Revista Visão - Edição #107 (Maio/2015)
Graduação x Vagas: O mercado de trabalho regional está preparado para receber tantos formados? Entrevista: Conheça a história do professor e palestrante Érico Paes de Campos Festa do Pinhão: Saiba mais sobre os shows e atrações da 27ª edição do evento Voluntariado: Erci Luduvichack já viabilizou cerca de 300 cadeiras de rodas para os necessitados
Graduação x Vagas: O mercado de trabalho regional está preparado para receber tantos formados?
Entrevista: Conheça a história do professor e palestrante Érico Paes de Campos
Festa do Pinhão: Saiba mais sobre os shows e atrações da 27ª edição do evento
Voluntariado: Erci Luduvichack já viabilizou cerca de 300 cadeiras de rodas para os necessitados
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14,90<br />
mai.<br />
15<br />
r$ 12<br />
ed.<br />
107<br />
ano<br />
O mercado de trabalho regional está<br />
preparado para receber tantos formados?<br />
ENTREVISTA<br />
Conheça a história do<br />
professor e palestrante<br />
Érico Paes de Campos<br />
FESTA DO PINHÃO<br />
Saiba mais sobre os<br />
shows e atrações da<br />
27ª edição do evento<br />
VOLUNTARIADO<br />
Erci Luduvichack já viabilizou<br />
cerca de 300 cadeiras de<br />
rodas para os necessitados
foto | Gugu Garcia
PRIMEIRAS PALAVRAS<br />
0405<br />
revista visão mai. 15<br />
Conversamos com o professor, palestrante<br />
e historiador, Érico Paes de<br />
Campos. Ele nos contou um pouco sobre<br />
sua vida, os desafios encontrados<br />
na profissão e as lições para ensinar às<br />
novas gerações. Uma aula de conhecimento.<br />
É assim que descrevemos essa<br />
entrevista.<br />
Equipe de Redação | <strong>Revista</strong> <strong>Visão</strong><br />
A Garota <strong>Visão</strong> deste mês mostra a coleção outono/inverno<br />
em roupas e acessórios da loja Moda Ativa. A beleza da modelo<br />
Rayane de Liz compôs as fotos feitas por Gugu Garcia num belo<br />
cenário. Uma ótima leitura a todos!<br />
Ouvimos profissionais<br />
que já<br />
se formaram há alguns anos e também<br />
recém formados. Eles nos deram<br />
depoimentos de como foi ingressar no<br />
mercado de trabalho. Falaram sobre os<br />
desafios e soluções para atuar na área<br />
que escolheram. E citaram casos em<br />
que as portas não se abriram e eles tiveram<br />
que seguir outras carreiras.<br />
Conheça a história do rotariano Erci Luduvichack. Há<br />
mais de 30 anos ele adquire cadeiras de rodas para as pessoas<br />
necessitadas e hospitais. O Destaque Empresarial deste mês<br />
evidencia a Santíssima Catarina, uma empresa lageana sustentável,<br />
social e artesanal. As alpargatas do ateliê são exclusivas<br />
e feitas à mão.<br />
Confira a programação completa da 27ª Festa Nacional do Pinhão,<br />
que traz como destaques os shows de Michel Telló, Victor<br />
e Léo, Lucas Lucco, Henrique e Juliano, Lulu Santos, entre outros<br />
artistas nacionais. E promete uma Sapecada da Canção Nativista<br />
para ninguém colocar defeito. O evento começa dia 29 de maio e<br />
vai até 7 de junho.<br />
Formação superior X mercado de trabalho<br />
08<br />
20<br />
foto | Gugu Garcia<br />
entrevista<br />
esporte<br />
52<br />
foto | Vani Boza<br />
54<br />
42<br />
garota visão<br />
foto | Divulgação<br />
foto | Gugu Garcia<br />
Capa do mês ed. 107<br />
Foi-se o tempo em que<br />
a graduação garantia<br />
espaço no mercado de<br />
trabalho. Conheça os<br />
desafios e alternativas<br />
dos egressos da região.<br />
Tema<br />
Graduação<br />
Foto<br />
Shutterstock<br />
Nossa gente<br />
Diretor Geral .............................. Gugu Garcia<br />
Diretor de Redação .................. Loreno Siega - Reg. Prof. 2691/165v-PR<br />
Repórter ...................................... Liana Fernandes<br />
Gerência e Dir. de Criação .... Eder Pitz de Lima<br />
Diagramação e Arte ................. Chelbim M. Poletto Morales<br />
Ilustração ..................................... André Paes<br />
Assinaturas ................................. Luiz Wolff<br />
Comercial ................................... Suely Miyake<br />
Administrativo ........................... Edmara Muniz<br />
Distribuição ................................ Robinson Marcelino<br />
Impressão Impressul<br />
Tiragem 3.500 exemplares<br />
Fale conosco<br />
Redação R. Dr. Walmor Ribeiro, 115 - Coral<br />
88.523-060 Lages/SC - 49 3223.4723<br />
www.revistavisao.com.br | portal.revistavisao.com.br<br />
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contato@revistavisao.com.br<br />
Não é permitida a reprodução parcial ou total das reportagens, entrevistas,<br />
artigos e imagens sem prévia autorização por escrito do editor. A<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Visão</strong> não se responsabiliza pelos conceitos e opiniões emitidos<br />
nos artigos assinados.
foto | Shutterstock<br />
reportagem<br />
14<br />
Professor, palestrante e historiador, Érico Paes<br />
de Campos, dá uma aula de conhecimento<br />
sobre a vida e o ato de lecionar.<br />
A visão dos alunos graduados sobre o<br />
mercado de trabalho de Lages e região.<br />
Entrevista ....................................................................08<br />
Reportagem .............................................................. 14<br />
Veja nesta edição<br />
PARA COMEÇAR<br />
0405<br />
revista visão mai. 15<br />
Garota <strong>Visão</strong> ..........................................................20<br />
A bela Rayane de Liz modela a coleção<br />
outono/inverno da Moda Ativa.<br />
Festa do Pinhão ................................................24<br />
Confira a programação, ingressos e valores da<br />
27ª edição da Festa Nacional do Pinhão.<br />
Destaque Empresarial ............................26<br />
Conheça um ateliê de alpargatas<br />
sustentável, social e artesanal.<br />
Voluntariado ...........................................................30<br />
A história do rotariano Erci Luduvichack,<br />
que já doou mais de 300 cadeiras de<br />
rodas para os mais necessitados.<br />
Habitação ....................................................................32<br />
Mais 300 casas populares são<br />
entregues à população de Lages.<br />
Cultura .............................................................................42<br />
II Feira do Livro da Serra Catarinense<br />
e seus atrativos deixou saudades.<br />
Vida e Saúde ....................................................52<br />
Conheça o novo método não invasivo de<br />
diagnosticar intolerância à lactose.<br />
Esporte .............................................................................54<br />
O Inter de Lages conquistou o 4º lugar<br />
no Campeonato Catarinense de <strong>2015</strong>.<br />
Visões do Ozóide ............................................64<br />
Os “imbróglios” da Via Gastronômica – uma obra que<br />
já causou muitas dores de cabeça.
+1+39<br />
LEITOR ONLINE<br />
foto | Cao Ghiorzi<br />
Meu professor dizia: “respeite ao professor<br />
pois o futuro de todas as pessoas<br />
de bem espelha-se no professor.<br />
Agora se o professor não é respeitado,<br />
vamos nos espelhar em quem?<br />
f<br />
Willian Pelincha<br />
facebook.com.br/revistavisao<br />
Sobre o post: “Protesto dos professores<br />
em frente a SDR de Lages”<br />
Trocaram seis por meia dúzia, na novela<br />
da Festa do Pinhão.<br />
06 07<br />
f<br />
revista visão mai. 15<br />
A solidariedade dos lageanos possibilitou arrecadação superior a quatro toneladas de água e<br />
mais quatro toneladas de alimentos não perecíveis para ajudar Xanxerê<br />
É ótimo ver nas ruas e avenidas de Lages, as pessoas<br />
se preparando para participarem do evento. Isto prova<br />
que o 2° Desafio SEMASA na Carahá está alcançando<br />
os resultados esperados, ou seja, o incremento e adesão<br />
da prática de exercícios físicos. Estamos trabalhando<br />
com todo empenho para fazermos que esta edição<br />
seja ainda melhor que a primeira. Muito obrigado a<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Visão</strong> pela parceria na divulgação do evento.<br />
Tyrone Machado<br />
Sobre o post: “Desafio Semasa na<br />
Carahá já tem mais de 600 inscritos”<br />
Há muito tempo não víamos o nome de<br />
Lages divulgado nacionalmente como<br />
nos últimos meses. Nós Lageanos devemos<br />
muito ao atleta Marcelinho Paraíba,<br />
que nos encheu de orgulho com o nosso<br />
“Inter-dos-gols-bonitos”, como dizem no<br />
Globo Esporte. Agradecemos pelas belas<br />
jogadas e gols fantásticos.<br />
Renato Castro<br />
Sobre o post “Marcelinho Paraíba deixa<br />
carta emocionada aos torcedores do Inter”<br />
Leonardo de Oliveira<br />
Sobre o post: “Gaby Produções ganha<br />
licitação para tocar Festa do Pinhão”<br />
Parabéns pelo trabalho, ficou top.<br />
f<br />
Danieli Porto<br />
Sobre o Making of da edição de<br />
abril da Garota <strong>Visão</strong>.<br />
Que outros aplicativos da Gestão Pública Colaborativa<br />
sejam usados pela Prefeitura de Lages. Quem sabe o<br />
Amarildo usa algo semelhante em parceria com as Associações<br />
de Moradores para melhorar a eficácia dos<br />
programas e das políticas públicas sociais... Quem sabe.<br />
Rui Alvacir Netto<br />
Sobre o post: “Estradas do interior<br />
de Lages serão gerenciadas via aplicativo<br />
de celular e tablet”<br />
portal.revistavisao.com.br<br />
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no Portal da <strong>Revista</strong> <strong>Visão</strong><br />
A <strong>Revista</strong> <strong>Visão</strong> tem uma coluna para o Ozóide, por isso nossos<br />
assinantes já conhecem o alienígena intelectual da <strong>Visão</strong>. Ele está<br />
sempre atento aos acontecimentos da região. Nada escapa ao<br />
grande olho do nosso mascote. De agora em diante ele vai dar<br />
suas opiniões, sugestões e “puxões de orelha” também no Portal.<br />
Fique de olho! Alguma coisa está errada na sua rua? Na sua cidade?<br />
Com as lideranças políticas? Denuncie! Nosso olheiro mais<br />
atento ficará feliz em contribuir. Envie um e-mail para ozoide@<br />
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foto | Autorretrato do Ozóide<br />
Resultado / Abril<br />
59,9% A Favor<br />
39,3% Contra<br />
0,8% Indiferente
SOCIEDADE DO CONHECIMENTO<br />
EDITORIAL<br />
Loreno Siega | Diretor de Redação<br />
Precisamos evoluir cada vez mais<br />
de uma mera sociedade da produção<br />
para uma sociedade do conhecimento.<br />
Tomamos<br />
emprestado do SE-<br />
NAI/SC o slogan –<br />
“A Indústria do Conhecimento” – utilizado por<br />
aquela instituição para melhor definir sua missão<br />
junto ao público que atende e à sociedade<br />
como um todo (uma frase muito inteligente<br />
e apropriada, por sinal). E queremos discorrer<br />
sobre o assunto – o valor do conhecimento –<br />
com um pouco mais de profundidade nestas<br />
linhas iniciais da <strong>Revista</strong> <strong>Visão</strong> deste mês de<br />
maio.<br />
Inicialmente, de acordo com o que dizem<br />
e constatam inúmeros profissionais da área da<br />
Economia, Administração e Gestão – e também<br />
pelos exemplos práticos que temos de diversos<br />
países e empresas – conclui-se que hoje em<br />
dia a prosperidade é diretamente proporcional<br />
ao uso do conhecimento. Ou seja, aquele país,<br />
empresa ou pessoa que mais utilizar o conhecimento<br />
e a tecnologia em seus processos (ou<br />
produtos), mais obterá riqueza, valor agregado<br />
e prosperidade.<br />
Exemplificando. Se você produz soja (ou<br />
qualquer outro produto alimentício), vai ganhar<br />
um bom dinheiro se a safra for boa e se<br />
o valor daquele cereal no mercado internacional<br />
estiver bom, de acordo com a lei da oferta<br />
e da procura. O mesmo vale para qualquer<br />
outro produto. Mas, se além de produzir soja<br />
você também fabricar azeite, margarina, farelo<br />
para alimentação animal, ração, sucos e<br />
inúmeros outros derivados, vai agregar muito<br />
naquela matéria-prima. No final do processo,<br />
ao invés de lidar apenas com um cereal, estará<br />
adicionando valores, como: mais empregos especializados,<br />
maior faturamento (cada tipo de<br />
operação vai obter um tipo de receita específica),<br />
uma cadeia muito mais vasta de clientes<br />
e fornecedores, enfim, riqueza, muita riqueza.<br />
A Serra Catarinense, outrora com uma economia<br />
centrada apenas no segmento madeireiro/florestal,<br />
aos poucos está despertando para<br />
essa questão: agregar valor a seus produtos e<br />
serviços. E isso vale não apenas para o setor<br />
madeireiro/florestal, mas a todos os demais. Ao<br />
invés de vender apenas toras e madeira com<br />
pouco incremento, por exemplo, aos poucos<br />
estamos trazendo empresas que transformam<br />
a madeira em produtos de valor muito superior,<br />
como: biomassa, MDF e MDP, compósitos<br />
de madeira (espécie de estruturas para a construção<br />
civil utilizando como base a madeira<br />
tratada misturada com outros componentes),<br />
indústrias diversas de móveis e até produtos<br />
químicos fabricados através das resinas.<br />
Na área da agricultura primária, acontece<br />
a mesma coisa. Aos poucos, estamos buscando<br />
agregar valor aos grãos, ao leite, à carne,<br />
às frutas. E com isso geramos mais empregos<br />
– e de alta especialização e qualidade. O que<br />
não dizer então em outros segmentos como<br />
nos serviços de saúde (aos poucos estamos nos<br />
transformando num grande centro de várias<br />
especialidades), no desenvolvimento de empresas<br />
de software, no setor metalomecânico, de<br />
bebidas, na “indústria” do turismo e do lazer,<br />
e por aí afora.<br />
Iniciativas como o Midilages, um Micro<br />
Distrito de Base Tecnológica – incubadora de<br />
empresas de tecnologia – vêm demonstrando<br />
que esse é o caminho. Assim como o Órion<br />
Parque, em fase final de implantação, que abrigará<br />
dezenas de empresas do ramo da tecnologia<br />
e da biotecnologia. “Felizmente, hoje, temos<br />
centenas de doutores e pesquisadores em<br />
Lages e na Serra Catarinense. Precisamos aliar<br />
esse conhecimento com o espírito empreendedor<br />
de nosso povo para criar novos produtos<br />
e serviços e gerar maior riqueza e dinheiro”,<br />
dizia certa vez, com muita propriedade, Dr. Roberto<br />
Amaral, presidente do Órion Parque e do<br />
CIASC. Amaral, aliás, escreveu há alguns anos o<br />
livro “Sociedade do Conhecimento”. E abordava<br />
estas e outras questões e o papel da tecnologia<br />
no desenvolvimento local e regional.<br />
O desafio está colocado. Precisamos evoluir<br />
cada vez mais de uma mera sociedade da produção<br />
para uma sociedade do conhecimento.<br />
0607<br />
revista visão mai. 15
ENTREVISTA<br />
0809<br />
revista visão mai. 15<br />
LORENO SIEGA<br />
GUGU GARCIA<br />
ENSINANDO<br />
E APRENDENDO<br />
NA ESCOLA DA VIDA<br />
O ato de lecionar está incutido em sua personalidade. A<br />
eloquência e a extroversão conquistadas com a atividade de<br />
professor e palestrante foram nascer mais tarde. Conheça a<br />
história do professor Érico Paes de Campos, que encontrou<br />
na arte de ensinar uma forma de autorrealização e também de<br />
superar suas adversidades.<br />
Érico<br />
se diz um homem feliz<br />
e realizado profissionalmente.<br />
“Adoro ser chamado de professor<br />
por meus alunos. Li, estudei e me preparei<br />
muitos anos para isso. Avalio que<br />
o papel de um mestre na educação é insubstituível.<br />
Para obter o conteúdo e as<br />
informações, a tecnologia hoje em dia<br />
pode te ajudar. Mas quem vai te moldar<br />
o caráter? Quem vai te transformar numa<br />
pessoa melhor, mais honesta e íntegra?<br />
Só a educação, que você recebe em casa<br />
e na escola”, argumentou.<br />
Por ser uma criança e jovem apontado<br />
pelos outros com uma orientação<br />
afetiva diferente dos demais, Érico sofreu<br />
e sentiu muito na própria pele, quando<br />
estudante do Ensino Fundamental e Médio,<br />
as consequências do que se chama<br />
hoje de bullying. Hoje completamente<br />
recuperado daqueles traumas – e totalmente<br />
posicionado em sua condição e<br />
escolha – Érico virou uma autoridade conhecida<br />
e respeitada no assunto no âmbito<br />
local, regional e até estadual.<br />
Por isso mesmo, depois de palestrar<br />
em praticamente todas as escolas de Lages<br />
sobre os perigos e como evitar o<br />
bullying no âmbito escolar, ele está frequentemente<br />
viajando para outras cidades<br />
e regiões para proferir palestras sobre<br />
o tema. Neste ano, ele ingressou no Mestrado<br />
em Educação da Uniplac. E também<br />
trocou a rede municipal de ensino pela<br />
rede pública estadual. “Sou muito curioso<br />
e proativo. E movido a desafios”, reitera.<br />
Érico, você atuava em outro setor profissional.<br />
E de repente virou professor.<br />
Como isso aconteceu?<br />
No ano de 1988, então com 17 anos,<br />
eu saí de Lages e fui morar em Balneário<br />
Camboriú para fazer faculdade de<br />
Turismo e Hotelaria. Frequentei até<br />
o 6º semestre, mas não me formei. O<br />
mundo daquela cidade, seus encantos<br />
e coloridos, acabou me desviando do<br />
caminho. No entanto, trabalhei por<br />
lá em hotéis durante pelo menos 10<br />
anos. É um trabalho onde aprendi<br />
muito. Ganhei jogo de cintura, aprendi<br />
a lidar com a adversidade humana, a<br />
resolver problemas dos mais diversos e<br />
a enfrentar desafios. Depois disso acabei<br />
tendo uma oportunidade para retornar<br />
a Lages, mas ainda trabalhando no setor<br />
de hotelaria, desta vez no Hotel Lages.<br />
Se você gostava muito de trabalhar em<br />
hotéis e já estava em Lages, por que<br />
deixou essa atividade?<br />
Certo dia chamaram todos os colaboradores<br />
do Hotel Lages e informaram que<br />
seria fechada uma parceria com a Rede<br />
Bristol de Hotéis. Quando soube, fiquei<br />
empolgado e já sonhava estar trabalhando<br />
em Portugal, na Espanha ou<br />
em qualquer outro país da Europa num<br />
desses hotéis da rede. Mas no final da<br />
reunião nos informaram que infelizmente,<br />
11 pessoas da equipe não seriam<br />
aproveitadas. E que um deles seria eu. A<br />
empolgação deu lugar à frustração em<br />
poucos minutos. Tempos depois, uma<br />
família amiga me convidou para ajudar<br />
a organizar uma Colônia de Férias para<br />
o pessoal do SAMT (Sociedade de Apoio<br />
ao Menor Trabalhador). Essa Colônia de<br />
Férias era o pontapé inicial em Lages do<br />
Programa de Erradicação do Trabalho Infantil<br />
(PETI). Isso em 1999. E nessa época<br />
tínhamos em Lages 351 crianças e jovens<br />
(de 7 a 17 anos), que simplesmente<br />
ganhavam a vida trabalhando no antigo<br />
lixão da cidade. Eles não tinham qualquer<br />
proteção para trabalhar num local<br />
daqueles, a maioria não estudava e nem<br />
tinha perspectivas de sair daquela situação<br />
de miserabilidade. Sensibilizei-me e<br />
entrei de cara naquele mundo.<br />
Você saiu do hotel e foi fazer um trabalho<br />
social? Já tinha experiência no<br />
setor? Conhecia bem sobre a pobreza<br />
de Lages?<br />
Não. Eu na verdade era até então um<br />
grande ignorante social. Sabia muito<br />
pouco da situação de miserabilidade em<br />
que vivia muita gente. Levei um grande<br />
choque. Aquilo me impactou muito.<br />
Imagina, sair de um trabalho em hotéis<br />
onde só vão as pessoas que têm dinheiro<br />
e ir trabalhar com crianças desassistidas<br />
e carentes em todos os sentidos. No começo<br />
fiquei com medo. Mas ao mesmo<br />
tempo cheio de vontade e de amor por<br />
aquele trabalho. Eu logo fui inserido<br />
como professor daquele programa para<br />
trabalhar com um grupo de 140 crianças<br />
no CAIC do bairro Guarujá. Aí nasceu o<br />
professor Érico. Quando eu vi que o que<br />
eu dizia e fazia ajudava aquelas pessoas,<br />
nasceu em mim uma vontade muito<br />
grande de merecer, de fato, ser chamado<br />
professor. Então ingressei no curso de<br />
História, na Facvest, e me graduei historiador<br />
no ano de 2007.<br />
O que te atraiu tanto no curso de<br />
História?
0809<br />
revista visão<br />
mai. 15<br />
Eu queria oferecer a eles<br />
talvez aquilo que me<br />
faltou na vida enquanto<br />
aluno e estudante:<br />
carinho, atenção, respeito,<br />
afeto. Quando aluno, eu<br />
sofri muito do que hoje<br />
chamam modernamente<br />
de bullying.<br />
Érico Paes de Campos<br />
Professor, palestrante e historiador<br />
Érico, 44 anos, é lageano<br />
e graduado em História.<br />
Atualmente, está cursando<br />
Mestrado em Educação<br />
(Uniplac), dá aulas na rede pública<br />
estadual e no SESI Lages (Educação<br />
de Jovens e Adultos), além<br />
de proferir inúmeras palestras.
