> temos algum setor nela <strong>que</strong> valha mesmo<br />
a pena. Digo isso por<strong>que</strong> parte considerável do<br />
<strong>que</strong> hoje se classifica como indústria nacional<br />
é composta por empresas multinacionais <strong>que</strong><br />
possuem fábricas de processamento de seus<br />
produtos no Brasil, como a Nestlé.<br />
Com exceção de tecnologias em aeronaves,<br />
maquinários agrícolas e algumas outras,<br />
as tais indústrias nacionais brasileiras engatinham<br />
e, por vezes, fecham suas portas por<strong>que</strong><br />
a tal da proteção às vezes se converte em cobrança<br />
de propinas. Isso se deve, por exemplo,<br />
às exigências rigorosas <strong>que</strong> fiscais de governo<br />
impõem a empresários brasileiros realmente<br />
dignos e à proteção de indústrias multinacionais<br />
<strong>que</strong> têm sucursais no Brasil. Ou é grande o<br />
suficiente para cumprir a lista enciclopédica de<br />
exigências burocráticas para funcionamento, ou<br />
paga as propinas, ou fecha as portas.<br />
Temos, assim, um cenário optado e persistente<br />
de Terceiro Mundo. No Brasil, há proteção<br />
de indústrias nacionais acomodadas em<br />
vez de promoção de competitividade para <strong>que</strong><br />
os preços baixem, os produtos tenham <strong>mais</strong><br />
qualidade e o mercado ofereça <strong>mais</strong> opções<br />
aos consumidores.<br />
Só para dar um exemplo, <strong>que</strong>m tiver a chance<br />
de entrar em supermercados de países <strong>mais</strong><br />
desenvolvidos na América do Norte e na Europa<br />
ocidental observará um contraste com os de países<br />
explorados como o Brasil. Na<strong>que</strong>les, há <strong>mais</strong><br />
variedade de produtos, todos têm qualidade excelente,<br />
eles apresentam-se em quantidades grandes<br />
nas embalagens e têm preços <strong>mais</strong> baixos <strong>que</strong><br />
os daqui mesmo <strong>que</strong> se produzam pertinho daqui.<br />
Até castanha-do-pará e banana se comercializam<br />
<strong>mais</strong> baratos lá <strong>que</strong> aqui.<br />
No Brasil, vejo <strong>que</strong> esses burocratas corruptos,<br />
inúteis e vende-pátrias unem-se com<br />
os empresários das tais indústrias nacionais<br />
protegidas e riem da população brasileira.<br />
Vendem-se produtos cada vez <strong>mais</strong> caros, em<br />
quantidade menor (“agora com embalagem<br />
<strong>mais</strong> econômica”, “redução de 150g para<br />
120g”), como se tratasse de mudanças boas e<br />
vantajosas para os consumidores. Eles dão risada<br />
dos tupinicas, ignorantes <strong>que</strong> somos.<br />
O Brasil é desigual por escolha de sua<br />
gente em vez de fatalidade colonial. Nós, tupinicas,<br />
somos transigentes de<strong>mais</strong>. Ou palermas,<br />
melhor dizendo.<br />
Bruno Perón<br />
textos@brunoperon.net<br />
Queremos ressaltar a importância dos leitores<br />
<strong>que</strong> escrevem para a coluna “Recebemos”, chamando<br />
a atenção para a identificação do missivista com:<br />
NOME COMPLETO, ASSINATURA, ENDEREÇO<br />
RESIDENCIAL, RG, E SE POSSUIR, TELEFONE E E-<br />
MAIL. As cartas <strong>que</strong> não contarem com os dados<br />
solicitados serão desconsideradas. A direção se reserva<br />
no direito de publicar os trechos <strong>mais</strong> interessantes<br />
das missivas.<br />
<strong>Veado</strong> e <strong>piranha</strong> <strong>são</strong><br />
<strong>xingamentos</strong> <strong>que</strong> <strong>mais</strong> <strong>ofendem</strong>DIVULGAÇÃO<br />
Da Redação<br />
Estudo do Departamento<br />
de Psicologia<br />
Clínica da Universidade<br />
de Brasília (UnB) mostra<br />
<strong>que</strong>, para os homens,<br />
ser chamado de veado é<br />
a ofensa <strong>mais</strong> grave. Já<br />
para as mulheres, o pior<br />
ata<strong>que</strong> verbal é ser chamada<br />
de <strong>piranha</strong>. Isso<br />
por<strong>que</strong> os padrões de<br />
xingamento <strong>são</strong> diferentes<br />
de acordo com o gênero<br />
