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RELATORIO_2005

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<strong>2005</strong><br />

DIRETORIA ADMINISTRATIVA<br />

ANTONIO EDUARDO TONIELO<br />

Diretor Presidente<br />

MANOEL CARLOS DE AZEVEDO ORTOLAN<br />

Diretor Administrativo<br />

DIRETORIA ADMINISTRATIVA<br />

JOSÉ CARLOS SIMÕES<br />

Diretor Operacional<br />

FRANCISCO CÉSAR URENHA<br />

Diretor Vogal<br />

AUGUSTO CÉSAR STRINI PAIXÃO<br />

Diretor Vogal<br />

CONSELHO FISCAL<br />

EFETIVO<br />

Pedro Esrael Bighetti<br />

André Luís Rosa<br />

Mário Friedrich W. Morandini<br />

SUPLENTE<br />

Cláudio Agostinho Nadaletto<br />

Antenor Pinton<br />

João Nilson Magro<br />

02<br />

Relatório Anual de Atividades


<strong>2005</strong><br />

Senhores Conselheiros,<br />

Senhores Diretores,<br />

Prezados Cooperados.<br />

MENSAGEM DA DIRETORIA<br />

Palavra do Presidente<br />

É com muito orgulho que, cumprindo o que dispõe o artigo 37, inciso V, do Estatuto Social da Cocred,<br />

cabe-me, como Diretor-Presidente a apresentação deste relatório para apreciação na Assembléia Geral Ordinária.<br />

Neste relatório constam as atividades e os demonstrativos dos resultados alcançados durante o exercício de 2.005,<br />

que teve início em 1º de janeiro e término em 31 de dezembro.<br />

Os números, porém, nem sempre traduzem de forma completa os aspectos qualitativos de nosso<br />

desempenho. Já que esses, de fato, são o que nos interessam. Por essas e outras razões, com o sentimento de<br />

dever cumprido, classificamos o exercício de 2.005 como um ano de conquistas para a nossa cooperativa de crédito.<br />

A exemplo de outros exercícios, 2.005 também apresentou sobras nas operações financeiras e os<br />

produtos e serviços oferecidos pela Cocred foram aprimorados. Os 3.970 cooperados ficaram ainda mais seguros<br />

depois do bom desempenho da cooperativa na avaliação de rating (risco da instituição). A nota obtida pela Cocred<br />

foi A1, o que demonstra uma boa condição geral, tendo suas bases financeiras e estruturais firmes e resistentes<br />

a mudanças conjunturais ou estruturais da economia em médio prazo.<br />

Apesar de 2.005 não ter superado os bons resultados de 2.004, de forma geral, temos que considerar<br />

que os resultados alcançados pela Cocred foram muito positivos. As dificuldades encontradas ao longo do ano pelos<br />

produtores rurais de cana-de-açúcar,amendoim e soja, principalmente, os dois últimos também foram refletidas na<br />

cooperativa, mas, felizmente, não comprometeram o desempenho esperado da Cocred.<br />

Ao longo do ano, fomos nos estruturando e trabalhando junto com os cooperados para que conseguíssemos<br />

atingir os objetivos traçados no começo do ano, quando ainda estávamos inseguros sobre o futuro incerto<br />

do ano de <strong>2005</strong>. Nossos resultados foram melhorando e como conseqüência, às sobras apuradas pela Cocred<br />

representaram uma rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido de 21,50% e um crescimento patrimonial de 17,06%.<br />

Assim, num ano em que o PIB agrícola não atingiu as expectativas iniciais, a Cocred sentiu-se privilegiada<br />

em conseguir manter o padrão de qualidade nos serviços prestados, atendendo aos cooperados naquilo<br />

que foi possível e chegar ao final de mais um exercício com o sentimento de ter ajudado um setor tão importante<br />

para a economia brasileira.<br />

Em dezembro a Cocred inaugurou mais um Posto de Atendimento ao Cooperado, desta vez, na cidade<br />

de Batatais, que foi privilegiada em receber o empreendimento. Além disso, as agências de Cravinhos e Morro<br />

Agudo foram reestruturadas e padronizadas para melhor atender os cooperados daquelas regiões.<br />