10 11<br />
revista visão mai. 15<br />
Acho que foi um presente que a vida me<br />
deu. Eu não nasci professor. Mas tive a<br />
experiência e me encontrei quando tive a<br />
oportunidade. E quando isso aconteceu,<br />
fui me preparar e estudar com afinco para<br />
ser um bom professor. Ninguém nasce<br />
professor, assim como ninguém nasce<br />
médico ou jornalista. As pessoas estudam<br />
e se preparam muito para se tornar aquilo<br />
que querem. Comigo, inclusive, quando eu<br />
estava em contato com aqueles jovens, eu<br />
me lembrava de quando também fui aluno.<br />
Eu queria oferecer a eles talvez aquilo<br />
que me faltou na vida enquanto aluno e<br />
estudante: carinho, atenção, respeito, afeto.<br />
Quando aluno, eu sofri muito do que hoje<br />
chamam modernamente de bullying, um<br />
tipo de violência que deixa muitas marcas<br />
na personalidade.<br />
Em função do que você sofria de<br />
bullying?<br />
Caçoavam e riam de mim desde pequeno<br />
talvez por ser uma criança e jovem apontado<br />
pelos outros com uma orientação afetiva<br />
diferente dos demais. Na época eu nem<br />
tinha ideia de quem eu era sexualmente<br />
falando ou do que seria quando fosse<br />
adulto. Mas os colegas caçoavam muito do<br />
meu jeito de falar, de me comportar... Riam<br />
e faziam piadas... Isso me fez muito mal,<br />
principalmente para minha autoestima. Eu<br />
me achava feio, incapaz, não gostava de<br />
mim mesmo. Quem hoje me conhece e me<br />
vê bem encontrado como professor, comunicativo<br />
e firme naquilo que acredita e faz,<br />
nem imagina que até os meus 18 anos eu<br />
me via e me sentia como a pessoa mais feia<br />
e sem graça do planeta. Isso tudo era fruto<br />
do bullying que eu sofria diariamente. Isso<br />
faz muito mal às pessoas. E me deixou<br />
marcas, que felizmente superei.<br />
Por isso você se aprofundou profissionalmente<br />
e como professor neste tema,<br />
o bullying escolar?<br />
Com certeza. No meu trabalho como professor<br />
eu sempre gostei de lidar com questões<br />
relacionadas à afetividade, saber quem<br />
é você, saber quem é sua família, como você<br />
se vê no grupo e como percebe que o<br />
grupo te vê, a autoestima, etc. Foi quando<br />
descobri que a Uniplac estava oferecendo<br />
um curso de extensão de como enfrentar<br />
o bullying na escola. Estudei e li muito a<br />
respeito, me aprofundei. Lembro ainda da<br />
frase de abertura daquele curso, do Jean<br />
Paul Sartre, que dizia: “Não importa o que<br />
fizeram de mim. O que importa é o que eu<br />
faço com aquilo que fizeram de mim”.<br />
O curso não serviu para você superar<br />
os próprios traumas?<br />
Sim. No começo, admito, o curso sobre<br />
bullying foi para conhecer melhor e apagar<br />
alguns fantasmas do meu próprio passado,<br />
coisas negativas que eu tinha vivido<br />
na escola. E depois também porque eu<br />
queria trabalhar nas escolas sobre aquele<br />
tema. De fato, a partir daquela extensão<br />
acabei dando palestras e falando sobre o<br />
assunto em todas as escolas da rede municipal<br />
de Lages. E me tornei, digamos assim,<br />
uma referência no assunto.<br />
A homossexualidade continua sendo o<br />
grande motivo das pessoas praticarem<br />
bullying?<br />
Não só isso. Tem o gordinho, o baixinho, o<br />
sujo, o desajeitado, o negrinho, o malvestido.<br />
Tudo o que for diferente é motivo para<br />
piadas e gozação dos colegas, infelizmente.<br />
Isso mexe muito com a autoestima das<br />
crianças e com sua percepção de mundo.<br />
Aqui em Lages, inclusive, no âmbito das<br />
escolas, há um outro tipo de bullying: o<br />
bairro em que eu vivo. As pessoas são classificadas<br />
e rotuladas a partir do bairro onde<br />
moram. Dentro de um mesmo bairro, inclusive,<br />
há diferenças. Eu trabalhei numa escola<br />
do bairro Santa Helena. Lá tinha o beco,<br />
a taipa e a lomba, três lugares diferentes<br />
dentro do mesmo bairro que são motivos<br />
para bullying. Quem mora no beco quer<br />
matar quem é da taipa. E vice-versa. Se<br />
você mora num bairro onde vivem pessoas<br />
mais humildes, é motivo suficiente para que<br />
sofra de bullying, infelizmente.<br />
Que tipo de consequências podem resultar<br />
para quem sofreu de bullying?<br />
Há pessoas que não ultrapassam a barreira<br />
da sua autoestima. Ou seja, se sentem incapazes,<br />
impotentes, ficam tímidos e imaturos<br />
para o resto da vida e não superam esse<br />
trauma. Certo dia, fazendo uma palestra<br />
sobre o tema, uma aluna se levantou e me<br />
disse: “Professor Érico, não aguento mais<br />
ser chamada todo dia de cabelo de Assolan”.<br />
No mesmo ato, uma professora negra,<br />
com mais de 40 anos, levantou a mão e<br />
disse o seguinte: “Eu chorei ouvindo isso.<br />
Na minha época, na escola que eu estudava,<br />
eu era chamada de cabelo de Bombril.<br />
E até hoje, mesmo que bata o carteiro na<br />
porta da minha casa, eu não saio para fora<br />
se eu não amarrar o meu cabelo”. Ou seja,<br />
isso deixa marcas muito negativas e profundas<br />
na personalidade das pessoas.<br />
Em que momento você superou esse<br />
bullying?<br />
Acredito que foi quando eu tive a força e a<br />
coragem de sair de casa e de Lages, ir para<br />
Balneário Camboriú, uma cidade que considero<br />
bastante liberal e tolerante com essas<br />
questões. E depois o trabalho na hotelaria.<br />
Lá as pessoas, os clientes e meus superiores,<br />
não davam a mínima para minha vida<br />
pessoal, o jeito que eu falava ou me expressava.<br />
Lá eles viam e elogiavam o Érico pelo<br />
lado profissional, era isso que importava,<br />
se eu os atendia bem, se resolvia seus problemas,<br />
se era eficiente, criativo, atencioso.<br />
Comecei a ver que meus medos não eram<br />
nada perto do que eu era e sou capaz. Assim<br />
fui me superando. E deixando de lado<br />
os rótulos que me davam ou me dão. Hoje<br />
sou uma pessoa muito bem resolvida: um<br />
apaixonado por seres humanos, sejam eles<br />
homens, mulheres, crianças, negros, brancos,<br />
pobres ou ricos. Procuro ver em todos<br />
as suas qualidades e valores.<br />
O que fazer com um aluno que esteja<br />
praticando bullying com um colega?<br />
Que atitudes tomar?<br />
Numa definição simples e curta, bullying<br />
é tudo o que é repetitivo (uma, duas, três<br />
ou dezenas de vezes), intencional (a pessoa<br />
que faz tem consciência que está buscando<br />
diminuir o outro) e negativo. Para coibir e<br />
lidar com o bullying, hoje existem diversos<br />
mecanismos, inclusive legais. As escolas não<br />
podem e não devem deixar que isso aconteça.<br />
E devem trabalhar com os alunos o<br />
tema.<br />
E quando você nota alguma atitude<br />
que denota bullying no âmbito da escola,<br />
o que faz?<br />
Paro a aula imediatamente. E chamo as<br />
partes para conversar. Tem vezes que faço<br />
isso inclusive na frente de toda turma.<br />
Um belo dia, enquanto escrevia no quadro,<br />
notei que alguns alunos comentavam pejorativamente<br />
sobre o ator que fez o papel<br />
de Harry Potter, dizendo que o menino era<br />
gay. Virei-me e sugeri expor a questão para<br />
toda a sala de aula. Aí fiz várias perguntas<br />
para eles: se o fato do menino ser ou não<br />
gay atrapalhava sua performance enquan-
to ator e profissional. Se ele deixaria de ser<br />
um ótimo ator pelo fato de ser ou não gay.<br />
Perguntei também para a turma: “Quando<br />
vocês vão lá na esquina comprar um pão<br />
na padaria, digamos que sejam atendidos<br />
por um gay. Os pães que vocês compraram<br />
Bulllying é tudo o que é repetitivo<br />
(uma, duas, três ou dezenas de<br />
vezes), intencional (a pessoa que faz<br />
tem consciência que está buscando<br />
diminuir o outro) e negativo.<br />
serão menos ou mais bons? E se alguém<br />
da família de vocês sofrer um acidente e<br />
precisar urgente de sangue. Vocês sabem<br />
de quem foi coletado aquele sangue? Digamos<br />
que foi um gay que doou... O que<br />
vocês fariam? Desta forma, se enfrenta o<br />
problema de frente. E se ensina a turma a<br />
ter tolerância e a conviver com o diferente.<br />
Nos seus temas de estudo, como faz<br />
para se aprofundar?<br />
Sou um aficionado em pesquisar e ler sobre<br />
aquilo que me interessa e que trabalho. Tenho<br />
em casa um conjunto de mais de 500<br />
livros próprios, dos mais diferentes autores,<br />
sobre História, Filosofia, Pedagogia, Direito...<br />
Pesquiso muito também na internet.<br />
Gosto de comparar autores sobre um mesmo<br />
tema. Agora, que estou no Mestrado<br />
em Educação, então, vou ler muito mais.<br />
Importante: ler para mim é um prazer, não<br />
um sufoco ou obrigação. Adoro fazer isso.<br />
Não me causa cansaço ou irritação.<br />
Além de professor, você é palestrante<br />
profissional há alguns anos, com muito<br />
sucesso. Há pessoas que dizem ser você o<br />
melhor palestrante de Lages na atualidade.<br />
Que temas trabalha nessas palestras?<br />
A partir de 2009 comecei a ministrar palestras<br />
nas várias escolas de Lages trabalhando<br />
os chamados temas transversais, no qual<br />
entra o bullying e vários outros assuntos. E<br />
o pessoal gostava e elogiava muito. E volta<br />
e meia me pediam para ir palestrar em<br />
escolas e também para outros professores.<br />
Adoro dar palestras, me sinto bem. Já fiz<br />
palestras para grandes públicos em Congressos<br />
de Educação em cidades como Rio<br />
do Sul, Itajaí, Florianópolis, Passos Maia,<br />
entre outras. Já fiz palestras menores também<br />
para seguimentos empresariais sobre<br />
motivação, autoestima e temas congêneres,<br />
inclusive aqui para o pessoal da <strong>Revista</strong> <strong>Visão</strong>.<br />
Enfim, é mais um campo que se abre e<br />
que gosto muito de atuar.<br />
Você fala muito em amor e afeto. Tem<br />
algum amor específico hoje em tua vida?<br />
(Risos)... Estou solteiro... Eu costumo dizer<br />
que tenho muitos amores na minha vida:<br />
meus alunos, meus colegas professores,<br />
meus pais e familiares, as pessoas que me<br />
relaciono no dia a dia. E até aqueles que<br />
me desafiam. É muito fácil amar aqueles<br />
que pensam como você e que te aceitam<br />
do teu jeito. O desafio é conseguir amar<br />
aqueles que são diferentes. Se você conseguir<br />
fazer isso, aprender a conviver e a se<br />
relacionar com o diferente, acredite, estará<br />
no caminho certo.<br />
O que tira o professor Érico hoje do<br />
sério?<br />
Várias coisas. Fico grilado com as injustiças<br />
(de todo gênero). Fico indignado com pessoas<br />
que dão opinião sem ter conhecimento<br />
suficiente sobre o assunto. Irrito-me com<br />
a corrupção, que não atinge apenas a classe<br />
política mas está generalizada. Decepciono-me<br />
com a hipocrisia. Por exemplo:<br />
aqueles que criticam e saem em passeata<br />
contra a corrupção mas furam fila de espera,<br />
não param o carro na faixa de pedestres,<br />
furam o sinal vermelho. Então, quem é<br />
mais corrupto? Estava certo dia na praça de<br />
alimentação do Serra Shopping, no centro<br />
de Lages, quando de repente surgiram duas<br />
crianças muito pobres que sentaram em<br />
uma mesa em frente e estavam comendo<br />
um salgadinho. De repente veio alguém da<br />
segurança e falou no ouvido dessas crianças.<br />
Senti que essas crianças tinham perdido<br />
a alegria e a descontração e pararam<br />
de comer o salgadinho. Fui lá perguntar ao<br />
segurança o que tinha dito a eles. Ele me<br />
respondeu que havia falado que para estarem<br />
sentados naquela mesa eles precisariam<br />
consumir coisas do shopping. E que poderiam<br />
estar incomodando as pessoas. Não<br />
aguentei aquela humilhação. Levantei, bati<br />
palmas para o rapaz e gritei bem forte. “Essas<br />
duas crianças aqui estão incomodando<br />
alguém?”. Repeti de novo a frase bem alto,<br />
para todos ouvirem. Ninguém se manifestou.<br />
Acho que esse segurança nunca passou<br />
tanta vergonha em sua vida.<br />
Como fazer para superar essas questões<br />
da corrupção, por exemplo? A violência<br />
nas escolas? E a violência contra<br />
a mulher?<br />
Tudo, mas tudo mesmo, passa pela educação.<br />
E educação se aprende em casa. Mas<br />
também e principalmente, nas escolas. Nós<br />
professores somos sim responsáveis pela<br />
educação no mais amplo sentido. O conteúdo<br />
técnico, o conhecimento, se o aluno<br />
não aprender na escola pode pesquisar na<br />
internet que o terá no Google muito facilmente.<br />
Mas o caráter, a honestidade, a decência,<br />
isso não se aprende sozinho. É preciso<br />
alguém para ensinar, orientar, reforçar,<br />
corrigir, impor limites. E quem faz isso é a<br />
família e o professor.<br />
10 11<br />
revista visão<br />
mai. 15
Unconference – ACIL<br />
Feira de Gado Geral<br />
Urubici<br />
07/05<br />
12 13<br />
revista visão<br />
mai. 15<br />
Divulgue você também seus eventos! Mande sua sugestão para:<br />
contato@revistavisao.com.br<br />
Sua programação para os eventos<br />
locais e regionais começa por aqui<br />
7ª Exposição Morfológica e<br />
8º Leilão Crioulo da Serra<br />
Lages<br />
Show banda Over &<br />
Nova DC – Teatro do Sesc<br />
Lages<br />
Lages<br />
14 a 17/05<br />
15/05<br />
27ª Festa Nacional do Pinhão<br />
Parque do Conta Dinheiro<br />
29/05 a 07/06<br />
Lages<br />
Lages<br />
Lages<br />
Cine Marrocos<br />
Pré-estreia do filme “Da<br />
Serra ao Seridó”<br />
09/05<br />
II Desafio Semasa<br />
Carahá<br />
26º Aniversário<br />
de Urupema<br />
Urupema<br />
16/05<br />
Food Truck Festival<br />
Centro Serra<br />
Lages<br />
09/05<br />
31/05<br />
Moha Festival - Lages - 06/06<br />
Desafrio Urubici - Urubici - 27/06<br />
Baile de São João Clube 3 de <strong>Maio</strong> - Urupema - 27/06<br />
09 e 10/05<br />
01<br />
02<br />
03<br />
04<br />
05<br />
06<br />
07<br />
08<br />
09<br />
10<br />
11<br />
12<br />
13<br />
14<br />
15<br />
16<br />
17<br />
18<br />
19<br />
20<br />
21<br />
22<br />
23<br />
24<br />
25<br />
26<br />
27<br />
28<br />
29<br />
30<br />
31<br />
S. 01<br />
S. 02<br />
S. 03<br />
S. 04<br />
S. 05<br />
M A I O JUNHO
Fábio André Posselt Scorsatto<br />
Na tela “Anoitecer no Vilarejo”, o artista Fábio André Posselt Scorsatto usou a técnica<br />
mista em NAIF. Ela é desenvolvida com materiais diversos como rolhas, palitos de<br />
churrasco, casca de arroz, cola colorida, tintas, palito de fósforo. O quadro lembra o<br />
Pelourinho em Salvador e tiveram pessoas que falaram que ele lembra algumas cidades<br />
indianas. Segundo André, a inspiração para a obra surgiu através de um sonho.<br />
“Anoitecer no Vilarejo”<br />
OLHAR CULTURAL<br />
12 13<br />
revista visão mai. 15<br />
foto | Gugu Garcia<br />
Veja esta obra completa e outras obras do artista<br />
www.revistavisao.com.br
REPORTAGEM revista visão mai. 15<br />
14 15<br />
LIANA FERNANDES<br />
Para encontrar um bom<br />
emprego, com melhores<br />
salários e vantagens é<br />
preciso mais do que o Ensino<br />
Médio. Lages oferece uma<br />
série de cursos, em suas<br />
diversas instituições de<br />
ensino superior, formando<br />
anualmente uma grande<br />
quantidade de profissionais.<br />
Como está o mercado<br />
de trabalho para esses<br />
acadêmicos?<br />
OS DESAFIOS<br />
DO MERCADO DE<br />
TRABALHO APÓS<br />
A GRADUAÇÃO<br />
Há alguns<br />
anos, os egressos<br />
enfrentavam<br />
dificuldades em se colocar no mercado<br />
de trabalho, em suas áreas de atuação. Atualmente,<br />
esse quadro mudou consideravelmente<br />
em alguns setores. Com o desenvolvimento<br />
da cidade e o crescimento de empresas,<br />
áreas como Tecnologia da Informação, por<br />
exemplo, tiveram um vertiginoso aumento de<br />
contratações. Por consequência, as empresas<br />
necessitaram ter profissionais de outras áreas,<br />
absorvendo também Administradores de Empresas,<br />
Contadores, Gestores de Pessoas, Professores,<br />
só para citar alguns. Mas e quanto<br />
às áreas de conhecimento que não são tão<br />
requisitadas? Será que o mercado local está<br />
preparado para absorver toda essa demanda<br />
de egressos?<br />
Buscando novos<br />
horizontes<br />
A lageana Marilia de Sá Arruda Michelon,<br />
que há 10 anos cursou Ciências da Computação<br />
na então Facvest (hoje Unifacvest)<br />
teve que se mudar para Curitiba a fim de<br />
conseguir uma colocação na área em que se<br />
formou. Durante a graduação<br />
ela não encontrou<br />
nenhum emprefoto<br />
| ©William Burlingham
Os cursos que<br />
mais formam<br />
em faculdades<br />
presenciais<br />
na cidade de<br />
Lages*<br />
190<br />
160<br />
180<br />
80<br />
100<br />
80<br />
80<br />
80<br />
60<br />
80<br />
*Números baseados<br />
nas vagas oferecidas<br />
por semestre e<br />
anualmente das<br />
faculdades Uniplac,<br />
Unifacvest e CAV.<br />
Uniplac<br />
Unifacvest<br />
Direito<br />
Uniplac<br />
Unifacvest<br />
Pedagogia<br />
Uniplac<br />
Unifacvest<br />
Administração<br />
Uniplac<br />
Unifacvest<br />
C. Contábeis<br />
CAV<br />
Unifacvest<br />
Veterinária<br />
foto | Divulgação<br />
go ou estágio no ramo. “Nunca trabalhei<br />
na minha área em Lages. Atuei como digitadora<br />
e secretária. Precisava trabalhar<br />
durante o dia para pagar a faculdade e<br />
estudava à noite”, explica. Após concluir<br />
a graduação, ainda sem trabalhar na<br />
área, Marilia buscou colocação em Curitiba.<br />
“A empresa oferecia treinamento<br />
por três meses, com uma pequena ajuda<br />
de custo. Somente os melhores da turma<br />
seriam chamados como estagiários.<br />
Consegui a vaga de estágio e seis meses<br />
depois fui contratada”, conta.<br />
Depois de dois anos e meio em Curitiba,<br />
ela foi contratada por uma empresa<br />
multinacional e teve a oportunidade de<br />
viajar para a Índia, onde permaneceu por<br />
dois meses, participando de um treinamento<br />
presencial.<br />
Hoje, aos 30 anos e atuando como<br />
Analista de Sistemas Sênior, Marilia<br />
se mostra otimista quanto à oferta e a<br />
qualidade das graduações em Lages, mas<br />
pondera quanto à colocação profissional<br />
dos recém-formados: “A quantidade de<br />
cursos superiores em Lages aumentou<br />
bastante e a qualidade do ensino não<br />
Marilia de Sá Arruda Michelon<br />
perde em nada para os grandes centros.<br />
Sempre acreditei que quem faz a faculdade<br />
é o aluno. Entretanto, possivelmente<br />
o mercado de trabalho lageano ainda<br />
não terá condições de empregar todos os<br />
egressos”, enfatiza. Marilia não descarta<br />
a possibilidade de voltar a morar em<br />
Lages. “Minha família está toda aqui. Se<br />
tivesse uma boa oportunidade de emprego,<br />
sem dúvida, voltaria”, revela.<br />
Da Publicidade<br />
para as vendas<br />
Thiago Córdova, 28 anos, formou-se em<br />
2008 em Publicidade e Propaganda pela<br />
Facvest. Durante o curso, Thiago já atuava<br />
profissionalmente em sua área. “Estagiei<br />
por 12 meses na agência de publicidade<br />
da faculdade”, conta.<br />
Logo após concluir a graduação,<br />
Thiago conseguiu se colocar profissionalmente,<br />
como arte-finalista em uma<br />
gráfica. Entre 2010 e 2013, atuando<br />
como Diretor de Arte passou por duas<br />
agências da cidade. No início de 2013,<br />
Thiago passou a fazer parte do quadro<br />
de colaboradores da <strong>Revista</strong> <strong>Visão</strong>, também<br />
como Diretor de Arte.<br />
Em 2014, Thiago se deparou com<br />
uma oportunidade na Sanjo (cooperativa<br />
de frutas), em São Joaquim, e decidiu<br />
encarar o desafio. Ele descreve os vários<br />
motivos que o levaram a buscar novos<br />
horizontes para a carreira, fora da cidade:<br />
“O principal motivo foi o salário, mas<br />
contou muito a possibilidade de crescimento<br />
profissional. Esses dois ingredientes<br />
fizeram com que eu topasse o desafio<br />
de trabalhar em uma área diferente das<br />
que já havia atuado anteriormente”, explica.<br />
Thiago continua morando em São<br />
Joaquim e atua como Coordenador de<br />
Vendas na Região Serrana da Sanjo. Ele<br />
afirma que pretende se especializar ainda<br />
mais nessa área. “Pretendo em breve<br />
dar continuidade ao MBA que iniciei em<br />
2014 e que por conflitos de agenda com<br />
o trabalho tive de trancar”, conta.<br />
Thiago elogia a qualidade do ensino<br />
superior em Lages. As ressalvas são relativas<br />
às oportunidades de trabalho para os<br />
egressos: “Lages tem ótimas opções de<br />
graduação e de especializações. Quanto<br />
à carreira, na minha área de atuação,<br />
comunicação social, vejo que a cidade já<br />
evoluiu muito desde<br />
2004, período<br />
em que acompanho<br />
o mercado. Porém,<br />
ainda está muito<br />
aquém de grandes<br />
centros, e até mesmo<br />
de cidades com<br />
porte semelhante,<br />
como Chapecó, por<br />
exemplo, que tem<br />
algumas das maiores<br />
agências de comunicação<br />
do Estado”,<br />
enfatiza.<br />
Thiago Córdova<br />
Realizado com o trabalho e a possibilidade<br />
de crescimento no atual emprego,<br />
Thiago não tem planos de voltar<br />
a morar em Lages no momento. “Para<br />
voltar a Lages, seria necessário que houvesse<br />
uma oportunidade tão desafiadora<br />
quanto a que levou à minha mudança”,<br />
conclui.<br />
foto | Israel Oselame<br />
14 15<br />
revista visão mai. 15
Total geral de<br />
formandos em<br />
Lages no período<br />
de 2010 a 2014<br />
895<br />
872<br />
822<br />
686<br />
841<br />
716<br />
776<br />
737<br />
Presenciais - Uniplac<br />
e CAV*<br />
564<br />
564<br />
EAD - Unicesumar,<br />
UNC e Uniasselvi<br />
*Esse levantamento não<br />
inclui os egressos da Unifacvest,<br />
que não forneceu<br />
os números solicitados para<br />
esse infográfico<br />
2010<br />
2011<br />
2012<br />
2013<br />
2014<br />
16 17<br />
revista visão mai. 15<br />
Buscando colocação na área<br />
Cristiano Vicent de Sá, 36 anos, cursou<br />
Administração de Empresas na Uniplac,<br />
formando-se em 2001. E, alguns anos<br />
depois, em 2004, cursou Publicidade e<br />
Propaganda, na Facvest. Durante a última<br />
graduação, ele recebeu alguns convites<br />
de estágio e chegou a trabalhar na área.<br />
Mas sempre de forma indireta. “As atividades<br />
