WEG-curso-dt-5-caracteristicas-e-especificacoes-de-geradores-artigo-tecnico-portugues-br
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
DT-5<<strong>br</strong> />
CARACTERÍSTICAS E<<strong>br</strong> />
ESPECIFICAÇÕES<<strong>br</strong> />
DE<<strong>br</strong> />
GERADORES<<strong>br</strong> />
TR216-12
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
ÍNDICE<<strong>br</strong> />
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 4<<strong>br</strong> />
1.1. HISTÓRICO ....................................................................................................................... 4<<strong>br</strong> />
1.2. NOÇÕES DE APLICAÇÕES .................................................................................................... 4<<strong>br</strong> />
1.2.1. Tipos <strong>de</strong> acionamentos............................................................................................ 4<<strong>br</strong> />
2. NOÇÕES FUNDAMENTAIS........................................................................................................... 5<<strong>br</strong> />
2.1. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO......................................................................................... 5<<strong>br</strong> />
2.2. GERAÇÃO DE CORRENTE TRIFÁSICA .................................................................................... 6<<strong>br</strong> />
2.2.1. Ligações no sistema trifásico .................................................................................... 6<<strong>br</strong> />
2.2.2. Tensão nominal múltipla.......................................................................................... 8<<strong>br</strong> />
2.3. COMPORTAMENTO DO GERADOR EM VAZIO E SOB CARGA ...................................................10<<strong>br</strong> />
2.4. MÁQUINAS DE PÓLOS LISOS E SALIENTES ..........................................................................12<<strong>br</strong> />
2.5. REATÂNCIAS ....................................................................................................................13<<strong>br</strong> />
2.6. POTÊNCIA EM MÁQUINAS DE PÓLOS SALIENTES .................................................................14<<strong>br</strong> />
2.7. DEFINIÇÕES .....................................................................................................................15<<strong>br</strong> />
2.7.1. Distorção harmônica ..............................................................................................15<<strong>br</strong> />
2.7.2. Fator <strong>de</strong> <strong>de</strong>svio .....................................................................................................15<<strong>br</strong> />
2.7.3. Modulação <strong>de</strong> tensão .............................................................................................16<<strong>br</strong> />
2.7.4. Desequilí<strong>br</strong>io angular .............................................................................................16<<strong>br</strong> />
2.7.5. Desbalanceamento <strong>de</strong> tensão .................................................................................16<<strong>br</strong> />
2.7.6. Transiente <strong>de</strong> tensão .............................................................................................16<<strong>br</strong> />
2.7.7. Tolerância <strong>de</strong> tensão ..............................................................................................16<<strong>br</strong> />
2.7.8. Tensão Residual ....................................................................................................16<<strong>br</strong> />
3. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO ............................................................................................ 17<<strong>br</strong> />
4. CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS ........................................................................................ 18<<strong>br</strong> />
4.1. COMPONENTES PRINCIPAIS ...............................................................................................18<<strong>br</strong> />
4.1.1. Estator da máquina principal ...................................................................................18<<strong>br</strong> />
4.1.2. Rotor da máquina principal .....................................................................................18<<strong>br</strong> />
4.1.3. Estator da excitatriz principal ..................................................................................18<<strong>br</strong> />
4.1.4. Rotor da excitatriz principal e diodos retificadores girantes .........................................18<<strong>br</strong> />
4.1.5. Excitatriz auxiliar ...................................................................................................18<<strong>br</strong> />
4.1.6. Enrolamento auxiliar (ou bobina auxiliar)..................................................................18<<strong>br</strong> />
4.2. PLACA DE IDENTIFICAÇÃO.................................................................................................19<<strong>br</strong> />
4.3. PINTURA - GERADORES PARA APLICAÇÃO INDUSTRIAL GERAL .............................................19<<strong>br</strong> />
4.4. TERMINAIS DE ATERRAMENTO ..........................................................................................20<<strong>br</strong> />
4.5. MANCAIS..........................................................................................................................20<<strong>br</strong> />
4.6. FORMA CONSTRUTIVA.......................................................................................................23<<strong>br</strong> />
5. GERADORES <strong>WEG</strong> ..................................................................................................................... 29<<strong>br</strong> />
5.1. NORMAS APLICÁVEIS ........................................................................................................31<<strong>br</strong> />
5.2. GERADORES COM EXCITAÇÃO POR ESCOVAS ......................................................................31<<strong>br</strong> />
5.3. GERADORES COM EXCITAÇÃO SEM ESCOVAS (BRUSHLESS) ..................................................32<<strong>br</strong> />
5.4. GERADORES COM EXCITAÇÃO SEM ESCOVAS PARA APLICAÇÕES ESPECIAIS ..........................34<<strong>br</strong> />
5.5. MOTORES SÍNCRONOS ......................................................................................................34<<strong>br</strong> />
5.6. REGULADOR DE TENSÃO ...................................................................................................36<<strong>br</strong> />
5.7. TEMPO DE REGULAGEM DA TENSÃO (TEMPO DE RESPOSTA) ................................................36<<strong>br</strong> />
6. CARACTERÍSTICAS DO AMBIENTE ........................................................................................... 38<<strong>br</strong> />
6.1. ALTITUDE ........................................................................................................................38<<strong>br</strong> />
6.2. TEMPERATURA AMBIENTE .................................................................................................38<<strong>br</strong> />
6.3. DETERMINAÇÃO DA POTÊNCIA ÚTIL DO GERADOR NAS DIVERSAS CONDIÇÕES DE<<strong>br</strong> />
TEMPERATURA E ALTITUDE .....................................................................................................38<<strong>br</strong> />
2
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
6.4. ATMOSFERA AMBIENTE .....................................................................................................38<<strong>br</strong> />
6.4.1. Ambientes agressivos .............................................................................................38<<strong>br</strong> />
6.5. GRAUS DE PROTEÇÃO .......................................................................................................39<<strong>br</strong> />
6.5.1. Código <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação ..........................................................................................39<<strong>br</strong> />
6.5.2. Tipos usuais ..........................................................................................................40<<strong>br</strong> />
6.6. LIMITES DE RUÍDO ...........................................................................................................40<<strong>br</strong> />
6.7. VIBRAÇÃO ........................................................................................................................41<<strong>br</strong> />
6.8. VENTILAÇÃO ....................................................................................................................42<<strong>br</strong> />
6.8.1. Gerador aberto ......................................................................................................42<<strong>br</strong> />
6.8.2. Gerador totalmente fechado ...................................................................................42<<strong>br</strong> />
6.9. ACESSÓRIOS E ESPECIALIDADES........................................................................................43<<strong>br</strong> />
6.9.1. Resistor <strong>de</strong> aquecimento ........................................................................................43<<strong>br</strong> />
4.9.2. Proteção térmica <strong>de</strong> <strong>geradores</strong> elétricos ...................................................................43<<strong>br</strong> />
6.9.2.1. Termoresistores .................................................................................................... 43<<strong>br</strong> />
6.9.2.2. Termistores (PTC e NTC) ....................................................................................... 44<<strong>br</strong> />
6.9.2.3. Termostatos ......................................................................................................... 44<<strong>br</strong> />
7. CARACTERÍSTICAS DE DESEMPENHO ...................................................................................... 46<<strong>br</strong> />
7.1. POTÊNCIA NOMINAL .........................................................................................................46<<strong>br</strong> />
7.2. ELEVAÇÃO DE TEMPERATURA - CLASSE DE ISOLAMENTO .....................................................48<<strong>br</strong> />
7.2.1. Aquecimento do enrolamento .................................................................................48<<strong>br</strong> />
7.2.2. Vida útil <strong>de</strong> máquinas elétricas girantes ....................................................................48<<strong>br</strong> />
7.2.3. Classes <strong>de</strong> isolamento ............................................................................................48<<strong>br</strong> />
7.2.4. Medida da temperatura do enrolamento ...................................................................49<<strong>br</strong> />
7.2.5. Aplicação a máquinas elétricas ................................................................................50<<strong>br</strong> />
7.3. QUEDA DE TENSÃO ...........................................................................................................50<<strong>br</strong> />
7.3.1. Cálculo da queda <strong>de</strong> tensão ....................................................................................50<<strong>br</strong> />
7.3.2. Influência do fator <strong>de</strong> potência ................................................................................51<<strong>br</strong> />
7.3.3. Influência da carga inicial .......................................................................................51<<strong>br</strong> />
7.3.4. Limitações na partida <strong>de</strong> motores ............................................................................54<<strong>br</strong> />
7.4. SOBRECARGA ...................................................................................................................57<<strong>br</strong> />
7.5. SOBREVELOCIDADE ..........................................................................................................57<<strong>br</strong> />
7.6. CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO .......................................................................................57<<strong>br</strong> />
7.7. CONVERSÃO DE REATÂNCIAS ............................................................................................57<<strong>br</strong> />
7.8. PROTEÇÃO DO GERADOR ..................................................................................................58<<strong>br</strong> />
7.9. REGIME DE SERVIÇO .........................................................................................................59<<strong>br</strong> />
7.9.1. Regimes Padronizados ...........................................................................................59<<strong>br</strong> />
7.10. DIAGRAMA DE CARGA......................................................................................................61<<strong>br</strong> />
7.11. OPERAÇÃO EM PARALELO DE GERADORES ........................................................................62<<strong>br</strong> />
7.12. CÁLCULO DA BOBINA DE ATERRAMENTO DO PONTO ESTRELA DE GERADORES ....................63<<strong>br</strong> />
8 . SELEÇÃO DE GERADORES ....................................................................................................... 65<<strong>br</strong> />
8.1. CARACTERÍSTICAS NECESSÁRIAS PARA A CORRETA SELEÇÃO ..............................................65<<strong>br</strong> />
8.2. PRINCIPAIS APLICAÇÕES DE GERADORES ...........................................................................65<<strong>br</strong> />
8.2.1. Conversão <strong>de</strong> freqüência ou isolamento da re<strong>de</strong>........................................................65<<strong>br</strong> />
8.2.2. Conversão <strong>de</strong> Corrente ...........................................................................................66<<strong>br</strong> />
8.2.3. No-Break ..............................................................................................................67<<strong>br</strong> />
8.2.4. Short-Break Diesel .................................................................................................67<<strong>br</strong> />
8.2.5. Geradores alimentando cargas <strong>de</strong>formantes .............................................................68<<strong>br</strong> />
9. ENSAIOS ................................................................................................................................... 69<<strong>br</strong> />
10. COLETÂNEA DE FÓRMULAS .................................................................................................... 70<<strong>br</strong> />
AVALIAÇÃO PROGRAMADA DO MANUAL DE MÁQUINAS SÍNCRONAS ........................................ 72<<strong>br</strong> />
3
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
1. INTRODUÇÃO<<strong>br</strong> />
1.1. HISTÓRICO<<strong>br</strong> />
O gerador elementar foi inventado na Inglaterra em<<strong>br</strong> />
1831 por MICHAEL FARADAY, e nos Estados<<strong>br</strong> />
Unidos, mais ou menos na mesma época, por<<strong>br</strong> />
JOSEPH HENRY.<<strong>br</strong> />
Este gerador consistia basicamente <strong>de</strong> um ímã que<<strong>br</strong> />
se movimentava <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma espira, ou viceversa,<<strong>br</strong> />
provocando o aparecimento <strong>de</strong> uma f.e.m.<<strong>br</strong> />
registrado num galvanômetro.<<strong>br</strong> />
- Usinas Hidrelétricas;<<strong>br</strong> />
- Cogeração;<<strong>br</strong> />
- Aplicações Específicas para uso Naval, Usinas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
Açúcar e Álcool, Ma<strong>de</strong>ireiras, Arrozeirais,<<strong>br</strong> />
Petroquímica, etc.<<strong>br</strong> />
1.2.1. Tipos <strong>de</strong> acionamentos<<strong>br</strong> />
A - Grupos Diesel ou Gás<<strong>br</strong> />
São <strong>geradores</strong> acionados por Motores Diesel ou a<<strong>br</strong> />
Gás.<<strong>br</strong> />
