Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
<strong>Coleções</strong> <strong>Botânicas</strong><br />
2.3.2. Atividades de laboratório<br />
a) Secag<strong>em</strong><br />
A estufa (Figura 5), local onde se realiza a secag<strong>em</strong>, é um equipamento simples, consistindo de uma caixa<br />
de madeira (Figura 5A) <strong>com</strong> quatro apoios, uma fonte de calor - normalmente lâmpadas incandescentes (60<br />
W) distribuídas no fundo da caixa - e uma grade de metal sobre as lâmpadas (distantes delas cerca de 20 cm)<br />
para receber as prensas (Figura 5B).<br />
Recent<strong>em</strong>ente, muitos herbários iniciaram a utilização de estufas elétricas, <strong>com</strong> controle de t<strong>em</strong>peratura<br />
e do fluxo de ar.<br />
As prensas são colocadas <strong>em</strong> estufa, à t<strong>em</strong>peratura de aproximadamente 60°C, onde permanec<strong>em</strong> até<br />
que o material esteja <strong>com</strong>pletamente desidratado. O t<strong>em</strong>po de permanência da prensa na estufa depende do<br />
material botânico prensado. Para a maior parte dos materiais botânicos, o t<strong>em</strong>po de permanência é de cerca<br />
de 72 horas.<br />
Figura 5: Estufa para secag<strong>em</strong> de material botânico. A: Visão lateral de uma estufa de madeira. B: Visão interna da estufa <strong>com</strong> prensa<br />
apoiada sobre a grade, que está acima das lâmpadas (fonte de calor), para a secag<strong>em</strong> de plantas.<br />
No caso de uma secag<strong>em</strong> s<strong>em</strong> estufa, a prensa deverá ser colocada <strong>em</strong> local ensolarado, ventilado<br />
ou próximo de uma fonte de calor (veja <strong>em</strong> Vieira & Carvalho-Okano, 1985). Os jornais dev<strong>em</strong> ser<br />
trocados uma vez por dia, pelo menos, para tentar prevenir o ataque de fungos. Nunca deixe o<br />
material sob sereno.<br />
Em situações excepcionais, <strong>com</strong>o muitos dias de coletas s<strong>em</strong> acesso a estufa, todo o material prensado<br />
deve ser molhado <strong>com</strong> álcool <strong>com</strong>ercial e a prensa deve ser colocada dentro de um saco plástico vedado<br />
(IBGE, 2012). Essa técnica permite a conservação dos espécimes por s<strong>em</strong>anas. No entanto, o álcool pode<br />
inviabilizar o material botânico para estudos de biologia molecular (Judd et al., 2009) e, por isso, o seu uso<br />
deve ser evitado. Se utilizada essa técnica, essa informação deve ser anotada no caderno de coletas, junto às<br />
d<strong>em</strong>ais informações, para que também seja posteriormente transcrita para a etiqueta que a<strong>com</strong>panha cada<br />
espécime na coleção.<br />
b) Montag<strong>em</strong><br />
Após a secag<strong>em</strong>, o material botânico pode ser montado para a sua inclusão na coleção (Figura 6).<br />
13