Apesar da crise vivenciada pelo Agronegócio, que, como classificou o próprio Ministro Roberto Rodrigues,<br />

foi uma das piores dos últimos 20 anos, esperamos o ano de 2.006 mais favorável. É natural que iniciemos o ano<br />

com uma boa dose de otimismo. Isso faz parte da natureza humana e nos serve de motivação para seguirmos em<br />

frente. No entanto, há indicadores que apontam para uma melhora no desempenho do setor sucroalcooleiro, ao<br />

contrário do que se desenhava no final de 2.004.<br />

Neste ano, a produção de cana, açúcar e álcool devem crescer consideravelmente, reflexo da potencial<br />

abertura de mercado para o açúcar, depois da vitória do Brasil na OMC contrária e política de subsídios, e da<br />

ampliação da demanda interna por conta dos carros bicombustíveis, que representam neste início de ano, 70%<br />

das vendas de veículos novos.<br />

Do que depender do setor produtivo, 2006 será melhor, com certeza. O agronegócio e todos os elos<br />

que o compõem devem ratificar sua importância e participação no conjunto de riquezas geradas pelo país. Como<br />

iniciamos um ano que traz eleições no calendário, aumentam consideravelmente as chances de o câmbio estar<br />

mais favorável, da taxa de juros cair e do governo anunciar investimentos em infra-estrutura e medidas de apoio.<br />

A Cocred também está otimista em relação a 2006. Novos projetos serão implantados e duas novas<br />

agências devem ser abertas nas cidades de Cajuru e Viradouro. As agências de Barretos e Severínia também<br />

devem ser reestruturadas. As perspectivas são grandes em relação ao lançamento de novos produtos, graças<br />

a implantação do novo sistema Sis-BR, disponibilizado pelo Sicoob que visa a padronização das cooperativas<br />

integrantes do Bancoob. Dentre os novos produtos serão lançados à poupança rural e a conta salário, além de<br />

outros ainda em processo de formação.<br />

2006 será o ano da Cocred porque é neste ano que ela passará pelo processo de auditoria de seu<br />

sistema de gestão para obter a Certificação de Qualidade ISO 9001:2000.<br />

Dessa forma, esperamos continuar sendo apoiados por nossos cooperados que sempre nos ajudaram<br />

no desempenho de nossas atividades.<br />

MENSAGEM DA DIRETORIA<br />

Muito obrigado!<br />

Antonio Eduardo Tonielo<br />

Relatório Anual de Atividades<br />

03


<strong>2005</strong><br />

REGISTROS LEGAISS<br />

- Assembléia de Constituição: 27 de Julho de 1969.<br />

- Certificado de autorização do Banco Central do Brasil sob n.º 303/69 de 12 de setembro de 1969.<br />

- Junta Comercial do Estado de São Paulo registrado sob n.º 3.935 de 03 de fevereiro de 1970 - inscrição<br />

inicial.<br />

- Registro na Junta Comercial do Estado de São Paulo - última alteração ata AGO de 23.03.<strong>2005</strong> sob n.<br />

º 193.515/05-2 de 29 de Junho de <strong>2005</strong>.<br />

REGISTROS LEGAIS<br />

- Inscrição no CNPJ sob n.º 71.328.769/0001-81.<br />

- Nire da Sede - 35400010380<br />

- Inscrição na OCESP sob n.º 412/73 de 21 de julho de 1973.<br />

- Instituto de Cooperativismo e Associativismo, n.º de registro 5292 de 16 de janeiro de 1970.<br />

- Matrícula na Cocecrer SP. 0007<br />

- Inscrição Municipal<br />

Sertãozinho 1.05897.0<br />

Pitangueiras 13.128-3<br />

Pontal 4.625<br />

Serrana 6.868<br />

Cravinhos 6.309<br />

Severínia 2.060<br />

Morro Agudo 3.939<br />

Barretos 03.09.04.000621<br />

Batatais 5.4000001578-3<br />

04<br />

Relatório Anual de Atividades


<strong>2005</strong><br />

MOVIMENTO GERAL DO EXERCÍCIO DE <strong>2005</strong><br />

QUADRO SOCIAL<br />

Durante o exercício foram admitidos 454 (quatrocentos e cinqüenta e quatro) associados e demitidos<br />