Potência: 12.5 a 4200kVA (Linha G i-Plus – até<<strong>br</strong> />
849kVA), Linha AG 10 (200 a 1045kVA) e SG 10<<strong>br</strong> />
(Acima <strong>de</strong> 3000kVA);<<strong>br</strong> />
Rotação: 1800rpm (IV pólos), 1200rpm (VI pólos)<<strong>br</strong> />
ou 900rpm (VIII pólos)<<strong>br</strong> />
Tensão: 220 a 13800V - 50 e 60Hz.<<strong>br</strong> />
B - Hidro<strong>geradores</strong><<strong>br</strong> />
Fig. 1.1.1 - O galvanômetro "G" indica a passagem<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> uma corrente quando o ímã se move em relação<<strong>br</strong> />
a bobina.<<strong>br</strong> />
A <strong>WEG</strong> MÁQUINAS, uma das unida<strong>de</strong>s do grupo<<strong>br</strong> />
<strong>WEG</strong>, iniciou suas ativida<strong>de</strong>s em 1980, tendo<<strong>br</strong> />
adquirido ao longo <strong>de</strong>stes anos uma larga<<strong>br</strong> />
experiência e tecnologia na fa<strong>br</strong>icação <strong>de</strong> <strong>geradores</strong><<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> pequeno e gran<strong>de</strong> porte.<<strong>br</strong> />
1.2. NOÇÕES DE APLICAÇÕES<<strong>br</strong> />
Geradores síncronos são máquinas <strong>de</strong>stinadas a<<strong>br</strong> />
transformar energia mecânica em energia elétrica.<<strong>br</strong> />
Toda a energia consumida nas indústrias,<<strong>br</strong> />
residências, cida<strong>de</strong>s, etc..., são proveniente <strong>de</strong>stes<<strong>br</strong> />
<strong>geradores</strong>.<<strong>br</strong> />
São <strong>geradores</strong> acionados por Turbinas Hidráulicas<<strong>br</strong> />
(Linha SH10).<<strong>br</strong> />
Potência: 500 a 150000 kVA<<strong>br</strong> />
Rotação: 1800 rpm ou abaixo (IV ou mais pólos)<<strong>br</strong> />
Tensão: 220 a 13800V – 50 e 60Hz<<strong>br</strong> />
C - Turbo<strong>geradores</strong><<strong>br</strong> />
São <strong>geradores</strong> acionados por Turbinas a Vapor<<strong>br</strong> />
(ST40).<<strong>br</strong> />
Potência: 500 a 150000kVA<<strong>br</strong> />
Rotação: 1800rpm (IV pólos)<<strong>br</strong> />
Tensão: 220 a 13800V – 50 e 60Hz<<strong>br</strong> />
D – Eólicos<<strong>br</strong> />
São <strong>geradores</strong> acionados por turbinas eolicas.<<strong>br</strong> />
Potência: Sob consulta<<strong>br</strong> />
Rotação, tensão e frequência sob consulta<<strong>br</strong> />
A <strong>WEG</strong> MÁQUINAS fa<strong>br</strong>ica <strong>geradores</strong> para as<<strong>br</strong> />
seguintes aplicações:<<strong>br</strong> />
- Geração Eólica;<<strong>br</strong> />
- Alimentação <strong>de</strong> Fazendas, Sítios, Garimpos,<<strong>br</strong> />
Carros <strong>de</strong> Som;<<strong>br</strong> />
- Pequenos Centros <strong>de</strong> Geração <strong>de</strong> Energia para<<strong>br</strong> />
uso Geral;<<strong>br</strong> />
- Grupos Diesel <strong>de</strong> Emergência para hospitais e<<strong>br</strong> />
etc;<<strong>br</strong> />
- Centro <strong>de</strong> Processamento <strong>de</strong> Dados;<<strong>br</strong> />
- Telecomunicações;<<strong>br</strong> />
4
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
2. NOÇÕES FUNDAMENTAIS<<strong>br</strong> />
2.1. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO<<strong>br</strong> />
A característica principal <strong>de</strong> um gerador elétrico é<<strong>br</strong> />
transformar energia mecânica em elétrica. Para<<strong>br</strong> />
facilitar o estudo do princípio <strong>de</strong> funcionamento,<<strong>br</strong> />
vamos consi<strong>de</strong>rar inicialmente uma espira imersa<<strong>br</strong> />
em um campo magnético produzido por um ímã<<strong>br</strong> />
permanente (Fig.2.1.1). O princípio básico <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
funcionamento está baseado no movimento relativo<<strong>br</strong> />
entre uma espira e um campo magnético. Os<<strong>br</strong> />
terminais da espira são conectados a dois anéis,<<strong>br</strong> />
que estão ligados ao circuito externo através <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
escovas. Este tipo <strong>de</strong> gerador é <strong>de</strong>nominado <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
armadura giratória.<<strong>br</strong> />
tem um caráter complexo e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da forma da<<strong>br</strong> />
sapata polar. Com um <strong>de</strong>senho conveniente da<<strong>br</strong> />
sapata po<strong>de</strong>remos obter uma distribuição senoidal<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> induções. Neste caso, a f.e.m. induzida no<<strong>br</strong> />
condutor também varia com o tempo sob uma lei<<strong>br</strong> />
senoidal.<<strong>br</strong> />
A Fig. 2.1.2.a. mostra somente um lado da bobina<<strong>br</strong> />
no campo magnético, em 12 posições diferentes,<<strong>br</strong> />
estando cada posição separada uma da outra <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
30º.<<strong>br</strong> />
A Fig. 2.1.2.b. nos mostra as tensões<<strong>br</strong> />
correspon<strong>de</strong>ntes a cada uma das posições.<<strong>br</strong> />
Já nos <strong>geradores</strong> <strong>de</strong> campo giratório (Fig. 2.1.3) a<<strong>br</strong> />
tensão <strong>de</strong> armadura é retirada diretamente do<<strong>br</strong> />
enrolamento <strong>de</strong> armadura (neste caso o estator)<<strong>br</strong> />
sem passar pelas escovas. A potência <strong>de</strong> excitação<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>stes <strong>geradores</strong> normalmente é inferior a 5% da<<strong>br</strong> />
potência nominal. Por este motivo, o tipo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
armadura fixa (ou campo girante) é o mais<<strong>br</strong> />
utilizado.<<strong>br</strong> />
Fig. 2.1.1 - Esquema <strong>de</strong> funcionamento <strong>de</strong> um<<strong>br</strong> />
gerador elementar (armadura girante)<<strong>br</strong> />
Admitamos que a bobina gira com velocida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
uniforme no sentido da flecha <strong>de</strong>ntro do campo<<strong>br</strong> />
magnético "B" também uniforme (Fig.2.1.1).<<strong>br</strong> />
Se "v" é a velocida<strong>de</strong> linear do condutor em relação<<strong>br</strong> />
ao campo magnético, segundo a lei da indução<<strong>br</strong> />
(FARADAY), o valor instantâneo da f.e.m. induzida<<strong>br</strong> />
no condutor em movimento <strong>de</strong> rotação é<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>terminada por:<<strong>br</strong> />
e = B.l.v.sen(B^v)<<strong>br</strong> />
On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />
e - força eletromotriz (f.e.m.)<<strong>br</strong> />
B - indução do campo magnético<<strong>br</strong> />
l - comprimento <strong>de</strong> cada condutor<<strong>br</strong> />
v - velocida<strong>de</strong> linear<<strong>br</strong> />
Fig. 2.1.2 a e b - Distribuição da Indução Magnética<<strong>br</strong> />
sob um Pólo.<<strong>br</strong> />
Para N espiras teremos:<<strong>br</strong> />
e = B.l.v.sen(B^v).N<<strong>br</strong> />
A variação da f.e.m. no condutor em função do<<strong>br</strong> />
tempo é <strong>de</strong>terminada pela lei da distribuição da<<strong>br</strong> />
indução magnética sob um pólo. Esta distribuição<<strong>br</strong> />
Fig. 2.1.3 - Esquema <strong>de</strong> funcionamento <strong>de</strong> um<<strong>br</strong> />
gerador elementar (armadura fixa).<<strong>br</strong> />
5
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
Para uma máquina <strong>de</strong> um par <strong>de</strong> pólos, a cada giro<<strong>br</strong> />
das espiras teremos um ciclo completo da tensão<<strong>br</strong> />
gerada.<<strong>br</strong> />
Os enrolamentos po<strong>de</strong>m ser construídos com um<<strong>br</strong> />
número maior <strong>de</strong> pares <strong>de</strong> pólos, que se distribuirão<<strong>br</strong> />
alternadamente (um norte e um sul). Neste caso,<<strong>br</strong> />
teremos um ciclo a cada par <strong>de</strong> pólos.<<strong>br</strong> />
Sendo "n" a rotação da máquina em "rpm" e "f" a<<strong>br</strong> />
freqüência em ciclos por segundo (Hertz) teremos:<<strong>br</strong> />
f = p . n<<strong>br</strong> />
120<<strong>br</strong> />
On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />
f = freqüência (Hz)<<strong>br</strong> />
p = número <strong>de</strong> pólos<<strong>br</strong> />
n = rotação síncrona (rpm)<<strong>br</strong> />
Note que o número <strong>de</strong> pólos da máquina terá que<<strong>br</strong> />
ser sempre par, para formar os pares <strong>de</strong> pólos. Na<<strong>br</strong> />
tabela 2.1.1 são mostradas, para as freqüências e<<strong>br</strong> />
polarida<strong>de</strong>s usuais, as velocida<strong>de</strong>s síncronas<<strong>br</strong> />
correspon<strong>de</strong>ntes.<<strong>br</strong> />
Número <strong>de</strong> pólos 60 Hz 50 Hz<<strong>br</strong> />
2 3600 3000<<strong>br</strong> />
4 1800 1500<<strong>br</strong> />
6 1200 1000<<strong>br</strong> />
8 900 750<<strong>br</strong> />
0 720 600<<strong>br</strong> />
Tabela 2.1.1 - Velocida<strong>de</strong>s Síncronas.<<strong>br</strong> />
2.2. GERAÇÃO DE CORRENTE<<strong>br</strong> />
TRIFÁSICA<<strong>br</strong> />
O sistema trifásico é formado pela associação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
três sistemas monofásicos <strong>de</strong> tensões U1, U2 e U3,<<strong>br</strong> />
tais que a <strong>de</strong>fasagem entre elas seja <strong>de</strong> 120 o<<strong>br</strong> />
(Fig.2.2.1.).<<strong>br</strong> />
O enrolamento <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> gerador é constituído<<strong>br</strong> />
por três conjuntos <strong>de</strong> bobinas dispostas<<strong>br</strong> />
simetricamente no espaço, formando entre si<<strong>br</strong> />
também um ângulo <strong>de</strong> 120 o .<<strong>br</strong> />
Para que o sistema seja equili<strong>br</strong>ado, isto é, U1 = U2<<strong>br</strong> />
= U3 o número <strong>de</strong> espiras <strong>de</strong> cada bobina também<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>verá ser igual.<<strong>br</strong> />
Fig. 2.2.1 – SistemaTrifásico.<<strong>br</strong> />
A ligação dos três sistemas monofásicos para se<<strong>br</strong> />
obter o sistema trifásico é feita usualmente <strong>de</strong> duas<<strong>br</strong> />
maneiras, representadas nos esquemas seguintes.<<strong>br</strong> />
Nestes esquemas (Fig. 2.2.2 e 2.2.3) costumam-se<<strong>br</strong> />
representar as tensões com setas inclinadas, ou<<strong>br</strong> />
vetores girantes, mantendo entre si o ângulo<<strong>br</strong> />
correspon<strong>de</strong>nte à <strong>de</strong>fasagem (120 o ).<<strong>br</strong> />
2.2.1. Ligações no sistema trifásico<<strong>br</strong> />
a) Ligação triângulo:<<strong>br</strong> />
Chamamos "tensões/correntes <strong>de</strong> fase" as tensões<<strong>br</strong> />
e correntes <strong>de</strong> cada um dos três sistemas<<strong>br</strong> />
monofásicos consi<strong>de</strong>rados, indicados por Vf e If. Se<<strong>br</strong> />
ligarmos os três sistemas monofásicos entre si,<<strong>br</strong> />
como indica a figura 2.2.2.a, po<strong>de</strong>mos eliminar três<<strong>br</strong> />
fios, <strong>de</strong>ixando apenas um em cada ponto <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
ligação, e o sistema trifásico ficará reduzido a três<<strong>br</strong> />
fios U, V e W.<<strong>br</strong> />
A tensão entre dois quaisquer <strong>de</strong>stes três fios<<strong>br</strong> />
chama-se "tensão <strong>de</strong> linha" (Vl), que é a tensão<<strong>br</strong> />
nominal do sistema trifásico. A corrente em<<strong>br</strong> />
qualquer um dos fios chama-se "corrente <strong>de</strong> linha"<<strong>br</strong> />
(Il).<<strong>br</strong> />
Examinando o esquema da figura 2.2.2.b, vê-se<<strong>br</strong> />
que:<<strong>br</strong> />
1) A cada carga é aplicada a tensão <strong>de</strong> linha "Vl",<<strong>br</strong> />
que é a própria tensão do sistema monofásico<<strong>br</strong> />
correspon<strong>de</strong>nte, ou seja,<<strong>br</strong> />
Vl = Vf.<<strong>br</strong> />
2) A corrente em cada fio <strong>de</strong> linha, ou corrente <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
linha "Il", é a soma das correntes das duas fases<<strong>br</strong> />
ligadas a este fio, ou seja, Il = If1 + If3.<<strong>br</strong> />
Como as correntes estão <strong>de</strong>fasadas entre si, a<<strong>br</strong> />
soma <strong>de</strong>verá ser feita graficamente, como mostra<<strong>br</strong> />
a figura 2.2.2.c. Po<strong>de</strong>-se mostrar que<<strong>br</strong> />
Il = If x 3 = 1,732 x If.<<strong>br</strong> />
6
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
Fig. 2.2.2 - Ligação Triângulo.<<strong>br</strong> />
Exemplo: Temos um sistema trifásico equili<strong>br</strong>ado<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> tensão nominal 220V.<<strong>br</strong> />
A corrente <strong>de</strong> linha (Il) medida é 10A. Ligando a<<strong>br</strong> />
este sistema uma carga trifásica composta <strong>de</strong> três<<strong>br</strong> />
cargas iguais ligadas em triângulo, qual a tensão e<<strong>br</strong> />
a corrente em cada uma das cargas?<<strong>br</strong> />
Temos Vf = V1 = 220V em cada uma das cargas.<<strong>br</strong> />
Se Il = 1,732 x If, If = 0,577 x Il = 0,577 x 10 =<<strong>br</strong> />
5,77A em cada uma das cargas.<<strong>br</strong> />
b) Ligação estrela:<<strong>br</strong> />
Ligando um dos fios <strong>de</strong> cada sistema monofásico a<<strong>br</strong> />
um ponto comum aos três, os três fios restantes<<strong>br</strong> />
formam um sistema trifásico em estrela (Fig.<<strong>br</strong> />
2.2.3.a)<<strong>br</strong> />
Às vezes, o sistema trifásico em estrela é "a quatro<<strong>br</strong> />
fios" ou "com neutro".<<strong>br</strong> />
O quarto fio é ligado ao ponto comum às três fases.<<strong>br</strong> />
A tensão <strong>de</strong> linha, ou tensão nominal do sistema<<strong>br</strong> />
trifásico, e a corrente <strong>de</strong> linha são <strong>de</strong>finidos do<<strong>br</strong> />
mesmo modo que na ligação triângulo.<<strong>br</strong> />
Fig. 2.2.3 - Ligação Estrela.<<strong>br</strong> />
Examinando o esquema da fig. 2.2.3.b vê-se que:<<strong>br</strong> />
1) A corrente em cada fio da linha, ou corrente <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
linha (Il), é a mesma corrente da fase à qual o<<strong>br</strong> />
fio está ligado, ou seja, Il = If.<<strong>br</strong> />
7
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
2) A tensão entre dois fios quaisquer do sistema<<strong>br</strong> />
trifásico é a soma gráfica das tensões das duas<<strong>br</strong> />
fases as quais estão ligados os fios<<strong>br</strong> />
consi<strong>de</strong>rados, ou seja, Vl = Vf x 3 = 1,732 x<<strong>br</strong> />
Vf. (Fig. 2.2.3.c).<<strong>br</strong> />
Exemplo: Temos uma carga trifásica composta <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
três cargas iguais, cada carga é feita para ser ligada<<strong>br</strong> />
a uma tensão <strong>de</strong> 220V, absorvendo, 5,77A.<<strong>br</strong> />
Qual a tensão nominal do sistema trifásico que<<strong>br</strong> />
alimenta esta carga em suas condições normais<<strong>br</strong> />
(220V e 5,77A) Qual a corrente <strong>de</strong> linha (Il)?<<strong>br</strong> />
Temos:<<strong>br</strong> />
Vf = 220V (nominal <strong>de</strong> cada carga)<<strong>br</strong> />
Vl = 1,732 x 220V = 380V<<strong>br</strong> />
Il = If = 5,77A.<<strong>br</strong> />
2.2.2. Tensão nominal múltipla<<strong>br</strong> />
A gran<strong>de</strong> maioria dos <strong>geradores</strong> são fornecidos com<<strong>br</strong> />
terminais do enrolamento <strong>de</strong> armadura religáveis,<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> modo a po<strong>de</strong>rem fornecer duas tensões<<strong>br</strong> />
diferentes pelo menos. Os principais tipos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
religação <strong>de</strong> terminais <strong>de</strong> <strong>geradores</strong> ou motores<<strong>br</strong> />