de comunicação e mercadologia<br />
ficavam em segundo plano. E com pouca<br />
valorização, tanto no reconhecimento<br />
profissional, como financeiro”, diz.<br />
Vislumbrando exercer atividades ligadas<br />
à sua área, Cristiano resolveu participar<br />
das fundações da “Minha Empresa Junior”,<br />
uma agência Junior de consultoria<br />
empresarial, onde foi Diretor de Comunicação/Marketing<br />
durante dois anos e Presidente<br />
durante um ano; e<br />
da Agência Experimental<br />
de Comunicação A6.<br />
foto | Divulgação<br />
Atualmente, Cristiano<br />
trabalha como Consultor<br />
de Vendas, em uma<br />
empresa franqueada da<br />
operadora Oi, em Lages.<br />
“Optei por não trabalhar<br />
diretamente em minha<br />
área de formação por<br />
Cristiano Vicent de Sá<br />
questão de sobrevivência,<br />
pois o mercado de trabalho é limitado,<br />
não compreende a real função dos publicitários<br />
e não os valoriza como deveria.<br />
Apesar disso, me sinto realizado, porque<br />
sempre tive muito senso de empreendedorismo”,<br />
salienta.<br />
Ao comentar sobre o ensino superior<br />
em Lages e as possibilidades de emprego,<br />
Cristiano lamenta que a cidade não<br />
tenha condições de empregar ou valorizar<br />
adequadamente boa parte dos egressos.<br />
“Lages é por um lado um polo educacional,<br />
com várias opções de cursos,<br />
tanto superiores quanto técnicos. Em<br />
contrapartida, com quase nenhuma oferta<br />
de trabalho em relação a alguns dos<br />
cursos fornecidos por nossas instituições<br />
de ensino”, conclui.<br />
Reconhecimento<br />
profissional fora sua área<br />
Alice Borges Buffon Costa, 30 anos, graduada<br />
em Ciência da Computação em<br />
2007, pela Facvest, optou pelo curso por<br />
ser um segmento com grande potencial<br />
de crescimento e por acreditar que encontraria<br />
em Lages boas oportunidades<br />
de trabalho. Durante a graduação, ela<br />
nunca atuou em sua área de formação,<br />
trabalhava como digitadora em uma<br />
escola particular. “Tentei estágio em algumas<br />
empresas de Lages, sem êxito. As<br />
empresas selecionavam apenas os candidatos<br />
com experiência. Mas como ser experiente<br />
sem oportunidade?”, questiona.<br />
Diante dessa realidade, Alice resolveu<br />
ampliar suas possibilidades profissionais<br />
e, durante a graduação, estudava para<br />
prestar concurso público para uma instituição<br />
financeira.<br />
Logo após concluir a graduação, Alice<br />
buscou oportunidades profissionais em uma<br />
empresa de desenvolvimento de softwares,<br />
em Porto Alegre. Depois de alguns testes,<br />
foi aprovada. No entanto, optou por não<br />
aceitar a proposta de contratação, devido ao<br />
alto custo de vida na capital gaúcha.<br />
Voltando a Lages,<br />
algum tempo depois,<br />
Alice foi convidada a<br />
dar aulas de informática<br />
para crianças e também<br />
cursos aos professores<br />
do colégio. Após um<br />
ano e meio no novo<br />
emprego e ainda sem<br />
nenhuma possibilidade<br />
de trabalhar na área em Alice Borges Buffon Costa<br />
que se graduou, Alice<br />
foi chamada para atuar numa instituição<br />
financeira do bairro Coral para a<br />
qual havia prestado concurso e onde<br />
trabalha desde então, há seis anos.<br />
Nesse tempo, Alice já atuou em três<br />
agências em Lages, foi promovida duas<br />
vezes e faz planos para uma especialização.<br />
“Adoro o que faço e me dedico muito,<br />
pois existem oportunidades de ascensão.<br />
Temos ferramentas de treinamento<br />
via internet, presencial, incentivo à graduação,<br />
pós-graduação, línguas, entre<br />
outros. Os desafios são cada vez maiores.<br />
É isso que torna essa carreira interessante<br />
e motivadora. Por isso, pretendo este ano<br />
iniciar uma pós-graduação em Gestão<br />
Empresarial”, salienta.<br />
Para Alice, o mercado de trabalho,<br />
em alguns casos, não acompanhou a<br />
evolução do ensino superior na cidade.<br />
“Hoje temos em Lages muitas opções de<br />
cursos. O aluno não precisa sair da cidade<br />
para buscar conhecimento na graduação<br />
e, conforme a área, consegue encontrar<br />
oportunidade aqui mesmo, porém a<br />
remuneração em alguns casos ainda é<br />
inferior à oferecida nos grandes centros,<br />
tornando o mercado de trabalho pouco<br />
atrativo”, comenta.<br />
foto | Divulgação
foto | Shutterstock<br />
Melhores salários ou<br />
ganho de experiência?<br />
Mariele França Machado tem<br />
21 anos e faz Ciências Contábeis<br />
na Unifacvest. A escolha<br />
do curso veio da aptidão em<br />
matemática. “Sempre gostei<br />
de lidar com números, mas<br />
não tinha planos de lecionar.<br />
Então busquei outras opções<br />
na área de exatas. Encontrei<br />
Ciências Contábeis, cujo mercado<br />
está sempre precisando de profissionais<br />
e acabei me identificando. Hoje<br />
não troco de jeito nenhum”, afirma.<br />
Ela trabalha na área desde o início<br />
do curso, em um escritório de contabilidade<br />
local e tem planos de seguir carreira.<br />
“Ter oportunidade de unir o trabalho<br />
com o que é visto em sala de aula ajuda<br />
a entender tudo o que é aprendido e<br />
possibilita desempenhar melhor o trabalho.<br />
Gosto muito do que tenho aprendido<br />
e aplicado na prática. Pretendo me<br />
especializar em auditoria fiscal”, conta.<br />
Mariele acredita que as instituições<br />
de ensino superior em Lages deixam a<br />
desejar em alguns aspectos, no que tange<br />
às aulas práticas, que proporcionam<br />
experiência voltada ao mercado de trabalho.<br />
“Há pouca prática em laboratórios,<br />
principalmente na área de exatas,<br />
em que a teoria muitas vezes se torna<br />
diferente da realidade”, diz.<br />
foto | Divulgação<br />
Mariele França Machado<br />
Um bom profissional se faz com estudo,<br />
dedicação e experiência prática. Esse<br />
terceiro item, parece ser o maior desafio<br />
para alguns recém-formados lageanos.<br />
Não basta arranjar uma colocação na área<br />
se o profissional não é valorizado de acordo<br />
com sua graduação ou sequer consegue<br />
recuperar o investimento<br />
feito nos estudos.<br />
Mariele afirma que,<br />
quando não for possível<br />
encontrar experiência<br />
e valorização em um<br />
mesmo emprego, deve-<br />
-se optar pela experiência,<br />
para posteriormente<br />
ter chances de alcançar<br />
uma colocação melhor<br />
no mercado de trabalho.<br />
“Na minha área sempre<br />
há vagas. Mesmo que seja uma oportunidade<br />
não tão atraente financeiramente,<br />
vale a pena para ganhar experiência naquilo<br />
que você ainda não conhece”, explica.<br />
Ela acredita que a tendência é que<br />
mais egressos encontrem portas abertas<br />
para atender às novas empresas da cidade.<br />
“Os profissionais com ensino superior<br />
são mais procurados, por terem um<br />
pouco mais de conhecimento. Lages e<br />
região vêm se expandindo, tornando-se<br />
um bom mercado de trabalho, e acredito<br />
que vão surgir cada vez mais vagas para<br />
receber quase toda a demanda de egressos”,<br />
conclui.<br />
Incentivo ao empreendedorismo<br />
Alguns cases apontam que Lages ainda<br />
não está conseguindo absorver parte dos<br />
egressos. Isso demonstra uma tendência<br />
que vem crescendo e sendo incentivada<br />
pelas instituições de ensino: a formação<br />
de empreendedores. Para o reitor da Uniplac,<br />
Luiz Carlos Pfleger, a cidade tem<br />
condições de suprir a demanda, já que<br />
as Universidades sempre se preocuparam<br />
em formar profissionais de qualidade,<br />
mas esse foco vem mudando. Hoje se<br />
direciona o estudante para ser um bom<br />
empreendedor, criando suas oportunidades<br />
de trabalho e não para ser, necessariamente,<br />
empregado.<br />
O aluno de hoje é mais criativo, mais<br />
ágil e exige mais do professor. E isso faz<br />
com que a Universidade ande mais rápido.<br />
Eles vão em busca das soluções para<br />
construir o próprio negócio. “Foi realizada<br />
uma pesquisa, a nível nacional, com<br />
profissionais de todas as áreas, a qual<br />
definiu que o empregado tem um trabalho<br />
estável, o profissional autônomo tem<br />
uma renda em média três vezes maior do<br />
que o empregado e o empresário tem o<br />
dobro do que ganha um autônomo. Os<br />
estudantes deveriam se preparar para ser<br />
empresários”, destaca Luiz.<br />
O reitor salienta que a região precisa<br />
de estudantes com esse perfil para promoverem<br />
ainda mais o desenvolvimento<br />
da cidade. “São eles que movem a economia.<br />
O papel da universidade é encantar<br />
o estudante na busca de coisas novas,<br />
que sejam capazes de transformar a sua<br />
própria vida e assim transformar também<br />
o meio onde eles vivem”, comenta.<br />
O curso mais antigo da Uniplac é Ciências<br />
Contábeis, que já formou 1.064<br />
alunos, enquanto o de Direito é curso<br />
com maior número de formados, com<br />
2.032 egressos. Segundo Luiz, os alunos<br />
da Uniplac têm se destacado pelo Brasil<br />
afora. “Alguns egressos ocupam cargos<br />
de direção de empresas como a AMBEV,<br />
empresas da região e instâncias governamentais.<br />
E isso é o que torna a Universidade<br />
tão importante. Muitos voltam para<br />
dar aula, os que desejam seguir carreira<br />
acadêmica fazem especialização, depois<br />
mestrado e doutorado e voltam para serem<br />
professores aqui”, conta.<br />
16 17<br />
revista visão mai. 15
18 19<br />
revista visão mai. 15<br />
Cresce a procura pelo EAD<br />
A cada ano que passa a procura<br />
pelos cursos a distância é maior.<br />
Administração e Pedagogia são as<br />
graduações mais buscadas, segundo<br />
o diretor da UNIASSELVI, Diogo<br />
Paes, tendo atualmente turmas<br />
fechadas de 180 e 200 alunos,<br />
respectivamente. Outro curso que<br />
trouxe muitos alunos à instituição<br />
é Bacharelado em Serviço Social,<br />
que até então só existia na modalidade<br />
presencial. Diogo conta que, no<br />
início, as pessoas tinham alguma resistência<br />
em aceitar o curso. “Existia certo<br />
preconceito, no começo, por ser na modalidade<br />
de ensino a distância. Mas logo<br />
teve um grande aumento do número de<br />
alunos. Além disso, o curso é reconhecido<br />
pelo MEC, pelos conselhos Regional<br />
e Federal. Então hoje essa má impressão<br />
não existe mais”, salienta.<br />
A instituição possui estágios obrigatórios<br />
dos cursos, onde os alunos são<br />
encaminhados e acompanhados pelos<br />
professores. Os alunos de Pedagogia,<br />
por exemplo, já saem da UNIASSELVI<br />
empregados, com um salário base de R$<br />
1.915,00 (Piso Nacional do Magistério),<br />
que está muito acima dos valores pagos<br />
pelo mercado de trabalho lageano.<br />
O perfil do aluno em relação ao<br />
mercado de trabalho mudou. Hoje são<br />
poucos os que desejam ser empregados.<br />
A maioria deles quer ser ou já é empreendedor.<br />
“Muitos alunos são empresários<br />
e vêm buscar mais conhecimento<br />
na instituição. O ensino a distância faz<br />
isso: aluno tem que ter autonomia, ser<br />
responsável por si mesmo e ir atrás do<br />
que deseja”, complementa.<br />
EAD de qualidade em Lages<br />
A Unicesumar, com sede física em Maringá<br />
(norte do Paraná), foi fundada em<br />
1990 (vai completar em <strong>2015</strong> apenas 25<br />
anos). E hoje tem 58 polos espalhados<br />
em vários estados e regiões do país. A<br />
instituição fechou 2014 com aproximadamente<br />
70 mil alunos matriculados<br />
(sendo 50 mil no ensino a distância – e<br />
15 mil alunos em sua sede, em Maringá).<br />
Há quatro anos, a Unicesumar obtém nota<br />
4 no Índice Geral de Cursos (IGC 4) do<br />
Diogo Paes, diretor<br />
da UNIASSELVI<br />
foto | Liana Fernandes<br />
MEC, uma avaliação<br />
de 1 a 5 que é dada<br />
às instituições a partir<br />
da nota que seus alunos<br />
obtém na prova<br />
do ENADE (e que mede<br />
o grau de conhecimento<br />
que eles conseguem<br />
ao concluir<br />
sua formação). “No<br />
Brasil, apenas 6% das<br />
instituições de ensino<br />
superior obtiveram<br />
essa nota no IGC. E nós estamos entre<br />
elas. Somos hoje a 15ª maior instituição<br />
de ensino superior do país. E a única entre<br />
as 15 com sede em uma cidade do<br />
interior”, informou o professor Wilson de<br />
Matos Silva.<br />
Lages conta com um polo da Unicessumar<br />
desde 2012 e quem comanda<br />
o instituto é Andrey Schmitt Damas, diretor<br />
do polo na serra catarinense e em<br />
São Bento do Sul. “Em Lages, encerramos<br />
2014 com 700 alunos. E nossa<br />
meta é conseguir pelo menos 2 mil alunos<br />
neste polo, cujas instalações foram<br />
inauguradas recentemente. Oferecemos<br />
educação de qualidade, a preços justos<br />
e competitivos, com uma estrutura e suporte<br />
de muita qualidade. São 27 opções<br />
de graduação e 36 de pós-graduação.<br />
Viemos para fazer a diferença na educação<br />
superior à distância na Serra Catarinense”,<br />
declarou. Cerca de 105 alunos<br />
já concluíram seus cursos na Unidade de<br />
Lages.<br />
Graduação agora no IFSC<br />
Hoje o curso superior de bacharel em<br />
Ciência da Computação já é realidade<br />
no Campus Lages do IFSC (Instituto Federal<br />
Santa Catarina). A disputa pelas<br />
40 vagas, no final do ano passado, foi<br />
de 15,2 candidatos por vaga. A escolha<br />
em disponibilizar o curso partiu da<br />
grande necessidade da região por profissionais<br />
formados na área. Essa falta<br />
de pessoal qualificado foi observada<br />
tanto pela rápida colocação no mercado<br />
dos egressos em Técnico em Informática<br />
(ofertado pelo Campus Lages do<br />
IFSC), quanto pelos resultados de mais<br />
de três anos de pesquisas realizadas sobre<br />
os perfis mais procurados no cenário<br />
regional.<br />
“O Campus possui uma excelente estrutura<br />
para receber os novos alunos. São<br />
seis laboratórios equipados com modernos<br />
computadores e todos os professores<br />
que atuam no curso superior possuem<br />
mestrado ou doutorado”, ressalta o chefe<br />
do Departamento de Ensino, Pesquisa e<br />
Extensão, Thiago Meneghel.<br />
A ênfase do curso de Ciências da<br />
Computação é formar profissionais com<br />
sólido conhecimento sobre a computação<br />
e suas tecnologias, como desenvolvimento<br />
de sistemas, redes de computadores,<br />
inteligência artificial, computação<br />
gráfica, dentre outras. “Os formados devem<br />
ser capazes<br />
foto | Liana Fernandes<br />
Thiago Meneghel, chefe do<br />
Departamento de Ensino,<br />
Pesquisa e Extensão do IFSC<br />
de atuar em empresas<br />
de tecnologia,<br />
empreender<br />
novas ideias, trabalhar<br />
com pesquisa<br />
aplicada ou,<br />
ainda, lecionar na<br />
área da computação.<br />
O conjunto<br />
de disciplinas do<br />
curso foi cuidadosamente<br />
escolhido<br />
para contemplar<br />
este perfil,<br />
que será capaz<br />
de atender às necessidades<br />
da região Serrana e de onde<br />
mais queira atuar”, esclarece Thiago.<br />
Diferente da realidade encontrada<br />
pelas entrevistadas Marilia e Alice, formadas<br />
há mais tempo, hoje em Lages a<br />
área de Tecnologia da Informação (que<br />
engloba cursos como Ciência da Computação,<br />
Sistemas de Informação, entre<br />
outros) é uma das que mais emprega<br />
egressos e também acadêmicos. O avanço<br />
da internet e das tecnologias em geral<br />
faz com que cresça também a busca por<br />
profissionais de outros ramos, capacitados<br />
a trabalhar com os meios digitais.<br />
Portanto, a crescente demanda na indústria<br />
TI, proporciona indiretamente o<br />
aumento da busca por profissionais nos<br />
ramos de Administração, Jornalismo, Publicidade<br />
e Propaganda, Marketing, Gestão<br />
de Pessoas, Gestão de Projetos, Gestão<br />
de Processos, entre outras, fato que é<br />
evidente nos vários eventos e Workshops<br />
de instituições como a ACIL, por exemplo,<br />
onde profissionais de várias áreas de<br />
conhecimento são envolvidos.
Beleza, juventude e estilo. Juntos.<br />
20 21<br />
revista visão mai. 15<br />
Entre flores e cores<br />
O charmoso<br />
ensaio deste mês do<br />
Garota <strong>Visão</strong> foi na<br />
Boutique das Flores, localizada na Rua Humberto de<br />
Campos. A modelo da V Models, Rayane de Liz, vestiu<br />
alguns looks da coleção outono/inverno Moda Ativa. O<br />
Make Up ficou por conta de Caroline Tortelli. Rayane tem<br />
21 anos e é estudante de Administração de Empresas. A<br />
loira de olhos cor de mel, disse estar fazendo este curso,<br />
pois a mãe tem uma loja e ela pretende dar continuidade<br />
ao trabalho. Fazer musculação, sair com as amigas e viajar<br />
são alguns dos hobbys da gata. “Na incerteza do amanhã,<br />
escolhi o hoje para ser feliz”, é a frase de cabeceira da<br />
modelo. Confira o ensaio completo com fotos de Gugu<br />
Garcia e o making of no site da <strong>Revista</strong> <strong>Visão</strong>.
2021<br />
revista visão mai. 15
GAROTA VISÃO<br />
FOTOGRAFIA<br />
Gugu Garcia<br />
49 3222.5864<br />
LOOKS & SAPATOS<br />
Moda Ativa<br />
Rua Correia Pinto, 93<br />
49 3251-4300<br />
22 23<br />
revista visão mai. 15<br />
Veja mais fotos e o making of<br />
www.revistavisao.com.br
2223<br />
revista visão mai. 15<br />
Rua Correia Pinto, 93 - 49 3251-4300
FESTA revista visão mai. 15<br />
24 25<br />
SHOWS DA 27ª FESTA<br />
NACIONAL DO PINHÃO<br />
Com a presença de Beto e Guilhermo Ody, da Gaby Produções, do prefeito em exercício<br />
Toni Duarte e do presidente da CCO, Gilson Máximo de Oliveira (da FCL), foram anunciados<br />
na manhã do dia 28 de abril, na ACIL, os shows nacionais da 27ª Festa Nacional do Pinhão. O<br />
evento começa na sexta-feira, 29 de maio e encerra no domingo, dia 07 de junho.<br />
Antes<br />
do anúncio, o prefeito<br />
em exercício, Toni Duarte,<br />
fez um rápido pronunciamento. E disse<br />
que o evento deste ano esteve ameaçado<br />
pelas questões que todos já conhecem (o<br />
Gaeco recebeu uma denúncia, fez buscas,<br />
apreensões e ouviu várias pessoas – acabou<br />
não descobrindo nada ou quase nada<br />
de irregular – uma nova licitação foi feita<br />
– vencendo a mesma Gaby Produções<br />
– que já havia vencido o certame no ano<br />
passado).<br />
“A gente ia de um lado na cidade e<br />
nos diziam para não fazer a festa. Ia para o<br />
outro e nos diziam que era para fazer, que<br />
a cidade ganharia com isso. Então, ficamos<br />
entre a cruz e a espada. Não foi fácil. Mas<br />
bancamos fazer. Eu, na condição de ex-<br />
-presidente da CCO, de prefeito interino e<br />
de grande entusiasta do evento, não queria<br />
deixar no meu currículo a marca de ter deixado<br />
de realizar a festa”, disse.<br />
Beto Ody, da Gaby Produções, também<br />
falou. “Estávamos decididos a não apresentar<br />
mais proposta para realizar a festa.<br />
Mas fomos convencidos por várias pessoas,<br />
entre as quais cito o presidente da ACIL,<br />
Sr. Luiz Spuldaro. Então, faltando três dias<br />
para o novo pregão presencial, resolvemos<br />
apresentar proposta. A Festa do Pinhão<br />
é muito maior do que todos os lageanos<br />
pensam. Precisamos muito e mais do que<br />
nunca do apoio e participação da imprensa<br />
para divulgar o evento e nos ajudar a fazer<br />
dele um grande sucesso”, reiterou.<br />
Ingressos para lageanos<br />
Os lageanos continuarão a ter 30% de<br />
desconto para ingressos “Pista Cidadão”<br />
adquiridos antecipadamente. A venda<br />
ocorrerá de 5 a 15 de maio, em horário comercial,<br />
na ACIL. Para garantir o benefício,<br />
assim como nas edições anteriores, os lageanos<br />
terão que apresentar comprovante<br />
de residência (conta de energia elétrica ou<br />
água) e poderão adquirir até quatro ingressos<br />
por residência, por dia de evento. Após<br />
este período os ingressos terão preços regulares.<br />
Meia-entrada<br />
O público que irá utilizar o benefício da<br />
meia-entrada (estudantes, idosos e pilchados)<br />
terão que comprovar sua condição na<br />
entrada especial do parque, que neste ano<br />
terá uma fiscalização rigorosa. Não será<br />
admitido na festa o beneficiário da meia-<br />
-entrada que não comprovar a condição.<br />
Serão aceitas somente a carteira de estudante<br />
com foto válida e documento com<br />
foto do idoso.<br />
Venda de ingressos<br />
A venda de ingressos antecipados e com<br />
desconto inicia na segunda-feira, dia 5 de<br />
maio, por meio do site www.blueticket.<br />
com.br, com parcelamento em até seis vezes<br />
no cartão de crédito, ou nos pontos<br />
de vendas, em dinheiro. Os ingressos serão<br />
vendidos por lotes e poderão sofrer acréscimo<br />
de acordo com as vendas. Para as<br />
crianças de até oito anos a entrada é gratuita.<br />
Dos oito aos 12, pagam meia-entrada<br />
para todos os shows. E a partir dos 12,<br />
a entrada é inteira. A compra de ingresso<br />
antecipado irá evitar filas e melhorar a organização<br />
para a entrada no evento.<br />
Dias gratuitos<br />
O parque será liberado com entrada gratuita<br />
para a Sapecada da Canção, no domingo,<br />
31 de maio, a partir das 19h, além das<br />
noites de segunda, 1º de junho, e terça, 2.<br />
Assim, os amantes do nativismo serão beneficiados<br />
com três noites de entrada gratuita.<br />
Valores dos Ingressos<br />
29/05 30/05 31/05 01/06 02/06 03/06 04/06 05/06 06/06 07/06<br />
(sex) (sáb) (dom)* (seg) (ter) (qua) (qui) (sex) (sáb) (dom)<br />
Pista R$ 40,00 R$ 30,00 R$ 30,00 Gratuito Gratuito R$ 40,00 R$ 30,00 R$ 40,00 R$ 40,00 R$ 40,00<br />
Pista cidadão R$ 28,00 R$ 21,00 R$ 21,00 Gratuito Gratuito R$ 28,00 R$ 21,00 R$ 28,00 R$ 28,00 R$ 28,00<br />
Pista Vip R$ 60,00 R$ 50,00 R$ 50,00 Gratuito Gratuito R$ 60,00 R$ 50,00 R$ 60,00 R$ 60,00 R$ 60,00<br />
Camarote R$ 80,00 R$ 60,00 R$ 70,00 Gratuito Gratuito R$ 80,00 R$ 60,00 R$ 80,00 R$ 80,00 R$ 80,00<br />
Backstage R$ 100,00 R$ 80,00 R$ 100,00 Gratuito Gratuito R$ 100,00 R$ 80,00 R$ 100,00 R$ 100,00 R$ 100,00<br />
* A Partir das 19h, entrada gratuita.<br />
Os preços poderão aumentar conforme as vendas. Assim, recomenda-se a compra antecipada com preço reduzido. O valor<br />
do ingresso Pista Cidadão, destinado aos lageanos, será fixo até o dia final das vendas. Os descontos não são cumulativos.