23 (vinte e três) associados, encerrando o ano de 2.005 com 3.822 (três mil, oitocentos e vinte e dois)<br />

cooperados.<br />

CAPITAL SOCIAL<br />

O Capital Social que era de R$- 34.682.065,78 (trinta e quatro milhões, seiscentos e oitenta e dois mil,<br />

sessenta e cinco reais, setenta e oito centavos) no início do exercício, passou a ser de R$- 41.011.770,71<br />

(quarenta e um milhões, onze mil e setecentos e setenta reais e setenta e um centavos) no final do mesmo.<br />

PESSOAL<br />

No exercício de <strong>2005</strong> foram admitidos 29 (vinte e nove) funcionários e demitidos 6 (seis) funcionários,<br />

encerrando o exercício com 86 (Oitenta e Seis) funcionários, 04 (quatro) estagiários e 01 (um) contínuo.<br />

AQUISIÇÃO DE IMOBILIZADO<br />

No exercício de <strong>2005</strong> houve as seguintes aquisições de imobilizados.<br />

· Equipamentos de Processamento de Dados R$ 72.476,90<br />

· Equipamentos e Aparelhos de Comunicação R$ 1.800,00<br />

· Móveis, Utensílios e Equipamentos de Uso R$ 135.999,07<br />

· Meios de Transporte R$ 39.539,30<br />

ABONO DE JUROS S/ CAPITAL<br />

No exercício de <strong>2005</strong> não houve abono de juros ao capital.<br />

FUNDOS ESPECIAIS<br />

No encerramento do balanço de 31.12.<strong>2005</strong>, as contas abaixo apresentavam os seguintes saldos:<br />

Fundo Reserva Legal R$ 41.416.305,61<br />

Reserva de Lucro a Realizar R$ 1.809.659,75<br />

Fundo Assist. Téc. Ed. e Social R$ 3.857.301,57<br />

MOVIMENTO GERAL DO EXERCÍCIO DE <strong>2005</strong><br />

Relatório Anual de Atividades<br />

05


<strong>2005</strong><br />

EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS A COOPERADOS<br />

Foram efetuadas durante o ano de <strong>2005</strong> as seguintes operações:<br />

- CUSTEIO RECURSO PRÓPRIO – 260 (duzentos e sessenta) contratos no valor de R$ 20.501.580,34<br />

(vinte milhões, quinhentos e um mil, quinhentos e oitenta reais e trinta e quatro centavos).<br />

MOVIMENTO GERAL DO EXERCÍCIO DE <strong>2005</strong><br />

- CUSTEIO REPASSE – 543 (quinhentos e quarenta e três) contratos no valor de R$ 18.550.000,00<br />

(dezoito milhões, quinhentos e cinqüenta mil reais).<br />

- INVESTIMENTO – 39 (trinta e nove) contratos no valor de R$ 5.947.918,52 (cinco milhões, novecentos<br />

e quarenta e sete mil, novecentos e dezoito reais e cinqüenta e dois centavos).<br />

- COMERCIALIZAÇÃO – 213 (duzentos e treze) contratos no valor de R$ 17.999.133,85 (dezessete<br />

milhões, novecentos e noventa e nove mil, cento e trinta e três reais e oitenta e cinco centavos).<br />

- EMPRÉSTIMOS – 679 (seiscentos e setenta e nove) contratos no valor de R$ 108.529.694,34 (cento e<br />

oito milhões, quinhentos e vinte e nove mil, seiscentos e noventa e quatro reais, trinta e quatro centavos).<br />

- DESCONTO DE CHEQUES – 6.632 (seis mil, seiscentos e trinta e dois) contratos no valor de R$<br />

67.211.876,28 (sessenta e sete milhões, duzentos e onze mil, oitocentos e setenta e seis reais, vinte e<br />

oito centavos).<br />

- DESCONTO DE DUPLICATAS/NPRS – 2.405 (dois mil, quatrocentos e cinco) contratos no valor de<br />