assíncronos para funcionamento em mais <strong>de</strong> uma<<strong>br</strong> />
tensão são:<<strong>br</strong> />
a) Ligação série-paralela:<<strong>br</strong> />
O enrolamento <strong>de</strong> cada fase é dividido em duas<<strong>br</strong> />
partes (lem<strong>br</strong>ar que o número <strong>de</strong> pólos é sempre<<strong>br</strong> />
par, <strong>de</strong> modo que este tipo <strong>de</strong> ligação é sempre<<strong>br</strong> />
possível).<<strong>br</strong> />
Ligando as duas meta<strong>de</strong>s em série, cada meta<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
ficará com a meta<strong>de</strong> da tensão nominal <strong>de</strong> fase da<<strong>br</strong> />
máquina. Ligando as duas meta<strong>de</strong>s em paralelo, a<<strong>br</strong> />
máquina fornecerá uma tensão igual à meta<strong>de</strong> da<<strong>br</strong> />
tensão anterior, sem que se altere a tensão aplicada<<strong>br</strong> />
a cada bobina. Veja os exemplos numéricos da Fig.<<strong>br</strong> />
2.2.4.<<strong>br</strong> />
Fig. 2.2.4 - Tensão Nominal Múltipla.<<strong>br</strong> />
8
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
É comum em <strong>geradores</strong> o fornecimento em três<<strong>br</strong> />
tensões 220/380/440V.<<strong>br</strong> />
O procedimento nestes casos para se obter 380V é<<strong>br</strong> />
ligar o gerador em 440V e ajustar a tensão terminal<<strong>br</strong> />
no potenciômetro do regulador <strong>de</strong> tensão, <strong>de</strong> modo<<strong>br</strong> />
a se obter o valor <strong>de</strong>sejado (redução da indução<<strong>br</strong> />
magnética). Deste modo, po<strong>de</strong>remos obter três<<strong>br</strong> />
tensões na ligação Y, que é a mais comum em<<strong>br</strong> />
<strong>geradores</strong>.<<strong>br</strong> />
LIGAÇÃO TENSÃO DE LINHA CORRENTE DE LINHA<<strong>br</strong> />
POTÊNCIA TRIFÁSICA<<strong>br</strong> />
(VA)<<strong>br</strong> />
Y Vl = 3 x Vf Il = If S = 3 x Vf x If<<strong>br</strong> />
Vl = Vf Il = If x 3<<strong>br</strong> />
S = 3 x Vl x Il<<strong>br</strong> />
Tabela 2.2.1 - Relação entre tensões (linha/fase), correntes (linha/fase) e potência em um sistema trifásico.<<strong>br</strong> />
b) Ligação estrela-triângulo:<<strong>br</strong> />
É comum para partida <strong>de</strong> motores assíncronos a<<strong>br</strong> />
ligação estrela-triângulo.<<strong>br</strong> />
Nesta ligação, o enrolamento <strong>de</strong> cada fase tem as<<strong>br</strong> />
duas pontas trazidas para fora do motor. Se ligarmos<<strong>br</strong> />
as três fases em triângulo cada fase receberá a<<strong>br</strong> />
tensão da linha <strong>de</strong> alimentação, por exemplo 220V<<strong>br</strong> />
(Fig. 2.2.5.b). Se ligarmos as três fases em estrela, o<<strong>br</strong> />
motor po<strong>de</strong> ser ligado a uma linha com tensão <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
alimentação igual a 220 x 3 = 380V sem alterar a<<strong>br</strong> />
tensão no enrolamento <strong>de</strong> cada fase, que continua<<strong>br</strong> />
igual a 220V (Fig.2.2.5.a).<<strong>br</strong> />
Este tipo <strong>de</strong> ligação exige 6 terminais acessíveis na<<strong>br</strong> />
caixa <strong>de</strong> ligação do motor e serve para quaisquer<<strong>br</strong> />
tensões nominais duplas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a segunda seja<<strong>br</strong> />
igual a primeira multiplicada por 3 . Exemplos:<<strong>br</strong> />
220/380V, 380/660V, 440/760V.<<strong>br</strong> />
Note que uma tensão acima <strong>de</strong> 600 Volts não é<<strong>br</strong> />
consi<strong>de</strong>rada baixa tensão, e entra na faixa da média<<strong>br</strong> />
tensão, em que as normas são outras. Nos exemplos<<strong>br</strong> />
380/660V e 440/760V, a maior tensão <strong>de</strong>clarada<<strong>br</strong> />
serve somente para indicar que o motor po<strong>de</strong> ser<<strong>br</strong> />
religado em estrela-triângulo, pois não existem linhas<<strong>br</strong> />
nesses níveis <strong>de</strong> tensões.<<strong>br</strong> />
Fig. 2.2.5 - Ligação Estrela-Triângulo.<<strong>br</strong> />
9
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
2.3. COMPORTAMENTO DO GERADOR<<strong>br</strong> />
EM VAZIO E SOB CARGA<<strong>br</strong> />
Em vazio (com rotação constante), a tensão <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
armadura <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do fluxo magnético gerado pelos<<strong>br</strong> />
pólos <strong>de</strong> excitação, ou ainda da corrente que circula<<strong>br</strong> />
pelo enrolamento <strong>de</strong> campo (rotor). Isto porque o<<strong>br</strong> />
estator não é percorrido por corrente, portanto é<<strong>br</strong> />
nula a reação da armadura, cujo efeito é alterar o<<strong>br</strong> />
fluxo total.<<strong>br</strong> />
A relação entre tensão gerada e a corrente <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
excitação chamamos <strong>de</strong> característica a vazio (Fig.<<strong>br</strong> />
2.3.1), on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>mos observar o estado <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
saturação da máquina.<<strong>br</strong> />
a) Carga puramente resistiva:<<strong>br</strong> />
Se o gerador alimenta um circuito puramente<<strong>br</strong> />
resistivo, é gerado pela corrente <strong>de</strong> carga um<<strong>br</strong> />
campo magnético próprio.<<strong>br</strong> />
O campo magnético induzido produz dois pólos<<strong>br</strong> />
(gerador bipolar Fig. 2.3.2.a) <strong>de</strong>fasados <strong>de</strong> 90º em<<strong>br</strong> />
atraso em relação aos pólos principais, e estes<<strong>br</strong> />
exercem so<strong>br</strong>e os pólos induzidos uma força<<strong>br</strong> />
contrária ao movimento, gastando-se potência<<strong>br</strong> />
mecânica para se manter o rotor girando.<<strong>br</strong> />
O diagrama da fig. 2.3.2.b mostra a alteração do<<strong>br</strong> />
fluxo principal em vazio (Φo) em relação ao fluxo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
reação da armadura (ΦR). A alteração <strong>de</strong> Φo é<<strong>br</strong> />
pequena, não produzindo uma variação muito<<strong>br</strong> />
gran<strong>de</strong> em relação ao fluxo resultante Φ. Devido a<<strong>br</strong> />
perda <strong>de</strong> tensão nos enrolamentos da armadura<<strong>br</strong> />
será necessário aumentar a corrente <strong>de</strong> excitação<<strong>br</strong> />
para manter a tensão nominal (fig. 2.3.5).<<strong>br</strong> />
Fig. 2.3.1. Característica a Vazio.<<strong>br</strong> />
Em carga, a corrente que atravessa os condutores<<strong>br</strong> />
da armadura cria um campo magnético, causando<<strong>br</strong> />
alterações na intensida<strong>de</strong> e distribuição do campo<<strong>br</strong> />
magnético principal. Esta alteração <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da<<strong>br</strong> />
corrente, do cos e das características da carga,<<strong>br</strong> />
como <strong>de</strong>scrito a seguir:<<strong>br</strong> />
Fig. 2.3.2 - Carga Puramente Resistiva.<<strong>br</strong> />
10
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
b) Carga puramente indutiva:<<strong>br</strong> />
b) Carga puramente indutiva:<<strong>br</strong> />
Neste caso, a corrente <strong>de</strong> carga (I)está <strong>de</strong>fasada<<strong>br</strong> />
em 90º em atraso em relação a tensão (E), e o<<strong>br</strong> />
campo <strong>de</strong> reação da armadura (ΦR) estará<<strong>br</strong> />
consequentemente na mesma direção do campo<<strong>br</strong> />
principal (Φo), mas em polarida<strong>de</strong> oposta. O efeito<<strong>br</strong> />
da carga indutiva é <strong>de</strong>smagnetizante (fig. 2.3.3.a e<<strong>br</strong> />
2.3.3.b).<<strong>br</strong> />
As cargas indutivas armazenam energia no seu<<strong>br</strong> />
campo indutor e a <strong>de</strong>volvem totalmente ao gerador,<<strong>br</strong> />
não exercendo nenhum conjugado frenante so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />
induzido (rotor). Neste caso, só será necessário<<strong>br</strong> />
energia mecânica para compensar as perdas.<<strong>br</strong> />
Devido ao efeito <strong>de</strong>smagnetizante será necessário<<strong>br</strong> />
um gran<strong>de</strong> aumento da corrente <strong>de</strong> excitação para<<strong>br</strong> />
se manter a tensão nominal (fig. 2.3.5).<<strong>br</strong> />
Fig. 2.3.3 - Carga Puramente Indutiva.<<strong>br</strong> />
c) Carga puramente capacitiva:<<strong>br</strong> />
A corrente <strong>de</strong> armadura (I) para uma carga<<strong>br</strong> />
puramente capacitiva está <strong>de</strong>fasada <strong>de</strong> 90º,<<strong>br</strong> />
adiantada, em relação à tensão (E). O campo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
reação da armadura (ΦR) consequentemente estará<<strong>br</strong> />
na mesma direção do campo principal (Φ) e com a<<strong>br</strong> />
mesma polarida<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />
O campo induzido, neste caso, tem um efeito<<strong>br</strong> />
magnetizante (fig. 2.3.4a e 2.3.4b).<<strong>br</strong> />
As cargas capacitivas armazenam energia em seu<<strong>br</strong> />
campo elétrico e a <strong>de</strong>volvem totalmente ao gerador,<<strong>br</strong> />
não exercendo também, como nas cargas indutivas,<<strong>br</strong> />
nenhum conjugado frenante so<strong>br</strong>e o induzido<<strong>br</strong> />
(rotor). Devido ao efeito magnetizante será<<strong>br</strong> />
necessário reduzir a corrente <strong>de</strong> excitação para<<strong>br</strong> />
manter a tensão nominal (fig. 2.3.5).<<strong>br</strong> />
11
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
Fig. 2.3.4. - Carga Puramente Capacitiva.<<strong>br</strong> />
Fig. 2.3.5. - Variação da corrente <strong>de</strong> excitação para manter a tensão <strong>de</strong> armadura constante.<<strong>br</strong> />
d) Cargas intermediárias:<<strong>br</strong> />
Na prática, o que encontramos são cargas com<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>fasagem intermediária entre totalmente indutiva<<strong>br</strong> />
ou capacitiva e resistiva. Nestes casos o campo<<strong>br</strong> />
induzido po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>composto em dois campos, um<<strong>br</strong> />
transversal e outro <strong>de</strong>smagnetizante (indutiva) ou<<strong>br</strong> />
magnetizante (capacitiva). Somente o campo<<strong>br</strong> />
transversal tem um efeito frenante, consumindo<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>sta forma potência mecânica da máquina<<strong>br</strong> />
acionante. O efeito magnetizante ou<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>smagnetizante é compensado alterando-se a<<strong>br</strong> />
corrente <strong>de</strong> excitação.<<strong>br</strong> />
PÓLOS LISOS: São rotores nos quais o entreferro<<strong>br</strong> />
é constante ao longo <strong>de</strong> toda a periferia do núcleo<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> ferro.<<strong>br</strong> />
2.4. MÁQUINAS DE PÓLOS LISOS E<<strong>br</strong> />
SALIENTES<<strong>br</strong> />
Os <strong>geradores</strong> síncronos são construídos com rotores<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> pólos lisos ou salientes.<<strong>br</strong> />
Fig. 2.4.1. - Rotor <strong>de</strong> pólos lisos.<<strong>br</strong> />
PÓLOS SALIENTES: São rotores que apresentam<<strong>br</strong> />
uma <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong> no entreferro ao longo da<<strong>br</strong> />
periferia do núcleo <strong>de</strong> ferro. Nestes casos, existem<<strong>br</strong> />
as chamadas regiões interpolares, on<strong>de</strong> o entreferro<<strong>br</strong> />
é muito gran<strong>de</strong>, tornando visível a saliência dos<<strong>br</strong> />
pólos.<<strong>br</strong> />
12
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
Utilida<strong>de</strong> do conhecimento das reatâncias<<strong>br</strong> />
Um circuito efetivo <strong>de</strong> rotor, no eixo direto, além do<<strong>br</strong> />
enrolamento <strong>de</strong> campo principal, é formado pelas<<strong>br</strong> />
barras amortecedoras. Consi<strong>de</strong>rando uma máquina<<strong>br</strong> />
operando inicialmente em vazio e um curto-circuito<<strong>br</strong> />
trifásico súbito aparecendo em seus terminais, na<<strong>br</strong> />
figura abaixo po<strong>de</strong> ser observada uma onda <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
corrente <strong>de</strong> estator em curto-circuito tal como po<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
ser obtida num osciloscópio (Fig. 2.5.2).<<strong>br</strong> />
Fig. 2.4.2. - Rotor <strong>de</strong> pólos salientes.<<strong>br</strong> />
2.5. REATÂNCIAS<<strong>br</strong> />
A análise básica do <strong>de</strong>sempenho transitório <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
máquinas síncronas é muito facilitada por uma<<strong>br</strong> />
transformação linear <strong>de</strong> variáveis, na qual as três<<strong>br</strong> />
correntes <strong>de</strong> fase do estator ia, ib e ic são<<strong>br</strong> />
substituídas por três componentes, a componente<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> eixo direto id, a componente <strong>de</strong> eixo em<<strong>br</strong> />
quadratura iq, e uma componente monofásica io,<<strong>br</strong> />
conhecida como componente <strong>de</strong> seqüência zero<<strong>br</strong> />
(eixo zero).<<strong>br</strong> />
Para operação equili<strong>br</strong>ada em regime permanente<<strong>br</strong> />
(fig 2.5.1), io é nula (não sendo discutida,<<strong>br</strong> />
portanto).<<strong>br</strong> />
O significado físico das componentes <strong>de</strong> eixo direto<<strong>br</strong> />
e em quadratura é o seguinte: A máquina <strong>de</strong> pólos<<strong>br</strong> />
salientes tem uma direção preferencial <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
magnetização <strong>de</strong>terminada pela saliência dos pólos<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> campo. A permeância ao longo do eixo polar ou<<strong>br</strong> />
direto, é consi<strong>de</strong>ravelmente maior do que ao longo<<strong>br</strong> />
do eixo interpolar ou quadratura.<<strong>br</strong> />
Fig. 2.5.2 - Corrente <strong>de</strong> Armadura Simétrica em<<strong>br</strong> />
Curto-Circuito em uma máquina síncrona.<<strong>br</strong> />
Reatância subtransitória (Xd”)<<strong>br</strong> />
É o valor <strong>de</strong> reatância da máquina correspon<strong>de</strong>nte a<<strong>br</strong> />
corrente que circula na armadura durante os<<strong>br</strong> />
primeiros ciclos, conforme po<strong>de</strong> ser visto na Fig.<<strong>br</strong> />
2.5.2 (Período Subtransitório). Seu valor po<strong>de</strong> ser<<strong>br</strong> />
obtido dividindo-se o valor da tensão da armadura<<strong>br</strong> />
antes da falta pela corrente no início da falta, para<<strong>br</strong> />
carga aplicada repentinamente e à freqüência<<strong>br</strong> />
nominal.<<strong>br</strong> />
E<<strong>br</strong> />
xd " =<<strong>br</strong> />
I <<strong>br</strong> />
On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />
E = Valor eficaz da tensão fase-neutro nos<<strong>br</strong> />
terminais do gerador síncrono, antes do curtocircuito.<<strong>br</strong> />
I'' = Valor eficaz da corrente <strong>de</strong> curto-circuito do<<strong>br</strong> />
período sub-transitório em regime<<strong>br</strong> />
permanente. Seu valor é dado por:<<strong>br</strong> />
I<<strong>br</strong> />
I"<<strong>br</strong> />
=<<strong>br</strong> />
máx<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
Reatância transitória (Xd’)<<strong>br</strong> />
É o valor <strong>de</strong> reatância da máquina correspon<strong>de</strong>nte à<<strong>br</strong> />
corrente que circula na armadura após o período<<strong>br</strong> />
sub-transitório do curto, perdurando por um<<strong>br</strong> />
número maior <strong>de</strong> ciclos (maior tempo).<<strong>br</strong> />
Fig. 2.5.1. - Diagrama Esquemático para uma<<strong>br</strong> />
