Santigold “Master of My Make-Believe”
Nota sobre novo álbum de Santigold "Master of My Make-Believe"
Nota sobre novo álbum de Santigold "Master of My Make-Believe"
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
O que procuras?Música Cinema Moda&Lifestyle Artes Livros Dixit Galeria Passatempos Gigs RDB World LOGINMÚSICAEdição Nº81, Junho, 20121Links Externos<strong>Santigold</strong>santigold.comPUBRELACIONADOSYouth – barulho – electrónico –lessQuase se chamaram Liquid Youth (referência aosLiquid Liquid e Sonic Youth), mas decidiramapostar em Youthless, por sugestão de (...)SANTIGOLD | “MASTER OF MYMAKE BELIEVE”5º FESTIVAL OPTIMUS ALIVE!Mais vivo do que nunca.Batidas cépticas<strong>Santigold</strong> é Santi White, uma artista perfeccionista, uma mulher de armas e umapersonalidade afável. O seu primeiro álbum – “Santogold” (como se apelidava na altura dolançamento) saiu há quatro anos. Contudo, parece que foi há mais tempo. Uma coisa é certa:durante este intervalo ninguém se esqueceu de <strong>Santigold</strong>. O seu público não estagnou, foicrescendo, graças à digressão de dois anos que a artista realizou para garantir isso mesmo,inclusive, com M.I.A., cantora com a qual é frequentemente comparada pelo registo sonorobastante parecido, isto é, pela fusão de estilos hiphop, dub, pop e electrónicos.<strong>“Master</strong> <strong>of</strong> <strong>My</strong> <strong>Make</strong> <strong>Believe”</strong> é o seu segundo álbum e é um statement. Lançado no início domês de Maio, é um ensaio com mensagens de força e de carácter, mas que também reúne dúvidase antíteses.Shadow Shadow | “Riviera”Quebra-se o gelo por detrás das sombrasVodafone MexefestA Vodafone mexe e a Avenida encolhe!Milagres"Glowing Mouth" não é mau: é um álbumcompetente.A capa do álbum é um reflexo dessas contradições, onde percebemos referências defensivas,mafiosas e bélicas. <strong>Santigold</strong> reencarnou todos os personagens que estão presentes na fotografia:as guardiãs femininas, cujos fatos dourados foram desenhados por Alexander Wang; o homemchefe da máfia ao centro, que ostenta uma pose altiva e imperiosa; e, como tela de fundo, vemosSanti White vestida de <strong>of</strong>icial do exército pintada num quadro.A capa foi fotografada por Jason Schmidt e a direcção artística é de Kehinde Wiley, um artistaconhecido pelas referências históricas que utiliza na sua obra, e que, neste contexto emparticular, inspirou-se no retrato de Sir Banastre Tarleton de Sir Joshua Reynolds (se alguémquiser ir pesquisar). Esta capa surgiu no seguimento do último trabalho de Wiley, no qualenfatiza a marginalização da mulher afro-americana dentro da história de arte e dos ideais de
enfatiza a marginalização da mulher afro-americana dentro da história de arte e dos ideais debeleza feminina na sociedade.Falámos da casca, agora vamos ao sumo. É um álbum recheado de colaborações e de nomesconceituados. Editado pela Atlantic Records, o álbum conta com produção de Diplo, Switch eJohn Hill, e dos novos parceiros de estúdio de <strong>Santigold</strong>: Q-Tip, Nick Zinner dos Yeah YeahYeahs, Dave Sitek dos TV on the Radio, Ricky Blaze, Greg Kurstin e, ainda, Boys Noize.Dentro deste segmento tão rico e tão forte pr<strong>of</strong>issionalmente, a primeira música não é excepção:chama-se «Go!» e é cantada em conjunto com Karen O dos Yeah Yeah Yeahs. É uma muralhaimpenetrável que impõe respeito, construída por beats progressivos.Existem batidas contagiantes em quase todas as faixas, porém, se pudéssemos caracterizarvisualmente o seu álbum, ele faria um “U”, porque começa quente com «Go!», arrefece no meio,e depois volta a aquecer, terminando com «Big Mouth».«Big Mouth» tem um ar irónico, fornecido pelo tom de voz de <strong>Santigold</strong>. A música é enriquecidapor um som africano e tribal, o qual se completa com referências aos sambas de enredo, culturasque graças a nós estão interligadas. Já «Freak Like Me» alude ao pop e ao girly e «Look at TheseHoes» bebe do rap e da ligação electrodubtrónica.O vídeoclip da faixa «Disparate Youth» foi gravado na Jamaica, lugar que a cantora reconheceser o local ideal longe das grandes cidades para deixar que a criatividade chegue “ao de cima”.Talvez seja isso que leve <strong>Santigold</strong> a sentir-se descrente: a frieza das relações, a superficialidadedas cidades e a distância da globalização. Santi White precisa de passar mais algum tempo longedas grandes metrópoles. Precisa de passar algum tempo sozinha, porque admite estar ainda aencontrar-se e, apesar deste lançamento, ela está de momento desapontada com o estado daMúsica.Continua a fazer Música mas confessa que não acredita nela. Desta forma, <strong>“Master</strong> <strong>of</strong> <strong>My</strong> <strong>Make</strong><strong>Believe”</strong> é um alerta para a consciência individual, para que cada um veja o mundo de formadiferente e crie a sua própria realidade, assim como ela também o está a tentar fazer.Também poderás gostarUniqlo | RDB www.ruadebaixo.comSony Xperia Z | RDB www.ruadebaixo.comOsklen | RDB www.ruadebaixo.comCOMENTÁRIOS (0)POR LUCE SANTOSSem comentáriosTens de estar registado para fazeres um comentário ouParceriasRedes sociaisPUB