R$ 111.277.530,14 (cento e onze milhões, duzentos e setenta e sete mil, quinhentos e trinta reais,<br />

quatorze centavos).<br />

No montante foram liberados 10.771 (dez mil, setecentos e setenta e um) contratos totalizando o valor<br />

de R$ 350.017.733,47 (trezentos e cinqüênta milhões, dezessete mil, setecentos e trinta e três reais e<br />

quarenta e sete centavos).<br />

06 Relatório Anual de Atividades


<strong>2005</strong><br />

PRODUTOS E SERVIÇOS OFERECIDOS PELA COCRED<br />

Dentro do comportamento cooperativista, a COCRED coloca a disposição de seus associados os seguintes<br />

produtos e serviços: conta corrente; cheque especial; conta garantida; aplicações financeiras<br />

com opção de resgate automático; cartões de crédito e débito; internet banking; empréstimos de curto<br />

prazo como: desconto de cheques, capital de giro, crédito fixo lastreado; empréstimos de longo prazo<br />

como: crédito pessoal, bens duráveis, veículos utilitários/passeio, custeio agrícola (repasse e recurso<br />

próprio), investimento agrícola, pré-comercialização, linhas do BNDES; seguros (parceria com a Copercana<br />

Seguros); cobrança; cobrança simples; custódia e recebimento no caixa de títulos compensáveis.<br />

ASSEMBLÉIAS GERAIS<br />

Durante o exercício foram realizadas as seguintes assembléias:<br />

Em 23.03.<strong>2005</strong>: Assembléia Geral Ordinária, que aprovou a prestação de contas da Administração e o<br />

parecer do Conselho Fiscal relativo ao exercício de 2004; deu destinação às Sobras líquidas; elegeu os<br />

componentes do Conselho Fiscal e outros assuntos de interesse da sociedade.<br />

REUNIÕES DA DIRETORIA<br />

Todos os meses durante o exercício de <strong>2005</strong> a diretoria realizou reuniões ordinárias e extraordinárias<br />

para deliberarem sobre assuntos administrativos.<br />

MOVIMENTO GERAL DO EXERCÍCIO DE <strong>2005</strong><br />

Relatório Anual de Atividades<br />

07


<strong>2005</strong><br />

DEPÓSITOS<br />

DEPÓSITOS À VISTA:<br />

Durante o ano de <strong>2005</strong>, o saldo médio de depósitos a vista foi de R$ 12.079.798,34 (doze milhões,<br />

setenta e nove mil, setecentos e noventa e oito reais e trinta e quatro centavos).<br />

COMPARATIVOS ANUAIS<br />

DEPÓSITOS SOB AVISO: (SUPERAPLIC)<br />

O saldo médio de aplicações dos cooperados durante o ano de <strong>2005</strong> foi de R$ 102.451.638,91 (cento e<br />

dois milhões, quatrocentos e cinqüenta e um mil, seiscentos e trinta e oito reais, noventa e um centavos).<br />

08<br />

Relatório Anual de Atividades


<strong>2005</strong><br />

QUADRO SOCIAL<br />

Movimento estatísticos dos associados:<br />

Associados fundadores: 104<br />

CAPITAL SOCIAL (Valores em reais)<br />

A evolução do capital social apresenta a seguinte posição:<br />

COMPARATIVOS ANUAIS<br />

Relatório Anual de Atividades<br />

09


<strong>2005</strong><br />

EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS A COOPERADOS (Valores em reais)<br />

Procura a COCRED, dentro de seus recursos diretos e de terceiros, proporcionar uma disciplinada<br />

distribuição de crédito rural.<br />

Os valores abaixo, indicam o montante de recursos liberados durante o decorrer dos respectivos exercícios.<br />

COMPARATIVOS ANUAIS<br />

SOBRAS LÍQUIDAS (Valores em reais)<br />

Os resultados líquidos apresentam-se plenamente satisfatórios, conforme destaque a seguir:<br />

10<br />

Relatório Anual de Atividades


<strong>2005</strong><br />

BALANÇO PATRIMONIAL<br />

(Em reais)<br />

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS<br />

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis.<br />

Relatório Anual de Atividades<br />

11


DEMONSTRAÇÃO DE SOBRAS OU PERDAS<br />

(Em reais)<br />

<strong>2005</strong><br />

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS<br />

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis.<br />

12<br />

Relatório Anual de Atividades


<strong>2005</strong><br />

DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECUR-<br />

SOS<br />

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS<br />

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis.<br />

Relatório Anual de Atividades<br />

13


<strong>2005</strong><br />

1. CONTEXTO OPERACIONAL<br />

NOTAS EXPLICATIVAS (Em reais)<br />

A COOPERATIVA DE CRÉDITO DOS PLANTADORES DE CANA DE SERTÃOZINHO - COCRED é<br />

uma sociedade cooperativista que visa promover assistência financeira aos cooperados em suas atividades<br />

específicas. A COCRED tem sede em Sertãozinho – SP, sendo sua área de ação limitada aos<br />

municípios de Altinópolis, Batatais, Barrinha, Bebedouro, Brodósqui, Cravinhos, Dumont, Jardinópolis,<br />