Máquina Síncrona.<<strong>br</strong> />
13
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
Seu valor po<strong>de</strong> ser obtido dividindo-se a tensão na<<strong>br</strong> />
armadura correspon<strong>de</strong>nte ao início do período<<strong>br</strong> />
transitório pela respectiva corrente, nas mesmas<<strong>br</strong> />
condições <strong>de</strong> carga.<<strong>br</strong> />
E<<strong>br</strong> />
xd ' =<<strong>br</strong> />
I <<strong>br</strong> />
On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />
E = Valor eficaz da tensão fase-neutro nos<<strong>br</strong> />
terminais do gerador síncrono, antes do curtocircuito.<<strong>br</strong> />
I'= Valor eficaz da corrente <strong>de</strong> curto-circuito do<<strong>br</strong> />
período transitório consi<strong>de</strong>rado em regime<<strong>br</strong> />
permanente. Seu valor é dado por:<<strong>br</strong> />
I =<<strong>br</strong> />
I<<strong>br</strong> />
máx<<strong>br</strong> />
Reatância síncrona (Xd)<<strong>br</strong> />
É o valor da reatância da máquina correspon<strong>de</strong>nte a<<strong>br</strong> />
corrente <strong>de</strong> regime permanente do curto-circuito,<<strong>br</strong> />
ou seja, após o término do período transitório do<<strong>br</strong> />
curto. Seu valor po<strong>de</strong> ser obtido pela tensão nos<<strong>br</strong> />
terminais da armadura ao final do período<<strong>br</strong> />
transitório do curto dividido pela respectiva<<strong>br</strong> />
corrente.<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
E<<strong>br</strong> />
xd =<<strong>br</strong> />
I<<strong>br</strong> />
On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />
E = Valor eficaz da tensão fase-neutro nos<<strong>br</strong> />
terminais do gerador síncrono, antes do curtocircuito.<<strong>br</strong> />
I = Valor eficaz da corrente <strong>de</strong> curto-circuito em<<strong>br</strong> />
regime permanente. Seu valor é dado por:<<strong>br</strong> />
I =<<strong>br</strong> />
I<<strong>br</strong> />
m áx RP<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
2.6. POTÊNCIA EM MÁQUINAS DE<<strong>br</strong> />
PÓLOS SALIENTES<<strong>br</strong> />
A potência <strong>de</strong> uma máquina síncrona é expressa<<strong>br</strong> />
por:<<strong>br</strong> />
P = m . Uf . If . cos<<strong>br</strong> />
On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />
m - Número <strong>de</strong> fases<<strong>br</strong> />
Uf - Tensão <strong>de</strong> fase<<strong>br</strong> />
If - Corrente <strong>de</strong> fase<<strong>br</strong> />
A potência elétrica <strong>de</strong>senvolvida em máquinas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
pólos salientes também po<strong>de</strong> ser expressa em<<strong>br</strong> />
função do ângulo <strong>de</strong> carga () que surge entre os<<strong>br</strong> />
fatores Uf (tensão <strong>de</strong> fase) e E0 (força eletromotriz<<strong>br</strong> />
induzida), <strong>de</strong>terminado pela posição angular do<<strong>br</strong> />
rotor em relação ao fluxo girante <strong>de</strong> estator (Fig.<<strong>br</strong> />
2.6.1).<<strong>br</strong> />
Fig. 2.6.1.a - Ângulo <strong>de</strong> Carga () em Máquinas<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> Pólos Salientes.<<strong>br</strong> />
A importância do conhecimento <strong>de</strong>stas reatâncias<<strong>br</strong> />
está no fato <strong>de</strong> que a corrente no estator<<strong>br</strong> />
(armadura) após a ocorrência <strong>de</strong> uma falta (curtocircuito)<<strong>br</strong> />
nos terminais da máquina terá valores que<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong>stas reatâncias.<<strong>br</strong> />
Assim, po<strong>de</strong> ser conhecido o <strong>de</strong>sempenho da<<strong>br</strong> />
máquina diante <strong>de</strong> uma falta e as conseqüências daí<<strong>br</strong> />
originadas.<<strong>br</strong> />
O gerador síncrono é o único componente do<<strong>br</strong> />
sistema elétrico que apresenta três reatâncias<<strong>br</strong> />
distintas, cujos valores obe<strong>de</strong>cem à inequação:<<strong>br</strong> />
Xd"< Xd' < Xd<<strong>br</strong> />
Fig. 2.6.1.b - Diagrama <strong>de</strong> Tensão - Gerador<<strong>br</strong> />
Síncrono <strong>de</strong> Pólos Salientes.<<strong>br</strong> />
On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />
xd e xq são as reatâncias <strong>de</strong> eixo direto e em<<strong>br</strong> />
quadratura, respectivamente:<<strong>br</strong> />
P = PD + PQ<<strong>br</strong> />
Pd = Uf . Id . senδ<<strong>br</strong> />
Pq = Uf . Iq . cosδ<<strong>br</strong> />
14
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
Fig 2.6.2 - Curva <strong>de</strong> potência em máquinas<<strong>br</strong> />
síncronas.<<strong>br</strong> />
A potência eletromagnética, que é a potência<<strong>br</strong> />
transmitida pelo rotor <strong>de</strong> um gerador ao estator,<<strong>br</strong> />
po<strong>de</strong> ser expressa por:<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
m . E0<<strong>br</strong> />
.Uf m .Uf 1 1 <<strong>br</strong> />
P = sen + - sen2<<strong>br</strong> />
xd<<strong>br</strong> />
2 xq xd <<strong>br</strong> />
On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />
Em - Tensão harmônica <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m "m".<<strong>br</strong> />
E1 – Tensão da fundamental.<<strong>br</strong> />
Na figura 2.7.1.a está representada a forma <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
onda tomada entre fase-fase em um gerador. A<<strong>br</strong> />
distorção calculada foi <strong>de</strong> 2,04%. Na figura 2.7.1.b<<strong>br</strong> />
temos a forma <strong>de</strong> onda tomada entre fase-neutro. A<<strong>br</strong> />
distorção calculada foi <strong>de</strong> 15,71%.<<strong>br</strong> />
O PRIMEIRO TERMO DA EXPRESSÃO<<strong>br</strong> />
ANTERIOR É A POTÊNCIA QUE DEPENDE DA<<strong>br</strong> />
TENSÃO TERMINAL DE FASE (UF) E DA<<strong>br</strong> />
EXCITAÇÃO DA MÁQUINA (E 0) (FIG. 2.6.2).<<strong>br</strong> />
m . E0<<strong>br</strong> />
.Uf<<strong>br</strong> />
Pe =<<strong>br</strong> />
xd<<strong>br</strong> />
sen<<strong>br</strong> />
O segundo termo da expressão é adicional <strong>de</strong>vido a<<strong>br</strong> />
diferença <strong>de</strong> relutância do entreferro (xq e xd), a<<strong>br</strong> />
qual não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da excitação da máquina (Fig.<<strong>br</strong> />
2.6.2).<<strong>br</strong> />
P<<strong>br</strong> />
r<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
m .Uf<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
l<<strong>br</strong> />
xq<<strong>br</strong> />
-<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
xd<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
sen2<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
Fig. 2.7.1.a - Forma <strong>de</strong> onda com 2,04% <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
distorção harmônica.<<strong>br</strong> />
Fig. 2.7.1.b - Forma <strong>de</strong> onda com 15,71% <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
distorção harmônica.<<strong>br</strong> />
2.7. DEFINIÇÕES<<strong>br</strong> />
2.7.1. Distorção harmônica<<strong>br</strong> />
O formato i<strong>de</strong>al da onda <strong>de</strong> tensão <strong>de</strong> uma fonte <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
energia CA é senoidal.<<strong>br</strong> />
Qualquer onda <strong>de</strong> tensão que contenha certa<<strong>br</strong> />
distorção harmônica (fig. 2.7.1), po<strong>de</strong> ser<<strong>br</strong> />
apresentada como sendo equivalente à soma da<<strong>br</strong> />
fundamental mais uma série <strong>de</strong> tensões CA <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
amplitu<strong>de</strong>s específicas relacionadas<<strong>br</strong> />
harmonicamente.<<strong>br</strong> />
A distorção po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finida para cada harmônica<<strong>br</strong> />
em relação a sua amplitu<strong>de</strong> como um percentual da<<strong>br</strong> />
fundamental.<<strong>br</strong> />
A distorção harmônica total po<strong>de</strong> ser calculada<<strong>br</strong> />
utilizando-se a equação:<<strong>br</strong> />
Distorção =<<strong>br</strong> />
m = m<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
m = 2<<strong>br</strong> />
(Em )<<strong>br</strong> />
E<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
2.7.2. Fator <strong>de</strong> <strong>de</strong>svio<<strong>br</strong> />
Desvios ou variações do formato senoidal da onda<<strong>br</strong> />
po<strong>de</strong>m ocorrer durante qualquer parte da onda:<<strong>br</strong> />
positivo, negativo ou durante o cruzamento por<<strong>br</strong> />
zero (Fig. 2.7.2).<<strong>br</strong> />
Fig. 2.7.2 - Fator <strong>de</strong> Desvio.<<strong>br</strong> />
15
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
A amplitu<strong>de</strong> da variação (Fig. 2.7.3), expressa como<<strong>br</strong> />
um percentual do valor <strong>de</strong> pico <strong>de</strong> uma onda<<strong>br</strong> />
senoidal <strong>de</strong> referência, é o Fator <strong>de</strong> Desvio.<<strong>br</strong> />
Fig. 2.7.4 - Transiente <strong>de</strong> Tensão.<<strong>br</strong> />
2.7.7. Tolerância <strong>de</strong> tensão<<strong>br</strong> />
Fig. 2.7.3 - Amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Desvio.<<strong>br</strong> />
O fator <strong>de</strong> <strong>de</strong>svio po<strong>de</strong> ser calculado como:<<strong>br</strong> />
Desvio<<strong>br</strong> />
F<strong>de</strong>v =<<strong>br</strong> />
Vpico<<strong>br</strong> />
São <strong>de</strong>svios máximos aceitáveis na tensão e<<strong>br</strong> />
geralmente expressos como percentuais da tensão<<strong>br</strong> />
nominal, por exemplo:<<strong>br</strong> />
+ 5%: 105% da tensão nominal continuamente<<strong>br</strong> />
- 7,5%: 92,5% da tensão nominal continuamente<<strong>br</strong> />
2.7.3. Modulação <strong>de</strong> tensão<<strong>br</strong> />
É a cíclica variação da amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> tensão,<<strong>br</strong> />
causada pela oscilação do regulador ou pela cíclica<<strong>br</strong> />
variação da carga.<<strong>br</strong> />
2.7.4. Desequilí<strong>br</strong>io angular<<strong>br</strong> />
As tensões <strong>de</strong> um sistema trifásico são <strong>de</strong>fasadas<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> 120º. Se este <strong>de</strong>fasamento for diferente <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
120º, o referido valor será o <strong>de</strong>sequilí<strong>br</strong>io.<<strong>br</strong> />
2.7.8. Tensão Residual<<strong>br</strong> />
Quando operando em vazio, em rotação nominal e<<strong>br</strong> />
sem tensão <strong>de</strong> excitação, o gerador síncrono<<strong>br</strong> />
apresentará em seus terminais uma tensão residual<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>vido ao magnetismo residual presente no núcleo<<strong>br</strong> />
magnético da excitatriz. Estes níveis <strong>de</strong> tensão<<strong>br</strong> />
po<strong>de</strong>m causar aci<strong>de</strong>ntes graves e com risco <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
morte. É <strong>de</strong>saconselhável a manipulação da<<strong>br</strong> />
máquina enquanto o rotor estiver em movimento.<<strong>br</strong> />
Geradores com tensão nominal <strong>de</strong> 440V costumam<<strong>br</strong> />
apresentar 180V <strong>de</strong> tensão residual. Geradores com<<strong>br</strong> />
tensão nominal <strong>de</strong> 13800V facilmente apresentará<<strong>br</strong> />
1000V <strong>de</strong> tensão residual.<<strong>br</strong> />
2.7.5. Desbalanceamento <strong>de</strong> tensão<<strong>br</strong> />
Desbalanceamento <strong>de</strong> tensão é a diferença entre as<<strong>br</strong> />
tensões <strong>de</strong> linha mais alta e mais baixa, e po<strong>de</strong> ser<<strong>br</strong> />
expresso em percentual da tensão média <strong>de</strong> fase.<<strong>br</strong> />
Ex: Fase U a V - 208V (1.6% acima da média)<<strong>br</strong> />
V a W - 204V (0.33% abaixo da média)<<strong>br</strong> />
W a U - 202V (1.3% abaixo da média)<<strong>br</strong> />
Média: 204.67V<<strong>br</strong> />
Variação: 6V (2.9%)<<strong>br</strong> />
2.7.6. Transiente <strong>de</strong> tensão<<strong>br</strong> />
São picos <strong>de</strong> tensão <strong>de</strong> curta duração que<<strong>br</strong> />
aparecem esporadicamente e po<strong>de</strong>m atingir<<strong>br</strong> />
centenas <strong>de</strong> Volts (Fig.2.7.4).<<strong>br</strong> />
16
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
3. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO<<strong>br</strong> />
17
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
.<<strong>br</strong> />
4. CARACTERÍSTICAS<<strong>br</strong> />
CONSTRUTIVAS<<strong>br</strong> />
4.1. COMPONENTES PRINCIPAIS<<strong>br</strong> />
O gerador completo po<strong>de</strong> ser dividido em uma série<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s funcionais. As principais são mostradas<<strong>br</strong> />
a seguir.<<strong>br</strong> />
4.1.1. Estator da máquina principal<<strong>br</strong> />
As carcaças das máquinas da linha G são fa<strong>br</strong>icadas<<strong>br</strong> />
em chapas <strong>de</strong> aço calandradas (formato tubular).<<strong>br</strong> />
Para a linha S, as carcaças são fa<strong>br</strong>icadas em<<strong>br</strong> />
chapas <strong>de</strong> aço soldadas através <strong>de</strong> solda tipo<<strong>br</strong> />
“MIG”. Todo o conjunto da carcaça recebe um<<strong>br</strong> />
tratamento <strong>de</strong> normalização para alívio <strong>de</strong> tensões<<strong>br</strong> />
provocadas pelas soldas.<<strong>br</strong> />
O pacote <strong>de</strong> chapas do estator (ou núcleo do<<strong>br</strong> />
estator), com seu respectivo enrolamento, é<<strong>br</strong> />
assentado so<strong>br</strong>e as nervuras da carcaça (linha S) ou<<strong>br</strong> />
prensado na carcaça (linha G).<<strong>br</strong> />
As máquinas <strong>de</strong> baixa tensão são produzidas com<<strong>br</strong> />
fios circulares e as <strong>de</strong> média tensão com fios<<strong>br</strong> />
retangulares.<<strong>br</strong> />
O isolamento padrão das máquinas da linha S é<<strong>br</strong> />
classe F e para a linha G classe H. As bobinas são<<strong>br</strong> />
fixadas às ranhuras por cunhas <strong>de</strong> fechamento,<<strong>br</strong> />
normalmente compostas <strong>de</strong> material isolante, e as<<strong>br</strong> />
cabeças dos enrolamentos são fortalecidas para que<<strong>br</strong> />
possam resistir a vi<strong>br</strong>ações. As máquinas <strong>de</strong> baixa<<strong>br</strong> />
tensão da linha G são impregnadas por<<strong>br</strong> />
gotejamento e da linha S por imersão. Máquinas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
alta tensão são impregnadas pelo sistema VPI<<strong>br</strong> />
(Vacuum Pressure Impregnation).<<strong>br</strong> />
4.1.2. Rotor da máquina principal<<strong>br</strong> />
O rotor acomoda o enrolamento <strong>de</strong> campo, cujos<<strong>br</strong> />
pólos são formados por pacotes <strong>de</strong> chapas. Uma<<strong>br</strong> />
gaiola <strong>de</strong> amortecimento também é montada no<<strong>br</strong> />
rotor para compensação nos serviços em paralelo e<<strong>br</strong> />
variações <strong>de</strong> carga.<<strong>br</strong> />
4.1.3. Estator da excitatriz principal<<strong>br</strong> />
A excitatriz principal é um gerador trifásico <strong>de</strong> pólos<<strong>br</strong> />
salientes. Na linha G seu estator é fixado na tampa<<strong>br</strong> />
traseira do gerador e <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>le (Fig 4.1.1). Na<<strong>br</strong> />
linha S é posicionado fora da máquina e é fixado na<<strong>br</strong> />
tampa traseira ou na base do gerador, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo<<strong>br</strong> />
da sua forma construtiva.<<strong>br</strong> />
Os pólos salientes acomodam as bobinas <strong>de</strong> campo,<<strong>br</strong> />
