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“Estufa PET”<br />

Adriana das Dores Paço Araújo e Emilie Caldas Remelgado<br />

Centro Escola de Mujães – Viana do Castelo<br />

1. Cenário para Ideias<br />

No âmbito da prática pedagógica em Educação Pré-Escolar e<br />

Ensino do Primeiro Ciclo do Ensino Básico, foi proposta a<br />

elaboração de um Projeto de Empreendedorismo, envolvendo as<br />

crianças do Jardim de Infância do Centro Escolar de Mujães bem<br />

como toda a comunidade educativa. Neste sentido perguntou-se às<br />

crianças o que queriam elaborar. Como o tema do projeto educativo<br />

do Centro Escolar era a quinta, rapidamente surgiu a ideia de<br />

elaborar uma estufa entre muitas outras. A ideia foi aceite por todos<br />

as crianças que se prontificaram a ajudar e a participar ativamente<br />

neste projeto.<br />

Neste sentido, decidiu-se utilizar os recursos que tínhamos ao<br />

dispor obtendo o mínimo de gastos possíveis.<br />

Contamos sempre com a ajuda de toda a comunidade educativa<br />

(professores, educadores, auxiliares…) que se protificaram a<br />

colaborar no que fosse necessário. Contamos ainda com a ajuda da<br />

Junta de Freguesia de Mujães, a qual se mostrou sempre<br />

disponível.<br />

As crianças das restantes salas de primeiro ciclo também<br />

cooperaram na elaboração deste projeto de empreendedorismo.<br />

Mas estendemos esta colaboração à Escola Superior de Educação<br />

bem como à residêncial de estudantes desta mesma instituição.<br />

Sem dúvida que a ajuda surgiu de vários locais em prol de um<br />

projeto, que com grande esforço, dedicação e empenho de todos,<br />

sem exceção, resultou numa grande estufa.<br />

2. Ideias em Ação<br />

Numa primeira etapa decidimos visitar uma estufa para ter noção do<br />

seu funcionamento, ver os materiais que eram necessários e<br />

contactar com um proprietário para conhecer algumas opiniões<br />

acerca das estufas.<br />

Seguidamente fez-se uma recolha de garrafas de plástico de 1,5<br />

litro e também de 2 l. Todas as crianças participaram ativamente<br />

nesta recolha trazendo garrafas para a instituição. Garrafas essas<br />

que tinham em casa e outras que recolheram de vizinhos, familiares<br />

e amigos.<br />

Falou-se de imediato com o Presidente de Junta e Freguesia de<br />

Mujães para colaborar neste projeto fornecendo-nos a estrutura que<br />

necessitavamos, Pensou-se num primeiro momento em ser de metal<br />

pois seria mais resistente às tempestades e teria uma duração mais<br />

longuingua, no entanto a ideia não seguiu em frente uma vez que<br />

seria complicado prender os camarões metálicos a essa mesma<br />

estrutura. Optou-se então por uma estrutura criada em madeira.<br />

As garrafas foram colocadas na estufa, com a colaboração das<br />

crianças. Para isso os adultos colocavam os camarões, uma vez que<br />

as crianças não possuem destreza motora para o fazer. Também os<br />

adultos recorretam às tesouras para cortar o fundo das garrafas de<br />

plástico. As crianças enfiavam as garrafas no fio de modo a formar<br />

filas.<br />

De fila em fila iamos revestindo a nossa estufa. Em quase toda a<br />

estufa encontram-se garrafas transparentes, no entanto há garrafas<br />

de cor verde que representam as janelas e as portas da estufa.<br />

Depois de concluido este processo fomos criando uma pequena<br />

conversa com o grupo de crianças para deliberar as plantas que iria<br />

conter a estufa. Ficou decidido que iriamos pedir algumas às estufas<br />

circundantes e outras eram trazidas pelas crianças e colaboradores<br />

neste projeto.<br />

Fez-se uma parte referente a hortículas e plantas aromáticas e<br />

outras referentes a flores.<br />

As crianças plantaram, nos vasos de fundos de garrafas todos os<br />

produtos que tinhamos conseguido. Seguidamente procedeu-se à<br />

réga das mesmas. No fundo dos vasos fez –se um furo para que a<br />

água escorresse.<br />

Para colocar as plantas utilizamos paletes de madeira para sustentar<br />

os vasos que eram, na sua maioria de fundos de garrafas de<br />

plástico.<br />

A estufa foi decorada a rigor pelas crianças, estagiárias, educadora<br />

e auxiliares.<br />

3. Ação em Balanço<br />

Este projeto despertou a atenção de toda a comunidade educativa<br />

envolvendo-a em cada etapa desenvolvida. Fez-se uma<br />

inauguração da estufa e para isso criou-se convites para todos os<br />

colaboradores do Projeto de Empreendedorismo. Para esta<br />

inauguração fez-se um livro onde se expunha a opinião acerca do<br />

projeto.<br />

Contamos com a presença do Presidente de Junta para cortar a fita<br />

da estufa. Toda a comunidade educativa esteve presente e aplaudiu<br />

com entusiasmo esta ideia. Ainda neste dia fez-se uma venda de<br />

alguns produtos contidos na estufa para conseguir retorno dos<br />

gastos com o fio e os camarões de metal. De referir que esses<br />

foram os únicos gastos durante este projeto. No final desta festa<br />

resgatou-se o investimento munetário que se teve.<br />

É com projeto como estes que as crianças têm noções das várias<br />

etapas que um projeto atravessa até ao seu produto final.<br />

Os pais mostraram-se entusiasmados e orgulhosos do projeto que<br />

as crianças desenvolveram durante esta etapa educativa.