Luiz Antônio, Luzitânia, Morro Agudo, Nuporanga, Orlândia, Pitangueiras, Pontal, Ribeirão Preto, Sales<br />

de Oliveira, Santa Rosa de Viterbo, São Simão, Santo Antônio da Alegria, Serrana, Serra Azul, Severínia<br />

e Viradouro, e onde se localizam filiais da Cooperativa dos Plantadores do Oeste do Estado de São<br />

Paulo- COPERCANA, sendo instalados Postos de Atendimento Cooperativos – PAC’s nas cidades de<br />

Sertãozinho, Pitangueiras, Serrana, Pontal, Cravinhos, Severínia, Morro Agudo, Barretos e Batatais.<br />

Tem sua constituição e o funcionamento regulamentado pela Resolução no 3.321/05 do Banco Central<br />

do Brasil (BACEN). É filiada à Cooperativa Central de Crédito Rural do Estado de São Paulo (SICOOB<br />

CENTRAL COCECRER) e acionista do Banco Cooperativo do Brasil<br />

S/A (BANCOOB).<br />

2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS<br />

As demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil,<br />

adaptadas às peculiaridades da legislação cooperativista e as normas e instruções do BACEN, bem<br />

como apresentadas conforme o Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional (COSIF).<br />

3. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS<br />

a) Títulos e valores mobiliários e relações interfinanceiras - atualizados pelos rendimentos auferidos<br />

até a data do balanço, não superando o valor de mercado.<br />

b) Operações de crédito - as operações pré-fixadas estão registradas pelo valor futuro, retificado pela<br />

conta de rendas a apropriar, e as operações pós-fixadas estão atualizadas até a data do balanço pelos<br />

índices contratados.<br />

c) Provisão para operações de crédito - constituída em montante julgado suficiente pela Administração<br />

para cobrir eventuais perdas na realização de valores a receber, levando-se em consideração a análise<br />

das operações em aberto, as garantias existentes, a experiência passada, a capacidade de pagamento e<br />

liquidez do tomador do crédito e os riscos específicos apresentados em cada operação, além da conjuntura<br />

econômica. O BACEN, através da Resolução no 2.682/99, introduziu os critérios para classificação<br />

das operações de crédito, definindo regras para a constituição da provisão para operações de crédito,<br />

14 Relatório Anual de Atividades


<strong>2005</strong><br />

as quais estabelecem nove níveis de risco, de AA (risco mínimo) a H (risco máximo).<br />

d) Investimentos - representados por participações societárias avaliadas ao custo de aquisição.<br />

e) Imobilizado de uso - os bens estão registrados ao custo de aquisição deduzido da depreciação<br />

acumulada. As depreciações estão calculadas pelo método linear, aplicando-se taxas que contemplem<br />

a estimativa de vida útil-econômica dos bens.<br />

f) Diferido - registrado pelo valor dos gastos, que estão amortizados pelo método linear em função do<br />

prazo dos benefícios futuros esperados.<br />

g) Depósitos sob aviso - os depósitos pós-fixados estão atualizados até a data do balanço pelos índices<br />

contratados.<br />

h) Obrigações por empréstimos e repasses – atualizados pelos encargos contratados até a data do<br />

balanço.<br />

i) Demais ativos e passivos - registrados pelo regime de competência, inclusive, quando aplicável,<br />

atualizados até a data do balanço.<br />

j) Segregação de curto e longo prazo - os valores realizáveis e exigíveis com prazos inferiores a 360<br />

dias estão classificados no circulante e os com prazos superiores, no longo prazo.<br />

k) Apuração do resultado - as receitas e despesas estão reconhecidas pelo regime de competência.<br />