que são ligadas em série, sendo sua extremida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
conectada ao regulador <strong>de</strong> tensão diretamente<<strong>br</strong> />
(linha G) ou através <strong>de</strong> bornes na caixa <strong>de</strong> ligação<<strong>br</strong> />
da excitatriz (linha S).<<strong>br</strong> />
4.1.4. Rotor da excitatriz principal e diodos<<strong>br</strong> />
retificadores girantes<<strong>br</strong> />
O rotor da excitariz principal é montado so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />
eixo da máquina principal. O rotor é laminado e<<strong>br</strong> />
suas ranhuras a<strong>br</strong>igam um enrolamento trifásico<<strong>br</strong> />
ligado em estrela.<<strong>br</strong> />
O ponto comum <strong>de</strong>sta ligação estrela é inacessível.<<strong>br</strong> />
De cada ponto da ligação estrela saem dois fios<<strong>br</strong> />
para os retificadores girantes, assentados os<<strong>br</strong> />
suportes dissipadores. Dos dois fios, um é ligado ao<<strong>br</strong> />
retificador so<strong>br</strong>e o suporte positivo e o segundo, ao<<strong>br</strong> />
mesmo retificador so<strong>br</strong>e o suporte negativo.<<strong>br</strong> />
4.1.5. Excitatriz auxiliar<<strong>br</strong> />
A excitatriz auxiliar ou PMG (Permanent Magnets<<strong>br</strong> />
Generator) é um gerador trifásico com rotor<<strong>br</strong> />
constituído por imãs, que são seus pólos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
excitação, acoplado ao eixo da máquina principal. O<<strong>br</strong> />
estator, constituído <strong>de</strong> chapas, possui um<<strong>br</strong> />
enrolamento trifásico para alimentação do regulador<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> tensão. Na linha G a excitatriz auxiliar é<<strong>br</strong> />
oferecida como opcional (sob pedido) e encontra-se<<strong>br</strong> />
no exterior da máquina, no lado não acionado,<<strong>br</strong> />
fixada na tampa do gerador. Na linha S é utilizada<<strong>br</strong> />
ou não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da aplicação ou especificação<<strong>br</strong> />
do cliente e é fixada na tampa ou na base,<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da forma construtiva da máquina. Na<<strong>br</strong> />
linha G é conectada diretamente ao regulador <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
tensão e na linha S, através <strong>de</strong> bornes na caixa <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
ligação da excitatriz auxiliar.<<strong>br</strong> />
4.1.6. Enrolamento auxiliar (ou bobina<<strong>br</strong> />
auxiliar)<<strong>br</strong> />
Padrão na linha G é um conjunto auxiliar <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
bobinas, monofásico, que fica alojado em algumas<<strong>br</strong> />
ranhuras do estator principal da máquina, junto<<strong>br</strong> />
com as bobinas <strong>de</strong> armadura, porém totalmente<<strong>br</strong> />
isolado <strong>de</strong>las.<<strong>br</strong> />
Sua função é fornecer potência para o regulador <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
tensão alimentar o campo da excitatriz principal,<<strong>br</strong> />
potência essa retificada e controlada pelo regulador<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> tensão.<<strong>br</strong> />
18
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
4.2. PLACA DE IDENTIFICAÇÃO<<strong>br</strong> />
Quando o fa<strong>br</strong>icante projeta um gerador e o oferece<<strong>br</strong> />
à venda, ele tem que partir <strong>de</strong> certos valores<<strong>br</strong> />
adotados para características da carga a ser<<strong>br</strong> />
alimentada e condições em que o gerador irá<<strong>br</strong> />
operar.<<strong>br</strong> />
O conjunto <strong>de</strong>sses valores constitui as<<strong>br</strong> />
"características nominais" do gerador. A maneira<<strong>br</strong> />
pela qual o fa<strong>br</strong>icante comunica estas informações<<strong>br</strong> />
ao cliente é através da placa <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação do<<strong>br</strong> />
gerador (Fig. 4.2.1).<<strong>br</strong> />
Evi<strong>de</strong>ntemente é impossível colocar na placa <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
i<strong>de</strong>ntificação todas as informações por extenso, <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
modo que é preciso recorrer a certas a<strong>br</strong>eviações.<<strong>br</strong> />
Além disso é preciso que os valores apresentados<<strong>br</strong> />
sejam objetivos e não dêem margens diversas<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e seu significado ou limites <strong>de</strong> variação.<<strong>br</strong> />
Para isto, o fa<strong>br</strong>icante recorre a Normas Técnicas<<strong>br</strong> />
que padronizam as a<strong>br</strong>eviações e símbolos e<<strong>br</strong> />
também estabelecem <strong>de</strong> uma só maneira o<<strong>br</strong> />
significado e os limites dos valores <strong>de</strong>clarados.<<strong>br</strong> />
Os <strong>geradores</strong> <strong>WEG</strong> normais são fa<strong>br</strong>icados segundo<<strong>br</strong> />
as normas ABNT (Associação Brasileira <strong>de</strong> Normas<<strong>br</strong> />
Técnicas), IEC (International Eletrotechnical<<strong>br</strong> />
Commission), VDE (Verband Der Elektrotechnik),<<strong>br</strong> />
Nema (National Electrical Manufacturers<<strong>br</strong> />
Association) e mediante consulta prévia po<strong>de</strong>m ser<<strong>br</strong> />
fa<strong>br</strong>icados conforme outras normas.<<strong>br</strong> />
Fig. 4.2.1 – Exemplo <strong>de</strong> etiqueta <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação<<strong>br</strong> />
para gerador.<<strong>br</strong> />
Dentre as informações padronizadas por norma que<<strong>br</strong> />
não precisam ser <strong>de</strong>claradas por extenso na placa<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação, estão as condições sob as quais o<<strong>br</strong> />
gerador foi feito para funcionar, ou seja, as<<strong>br</strong> />
"condições usuais <strong>de</strong> serviço".<<strong>br</strong> />
Se o gerador for adquirido para trabalhar em<<strong>br</strong> />
condições especiais, o fato <strong>de</strong>ve ser claramente<<strong>br</strong> />
indicado na especificação e pedido <strong>de</strong> compra do<<strong>br</strong> />
mesmo.<<strong>br</strong> />
As condições usuais <strong>de</strong> serviço são:<<strong>br</strong> />
a) Meio refrigerante (na maioria dos casos o meio<<strong>br</strong> />
ambiente) <strong>de</strong> temperatura não superior a 40ºC e<<strong>br</strong> />
isento <strong>de</strong> elementos prejudiciais ao gerador;<<strong>br</strong> />
b) Localização à som<strong>br</strong>a;<<strong>br</strong> />
c) Altitu<strong>de</strong> não superior a 1000 m so<strong>br</strong>e o nível do<<strong>br</strong> />
mar.<<strong>br</strong> />
4.3. PINTURA - GERADORES PARA<<strong>br</strong> />
APLICAÇÃO INDUSTRIAL GERAL<<strong>br</strong> />
A <strong>WEG</strong> possui planos <strong>de</strong> pintura que aten<strong>de</strong>m as<<strong>br</strong> />
mais variadas aplicações.<<strong>br</strong> />
As linhas G e S possuem planos <strong>de</strong> pintura padrões<<strong>br</strong> />
conforme seguem abaixo. Esses planos aten<strong>de</strong>m<<strong>br</strong> />
quase que a totalida<strong>de</strong> das aplicações industriais.<<strong>br</strong> />
Para aplicações especiais ou conforme necessida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
do cliente, há a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se especificar<<strong>br</strong> />
planos <strong>de</strong> pintura especiais, mediante análise<<strong>br</strong> />
prévia.<<strong>br</strong> />
Plano <strong>de</strong> pintura padrão para a linha G (Plano <strong>WEG</strong><<strong>br</strong> />
201A):<<strong>br</strong> />
A pintura <strong>de</strong>ssas máquinas consiste <strong>de</strong> duas<<strong>br</strong> />
camadas.<<strong>br</strong> />
- Pintura Fundo: após a limpeza, as peças são<<strong>br</strong> />
pintadas com tinta fundo primer alquídico, <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
espessura da película seca entre 20 e 55 μm.<<strong>br</strong> />
- Pintura <strong>de</strong> Acabamento: após a máquina<<strong>br</strong> />
completamente montada e consiste <strong>de</strong> uma<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>mão <strong>de</strong> esmalte sintético alquídico com<<strong>br</strong> />
espessura da película seca entre 40 e 60 μm.<<strong>br</strong> />
Plano <strong>de</strong> pintura padrão para a linha S (Plano <strong>WEG</strong><<strong>br</strong> />
212P):<<strong>br</strong> />
A pintura <strong>de</strong>ssas máquinas consiste <strong>de</strong> três<<strong>br</strong> />
camadas.<<strong>br</strong> />
- Pintura Fundo: após a limpeza, as peças são<<strong>br</strong> />
pintadas com tinta fundo primer etil silicato<<strong>br</strong> />
inorgânico <strong>de</strong> zinco, <strong>de</strong> espessura da película<<strong>br</strong> />
seca entre 67 e 90 μm<<strong>br</strong> />
- Pintura Intermediária: pintura com tinta epóxi<<strong>br</strong> />
fosfato <strong>de</strong> zinco alta espessura com espessura<<strong>br</strong> />
da película seca entre 90 e 130 μm<<strong>br</strong> />
- Pintura <strong>de</strong> Acabamento: após a máquina<<strong>br</strong> />
completamente montada e consiste <strong>de</strong> uma<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>mão <strong>de</strong> esmalte poliuretano acrílico <strong>de</strong> alta<<strong>br</strong> />
espessura, com espessura da película seca entre<<strong>br</strong> />
63 e 91 μm.<<strong>br</strong> />
19
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
4.4. TERMINAIS DE ATERRAMENTO<<strong>br</strong> />
Montagem típica com Mancais <strong>de</strong> Rolamentos<<strong>br</strong> />
O aterramento tem a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> proteger os<<strong>br</strong> />
operadores das máquinas elétricas ou <strong>de</strong> máquinas<<strong>br</strong> />
acopladas à elas contra possíveis curtos-circuitos<<strong>br</strong> />
entre uma parte energizada e carcaça da máquina.<<strong>br</strong> />
Esta proteção se dá pelo oferecimento <strong>de</strong> um<<strong>br</strong> />
caminho mais fácil para o fluxo <strong>de</strong> corrente,<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>sviando-a <strong>de</strong>sta forma do operador e da<<strong>br</strong> />
máquina. Para isso os <strong>geradores</strong> possuem locais<<strong>br</strong> />
específicos para aterramento através <strong>de</strong> terminais,<<strong>br</strong> />
localizados na região dos pés e/ou <strong>de</strong>ntro da caixa<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> ligação principal.<<strong>br</strong> />
4.5. MANCAIS<<strong>br</strong> />
Dispositivo mecânico so<strong>br</strong>e o qual se apóia um eixo<<strong>br</strong> />
girante (no caso do gerador elétrico), <strong>de</strong>slizante ou<<strong>br</strong> />
oscilante, e que lhe permite o movimento com um<<strong>br</strong> />
mínimo <strong>de</strong> atrito.<<strong>br</strong> />
Devido a gran<strong>de</strong> importância dos mancais para o<<strong>br</strong> />
gerador como um todo, seguem abaixo alguns<<strong>br</strong> />
fatores <strong>de</strong>terminantes para sua durabilida<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />
- Velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> operação;<<strong>br</strong> />
- Esforços axiais e radiais aplicados aos mesmos;<<strong>br</strong> />
- Correta manutenção e lu<strong>br</strong>ificação;<<strong>br</strong> />
- Condições ambientais às quais são submetidos.<<strong>br</strong> />
Os tipos <strong>de</strong> mancal a serem selecionados estão<<strong>br</strong> />
ligados também ao tipo <strong>de</strong> aplicação, sendo<<strong>br</strong> />
divididos principalmente em:<<strong>br</strong> />
a) Mancais <strong>de</strong> Rolamento:<<strong>br</strong> />
Rolamentos <strong>de</strong> esferas lu<strong>br</strong>ificados a graxa são<<strong>br</strong> />
padrões nas máquinas <strong>WEG</strong> da linha G e carcaças<<strong>br</strong> />
menores da linha S.<<strong>br</strong> />
Depen<strong>de</strong>ndo da aplicação, e principalmente dos<<strong>br</strong> />
esforços aplicados à ponta <strong>de</strong> eixo da máquina,<<strong>br</strong> />
po<strong>de</strong>m ser especificados rolamentos <strong>de</strong> rolos ou<<strong>br</strong> />
rolamentos lu<strong>br</strong>ificados a óleo.<<strong>br</strong> />
Figura 4.5.1. - Rolamentos.<<strong>br</strong> />
Figura 4.5.2 – Gerador linha S com mancal <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
rolamento.<<strong>br</strong> />
b) Mancais <strong>de</strong> Bucha (ou <strong>de</strong>slizamento):<<strong>br</strong> />
A <strong>WEG</strong> utiliza estes mancais em <strong>geradores</strong> da linha<<strong>br</strong> />
S, a partir <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado tamanho ou<<strong>br</strong> />
aplicação específica.<<strong>br</strong> />
São mancais bipartidos, lu<strong>br</strong>ificados a óleo, que<<strong>br</strong> />
possuem casquilhos separados em dois setores<<strong>br</strong> />
(superior e inferior) e permitem sua abertura e<<strong>br</strong> />
inspeção sem necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> retirada da máquina<<strong>br</strong> />
do local <strong>de</strong> instalação.<<strong>br</strong> />
Estes mancais possuem reservatório <strong>de</strong> óleo próprio<<strong>br</strong> />
e anéis pescadores, que giram com o eixo<<strong>br</strong> />
distribuindo o óleo aos casquilhos. Em casos on<strong>de</strong> a<<strong>br</strong> />
lu<strong>br</strong>ificação pelos anéis pescadores não é suficiente,<<strong>br</strong> />
utiliza-se lu<strong>br</strong>ificação forçada por um sistema<<strong>br</strong> />
externo (ULRM - Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lu<strong>br</strong>ificação e<<strong>br</strong> />
Refrigeração para os Mancais), o qual po<strong>de</strong> ser<<strong>br</strong> />
fornecido com o gerador caso optado pelo cliente.<<strong>br</strong> />
Os mancais <strong>de</strong> bucha normais são refrigerados<<strong>br</strong> />
naturalmente. Em algumas situações po<strong>de</strong>m ser<<strong>br</strong> />
refrigerados por circulação externa <strong>de</strong> óleo através<<strong>br</strong> />
do mesmo sistema utilizado para a circulação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
óleo (ULRM). Este sistema possui basicamente um<<strong>br</strong> />
reservatório, bombas e trocador <strong>de</strong> calor. Ele<<strong>br</strong> />
recebe, por gravida<strong>de</strong>, o óleo dos mancais, refrigera<<strong>br</strong> />
e envia-o refrigerado e pressurizado aos mancais.<<strong>br</strong> />
Depen<strong>de</strong>ndo do tamanho da máquina, peso do<<strong>br</strong> />
rotor e tipo <strong>de</strong> aplicação, os mancais <strong>de</strong> bucha<<strong>br</strong> />
po<strong>de</strong>m ser especificados para utilização com<<strong>br</strong> />
sistema <strong>de</strong> Jacking Oil (“levantamento” do eixo<<strong>br</strong> />
durante a partida e parada). Para máquinas<<strong>br</strong> />
gran<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>vido ao peso do rotor o filme <strong>de</strong> óleo<<strong>br</strong> />
entre casquilhos e eixo po<strong>de</strong> se extinguir quando a<<strong>br</strong> />
máquina está parada ou em rotação muito baixa, o<<strong>br</strong> />
que po<strong>de</strong> ocasionar <strong>de</strong>sgaste nos casquilhos. Então<<strong>br</strong> />
injeta-se óleo com alta pressão nos mancais para<<strong>br</strong> />
formação e garantia do filme <strong>de</strong> óleo entre eixo e<<strong>br</strong> />
casquilhos nos momentos <strong>de</strong> partida e parada da<<strong>br</strong> />
máquina. Essa injeção <strong>de</strong> óleo também po<strong>de</strong> ser<<strong>br</strong> />
implementada na URLM do gerador.<<strong>br</strong> />
20
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