do ofendido. Outro<br />
dado interessante da<br />
pesquisa realizada pela<br />
professora Valeska Zanello<br />
é <strong>que</strong> para os homens<br />
os piores ata<strong>que</strong>s<br />
<strong>são</strong> os relacionados à<br />
sexualidade, ao sucesso<br />
profissional e à virilidade:<br />
veado (homossexual),<br />
pobre e broxas (não<br />
viril) ou quando falam<br />
sobre o tamanho reduzido<br />
do pênis. Já para as<br />
mulheres, a reputação,<br />
os conceitos morais e os<br />
aspectos físicos, como o<br />
peso, por exemplo, <strong>são</strong><br />
os <strong>que</strong> <strong>mais</strong> incomodam.<br />
De acordo com a<br />
pesquisa, ser chamada<br />
de gorda é o terceiro xingamento<br />
<strong>que</strong> <strong>mais</strong> ofende<br />
as mulheres. Na segunda<br />
posição está o termo<br />
falsa e outros semelhantes,<br />
como egoísta e<br />
mentirosa. Em primeiro<br />
lugar está <strong>piranha</strong> e outras<br />
palavras relacionadas,<br />
como vagabunda e<br />
prostituta. A pesquisa<br />
também revela <strong>que</strong> muitas<br />
vezes a mesma palavra<br />
dita para homens e<br />
mulheres tem uma conotação<br />
diferente. É o caso<br />
de vagabundo/a. Segundo<br />
o Diário da Região,<br />
<strong>que</strong>m chama um homem<br />
de vagabundo, está dizendo<br />
<strong>que</strong> ele não trabalha/não<br />
gosta de trabalhar.<br />
Ao xingar uma mulher<br />
de vagabunda, o<br />
sentido é diferente, acusando-a<br />
de ser promíscua.<br />
AGRESSÃO<br />
PSICOLÓGICA<br />
Vanessa Apareci-<br />
Segundo a psicóloga Vanessa Freitas, infelizmente, nem todo mundo tem noção do quanto<br />
pode ser prejudicial na vida de uma pessoa<br />
da de Freitas, psicóloga<br />
cognitivo-comportamental,<br />
em entrevista ao<br />
JI – Diário, disse <strong>que</strong><br />
normalmente a pessoa se<br />
sentirá ofendida com o<br />
xingamento, levando em<br />
consideração aquilo <strong>que</strong><br />
<strong>mais</strong> lhe importa, pois<br />
este irá contra seus princípios<br />
e valores. Assim,<br />
a pessoa <strong>que</strong> sofre uma<br />
agres<strong>são</strong> psicológica tem<br />
grandes chances de desenvolver<br />
distúrbios psicológicos,<br />
tais como: ansiedade,<br />
depres<strong>são</strong>, fobias,<br />
estresse pós-traumático,<br />
síndrome do pânico,<br />
entre outras doenças<br />
psíquicas.<br />
Sobre o resultado<br />
da pesquisa, Vanessa<br />
avaliou <strong>que</strong>, embora a<br />
mídia aponte para uma<br />
liberdade sexual, os três<br />
piores <strong>xingamentos</strong> demonstram<br />
<strong>que</strong> a sociedade<br />
ainda possui valores<br />
bem tradicionais relacionados<br />
tanto ao homem<br />
quanto a mulher,<br />
onde o homem deve ser<br />
o macho, viril, forte e<br />
bem-sucedido profissionalmente<br />
e a mulher submissa,<br />
linda e magra.<br />
“Ou seja, o xingamento<br />
vem mostrar os lugares<br />
<strong>que</strong> a mulher e o homem<br />
não devem ocupar, e<br />
sim, o <strong>que</strong> deles é esperado<br />
na sociedade”, analisou.<br />
DEFESA<br />
A psicóloga recomenda<br />
<strong>que</strong>, após um xingamento,<br />
é preciso refletir<br />
até <strong>que</strong> ponto o <strong>que</strong> o<br />
outro pensa a seu respeito<br />
tem importância.<br />
“Nós não podemos controlar<br />
o comportamento<br />
verbal das outras pessoas;<br />
porém, a forma como<br />
reagimos às ofensas está<br />
sob nosso controle.<br />
Pode ser de forma grosseira,<br />
tentar nos defender<br />
de forma assertiva (falar<br />
a verdade sem ser rude),<br />
permanecer em silêncio<br />
ou simplesmente ignorar.<br />
O <strong>que</strong> temos sob controle<br />
é a forma como reagimos<br />
diante dos outros”,<br />
pontuou. A reação,<br />
no entanto, não é à<br />
palavra, mas sim ao sentido<br />
e à sensação corporal<br />
<strong>que</strong> <strong>são</strong> atribuídas a<br />
ela. “Se alguém diz <strong>que</strong><br />
você é veado, o som da<br />