NOTAS EXPLICATIVAS (Em reais)<br />

Relatório Anual de Atividades<br />

15


<strong>2005</strong><br />

TÍTULOS E VALORES IMOBILIÁRIOS<br />

NOTAS EXPLICATIVAS (Em reais)<br />

RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS<br />

OPERAÇÕES DE CRÉDITO<br />

a) Composição por tipo de operação e prazo de vencimento<br />

16<br />

Relatório Anual de Atividades


<strong>2005</strong><br />

b) Composição por nível de risco e situação de vencimento<br />

c) Composição por tipo de operação e classificação nos níveis de risco em 31/12/<strong>2005</strong><br />

NOTAS EXPLICATIVAS (Em reais)<br />

Relatório Anual de Atividades<br />

17


<strong>2005</strong><br />

d) Composição por tipo de operação e situação de vencimento<br />

NOTAS EXPLICATIVAS (Em reais)<br />

e) Concentração de crédito<br />

18<br />

Relatório Anual de Atividades


<strong>2005</strong><br />

f) Movimentação da provisão para operações de crédito<br />

g) Programa Especial de Saneamento de Ativos (PESA)<br />

Foram realizadas nos exercícios de 2000 a 2003 renegociações com cooperados para<br />

alongamento de dívidas de crédito rural com base no Programa Especial de Saneamento<br />

de Ativos (PESA), no montante de R$ 15.684.038 e R$ 15.157.150 em 31 de<br />

dezembro de <strong>2005</strong> e de 2004, respectivamente. Estas operações são garantidas por<br />

Títulos do Tesouro Nacional, cujos vencimentos ocorrerão em 2020 a 2023. Os juros<br />

são de até 9% ao ano, calculados sobre o valor principal da dívida atualizado pelo<br />

IGP-M. Estas operações, classificadas em nível de risco “AA”, estão contabilizadas<br />

em financiamentos rurais-próprios.<br />

OUTROS CRÉDITOS<br />

NOTAS EXPLICATIVAS (Em reais)<br />

Relatório Anual de Atividades<br />

19


<strong>2005</strong><br />

OUTROS VALORES E BENS<br />

NOTAS EXPLICATIVAS (Em reais)<br />

INVESTIMENTOS<br />

IMOBILIZADO DE USO<br />

20<br />

Relatório Anual de Atividades


<strong>2005</strong><br />

DIFERIDO<br />

Concentração de depósitos à vista:<br />

a) Composição por prazo de vencimento:<br />

b) Concentração de depósitos sob aviso:<br />

DEPÓSITOS À VISTA<br />

DEPÓSITO SOB AVISO<br />

NOTAS EXPLICATIVAS (Em reais)<br />

Relatório Anual de Atividades<br />

21


<strong>2005</strong><br />

OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS E REPASSES<br />

NOTAS EXPLICATIVAS (Em reais)<br />

Os encargos da securitização são de 3% ao ano e os de custeio de 8,75% ao ano. As garantias são penhor, cédulas rurais e avais.<br />

OUTRAS OBRIGAÇÕES<br />

22<br />

Relatório Anual de Atividades


<strong>2005</strong><br />

PASSIVOS CONTINGENTES<br />

a) Foram constituídas provisões para passivos contingentes na rubrica obrigações fiscais e previdenciárias<br />

nos montantes de R$ 17.992.253 e R$ 15.730.449, em 31 de dezembro de <strong>2005</strong> e de 2004, respectivamente,<br />

para fazer face em eventuais perdas que possam advir em função de interpretações polêmicas<br />

a respeito da tributação pela União Federal em determinadas transações de sociedades cooperativas.<br />

Existem depósitos judiciais de R$ 13.566.667 e R$ 11.310.710, em 31 de dezembro de <strong>2005</strong> e de 2004,<br />

respectivamente, suportando parcialmente as demandas em andamento.<br />

A Secretaria da Receita Federal lavrou em 2004 e <strong>2005</strong>, autos de infração contra a Cooperativa, por<br />

alegar insuficiência de recolhimento de IRPJ, CSLL, PIS e COFINS nos períodos de apuração de 1998<br />

a abril de 2003. O total dos autos, incluindo as multas de ofício e juros de mora, é de R$ 17.583.286.<br />