Montagem típica com Mancais <strong>de</strong> Bucha<<strong>br</strong> />
Figura 4.5.3. – Gerador linha S com mancal <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
bucha aberto para inspeção.<<strong>br</strong> />
Fig. 4.5.6 – Mancal <strong>de</strong> bucha com circulação<<strong>br</strong> />
externa <strong>de</strong> óleo.<<strong>br</strong> />
Figura 4.5.4. - Casquilho e anel pescador.<<strong>br</strong> />
Fig. 4.5.5 – Mancal <strong>de</strong> bucha com refrigeração<<strong>br</strong> />
natural.<<strong>br</strong> />
21
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
Mancais <strong>de</strong> Deslizamento em Corte (dianteiro e traseiro) com respectivos componentes<<strong>br</strong> />
Figura 4.5.7. - Mancal dianteiro.<<strong>br</strong> />
Figura 4.5.8. - Mancal traseiro.<<strong>br</strong> />
On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />
1. Bujão <strong>de</strong> dreno<<strong>br</strong> />
2. Carcaça do mancal<<strong>br</strong> />
3. Carcaça do motor<<strong>br</strong> />
4. Parafuso para montagem da capa da carcaça<<strong>br</strong> />
do mancal<<strong>br</strong> />
5. Capa da carcaça do mancal<<strong>br</strong> />
6. Parafuso da capa do manca bipartido<<strong>br</strong> />
7. Selo máquina<<strong>br</strong> />
8. Parafuso do selo máquina<<strong>br</strong> />
10. Olhal <strong>de</strong> suspensão<<strong>br</strong> />
11. Defletor estacionário<<strong>br</strong> />
12. Parafuso do <strong>de</strong>fletor estacionário<<strong>br</strong> />
13. Portador do selo labirinto<<strong>br</strong> />
14. Parafuso do portador do selo labirinto<<strong>br</strong> />
15. Casquilho superior<<strong>br</strong> />
16. Casquilho inferior<<strong>br</strong> />
17. Anel pescador<<strong>br</strong> />
18. Selo labirinto<<strong>br</strong> />
19. Mola circular elástica<<strong>br</strong> />
21. Parafuso <strong>de</strong> montagem da carcaça do mancal<<strong>br</strong> />
carcaça do mancal<<strong>br</strong> />
24. Defletor inferior<<strong>br</strong> />
25. Parafuso <strong>de</strong> união dos <strong>de</strong>fletores<<strong>br</strong> />
On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />
1. Bujão <strong>de</strong> dreno<<strong>br</strong> />
2. Carcaça do mancal<<strong>br</strong> />
3. Carcaça do motor<<strong>br</strong> />
4. Parafuso para montagem da capa da carcaça<<strong>br</strong> />
do mancal<<strong>br</strong> />
5. Capa da carcaça do mancal<<strong>br</strong> />
6. Parafuso da capa do manca bipartido<<strong>br</strong> />
7. Selo máquina<<strong>br</strong> />
8. Parafuso do selo máquina<<strong>br</strong> />
10. Olhal <strong>de</strong> suspensão<<strong>br</strong> />
15. Casquilho superior<<strong>br</strong> />
16. Casquilho inferior<<strong>br</strong> />
17. Anel pescador<<strong>br</strong> />
18. Selo labirinto<<strong>br</strong> />
19. Mola circular elástica<<strong>br</strong> />
21. Parafuso <strong>de</strong> montagem da carcaça do mancal<<strong>br</strong> />
carcaça do mancal<<strong>br</strong> />
22. Defletor inferior<<strong>br</strong> />
23. Parafuso <strong>de</strong> união dos <strong>de</strong>fletores<<strong>br</strong> />
22
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
4.6. FORMA CONSTRUTIVA<<strong>br</strong> />
Os <strong>geradores</strong> <strong>WEG</strong> são construídos nas formas<<strong>br</strong> />
construtivas B15 (mancal único), B3, B35, D5, D6 e<<strong>br</strong> />
V1 (mancal duplo).<<strong>br</strong> />
As formas construtivas D5, D6 e V1 são<<strong>br</strong> />
normalmente utilizadas em <strong>geradores</strong> <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
porte, utilizados principalmente em geração<<strong>br</strong> />
hidráulica (D5, D6, V1) e térmica (D5, D6).<<strong>br</strong> />
As formas construtivas disponíveis para a linha G<<strong>br</strong> />
são:<<strong>br</strong> />
- B15T - Mancal único (single bearing), montagem<<strong>br</strong> />
horizontal com acoplamento por discos flexíveis<<strong>br</strong> />
e flange, fixação na base através dos pés e caixa<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> ligação no topo – Padrão;<<strong>br</strong> />
- D6 – Mancal duplo, montagem horizontal, ponta<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> eixo flangeada, mancais <strong>de</strong> pe<strong>de</strong>stais fixados<<strong>br</strong> />
na base e caixa <strong>de</strong> ligação na lateral direita ou<<strong>br</strong> />
esquerda ou saída dos cabos por baixo da<<strong>br</strong> />
máquina;<<strong>br</strong> />
- V1 – Mancal duplo, montagem vertical, ponta <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
eixo chavetada ou flangeada, flange na tampa<<strong>br</strong> />
dianteira, mancais fixados nas tampas, fixação<<strong>br</strong> />
na base através do flange na tampa ou da<<strong>br</strong> />
carcaça e caixa <strong>de</strong> ligação na lateral;<<strong>br</strong> />
- B15 - Mancal único (ou single bearing),<<strong>br</strong> />
montagem horizontal com acoplamento por<<strong>br</strong> />
discos flexíveis e flange, fixação na base através<<strong>br</strong> />
dos pés e caixa <strong>de</strong> ligação na lateral.<<strong>br</strong> />
- B35T - Mancal duplo, montagem horizontal com<<strong>br</strong> />
acoplamento pela ponta <strong>de</strong> eixo lisa chavetada<<strong>br</strong> />
(montagem <strong>de</strong> acoplamento flexível) e flange,<<strong>br</strong> />
fixação na base através dos pés e caixa <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
ligação no topo – Opcional (sob pedido);<<strong>br</strong> />
- B3T - Mancal duplo, montagem horizontal com<<strong>br</strong> />
acoplamento pela ponta <strong>de</strong> eixo lisa chavetada<<strong>br</strong> />
(montagem <strong>de</strong> acoplamento flexível), sem<<strong>br</strong> />
flange, fixação na base através dos pés e caixa<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> ligação no topo – Opcional (sob pedido).<<strong>br</strong> />
A linha S po<strong>de</strong> ser fa<strong>br</strong>icada com várias formas<<strong>br</strong> />
construtivas, que são <strong>de</strong>finidas <strong>de</strong> acordo com a<<strong>br</strong> />
aplicação ou solicitação do cliente. As principais<<strong>br</strong> />
são:<<strong>br</strong> />
- B3D ou E – Mancal duplo, montagem horizontal,<<strong>br</strong> />
ponta <strong>de</strong> eixo lisa chavetada (para montagem <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
acoplamento flexível), mancais fixados nas<<strong>br</strong> />
tampas, fixação na base através dos pés e caixa<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> ligação na lateral direita ou esquerda;<<strong>br</strong> />
- B35D ou E - Mancal duplo, montagem<<strong>br</strong> />
horizontal, com ponta <strong>de</strong> eixo lisa chavetada<<strong>br</strong> />
(montagem <strong>de</strong> acoplamento flexível) ou ponta<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> eixo flangeada, flange na tampa dianteira,<<strong>br</strong> />
mancais fixados nas tampas, fixação na base<<strong>br</strong> />
através dos pés e caixa <strong>de</strong> ligação na lateral<<strong>br</strong> />
direita ou esquerda;<<strong>br</strong> />
- D5 – Mancal duplo, montagem horizontal, ponta<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> eixo lisa chavetada (para montagem <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
acoplamento flexível), mancais <strong>de</strong> pe<strong>de</strong>stais<<strong>br</strong> />
fixados na base e caixa <strong>de</strong> ligação na lateral<<strong>br</strong> />
direita ou esquerda ou saída dos cabos por baixo<<strong>br</strong> />
da máquina;<<strong>br</strong> />
23
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
15<<strong>br</strong> />
14<<strong>br</strong> />
16<<strong>br</strong> />
13<<strong>br</strong> />
17<<strong>br</strong> />
05<<strong>br</strong> />
04<<strong>br</strong> />
03<<strong>br</strong> />
01 02<<strong>br</strong> />
Fig. 4.6.1 - Partes integrantes do gerador <strong>WEG</strong> Linha G (mo<strong>de</strong>lo GTA250).<<strong>br</strong> />
06<<strong>br</strong> />
07<<strong>br</strong> />
08<<strong>br</strong> />
09<<strong>br</strong> />
10 11<<strong>br</strong> />
12<<strong>br</strong> />
1 - Disco <strong>de</strong> Acoplamento<<strong>br</strong> />
2 - Bucha <strong>de</strong> acoplamento<<strong>br</strong> />
3 - Flange<<strong>br</strong> />
4 - Ventilador<<strong>br</strong> />
5 - Rotor Principal<<strong>br</strong> />
6 – Roda <strong>de</strong> diodos<<strong>br</strong> />
7 - Rolamento<<strong>br</strong> />
8 – Estator principal<<strong>br</strong> />
9 - Carcaça<<strong>br</strong> />
10 – Imã permanente<<strong>br</strong> />
11 - Estator da Excitatriz<<strong>br</strong> />
12- Tampa Traseira<<strong>br</strong> />
13 – Veneziana<<strong>br</strong> />
14 – Caixa <strong>de</strong> ligação<<strong>br</strong> />
15 – Tampa da caixa <strong>de</strong> ligação<<strong>br</strong> />
16 – Regulador <strong>de</strong> tensão<<strong>br</strong> />
17 – Placa <strong>de</strong> bornes<<strong>br</strong> />
24
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
09 07<<strong>br</strong> />
10<<strong>br</strong> />
12<<strong>br</strong> />
04<<strong>br</strong> />
05<<strong>br</strong> />
06<<strong>br</strong> />
03<<strong>br</strong> />
01<<strong>br</strong> />
02<<strong>br</strong> />
08<<strong>br</strong> />
1 - Disco <strong>de</strong> Acoplamento<<strong>br</strong> />
2 - Bucha <strong>de</strong> acoplamento<<strong>br</strong> />
3 - Flange<<strong>br</strong> />
4 - Ventilador<<strong>br</strong> />
5 - Rotor Principal<<strong>br</strong> />
6 - Rotor da Excitatriz<<strong>br</strong> />
7 - Caixa <strong>de</strong> Ligação<<strong>br</strong> />
8 - Carcaça<<strong>br</strong> />
9 - Tampa da caixa <strong>de</strong> ligação<<strong>br</strong> />
10 - Estator da Excitatriz<<strong>br</strong> />
11- Tampa Traseira<<strong>br</strong> />
12 - Veneziana<<strong>br</strong> />
Fig. 4.6.2 - Partes integrantes do gerador <strong>WEG</strong> Linha AG10 (mo<strong>de</strong>lo AG10 280).<<strong>br</strong> />
25
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
Fig. 4.6.3 - Forma construtiva B15T (GTA).<<strong>br</strong> />
Fig. 4.6.4 - Forma construtiva B35T (GTA).<<strong>br</strong> />
Fig. 4.6.5 - Forma construtiva B3D (Linha S, fechado com trocador <strong>de</strong> calor ar-ar).<<strong>br</strong> />
26
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
Fig. 4.6.6.a - Forma construtiva D5 (linha S, aberto).<<strong>br</strong> />
Fig. 4.6.6-b - Forma construtiva D5 (linha S, fechado com trocador <strong>de</strong> calor ar-água).<<strong>br</strong> />
27
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
Fig. 4.6.7 - Forma construtiva D6 (linha S, aberto).<<strong>br</strong> />
28
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
5. GERADORES <strong>WEG</strong><<strong>br</strong> />
Atualmente a <strong>WEG</strong> MÁQUINAS produz duas linhas<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> máquinas síncronas: Linha G plus e Linha S.<<strong>br</strong> />
A linha G plus é composta basicamente <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
máquinas padrões (seriadas) e a linha S <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
máquinas especiais (engenheiradas, sob pedido).<<strong>br</strong> />
Nomenclatura das máquinas síncronas <strong>WEG</strong><<strong>br</strong> />
5.1. Linha G i-Plus<<strong>br</strong> />
A nomenclatura das máquinas síncronas <strong>WEG</strong> é<<strong>br</strong> />
composta <strong>de</strong> letras e números conforme as tabelas<<strong>br</strong> />
abaixo:<<strong>br</strong> />
Exemplo: G T A . 3 1 1 A I 2 7<<strong>br</strong> />
Tipo <strong>de</strong> Máquina<<strong>br</strong> />
G<<strong>br</strong> />
S<<strong>br</strong> />
Máquina Síncrona não Engenheirada<<strong>br</strong> />
Máquina Síncrona Engenheirada<<strong>br</strong> />
Exemplo: G T A . 3 1 1 A I 2 7<<strong>br</strong> />
Característica<<strong>br</strong> />
T<<strong>br</strong> />
P<<strong>br</strong> />
S<<strong>br</strong> />
L<<strong>br</strong> />
D<<strong>br</strong> />
E<<strong>br</strong> />
F<<strong>br</strong> />
Gerador Brushless com Bobina auxiliar<<strong>br</strong> />
Gerador Brushless com Excitatriz<<strong>br</strong> />
auxiliar<<strong>br</strong> />
Gerador Brushless sem auxiliar<<strong>br</strong> />
Gerador com escovas<<strong>br</strong> />
Motor com escovas<<strong>br</strong> />
Motor Brushless sem Excitatriz auxiliar<<strong>br</strong> />
Motor Brushless com Excitatriz auxiliar<<strong>br</strong> />
Exemplo: G T A . 3 1 1 A I 2 7<<strong>br</strong> />
Tensão<<strong>br</strong> />
A<<strong>br</strong> />
B<<strong>br</strong> />
C<<strong>br</strong> />
D<<strong>br</strong> />
E<<strong>br</strong> />
F<<strong>br</strong> />
G<<strong>br</strong> />
H<<strong>br</strong> />
I<<strong>br</strong> />
J<<strong>br</strong> />
K<<strong>br</strong> />
Z<<strong>br</strong> />
12 Terminais 480/240V – 440/220V –<<strong>br</strong> />
380/190V (60Hz) ou 400/200V-<<strong>br</strong> />
380/190V (50Hz)<<strong>br</strong> />
6 Terminais 220V/60Hz ou 190V/50Hz<<strong>br</strong> />
6 Terminais 380V/60Hz<<strong>br</strong> />
6 Terminais 440V/60Hz ou 380V/50Hz<<strong>br</strong> />
6 Terminais 480V/60Hz ou 400V/50Hz<<strong>br</strong> />
6 Terminais 575V/60Hz<<strong>br</strong> />
2300V<<strong>br</strong> />
4160V<<strong>br</strong> />
6600V<<strong>br</strong> />
11000V<<strong>br</strong> />
13800V<<strong>br</strong> />
Outra tensão<<strong>br</strong> />
Exemplo: G T A . 3 1 1 A I 2 7<<strong>br</strong> />
Aplicação<<strong>br</strong> />
I<<strong>br</strong> />
M<<strong>br</strong> />
T<<strong>br</strong> />
N<<strong>br</strong> />
E<<strong>br</strong> />
Industrial<<strong>br</strong> />
Marinizado<<strong>br</strong> />
Telecomunicações<<strong>br</strong> />
Naval<<strong>br</strong> />
Especial<<strong>br</strong> />
Exemplo: G T A . 3 1 1 A I 2 7<<strong>br</strong> />
Comprimento da Carcaça<<strong>br</strong> />
Ex.: 160mm = 16; 315mm = 31; 400mm = 40<<strong>br</strong> />
Exemplo: G T A . 3 1 1 A I 2 7<<strong>br</strong> />
Código Complementar<<strong>br</strong> />
Código referente à potência do gerador<<strong>br</strong> />
Exemplo: G T A . 3 1 1 A I 2 7<<strong>br</strong> />
Comprimento da Carcaça<<strong>br</strong> />
1= Curta; 2= Média; 3 = Longa<<strong>br</strong> />
29
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
5.2. Linha AG10<<strong>br</strong> />
Exemplo: A G 10 – 315 M I 30 A I B15T<<strong>br</strong> />
Produto (Caractere 1 - Nomenclatura Principal)<<strong>br</strong> />
A<<strong>br</strong> />
Alternador<<strong>br</strong> />
Exemplo: A G 10 – 315 M I 30 A I B15T<<strong>br</strong> />
Aplicação (Caractere 2 - Nomenclatura Principal)<<strong>br</strong> />
G<<strong>br</strong> />
Genset<<strong>br</strong> />
Exemplo: A G 10 – 315 M I 30 A I B15T<<strong>br</strong> />
Era ou subversão (caracteres 3 e 4)<<strong>br</strong> />
Exemplo: A G 10 – 315 M I 30 A I B15T<<strong>br</strong> />
Carcaça IEC (caracteres 1, 2 e 3)<<strong>br</strong> />
250 Carcaça 250<<strong>br</strong> />
280 Carcaça 280<<strong>br</strong> />
315 Carcaça 315<<strong>br</strong> />
Exemplo: A G 10 – 315 M I 30 A I B15T<<strong>br</strong> />
Complemento carcaça IEC (caractere 4)<<strong>br</strong> />
S<<strong>br</strong> />
M<<strong>br</strong> />
L<<strong>br</strong> />
Carcaça curta<<strong>br</strong> />
Carcaça média<<strong>br</strong> />
Carcaça longa<<strong>br</strong> />
Exemplo: A G 10 – 315 M I 30 A I B15T<<strong>br</strong> />
Aplicação (caractere 5)<<strong>br</strong> />
I<<strong>br</strong> />
N<<strong>br</strong> />
E<<strong>br</strong> />
Industrial<<strong>br</strong> />
Naval<<strong>br</strong> />
Especial<<strong>br</strong> />
Exemplo: A G 10 – 315 M I 30 A I B15T<<strong>br</strong> />
Tensão do alternador (caractere 8)<<strong>br</strong> />
12 Terminais - 480/240V - 440/220V -<<strong>br</strong> />
A 380/190V - 208V (60Hz) - 400/200V -<<strong>br</strong> />
380/190V (50Hz)<<strong>br</strong> />
B 06 Terminais - 220V /60Hz ou 190/50Hz<<strong>br</strong> />
C<<strong>br</strong> />
D<<strong>br</strong> />
E<<strong>br</strong> />
F<<strong>br</strong> />
G<<strong>br</strong> />
