Ave no controle da Tiririca

RELATÓRIO PARCIAL SOBRE O DESEMPENHO DO PETENCIADOR DE 

HERBICIDAS ASSOCIADO AO AVE NO CONTROLE DA TIRIRICA 

(Cyperus rotundus) NO SEMI-ÁRIDO 

1. Objetivo: 

Testar a eficiência do potenciador AVE, associado a dois herbicidas, no controle da tiririca 

no Semi-Árido. 

2. Material e Métodos: 

A primeira etapa deste experimento foi executada no campo experimental de Bebedouro, a 

partir do dia 13/01/98, em área de lotossolo pertencente a Embrapa Semi-Árido, em 

Petrolina – PE: 

Foram estudados três tratamentos sem repetições, com 847,5 m 2 cada. A área estava bastante 

infestada pela erva daninha, infestação esta que variava de 857 a 1.321 plantas por m 2 , com 

altura das plantas variando de 20,3 à 25,6 cm. 

O primeiro tratamento, serviu como testemunha; no segundo tratamento utilizou-se o 

herbicida Roundup + AVE e no terceiro Glifosato + AVE 

As dosagens recomendadas pelo fabricante do potenciador foram : 

– 300 g de herbicida e 30 g do potenciador AVE para 10 litros de água, que correspondem a 

260 ml do herbicida e 30 ml do potenciador respectivamente. 

Quando da aplicação do potenciador, associado aos herbicidas, o solo encontrava-se em bom 

estado de umidade, pois no período que antecedeu ao dia da aplicação (13/01/98), a 

precipitação pluviométrica ocorrida no período de 1º a 12/01/98, totalizou 29,1 mm. 

As aplicações foram iniciadas às 8:40 h da manhã e encerradas às 10:40 h, com temperatura 

Máxima de 31º C e Mínima de 24,6º C , Seca de 27,6º C e Úmida de 23,4º C, e Umidade 

Relativa do ar de 68%. 

O equipamento utilizado para as aplicações foi um pulverizador manual costal com 

capacidade para 20 litros de água. O tempo de aplicação por tratamento foi de 60 minutos 

com consumo de 80 litros de água. 

Ministério da Agricultura 

e do Abastecimento 

Empresa Brasileira de Pesquisa 

Agropecuária EMBRAPA 

Centro de Pesquisa Agropecuária 

do 

Trópico Semi-Árido 

BR 428, Km 152 

Zona Rural, C.P 23 

CEP 56300-000 

Petrolina – PE 

Fone: (081) 862-1711 

Fax: (081) 862-1744 

cpatsa@cpatsa.embrapa.br 

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3. Resultados: 

Os resultados parciais obtidos podem ser considerados como ótimos considerando-se os 

seguintes aspectos observados: 

3.1 95% das plantas de tiririca existentes nas parcelas quando da aplicação dos 

produtos estavam completamente mortas após 20 dias. 

3.2 Esta afirmação foi comprovada quando, logo após a aplicação, isolaram-se 

diversas plantas de tiririca que se destacavam em cada tratamento para observar uma 

futura rebrotação, que não ocorreu, apesar de ter chovido 124 mm no período de 12 

dias a partir do primeiro dia após as aplicações (14/01/98) 

3.3 Os 5% das plantas de tiririca que não foram eliminadas foi devido aos 

seguintes fatores: 

a. A profundidade em que se encontravam alguns rizomas, de 13 a 42 cm, que não tinham 

emergido até a data de aplicação dos produtos; 

b. A densidade e a altura das ervas daninhas existentes na área (foram catalogadas mais de 

sete espécies diferentes) provavelmente impediram que os produtos atingissem algumas 

plantas de tiririca que se encontravam por baixo delas. 

Aparentemente, não houve diferença significativa, em relação ao número de plantas de 

tiririca mortas, quando comparou-se o Roundup com Glifosato. 

É necessário que estudos complementares sejam desenvolvidos para determinar outros 

parâmetros, tais como: quantidade adequada do herbicida a ser aplicado, época de aplicação 

e análise econômica. 

Os estudos complementares, programados para a segunda etapa deste trabalho, já foram 

iniciados, e visam, principalmente, determinar a quantidade adequada do herbicida, em 

termos econômicos , pois observou-se na primeira etapa que, provavelmente, devido à alta 

quantidade usada ( 520 ml de herbicida para 20 litros de água), algumas culturas semeadas 

na área, 50 dias após a aplicação, apresentavam baixo percentual de germinação, que variou 

de 50 à 75%, que é considerado tecnicamente insatisfatório em áreas experimentais. 