Os autos de infração estão atualizados até o fim do mês anterior à data de emissão. A Cooperativa<br />

está contestando os referidos autos de infração na esfera administrativa, para os quais, caso não haja<br />

sucesso na Delegacia da Receita Federal de Julgamento (DRJ), cabe recurso voluntário ao 1º Conselho<br />

de Contribuintes do Ministério da Fazenda em Brasília – DF. Em 16 de novembro de <strong>2005</strong> a Cooperativa<br />

apresentou a Secretaria da Receita Federal em Ribeirão Preto a relação de bens e direitos pertencentes<br />

ao ativo permanente para arrolamento, no montante de R$ 5.883.559, notoriamente suficiente para<br />

atender a exigência do depósito recursal de 30% do valor do crédito tributário lançado, conforme prevê<br />

a Instrução Normativa SRF n° 264, de 20/12/2002, satisfazendo, assim, os<br />

requisitos da admissibilidade recursal. Tal fato não acarreta prejuízo do seguimento do recurso.<br />

Também, em caso de insucesso na esfera administrativa, cabe discussão posterior na esfera judicial<br />

por parte da Cooperativa. Conforme opinião do assessor legal, a possibilidade de êxito quanto ao cancelamento<br />

de autos de infração é provável (boa chance de êxito), bem como de teses da não incidência<br />

tributária. Importante observar que há várias decisões judiciais favoráveis a outras cooperativas de crédito<br />

em processos semelhantes em relação a COFINS e ao PIS, assim como, várias decisões favoráveis já<br />

no Conselho de Contribuintes quanto a não incidência da CSLL em sociedades cooperativistas. Os autos<br />

de infração lavrados pela Secretaria da Receita Federal estão resumidos no quadro abaixo:<br />

NOTAS EXPLICATIVAS (Em reais)<br />

Relatório Anual de Atividades<br />

23


<strong>2005</strong><br />

As provisões constituídas de forma prudente pela Administração e os depósitos judiciais<br />

efetuados estão compostos da seguinte forma em 31 de dezembro de <strong>2005</strong>:<br />

NOTAS EXPLICATIVAS (Em reais)<br />

b) Foi constituída provisão para passivos contingentes na rubrica obrigações diversas, no montante de R$<br />

7.304.367, referente a processo em andamento de execução ativa de título judicial em que a Cooperativa<br />

já levantou o fruto da arrematação, no valor original de R$ 7.000.000.<br />

CAPITAL SOCIAL<br />

É representado pelas integralizações de 3.822 cooperados em 31 de dezembro de<br />

<strong>2005</strong> e de 3.396 cooperados em 31 de dezembro de 2004. De acordo com o Estatuto<br />

Social cada cooperado tem direito a um voto, independente do número de suas cotas<br />

partes. Ainda, de acordo com o Estatuto Social, é facultado a Diretoria Executiva<br />

remunerar o capital social com juros de até 6% ao ano. Não foram atribuídos juros<br />

ao capital no exercício.<br />

OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS<br />

SOBRAS ACUMULADAS<br />

As sobras são distribuídas e apropriadas conforme o Estatuto Social, normas do BACEN e posterior<br />

deliberação da Assembléia Geral Ordinária (AGO). Atendendo à instrução do BACEN, o Fundo de Assistência<br />

Técnica, Educacional e Social (FATES) é registrado como exigibilidade, e utilizado em despesas<br />

para o qual se destina, conforme a Lei nº 5.764/71 (Lei do Cooperativismo).<br />

GARANTIAS PRESTADAS<br />

A Cooperativa é avalista de seus cooperados em transações junto ao BNDES, que montavam R$<br />

15.651.127 e R$ 16.538.929 em 31 de dezembro de <strong>2005</strong> e de 2004, contabilizados em contas de<br />

compensação.<br />

24<br />

Relatório Anual de Atividades


<strong>2005</strong><br />

PARECER DO CONSELHO FISCAL<br />

Nós, os membros do Conselho Fiscal da Cooperativa de Crédito dos Plantadores de Cana de Sertãozinho,<br />

com sede à Rua Augusto Zanini, 1.591, Jardim Sumaré, Sertãozinho/SP inscrita no CNPJ<br />