H<<strong>br</strong> />
P<<strong>br</strong> />
Z<<strong>br</strong> />
06 Terminais - 380V /60Hz<<strong>br</strong> />
06 Terminais - 440V /60Hz ou 380/50Hz<<strong>br</strong> />
06 Terminais - 480V /60Hz ou 400/50Hz<<strong>br</strong> />
06 Terminais - 600V /60Hz ou 575/50Hz<<strong>br</strong> />
06 Terminais - 208V /60Hz<<strong>br</strong> />
06 Terminais - 415V /50Hz<<strong>br</strong> />
12 Terminais - 415/240V - 208/120V<<strong>br</strong> />
(50Hz)<<strong>br</strong> />
Outra tensão<<strong>br</strong> />
Exemplo: A G 10 – 315 M I 30 A I B15T<<strong>br</strong> />
Tipo <strong>de</strong> excitação (caractere 9)<<strong>br</strong> />
Alternador Brushless com bobina<<strong>br</strong> />
I<<strong>br</strong> />
auxiliar (iPMG)<<strong>br</strong> />
Alternador Brushless com excitatriz<<strong>br</strong> />
P<<strong>br</strong> />
auxiliar (PMG)<<strong>br</strong> />
Alternador Brushless sem bobina<<strong>br</strong> />
S<<strong>br</strong> />
auxiliar e sem excitatriz auxiliar (Shunt)<<strong>br</strong> />
Exemplo: A G 10 – 315 M I 30 A I B15T<<strong>br</strong> />
Forma construtiva (caracteres 10, 11, 12, 13)<<strong>br</strong> />
B15T<<strong>br</strong> />
B35T<<strong>br</strong> />
B3T<<strong>br</strong> />
Mancal único<<strong>br</strong> />
Mancal duplo sem flange<<strong>br</strong> />
Mancal duplo com flange<<strong>br</strong> />
Exemplo: A G 10 – 315 M I 30 A I B15T<<strong>br</strong> />
Código <strong>de</strong> Engenharia (caracteres 6 e 7)<<strong>br</strong> />
Comprimento do pacote<<strong>br</strong> />
30
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
Geradores <strong>WEG</strong> linha G<<strong>br</strong> />
A linha G possui máquinas com carcaças a partir da<<strong>br</strong> />
160 até 630, baixa ou alta tensão até 13800V, em<<strong>br</strong> />
4, 6 ou 8 pólos. São fa<strong>br</strong>icados em chapas <strong>de</strong> aço<<strong>br</strong> />
calandradas, abertos-autoventilados (padrões) ou<<strong>br</strong> />
fechados com trocador <strong>de</strong> calor ar-ar (especiais –<<strong>br</strong> />
sob pedido), formas construtivas B15T, B35T ou<<strong>br</strong> />
B3T e mancais <strong>de</strong> rolamentos lu<strong>br</strong>ificados a graxa.<<strong>br</strong> />
São acionadas geralmente por motores diesel ou<<strong>br</strong> />
gás.<<strong>br</strong> />
A linha G tem como principais características:<<strong>br</strong> />
- Excitação Brushless (sem escovas);<<strong>br</strong> />
- Alimentação in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do regulador <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
tensão através <strong>de</strong> Bobina Auxiliar (padrão) ou<<strong>br</strong> />
excitatriz auxiliar PMG (sob pedido)<<strong>br</strong> />
- Passo <strong>de</strong> bobinagem 2/3, baixa distorção<<strong>br</strong> />
harmônica e baixa reatância subtransitória,<<strong>br</strong> />
sendo apto a alimentar cargas <strong>de</strong>formantes com<<strong>br</strong> />
componentes <strong>de</strong> 3a harmônica altas;<<strong>br</strong> />
- Excitatriz com imãs permanentes, facilitando<<strong>br</strong> />
assim o escorvamento sob qualquer condição;<<strong>br</strong> />
- Facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manutenção da corrente <strong>de</strong> curtocircuito<<strong>br</strong> />
(<strong>de</strong>vido a presença <strong>de</strong> bobina auxiliar<<strong>br</strong> />
para alimentação do regulador <strong>de</strong> tensão);<<strong>br</strong> />
- Mancal único ou duplo e montagem horizontal;<<strong>br</strong> />
- Facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manutenção, proporcionada pela<<strong>br</strong> />
robustez das máquinas, acesso facilitado aos<<strong>br</strong> />
diodos e regulador <strong>de</strong> tensão;<<strong>br</strong> />
- Regulador <strong>de</strong> tensão encapsulado, com fusível<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> proteção incorporado, montado na caixa <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
ligações.<<strong>br</strong> />
Geradores <strong>WEG</strong> linha S<<strong>br</strong> />
A linha S aten<strong>de</strong> aplicações mais específicas e é<<strong>br</strong> />
composta <strong>de</strong> <strong>geradores</strong> e motores síncronos<<strong>br</strong> />
especiais e engenheirados (sob pedido), com<<strong>br</strong> />
carcaças a partir da 355 até 2500, em baixa ou alta<<strong>br</strong> />
tensão até 13800V, com 4 pólos ou acima. São<<strong>br</strong> />
fa<strong>br</strong>icados em chapas <strong>de</strong> aço soldadas, abertosautoventilados<<strong>br</strong> />
ou fechados com trocador <strong>de</strong> calor<<strong>br</strong> />
ar-ar ou ar-água, formas construtivas B3, D5, D6 ou<<strong>br</strong> />
V1 e mancais <strong>de</strong> rolamentos lu<strong>br</strong>ificados a graxa ou<<strong>br</strong> />
óleo e <strong>de</strong>slizamento a óleo. São acionados<<strong>br</strong> />
geralmente por turbinas hidráulicas, a vapor ou<<strong>br</strong> />
eólicas.<<strong>br</strong> />
As principais características da linha S são:<<strong>br</strong> />
- Excitação Brushless (sem escovas) ou com<<strong>br</strong> />
escovas;<<strong>br</strong> />
- Com ou sem excitatriz auxiliar (PMG) para<<strong>br</strong> />
alimentação do regulador <strong>de</strong> tensão;<<strong>br</strong> />
- Regulador <strong>de</strong> tensão digital com saída serial,<<strong>br</strong> />
controle <strong>de</strong> fator <strong>de</strong> potência, paralelismo, etc;<<strong>br</strong> />
- Alimentação do regulador <strong>de</strong> tensão através do<<strong>br</strong> />
próprio gerador ou fonte externa;<<strong>br</strong> />
- Formas construtivas horizontais ou verticais;<<strong>br</strong> />
- Diferentes tipos <strong>de</strong> Refrigeração.<<strong>br</strong> />
5.1. NORMAS APLICÁVEIS<<strong>br</strong> />
As máquinas síncronas <strong>WEG</strong> são projetadas,<<strong>br</strong> />
fa<strong>br</strong>icadas e testadas segundo as normas ABNT,<<strong>br</strong> />
IEC e DIN, on<strong>de</strong> aplicáveis. Especificamente<<strong>br</strong> />
po<strong>de</strong>mos citar:<<strong>br</strong> />
- VDE 0530 - Máquinas Elétricas Girantes<<strong>br</strong> />
(Especificação e Características <strong>de</strong> Ensaio);<<strong>br</strong> />
- NBR 5117 - Máquinas Síncronas (Especificação);<<strong>br</strong> />
- NBR 5052 - Máquinas Síncronas (Método <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
Ensaio).<<strong>br</strong> />
5.2. GERADORES COM EXCITAÇÃO POR<<strong>br</strong> />
ESCOVAS<<strong>br</strong> />
Nestes <strong>geradores</strong> o campo no rotor é alimentado<<strong>br</strong> />
em corrente contínua através das escovas e anéis<<strong>br</strong> />
coletores e a tensão alternada <strong>de</strong> saída, para<<strong>br</strong> />
alimentação das cargas, é retirada do estator<<strong>br</strong> />
(armadura) (Fig. 5.2.1). Neste sistema<<strong>br</strong> />
normalmente o campo é alimentado por uma<<strong>br</strong> />
excitatriz chamada <strong>de</strong> excitatriz estática. A tensão<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> saída do gerador é mantida constante <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
suas características nominais através do regulador<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> tensão, que verifica constantemente a tensão <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
saída e atua na excitatriz estática. Quando acionado<<strong>br</strong> />
na rotação nominal e com a excitatriz <strong>de</strong>sconectada<<strong>br</strong> />
do rotor, o processo <strong>de</strong> escorvamento inicia-se pela<<strong>br</strong> />
pequena tensão residual do gerador.<<strong>br</strong> />
Nas máquinas síncronas <strong>WEG</strong> este sistema <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
excitação é disponível para a Linha S (mo<strong>de</strong>los SL<<strong>br</strong> />
ou SD).<<strong>br</strong> />
31
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
Algumas vantagens e <strong>de</strong>svantagens <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
excitação:<<strong>br</strong> />
VANTAGENS: Menor tempo <strong>de</strong> resposta na<<strong>br</strong> />
recuperação <strong>de</strong> tensão (aplicação direta <strong>de</strong> corrente<<strong>br</strong> />
contínua no rotor).<<strong>br</strong> />
DESVANTAGENS: Exige manutenção periódica no<<strong>br</strong> />
conjunto escovas e porta escovas. Não é<<strong>br</strong> />
aconselhável a utilização em cargas sensíveis e <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
telecomunicações, <strong>de</strong>vido a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerar<<strong>br</strong> />
rádio interferência em função do contato das<<strong>br</strong> />
escovas e anéis (possível faiscamento). Por isso<<strong>br</strong> />
também não po<strong>de</strong> ser utilizado em atmosferas<<strong>br</strong> />
explosivas.<<strong>br</strong> />
5.3. GERADORES COM EXCITAÇÃO SEM<<strong>br</strong> />
ESCOVAS (BRUSHLESS)<<strong>br</strong> />
Nesses <strong>geradores</strong> a corrente contínua para<<strong>br</strong> />
alimentação do campo é obtida sem a utilização <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
escovas e anéis coletores, utilizando somente<<strong>br</strong> />
indução magnética. Para isso o gerador possui um<<strong>br</strong> />
componente chamado excitatriz principal, com<<strong>br</strong> />
armadura girante e campo fixo. A armadura <strong>de</strong>ssa<<strong>br</strong> />
excitatriz é montada no próprio eixo do gerador.<<strong>br</strong> />
Possui também um conjunto <strong>de</strong> diodos girantes<<strong>br</strong> />
(circuito retificador), também montado no eixo do<<strong>br</strong> />
gerador, para alimentação do campo principal em<<strong>br</strong> />
corrente contínua. Este conjunto <strong>de</strong> diodos recebe<<strong>br</strong> />
tensão alternada do rotor da excitatriz principal<<strong>br</strong> />
(armadura da excitatriz), tensão esta induzida pelo<<strong>br</strong> />
estator da excitatriz principal (campo da excitatriz),<<strong>br</strong> />
que é alimentado em corrente contínua proveniente<<strong>br</strong> />
do regulador <strong>de</strong> tensão.<<strong>br</strong> />
Um esquema dos componentes montados no rotor<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> uma máquina com excitação <strong>br</strong>ushless encontrase<<strong>br</strong> />
na Figura 5.3.1.<<strong>br</strong> />
O regulador <strong>de</strong> tensão monitora constantemente a<<strong>br</strong> />
tensão <strong>de</strong> saída do gerador e atua no estator da<<strong>br</strong> />
excitatriz. Com isso mantém a tensão <strong>de</strong> saída do<<strong>br</strong> />
gerador constante.<<strong>br</strong> />
A tensão alternada <strong>de</strong> saída do gerador, para<<strong>br</strong> />
alimentação das cargas, é retirada do seu estator<<strong>br</strong> />
principal (armadura) (Fig. 5.3.2 a e b).<<strong>br</strong> />
Nos <strong>geradores</strong> <strong>br</strong>ushless, a potência para a<<strong>br</strong> />
excitação (alimentação do regulador <strong>de</strong> tensão)<<strong>br</strong> />
po<strong>de</strong> ser obtida <strong>de</strong> diferentes maneiras, as quais<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>finem o tipo <strong>de</strong> excitação da máquina. Esses tipos<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> excitação são:<<strong>br</strong> />
fonte <strong>de</strong> potência in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte para o regulador <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
tensão, não sujeita aos efeitos que acontecem no<<strong>br</strong> />
estator principal da máquina. O regulador recebe<<strong>br</strong> />
tensão alternada <strong>de</strong>ssa fonte e alimenta o campo<<strong>br</strong> />
da excitatriz principal com tensão retificada e<<strong>br</strong> />
regulada.<<strong>br</strong> />
Em condições normais <strong>de</strong> operação, na bobina<<strong>br</strong> />
auxiliar é produzida uma tensão monofásica <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
freqüência nominal do gerador, sofrendo pequenas<<strong>br</strong> />
distorções na forma <strong>de</strong> onda <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do tipo<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> carga (resistiva, indutiva ou capacitiva).<<strong>br</strong> />
Em situações <strong>de</strong> curto-circuito, é produzida uma<<strong>br</strong> />
tensão monofásica <strong>de</strong> terceira harmônica que<<strong>br</strong> />
continua alimentando o regulador <strong>de</strong> tensão<<strong>br</strong> />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente e mantém o curto-circuito.<<strong>br</strong> />
Nas máquinas síncronas <strong>WEG</strong> essa configuração <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
excitação é padrão para a Linha G em baixa tensão<<strong>br</strong> />
(mo<strong>de</strong>los GT, vi<strong>de</strong> Figura 5.3.2.a);<<strong>br</strong> />
- Alimentação através <strong>de</strong> excitatriz auxiliar a imãs<<strong>br</strong> />
permanentes (ou PMG - “Permanent Magnets<<strong>br</strong> />
Generator”), que possui campo no rotor, a ímãs,<<strong>br</strong> />
montado no próprio eixo do gerador, e estator<<strong>br</strong> />
(armadura) fixado na tampa traseira do gerador<<strong>br</strong> />
(Linhas G ou S) ou na base, em compartimento<<strong>br</strong> />
separado do estator principal da máquina (Linha S).<<strong>br</strong> />
A excitatriz auxiliar também funciona como uma<<strong>br</strong> />
fonte <strong>de</strong> potência in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte para o regulador <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
tensão. O regulador recebe a tensão trifásica<<strong>br</strong> />
alternada gerada no estator da excitatriz auxiliar<<strong>br</strong> />
(armadura da excitatriz auxiliar), retifica, regula e<<strong>br</strong> />
aplica-a no estator da excitatriz principal do gerador<<strong>br</strong> />
(campo da excitatriz principal).<<strong>br</strong> />
Nas máquinas síncronas <strong>WEG</strong> essa configuração <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
excitação é disponível mediante pedido para a Linha<<strong>br</strong> />
G (mo<strong>de</strong>los GP, vi<strong>de</strong> figura 5.3.2.b), e é<<strong>br</strong> />
praticamente padrão para as máquinas da Linha S<<strong>br</strong> />
(mo<strong>de</strong>los SP e SF).<<strong>br</strong> />
- Alimentação sem excitatriz auxiliar pelo próprio<<strong>br</strong> />
enrolamento <strong>de</strong> armadura da máquina, através <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
tap’s (para baixa tensão) ou via TP’s (para alta<<strong>br</strong> />
tensão), ou ainda, alimentação externa em locais<<strong>br</strong> />
on<strong>de</strong> há presença <strong>de</strong> re<strong>de</strong>. O regulador <strong>de</strong> tensão<<strong>br</strong> />
recebe tensão alternada <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>ssas fontes,<<strong>br</strong> />
retifica, regula e aplica-a no estator da excitatriz<<strong>br</strong> />
principal do gerador (campo da excitatriz principal).<<strong>br</strong> />
Nos <strong>geradores</strong> <strong>WEG</strong> essa configuração <strong>de</strong> excitação<<strong>br</strong> />
é disponível para os <strong>geradores</strong> da Linha S (mo<strong>de</strong>los<<strong>br</strong> />
SS e SE).<<strong>br</strong> />
- Alimentação através <strong>de</strong> bobina auxiliar, um<<strong>br</strong> />
conjunto auxiliar <strong>de</strong> bobinas, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, alojado<<strong>br</strong> />
em algumas ranhuras do estator principal da<<strong>br</strong> />
máquina (armadura principal). Funciona como uma<<strong>br</strong> />
32
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
Fig. 5.2.1 - Gerador com excitação por escovas.<<strong>br</strong> />
Fig. 5.3.1 – Esquema <strong>de</strong> Excitação Brushless (componentes do rotor).<<strong>br</strong> />
Fig. 5.3.2.a - Gerador GTA com Bobina Auxiliar.<<strong>br</strong> />