Caixa de Areia<br />

Andreia Neiva e Andreia Novais<br />

Educadora Goreti Cardoso e Assistente Operacional Julieta Cerquinha<br />

Jardim de Infância do Centro Escolar de Santa Marta de Portuzelo<br />

1. Cenário para Ideias<br />

Nível de ensino: Educação Pré-Escolar<br />

Número de crianças envolvidas: 25<br />

6 (3 anos), 4 (4 anos), 15 (5 anos)<br />

Tendo em conta a proposta de desenvolvimento de um projeto de<br />

empreendedorismo em contexto pré-escolar, o nosso projeto<br />

desenvolveu-se com o propósito de concretizar um sonho das<br />

crianças deste jardim. Como base orientadora do nosso projeto<br />

tivemos o manual “Ter ideias para mudar o mundo” e como tal,<br />

começamos por explorar as ideias das crianças através da escuta<br />

da história “Inês vai à praia” que consistia num sonho que a menina<br />

tinha de construir vários castelos de areia na praia. Após a escuta<br />

desta história, foi proposto a cada criança que desenhasse aquilo<br />

que mais gostava de fazer, ou seja, os seus sonhos. Depois de<br />

todas terem desenhado, foi pedido a cada criança que falasse um<br />

pouco do seu desenho referindo a sua importância. Posto isto, os<br />

desenhos foram categorizados segundo três temas gerais:<br />

• Praia;<br />

• Piscina;<br />

• Futebol.<br />

De seguida, importava definir o tema geral para posterior escolha do<br />

projeto que fosse de encontro aos desejos do grupo. Sendo assim,<br />

após um diálogo com todo o grupo, este escolheu, por maioria, o<br />

tema da praia e, por conseguinte, decidiu construir uma caixa de<br />

areia para o jardim de infância, visto que todas as crianças<br />

gostavam de brincar com areia. Assim, este seria o projeto de<br />

empreededorismo levado a cabo pelas crianças deste jardim.<br />

2. Ideias em Ação<br />

Tendo em conta as ideias desenvolvidas pelas crianças sobre aquilo<br />

que mais gostavam de fazer, o projeto empreendedor escolhido<br />

passa pela construção de uma caixa de areia para o jardim de<br />

infância.<br />

Para a concretização deste projeto, o grupo começou por pensar e<br />

definir o que seria necessário para a sua elaboração e, como tal,<br />

surgiram algumas questões:<br />

• O que é?<br />

• Para quem?<br />

• Para quê?<br />

• Onde?<br />

• Com quem?<br />

• Como fazer?<br />

• O que vamos precisar?<br />

Após o aparecimento destas questões, o grupo definiu como<br />

prioridade a procura de colaboradores financeiros para a<br />

concretização da caixa de areia. Depois de um diálogo com as<br />

crianças, decidiu-se que seria necessária a solicitação do Senhor<br />

Presidente da Junta de Freguesia de Santa Marta de Portuzelo e,<br />

para isso, o grupo realizou um vídeo solicitando a sua ajuda<br />

monetária. Depois de uma resposta positiva por parte do Senhor<br />

Presidente da Junta de Freguesia e com a sua ajuda monetária, as<br />

crianças puderam comprar uma caixa de areia. Com esta etapa<br />

concluída, o grupo começou a pensar na decoração da sua caixa de<br />

areia. Como tal, decidiram pintar a caixa e colocar alguns desenhos<br />

alusivos à praia. Depois de pintarem a caixa de areia, escolheram<br />

então, no computador da sala, alguns desenhos como, conchas,<br />

cavalos marinhos, peixes e estrelas e passaram a pintá-los. Depois<br />

de concluida mais uma etapa, faltava apenas a areia que foi<br />

conseguida também através do Senhor Presidente da Junta que tão<br />

prontamente se decidiu a ajudar-nos. Para tal, pediu a uma empresa<br />

que trouxesse até ao nosso jardim de infância a areia e a colocasse<br />

na respetiva caixa. Por fim, depois de todo o trabalho desenvolvido,<br />

chegou o momento de colocar a caixa de areia no recreio do jardim<br />

de infância e assim inaugurá-la com as crianças.<br />

3. Ação em Balanço<br />

Após a elaboração de um projeto deste tipo, podemos constatar que<br />

a sua importância recai sobre o facto de proporcionar às crianças<br />

um desenvolvimento ao nível das capacidades empreendedoras de<br />

cada uma delas. Assim, foi notório o desenvolvimento da<br />

capacidade de trabalhar em grupo, a criatividade e a sua<br />

persistência e preserverança em nunca desistir.<br />

É de salientar também o facto de todo este trabalho ter sido<br />

desenvolvido de forma motivadora e entusiasmante por parte das<br />

crianças visto este ser um projeto que vai de encontro aos seus<br />

desejos e interesses, levando-as a participar de forma ativa.<br />

Outro aspeto essencial que se destacou foi o trabalho colaborativo,<br />

uma vez que envolveu a participação do Senhor Presidente da<br />

Junta de Freguesia de Santa Marta de Portuzelo que prontamente<br />

respondeu às necessidades das crianças relativamente a este<br />

projeto. De modo a contactar o Senhor Presidente da Junta as<br />

crianças realizaram um video no qual solicitaram a sua ajuda e<br />

assim conseguiram levar o projeto a cabo e realiza-lo com sucesso.<br />

Findado todo este processo, importa referir que as crianças do<br />

jardim de infância preocuparam-se também em agredecer à pessoa<br />

que nos ajudou neste processo que foi o Presidente da Junta e,<br />

como tal, decidiram, em conjunto com as estagiárias e educadpra<br />

cooperante, enviar-lhe um e-mail a agradecer toda a sua ajuda e<br />

com o agradecimento, algumas fotografias do produto final<br />

elaborado.<br />

Assim, as crianças do jardim de infância de Santa Marta<br />

conseguiram integrar-se num projeto empreendedor e concretizá-lo<br />

com sucesso, tornando-se assim pequenos empreendedores.


Área da Biblioteca<br />

Cantinho da Centopeia<br />

Bruna Rodrigues e Cátia Costa<br />

Escola EB1 e Jardim de Infância de Monserrate<br />

1. Cenário para Ideias<br />

Nível de ensino: Pré-escolar<br />

N.º de crianças envolvidas: 20<br />

8 (3 anos); 2 (4 anos); 9 (5 anos); 1 (6 anos)<br />

Para o despertar de ideias das crianças, embora tivéssemos como<br />

nosso guia o livro “Ter ideias para mudar o mundo”, optamos por<br />

apresentar uma história criada por nós, que se intitulava por “Igor e<br />

os seus amigos livros”, com esta história pretendíamos transmitir às<br />

crianças que devem fazer o que gostam, assim como tentar<br />

concretizar sempre os seus sonhos como um pequeno vídeo com o<br />

nome “Stara, o pequeno inventor” que retrata uma criança que tinha<br />

um sonho e apesar das peripécias ao longo do caminho para<br />

concretizar o seu sonho, nunca desistiu de lutar e fazer mais e<br />

melhor.<br />

A partir do vídeo e da história, que serviu de motivação para o iniciar<br />

do nosso projeto, foi pedido às crianças que partilhassem com o<br />

grupo um sonho que gostariam de concretizar, essa partilha foi feita<br />

no recreio do jardim de infância numa rodinha em que no centro<br />

tinha uma maçã com vários fios de lã presos a ela, à medida que<br />

uma criança dizia o seu sonho pegava num fio de lã e assim<br />

sucessivamente até ficar uma maçã – teia de sonhos.<br />

Como resultado surgiram sonhos diversificados:<br />

-Ser como o Igor;<br />

- Ser uma estrela pop;<br />

-Ter uma casa e uma piscina;<br />

-Saber nadar;<br />

-Entre outros.<br />

Após a partilha de sonhos, cada criança fez o desenho<br />

correspondente ao seu sonho e explicava ao grupo o porquê da sua<br />

escolha. Em seguida foram agrupados os sonhos que tinham algo<br />

em comum para depois cada elemento do grupo partilhe ideias de<br />

forma a enriquecer o projeto. Em seguimento, com a ajuda das<br />

estagiárias cada grupo reformula o seu projeto com base nas ideias<br />

registadas anteriormente. A estagiária anota a reformulação. Em<br />

seguida pede para as crianças partilharem entre os grupos as ideias<br />

que surgiram para depois em grande grupo elaborarem um projeto<br />

único (onde constem as ideias de todos os membros). Após a<br />

escolha do projeto, as crianças irão fazer um desenho partilhado do<br />

novo projeto e uma maquete (feita com plasticina).<br />

Neste seguimento fizeram também um placard com tudo o que<br />

precisavam tanto material como humano para conseguirem realizar<br />

o sonho do grupo.<br />

2. Ideias em Ação<br />

Este projeto de âmbito lúdico-educativo que consistiu na criação<br />

da área da biblioteca na sala de atividades cujo objetivo é<br />

concretizar o sonho das crianças para além de incutir o gosto<br />

pela leitura e o contacto com a literatura desde o pré-escolar. O<br />

grupo participou de forma integra no desenrolar de todo o projeto.<br />

Com todo este processo as crianças ficaram a conhecer o<br />

conceito de empreendedorismo como as caraterísticas a este<br />

conceito associadas. Esta abordagem foi estimulante para o<br />

grupo, mostrando-se desde logo interessadas em ser crianças<br />

empreendedoras.<br />

Depois da primeira fase associada ao desenvolvimento das ideias<br />

começámos por fazer uma abordagem, ao longo das sessões, de<br />

elementos associados a uma biblioteca, nomeadamente aquilo<br />

que uma biblioteca deve conter (estantes, livros, …) relacionando<br />

sempre com as áreas de conteúdo.<br />

Depois da recolha de informação do que deveria conter o nosso<br />

projeto – área da biblioteca - colocámos mãos à obra.<br />

Primeiramente as crianças fizeram o desenho partilhado e a<br />

maquete do projeto feita com plasticina. Em seguida fizeram um<br />

cartaz que continha tudo o que necessitavam para conseguir<br />

concretizar o sonho. Com a ajuda dos encarregados de<br />

educação, as nossas crianças conseguiram alguns tecidos para a<br />

elaboração da manta, e a caixa que servia de estante para<br />

colocar os livros.<br />

O grupo mostrou-se sempre bastante motivado para trabalhar no<br />

projeto e ansiavam sempre pelo momento em que pudessem<br />

desfrutar daquilo que tanto queriam.<br />

Desde o sonho individual ao partilhado, do seu registo através do<br />

desenho à maquete, duma caixa sem utilidade a uma caixa para<br />

puderem colocar os livros, do corte dos primeiros retalhos à<br />

manta final, da passagem de um sonho comum para uma<br />

realidade, nunca esquecemos de que o importante no meio de<br />

tudo isto é que as nossas crianças aprendessem , desfrutassem<br />

de todos os momentos que lhes proporcionámos e jamais<br />

desistam dos seus sonhos!<br />

3. Ação em Balanço<br />

O balanço deste projeto é bastante positivo. A concretização<br />

mostrou-se bastante vantajosa tanto para as crianças como para<br />

nós educadoras estagiárias na medida em que pudemos trabalhar<br />

em função dos sonhos das nossas crianças sem nos esquecermos<br />

de trabalhar todas as áreas de conteúdo como é esperado no préescolar.<br />

É de salientar que com o desenrolar das sessões, o grupo<br />

desenvolveu capacidades empreendedoras como: o espírito de<br />

iniciativa, a criatividade, a cooperação, a capacidade de encontrar<br />

soluções e de ouvir a opinião dos outros. Ao longo do projeto foi<br />

notório o empenho e entusiasmo do grupo.<br />

É relevante mencionar que com este projeto houve a possibilidade<br />

de promover a relação família /escola que foi essencial para a<br />

concretização deste projeto como a importância da reutilização de<br />

materiais consciencializando estas crianças para a preservação do<br />

ambiente.