29|05 03|06<br />
Sexta<br />
Quarta<br />
Victor e Léo<br />
Michel Telló<br />
Léo Rodriguez<br />
Thaeme e Thiago<br />
Marcos e Bellutti<br />
30|05<br />
Chimarruts<br />
31|05<br />
Chiquititas<br />
01|06<br />
Sábado Domingo da família Segunda<br />
Lucas Lucco<br />
Bruninho e Davi<br />
Latino<br />
Com atores SBT<br />
Brasil, Maysa<br />
Patati e Patatá<br />
Sapecada da<br />
Canção Nativa<br />
Quarteto Coração<br />
de Potro<br />
02|06<br />
Terça<br />
05|06<br />
04|06<br />
Lucas e Felipe<br />
Fernando e Sorocaba<br />
Sexta<br />
Lulu Santos<br />
Quinta<br />
06|06<br />
Sábado<br />
Tribo de Jhá Ira<br />
07|06<br />
Domingo<br />
Luka<br />
Humberto<br />
Gessinger<br />
2425<br />
revista visão mai. 15<br />
Sapecada da<br />
Canção Nativa<br />
Mano Lima<br />
Henrique e<br />
Juliano
DESTAQUE EMPRESARIAL revista visão mai. 15<br />
26 27<br />
Inovação, humanização<br />
e sustentabilidade. Esses<br />
conceitos estão incorporados<br />
no DNA desse ateliê de<br />
calçados. O jargão “estar na<br />
moda” nada tem a ver com a<br />
missão desta empresa.<br />
LIANA FERNANDES<br />
Há quase<br />
Calcando<br />
Sustentabilidade<br />
três anos, Brianna<br />
Betina Pelegrini,<br />
recém-formada em engenharia<br />
ambiental, e sua mãe Rosângela Cordeiro,<br />
fundaram a Santíssima Catarina. O Ateliê<br />
de sapatos é especializado em produzir alpargatas,<br />
botas e coturnos exclusivos. São<br />
diversas cores e modelos diferentes, que<br />
atendem a todos os estilos.<br />
Rosângela trabalha na gestão de<br />
algumas escolas municipais de Lages.<br />
Ela conta que por trabalhar na área da<br />
educação, sempre teve certa autonomia<br />
para criar, inventar aulas dinamizadas e<br />
sempre gostou de inovar, sair do lugar<br />
comum. Por isso partiu dela a criação da<br />
primeira alpargata customizada e o início<br />
de tudo. “Falta pouco para eu me aposentar.<br />
Brianna e eu sempre conversávamos<br />
sobre minha vontade de ser empreendedora,<br />
de depois que terminar minha<br />
jornada na educação querer continuar,<br />
me sentir útil”, relembra.<br />
“A Encantada”, como carinhosamente<br />
a mãe e a filha batizaram o primeiro<br />
calçado, foi feito com um retalho de<br />
paetê de um vestido de Brianna. Depois<br />
que Brianna viu a alpargata criada por<br />
Rosângela, foi a uma festa calçando o<br />
modelo e chamou a atenção de várias<br />
amigas. “Elas adoraram e me pediram<br />
para fazer. Então decidimos fazer cinco<br />
pares e vender. Depois, muitas pessoas<br />
queriam e contratamos um sapateiro.<br />
Durante um mês fizemos 50 alpargatas e<br />
todas foram vendidas”, relembra.<br />
Crescimento<br />
Com o desafio lançado, mãe e filha compraram<br />
quatro máquinas e junto com<br />
mais quatro profissionais começaram<br />
a produzir os pedidos. Rapidamente a<br />
procura foi crescendo e surgindo oportunidades.<br />
A primeira foi a compra de<br />
todo o maquinário de uma fábrica de<br />
calçados de Anita Garibaldi. “O antigo<br />
proprietário fez uma boa proposta e eu<br />
pude comprar. A partir daí, eu e Brianna<br />
mudamos para uma casa maior e montamos<br />
o primeiro Ateliê em uma das salas”,<br />
conta Rosângela.<br />
Elas abriram uma Micro Empresa Individual<br />
(MEI), fizeram empréstimos a juro<br />
zero, tudo com ajuda do SEBRAE, do<br />
Banco da Família e do Programa Em-
preender Lages. “Essas três instituições<br />
foram fundamentais para darmos nosso<br />
pontapé inicial. Fomos crescendo aos<br />
poucos e sem esperar tanto retorno,<br />
porque era uma pequena empresa. A cada<br />
dia que passava tínhamos mais vendas,<br />
muitas vezes nosso problema foi a<br />
produção. Mas conforme as pessoas iam<br />
conhecendo o modo do nosso trabalho<br />
e como fazemos, elas iam entendendo a<br />
diferença entre um ateliê e uma fábrica,<br />
que nosso trabalho é artesanal, há<br />
um processo de montagem”, descreve<br />
Brianna.<br />
Artesanal, sustentável e social<br />
A Santíssima Catarina é uma marca artesanal,<br />
pois nem a etiqueta é comprada,<br />
tudo é feito no próprio Ateliê. Elas queimam<br />
o couro para assinarem as peças. Os<br />
tecidos para produzir os calçados são as<br />
sobras de algumas marcas conhecidas.<br />
A marca é sustentável, pois tenta<br />
não gerar lixo. Os resíduos químicos que<br />
porventura são gerados são usados para<br />
fazer floreiras e os secos são encaminhados<br />
para a Alpa (Associação Lageana de<br />
Proteção aos Animais), onde são feitas<br />
almofadas e roupinhas para pets.<br />
médicos de uma menina que está com<br />
um tumor.<br />
Peças únicas<br />
Os calçados são exclusivos, pois o intuito<br />
não é uma produção em massa e sim<br />
fazer peças únicas. “Não almejamos ter<br />
muitas peças. Queremos fazer o diferente<br />
e é por isso que atraímos tantas pessoas.<br />
Tenho clientes que trouxeram a manta<br />
da avó e fizemos uma bota. Bem como<br />
temos casos de pessoas com joanete e<br />
outros problemas e moldamos esses calçados<br />
à necessidade e ao gosto de cada<br />
um”, descreve Brianna. Ela ressalta que<br />
elas trabalham com sonhos e não com<br />
a última tendência da moda. “Fazemos<br />
algo humanizado, tentamos resgatar ou<br />
projetar aquilo que nossos clientes mais<br />
desejam e tornamos isso real”, comenta.<br />
Empresa de uniformes<br />
Em outubro do ano passado, as empresárias<br />
adquiriram a empresa Josi Uniformes.<br />
Hoje as duas empresas se unificaram e contam<br />
com 16 funcionários ao todo. O ateliê<br />
e a fábrica de uniformes ficam no bairro<br />
São Cristóvão. Rosângela citou que foi<br />
oferecido para elas a Josi, justamente pela<br />
forma como elas trabalham. “A proprietária<br />
anterior falou que gostaria que a gente<br />
colocasse nosso toque aqui e repaginasse<br />
tudo. O uniforme tem sua especificidade<br />
de uniformizar. Mas não precisa necessariamente<br />
que seja todo mundo igual. A<br />
gente gosta da personalização. Então continuamos<br />
com a mesma qualidade da Josi.<br />
Ficamos com a fábrica inteira, com todos<br />
os funcionários, máquinas e matéria prima.<br />
Mas estamos dando essa nova cara, que é<br />
a mesma da Santíssima, de personalização,<br />
de detalhes”, conclui Rosângela.<br />
2627<br />
revista visão mai. 15<br />
A empresa também quer olhar para<br />
o lado social. Por isso, todos os meses<br />
uma ação em prol de alguma causa será<br />
executada. No mês de abril, uma rifa<br />
sorteando uma alpargata foi feita, para<br />
arrecadar fundos para pagar os custos<br />
Brianna Betina Pelegrini e<br />
sua mãe Rosângela Cordeiro
28 29<br />
revista visão<br />
mai. 15<br />
Um guia rápido para curiosos<br />
muito bem informados<br />
Curiosidade<br />
Japoneses criam cebola<br />
que não faz chorar<br />
Uma empresa japonesa<br />
criou uma cebola que<br />
ao ser cortada não<br />
faz chorar. O House<br />
Foods Group conseguiu<br />
criar uma variedade<br />
antilágrimas bloqueando as enzimas que<br />
produzem os compostos que fazem os<br />
cozinheiros cair aos prantos. A empresa<br />
não indicou quando começará a<br />
comercializar essa cebola. Em 2013,<br />
os cientistas da House Foods Group<br />
venceram o “Prêmio Ig Nobel”<br />
da Universidade de Harvard<br />
pela descoberta do processo<br />
bioquímico responsável por<br />
fazer uma pessoa chorar ao<br />
cortar uma cebola. A House<br />
Foods se concentrou nas<br />
enzimas da cebola por se<br />
tratar de um ingrediente<br />
muito utilizado na cozinha<br />
japonesa.<br />
Curiosidade<br />
Urina de vaca é<br />
saudável(!?)<br />
Significado: Chorar<br />
muito até os<br />
olhos ficarem vermelhos,<br />
parecendo duas<br />
pitangas.<br />
Histórico: Pitangas são<br />
deliciosas frutinhas cultivadas<br />
e apreciadas em<br />
todo o país, especialmente<br />
nas regiões Norte<br />
e Nordeste do país.<br />
A palavra deriva de<br />
pyrang, que, em<br />
tupi-guarani,<br />
significa vermelho.<br />
Embora você e eu achemos isso absurdo<br />
e extremamente nojento, não é de hoje<br />
que os indianos utilizam urina de vaca<br />
para fins terapêuticos, em particular entre os<br />
adeptos da medicina ayurvédica, uma tradição de saúde praticada<br />
pelos hindus há mais de 5 mil anos. É claro que muitos indianos<br />
preferem não beber, e foi pensando nisso que a RSS desenvolveu um<br />
refrigerante chamado Gomutra Arka, que é feito com o xixi das vacas<br />
virgens. Por lá, a bebida é promovida como um “refrigerante saudável<br />
para consumo diário”. Eles pregam como<br />
uma alternativa à Coca-Cola, Pepsi<br />
e outros refrigerantes, que são vistos<br />
como parte de um problema mais amplo,<br />
de influências ocidentais corruptas.<br />
O RSS amparado por um estudo recente,<br />
afirma que seu refrigerante é uma<br />
opção terapêutica para diabéticos.<br />
Elas surgem por causa dos<br />
melanócitos, e sim, são um<br />
câncer! Mas calma, é benigno.<br />
Existe uma camada mais fina<br />
da pele, a mais externa, chamada<br />
epiderme. E logo abaixo<br />
dessa camada temos as células<br />
que produzem a melanina, que dá cor à nossa pele.<br />
Acontece que em algumas pessoas esses melanócitos<br />
se aglomeram em pequenas regiões abaixo da epiderme,<br />
o que provoca essa coloração mais escura a que<br />
chamamos de “pinta”. Para ver o nível da gravidade de<br />
sua pinta, é só seguir a regra do ABCD. Analise a sua<br />
pinta e fique de olho nos seguintes<br />
itens:<br />
Expressão do mês<br />
Chorar as pitangas<br />
Curiosidade<br />
O que são as pintas?<br />
E como elas surgem?<br />
As amêndoas<br />
pertencem à mesma família<br />
de plantas que os pêssegos;<br />
Os seres humanos perdem<br />
— em média — 200<br />
fios de cabelo por dia;<br />
As Ilhas Falkland<br />
(Malvinas) contam com<br />
uma população de 2 mil<br />
pessoas e mais de 700<br />
mil ovelhas!<br />
Assimetria, borda irregular,<br />
cor variável, diâmetro<br />
maior que 6,0 mm. Em<br />
caso de dúvidas, consulte<br />
um médico!<br />
O músculo mais<br />
poderoso do corpo<br />
humano — em<br />
proporção ao seu tamanho<br />
— é a língua;<br />
Cuba é a única ilha<br />
do Caribe a contar<br />
com linhas de trem;<br />
Shots
ESTUDAR PARA FAZER A DIFERENÇA!<br />
ENCONTRO NACIONAL DE DIRETORES E ASSOCIADOS<br />
À OMB (ORGANIZAÇÃO MONTESSORI DO BRASIL)<br />
Todos os anos a OMB – Organização<br />
Montessori do Brasil reúne os diretores<br />
de escolas associadas e demais associados<br />
para aprofundamento de seus estudos e, periodicamente,<br />
realiza uma assembleia onde<br />
se revisam e se atualizam os propósitos da<br />
OMB. Da mesma forma, realiza anualmente,<br />
o Encontro Nacional de Educadores, este<br />
programado para acontecer em setembro de<br />
<strong>2015</strong> na cidade de Juiz de Fora, MG.<br />
O Colégio Sigma mais uma vez se fez<br />
presente com a participação ativa em todos<br />
os trabalhos e estudos de Neide Gugelmin,<br />
Diretora do Colégio e Rita Ramos, Assessora<br />
Pedagógica.<br />
De 10 a 12 de abril realizou-se em Balneário<br />
Camboriú, SC, o 2º Encontro Nacional<br />
de Diretores e associados das Escolas<br />
Montessorianas. A Comissão Cientifica<br />
destacou-se com a apresentação do estudo<br />
sobre a importância do lúdico na aprendizagem,<br />
com o auxílio dos jogos e uma reflexão<br />
com o ambiente preparado na Ed. Montessori.<br />
O artigo de Angeline Lillard, PhD<br />
pela Univ. de Stanford e Profª na Univ. de<br />
Virginia no laboratório de Desenvolvimento<br />
Infantil foi a referência para o estudo. Sua<br />
opinião acerca das formas de trabalhar em<br />
prol do melhor desenvolvimento da criança<br />
são especialmente relevantes.<br />
... A brincadeira guiada ocorre quando<br />
o adulto quer conduzir a criança para um<br />
conhecimento específico de maneira descontraída<br />
alegre e divertida; frequentemente<br />
envolve o uso de brinquedos<br />
/ jogos específicos com<br />
os quais a criança interage<br />
para ganhar conhecimento.<br />
O adulto que supervisiona /<br />
observa a criança de perto<br />
e faz perguntas que auxiliam<br />
a aprendizagem, mas, assim<br />
como na brincadeira livre,<br />
respeita o interesse e ritmo<br />
da criança. Contrastando, a<br />
instrução didática é centrada<br />
no professor e no seu ritmo,<br />
envolvendo mais escuta de<br />
palavras do que o trabalho<br />
Atividade de vida prática com objetos.<br />
Pesquisas recentes apontam que a<br />
aprendizagem lúdica é uma excelente abordagem<br />
para auxiliar as crianças (Alfieri et<br />
al. 2010).<br />
Se o nosso olhar estiver direcionado<br />
para os pontos mais altos do currículo e<br />
das expectativas de comportamento essas<br />
atividades parecem estruturadas.<br />
Montessori assemelha-se à Aprendizagem<br />
Lúdica em vários aspectos – em uma<br />
sala de aula, uma rotina diária constitui um<br />
aspecto da estrutura geral. Outro ponto é o<br />
nível da estrutura própria de cada atividade<br />
dada. Envolve liberdade com estrutura<br />
e estrutura com liberdade. O princípio mais<br />
abrangente almeja que o comportamento<br />
da criança seja construtivo para seu desenvolvimento<br />
– e para a comunidade. Montessori<br />
tem um conjunto de lições e materiais<br />
para cada nível de sala de aula e para as<br />
matérias (matemática ou música, por exemplo),<br />
professores apresentam os materiais<br />
em uma sequência bem ordenada. Uma<br />
criança pode optar por lavar a mesa, mas<br />
existem passos específicos que devem ser<br />
seguidos para realizar essa tarefa: carregar<br />
um tapete para a mesa, levantar a mesa<br />
sobre o tapete, encher o balde até um determinado<br />
nível de água e adicionar certa<br />
quantidade de sabão, carregar o balde e os<br />
materiais de lavar para o tapete, colocar a<br />
esponja na água, espremê-la, utilizando o<br />
movimento ensinado para tal, limpar a mesa<br />
da esquerda para direita (replicando a direção<br />
necessária para a escrita), enxugar a<br />
mesa com uma toalha (da esquerda para a<br />
direita) e assim por diante, bem estruturado.<br />
Na estrutura geral, a educação Montessori<br />
se assemelha à aprendizagem lúdica.<br />
As salas de aula estão repletas de materiais<br />
elaborados para a manipulação no<br />
curso da aprendizagem de todas as áreas<br />
do conhecimento. Portanto, assim como a<br />
aprendizagem lúdica, a Educação Montessori<br />
envolve objetos, tipicamente autocorretivos,<br />
o que nem sempre está presente<br />
nos objetos da aprendizagem lúdica. O ambiente<br />
científico requer o estudo e o olhar<br />
do especialista que deverá estar preparado<br />
para explorar todas as possibilidades para<br />
o desenvolvimento da criança.<br />
Estudo de Matemática - A criança passa pelo material<br />
concreto para chegar na abstração<br />
Neide Bunn Gugelmin<br />
Diretora do Colégio Sigma
VOLUNTARIADO revista visão mai. 15<br />
30 31<br />
HÁ 19 ANOS<br />
AJUDANDO<br />
PESSOAS A SE<br />
LOCOMOVEREM<br />
Aos 76 anos, Erci Luduvichack, é um grande<br />
exemplo de que disposição para fazer o bem não<br />
tem idade. Funcionário público federal aposentado,<br />
ele é membro do Rotary Club Lages, coordenando<br />
o programa de doação de cadeiras de rodas. Com<br />
ajuda da instituição, ele já conseguiu viabilizar 300<br />
cadeiras de rodas para pessoas necessitadas.<br />
LIANA FERNANDES<br />
Tudo<br />
começou em 1995, quando Erci foi visitar um<br />
amigo rotariano, que era Coronel da Polícia<br />
em Jaraguá do Sul. Lá ele percebeu uma grande quantidade<br />
de bicicletas apreendidas. “Eu sabia que no presídio de São<br />
Cristóvão do Sul havia detentos que faziam uma cadeira de<br />
rodas através de três bicicletas. Pedi algumas e ele me deu 70,<br />
então paguei um furgão para levá-las até São Cristóvão do<br />
Sul”, conta.<br />
Depois de chegar com as bicicletas, Erci recebeu uma relação<br />
do material que seria necessário para fazer o acabamento<br />
das cadeiras de rodas. Os valores sairiam mais altos do que<br />
comprar uma cadeira de rodas nova. Então a ideia de produzir<br />
as cadeiras a partir de bicicletas acabou ficando de lado.<br />
Uma ação por dia<br />
Erci começou então a comprar as cadeiras de roda em Rio do<br />
Sul, até que um dia, ele fez contato direto com a fábrica, em<br />
Curitiba. Foi até lá, inscreveu o Rotary Club Lages e passou<br />
a obter as cadeiras pela metade do preço. “Eu tinha uma<br />
caminhonete, e cada vez que ia a Curitiba, o carro voltava<br />
lotado”, diz.<br />
O aposentado se apresenta às instituições, como Hospital,<br />
Pronto Socorro, entre outras e se coloca à disposição<br />
para ajudar. “Sempre tenho cadeiras de rodas. Eles me ligam,<br />
me passam o endereço e eu levo na casa da pessoa que ne-
cessita. Eu entrego, se tem alguma estragada,<br />
conserto. E vamos levando. Até<br />
que Deus me dê saúde, eu vou continuar<br />
trabalhando”, destaca.<br />
Ele se lembra de muitas das entregas<br />
de cadeiras de rodas que fez, ao longo<br />
desses quase 20 anos, mas se emociona<br />
ao citar uma. “A situação do Dico (J.<br />
Amarante, locutor da Rádio Clube), era<br />
de cortar o coração da gente, ao ver a<br />
mulher dele levando-o sempre no colo...<br />
Então mandamos vir uma cadeira motorizada<br />
para ele lá de Pelotas. Fizemos<br />
a entrega com uma festinha no Clube<br />
dos Oficiais, foi emocionante para todos<br />
nós”, conta.<br />
Erci foi o pioneiro junto ao Rotary<br />
Club Lages na doação de cadeiras de rodas,<br />
tendo entregue cerca de 300 unidades<br />
em toda a cidade. “Não vamos parar<br />
por aí. Minha função é essa: servir. Gosto<br />
de ajudar, acho que nasci para isso. Pratico<br />
o Rotary todo dia. O lema do rotariano<br />
é fazer uma ação por dia, mas se<br />
eu puder fazer mais de uma, não meço<br />
esforços”, afirma.<br />
Rotary Club Lages<br />
Célio Vassen, Presidente do Rotary Club<br />
Lages, destaca que o programa de cadeiras<br />
de rodas, é um entre outros, desenvolvidos<br />
pelo Rotary. “O seu Erci<br />
coordena essa área e o faz muito bem”,<br />
salienta.<br />
Na gestão de Célio, de junho de<br />
2014 a junho de <strong>2015</strong>, a meta é entregar<br />
50 cadeiras de rodas. As instituições<br />
precisam ter a quantidade adequada de<br />
cadeiras de rodas para atender à grande<br />
demanda de pacientes que recebem<br />
diariamente. “Quando chega um paciente<br />
para ser atendido, não há como sair<br />
à procura de cadeira de rodas dentro de<br />
um hospital. Quanto mais cadeiras, melhor.<br />
Esse é o nosso trabalho, se não resolvemos<br />
o problema todo, minimizamos<br />
um pouco. Estamos contentes por isso”,<br />
explica Célio.<br />
Doação para o hospital<br />
Irmã Ernestina Pereira conta que as cadeiras<br />
são muito utilizadas não só na<br />
condução de pacientes pelo hospital, como<br />
para locomoção externa, em clínicas<br />
próximas à instituição. O Hospital Nossa<br />
Senhora dos Prazeres recebeu recentemente<br />
do Rotary Club Lages mais cinco<br />
cadeiras de rodas. “Temos muito doentes<br />
e às vezes não temos cadeiras para levá-<br />
-los aos exames. Atos como esses engradecem<br />
o trabalho no hospital”, destaca.<br />
Canísio Isidoro Winkelmann, Diretor<br />
Administrativo do Hospital Nossa Senhora<br />
dos Prazeres, explica a importância<br />
das doações das cadeiras de rodas para a<br />
instituição. “O recebimento das cadeiras<br />
qualifica o atendimento e a mobilidade.<br />
Atendemos muitos pacientes graves, com<br />
dificuldades de locomoção. Pelo protocolo<br />
preconizado na OMS, todo paciente<br />
que chega ao hospital, da recepção em<br />
diante, deve ser conduzido por cadeira<br />
de rodas ou maca. Seguir à risca esse<br />
protocolo seria o ideal, infelizmente não<br />
é seguido aqui no Brasil”, explica.<br />
Atualmente, contando com as últimas<br />
doações recebidas através do Rotary,<br />
o Hospital possui 19 cadeiras de rodas<br />
ativas.<br />
3031<br />
revista visão<br />
mai. 15<br />
Erci, através do Rotary doou 19 cadeiras ao Hospital Nossa Senhora dos Prazeres
HABITAÇÃO revista visão mai. 15<br />
32 33<br />
LORENO SIEGA<br />
DIVULGAÇÃO<br />
Mais famílias de Lages<br />
realizaram na sexta-feira<br />
(10/04) um de seus maiores<br />
sonhos: ter uma casa própria.<br />
No começo da tarde, foram<br />
entregues as residências<br />
do condomínio residencial<br />
Pedro Filomeno de Abreu<br />
(ex-vereador de Lages,<br />
falecido em 1999), no bairro<br />
Pró Morar. As casas foram<br />
construídas com recursos<br />
do Governo Federal, pelo<br />
programa Minha Casa Minha<br />
Vida, operacionalizado<br />
numa parceria entre a Caixa<br />
Econômica Federal e a<br />
Prefeitura de Lages.<br />
300 FAMÍLIAS DE LAGES<br />
RECEBEM CASAS POPULARES<br />
O<br />
investimento na construção das residências<br />
foi de R$ 15,8 milhões. E<br />
as famílias pagarão apenas uma pequena<br />
parcela do investimento, em suaves e longas<br />
prestações (valores variam de R$ 55,00<br />
a R$ 150,00 por mês – durante 10 anos).<br />
As casas têm 44 m² de área construída,<br />
com dois quartos, sala, cozinha e banheiro.<br />
Além disso, há toda uma área conjunta<br />
(cercada e com ruas e amplo espaço) no<br />
entorno das casas geminadas, que também<br />
será usada pelos moradores.<br />
O Superintendente da CEF, Robert<br />
