Vegetarianos - Janeiro 2016

viva em
armonia
Por Ana Prado
A ciência em nome
da defesa animal
Única representante da América Latina na Lush Prize, a brasileira
Bianca Marigliani teve sua pesquisa premiada com 10 mil libras
A
edição de 2015 da
Lush Prize, maior
premiação
internacional para
propostas alternativas a
testes em animais, premiou
a bióloga brasileira Bianca
Marigliani.
Doutoranda em
biotecnologia, no
Laboratório de
Imunoterapêuticos e
Métodos Alternativos ao Uso
de Animais, da Universidade
Federal de São Paulo, Bianca
vem desenvolvendo um
novo método in vitro, que
dispensa o uso de soro
bovino fetal para avaliar o
risco de alergia provocado
por agentes químicos.
“Além dos problemas
éticos envolvendo o uso
de soro bovino fetal,
existem também problemas
técnico-cientficos, pois sua
presença pode levar a
resultados equivocados nos
testes. Sendo assim, a
utilização de meios
sintéticos pode levar à
obtenção de resultados mais
confiáveis, explica a
pesquisadora que venceu na
categoria Jovem Pesquisador.
Sua proposta foi
analisada por jurados de
diversos países e de
diferentes áreas de atuação,
que classificaram seu
trabalho como pioneiro, pois
trouxe uma nova abordagem
ao tema dos testes em
animais. “Recebi elogios
devido à importância da
preocupação em tornar os
métodos alternativos in vitro
já existentes realmente
isentos de sofrimento
animal, comemora.
Realizado em novembro,
o evento distribuiu 250 mil
libras (R$ 1,4 milhão) aos
vencedores. O prêmio de
Bianca foi de 10 mil libras
(cerca de R$ 58 mil), que ela
deverá utilizar para dar
continuidade à pesquisa.
É a segunda vez
que um brasileiro ganha o
prêmio da Lush Prize. Na
edição de 2014, o gaúcho
Róber Bachinski foi
premiado na mesma
categoria por seus modelos
de culturas de células em 3D
e alternativas de usos para
educação cientfica.
INCENTIVO
A Lush Prize premia, anualmente,
diversas pesquisas que propõem métodos
alternativos aos testes em animais
Foto: Divulgação
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