Prevenção Rodoviária<br />

“Brigada de Subportela”<br />

Cláudia Dias e Liliana Pereira<br />

EB1/JI de Subportela<br />

1. Cenário para Ideias<br />

Tudo começou no dia 13 de abril com a apresentação do video<br />

intitulado “Zé Pimpão, o acelera”, Este video é baseado na obra<br />

literária com o mesmo nome da autoria de José Jorge Letria. Este<br />

conta-nos a história de um automobilista negligente, retratando<br />

todos os comportamentos que um condutor de automóvel nunca<br />

deve ter. Ao mesmo tempo, as crianças aprendem que a condução<br />

automóvel tem de ser um ato de civismo e cidadania.<br />

Este video veio dar o mote para recebermos a visita de duas<br />

Agentes da Brigada de Trânsito. Estas vieram à escola dar uma<br />

pequena palestra sobre regras e sinais de trânsito e no final criaram<br />

um percurso em bicicleta.<br />

No final, as crianças mostravam-se muito entusiasmadas com o<br />

tema que estiveram a abordar e queriam saber mais acerca do<br />

mesmo. Acabaram até por nos contar situações de risco vivênciadas<br />

por elas.<br />

Dado que a sinistralidade é um dos fatores mais graves das nossas<br />

estradas, pretendemos assim sensibilizar toda a comunidade para o<br />

respeito e cumprimento das regras de segurança rodoviária, a fim<br />

de prevenir comportamentos perigosos e negligentes.<br />

Com este objetivo, reunimo-nos em grande grupo, para debater com<br />

as crianças qual seria o nosso projeto de empreendedorismo.<br />

Surgiram ideias como a construção de um automóvel como o do Zé<br />

Pimpão, a criação de uma escola de condução numa das áreas e a<br />

confeção de fardas de policia para todos. Contudo, a ideia geral que<br />

todas as crianças demonstravam recaia sobre ser policias<br />

promotores de uma maior segurança nas suas estradas. Assim<br />

surgiu a “Brigada de Subportela” que passou a estar de sentinela!<br />

A partir daqui fizemos um brainstorming para perceber o que as<br />

crianças queriam realmente executar. E assim pusemos em prática<br />

algumas das suas sugestões.<br />

2. Ideias em Ação<br />

O nosso projeto de empreendedorismo recaiu sobre o tema<br />

“Prevenção Rodoviária”, o qual levou à criação da “Brigada<br />

de Subportela”- Esta Brigada é composta por todas as<br />

crianças do Jardim que estão a partir de agora sempre de<br />

sentinela na promoção de comportamentos adequados e de<br />

valores de cidadania.<br />

Com vista a este objetivo, levamos a cabo várias atividades,<br />

começando por uma palestra de sensibilização para a<br />

comunidade orientada por duas agentes da Escola Segura,<br />

na qual foram abordadas questões relacionadas com a<br />

segurança rodoviária, focando o papel do peão, do<br />

passageiro e do ciclista. Nesta palestra foram apresentadas<br />

músicas alusivas aos diferentes temas que estavam a ser<br />

abordados, bem como powerpoints que facilitavam a<br />

compreensão desta temática.<br />

No seguimento organizamos uma visita à Escola de<br />

Condução Volante do Neiva, com o objetivo de dar a<br />

conhecer uma escola de condução e aprenderem algumas<br />

regras de trânsito. Fomos recebidos pelo Sr. Paulo que nos<br />

mostrou as instalações e nos deu uma breve aula de código,<br />

na qual as crianças tiveram oportunidade de vivenciar um<br />

momento que só se repetirá quando forem maiores de<br />

idade. A sessão foi muito elucidativa e as crianças<br />

mostravam-se interessadas e participativas. No final ficou a<br />

promessa de entregar uma carta de condução, na<br />

apresentação do projeto de empreendedorismo, às crianças<br />

que realmente demonstrassem pertencer à Brigada de<br />

Subportela.<br />

Ao longo das semanas, as crianças foram relatando os<br />

comportamentos adequados que iam praticando, bem como<br />

os alertas que davam aos seus familiares sempre que estes<br />

não cumpriam as regras de transito. Os próprio pais foram<br />

apercebendo-se, de forma natural, que o tema que estava a<br />

ser abordado estava a ter um impacto positivo na<br />

comunidade. Pessoas que não utilizavam o cinto de<br />

segurança, começaram a coloca-lo depois das chamadas de<br />

atenção das crianças; crianças que circulavam no banco da<br />

frente, passaram por iniciativa própria e por conhecimento<br />

de causa, a sentar-se no banco traseiro, na sua respetiva<br />

cadeira e com o cinto colocado, entre outros mais exemplos<br />

que poderíamos referir…<br />

Ao longo de todo este projeto, fomos elaborando também<br />

com as crianças cartazes de sensibilização expostos à<br />

entrada da escola para toda a comunidade educativa.<br />

Criamos também um sinal de STOP com 1,35m, colocado à<br />

entrada da escola, representando a altura permitida por lei<br />

para as crianças poderem circular no banco da frente.<br />

3. Ação em Balanço<br />

A conclusão do nosso Projeto de Empreendedorismo coincidiu com<br />

a festa de final de ano, na qual apresentamos a dramatização da<br />

obra literária “Zé Pimpão, o acelera”, e também foi declamado um<br />

poema com o mesmo nome, elaborado com a ajuda de todas as<br />

crianças. Neste dia foi também feita a entrega das cartas de<br />

condução prometidas pelo dono da escola de condução que fez<br />

questão de mandar uma representante proceder à entrega das<br />

mesmas.<br />

Podemos afirmar que este projeto causou um grande impacto na<br />

comunidade, tal como pretendiamos. Constatamos que as crianças<br />

já intervinham no seu ceio familiar alertando-os para os<br />

comportamentos errados que tinham de alterar.<br />

Consideramos que este projeto foi bem-sucedido e<br />

conseguimos passar a mensagem pretendida, pois as<br />

crianças foram-nos dando feedbacks positivos, assim como<br />

os pais no final da festa:<br />

“Estamos muito felizes com o vosso trabalho na<br />

comunidade!”<br />

“O meu filho está sempre atento a tudo o que faço quando<br />

entro no carro, parece mesmo um agente da autoridade!”<br />

“Temos as melhores estagiárias do mundo!”