Kennedy Lara da Costa, presente à solenidade,<br />
informou que apenas em Lages o<br />
Programa Minha Casa Minha Vida já entregou<br />
mais de dois mil apartamentos ou<br />
moradias populares. “Representa mais de<br />
R$ 200 milhões em investimentos apenas<br />
com esse programa em Lages, algo que<br />
nunca havia sido feito nesta magnitude”,<br />
informou. “A casa própria é talvez a maior<br />
necessidade e aspiração do brasileiro. E<br />
esses lageanos, agora, vão morar em uma<br />
casa boa, pagando muito pouco por isso”,<br />
acrescentou.<br />
Outras melhorias no bairro<br />
O vereador Adílson Appolinário, presidente<br />
da Câmara, lembrou que além das<br />
moradias, naquele local, um pouco acima,<br />
foram entregues há pouco mais de dois<br />
anos, mais 240 apartamentos (Condomínio<br />
Valentin Elisboa Anacleto – Tozzo). E que<br />
isso exigiu do poder público outros importantes<br />
investimentos já que apenas naquele<br />
local são 540 novas famílias. “Inauguramos<br />
há pouco tempo uma nova Unidade<br />
Básica de Saúde. Junto com o Governo Federal,<br />
estamos construindo uma moderna e<br />
grande creche, que atenderá 250 crianças<br />
e que logo também vai ficar pronta. E assinamos<br />
a Ordem de Serviço para construir<br />
um novo reservatório de água com capacidade<br />
para 300 mil litros para que não falte<br />
água para esses moradores. Além disso, já<br />
adquirimos terreno e vamos construir também<br />
uma nova escola municipal, próximo<br />
à nova creche, que garantirá mais 250 vagas<br />
no Ensino Fundamental”, acrescentou.<br />
O prefeito Toni Duarte agradeceu<br />
a CEF e ao Governo Federal pelas várias<br />
parcerias com Lages. “Essas obras todas<br />
que estão vindo para Lages através do<br />
Governo Federal não é para agradar a<br />
Prefeitura. Mas para beneficiar diretamente<br />
as famílias e os lageanos. Então, nós<br />
agradecemos. E assim como essas famílias<br />
hoje vão morar em suas próprias casas,<br />
novinhas em folha, temos muita gente na<br />
fila que ainda precisa da sua moradia e<br />
de outras melhorias. Por isso, queremos e<br />
precisamos que essas parcerias continuem<br />
e sejam ampliadas”, argumentou o prefeito<br />
para o superintendente da CEF. “Nós<br />
pedimos que os moradores beneficiados<br />
valorizem e cuidem muito bem destes<br />
imóveis. E que sejam muito parceiros e<br />
amigos dos vizinhos já que vão viver num<br />
condomínio. E para que tudo funcione<br />
bem, é importante que todos ajudem e<br />
contribuam”, falou Toni.<br />
Toni, prefeito interino entregando<br />
as chaves a um morador
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Viva as mamães!<br />
GUGU GARCIA<br />
SUELY MIYAKE<br />
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Pessoas são nossas maiores riquezas<br />
Por trás<br />
dos seus olhos, verdade. Por trás<br />
do seu abraço, ternura. Por trás<br />
das suas palavras, sabedoria. Por trás do seu sorriso,<br />
beleza. Com ela por perto, a vida tem um colorido<br />
especial. Feliz Dias das Mães a todas as mulheres que<br />
foram abençoadas com a maternidade!<br />
Beijos, Suely.<br />
34 35<br />
foto | Gugu Garcia<br />
revista visão<br />
mai. 15<br />
Luciane Ávila de Oliveira e Junior Claumann, com o Diplomata cheio de alegria: Analu, Alice e Augusto<br />
foto | Gugu Garcia<br />
Francisco Soares Pereira veio ao mundo para mudar<br />
a vida dos papais Vanessa e Andrei<br />
Nilda, Eluza Correa Branco e Marlene Aparecida Branco festejando com a Vó Lorena
foto | Gugu Garcia<br />
foto | Gugu Garcia<br />
A tão esperada Maria Luiza sem dúvida será muito paparicada<br />
pela mãe Elaine Peireira Carvalho e pelo papai Luiz Ficagna Junior<br />
Os gêmeos Victor e Eva comemorando o 1° aninho ao lado dos papais<br />
Fernanda e Lizandro e da vovó Neuza Moreira Franco<br />
foto | Gugu Garcia<br />
3435<br />
revista visão mai. 15<br />
Flora (dir.) com sua equipe da Colours Club está<br />
arrasando no novo espaço. Sucesso meninas!<br />
Gabriela segurando o sapatinho da mana Isadora.<br />
Fabiana e Junior Broering preparem-se para os mimos!<br />
foto | Gugu Garcia<br />
Um dia especial para Bruna Marin Peluso e Diego Silva de Oliveira,<br />
comemorando suas bodas com familiares e amigos<br />
Alícia de Bem Fernandes só trazendo alegria para os casal Bruna e Thiago
INFOVISÃO<br />
36 37<br />
revista visão<br />
mai. 15<br />
Veja notícias atualizadas diariamente<br />
portal.revistavisao.com.br<br />
Dia 16 de maio tem o II<br />
Desafio Semasa na Carahá<br />
As inscrições para o 2º Desafio Semasa na Carahá de Corrida<br />
e Caminhada foram abertas no dia 15 de abril. Em pouco<br />
mais de 10 dias os inscritos já ultrapassavam a marca dos 1.000.<br />
Desafio acontece no dia 16 de maio e as inscrições são gratuitas,<br />
ilimitadas e podem ser feitas através do site corridaecaminhadalages.com.br.<br />
Faltam poucos dias para o evento, que já se<br />
destaca como o maior da região para o incentivo da prática de<br />
atividades físicas. Estão registrados participantes de 22 cidades,<br />
incluindo Maringá (PR), Embu das Artes (SP), Florianópolis e<br />
Itajaí (SC) e municípios da região. “Nosso objetivo é fomentar a<br />
prática de exercícios e se de todos os inscritos pelo menos dez<br />
incluírem a atividade física no seu cotidiano, o evento já terá<br />
valido a pena”, afirma Álvaro Mondadori (Joinha), um dos organizadores.<br />
As primeiras mil pessoas que garantirem inscrições<br />
receberão um kit com camiseta do evento e sacolas sustentáveis<br />
e as primeiras mil que cruzarem a linha de chegada receberão<br />
medalha de participação.<br />
CTG Barbicacho Colorado<br />
conquista vários prêmios<br />
Festival Nacional da Cultura Gaúcha aconteceu nos<br />
O dias 18 e 19 de abril, em Pinhal da Serra (RS). E reuniu<br />
CTGs de várias cidades de Santa Catarina e do Rio Grande<br />
do Sul. O Centro de Tradições Gaúchas Barbicacho Colorado,<br />
de Lages, foi o grande campeão geral da 5ª etapa do XIV<br />
Festival Nacional da Cultura Gaúcha. O CTG obteve o maior<br />
número de pontos nas premiações nas categorias de danças<br />
artísticas tradicionais, chula, declamação, gaita e solista vocal.<br />
O destaque ficou por conta da invernada adulta, que se<br />
classificou em 1º lugar. No ano passado o Barbicacho foi o<br />
grande campeão geral do Festival na edição de 2013/2014.<br />
O Festival Nacional da Cultura Gaúcha é uma promoção do<br />
COFAT - Comitê Organizador de Festivais de Arte e Tradição<br />
e o objetivo é promover a integração da cultura gaúcha e catarinense<br />
através do canto, da poesia e da dança. A próxima<br />
etapa do festival acontece na cidade de Turvo (SC), no início<br />
de maio. A última etapa acontece em setembro na cidade de<br />
Canoas (RS), e os vencedores na soma de pontuação total<br />
recebem indicação para participar de festivais de folclore na<br />
Europa, na qualidade de representantes oficiais do COFAT.<br />
Uma oportunidade<br />
de divulgar e difundir<br />
ainda mais<br />
o tradicionalismo<br />
do sul do país em<br />
todos os cantos do<br />
mundo.<br />
Bicicletário é instalado<br />
no centro de Lages<br />
partir de agora os ciclistas terão um local apropriado para<br />
A deixar suas bicicletas em segurança na área central de Lages.<br />
Com o objetivo de incentivar o uso, a prática de atividade física<br />
e ainda melhorar a mobilidade urbana e amenizar a poluição,<br />
a prefeitura é parceira de um projeto do Serviço Social do Comércio<br />
(Sesc). O primeiro paraciclo ou bicicletário (suporte físico<br />
onde a bicicleta é presa) em área pública de Lages foi implantado<br />
na manhã da quinta-feira (23/04) na Rua Nereu Ramos, próximo<br />
ao calçadão da Praça João Costa, a área com maior fluxo de<br />
pessoas na cidade. O que se tem percebido é que cada vez mais<br />
pessoas usam a bicicleta como meio de transporte, principalmente<br />
para o trabalho. A construção de faixas de ciclovias na cidade<br />
incentiva a prática e esse é um conceito que a administração<br />
municipal está tentando fomentar. A implantação dos biciletários<br />
na cidade é um trabalho em conjunto com o Sesc, secretarias<br />
municipais de Planejamento e Infraestrutura e a Diretoria de<br />
Trânsito (Diretran). “Estamos dando uma demonstração prática<br />
daquilo que vimos pregando<br />
desde o início da<br />
gestão. É muito importante<br />
que a população<br />
aprenda que o espaço<br />
e a cidade precisam ser<br />
inclusivos para todos”,<br />
comenta o secretário<br />
de Planejamento, Jorge<br />
Raineski.<br />
Fernando Leão fará pré-estreia do<br />
longa “Da Serra ao Seridó” em Lages<br />
olhar do cineasta Fernando Leão sobre a cultura e as particularidades<br />
dos moradores da Serra Catarinense e do Sertão Poti-<br />
O<br />
guar, no Rio Grande do Norte, vai ser apresentado ao Brasil, no dia 9<br />
de maio, pelo documentário “Da Serra ao Seridó – Vivências de um<br />
Brasil de Contrastes”. O longa-metragem apresenta as semelhanças<br />
entre duas localidades geograficamente distantes, mas muito próximas<br />
pelas tradições e costumes de seus povos. Lages, no interior<br />
de Santa Catarina, fica a quase 3,5 mil quilômetros de distância da<br />
cidade de Caicó, no Rio Grande do Norte. A distância que separa as<br />
duas cidades não é empecilho para que populações com vivências<br />
tão contrastantes, sejam cheias de semelhanças. Seja um tropeiro<br />
serrano ou um vaqueiro do sertão, seja os artistas que<br />
pintam as paisagens de cada local, ou as benzederias e<br />
curandeiras, cada personagem retratado no longa carrega<br />
consigo partes que contribuíram para a construção cultural<br />
de suas regiões. “Acho importante os espectadores<br />
conhecerem as vivências desses personagens através de<br />
suas memórias. Trabalho um documentário de memória,<br />
onde aquilo que a pessoa vive se torna latente através de<br />
seus gestos, formas de se expressar e mais. É o momento<br />
de ouvir o outro e perceber o quanto nossas experiências<br />
são humanas e nossas riquezas estão contidas dentro de<br />
nós mesmos.”
Volpato anuncia instalação de<br />
Centro de Distribuição em Lages<br />
prefeito interino Toni Duarte, juntamente com os representantes<br />
do grupo de lojas Volpato, assinou o protocolo<br />
O<br />
de intenções para a instalação do Centro de Distribuição Comercial<br />
e Importadora da empresa. A solenidade aconteceu na<br />
tarde de quarta-feira (22/04). Lages foi escolhida para receber o<br />
Centro de Distribuição da rede. Instalada há 40 anos no município<br />
de Lagoa Vermelha (RS), possui um faturamento anual de<br />
R$ 200 milhões, havendo mais de 70 lojas espalhadas por Santa<br />
Catarina e Rio Grande do Sul. A empresa será instalada na antiga<br />
estrutura do grupo Batistella, às margens da BR-116. De<br />
acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho<br />
e Renda, Juliano Chiodelli, com a assinatura do protocolo<br />
de intenções o município se compromete a oferecer incentivos<br />
fiscais e econômicos ao grupo. Para a transferência do Centro<br />
de Distribuição para Lages, os investimentos da empresa giram<br />
em torno de R$ 1 milhão somente<br />
para a adequação da estrutura. Dentro<br />
dessa estrutura, conforme explica<br />
o superintendente do grupo, Cristiano<br />
Volpato, estará todo o estoque de<br />
mercadorias para atender as mais de<br />
70 lojas da rede. “Somando todos os<br />
investimentos, os valores ultrapassarão<br />
R$ 10 milhões”, diz.<br />
Lages recebe em maio<br />
Festival Food Truck<br />
Os Food Trucks (gastronomia sobre rodas) são sucesso por<br />
onde passam. A moda que recentemente chegou ao Brasil<br />
está se espalhando por todo país e Lages não poderia ficar de<br />
fora. O Centro Serra irá receber nos dias 9 e 10 de maio o maior<br />
evento gastronômico itinerante, o Food Truck. Traduzido do<br />
inglês: “Caminhão de Comida”. São verdadeiros restaurantes<br />
sobre rodas, que levam suas cozinhas itinerantes para qualquer<br />
lugar, oferecendo pratos elaborados, com uma pegada gourmet.<br />
A organização é uma parceria entre a associação de Food<br />
Trucks de Florianópolis com o Centro Serra em Lages e outras<br />
associações como Curitiba e Porto Alegre. A coordenadora do<br />
evento, Viviane Della Giustina, comenta que serão mais de 20<br />
caminhões de comida. “Estamos trazendo a Lages essa novidade<br />
gastronômica, ela já passou por várias cidades como Florianópolis<br />
que teve a visita de 40 mil pessoas e Blumenau que em<br />
18 horas chegou a 55 mil pessoas experimentando as delícias<br />
preparadas pelos 20 caminhões”. A expectativa da organização<br />
é que cerca de 15 mil pessoas prestigiem a primeira edição do<br />
Festival em Lages, que<br />
terá entrada gratuita.<br />
O Horário é das 11h às<br />
22h. E nos dois dias do<br />
evento, o público poderá<br />
aproveitar para conhecer<br />
pratos das mais<br />
diversas cozinhas.<br />
Midilages inaugura terceira<br />
ampliação em Lages<br />
Governador Raimundo Colombo; o presidente da SC-Par,<br />
O Paulo Cesar da Costa; presidente do CIASC, Roberto Amaral;<br />
prefeito em exercício Toni Duarte, entre várias outras autoridades,<br />
estiveram em Lages na terça-feira, 28 de abril. Eles participaram na<br />
Uniplac da inauguração de novos laboratórios implantados naquela<br />
instituição (que serão utilizados pelos cursos de Engenharia – investimentos<br />
próximos a R$ 2 milhões), além da terceira ampliação<br />
do Midilages (Micro Distrito de Base Tecnológica de Lages),<br />
na prática a primeira e até agora única incubadora de empresas da<br />
Serra Catarinense. O Midilages foi inaugurado em maio de 2005.<br />
Portanto, no próximo mês vai completar 10 anos. Neste período, já<br />
teve uma ampliação (há cinco anos). E agora inaugura uma terceira<br />
ampliação do espaço físico, com mais 268 m² de área construída,<br />
também edificada com madeira tratada (anexo à estrutura existente),<br />
que teve um investimento total de R$ 550 mil. O professor,<br />
fundador e que esteve à frente do Midilages até há bem pouco<br />
tempo (atualmente presta apenas consultoria àquela instituição),<br />
Carlos Eduardo de Liz, informou que atualmente são 23 empresas<br />
incubadas no projeto, que juntas representam 62 empregos diretos<br />
(de alto nível). “Teremos vaga para mais 8 ou 9 empresas no novo<br />
espaço. E já temos até fila de espera”, comemorou. “São empresas<br />
na sua maior parte concebidas por alunos egressos das várias instituições<br />
de ensino superior e/ou técnico de Lages. E muitas delas<br />
com produto inovador e de<br />
alto valor agregado. Aqui<br />
dentro já temos empresas<br />
com até 20 funcionários.<br />
E várias delas já estão no<br />
mercado”, contou Caco de<br />
Liz.<br />
Deputado Gabriel Ribeiro apresenta<br />
escritório de Lages para a imprensa<br />
Com o objetivo de facilitar mais o acesso da população e das<br />
lideranças de Lages e região ao seu trabalho de representação<br />
política da região da Serra Catarinense, o deputado estadual Gabriel<br />
Ribeiro (PSD) conta a partir de agora com um escritório em Lages.<br />
Localizado no Edifício Azteca, salas 707 e 708 (anexas), o deputado<br />
apresentou o escritório e os servidores que trabalharão no local no<br />
dia 13 de abril à imprensa de Lages. “Nas terças, quartas e quintas-<br />
-feiras são os dias em que temos sessões na Assembleia. E nestes<br />
dias estamos lá em Florianópolis, com atendimento no gabinete da<br />
Assembleia. Enquanto isso, a equipe aqui de Lages fará os trabalhos<br />
da cidade e região a partir daqui deste escritório. E nas segundas<br />
e sextas-feiras, à medida do possível porque também teremos<br />
compromissos em outras<br />
cidades, estaremos atendendo<br />
aqui. Fica mais fácil<br />
para prefeitos, vereadores e<br />
lideranças agendarem suas<br />
visitas aqui do que irem<br />
até Florianópolis”, argumentou<br />
Gabriel Ribeiro.<br />
3637<br />
revista visão<br />
mai. 15
REGIONAL revista visão mai. 15<br />
38 39<br />
Veja notícias atualizadas diariamente<br />
portal.revistavisao.com.br<br />
Parque de Exposições de Anita<br />
Garibaldi custou cerca de R$ 1 milhão<br />
Exatos 21 anos depois, foi inaugurado na tarde de sábado<br />
(18/04), o parque de Exposições Euclides Granzotto, em<br />
Anita Garibaldi. O descerramento da faixa e da placa do pavilhão<br />
de remates e a 10ª Feira do Terneiro com venda de 511<br />
animais prenunciou a retomada de investimentos da pecuária<br />
do município. Mais de 300 pessoas, especialmente compradores<br />
de outros municípios, prestigiaram o evento que para<br />
o prefeito Ivonir Fernandes da Silva, foi sucesso absoluto.<br />
“As feiras de gado eram um compromisso com os pecuaristas<br />
e um anseio da população. Foram cerca de R$ 1 milhão<br />
em investimentos do estado, federal e contrapartida do município”,<br />
disse o prefeito. A próxima etapa de melhorias do<br />
parque será a construção de churrasqueiras e banheiros públicos,<br />
além de uma dependência à parte para um caseiro que<br />
ficará responsável pela manutenção e limpeza do local. Além<br />
do novo pavilhão de<br />
remates e do centro<br />
de eventos, o parque<br />
de Exposições Euclides<br />
Granzotto conta<br />
com 105 mangueiras<br />
com capacidade para<br />
abrigar mais de 1.200<br />
animais.<br />
Cadastro Ambiental Rural será<br />
intensificado nos municípios da Amures<br />
Um plano de ação regional para intensificar os registros<br />
do Cadastro Ambiental Rural (CAR), nos 18 municípios<br />
da Serra Catarinense, começou a ser preparado pela Polícia<br />
Ambiental, Epagri, Amures, prefeituras, Udesc, Uniplac, sindicatos,<br />
associações e pela Secretaria Regional de Lages e de<br />
São Joaquim. O plano vai auxiliar especialmente as propriedades<br />
enquadradas na agricultura familiar. A reunião para<br />
discutir as estratégias de ação aconteceu no auditório da<br />
Amures, coordenada pelo gerente de comunicação da SDR<br />
de Lages, Pablo Gomes e pelo comandante da Polícia Ambiental,<br />
capitão Frederick Rambusch. A meta é até final de<br />
setembro levar capacitações e passar em todos os municípios<br />
orientando e esclarecendo sobre o registro do CAR. Com auxílio<br />
de estudantes da Udesc e Uniplac, será feita triagem de<br />
atendimentos sem custos aos produtores rurais. Quem não<br />
fizer o CAR pode sofrer restrições como não realizar operações<br />
de crédito. Na região da Amures, são 28.191 imóveis<br />
rurais que são obrigados a fazer o CAR.<br />
Festa da Madeira de Otacílio<br />
Costa foi cancelada<br />
prefeito de Otacílio Costa, Luiz Carlos Xavier (Tio Ligas),<br />
O reuniu a imprensa na manhã de terça-feira (14/04), para<br />
anunciar um pacote de medidas para conter gastos e evitar demissões.<br />
Parte das medidas já está valendo e outras passam a vigorar<br />
por decreto, a partir de primeiro de maio. O cancelamento<br />
da Festa da Madeira em comemoração aos 33 anos de emancipação<br />
do município, em abril, foi a primeira medida anunciada.<br />
“A prefeitura é a maior empregadora de mão de obra, com cerca<br />
de 930 colaboradores e demissões poderiam gerar um grande<br />
impacto social negativo”, disse o prefeito. Ao lado do vice e<br />
secretário da Saúde, Silvano Antunes, o prefeito reiterou que um<br />
grande esforço será feito para evitar demissões. Só com o cancelamento<br />
da Festa da Madeira, a previsão é economizar R$ 200<br />
mil. Com redução de carga horária de funções gratificadas, comissionados<br />
e de confiança, a<br />
pretensão é economizar mais<br />
R$ 150 mil por mês. “Somadas<br />
às medidas de contenções<br />
de gastos, creio que teremos<br />
uma economia de R$ 250 mil<br />
por mês”, reiterou o prefeito.<br />
Campo Belo do Sul inaugura<br />
Posto de Saúde Central<br />
Ao menos três mil pessoas foram atendidas no sábado<br />
(25/04), no primeiro Campo Belo em Ação, Saúde e Cidadania.<br />
A Força Tarefa mobilizou ao menos 250 pessoas e teve<br />
a estrutura montada na Escola de Educação Básica Major Otacílio<br />
Couto. Serviços como confecção de CPF, título de eleitor,<br />
carteira de identidade, carteira profissional e até distribuição de<br />
mudas de árvores foram oferecidos à população, sem qualquer<br />
custo. A prefeitura disponibilizou nove ônibus para transportar<br />
as pessoas das comunidades do interior. O Campo Belo em Ação,<br />
Saúde e Cidadania reuniu cerca de 25 entidades como Correios,<br />
Casan, Coopercampos, Escolas, Pastoral da Saúde, Sesi, Senac,<br />
Samu, Corpo de Bombeiros e entidades privadas que deram sua<br />
contribuição para melhoria da qualidade de vida dos atendidos.<br />
O evento teve até inauguração da estrutura do Posto de Saúde<br />
Central, que foi ampliado em cerca de 400 metros. A secretária<br />
de Saúde, Terezinha Branco Moraes, explicou que a nova unidade<br />
de saúde passou a ter quase 800 metros quadrados. E o<br />
desafio agora é equipar a unidade com modernos instrumentos<br />
médicos. A deputada federal<br />
Carmen Zanotto prestigiou<br />
a inauguração do posto de<br />
saúde e anunciou a liberação<br />
de R$ 100 mil para ajudar<br />
na aquisição de equipamentos.<br />
O prefeito Edilson<br />
José de Souza, disse que<br />
este modelo de Força Tarefa<br />
deve ser realizada ao menos<br />
duas vezes ao ano.