palavra é transformado<br />
em uma informação<br />
mental e entendido como<br />
uma ofensa. Essa informação<br />
normalmente<br />
será vivenciada por meio<br />
de sensações físicas,<br />
como tremedeira, taquicardia<br />
e náusea, dentre<br />
outros”, exemplificou a<br />
profissional.<br />
Por isso, diante<br />
dos efeitos dos <strong>xingamentos</strong>,<br />
a pessoa sentese<br />
envergonhada, com<br />
baixa autoestima e insegura<br />
de falar sobre o assunto,<br />
o <strong>que</strong> dificulta a<br />
busca por ajuda profissional.<br />
Porém, nesse<br />
momento, um acompanhamento<br />
psicológico é<br />
indispensável. “O psicólogo<br />
não irá julgar,<br />
mas compreender as dificuldades,<br />
servindo de<br />
facilitador para <strong>que</strong> se<br />
tenha uma vi<strong>são</strong> <strong>mais</strong><br />
clara de si mesmo e da<br />
problemática <strong>que</strong> o levou<br />
à busca pelo atendimento”,<br />
contou Vanessa.<br />
- Usuários da Avenida Prudente de<br />
Moraes reclamam de trânsito no local. Segundo<br />
os reclamantes, além do fluxo intenso<br />
e carros estacionados dos dois lados, inclusive<br />
em cima das calçadas em determinados<br />
trechos, o ponto de ônibus foi mudado para<br />
perto do cruzamento <strong>que</strong> vai para o Chico<br />
Peroba. Porém o local não está demarcado<br />
e veículos <strong>são</strong> estacionados dos dois lados,<br />
dificultando a passagem de veículos quando<br />
há ônibus no ponto. Ainda de acordo com<br />
os usuários, diversas vezes, os carros estacionados<br />
têm seus retrovisores batidos ou arrancados.<br />
Pedem providências quanto à<br />
melhora no fluxo da via.<br />
O SAL é um serviço do JORNAL DE ITATIBA – Diário para seus<br />
leitores. Através dele, o leitor pode dar sugestões, fazer reivindicações<br />
e reclamar dos problemas relacionados a seu bairro.<br />
O contato poderá ser feito através do telefone 4524-0507,<br />
pelo fax 4524-0115 ou e-mail redacao@ji.com.br. Estaremos à disposição<br />
para divulgar problemas relativos à comunidade e não particulares.<br />
BRINCADEIRAS<br />
Em diversas situações,<br />
no entanto, o palavrão<br />
pode se tornar uma<br />
brincadeira. “Se estiver<br />
inserido em uma relação<br />
de amigos, por exemplo,<br />
um xingamento pode nem<br />
ser ofensivo e, sim, apenas<br />
uma forma de zombar<br />
do amigo. No entanto,<br />
é preciso ter cuidado<br />
com a entonação”, alertou.<br />
A entrevistada ainda<br />
informou <strong>que</strong> falar muito<br />
palavrão pode ter relação<br />
com a saúde. “Existe uma<br />
doença relacionada a <strong>xingamentos</strong>,<br />
a coprolalia, na<br />
qual existe a incapacidade<br />
de controlar um imenso<br />
desejo de falar obscenidades”,<br />
disse Vanessa.<br />
Este é um sintoma da Síndrome<br />
de Tourette (ti<strong>que</strong>s<br />
vocais), <strong>que</strong> afeta uma em<br />
cada duas mil pessoas,<br />
sendo 75% do sexo masculino.<br />
“A coprolalia é um<br />
sintoma incontrolado<br />
<strong>que</strong>, em geral, não escolhe<br />
ou adequa a linguagem<br />
ao contexto”, explicou.<br />
Os <strong>que</strong> não sofrem<br />
da doença precisam<br />
ter consciência de seus<br />
atos e se colocar no lugar<br />
do outro, <strong>que</strong> está<br />
sendo xingado, para não<br />
correr o risco de ser injusto<br />
e evitar possíveis<br />
consequências. “O impacto<br />
<strong>que</strong> a ofensa pode<br />
causar na vida de uma<br />
pessoa é imensurável. Por<br />
exemplo, se a mulher tiver<br />
tendência a desenvolver<br />
anorexia, ao ser xingada<br />
de gorda, poderá<br />
agravar ainda <strong>mais</strong> a situação”,<br />
frisou Vanessa.<br />
Quem tiver algum trauma<br />
devido a uma ofensa,<br />
deve buscar tratamento.<br />
“Muitas vezes, os sofrimentos<br />
guardados permanecem<br />
em nosso inconsciente<br />
e, de forma silenciosa,<br />
podem causar<br />
grandes estragos com<br />
passar do tempo”, concluiu<br />
a psicóloga.