Vamos lá Brincar no Recreio<br />

Melhoria dos espaços<br />

Cristina Sousa, 11069 | Vitor Sampaio, 11682<br />

EB1/JI Educadora Zaida Garcez, Darque<br />

1. Cenário para Ideias<br />

Nível de Ensino: Pré-Escolar<br />

Número de crianças envolvidas: 18<br />

Idades: dos 3 aos 6 anos<br />

O projeto de melhoria dos espaços surgiu o ano passado, mas não<br />

se concretizou porque ainda não tinham uma resposta sobre o<br />

fornecimento das tintas e dos materiais necessários para este.<br />

Desta forma, a educadora cooperante deu-nos conhecimento desta<br />

situação e sugeriu que concretizássemos este projeto, visto que já<br />

tinham conseguido as tintas e os respetivos materiais. Uma vez não<br />

havia quase nada que dinamiza-se o recreio escolar, decidimos por<br />

bem pôr esta ideia em prática.<br />

Aproveitando a temática das cores e do arco-íris, abordada pelos<br />

estagiários, questionou-se às crianças se gostariam de ter o recreio<br />

assim colorido, como o arco-íris. Depois de uma resposta positiva,<br />

questionou-se então numa primeira fase que cores é que gostariam<br />

de utilizar e posteriormente o que gostariam de ter no recreio,<br />

registando estas ideias no quadro do qual resultou:<br />

Cores: violeta; rosa; amarelo; vermelho; azul; verde<br />

O que gostava de ter o recreio: macaca; caracol; pista de carros;<br />

castelo de areia; gatinho; escorrega; baloiço; carro; boneco de<br />

madeira; zebra.<br />

Relativamente às cores, preocupamo-nos em escolher as cores<br />

escolhidas pelas crianças dentro das cores disponíveis.<br />

Quanto ao que se fazer, realizamos uma votação para perceber o<br />

que é que as crianças mais queriam. A ideia que obteve mais votos<br />

foi o carro, mas como já tinham construído um no ano passado,<br />

decidimos então atender às três ideias seguintes com maior número<br />

de votos:<br />

• Macaca<br />

• Caracol<br />

• Pista de carros.<br />

2. Ideias em Ação<br />

Depois de perceber o que as crianças pretendiam realizar, iniciamos<br />

esta grande aventura do projeto de Empreendedorismo. Assim<br />

sendo, começamos por organizar o trabalho e a distribuir tarefas<br />

numa grelha onde contemplava: O que queremos fazer; Quem;<br />

Quando; Como.<br />

É de salientar que para este projeto, tivemos sempre o cuidado de<br />

serem as crianças a realizarem e participarem ativamente neste,<br />

porque este projeto é delas e, sobretudo, para elas.<br />

Para iniciar, começamos pela ideia que teve maior votação – a<br />

macaca. Assim sendo, numa primeira fase questionamos as crianças<br />

sobre o local onde a queriam pintar, ao qual todos acordaram que<br />

seria debaixo da árvore, à sombrinha. De seguida, demos início à<br />

construção dos moldes da macaca, também eles realizados pelas<br />

crianças, para que houvesse mais liberdade na pintura desta,<br />

havendo sempre supervisão e auxílio por parte dos estagiários. Para<br />

a construção dos moldes foi necessário papel Celnorte, marcadores,<br />

tesouras e fita cola, disponíveis na escola. Depois dos moldes feitos,<br />

pôs-se mãos à obra, pelo que as crianças ficaram rapidamente<br />

motivadas e entusiasmadas com as pinturas no exterior.<br />

Inicialmente ia um grupo de crianças, mas devido a alguma<br />

confusão que se gerava de vez em quando, optou-se por ir uma<br />

criança de cada vez realizar uma parte de cada projeto, sempre<br />

acompanhada por um estagiário.<br />

Já para o caracol e para a pista de carros não foram realizados<br />

moldes como no anterior. Para estes foi desenhado um croqui no<br />

chão, com giz, para posterior pintura definitiva por parte das<br />

crianças, passando com o pincel e tinta por cima do que estava<br />

desenhado a giz, sempre com a com a ajuda do adulto.<br />

Cada vez que um projeto era concluído, era notória a vontade das<br />

crianças quererem experimentar e usufruir do que foi feito. Notavase<br />

ainda que as crianças estavam contentes com esta dinâmica<br />

realizada.<br />

.<br />

3. Ação em Balanço<br />

Este projeto teve a duração de dois meses (Maio e Junho) e contou<br />

com a colaboração das crianças deste grupo, mas também suscitou<br />

o interesse geral da associação de pais e comunidade escolar.<br />

A concretização deste projeto foi sem dúvida uma mais-valia tanto<br />

para nós como para toda a comunidade escolar. Desta forma<br />

fizemos com o que o recreio se tornasse mais dinâmico para as<br />

crianças, possibilitando mais atividades e brincadeiras.<br />

Com este, as crianças tiveram oportunidade de se desenvolver a<br />

vários níveis. A nível motor, desenvolvendo a sua motricidade fina e<br />

a noção de espaço e lateralidade e a nível social, desenvolvendo o<br />

trabalho em equipa e o contacto com o outro e a entreajuda.<br />

Também possibilitou e facilitou a interação com outros pares do 1.º<br />

ciclo.<br />

O grupo de crianças com o qual se pôde concretizar este projeto, foi<br />

sempre muito participativo e empenhado, demonstrando sempre<br />

muito entusiasmo aquando a sua execução.


A TENDA DA FANTASIA<br />

Diana Torres e Sara Rodrigues<br />

Educadora Cristina Mendes e restantes docentes da eb1 Cabedelo<br />

Jardim-de-Infância do Cabdelo, Viana do Castelo<br />

1. Cenário para Ideias<br />

Nível de Ensino a que se destina: Pré-escolar e 1º ciclo do Ensino<br />

Básico<br />

Nº de crianças envolvidas: cerca de 50 crianças<br />

O primeiro passo foi apresentar a todos a história do Ryan Hreljac,<br />

através de um vídeo viral na Internet.<br />

Ryan é um menino canadiano que quando tinha apenas seis anos<br />

assistiu a uma aula que lhe mudou a vida. Nessa aula a professora<br />

confrontou os seus alunos com a realidade das crianças africanas,<br />

que morrem doentes por ingerir água contaminada.<br />

Ryan deixou-se comover com a história daquelas crianças e olhou<br />

para a sua realidade. O que o levou a questionar a professora sobre<br />

o que era necessário para levar água potável a essas crianças. A<br />

professora falou-lhe da WaterCan uma ONG que perfura poços em<br />

África, e referiu que um poço pequeno custaria 70 dólares.<br />

Ryan com as mais profundas motivações lutou, trabalhou e moveu<br />

multidões em prol do seu objetivo e no ano de 1999, no Uganda, foi<br />

construído o primeiro poço de água potável.<br />

Da recolha que fizemos dos sonhos das crianças, a maioria focou o<br />

seu sonho para uma profissão ou hobbie. No geral tínhamos<br />

profissões variadas, motoqueiros, cavaleiros, “Cristianos Ronaldos”.<br />

De entre estes sonhos, surgiam casas e castelos no recreio e um<br />

Lobo Mau (tal como o da história).<br />

Como primeiro cenário tínhamos uma casa-castelo que se viria a<br />

construir com madeira fornecida por uma empresa madeireira, mas<br />

esse foi um cenário abolido por falta de colaboradores.<br />

Foi com base neste obstáculo que surgiu a Tenda no recreio, onde<br />

poderiam brincar “às cabanas” como faziam na sala.<br />

Este foi o mote e a decisão final, uma tenda onde se podem<br />

fantasiar do que quiserem ser – a Tenda da Fantasia.<br />

2. Ideias em Ação<br />

Após a decisão final do sonho a realizar, foi necessário arranjar o<br />

material.<br />

Foi então que decidimos contatar uma empresa de tecidos, enviando<br />

uma carta para o efeito.<br />

O tecido que nos foi fornecido era mais que suficiente para tenda.<br />

O restante material, as cordas, as roldanas e algumas espias foram<br />

oferta do Tio do Diogo, bem como a construção da estrutura para<br />

colocar a tenda.<br />

Fizemos um levantamento das roupas que existiam na escola e as<br />

que poderiam ir para a tenda. E ainda enviamos uma carta a uma<br />

empresa de fatos de carnaval, que não foi correspondida. Como<br />

forma a colmatar este obstáculo as crianças começaram a sugerir<br />

trazerem de casa roupas velhas e fatos de carnaval.<br />

Antes de enviar o tecido para coser, foram as crianças que tiraram<br />

as medidas e marcaram o tecido para as coseduras. Cortou-se o<br />

tecido e a sobra ainda deu para umas belas saias de bailarina. A<br />

tenda foi cosida pela mãe de umas das auxiliares.<br />

Para colocar a tenda de pé foi construída uma estrutura de cordas<br />

presas às árvores onde a tenda encaixava e se prendia ao chão com<br />

espias de ferro.<br />

No dia da construção da estrutura o Tio do Diogo só podia a partir<br />

das 18 horas, pelo que só podemos ter connosco 5 crianças a<br />

colaborar e os seus pais.<br />

Este projeto teve diversos colaboradores: o tio do Diogo, a mãe de<br />

uma das auxiliares (Diana) e a empresa fornecedora do tecido,<br />

Fábrica de Tecidos de Viúva de Carlos da Silva Areias & Ca S.A. E<br />

algumas mães da Associação de Pais. Não esquecendo o restante<br />

pessoal docente e não docente da instituição.<br />

A apresentação da tenda ficou para o dia da festa de final de ano.<br />

Pegaram na tenda e correram em êxtase para as árvores a gritar<br />

“tenda, tenda”.<br />

Todos juntos montaram a tenda. Esticaram, prenderam cordas,<br />

atilhos e colocaram espias. Foi uma animação.<br />

O Dia da Fantasia foi criado para dinamizar e promover um dia<br />

dedicado à Tenda da Fantasia. Propusemos às crianças que naquele<br />

dia viessem mascaradas de casa. Dentro da tenda estava a caixa<br />

dos sonhos com muitos disfarces. Mascaramos todas as crianças<br />

com o que queriam vestir e todos brincaram livremente na tenda e<br />

arredores. .<br />

Foi um dia recheado, com direito a animação circense e ainda<br />

presenteamos as crianças com uma sessão de pinturas faciais, que<br />

foi uma loucura e proporcionou uma vivência muito divertida às<br />

crianças.<br />

Foi um dia da Fantasia memorável, que certamente haveremos de<br />

repetir.<br />

3. Ação em Balanço<br />

O projeto tem um balanço final muito positivo.<br />

Apesar de todos os obstáculos e contrapartidas que foi tendo, o<br />

resultado final foi verdadeiramente um sucesso.<br />

Para uma boa monitorização do projeto fizemos uma recolha dos<br />

estados de espirito das crianças relativamente ao projeto.<br />

Construímos uns murais, onde se coloca a cabeça e se tira a<br />

fotografia. Um objeto muito típico de eventos.<br />

O material foi um sucesso e todos quiseram participar e tirar<br />

fotografias.<br />

Todos demonstraram um grande entusiasmo. Principalmente no dia<br />

da montage da tenda.<br />

Uma das questões menos positivas do projeto foram os atrasos<br />

temporais que condenaram a apresentação à data da festa de final<br />

de ano, assim os alunos do 1º ciclo não desfrutaram devidamente<br />

da tenda.<br />

Realizámos um dia dedicado à tenda, o DIA DA FANTASIA, um dia<br />

memorável que causou o sucesso e que proporcionou às crianças e<br />

a quem por lá passou momentos de pura alegria e diversão.<br />

Foram momentos de brincar às escondidas, às casinhas, às fadas,<br />

às princesas e aos policias e ladrões.<br />

Assistimos a malabarismos e oferecemos pinturas faciais.<br />

O maior objetivo de um projeto desta envergadura é proporcionar às<br />

crianças vivencias empreendedoras. Esse foi um objetivo<br />

alcançadíssimo e no decorrer de tudo fizemos crianças felizes e<br />

mais criativas.<br />

O projeto foi realizado e concluído com chave d’ouro.