PROGRAMA<br />
TERRA BOA<br />
O GOVERNO DE SANTA CATARINA INCENTIVA.<br />
O AGRICULTOR CATARINENSE COLHE O SUCESSO.<br />
Começou a primeira fase do Programa Terra Boa. São 310 mil toneladas de calcário, 220 mil sacas de semente de milho,<br />
3.500 kits de forrageiras e 430 kits apicultura à disposição do agricultor catarinense, totalizando um investimento de<br />
R$ 48 milhões. É o Governo de Santa Catarina apoiando o agricultor e trabalhando para o desenvolvimento do estado.<br />
Procure a Epagri do seu município e prepare o terreno para crescer.
REGIONAL<br />
4041<br />
revista visão<br />
Novas negociações para o curso de<br />
Medicina na UFSC de Curitibanos<br />
Comitiva da região de Curitibanos formada pelo Presidente<br />
da Amurc, José Antonio Guidi, Secretário Roque<br />
Stanguerlin (SDR de Curitibanos), Prefeita Sisi Blind (São<br />
Cristóvão do Sul), Presidente da Câmara de Vereadores de<br />
Curitibanos, Arcílio Alves; Presidente da ACIC, Amarildo Niles;<br />
vereadora curitibanense Vilma Fontana Maciel e do diretor<br />
do Hospital Hélio Anjos Ortiz, Marcelo Pasolini estiveram<br />
em audiência com o Secretário de Estado da Educação, Eduardo<br />
Deschamps. Na pauta, a reivindicação de dilatação do<br />
prazo de cedência do CEDUP de Curitibanos à UFSC para assegurar<br />
a instalação do Curso de Medicina da UFSC em Curitibanos.<br />
O evento contou com a presença de Julian Borba,<br />
Pró-reitor de extensão da UFSC e do Deputado Aldo Schneider,<br />
que mediou as negociações com o governo do Estado.<br />
A UFSC pretende utilizar, temporariamente, as instalações do<br />
prédio do CEDUP para dar início ao Curso de Medicina. A<br />
proposição requer o uso compartilhado das instalações físicas<br />
do prédio. Segundo o Prefeito Dudão, “o Secretário Dechamps<br />
classificou a proposição como ousada e geradora de<br />
muitos benefícios à região. Disse que não haverá obstáculos<br />
políticos ao pleito e que a<br />
demanda depende apenas<br />
de ajustes técnico-legais<br />
e a ressalva para que seja<br />
garantida estrutura para<br />
cursos técnicos profissionalizantes<br />
previstos para a<br />
região.<br />
Evandro Badin lança livro de<br />
fotografias<br />
jovem Evandro Carlos Badin, Diretor Executivo do Programa<br />
Junior Achievement em Santa Catarina (uma metodo-<br />
O<br />
logia internacional que incentiva adolescentes e jovens a empreenderem)<br />
- com uma grande contribuição no Estado ao longo<br />
dos anos - lançou-se recentemente numa diferente seara:<br />
um livro de fotografias. “Gosto de fotografar desde criança”,<br />
explicou. “Sou amador. Nunca me aperfeiçoei profissionalmente<br />
no assunto, embora tenha curiosidade e goste muito de ler<br />
e aprender a respeito”, explicou. “Então, em minhas andanças<br />
pelo Estado – e em viagens que faço – costumo fotografar tudo<br />
o que vejo. Dessa paixão, tenho milhares de imagens. E imaginei<br />
fazer uma seleção e produzir um livro”, contou. A obra<br />
de Evandro, que foi lançada através do projeto de Incentivo à<br />
Cultura (Lei Rouanet), através da Prefeitura de Florianópolis e<br />
Fundação Franklin Cascaes, com apoio da empresa Flex Contact<br />
Center, foi lançada há poucas semanas, em Florianópolis.<br />
“O livro teve a participação de 214 diferentes pessoas, de 3 a<br />
81 anos, de vários municípios do Estado e das mais variadas<br />
profissões. Foram eles que deram nome a cada uma das 87<br />
fotos selecionadas para a obra.<br />
Assim, cada imagem tem diversos<br />
nomes. Foi uma construção<br />
coletiva. Daí o título do livro:<br />
‘Nominando’”, explicou. Evandro<br />
Carlos Badin esteve em Lages<br />
enos visitou na redação da<br />
<strong>Visão</strong>, trazendo um livro autografado<br />
de presente.<br />
Jovem de Ponte Alta lança primeiro livro<br />
jovem Leonardo Bianchine Farias,<br />
O filho do ex-prefeito de Ponte Alta,<br />
Luiz Paulo Farias, mora em Blumenau<br />
há vários anos. É formado em Educação<br />
Física pela Universidade Regional de<br />
Blumenau – FURB e Faculdade de Desporto<br />
da Universidade do Porto/Portugal,<br />
Especialista em Musculação e Condicionamento<br />
Físico pela Universidade Gama<br />
Filho, triatleta amador e agora escritor.<br />
Em seu primeiro livro (um sonho que<br />
sempre acalentou desde a infância), o<br />
autor declara seu amor à profissão e aos<br />
seres gigantes que passaram por sua vida,<br />
oferecendo-lhe apoio e estímulo e que<br />
influenciaram definitivamente a sua vida.<br />
sua trajetória, percebeu as circunstâncias<br />
que lhe permitiram alcançar o que queria<br />
e da ordenação destes escritos surgiu<br />
também a vontade de compartilhar seus<br />
pensamentos. “Sempre observei que conseguia<br />
fazer tudo se seguisse os passos<br />
daqueles que alcançaram ou estavam<br />
alcançando o sucesso, me apoiando em<br />
ombros de gigantes”. Leonardo sempre<br />
admirou aquelas pessoas que chegaram<br />
onde queriam “e admiro ainda mais<br />
quando essas pessoas são jovens. Se já<br />
conseguiram chegar onde estão, sendo<br />
tão novas, imagina o quão grandioso será<br />
seu futuro”, comenta o autor, entusiasmado.<br />
taria de ser assim também!’, ‘Será que<br />
um dia conseguirei chegar onde ele chegou?’,<br />
‘Será que posso ir além do que ele<br />
foi?’. Muitas vezes é o que me pergunto”.<br />
Inspirado em sua experiência o autor faz<br />
uma forte relação com a liderança e a autoliderança.<br />
O autor do livro: “Você viu um gigante<br />
por aí?” começou a escrever em<br />
rascunhos as ideias que surgiram durante<br />
uma caminhada, no decorrer de uma aula,<br />
uma conversa, uma viagem, e então,<br />
as primeiras páginas foram ganhando<br />
forma. Reuniu fatos que o ajudaram em<br />
A provocação para escrever o livro<br />
veio justamente de pensamentos que<br />
se tornaram frequentes e sobre os quais<br />
pautou os textos reunidos agora em forma<br />
de livro: “Quantas vezes você olhou<br />
para alguém e pensou: ‘Nossa, como ele<br />
consegue fazer tudo isso?’, ‘Como gos-
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A Praça Joca Neves foi<br />
palco do 2º Salão do Livro<br />
da Serra Catarinense durante<br />
o mês de abril. Com<br />
a temática “Livro, Cidade<br />
e Diversidade”, o evento<br />
aconteceu entre os dias 11 e<br />
19 de abril. O escritor Luis<br />
Fernando Verissimo foi uma<br />
das grandes atrações.<br />
VERISSIMO FOI A<br />
GRANDE ATRAÇÃO<br />
DO SALÃO DO LIVRO<br />
A feira<br />
do livro foi aberta no sábado, dia 11, com 10 estandes<br />
de livrarias locais e mais de 30 mil títulos à<br />
disposição dos visitantes. A programação cultural iniciou na segunda-<br />
-feira, dia 13, onde foi aberto o Salão de Ideias João Rath. Lá passaram<br />
grandes nomes da literatura. A contação de histórias e a mesa de discussões<br />
sobre os mais variados temas chamaram a atenção e divertiram<br />
os estudantes que passaram pelo local.<br />
Luis Fernando Verissimo<br />
O bate-papo com Luis Fernando Verissimo, de Porto Alegre, um dos mais<br />
consagrados e renomados nomes da literatura brasileira da atualidade,<br />
ocorreu no sábado, dia 18, com muitas perguntas dos mediadores e do<br />
público. Ele atraiu um público de 600 pessoas no Salão de Ideias. Solicitado<br />
a opinar quanto à nova safra de escritores, qual a recomendação,<br />
foi objetivo: “Quem lê bem escreve bem”, ou seja, para compor bons<br />
textos é preciso estudar muitos livros e ter conhecimento da língua brasileira.<br />
Sobre as tecnologias, uma porcentagem de escritores e de jornalistas<br />
se preocupa com a possibilidade de os meios impressos (livros e<br />
jornais) se extinguirem. Mas para Verissimo, sempre haverá a necessidade<br />
de alguém escrever, seja para a mídia virtual ou impressa. “O que me<br />
preocupa é se um dia as máquinas produzirem, você apertar um botão<br />
e o texto ficar pronto”, disse. Aos interessados em serem cronistas e não<br />
sabem o que é exatamente uma crônica, lembra que até hoje não há<br />
uma definição onde começa e termina esse gênero literário. Por isso,<br />
“escreva”, recomendou.<br />
Luis Fernando Verissimo<br />
Perguntado sobre quem indicaria hoje como um grande escritor<br />
brasileiro, respondeu que até conhecer Milton Hatoum (um escritor de<br />
Manaus) tinha problema em responder essa questão. O bate-papo rendeu<br />
muitos risos aos espectadores. Uma dessas ocasiões deu-se devido<br />
a textos que circulam na internet e que levam a autoria de Luis Fernando<br />
Verissimo sem serem dele. O mais famoso chama-se “Quase”, e<br />
teria sido escrito por uma catarinense e foi até mesmo publicado em<br />
uma coletânea no exterior com o nome de Verissimo. A autora teria se<br />
apresentado ao escritor e contado como tudo ocorreu: ela escreveu e<br />
suas amigas gostaram tanto que postaram na internet e usaram o nome<br />
do escritor para dar credibilidade. Outro texto citado é “Diga não às<br />
drogas”. Neste caso, o autor, não identificado, refere-se às drogas co-
mo sendo as duplas sertanejas. “Tornei-me ‘persona<br />
non grata’ (por causa do texto), em Goiânia”, brinca<br />
Verissimo. Goiânia é uma região celeiro de cantores<br />
sertanejos.<br />
O evento literário encerrou no domingo, dia 19,<br />
ao som de “O Jazz 6”, que reúne quatro músicos<br />
profissionais e um quinto artista completo que se<br />
tornou a atração do grupo: nada menos que o escritor<br />
Verissimo. Mais uma vez com casa cheia.<br />
Escritor indígena<br />
A programação iniciou diversificada para o público<br />
infantil. O escritor indígena Daniel Munduruku fez<br />
um bate-papo com a criançada, na segunda-feira,<br />
dia 13. Antes mesmo da conversa começar, a aluna<br />
e professora Fátima Maciel e Silvana Dalla Costa,<br />
do curso técnico em Biblioteca do Serviço Nacional<br />
de Aprendizagem Comercial (Senac), fizeram<br />
uma entrevista que vai incrementar o trabalho de<br />
incentivo à leitura feito em sala de aula. “Adorei<br />
a entrevista. Ele é superinteligente e objetivo nas<br />
respostas”, conta Fátima depois de fazer uma série<br />
de perguntas sobre leitura ao escritor.<br />
De forma bastante lúdica e divertida, Daniel<br />
atraiu e manteve a atenção das crianças que participaram.<br />
Na primeira fila estava a pequena e atenta<br />
Kamila Oliveira, de 5 anos. Quase sem piscar, ela<br />
acompanhou cada palavra dita pelo indígena durante<br />
a contação de histórias que trouxe o cotidiano<br />
do povo mundurucu, que significa formiga grande.<br />
“Gostei muito das histórias”, avaliou timidamente a<br />
menina.<br />
Natural do Pará, e morador de São Paulo há anos,<br />
Daniel Munduruku é educador por formação. Na área<br />
da filosofia, lecionou por 15 anos para jovens. A literatura<br />
surgiu em sua vida por conta da necessidade de<br />
se expressar e falar do povo indígena. E isso ocorreu<br />
por meio da contação de histórias. Das indagações das<br />
crianças surgiu seu primeiro livro. “Resolvi escrever um<br />
texto sobre as perguntas que as crianças faziam. Mandei<br />
para algumas editoras, umas me responderam<br />
positivamente e outras não”, conta Daniel.<br />
Bate-papo com Joanna de Assis<br />
Esporte, jornalismo e inclusão foram temas do<br />
bate-papo com a jornalista Joanna de Assis,<br />
repórter do Sport TV e autora do livro Para-<br />
-Heróis. Joanna participou no dia 14 de abril<br />
da mesa “Esporte, jornalismo e inclusão”, com<br />
o escritor Mauricio Neves de Jesus. Eles falaram<br />
para um público de 200 pessoas, a maioria<br />
alunos e professores dos cursos de comunicação<br />
social da cidade. A conversa girou em torno da<br />
experiência de Joanna como repórter que cobriu<br />
vários eventos esportivos no Brasil e no<br />
exterior.<br />
Numa dessas oportunidades, Joanna entrevistou<br />
dez portadores de deficiência que<br />
tinham o sonho comum de se tornar campeões<br />
paraolímpicos. Desse trabalho nasceu<br />
sua primeira obra, Para-Heróis, lançada no<br />
ano passado. “Textos jornalísticos e literários<br />
são diferentes. Mas ambos me apaixonam”,<br />
diz. Ela ainda falou sobre seu trabalho<br />
como repórter esportiva, uma atividade<br />
predominantemente masculina. “Enfrentei<br />
muito preconceito, mas respondi com o meu<br />
profissionalismo. E conquistei o respeito que<br />
todas as mulheres merecem”, aponta. Depois<br />
de responder às curiosidades dos acadêmicos,<br />
ela fez uma sessão de autógrafos.<br />
Segundo os organizadores, estima-se que<br />
aproximadamente 25 mil pessoas passaram pela<br />
praça para acompanhar a programação literária<br />
e cultural e comprar livros. Para o coordenador<br />
Adilson de Oliveira Freitas, o 2º Salão do Livro<br />
foi um sucesso. “Estamos muito contentes com<br />
o resultado e a nossa meta para o próximo ano<br />
é melhorar ainda mais a qualidade daquilo que<br />
está sendo oferecido”, avaliou.<br />
4243<br />
revista visão<br />
mai. 15<br />
Daniel Munduruku<br />
Joanna de Assis
EDUCAÇÃO revista visão mai. 15<br />
4445<br />
AMPLIAÇÃO DO IFSC DE URUPEMA<br />
SERÁ ENTREGUE EM AGOSTO<br />
O pequeno município de<br />
Urupema, com uma população<br />
de pouco mais de 2 mil<br />
habitantes, pode se orgulhar. Em<br />
nível de Brasil, é o único com<br />
menos de 50 mil habitantes a ter<br />
uma unidade do Instituto Federal<br />
(aqui em SC, Instituto Federal<br />
Santa Catarina – IFSC).<br />
LORENO SIEGA<br />
Não<br />
bastasse isso, é o único de<br />
Santa Catarina até agora a<br />
ter um curso de graduação em Viticultura e<br />
Enologia (que começou em fevereiro deste<br />
ano). E talvez seja o único do Estado e do<br />
Brasil deste porte a dispor de uma instituição<br />
tão importante quanto o IFSC.<br />
Por falar nisso, no dia 05 de agosto deste<br />
ano serão entregues oficialmente à comunidade<br />
as obras de ampliação daquela unidade,<br />
que está em obras há mais de um ano e que<br />
representou até agora quase R$ 4,9 milhões<br />
em investimentos na construção da estrutura<br />
física.<br />
Ao todo, são dois mil m² de área construída,<br />
que somados aos 651 m² que já existiam,<br />
vão compor uma moderna estrutura<br />
para sediar cursos técnicos na área de fruticultura<br />
e alimentos (de duração de um ano<br />
e meio a dois anos), cursos de graduação<br />
(Viticultura e Enologia é o primeiro deles) e<br />
cursos de menor duração (várias modalidades).<br />
No futuro, de acordo com informações<br />
do diretor da unidade, Professor Marcos<br />
Stroschein, a intenção é implantar cursos de<br />
pós-graduação, mestrados e até doutorados.<br />
“Teremos em Urupema um dos maiores<br />
centros de excelência na área de fruticultura, agroindústria e tecnologia de alimentos,<br />
com modernos e sofisticados laboratórios, coisa de primeiro mundo. E, o que<br />
é ainda melhor: com professores de altíssimo nível. Praticamente todos os docentes<br />
do IFSC de Urupema são doutores. Essa é uma grande conquista para Urupema e<br />
para a Serra Catarinense”, comemorou o prefeito Amarildo Gaio, que vem lutando<br />
por isso desde que ocupava cargo de Secretário Adjunto na SDR de São Joaquim<br />
(quando o então Secretário era Humberto Brighenti, hoje prefeito de São Joaquim).<br />
O IFSC de Urupema emprega diretamente 31 pessoas (entre professores e técnicos).<br />
E vai empregar 48 quando toda a nova estrutura estiver em funcionamento,<br />
gradativamente a partir de agosto deste ano.