71.328.769/0001-81, nos termos do Estatuto Social e Regimento Interno, tendo examinado as contas e<br />

demais documentos, declaramos que a presente Demonstração de Resultado do Exercício e o Balanço<br />

Patrimonial refletem fielmente a escrituração das operações realizadas no período de 01 de Janeiro de<br />

<strong>2005</strong> a 31 de Dezembro de <strong>2005</strong>, e somos de parecer favorável à aprovação destes pela Assembléia.<br />

Sertãozinho-SP, 31 de Dezembro de <strong>2005</strong>.<br />

PEDRO ESRAEL BIGHETTI<br />

ANDRÉ LUÍS ROSA<br />

MÁRIO FRIEDRICH W. MORANDINI<br />

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES<br />

1. Examinamos o balanço patrimonial da COOPERATIVA DE CRÉDITO DOS PLANTADORES DE CANA<br />

DE SERTÃOZINHO – COCRED levantado em 31 de dezembro de <strong>2005</strong>, e as respectivas demonstrações<br />

do resultado (sobras ou perdas), das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações<br />

dos recursos correspondentes ao exercício findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de<br />

sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações<br />

contábeis.<br />

PARECERES<br />

2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreendeu:<br />

(a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações<br />

e o sistema contábil e de controles internos da Cooperativa; (b) a constatação, com base em testes,<br />

das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a<br />

avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da<br />

Cooperativa, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.<br />

3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis referidas no primeiro parágrafo representam ade-<br />

Relatório Anual de Atividades<br />

25


<strong>2005</strong><br />

quadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da COOPERATIVA<br />

DE CRÉDITO DOS PLANTADORES DE CANA DE SERTÃOZINHO - COCRED em 31 de dezembro<br />

de <strong>2005</strong>, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações<br />

de seus recursos referentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis<br />

adotadas no Brasil.<br />

4. Conforme mencionado na nota explicativa 16, a Secretaria da Receita Federal lavrou autos de infração<br />

contra a Cooperativa nos exercícios de 2004 e de <strong>2005</strong>. Considerando a opinião de seu assessor legal,<br />

que acredita prováveis as chances de êxito, a administração da Cooperativa não consignou provisão<br />

para passivos contingentes nas demonstrações contábeis relativa à totalidade dos autos de infração. Em<br />

função do estágio inicial em que se encontram, a solução final desses litígios não pode ser determinada<br />

no momento.<br />

PARECERES<br />

5. As demonstrações contábeis do exercício findo em 31 de dezembro de 2004, apresentadas para fins<br />

comparativos, foram também por nós examinadas, cujo parecer, emitido em 4 de fevereiro de <strong>2005</strong>,<br />

continha ressalva pela não contabilização da reversão da provisão paradesvalorização ao valor presente<br />

de R$ 8.436 mil, naquela data, referente às operações renegociadas no âmbito do Programa Especial<br />

de Saneamento de Ativos (PESA) e parágrafo de ênfase referente ao assunto do quarto parágrafo.<br />

Ribeirão Preto, 30 de janeiro de 2006.<br />

Hélio Mazzi Júnior<br />

Contador – CRC 1SP189107/O-3<br />

MOORE STETHENS PRISMA AUDITORES S/S<br />

CRC 2SPO17256/0-3<br />

26 Relatório Anual de Atividades


<strong>2005</strong><br />

Pitangueiras<br />

R. Ceará, 1.170<br />

(16) 3952-9803<br />

Cravinhos<br />

R. Manoel G. Santos, 1.599<br />

(16) 3951-9409<br />

Pontal<br />

R. 7 de Setembro, 164<br />

(16) 3953-9207<br />

Serrana<br />

Av. Habib Jábali, 355<br />

(16) 3987-9300<br />

Matriz Sertãozinho<br />

R. Augusto Zanini, 1.591<br />

(16) 3946-3300<br />

Morro Agudo<br />

Rua José Jorge Junqueira, 997<br />

(16) 3851-6660<br />

ENDEREÇOS<br />

Barretos<br />

Av. 15, 1.358<br />

(17) 3323-3366<br />

BATATAIS<br />

Rua Celso Garcia, 525<br />

(16) 3761-7329<br />

Severínia<br />

Av. Nelo Calisse, 267<br />

(17) 3817-3105<br />

Relatório Anual de Atividades<br />

27

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