‘OS OVOS MISTERIOSOS’<br />

Ana Barbosa e Isabel Martins<br />

Educadora Rosa Malheiro e assistente operacional Anabela Pedro<br />

Jardim de Infância Senhora das Oliveiras<br />

1. Cenário para Ideias<br />

Nível de ensino - Pré-Escolar<br />

Nº de crianças envolvidas - 20<br />

Idades – entre os 4 e os 6 anos<br />

Num primeiro momento, para o despertar de ideias, utilizámos como<br />

base o livro “Ter Ideias para Mudar o Mundo”, do Centro Educativo<br />

Alice Nabeiro, e recorremos à leitura de uma das histórias sugeridas<br />

para o efeito. Na sequência dessa leitura as crianças transpuseram<br />

para o papel os seus maiores sonhos. Todos os elementos da sala<br />

registaram, sob a forma de desenho, o seu sonho e, no final, todos<br />

apresentaram ao grupo fundamentando a sua escolha. De um modo<br />

geral todos os registos foram ao encontro das profissões. Desde o<br />

cantor, o camionista, a cozinheira, a veterinária, o jogador de<br />

futebol, muitas eram as profissões assinaladas.<br />

Não obstante, durante um momento de leitura em torno da obra ‘Os<br />

Ovos Misteriosos’ de Luísa Ducla Soares nasceu, de forma não<br />

propositada e não planeada, a grande fonte de motivação para o<br />

projeto que se seguiu. Não estando à espera da aderência que este<br />

momento teve foi uma surpresa agradavelmente boa. Daqui surgiu o<br />

mote para um projeto divertido e deveras empreendedor.<br />

A ideia inicial foi a incubação de ovos de galinha e com isto surgiram<br />

todas as particularidades deste projeto. Numa primeira fase<br />

realizámos a incubação dos ovos com recurso a uma chocadeira<br />

elétrica e simultaneamente a este processo, de forma unanime<br />

decidiu-se o que se queria fazer, o que se precisava e o que<br />

poderíamos fazer para o obter.<br />

Assim, primeiramente, a ideia era construir um local para resguardar<br />

os pequenos pintos cumprindo com todas as suas necessidades, e<br />

por fim um capoeiro. Para que idealizássemos o nosso galinheiro<br />

nada melhor que realizar uma visita de estudo a um. Esta saída foi<br />

mais um cenário para ideias na medida em que permitiu ao grupo<br />

verificar o que realmente seria necessário arranjar para construir o<br />

capoeiro. Para isto precisávamos de imensos materiais e optámos<br />

por realizar uma feirinha para angariar fundos.<br />

2. Ideias em Ação<br />

Este projeto cujo principal intuito foi a concretização dos sonhos das<br />

crianças tendo sempre por base um olhar empreendedor sobre a<br />

vida, finalizou-se com a construção de um capoeiro.<br />

Não obstante, apesar de parecer simplista, no decorrer do projeto,<br />

muitas foram as aprendizagens deles retiradas.<br />

Assim, neste âmbito foram desenvolvidas diversas aprendizagens<br />

acerca da temática escolhida pelas crianças. Numa primeira fase<br />

explorámos a questão do processo de incubação artificial em<br />

substituição do papel da galinha, o tempo que os ovos demorariam a<br />

eclodir, cuidados a ter, realizámos diariamente a marcação dos dias<br />

no calendário, entre outras. Seguidamente construímos o primeiro<br />

habitat para os pintos com tudo o que necessitavam, a luz para<br />

aquecer, a comida, a água. Numa fase seguinte decidimos tudo o<br />

que queríamos fazer, como, e como conseguir o que nos faria falta.<br />

Posteriormente e com o apoio dos pais e de alguns colaboradores<br />

realizámos a nossa feirinha que nos possibilitou angariar fundos<br />

para a compra do material necessário.<br />

No final lá se ergueu o nosso capoeiro e o que é certo é que a<br />

família cresceu e, apesar de apenas terem nascido apenas três<br />

galinhas na incubação, no final do ano o nosso galinheiro era<br />

composto pelas três galinhas com mais três garnisés e dois patos.<br />

Importa referir que durante o desenvolvimento deste projeto<br />

adotámos a metodologia de trabalho por projeto e, assim, todas as<br />

áreas de conteúdo foram abordadas de forma articulada e<br />

transversal o que, indubitavelmente surte efeitos muito positivos ao<br />

nível das aprendizagens das crianças.<br />

Neste sentido muitas atividades foram sendo realizadas ao longo de<br />

todo este projeto. Abordou-se o ciclo de vida da galinha, a sua<br />

reprodução, a sua alimentação, necessidades, características, entre<br />

outras. Realizámos saídas ao exterior, proporcionámos contactos<br />

com a natureza, plantámos de couves e milho para posteriormente<br />

sustentar as nossas galinhas, aprendemos canções, batizámos os<br />

nossos pintos, sorteámos padrinhos, atribuímos-lhes nomes,<br />

realizámos atividades matemáticas, experiências, atividades de<br />

leitura, de motricidade, de música, atividades plásticas, sempre em<br />

torno da grande motivação do grupo.<br />

Apesar da ideia inicial de seguir o manual ‘Ter ideias para mudar o<br />

mundo’ ter sido colocada de parte em detrimento dos interesses e<br />

motivações de cada criança e do grupo não fez com que houvesse<br />

um grande desfasamento entre ambas. É certo que, no fundo, o<br />

projeto que se implementou esteve sempre bastante interligado com<br />

os registos feitos pelas crianças sobre os seus sonhos na medida<br />

em que todos os desenhos iam ao encontro das profissões e no final<br />

deste projeto, pode afirmar-se que se formaram pequenos<br />

engenheiros agrónomos.<br />

3. Ação em Balanço<br />

O projeto “ Os Ovos Misteriosos” teve um grande impacto junto das<br />

crianças e da comunidade educativa. Foi, sem dúvida, um projeto<br />

bastante bem recebido por todos aqueles que de alguma forma<br />

contactaram com ele.<br />

Mais importante ainda foram as múltiplas aprendizagens geradas<br />

em seu torno. Tal como já referido, a metodologia adotada foi<br />

realmente potenciadora de variadas aprendizagens para o grupo,<br />

na medida em que tudo era abordado tendo como cerne a temática<br />

em questão e assim a interligações entre as atividades acabavam<br />

por torná-las bastante mais motivadoras e contextualizadas.<br />

Para além deste importante aspeto conseguimos, também,<br />

desenvolver algumas competências nas crianças nomeadamente:<br />

- A partilha de ideias<br />

- A persistência<br />

- A capacidade de observar<br />

- A paciência<br />

- O determinismo<br />

Sem dúvida alguma que o envolvimento das família com a escola<br />

foi determinante no sucesso deste projeto contribuindo para o<br />

crescimento do mesmo, não descurando obviamente o apoio de<br />

todos os colaboradores.<br />

Foi, também, deveras gratificante ouvir todas as palavras que<br />

provinham dos pais das crianças que nos parabenizavam pelo<br />

projeto levado a cabo.<br />

Assistir ao entusiamo e motivação que o grupo demonstrava ter<br />

pelo projeto em causa era deveras fantástico e foi sobretudo essa<br />

motivação que tentámos ’agarrar’.<br />

Sem dúvida alguma cremos ter voltado atrás no tempo e realizado<br />

um projeto de outrora.