46 47<br />
revista visão
4647<br />
revista visão mai. 15
foto | Divulgação foto | Divulgação foto | Divulgação<br />
BELEZA<br />
4849<br />
revista visão mai. 15<br />
LIANA FERNANDES<br />
SUELY MIYAKE<br />
A Designer<br />
Micropigmentadora,<br />
Kate Karine é<br />
especialista na<br />
nova técnica de<br />
maquiagem definitiva,<br />
que é chamada de<br />
micropigmentação. Os<br />
resultados obtidos são<br />
naturais e harmoniosos.<br />
Micropigmentação<br />
revoluciona estética facial e corporal<br />
A técnica<br />
é aplicada na primeira<br />
camada da pele. Pode<br />
ser usada para cobrir falhas nas sobrancelhas, camuflar<br />
acromias ou couro cabeludo. É possível também<br />
repigmentar aréolas de mamilos após cirurgia<br />
ou mesmo o mamilo inteiro em mamas reconstituídas.<br />
A duração desta técnica é de 2 a 5 anos, sendo<br />
necessário um novo retoque após esse período. O<br />
resultado final da micropigmentação tem o objetivo<br />
de realçar a naturalidade de sua beleza.<br />
Kate também trabalha com Design de Sobrancelhas<br />
e maquiagem. Ela atende na Joice Neto Cabelereira,<br />
bairro São Cristóvão e o agendamento pode<br />
ser feito pelos telefones (49) 3225-2180; 9936 3603<br />
ou 8436 6586.<br />
Kate Karine,<br />
Designer Micropigmentadora
GASTRONOMIA revista visão mai. 15<br />
50 51<br />
Panquecas<br />
Deliciosas<br />
de Carne
Sabe aquela receita reconfortante<br />
com cara de “comida de<br />
mãe”? Essa panqueca tradicional<br />
de carne moída é tudo isso e<br />
muito mais. Perfeito para um<br />
almoço em família.<br />
Todo<br />
mundo tem um receita de massa<br />
de panqueca com seu recheio<br />
favorito. Mas essa opção que propomos, tem<br />
um sabor incrível, a massa fica fininha e elástica<br />
e é muito simples de se fazer. Todo o trabalho<br />
envolvido, certamente será recompensado pelo<br />
resultado final. Essa receita rende seis panquecas<br />
bem recheadas. Se quiser fazer mais é só dobrar os<br />
ingredientes.<br />
o<br />
foto | Shutterstock<br />
Massa<br />
•<br />
2 ovos<br />
1 xícara de cerveja<br />
Pitada de sal<br />
1 colher de sopa de óleo<br />
1 xícara de farinha<br />
Recheio<br />
3 ovos cozidos<br />
2 cebolas<br />
400g de carne moída<br />
sal<br />
pimenta preta<br />
1 xícara de caldo de legumes<br />
Salsinha picada<br />
Molho<br />
1/4 de xícara de azeite de oliva<br />
3 dentes de alho<br />
1 ramo grande de manjericão<br />
1 lata de tomate pelado<br />
sal e pimenta preta<br />
•<br />
•<br />
Para fazer a massa, bata todos os ingredientes (pode<br />
ser à mão) até obter uma massa fina e lisa. Deixe<br />
descansando na geladeira. Esquente bem uma<br />
frigideira antiaderente, e besunte com óleo. Disponha<br />
uma concha da massa, virando a frigideira<br />
para que forre todo o fundo. Vire a panqueca com<br />
uma espátula e deixe dourar do outro lado, fazer<br />
isso até terminar a massa.<br />
Para o recheio, refogue a cebola picada em<br />
uma frigideira com um fio de azeite. Quando ela<br />
estiver bem dourada, retire e reserve. Adicione um<br />
pouco mais de azeite e frite a carne, tempere com<br />
sal e pimenta e adicione a cebola, o caldo de legumes<br />
e deixe reduzindo durante 5 minutos em<br />
fogo baixo. Desligue o fogo e adicione a salsinha<br />
e o ovo cozido picado.<br />
Para o molho, em uma panela coloque o azeite<br />
com os alhos e o manjericão. Deixe em fogo<br />
baixinho, até o alho começar a dourar. Adicione o<br />
tomate pelado, tempere com sal e pimenta e deixe<br />
reduzindo até ficar um molho mais espesso.<br />
Para a montagem, recheie as panquecas com<br />
a carne, enrole e disponha em uma travessa uma<br />
do lado da outra. Coloque o molho por cima, rale<br />
parmesão e leve ao forno médio, até que as bordas<br />
das panquecas fiquem douradinhas.<br />
fonte | projetobanquete.com<br />
5051<br />
revista visão mai. 15
VIDA E SAÚDE<br />
LABORATÓRIO<br />
PALMA<br />
revoluciona técnica que<br />
acusa rejeição à lactose<br />
52 53<br />
revista visão mai. 15<br />
LIANA FERNANDES<br />
GUGU GARCIA<br />
Após consumir leite ou seus derivados,<br />
algumas pessoas podem sentir dor<br />
abdominal, náuseas, diarreia e gases. Em<br />
geral, tais sintomas são percebidos como<br />
um simples mal-estar, típico de estômago<br />
sensível. Mas atenção: se o incômodo<br />
aparecer num período entre meia hora e<br />
duas horas após o consumo de laticínio,<br />
pode significar intolerância à lactose.<br />
Agora<br />
já é possível verificar a intolerância à lactose –<br />
uma rejeição do organismo ao leite e seus derivados<br />
– com mais conforto e sem precisar coletar sangue. O teste do<br />
hidrogênio expirado utiliza o gás formado no interior dos intestinos<br />
pela ação bacteriana dos carboidratos para o diagnóstico final.<br />
O bioquímico e especialista em Microbiologia, Dr. Rafael de Lima<br />
Miguel, do Laboratório Palma, explica que este hidrogênio se difunde<br />
pela corrente circulatória e chega aos alvéolos pulmonares. Com isso é<br />
possível detectá-lo através do ar exalado pelo paciente.<br />
Este teste é, segundo Dr. Rafael, o melhor exame para o diagnóstico<br />
de intolerância à lactose realizado atualmente. “Além de ter uma<br />
grande sensibilidade e especificidade, é um exame não invasivo, pois<br />
não utiliza amostra sanguínea, com a utilização de agulhas. Ele também<br />
é totalmente indolor, o que facilita realizá-lo em crianças de qualquer<br />
idade”, avalia o bioquímico.<br />
O procedimento<br />
Para realizar o teste, o laboratório pede que o paciente fique em jejum<br />
por pelo menos oito horas. Depois disso, é necessário ingerir uma<br />
solução aquosa contendo lactose – medida conforme o peso da pessoa<br />
que realizará o exame. “Com isso, as amostras de ar expirado<br />
serão obtidas em intervalos de tempo pré-definidos. O teste dura em<br />
média três horas”, explica Dr. Rafael.<br />
Além do teste do hidrômetro, o diagnóstico da intolerância à lactose<br />
pode ser feito pelo método tradicional, onde é coletado o sangue<br />
ou pelo teste genético, através do DNA. Este último também dispensa<br />
coleta sanguínea.
Dr. Rafael de Lima Miguel, bioquímico<br />
Dr. José Américo do Amaral, farmacêutico,<br />
bioquímico e responsável técnico<br />
Rendimento esportivo x<br />
doenças cardiovasculares<br />
Buscando sempre trazer o que há de melhor<br />
em exames a Lages, o Laboratório<br />
Palma disponibiliza dois novos métodos<br />
de diagnóstico: o primeiro é específico<br />
para avaliação genética de rendimento<br />
esportivo. O outro verifica o risco de doenças<br />
cardiovasculares precocemente.<br />
Os fatores genéticos contribuem,<br />
segundo diversos estudos, de 20% a<br />
50% na variação individual para determinadas<br />
características relacionadas ao<br />
rendimento esportivo. A análise genética,<br />
associada ao rendimento, permite<br />
a individualização do treinamento<br />
e a prescrição do exercício saudável. O<br />
exame de nome “Sport” é indicado para<br />
pessoas que desejam manter ou melhorar<br />
seu rendimento esportivo e prevenir<br />
as lesões frequentes da atividade<br />
física, tanto para atletas quanto para<br />
pessoas comuns. Segundo o bioquímico<br />
Dr. Rafael, o exame permite que a pessoa<br />
aperfeiçoe o treinamento, além de<br />
identificar os indivíduos que necessitam<br />
adotar medidas de prevenção das doenças<br />
frequentes do esportista.<br />
Há 30 anos fornecendo resultados<br />
O Laboratório Palma foi fundado em<br />
1985 pelo então jovem farmacêutico-<br />
-bioquímico, Dr. José Américo do Amaral<br />
Palma. Segurança e confiabilidade em<br />
análises clínicas sempre foram as preocupações<br />
da empresa, que busca contribuir<br />
para o desenvolvimento regional. A utilização<br />
de tecnologias de ponta, associada<br />
à capacitação continuada de seus colaboradores<br />
e à valorização do ser humano,<br />
tem feito do Laboratório Palma um grande<br />
aliado na promoção, prevenção e recuperação<br />
da saúde da Serra Catarinense.<br />
Com quatro unidades de atendimento<br />
em Lages e uma em São Joaquim, o<br />
Laboratório foi um dos pioneiros da região<br />
a promover o “Programa de Gerenciamento<br />
de Resíduos de Serviços de<br />
Saúde”, em plena conformidade com os<br />
requisitos da RDC 302, de 13 de outubro<br />
de 2005, da Agência Nacional de Vigilância<br />
Sanitário (ANVISA). A empresa promove<br />
medidas de segurança e saúde aos<br />
colaboradores e clientes, preserva o meio<br />
ambiente, reduz a produção de resíduos e<br />
principalmente, proporciona um encaminhamento<br />
correto e eficaz ao lixo gerado.<br />
A bioquímica Dra. Fabiola Rossi Campos<br />
Bumm é a responsável pelo setor de<br />
qualidade e conta que desde que o Laboratório<br />
aderiu ao programa a empresa cresceu<br />
gradativamente. “Hoje temos padrões<br />
para todas as funções realizadas dentro do<br />
Laboratório, se algum colaborador faltar,<br />
saberemos quais as funções e como realizar<br />
as suas tarefas”, destaca.<br />
A garantia da qualidade de todas as<br />
fases pode ser conseguida por meio da padronização<br />
de cada uma das atividades envolvidas,<br />
desde o atendimento ao paciente<br />
até a liberação do laudo, tornando assim, o<br />
laboratório totalmente acreditado em todos<br />
os seus setores, pelo Departamento Interno<br />
de Controle de Qualidade (DICQ). Com isso,<br />
pode-se alcançar a qualidade que se almeja<br />
e, com a gestão da qualidade, garanti-la.<br />
5253<br />
revista visão mai. 15<br />
A doença cardiovascular é a principal<br />
causa de morte no mundo. O componente<br />
genético dos antecedentes<br />
ou da doença cardiovascular pode ser<br />
analisado por meio de teste de genética<br />
molecular, capaz de avaliar o risco<br />
cardíaco. O objetivo do teste é analisar<br />
genes importantes em processos como<br />
a alteração da função endotelial, hiperlipidemia,<br />
hipertensão arterial e processos<br />
inflamatórios, além de pesquisar as<br />
condições genéticas associadas ao sistema<br />
de coagulação, que podem contribuir<br />
para a trombose venosa.<br />
Controle de qualidade<br />
A melhoria contínua dos processos envolvidos<br />
deve representar o foco principal de<br />
qualquer laboratório. Para isso, o Laboratório<br />
Palma procura oferecer, cada vez mais, os<br />
melhores produtos ou serviços para os pacientes.<br />
Por isso, há anos o laboratório participa<br />
do Programa Nacional de Controle de<br />
Qualidade (PNQC) da Sociedade Brasileira de<br />
Análises Clínicas (SBAC), e anualmente auditores<br />
passam por todos os setores do laboratório<br />
avaliando os procedimentos realizados.<br />
Rua João de Castro, 290 | Lages SC<br />
www.laboratoriopalma.com.br<br />
palma@laboratoriopalma.com.br<br />
49 3222.2312
ESPORTE revista visão mai. 15<br />
54 55<br />
O Internacional de Lages<br />
terminou o Campeonato<br />
Catarinense em 4º lugar<br />
(à frente de equipes<br />
de renome como<br />
Avaí e Criciúma, por<br />
exemplo). O time teve<br />
vitórias consagradas<br />
e derrotas suadas. Ele<br />
lutou até os últimos<br />
minutos do segundo<br />
tempo, no último jogo<br />
contra o Figueirense,<br />
em Florianópolis, onde<br />
perdeu de 2 x 0 e ficou<br />
com a quarta posição.<br />
Este foi seu melhor<br />
desempenho desde 1985.<br />
LIANA FERNANDES<br />
DIVULGAÇÃO<br />
A SENSAÇÃO DO<br />
CATARINENSE<br />
Há 30<br />
anos o Leão Baio levantou<br />
a Taça Dite<br />
Freitas, conquistada com a melhor campanha<br />
na terceira fase da competição.<br />
A Taça Dite Freitas, que colocou o Inter<br />
no hexagonal decisivo do campeonato<br />
daquele ano (1985), é até hoje um<br />
dos grandes feitos do clube na primeira<br />
divisão do estadual. O presidente do<br />
clube, Christopher Nunes disse que o<br />
resultado foi satisfatório, mas que sabe<br />
que o time pode ir mais longe. “Eu considero<br />
extraordinária a trajetória do Inter,<br />
já que vem conquistando todas as<br />
metas que traçamos. Conseguimos mostrar<br />
nosso time em âmbito estadual e<br />
até nacional, unificamos a torcida e fizemos<br />
com que o poder público passasse<br />
a nos valorizar. Em breve, por meio<br />
do governador Raimundo Colombo e do<br />
deputado Gabriel Ribeiro, vamos conseguir<br />
construir o nosso Centro de Treinamentos<br />
(CT). Assim os jogadores vão<br />
ser melhores capacitados para os jogos”,<br />
destaca.<br />
O ex-presidente do Inter, José Carlos<br />
Susin, o Zezé, ressalta que desde que<br />
o Inter ressurgiu em 2012, o time vem<br />
crescendo gradativamente. “Vejo que<br />
demos aos lageanos a alegria de ver seu<br />
time brilhar e ter orgulho. Daqui para<br />
frente a expectativa é maior. Mas sei que<br />
o time não irá decepcionar”, diz.<br />
<strong>2015</strong><br />
O último jogo<br />
O jogo do dia 19 de abril contra o Figueirense,<br />
na capital, apesar da derrota<br />
por 2 x 0 (o Inter jogou desfalcado<br />
de seus principais jogadores), marcou<br />
a trajetória do clube. Se o Inter tivesse<br />
vencido, conquistaria vaga para a Copa<br />
do Brasil de 2016. Um simples empate,<br />
combinado com o resultado de Chapecoense<br />
e Criciúma, poderia dar ao colorado<br />
lageano essa conquista. Mas, com<br />
a derrota, combinado com a vitória da<br />
Chapecoense sobre o Criciúma por 1 x 0,<br />
o Inter acabou na 4ª colocação (e a Chape<br />
ficou em 3º). Com o 4º lugar, o Inter<br />
ainda pode obter uma vaga, mas a definição<br />
só ocorrerá em dezembro, quando<br />
a CBF ratificar o número de representantes<br />
de cada estado. Santa Catarina pode<br />
conseguir uma vaga extra por causa de<br />
sua melhora no ranking de federações<br />
da CBF, mas, caso essa vaga extra surja,<br />
ainda não está certo se ela seria dada ao<br />
quarto colocado no estadual – no caso,<br />
o Inter.<br />
Despedidas dos artilheiros<br />
Marcelinho Paraíba foi o principal goleador<br />
do Inter no estadual, com 8 gols. O<br />
vice-artilheiro do Inter no campeonato,<br />
com seis gols, foi Reinaldo. Juntamente
com o goleiro Fernando Henrique, outro<br />
grande destaque do Leão Baio no campeonato.<br />
Os três se despediram do clube<br />
antes do último jogo do time.<br />
Em coletiva de imprensa, a mensagem<br />
dos jogadores foi de satisfação por<br />
terem contribuído para a marcante campanha<br />
colorada. Reinaldo foi o primeiro<br />
a falar. “Com 36 anos, é preciso ter desafios<br />
para continuar jogando. E o meu<br />
desafio foi ajudar o Inter de Lages a reaparecer<br />
no cenário nacional. O Inter tem<br />
uma média de público que poucos clubes<br />
no Brasil têm hoje. Era um gigante<br />
que estava adormecido”, disse. O camisa<br />
9, disse já ter proposta de dois clubes da<br />
Série B do Brasileiro, mas que vai se recuperar<br />
da lesão na coxa, sofrida na reta<br />
final do certame, contra o Criciúma, antes<br />
de definir seu futuro.<br />
Marcelinho Paraíba, que acertou<br />
um ótimo contrato com o Joinville (vai<br />
disputar a série A do Brasileirão pela<br />
equipe catarinense), antes de ir embora<br />
destacou o espírito de grupo do Colorado<br />
Lageano. “Cada gol que fiz aqui foi<br />
especial porque foram gols bonitos e importantes,<br />
mas, antes de qualquer coisa,<br />
a gente pensou no coletivo. Quando o<br />
lado coletivo da equipe fica em primeiro<br />
lugar, o destaque individual aparece”,<br />
ressaltou. A projeção que o clube ganhou<br />
com a boa campanha no estadual deve<br />
aumentar o interesse de atletas de ponta<br />
em trabalhar na equipe, acredita ele.<br />
Um dos clubes com<br />
maior média de público<br />
O Inter encerrou sua participação no<br />
Campeonato Catarinense como um dos<br />
clubes com maior média de público da<br />
competição. Com o desempenho, mais<br />
uma vez o Colorado Lageano atestou a<br />
força de sua torcida, o apelo de sua marca<br />
e o carisma de sua camisa.<br />
Ao fim das nove rodadas da fase de<br />
classificação e das dez do hexagonal decisivo,<br />
o clube recebeu, em média, 2.159<br />
torcedores pagantes por jogo. Com esse<br />
número, ele só ficou atrás dos chamados<br />
“cinco grandes”, os clubes de Santa<br />
Catarina que disputam as séries A (Avaí,<br />
Chapecoense, Figueirense e Joinville) ou<br />
B (Criciúma) do Campeonato Brasileiro.<br />
O Joinville foi o clube que mais atraiu<br />
público no estadual até o momento.<br />
Foram em média, 7.537 pagantes. O levantamento<br />
considera o número de pagantes,<br />
e não o total de presentes no estádio,<br />
porque é esse o número expresso<br />
nas súmulas disponíveis no site da Federação<br />
Catarinense de Futebol.<br />
Internacional em Números<br />
(Campeonato Catarinense)<br />
Jogos ......................................................................19<br />
Vitórias ................................................................. 7<br />
Derrotas ............................................................... 7<br />
Empates ................................................................5<br />
Marcou ................................................23 gols<br />
Sofreu ...................................................25 gols<br />
Nos próximos anos, o Internacional<br />
pretende elevar paulatinamente sua média<br />
de público. Uma das armas para isso<br />
será a ampliação e modernização do<br />
Estádio Vidal Ramos Júnior, uma obra<br />
que contará com recursos do Governo<br />
do Estado e que pode começar a sair do<br />
papel ainda em <strong>2015</strong>. A reforma do estádio<br />
permitirá a criação de mais faixas de<br />
preços de ingressos: o plano prevê tanto<br />
um setor de cadeiras, mais caro, quanto<br />
uma ampla arquibancada geral, com bilhetes<br />
mais baratos. Hoje, a configuração<br />
do estádio só permite a prática de duas<br />
faixas de ingressos.<br />
Brasileiro<br />
O Inter estreia no Brasileiro da Série D<br />
no dia 12 de julho (a tabela ainda não<br />
foi divulgada). A permanência do treinador<br />
Marcelo Mabilia ainda está em fase<br />
de negociação. Mas existe um interesse<br />
tanto dele quanto do clube pela continuidade.<br />
Isso será definido nas próximas<br />
semanas.<br />
As observações de atletas para a recomposição<br />
do elenco já começaram.<br />
Mas a chegada de novos jogadores para<br />
a Série D do Brasileiro ocorrerá somente<br />
em junho, já que o campeonato começa<br />
no dia 12 de julho. Não será um time<br />
totalmente reformulado porque muitos<br />
dos atletas da equipe que disputou o Catarinense<br />
têm contratos mais longos com<br />
o clube. Entre eles estão vários titulares,<br />
como Canavarros, Lázaro, Jefinho, Lucas<br />
Gabriel e Calyson.<br />
5455<br />
revista visão mai. 15
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Ver<br />
Ouvir<br />
Jogar<br />
EDER PITZ<br />
DIVULGAÇÃO<br />
56 57<br />
revista visão<br />
mai. 15<br />
O Analista de Bagé<br />
Um pequeno guia para<br />
entretenimento de alta qualidade<br />
Difícil não mencionar a passagem de Luis Fernando<br />
Verissimo pela II Feira do Livro, em abril último. E como<br />
forma de uma mini homenagem, escolhi<br />
“recomendar” a vocês esse livro, escrito em<br />
1981, um dos muitos marcos literários desse<br />
consagrado escritor gaúcho. Irônico, engraçado,<br />
direto e muito gostoso de ser lido.<br />
Com algumas pitadas de reflexão social, os<br />
textos de O Analista de Bagé tratam dos<br />
bastidores do consultório de um psicanalista<br />
gaúcho, que faz uso de conhecimentos<br />
“científicos” aliados à sabedoria dos pampas<br />
para auxiliar seus pacientes a resolver seus<br />
anseios. O sotaque forte e suas conclusões<br />
sobre os problemas dos clientes geram uma combinação<br />
divertida das situações e práticas de trata-<br />
Murdock (Charlie<br />
De dia, Matt<br />
mentos nada ortodoxos. O autor é um mestre<br />
Cox) advoga e tem uma<br />
na criação de diálogos ágeis e antológicos,<br />
sociedade com o amigo e<br />
“tchê”. Vale a pena a leitura.<br />
conselheiro Fogg Nelson (Elden<br />
Henson) e tentam limpar a criminalidade<br />
do bairro de Hell’s Kitchen em<br />
Nova Iorque pelos meios legais. À noite, no<br />
entanto, o homem inteligente e católico que<br />
não enxerga, sente como sua sociedade está abalada,<br />
deixa de lado suas convicções pessoais e parte<br />
para a tentativa de fazer justiça a qualquer preço.<br />
Esse é outro das antigas.<br />
Lançado em 1990 e baseado<br />
em fatos verídicos, esse longa<br />
conta a história de Malcolm Sayer<br />
(Robin Williams), um neurologista que<br />
começa a trabalhar em um<br />
hospital psiquiátrico. Lá ele encontra<br />
vários pacientes em estado<br />
vegetativo. Assim está Leonard Lowe<br />
(Robert De Niro), que há décadas estava<br />
Essa série da Netflix em parceria com a Marvel<br />
(algo inédito) mostra o herói cego criado por<br />
Stan Lee e Bill Everet numa atmosfera<br />
violenta e sombria. “Demolidor” que<br />
estreou em 10 de abril deixa um<br />
pouco de lado as conspirações<br />
Tempo de Despertar<br />
governamentais e ameaças<br />
cósmicas, para dar espaço<br />
aos problemas<br />
enfrentados<br />
por pessoas<br />
“adormecido” e é escolhido para receber um<br />
medicamento experimental que muda o curso de<br />
sua vida. Essa é uma história atemporal com atuações<br />
fantásticas de Robert de Niro e Robin Williams. O<br />
filme além de ser muito motivacional, nos mostra a alegria<br />
e a felicidade em viver cada instante possível, a benção e o milagre<br />
que é a vida, a saúde, e o valor da liberdade.<br />
Demolidor<br />
comuns, que temem<br />
perigos muito mais<br />
próximos de suas casas,<br />
o que torna Matt Murdock<br />
um super-herói não convencional.<br />
Lançado em 1969, esse<br />
álbum é um dos grandes<br />
trabalhos gravados por Neil<br />
Young. Ele marca também o início<br />
da colaboração do cantor com o<br />
Crazy Horse, a banda mais emblemática<br />
a lhe acompanhar. As sete músicas desse<br />
disco são documentos permanentes da genialidade<br />
de um músico sem igual que, passados mais<br />
cinquenta anos de seu lançamento original, ainda<br />
mantém-se inquieto e contestador. Uma qualidade que<br />
Neil, assim como pouquíssimos artistas, em todas as áreas,<br />
pode se gabar de possuir: credibilidade. Se você ainda nunca ouviu<br />
Everybody Knows This is Nowhere, faça um favor a si mesmo<br />
e vá atrás deste disco. Não há como se arrepender.<br />
Everybody Knows This is Nowhere<br />
A imagem de um demônio astuto (Daredevil,<br />
no original) se torna parte de sua própria<br />
existência, levando-o a questionar ao longo dos<br />
13 episódios da 1ª temporada sobre o que de fato está<br />
fazendo. Um herói com falhas. Prepare-se para grandes<br />
dilemas morais e muito sangue.<br />
Ultra Street<br />
Fighter 4<br />
Dia 26 de maio promete.<br />
Ultra Street Fighter 4, versão<br />
mais recente do jogo de luta da<br />
Capcom, foi anunciado há algum<br />
tempo para o PlayStation 4. Agora o<br />
USF4 ganhou finalmente uma data de<br />
lançamento que será<br />
no final de maio para a<br />
plataforma da Sony. A versão<br />
traz novos personagens (Poison,<br />
Hugo, Elena, Rolento e Decapre), cenários<br />
e um modo de combate aleatório<br />
para deixar a jogatina mais<br />
emocionante.