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4. Conclusões: 

– O potenciador AVE, associado a um herbicida sistêmico, elimina as plantas de tiririca 

desde que seja feita uma pulverização bem uniforme, de modo que toda área foliar da 

planta seja atingida. 

– O uso do potenciador AVE, associado a um herbicida sistêmico, no controle da tiririca, 

poderá reduzir o custo deste controle, pois reduz consideravelmente o número de 

aplicações do herbicida de quatro ( recomendação do fabricante) para no máximo duas. 

Petrolina, 19 de maio de 1998 






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RELATÓRIO TÉCNICO FINAL SOBRE O DESEMPENHO DO 

POTENCIADOR DE HERBICIDAS AVE NO SEMI-ÁRIDO, 

NO CONTROLE DA TIRIRICA. (Cyperus rotundus L.) 

1. Objetivo 

Testar a eficiência do potenciador AVE, associado a dois herbicidas, no controle da tiririca 

no Semi-Árido. 

2. Material e Métodos: 

A segunda etapa deste trabalho, foi executada, também no Campo Experimental de 

Bebedouro, pertencente à Embrapa Semi-Árido, no município de Petrolna, PE, em um solo 

Latossolo, sem cultura, e que apresentava um percentual de infestação de Tiririca, em tôrno 

de 95% (avaliação visual), cuja população tinha em média 227 plantas/m 2 . Nesta área foram 

catalogados, 12 diferentes tipos de ervas daninhas. 

O delineamento experimental usado foi o de blocos ao acaso, com cinco tratamentos de 400 

m 2 , e três repetições com 2.000 m 2 cada, sendo utilizado como elemento decontrole, o 

herbicida Roundup. As quantidades do herbicida aplicadas em cada tratamento foram: 50, 

75; 100; 125 e 150 ml, associadas à 60 ml do potenciador AVE. 

As avaliações foram realizadas por métodos sinecológicos (contagem de plantas), em áreas 

de1 m 2 , em todos os tratamentos e repetições. 

O experimento teve uma duração de 150 dias (maio/setembro 98), sendo realizadas no 

período quatro avaliações e duas aplicações na forma de pulverização foliar. As aplicações 

foram feitas com pulverizadores costais, com pressão e vazão média de 2,22 kg/cm 2 e 2,21 

l/minuto, respectivamente. 

As avaliações e as pulverizações foram feitas na seguinte ordem: 

– Primeira avaliação dia 12/05, antes da primeira aplicação; 

– Primeira aplicação dia 13/05, estando a tiririca com número e altura médios de folha por 

planta, variando de 8 a 12 e 16 a 25 cm, respectivamente. 

– Segunda avaliação dia 03/06, 21 dias após a primeira aplicação, determinando-se por 

tratamento e em todas as repetições, os percentuais de plantas mortas e sobreviventes; 

– Terceira avaliação dia 29/07, 77 dias após a primeira aplicação, com os mesmos objetivos 

da segunda, incluindo, também, as plantas emergidas (plantas novas); 

– Segunda aplicação dia 30/07 

– Quarta avaliação dia 02/09, 34 dias após a segunda aplicação, com objetivos semelhantes 

aos da terceira. 






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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 

1 – O percentual médio de plantas de tiririca mortas, 21 dias após a primeira aplicação, 

variou de 31% (50 ml) a 89% (150 ml) respectivamente. 

2 – O percentual médio de plantas sobreviventes no mesmo período, variou de 69% (50 ml) 

a 11% (150 ml), sendo a causa principal da sobrevivência destas plantas, o não contato 

direto delas com os produtos aplicados, em virtude de estarem sob outras ervas daninhas de 

maior porte. 

3 – O percentual médio de plantas de tiririca mortas, 34 dias após a segunda aplicação, 

variou de 93% (50 ml) a 99% (150ml). 

4 – O percentual médio de plantas sobreviventes neste mesmo período, também variou de 

7% (50 ml) a 0,98% (150 ml), sendo que nesta segunda aplicação, o tratamento 4 (125 ml 

Roundup + 60 ml AVE) apresentou 100% de plantas mortas. 

4. CONCLUSÕES 

– O potenciador AVE associado ao herbicida Roundup, mostrou-se eficiente no extermínio 

da tiririca (Cyperus rotundus L.), principalmente nas dosagens mais elevadas; 

– Não houve diferença significativas entre os tratamentos 4 e 5, (125 e 150 ml) 

respectivamente; 

– Esta eficiência, torna-se maior após a segunda aplicação. 

Petrolina, 16 de Novembro de 1999 






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TIRIRICA TRATADA 

RIZOMA 

TIRIRICA TESTEMUNHA 






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