“Passarinhos Livres de Nogueira”<br />

Rancho Folclórico<br />

Joana Ondas de Araújo e Mariana Jaco Torres<br />

Jardim-de-Infância de Nogueira<br />

1. Cenário para Ideias<br />

O presente projeto de empreendedorismo, desenvolveu-se no jardim<br />

de infância de Nogueira, numa sala heterogénea, cujas idades<br />

estavam compreendidas entre os 3 e os 5 anos.<br />

O modo como introduzimos a temática “empreendedorismo” foi um<br />

pouco diferente do esperado. Tendo por base o manual de treino<br />

“Ter ideias para mudar o mundo” que nos foi cedido, optamos por<br />

centrar nas suas etapas e adaptá-las ao nosso contexto.<br />

Assim, iniciamos os trabalhos na semana em que abordamos o 25<br />

de abril. À partida, não encontravamos paralelo entre as 2 situações,<br />

mas, em conversa com a educadora cooperante, apercebemo-nos<br />

que que este poderia ser um bom começo para este projeto.<br />

Vejamos então: sabendo que ser empreendedor significa ter uma<br />

ideia e trabalhar para que a mesma se concretize, pensemos o 25<br />

de abril como o acontecimento marcado pela conquista da<br />

liberdade. Ou seja, naquele tempo, as pessoas sonhavam ser livres<br />

e por isso, lutaram para que tal fosse possível.<br />

Deste modo, e sendo do nosso conhecimento que as crianças<br />

nestas idades necessitam de exemplos concretos e percetíveis,<br />

preferimos abordá-las com a expressão “o que gostariam muito de<br />

ter/fazer”, substituindo o termo “sonho”, uma vez que é um pouco<br />

vago e abstrato. Em grande grupo, procuramos perceber quais os<br />

maiores desejos e para tal, realizamos um brainstroming no quadro<br />

branco. Posteriormente, cada criança tranferiu para o papel a sua<br />

ideia, para que os adultos se apropriassem da mesma.<br />

Era imprescindível que as crianças conhecessem as ideias umas<br />

das outras, e por isso, procedemos a “análise” dos desenhos,<br />

mostrando cada um ao grupo. Em conjunto, iamos observando e<br />

apontamos cada uma das sugestões dadas e por isso, nesta fase foi<br />

possível fazer uma organização das ideias de modo a ser possível<br />

eleger a ideia que daria asas ao nosso projeto de<br />

empreendedorismo.<br />

Mesmo depois da votação, a par com a principal, restaram algumas<br />

ideias com bastantes votos que não quisemos discurar, não só pelo<br />

facto de atendermos a todas as crianças, mas também porque eram<br />

interessantes de se implementarem no decorrer das semanas.<br />

Finalmente, fica acordado que a criação do “Rancho Folclórico dos<br />

Passarinhos Livres de Nogueira” seria o nosso objetivo.<br />

2. Ideias em Ação<br />

Após em conjunto, ter ficado definido qual o projeto que seria<br />

desenvolvido, era hora de por “mãos à obra”. Deste modo,<br />

começamos por pensar qual seria o nosso objetivo e o modo como<br />

poderiamos concretiza-lo, bem como o que precisaríamos e a quem<br />

poderíamos pedir ajuda. Para tal, elaboramos um cartaz onde<br />

sintetizamos todas as informações, de modo a que as crianças<br />

podessem relembrar o acordado.<br />

Dando início aos trabalhos, achamos pertinente procurar<br />

informações sobre aquilo que a freguesia proporcionva sobre esta<br />

temática. Percebemos que já não existe nenhum grupo folclórico o<br />

que não nos permitiu o contacto das crianças com o mesmo. Então,<br />

e de modo a contornar esta situação, optamos por ser nós a<br />

demonstrar os aspetos mais relevantes destes grupos.<br />

Sabendo que nesta faixa etária as crianças adquirem conhecimento<br />

através de experiências concretas, pareceu-nos importante permitir<br />

a exploração do trajes regionais da freguesia em questão. Assim,<br />

levamos para a sala alguns exemplares, com o intuito de permitir<br />

que as crianças contactassem diretamente com a tradição.<br />

Mostrando-lhes exemplares e deixando-asexplorar e ter contacto<br />

com os mesmos. Para além disto, as crianças tiveram oportunidade<br />

de visualizar danças típicas dos grupos folclóricos, para que<br />

pudessemos decidir qual a dança apresentar na festa de final do<br />

ano.<br />

As crianças tiveram oportunidade de fazer um pequeno “protótipo”<br />

daquilo que seriam os seus trajes, cada um pode participar na<br />

decoração do molde apresentado. As meninas decoraram com<br />

tecidos um avental e os meninos decoraram uma camisa tradicional<br />

destes trajes.<br />

A confeção dos trajes utilizados no dia da festa, passou em grande<br />

parte por nós, estagiárias, isto devido ao tempo e disponiblidade,<br />

uma vez que foi necessário cozer grande parte dos tecidos.<br />

Na impossibilidade de conseguirmos angariar camisas regionais<br />

para todas as crianças, optamos por vestir de modo diferente as<br />

meninas que dançavam e as que apenas catavam.<br />

Assim, as meninas que dançaram utilizaram camisa regional,<br />

avental feito com pedaços de tecido e lenço tradicional. Quanto às<br />

meninas que cantavam apenas levaram um leço colocado nos<br />

ombros. Para os meninos foram feitas faixas vermelhas.<br />

Chegado o dia da Festa de Final do Ano, para uma plateia recheada<br />

era hora de dançar e cantar ao som de “Água leva o regadinho”.<br />

3. Ação em Balanço<br />

No rescaldo deste projeto de empreendedorismo, ressaltam alguns<br />

aspetos que fazemos agora referência.<br />

Desde logo, salientamos o facto de nos ser possível implementar<br />

um projeto que incuta nas crianças um sentido empreendedor, pois<br />

é com criatividade e preserverança que as mesmas conseguem pôr<br />

as suas ideias em prática. Não só num sentido mais lato, como nas<br />

pequenas coisas do dia-a-dia, sugerindo que o trabalho de projeto<br />

fosse uma mais-valia nas atividades quer individuais como de grupo.<br />

Tendo sido este um projeto que partiu dos desejos das crianças, foi<br />

muito interessante perceber que este grupo se interessa por<br />

atividades culturais, este que deve ser um aspeto a despertar /<br />

trabalhar desde tenra idade. Assim, para além de nos permitir<br />

realizar inúmeras atividades concretas, permitiu, de certa forma,<br />

colmatar esta necessidade da freguesia.<br />

Da apresentação final, resultaram inúmeros elogios aos “bailarinos”,<br />

não só pela dança que concretizaram, mas pela envolvência de todo<br />

o projeto.