Iris de Fatima Carvalho Mello,<br />
aniversariou em abril. Parabéns!<br />
Você na <strong>Revista</strong> <strong>Visão</strong><br />
5657<br />
Paulinho, Elenise, Leonardo Farias e a irmã Letícia no<br />
lançamento do livro: Você viu um gigante por aí?<br />
Os vovôs João Clovis e Elza Silva felizes comemorando<br />
o 1º aninho da netinha Heloísa, que aniversariou no<br />
último dia 22 de abril<br />
revista visão mai. 15<br />
Wagna Oliveira Campos, que comemorou<br />
aniversário em 14 de abril,<br />
ao lado do esposo Cláudio Campos<br />
Lucas Schuvartz de Liz, proprietário da<br />
Churrascaria Del Paco e sua esposa Daiane<br />
Os proprietários da JC Estamparia, Cristina Eger e<br />
José Luiz, com sua filha designer, Erika<br />
Festa da Família Duarte que aconteceu no dia 19 de abril<br />
em Anita Garibaldi. Na foto os irmãos Duarte<br />
A felicidade do casal Camila Mariê Neto e Cesar<br />
Jairo Keller após a troca das alianças no dia 28/02<br />
Este espaço é exclusivo para assinantes. Envie sua foto:<br />
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Pensando bem<br />
MARCO CORDEIRO<br />
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O Príncipe nosso de cada dia<br />
58 59<br />
revista visão<br />
mai. 15<br />
Você já<br />
deve ter ouvido<br />
sobre<br />
Maquiavel, ao certo. É um desses<br />
clássicos da literatura que poucos leram<br />
e muitos repetem. Todo aquele<br />
que tem pretensões políticas e não<br />
leu “O Príncipe” deve preparar-se<br />
para o pior. Nicolau Maquiavel (Florença,<br />
1469-1527) foi um italiano,<br />
funcionário público que teve sua<br />
reputação questionada ao ser acusado<br />
de conspirar contra a autoridade<br />
máxima da época (século XV), Lourenço<br />
de Médici para ser mais preciso.<br />
Forçado a se refugiar para não<br />
ser preso, Maquiavel escreveu então<br />
sua obra máxima (quase única), O<br />
Príncipe, texto basilar da Política<br />
desde então, com poucas variantes<br />
nas suas ações pelo planeta.<br />
Bem, “O Príncipe” é um livro<br />
de autoajuda para governantes. O<br />
príncipe era qualquer autoridade<br />
constituída, desde um edil ao rei. O<br />
que importa na ética de Maquiavel<br />
é chegar ao poder, manter-se no<br />
poder e os cuidados para não perder<br />
o poder. Para Maquiavel, o homem<br />
é mau por essência e age por<br />
puro interesse, para atingir seus objetivos.<br />
Se para alcançar uma meta<br />
é necessário dizer-se bom, virtuoso,<br />
uma pessoa do bem, nada mais<br />
correto que o fazer. Se para eleger-<br />
-se é fundamental prometer ações<br />
impraticáveis, não tem problema.<br />
Elegeu-se? Sim. Então sua ação foi<br />
boa, mesmo que mentindo. Não se<br />
elegeu? Então foi mal, mesmo que<br />
tenha agido na mais absoluta virtude.<br />
Parece moderno o pensamento,<br />
mesmo que escrito há 500 anos?<br />
Ainda tem mais. Maquiavel recomenda<br />
que se faça o bem a conta<br />
gotas e o mal de uma só vez, pois<br />
o ser humano demora muito mais<br />
para esquecer um mal que um bem<br />
e o tal príncipe agindo bem de vez<br />
em quando, mas sendo pragmático<br />
(seja lá o que isso signifique) sempre<br />
é mais fácil conter as revoltas e<br />
manter-se no poder. E como tema<br />
central de sua obra, recomenda que<br />
o governante deva ser amado e temido,<br />
mas se tiver que escolher entre<br />
um deles, que seja temido, pois<br />
é mais difícil trair a quem se teme<br />
que a quem se ama.<br />
O primeiro método para<br />
estimar a inteligência<br />
de um governante é<br />
olhar os homens que<br />
estão a sua volta.<br />
Nicolau Maquiavel<br />
Há o mito que a épica frase “os<br />
fins justificam os meios” é de Maquiavel,<br />
mas é uma leitura um tanto<br />
distorcida de sua obra, que não quis<br />
dizer exatamente isso, mas algo parecido<br />
com “Atingidos tais fins, para<br />
que servem os meios então?” Perceba<br />
com nada mais atual na ação<br />
política que tal pensamento, pois<br />
a política, como já disse em outros<br />
momentos, não se trata de valores e<br />
ideias e sim pessoas e instrumentos.<br />
E vingando a ideia, os instrumentos<br />
são meramente descartáveis. Conhece<br />
algum “príncipe”?
Recadastramento de imóveis em Lages justifica atualização de taxas<br />
Atendendo ao requerimento do<br />
vereador Enio do Vime (PSD), os<br />
secretários municipais da Fazenda,<br />
Mateus Lunardi, e do Planejamento,<br />
Jorge Raineski, compareceram a Câmara<br />
de Vereadores, aonde responderam<br />
dúvidas dos edis a respeito<br />
do Imposto Predial Territorial Urbano<br />
(IPTU) e da taxa de lixo em Lages.<br />
A Secretaria do Planejamento (Seplan)<br />
conta com um sistema que tem<br />
a foto do imóvel e a planta do terreno.<br />
A diferença de valores das taxas se<br />
dá pelo aumento da área edificada e<br />
pelas mudanças das características<br />
da pavimentação. Em <strong>2015</strong>, foram<br />
lançados os carnês de IPTU atuali-<br />
zados de 20 mil imóveis. Outros 40 mil<br />
imóveis ainda não tiveram alterada a<br />
base de reajuste.<br />
“O recadastramento imobiliário foi<br />
feito para que se tornasse uma base<br />
para o IPTU. Tem que ver caso a caso,<br />
mas muitas pessoas mexeram em<br />
seus terrenos, o imóvel que haviam<br />
Desenvolvido em parceria pelas<br />
secretarias da Educação e da Saúde<br />
do município, o Programa de Atenção<br />
Psicossocial atende crianças<br />
e adolescentes que apresentam<br />
transtornos biopsicossociais que<br />
interferiram no processo de ensino<br />
aprendizagem. O Paps também<br />
garante encaminhamento a psicólogos,<br />
fonoaudiólogos, fisioterapeutas,<br />
assistentes sociais, neurologistas e<br />
tratamento odontológico.<br />
declarado antes com o que possuem<br />
hoje. Ainda não achamos um caso<br />
com outro tipo de erro. O que tem<br />
acontecido é esta diferença de metragem”,<br />
explica Lunardi, que diz que<br />
o cidadão tiver dúvidas sobre o valor<br />
pode buscar a Seplan e, caso houver<br />
erro do município, este será corrigido.<br />
Ampliação do programa de atenção psicossocial<br />
O atendimento é feito em uma<br />
casa alugada no Centro e, devido<br />
ao pouco espaço, está havendo<br />
dificuldades em atender a demanda,<br />
que já chega a mais de mil crianças<br />
que aguardam pelo serviço. Por conta<br />
disso, o vereador João Chagas (PSC)<br />
propõe na moção 043 a realocação<br />
do espaço para local que forneça<br />
mais conforto aos profissionais e ao<br />
público e a contratação de mais profissionais<br />
para trabalhar no programa.<br />
Compras de tubos de cimentos de maneira emergencial<br />
Em matéria encaminhada ao<br />
prefeito em exercício, Toni Duarte, o<br />
vereador Adilson Padeiro (PTB) sugere<br />
a compra emergencial de tubos<br />
de cimento para fazer a reposição<br />
dos que se encontram quebrados,<br />
além de que sejam realizadas novas<br />
obras na cidade.<br />
Padeiro argumenta que todos<br />
os dias a comunidade reivindica a<br />
ele este pedido. “A falta de tubos<br />
na cidade é um problema antigo na<br />
cidade, temos muitos esgotos a céu<br />
aberto, que além do mau cheiro podem<br />
transmitir uma série de doenças<br />
Destinação de terreno às empresas locais<br />
Na moção 088, o vereador Marião<br />
(PSB) solicita que o Governo do<br />
Estado destine terrenos como o da<br />
Sinotruck, caso ela não se instale na<br />
cidade, para outros empresários de<br />
Lages. São várias as empresas que<br />
aguardam terrenos para ampliar seus<br />
investimentos, o que proporcionaria<br />
mais emprego e renda aos cidadãos<br />
lageanos.<br />
“Sabemos que a compra do terreno<br />
que seria destinado a Sinotruck<br />
foi uma aquisição de alto custo, e que<br />
a instalação da empresa seria um<br />
grande investimento, mas na impossi-<br />
à população. Temos de contribuir<br />
intensamente para o bem estar de<br />
nossa gente, retribuindo os tributos<br />
pagos pelos cidadãos”, disse.<br />
bilidade da instalação da mesma, que<br />
o terreno seja loteado e distribuído a<br />
outras empresas de Lages ou a quem<br />
deseja instalar-se no município”,<br />
recomenda o vereador.
Panorama<br />
PAULO RAMOS DERENGOSKI<br />
Jornalista e escritor<br />
derengoski@revistavisao.com.br<br />
Grandes pintores<br />
6061<br />
revista visão<br />
mai. 15<br />
Tendo<br />
escrito o livro<br />
“Olhar Brasileiro<br />
Sobre Grandes Pintores”, ainda nas<br />
livrarias, muitos leitores me escrevem<br />
perguntando quais são, afinal,<br />
meus artistas preferidos. Uma resposta<br />
difícil. Mas me situo sempre<br />
com os Clássicos e os Figurativos,<br />
principalmente os ligados ao corpo<br />
humano, pois sou daqueles que<br />
acho que os modernos sobem nos<br />
ombros dos gigantes do passado,<br />
para enxergar mais além. Mas vamos<br />
lá:<br />
Caravaggio: o maldito precursor<br />
no barroco, onde raios fulgurantes<br />
de luminosidade contrastam com<br />
densas sobras de desespero.<br />
Géricault: quadros agitados e<br />
violentos, plenos de cores e movimentos,<br />
retratista da saga sofredora<br />
humana.<br />
Michelângelo: anjos e pecadores,<br />
santos e demônios em imagens<br />
convulsionadas pela dor, onde as<br />
gradações cromáticas transcendem a<br />
condição humana.<br />
Turner: um universo pictórico<br />
vaporoso e esfuziante, que entendia<br />
a linguagem secreta dos ventos, das<br />
ondas, das nuvens.<br />
Tintoretto: sagas mitológicas e<br />
nus femininos de forte beleza, quebrando<br />
o reino das imobilidades, onde<br />
o céu e a terra se confundem em<br />
abismos sensuais.<br />
Os modernos sobem<br />
nos ombros dos<br />
gigantes do passado.<br />
Renoir: otimismo, leveza, vibração,<br />
folhas ao vento, seios nus,<br />
sorrisos, águas límpidas, manhãs<br />
iluminadas, gordas mulheres nuas e<br />
evanescentes.<br />
Bosch: um universo habitado<br />
por monstros, massas delirantes,<br />
tarados, atravessando a noite dos<br />
tempos como fantasmas insondáveis,<br />
retratando a ralé que se arrastava<br />
em torno dos castelos, como<br />
hoje se arrasta nas ruas.<br />
El Greco: paisagens visualizadas<br />
como sonhos, onde surge o equilíbrio<br />
no desequilíbrio, figuras sinuosas<br />
e envolventes que parecem voar<br />
sob uma atmosfera irrespirável.<br />
Delacroix: cenas tumultuadas,<br />
dominadas pelo habilíssimo domínio<br />
das cores, luzes e sombras multicoloridas,<br />
a liberdade guiando o povo.<br />
Modigliani: romântico, quadros<br />
de mulheres com plasticidade tão<br />
forte, que lembram esculturas.<br />
Gauguin: quadros e esculturas<br />
totêmicos, onde as curvas adquirem<br />
sentido simbólico, misterioso, metafórico,<br />
essencial.<br />
Van Gogh: o que transformou<br />
árvores, estrelas e olhares em labaredas<br />
de fogo que parecem querer incendiar<br />
o mundo – o gênio absoluto.
ALMANAQUE<br />
ALMIRANTE SOARES FILHO<br />
Comerciante e ensaísta<br />
almirante@revistavisao.com.br<br />
A primeira imprensa de Lages<br />
62 63<br />
revista visão mai. 15<br />
Na troca de<br />
jornais<br />
entre a imprensa,<br />
nosso jornal “Região Serrana”<br />
de janeiro de 1910, estampava<br />
a seguinte notícia: “Dia 1º de janeiro<br />
havia falecido em Itajaí, João da<br />
Cruz e Silva, muito conhecido pelo<br />
apelido de ‘Janja’. Sabia-se que tinha<br />
pouco estudo, mas possuía<br />
uma inteligência natural. Conseguiu<br />
fundar com esforço próprio o primeiro<br />
jornal de sua terra: ‘O Itajahy’<br />
em 1884”.<br />
Acontece que Janja, morando<br />
em Lages, foi o homem que fundou<br />
o primeiro jornal na serra catarinense:<br />
“O Lageano” cujo primeiro<br />
número foi datado de 14 de abril<br />
de 1883. E foi passado de mão em<br />
mão, nas principais ruas da cidade<br />
como a Rua Presidente Araújo, Rua<br />
da Cadeia, Rua do Lageadinho e<br />
Rua Boa Vista.<br />
Alguns anúncios curiosos<br />
dos primeiros jornais<br />
• Dr. Sartori compra qualquer<br />
quantidade de tomate, sendo de<br />
meio quilo para cima, verduras<br />
boas e frutas bem maduras.<br />
1877 a instalação do primeiro estabelecimento<br />
comercial com nome<br />
fantasia. Era a Casa do Castello.<br />
• Tínhamos também a “Sellaria<br />
Rio-Grandense” de José Formolo<br />
na Rua Correia Pinto;<br />
• “Loja Carvalho” do Seu Abilinho<br />
Carvalho na XV de Novembro;<br />
• “União Serrana” de Josaphat Lenzi<br />
que fabricava e vendia vinhos<br />
na Rua Mal. Deodoro, esquina<br />
com João Pestana (atual Hercílio<br />
Luz);<br />
João da Cruz<br />
e Silva foi o<br />
homem que<br />
fundou o primeiro<br />
jornal na serra<br />
catarinense.<br />
• O retratista mais importante e único<br />
anunciava: “Atelier Photográphico<br />
– Henrique Walbroel trabalha todos<br />
os dias das 7h da manhã às 5h da<br />
tarde tanto com bom tempo como<br />
com chuva, garante-se perfeição<br />
nos serviços e bom preço”.<br />
O comércio no final do século 19<br />
Em 1893 havia 14 comércios instalados<br />
na cidade de Lages. Foi em<br />
• “Restaurante Estrella” na Praça<br />
Coronel João Ribeiro, entre outros.<br />
Não tínhamos hospital, mas o<br />
Dr. Sartori mantinha uma Casa de<br />
Saúde na Rua Benjamin Constant,<br />
num velho sobrado perto do Palácio<br />
Municipal. O Dr. D’Acâmpora montou<br />
uma farmácia no pavimento debaixo,<br />
em sociedade com Domingos<br />
Brocatto.
DECISÕES E ESCOLHAS PARA A CIRURGIA PLÁSTICA<br />
A<br />
tualmente o acesso à cirurgia<br />
plástica, felizmente, está mais<br />
fácil, com isso mais pessoas estão<br />
decidindo realizar sua cirurgia desejada.<br />
Nesta hora começam as<br />
dúvidas: devo realmente fazer, é<br />
seguro, com quem fazer? Primeiro,<br />
o paciente tem que querer fazer a<br />
cirurgia porque ele realmente deseja<br />
e não porque os outros vão gostar,<br />
quem tem que gostar e querer é<br />
o paciente.<br />
Ao ter a certeza sobre a cirurgia,<br />
o próximo passo é escolher o<br />
profissional. Sendo esta uma parte<br />
importantíssima. Muitos pacientes<br />
nem sabem como começar esta<br />
fase. O ideal é começar com uma<br />
indicação de algum familiar ou amigo<br />
que já fez a cirurgia e perguntar<br />
sobre o profissional e como foi todo<br />
o processo desde o pré até o pós-<br />
-operatório.<br />
Outra parte importante que a<br />
maioria dos pacientes não faz é<br />
checar junto aos órgãos reguladores<br />
(CRM e Sociedade Brasileira<br />
de Cirurgia Plástica) se o profissional<br />
é capacitado. Todo cirurgião<br />
plástico tem seu registro nesses<br />
órgãos. Se não encontrar este registro<br />
evite este profissional.<br />
Após escolher e ter certeza da<br />
capacitação do profissional, você<br />
deve ir à consulta e neste momento<br />
é importante tirar todas as dúvidas,<br />
por mais simples que pareçam. Informe<br />
o que você almeja alcançar<br />
com a cirurgia, o bom profissional<br />
irá informar se isto é possível ou<br />
não. Fazendo isto você evita malentendidos<br />
e aumenta as chances<br />
de ter um bom resultado.<br />
A relação médico-paciente deve<br />
ser boa. Se você não gostou ou<br />
não sentiu confiança, procure outro<br />
profissional, afinal de contas, este<br />
convívio irá se estender por todo o<br />
período de recuperação!<br />
Dr. Murilo Dalponte | CRM 14713 | RQE 7353
Um olhar para muito além do óbvio<br />
OZÓIDE<br />
Alienígena, intelectual e olheiro<br />
ozoide@revistavisao.com.br<br />
6465<br />
revista visão<br />
mai. 15<br />
OS<br />
“IMBRÓGLIOS”<br />
DA VIA<br />
GASTRONÔMICA<br />
Ajude-nos a construir esse espaço: elogie, critique ou denuncie !<br />
ozoide@revistavisao.com.br<br />
Os moradores<br />
da Rua Emiliano Ramos, através<br />
de uma associação, pleitearam<br />
em 2008 do poder público local a possibilidade de transformar aquele local<br />
numa “Via Gastronômica”. A ideia seria incrementar ao longo daquela rua<br />
o funcionamento de estabelecimentos que lidam com gastronomia como<br />
restaurantes, bares, pizzarias, lancherias, entre outros. Para isso, inclusive,<br />
queriam que os comerciantes pudessem ampliar as calçadas em frente a<br />
seus estabelecimentos para colocar mesas e cadeiras e atender os clientes<br />
na parte externa em algumas situações e datas.<br />
Proposta aceita<br />
Com apoio do SEBRAE, a Prefeitura foi convencida de que o pleito era bom<br />
e legítimo. Depois de dois anos de muita luta e mobilização, em novembro<br />
de 2010 o projeto foi apresentado pela administração local (prefeito Renatinho).<br />
Previa uma série de melhorias e obras de urbanização no local,<br />
inclusive já tendo uma lei municipal aprovada pela Câmara que permitia o<br />
comércio a utilizar as calçadas. Infelizmente, o tempo passou, Renatinho<br />
deixou a administração (no final de 2012) e o projeto ficou no papel.<br />
Projeto adaptado<br />
A atual administração de Lages, convencida de que o projeto era bom, tratou<br />
de levá-lo adiante. Mas... Faltavam recursos. Uma emenda federal de<br />
pouco mais de R$ 800 mil (Carmen Zanotto) foi o caminho encontrado para<br />
tocar as obras. Mas... Aquele recurso era insuficiente para executar o projeto<br />
original. Fizeram-se então várias adaptações (com aprovação dos moradores<br />
e comerciantes). E começaram-se as obras (em<br />
2014). Além da revitalização da rua, fez-se o<br />
cabeamento elétrico subterrâneo pela Celesc<br />
(que não estava previsto no projeto). A prefeitura<br />
substituiu ainda a rede de distribuição<br />
de água e o esgoto (cujas tubulações originais<br />
eram antigas e apresentavam problemas). Isso<br />
sem falar nas obras de revitalização (em curso).<br />
Audiência pública<br />
No entanto, alguns moradores e comerciantes<br />
estão indignados. E não é para menos. Alegam<br />
que as obras estão muito demoradas, que<br />
há problemas sérios com a drenagem pluvial<br />
(quando chove há alagamentos em algumas<br />
casas e prédios) e que também estariam havendo<br />
problemas de mau cheiro pelo esgoto<br />
em alguns pontos). Recentemente o promotor<br />
público Renee Cardoso Braga foi chamado para<br />
uma audiência pública já que os moradores<br />
queriam embargar as obras. O promotor não<br />
concordou. Mas disse faria uma vistoria geral<br />
ao longo da via, cobrando a adequação das<br />
obras ao projeto. Isso foi feito. Agora espera-<br />
-se que as partes envolvidas cumpram seu papel.<br />
E que a obra seja concluída o mais breve<br />
possível.
Muito cuidado com quem está<br />
ao seu lado nestas passeatas e<br />
protestos. Eu jamais sairia em<br />
passeata ao lado de pessoas que<br />
pedem a volta da ditadura militar.<br />
Luis Fernando Verissimo – Escritor, jornalista e<br />
humorista, no Salão do Livro, em Lages<br />
Muito triste e desesperador.<br />
Quem passa por uma tragédia<br />
desse tamanho fica sem chão.<br />
Ingrid Fester, no Correio Lageano,<br />
sobre tornado que atingiu Xanxerê<br />
Entre<br />
Aspas<br />
Quem vive nas trevas<br />
não consegue ser<br />
visto, nem vê nada.<br />
Khalil Gibran – filósofo<br />
Nunca vi projeto algum<br />
ser tão divulgado e<br />
discutido como esse da Via<br />
Gastronômica. Portanto,<br />
não procede qualquer<br />
embargo da obra.<br />
Promotor Renee Cardoso Braga – na audiência pública<br />
sobre a obra promovida por moradores (dia 14/04)<br />
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revista visão<br />
mai. 15<br />
Descendo<br />
Má qualidade de várias obras em colégios<br />
entregues pelo Governo do Estado<br />
(algumas arenas esportivas, por exemplo);<br />
Governador Colombo, indignado com<br />
as cobranças (legítimas) dos lageanos<br />
no início de seu segundo Governo (neste<br />
ano esteve poucas vezes na cidade<br />
em missão oficial);<br />
Passa ano e entra ano e continuamos<br />
sem voos comerciais regulares para São<br />
Paulo ou para qualquer outra cidade;<br />
Vândalos continuam depredando lixeiras,<br />
placas, luminárias e outros bens<br />
públicos em Lages (e as câmeras pouco<br />
resultado trouxeram até agora neste<br />
sentido);<br />
Até o final de abril obras do cabeamento<br />
elétrico subterrâneo no centro de Lages<br />
ainda não haviam sido retomadas;<br />
Motoristas que desrespeitam regras e sinais<br />
de trânsito em Lages (um problema<br />
que parece não ter fim).<br />
Sem muito alarde (e nenhuma festa de inauguração),<br />
as obras das vias marginais da BR-282 em<br />
Lages foram concluídas. E ficaram bem melhor do<br />
que muita gente acreditava, esperava e previa.<br />
Projeto de implantação da indústria Ekomposit<br />
em Lages avança a passos largos (e logo teremos<br />
mais uma grande empresa atuando no município);<br />
A administração de Lages se mobilizou para ajudar<br />
vítimas do tornado que atingiu e destruiu<br />
Xanxerê;<br />
Aos poucos (mas ainda de forma tímida), lageanos<br />
e serranos estão “descobrindo” os atrativos<br />
do Lages Garden Shopping;<br />
CTGs Barbicacho Colorado e Anita Garibaldi, de<br />
Lages, abocanhando muitos prêmios em eventos<br />
tradicionalistas pelo Brasil afora;<br />
Prédio do Órion Parque está pronto. Agora só falta<br />
concluir a infraestrutura do local e até o local e<br />
levar as empresas de tecnologia para lá;<br />
Excelente campanha do Inter de Lages na Série A<br />
do Catarinense <strong>2015</strong>.<br />
Subindo
foto | Divulgação<br />
PASSATEMPO<br />
Independente dos acertos,<br />
a diversão é garantida<br />
66 67<br />
Difícil vai ser você desistir antes de<br />
encontrar 10 pequenas diferenças<br />
nessas imagens. Boa sorte!<br />
revista visão mai. 15<br />
Resultado da edição 106 - Abril <strong>2015</strong><br />
Público infantil compareceu em peso no II Salão do Livro da Serra Catarinense