O Jardim da Nossa Escola<br />

Cristina Rodrigues e Luísa Tomé<br />

Jardim de Infância de Serreleis<br />

1. Cenário para Ideias<br />

Nível de Ensino: Pré-Escolar<br />

Nº de crianças envolvidas – 14<br />

(3 anos) (4 anos) (5 anos) (6 anos)<br />

Este projeto de empreendedorismo teve como ponto de<br />

partida, um estímulo de ideias baseado no manual “Ter ideias para<br />

mudar o mundo”, da autoria do Centro Educativo Alice Nabeiro.<br />

Uma vez que se tratava de um grupo de crianças na sua<br />

maioria com 3 e 4 anos, não foram realizadas todas as etapas<br />

descritas no manual.<br />

Após a leitura da história do Sr. Tobias as crianças em<br />

grande grupo começaram a partilhar várias ideias para o seu<br />

projeto de empreendedorismo. As mesmas foram discutidas entre<br />

todos juntando os pontos comuns. No final desta discussão surgiu a<br />

ideia final para o desenvolvimento deste projeto, melhorar o jardim<br />

da escola.<br />

Logo de seguida, as crianças começaram a enunciar os<br />

vários aspetos que deveriam ser modificados, tais como:<br />

• mudar a areia da caixa de areia;<br />

• semear nova relva;<br />

• plantar plantas e flores;<br />

• fazer canteiros com pneus coloridos.<br />

Depois de todo o debate e ideias passamos à concretização<br />

do projeto.<br />

2. Ideias em Ação<br />

Para iniciar o projeto, definimos com o grupo as principais<br />

etapas e tarefas para desenvolver este projeto e para organizar<br />

melhor o trabalho que teria que ser realizado. Foi construído um<br />

quadro de tarefas onde era colocado um visto sempre que uma<br />

tarefa estava terminada.<br />

Começamos por pedir os recursos necessários. Assim,<br />

convidamos o pai de uma criança a ir à escola para que fossem as<br />

próprias crianças a pedirem os materiais necessários, que este pai<br />

nos poderia arranjar, e convidamos também o presidente da Junta<br />

de Freguesia para pedir-lhe que trocasse a areia da caixa de areia,<br />

cortasse a relva e fornecesse alguma terra para colocar nos novos<br />

canteiros. Para formar estes canteiros, o pai de uma criança<br />

disponibilizou-se para ajudar, arranjou catorze pneus e tintas para os<br />

pintar.<br />

A pintura dos pneus não foi realizada de forma aleatória, foi<br />

colocado um problema às crianças, como poderiam pintar os<br />

canteiros com cores diferentes tendo apenas três cores para<br />

conjugarem. Depois de resolvido o problema as crianças pintaram<br />

os pneus, e organizaram-nos pelo espaço de acordo com o<br />

problema que tinham resolvido anteriormente.<br />

Com a ajuda da auxiliar de educação, as crianças colocaram<br />

a terra dentro dos novos canteiros, deixando espaço para plantar as<br />

plantas que pediram ao viveiro da freguesia. Plantaram as mesmas<br />

dispondo-as de acordo com o seu tamanho.<br />

Assim, terminaram a renovação do jardim da escola, podendo<br />

usufruir o máximo do mesmo.<br />

3. Ação em Balanço<br />

O projeto de empreendedorismo foi importante para o<br />

crescimento do grupo como futuros cidadãos empreendedores,<br />

uma vez que foi realizado um trabalho de cooperação entre todos<br />

onde desenvolveram as mais diversas competências:<br />

• planear;<br />

• organizar;<br />

• agir;<br />

• partilhar;<br />

• assumir responsabilidades.<br />

Desta forma as várias áreas do saber trabalharam sempre<br />

interligadas entre si, promovendo assim a interdisciplinaridade na<br />

educação pré-escolar.<br />

O facto de a ideia partir das crianças é o principal fator para<br />

a motivação das mesmas para a realização de todo o projeto. É<br />

importante para as crianças sentirem que as suas ideias são<br />

valorizadas pelos adultos, sendo este um grande passo para que<br />

estes se tornem adultos empreendedores.<br />

Outro aspeto bastante relevante deste projeto foi a<br />

participação ativa das crianças em todas as tarefas que foram<br />

realizadas. Neste projeto as crianças poderem aprender a<br />

importância da reciclagem dos materiais e de preservar a<br />

natureza.<br />

Finalizada a melhoria do jardim, as crianças, juntamente<br />

com a educadora e a auxiliar de educação terão que cuidar do<br />

jardim, para se manter sempre em bom estado e bonito.


JARDIM MÁGICO DAS FLORES<br />

Daniela Rodrigues e Natália Pontes<br />

Educadora Maria Jesus Sousa<br />

Escola EB 1 – JI de Calvário, Vila Franca<br />

1. Cenário para Ideias<br />

Nível de ensino – Pré-escolar<br />

Nº de crianças envolvidas – 15<br />

3 (3 anos); 9 (4 anos); 2 (5anos); 1 (6 anos);<br />

O Plano anual de atividades do estabelecimento de ensino<br />

inclui uma parceria com o projeto “Da terra para a terra” do<br />

CMIA (Centro de Monotorização e Interpretação do<br />

Ambiente de Viana Do Castelo), que explora a temática da<br />

Natureza e que prevê a dinamização de hortas pedagógicas<br />

e também a promoção de compostagem. Na sequência<br />

deste projeto surgiu a criação de uma horta de avós e<br />

netos, dinamizada pelos mesmos.<br />

Neste âmbito através da história do livro “Mariana e a<br />

Missão Primavera” de Sylvie Auzary-Luton, emergiu a ideia<br />

do jardim por parte das crianças. Este projeto de<br />

empreendedorismo baseou-se nas etapas referidas no<br />

manual: “Ideias para mudar o mundo!” da autoria do<br />

Centro Educativo Alice Nabeiro.<br />

A primeira fase descrita no manual “estímulo das ideias” foi<br />

proporcionada através da referida história. Na referida obra<br />

a protagonista, Mariana, tinha que cumprir a missão de<br />

semear sementes no jardim e cuidar delas seguindo as<br />

indicações do seu avô.<br />

Todas as crianças sentiram a necessidade de se criar um<br />

jardim e por isso, toda a sala foi mentora do projeto.<br />

Assim, em grande grupo, após ouvirem a história as<br />

crianças chegaram à conclusão que não tinham um jardim:<br />

-”Não temos um jardim, só temos uma horta” – M.P.<br />

E a ideia brotou, espontânea.<br />

- E se fizéssemos um jardim na nossa escola?” - Sala Fixe.<br />

Várias foram as ideias que surgiram para que o sonho se<br />

concretizasse. Depois de alguns momentos de pesquisa<br />

dedicadas ao projeto decidiu-se construir um jardim<br />

utilizando pneus, uma vez que este recurso existia na<br />

escola mas não tinha nenhuma função específica. Desta<br />

forma realizava-se um sonho reutilizando pneus que não<br />

tinham grande utilidade na escola. Uma vez que o espaço<br />

exterior, local idealizado para o jardim, é usufruído por toda<br />

a comunidade escolar as crianças decidiram convidar os<br />

restantes amigos da escola, professores, assistentes e<br />

comunidade educativa para serem colaboradores neste<br />

projeto. Posteriormente outros colaboradores se agregaram<br />

ao projeto e alcançou-se um resultado com dimensões<br />

superiores às espectativas inicias.<br />

2. Ideias em Ação<br />

O projeto iniciou-se com a eleição e escolha do nome do projeto. Por<br />

unanimidade “Jardim Mágico das Flores” foi o nome eleito pelas crianças<br />

da sala. Seguiu-se o registo das ideias através do desenho e<br />

posteriormente a realização de convites pelas crianças da sala Fixe para<br />

enviar às turmas do 1ºCEB e ao grupo de crianças da outra sala de préescolar,<br />

no sentido de as solicitar a colaborar na iniciativa. A resposta foi<br />

positiva por parte de todos, neste sentido agendou-se, posteriormente, uma<br />

assembleia de escola para expor o tema do empreendedorismo aos<br />

colaboradores para o explorar, revelando que é o empreendedorismo e a<br />

sua importância, e ainda decidir as tarefas de cada grupo no projeto. Os<br />

colaboradores da outra sala de pré-escolar contribuiu na pintura de pneus e<br />

as crianças do 1º CEB na construção de mobiliário jardim.<br />

A planta inicial foi desenhada e, feito um pedido de autorização à Camara<br />

Municipal. Seguidamente sucederam-se as sementeiras e plantações de<br />

sementes e plantas que as crianças cuidaram diariamente para a<br />

construção do jardim. Uma vez que esta instituição se localiza na freguesia<br />

de Vila Franca em que a “Festa das Rosas” é um evento de extrema<br />

importância para toda a comunidade, porque não cultivar nesse jardim as<br />

plantas e flores usadas na confeção dos cetos dessa festividade? Esta foi<br />

uma sugestão da Associação de Pais e Encarregados de Educação que<br />

também colaborou no projeto.<br />

O projeto cresceu e ganhou novo dinamismo com o envolvimento da Junta<br />

de Freguesia. Inicialmente pensou-se num espaço mais reduzido devido<br />

aos limites dos recursos disponíveis mas com a contribuição e colaboração<br />

da Junta de Freguesia a planta cresceu, reformulou-se e expandiu-se,<br />

ligando-se à horta.<br />

A etapa seguinte do projeto foi a construção do protótipo representativo do<br />

Jardim Mágico das Flores, já reformulado. Uma vez que o grupo participa<br />

anualmente na exposição do CMIA para o dia do Ambiente este foi também<br />

o contributo do grupo na exposição. Na elaboração do protótipo as<br />

crianças tiveram oportunidade de negociar e decidir os materiais a utilizar e<br />

dividir as tarefas a realizar por cada um.<br />

Para além dos pneus existentes na escola, outros foram trazidos pelos<br />

vários colaboradores e depois de reunidos começou-se a pintura dos<br />

mesmos.<br />

Seguidamente, a Junta de freguesia iniciou as obras necessárias à<br />

construção do Jardim Mágico das Flores que contou também com o<br />

empenho, profissionalismo, a experiencia, o bom gosto e a imaginação das<br />

crianças envolvidas na liderança do projeto mas também dos seus<br />

colaboradores.<br />

O projeto cresceu, e concretizou-se criando-se um espaço de natureza e<br />

lazer com harmonia e beleza e que toda a comunidade escolar poderá<br />

usufruir, cuidar e explorar.<br />

3. Ação em Balanço<br />

O projeto de empreendedorismo Jardim Mágico das Flores<br />

começou por ser um sonho da sala Fixe e logo se tornou um sonho<br />

partilhado por toda a comunidade escolar.<br />

Revelou-se um projeto muito importante para o grupo<br />

proporcionando-lhes diversos momentos de aprendizagem. Através<br />

do trabalho colaborativo desenvolveram várias competências:<br />

confiar, escutar, comunicar, colaborar, planear, organizar, duvidar,<br />

partilhar, entre outras.<br />

Através deste projeto proporcionamos às crianças a possibilidade de<br />

desenvolverem capacidades promotoras do espírito empreendedor.<br />

Procurámos adotar, sempre que possível, a metodologia de trabalho<br />

de projeto, por esta já ser do hábito destas crianças, que se<br />

revelaram sempre muito dinâmicas, autónomas e com iniciativa.<br />

“O trabalho de Projeto garante o direito da criança a ter voz e a ser<br />

escutada.” (Gâmboa, 2011, p.72).


AQUI SOMOS TODOS MÚSICOS!<br />

A nova sala da música<br />

Daniela Melo e Rita Lima<br />

Centro Educativo das Lagoas<br />

1. Cenário para Ideias<br />

Nível de Ensino – pré-escolar<br />

Número de crianças envolvidas: 23 crianças<br />

3 (3 anos); 8 ( 4 anos); 12 ( 5 anos)<br />

O fato de o educador Jorge Barbosa adotar uma metodologia<br />

centrada essencialmente na metodologia de trabalho de projeto,<br />

levou a que, nas suas práticas, fossem desenvolvidos vários<br />

projetos com o seu grupo, nomeadamente o projeto cinegráfico<br />

“Tenho Mel no Bigode”, entre outros já planeados pelo educador<br />

desde o ínicio do ano letivo.<br />

Deste modo, sobrou-nos pouco tempo para pormos em prática o<br />

projeto de empreendedorismo, o que fez com que a ideia central do<br />

projeto não partisse das ideias das crianças, mas sim de um diálogo<br />

com o educador acerca daquilo que, apesar das excelentes<br />

condições que o Centro Educativo apresentava, na nossa ótica era<br />

essencial e não existia.Falamos da música.<br />

Assim, num diálogo inicial com o grupo, procuramos saber o que era<br />

para eles ser empreendedor, tendo por base o manual “ Ter ideias<br />

para mudra o mundo” do Centro Educativo Alice Nabeiro (2012).<br />

De forma a não introduzirmos por nós a temática, orientamos o<br />

diálogo com as crianças de forma a que estas chegassem ao<br />

objetivo. Assim, fomos questionando-lhes primeiramente sobre as<br />

áreas presentes na sala, aquelas que tínhamos no Centro Educativo<br />

e aquelas que, efetivamente não existiam.<br />

Quando concluíram que uma das áreas em faltava dizia respeito à<br />

Música, questionamos o grupo de imediato, de forma a verificar os<br />

saberes deste sobre a temática. Foi sem dúvida um espanto ao<br />

constatar que as crianças sabiam algumas coisas sobre a música,<br />

nomeadamente que esta se relaciona com o som.<br />

Ao questionar-lhes sobre como afinal podemos produzir som, as<br />

respostas foram dadas de forma intuitiva. Assim, conseguiram<br />

chegar à resposta pretendida: através de instrumentos musicais.<br />

A meio do processo, surgiu uma nova oportunidade para<br />

enriquecermos o nosso projeto. Como o Centro Educativo dispõe de<br />

várias salas que estavam inutilzadas, o educador Jorge Barbosa,<br />

achou que seria uma mais-valia aproveitarmos uma dessas salas e<br />

criarmos, com o grupo de crianças, uma sala destinada à música,<br />

incluindo assim, os intrumentos musicais que estavam a ser<br />

desenvolvidos.<br />

Assim, ficou definido que o projeto a ser desenvolvido seria a<br />

concretização de uma sala da música. Esta mudança, levou a que o<br />

grupo ficasse ainda mais motivado, assim como toda a comunidade.<br />

2. Ideias em Ação<br />

De forma a contextualizar a temática da música, foi importante dar a<br />

conhecer às crianças o que a envolve, nomeadamente a exploração<br />

de instrumentos musicais. Para tal, estes foram distribuidos pelas<br />

crianças, de forma a verificarem o seu som, bem como as suas<br />

caraterísticas. De seguida, foi-lhes pedido que desenhassem o seu<br />

instrumento favorito, de forma a selecionarmos aqueles que iriam ser<br />

construidos. De modo a orientar todo o processo, realizamos uma<br />

tabela com os intrumentos a construir, os seus produtores e os<br />

materiais necessários à sua construção.<br />

Assim, para dar início à fase de elaboração, foi necessário recolher<br />

bastante material reciclável, não só para a construção dos<br />

instrumentos, como também para a decoração da nova sala da<br />

música. Para tal, a ajuda de colaboradores foi necessária, tendo sido<br />

a comunidade educativa muito recetiva a este pedido, fornecendo<br />

latas de tinta, iogurtes, tampas, garrafas, paletes de madeira, cd’s<br />

entre outros, essenciais a este projeto.<br />

Já com algum material recolhido, foi possível iniciar a construção<br />

dos intrumentos musicais delineados: maracas, pandeiretas,<br />

guitarras e flautas. Com a ajuda das estagiárias, as crianças<br />

rasgaram papel, pintaram caixas e caricas, recortaram papéis para<br />

decoração, demostrando uma atitude empreendedora e entusiasta.<br />

Aquando a produção dos intrumentos, foi importante intitular este<br />

projeto. Após uma conversa com o grupo, definimos que “Aqui<br />

somos todos músicos” seria o nome da nova sala da música.<br />

Assim, o primeiro passo foi demarcar o espaço que viria a ser<br />

utilizado para este projeto. Para tal procedeu-se à realização de um<br />

placard intitulado com o nome da sala, que contempla os<br />

intervenientes e a temática subjacente.<br />

Relativamente à decoração da sala, esta foi dividida em quatro<br />

áreas principais:”Aqui toca”, “Aqui explora”, “Aqui joga” e “Aqui<br />

inspira-te”. No que concerne à área “Aqui toca”, foi construída uma<br />

parede musical, com paletes de madeira, que as crianças decoraram<br />

com diferentes materiais recicláveis, produzindo através destes<br />

diferentes sons. Na área “Aqui explora”, foram colocadas várias<br />

gavetas com os instrumentos construídos e outros já existentes,<br />

devidamente etiquetados.<br />

Na área “Aqui joga”, foi construído um jogo interativo com uma<br />

orquestra, na qual os jogadores devem identificar os instrumentos e<br />

colocá-los no naipe correto. Aquando a sua realização, foram<br />

explorados tópicos relacionados com sons fracos/fortes,<br />

graves/agudos.<br />

Finalmente na área “Aqui inspira-te” foi colocado um painel pautado<br />

que possiblite o desenho de notas músicas, ou mesmo a criação de<br />

músicas.<br />

De modo a enriquecer ainda mais esta sala, foram utilizados cd’s<br />

para a decoração de paredes e da porta de entrada.<br />

Com a sala pronta, esta foi inaugurada com a presença dos<br />

intervenientes e da comunidade educativa que, através de um livro<br />

de honra, deram o seu parecer. Assim, todos puderam experienciar<br />

todas as potencialidades da nova sala da música das Lagoas.<br />

3. Ação em Balanço<br />

A relação que existe entre o empreendedorismo e a educação é<br />

bastante poderosa, dado que, desenvolvendo práticas<br />

empreendedoras nos contextos educativos, vão com certeza<br />

revolucionar e dar visibilidade às potencialidades já existentes,<br />

melhorando deste modo tudo que a envolve.<br />

Como o educador já adotava uma metodologia direcionada para a<br />

realização de projetos, verificamos que as crianças já estavam<br />

familiarizadas com as caraterísticas inerentes a este método,<br />

nomeadamente, a ação de planear, ser responsável por tarefas,<br />

partilhar opiniões e materiais e trabalhar em equipa, sendo estes<br />

aspetos fulcrais a ter em conta, para ser um bom empreendedor.<br />

Com a realização deste projeto, conseguimos um verdadeiro 2 em<br />

1. Para além de termos reaproveitado um dos diferentes espaços<br />

inutilizados presentes no Centro Educativo, centralizamos o nosso<br />

projeto numa área que estava pouco desenvolvida nas práticas<br />

pedagógicas, a música. Este novo espaço vem a enriquecer o<br />

Centro Educativo, na medida em que, não só se direciona para o<br />

pré-escolar, como também para a restante comunidade,<br />

nomeadamente o 1º e 2º ciclo. Esta abrangência é um motivo de<br />

orgulho para todos os intervenientes.<br />

Para além das mudanças físicas, este projeto mudou também a<br />

perspetiva das crianças em relação à expressão musical, ficando<br />

estas mais motivadas e curiosas em saber mais sobre a temática,<br />

demonstrando entusiasmo em cada canção nova que aprendiam,<br />

dança que realizavam e som que exploravam.<br />

Outro fato importante de ser referenciado, diz respeito à interligação<br />

articulada entre as diferentes áreas de conteúdo, que potenciaram<br />

as necessidades e interesses das crianças, bem como o<br />

melhoramento das suas capacidades físicas e cognitivas, verificado<br />

na avaliação final realizada.<br />

Para nós, estagiárias, este projeto de empreendedorismo foi<br />

fundamental para conhecermos as suas fases de concretização e a<br />

sua potencialidade de mudança nos diferentes contextos.<br />

Ser empreendedor não consiste apenas em ter boas ideias. É<br />

necessário haver força de vontade, trabalho em equipa e foco na<br />

melhoria para que, todos em conjunto consigam empreender e<br />

assim inovar.<br />

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