33
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
Regulador<<strong>br</strong> />
tensão<<strong>br</strong> />
Fig. 5.3.2.b - Gerador GPA com Excitatriz Auxiliar PMG.<<strong>br</strong> />
5.4. GERADORES COM EXCITAÇÃO SEM<<strong>br</strong> />
ESCOVAS PARA APLICAÇÕES ESPECIAIS<<strong>br</strong> />
TELECOMUNICAÇÕES - Os <strong>geradores</strong> para<<strong>br</strong> />
Telecomunicações <strong>de</strong>vem ser especificados<<strong>br</strong> />
conforme a norma ABNT NBR 14664.<<strong>br</strong> />
As aplicações mais comuns são grupos diesel <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
emergência para centrais telefônicas, estações base<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> telefonia celular, repetidoras, radares, sistema<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> rádio, aeroportos, etc.<<strong>br</strong> />
Vantagens:<<strong>br</strong> />
- Não utiliza escovas e porta-escovas<<strong>br</strong> />
conseguindo-se com isso, manutenção reduzida;<<strong>br</strong> />
- Não introduz rádio-interferências ocasionado<<strong>br</strong> />
pelo mau contato <strong>de</strong> escovas;<<strong>br</strong> />
- Deformações na forma <strong>de</strong> onda gerada,<<strong>br</strong> />
provocada pelas cargas, não interferem na<<strong>br</strong> />
regulação, pois o regulador é alimentado por<<strong>br</strong> />
bobina auxiliar, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da tensão <strong>de</strong> saída<<strong>br</strong> />
do gerador.<<strong>br</strong> />
Principais características técnicas<<strong>br</strong> />
especificadas pela ABNT NBR 14664 (Grupos<<strong>br</strong> />
<strong>geradores</strong> – Requisitos gerais para<<strong>br</strong> />
telecomunicações):<<strong>br</strong> />
- Reatância sub-transitória <strong>de</strong> eixo direto (Xd")<<strong>br</strong> />
menor ou igual a 12%;<<strong>br</strong> />
- Distorção harmônica total fase-neutro em vazio<<strong>br</strong> />
menor ou igual a 3%;<<strong>br</strong> />
- Precisão da regulação <strong>de</strong> tensão + 2% para<<strong>br</strong> />
qualquer valor estável <strong>de</strong> carga não <strong>de</strong>formante<<strong>br</strong> />
com fator <strong>de</strong> potência entre 0,8 e 1,0;<<strong>br</strong> />
- Transitório <strong>de</strong> tensão para <strong>de</strong>grau <strong>de</strong> 100% da<<strong>br</strong> />
carga: +10% da tensão nominal;<<strong>br</strong> />
- Variações <strong>de</strong> + 1% na rotação do motor diesel,<<strong>br</strong> />
não <strong>de</strong>vem prejudicar a regulação da tensão;<<strong>br</strong> />
- Faixa <strong>de</strong> ajuste da tensão nominal através <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
potenciômetro: +/- 15%;<<strong>br</strong> />
- Deve possuir resistor <strong>de</strong> <strong>de</strong>sumidificação.<<strong>br</strong> />
NAVAL - Os <strong>geradores</strong> para uso naval são<<strong>br</strong> />
projetados e fa<strong>br</strong>icados para aten<strong>de</strong>r parâmetros e<<strong>br</strong> />
características técnicas <strong>de</strong> acordo com as entida<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />
classificadoras e normas afins (ABS, DNV, Lloyds,<<strong>br</strong> />
Bureau Veritas, Rina, GL, PRS, CGSS, USSR).<<strong>br</strong> />
Devem possuir certificação individual emitida por<<strong>br</strong> />
uma <strong>de</strong>ssas entida<strong>de</strong>s.<<strong>br</strong> />
MARINIZADO - Os <strong>geradores</strong> marinizados são<<strong>br</strong> />
projetados e fa<strong>br</strong>icados para aten<strong>de</strong>r parâmetros e<<strong>br</strong> />
características técnicas para aplicações em<<strong>br</strong> />
ambientes marítimos ou agressivos, entretanto, não<<strong>br</strong> />
obe<strong>de</strong>cem a entida<strong>de</strong>s classificadoras navais. Os<<strong>br</strong> />
<strong>geradores</strong> possuem proteções internas e externas<<strong>br</strong> />
adicionais e não possuem certificação.<<strong>br</strong> />
5.5. MOTORES SÍNCRONOS<<strong>br</strong> />
Os motores síncronos caracterizam-se, quanto à<<strong>br</strong> />
dinâmica <strong>de</strong> funcionamento, por terem a mesma<<strong>br</strong> />
velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rotação do campo girante da<<strong>br</strong> />
armadura em regime permanente. Portanto, não<<strong>br</strong> />
possuem escorregamento e assim não possuem<<strong>br</strong> />
conjugado <strong>de</strong> partida. Deste modo, tais motores<<strong>br</strong> />
necessitam <strong>de</strong> um método <strong>de</strong> partida.<<strong>br</strong> />
O método mais comum consiste em partir o motor<<strong>br</strong> />
síncrono como se este fosse um motor assíncrono<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> gaiola e <strong>de</strong>pois excitá-lo, alimentando o<<strong>br</strong> />
enrolamento <strong>de</strong> campo com corrente contínua, a<<strong>br</strong> />
fim <strong>de</strong> sincronizá-lo.<<strong>br</strong> />
34
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
A alimentação do campo principal com corrente<<strong>br</strong> />
contínua po<strong>de</strong> ser feita diretamente através <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
escovas e anéis coletores (excitação com escovas)<<strong>br</strong> />
ou sem escovas (excitação <strong>br</strong>ushless).<<strong>br</strong> />
O método para se obter torque <strong>de</strong> partida consiste<<strong>br</strong> />
na utilização <strong>de</strong> barras <strong>de</strong> co<strong>br</strong>e, latão ou alumínio<<strong>br</strong> />
nas sapatas polares, que são curto-circuitadas nas<<strong>br</strong> />
extremida<strong>de</strong>s por meio <strong>de</strong> anéis, formando uma<<strong>br</strong> />
gaiola como se fosse a <strong>de</strong> um motor <strong>de</strong> indução<<strong>br</strong> />
assíncrono.<<strong>br</strong> />
A fig. 5.5.1.a mostra o perfil <strong>de</strong> chapa rotórica para<<strong>br</strong> />
um motor síncrono quatro pólos, on<strong>de</strong> localizam-se<<strong>br</strong> />
as barras e a região on<strong>de</strong> são curto-circuitadas nas<<strong>br</strong> />
sapatas polares.<<strong>br</strong> />
A gaiola <strong>de</strong> partida também é chamada <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
enrolamento amortecedor, pois além <strong>de</strong> fornecer o<<strong>br</strong> />
conjugado <strong>de</strong> partida, amortece oscilações<<strong>br</strong> />
causadas pelas variações <strong>de</strong> carga, estabilizando a<<strong>br</strong> />
rotação do motor.<<strong>br</strong> />
A partida do motor síncrono sem escovas<<strong>br</strong> />
(<strong>br</strong>ushless) é feita com enrolamento <strong>de</strong> campo<<strong>br</strong> />
(excitação) curto-circuitado e com o induzido<<strong>br</strong> />
(armadura) conectado à re<strong>de</strong>. Curto-circuita-se o<<strong>br</strong> />
enrolamento <strong>de</strong> campo com o objetivo <strong>de</strong> evitar a<<strong>br</strong> />
indução <strong>de</strong> tensões muito altas em suas espiras, o<<strong>br</strong> />
que provocaria a perfuração do isolamento.<<strong>br</strong> />
Conecta-se a armadura a uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> tensão<<strong>br</strong> />
alternada, quando manifesta-se então o conjugado<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> motor assíncrono. O rotor acelera até próximo à<<strong>br</strong> />
velocida<strong>de</strong> síncrona, sem contudo atingí-la. Quando<<strong>br</strong> />
a velocida<strong>de</strong> do rotor é cerca <strong>de</strong> 95% da velocida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
síncrona, o enrolamento <strong>de</strong> campo é alimentado<<strong>br</strong> />
com corrente contínua. O campo magnético criado<<strong>br</strong> />
pelo enrolamento <strong>de</strong> campo entrelaça-se com o<<strong>br</strong> />
campo magnético girante da armadura,<<strong>br</strong> />
manifestando o conjugado <strong>de</strong> sincronismo e<<strong>br</strong> />
fazendo com que o rotor acompanhe o campo<<strong>br</strong> />
girante <strong>de</strong> armadura (estator), movimentando-se à<<strong>br</strong> />
velocida<strong>de</strong> síncrona.<<strong>br</strong> />
Este fenômeno transitório é chamado<<strong>br</strong> />
"sincronização".<<strong>br</strong> />
Uma das aplicações para os motores síncronos é a<<strong>br</strong> />
utilização como compensadores síncronos para<<strong>br</strong> />
correção do fator <strong>de</strong> potência nas instalações on<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
estão conectados. A vantagem é a facilida<strong>de</strong> no<<strong>br</strong> />
ajuste e a possibilida<strong>de</strong> da manutenção contínua do<<strong>br</strong> />
valor do fator <strong>de</strong> potência pré-ajustado. O motor<<strong>br</strong> />
síncrono, ao mesmo tempo em que aciona uma<<strong>br</strong> />
carga no eixo (mecânica), po<strong>de</strong> funcionar como<<strong>br</strong> />
compensador síncrono.<<strong>br</strong> />
A partir <strong>de</strong> um certo tamanho e potência, e em<<strong>br</strong> />
aplicações específicas, o motor síncrono operando<<strong>br</strong> />
com fator <strong>de</strong> potência unitário po<strong>de</strong> ser uma<<strong>br</strong> />
vantagem em relação ao assíncrono <strong>de</strong>vido<<strong>br</strong> />
apresentar maior rendimento. Com fator <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
potência unitário a parcela <strong>de</strong> potência reativa é<<strong>br</strong> />
inexistente e com isso a corrente é menor. Sendo a<<strong>br</strong> />
corrente menor e circulando nos enrolamentos, as<<strong>br</strong> />
perdas são menores.<<strong>br</strong> />
Fig. 5.5.1.a - Perfil da Chapa do Campo.<<strong>br</strong> />
A figura 5.5.1.b mostra um diagrama esquemático<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> um motor síncrono <strong>br</strong>ushless, <strong>de</strong>stacando os<<strong>br</strong> />
componentes fixos (montados na carcaça) e os<<strong>br</strong> />
girantes (montados no rotor). Na seqüência<<strong>br</strong> />
apresentamos um item referente ao sistema <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
excitação <strong>br</strong>ushless com <strong>de</strong>scrição do seu<<strong>br</strong> />
funcionamento.<<strong>br</strong> />
1 - Regulador <strong>de</strong> Excitação – Fixo<<strong>br</strong> />
2 - Estator da máquina principal (armadura) - Fixo<<strong>br</strong> />
3 - Rotor da máquina principal (campo) - Girante<<strong>br</strong> />
4 - Estator da excitatriz - Fixo<<strong>br</strong> />
5 - Rotor da excitatriz - Girante<<strong>br</strong> />
6 - Circuito retificador - Girante<<strong>br</strong> />
7 - Circuito <strong>de</strong> chaveamento <strong>de</strong> campo - Girante<<strong>br</strong> />
Fig. 5.5.1.b - Diagrama Esquemático para Motor<<strong>br</strong> />
Síncrono Brushless.<<strong>br</strong> />
35
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
Sistema <strong>de</strong> excitação sem escovas<<strong>br</strong> />
(<strong>br</strong>ushless) para motor síncrono<<strong>br</strong> />
Este sistema <strong>de</strong> excitação é constituído<<strong>br</strong> />
principalmente <strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />
- Excitatriz principal;<<strong>br</strong> />
- Enrolamento <strong>de</strong> campo;<<strong>br</strong> />
- Circuito <strong>de</strong> chaveamento <strong>de</strong> campo.<<strong>br</strong> />
A excitatriz principal é um gerador <strong>de</strong> corrente<<strong>br</strong> />
trifásica <strong>de</strong> pólos salientes que acomodam as<<strong>br</strong> />
bobinas do campo <strong>de</strong> excitação, as quais são<<strong>br</strong> />
ligadas em série.<<strong>br</strong> />
O rotor da excitatriz principal é laminado, e suas<<strong>br</strong> />
ranhuras a<strong>br</strong>igam um enrolamento trifásico ligado<<strong>br</strong> />
em estrela. O ponto comum <strong>de</strong>sta ligação estrela é<<strong>br</strong> />
inacessível. De cada ponto da ligação estrela saem<<strong>br</strong> />
dois fios para os retificadores girantes, assentados<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e dois suportes dissipadores.<<strong>br</strong> />
O enrolamento <strong>de</strong> campo é montado so<strong>br</strong>e o rotor<<strong>br</strong> />
da máquina principal, com as bobinas enroladas<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e os pólos <strong>de</strong> excitação.<<strong>br</strong> />
O estator da máquina principal é alimentado por<<strong>br</strong> />
uma tensão trifásica proveniente da re<strong>de</strong> elétrica,<<strong>br</strong> />
que também alimenta o regulador <strong>de</strong> excitação (ou<<strong>br</strong> />
regulador <strong>de</strong> fator <strong>de</strong> potência), o qual alimenta o<<strong>br</strong> />
estator da excitatriz principal.<<strong>br</strong> />
A tensão induzida no rotor da excitatriz principal é<<strong>br</strong> />
retificada e alimenta o enrolamento <strong>de</strong> campo.<<strong>br</strong> />
Na partida é induzida uma tensão muito alta no<<strong>br</strong> />
rotor da máquina principal e isto faz com que o<<strong>br</strong> />
circuito <strong>de</strong> chaveamento <strong>de</strong> campo atue, chaveando<<strong>br</strong> />
os tiristores montados no rotor, fazendo com que o<<strong>br</strong> />
enrolamento <strong>de</strong> campo seja curto-circuitado.<<strong>br</strong> />
Quando a rotação chega em aproximadamente 95%<<strong>br</strong> />
da nominal a tensão induzida no rotor principal da<<strong>br</strong> />
máquina (enrolamento <strong>de</strong> campo) é bastante baixa.<<strong>br</strong> />
Então o circuito <strong>de</strong> chaveamento <strong>de</strong> campo faz com<<strong>br</strong> />
que os tiristores <strong>de</strong>ixem <strong>de</strong> conduzir e o<<strong>br</strong> />
enrolamento <strong>de</strong> campo passa a receber a tensão<<strong>br</strong> />
retificada proveniente do rotor da excitatriz.<<strong>br</strong> />
Vantagens <strong>de</strong>ste sistema:<<strong>br</strong> />
- Não utiliza escovas e porta-escovas;<<strong>br</strong> />
5.6. REGULADOR DE TENSÃO<<strong>br</strong> />
O regulador <strong>de</strong> tensão é eletrônico e automático.<<strong>br</strong> />
Tem por finalida<strong>de</strong> monitorar a tensão terminal da<<strong>br</strong> />
máquina e mantê-la constante no valor ajustado,<<strong>br</strong> />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte das variações da carga.<<strong>br</strong> />
Ele retifica uma tensão trifásica proveniente da<<strong>br</strong> />
bobina auxiliar, da excitatriz auxiliar, <strong>de</strong> TAP's da<<strong>br</strong> />
armadura da máquina principal ou até da re<strong>de</strong>,<<strong>br</strong> />
levando-a através <strong>de</strong> um transistor <strong>de</strong> potência ao<<strong>br</strong> />
enrolamento <strong>de</strong> campo da excitatriz principal.<<strong>br</strong> />
Possui também circuitos ajustes e proteções para<<strong>br</strong> />
assegurar um controle confiável do gerador.<<strong>br</strong> />
5.7. TEMPO DE REGULAGEM DA TENSÃO<<strong>br</strong> />
(TEMPO DE RESPOSTA)<<strong>br</strong> />
Como tempo <strong>de</strong> regulagem enten<strong>de</strong>-se o tempo<<strong>br</strong> />
transcorrido <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>de</strong> uma queda <strong>de</strong> tensão<<strong>br</strong> />
até o momento em que a tensão volta ao intervalo<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> tolerância estacionária (por exemplo + 0,5%) e<<strong>br</strong> />
permanece na mesma (“ ta ” na fig. 5.7.1)<<strong>br</strong> />
Fig. 5.7.1 - Tempo <strong>de</strong> Regulagem <strong>de</strong> Tensão.<<strong>br</strong> />
O tempo exato <strong>de</strong> regulagem <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> na prática <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
inúmeros fatores. Portanto só po<strong>de</strong> ser indicado<<strong>br</strong> />
aproximadamente.<<strong>br</strong> />
A fig. 5.7.2 dá uma indicação aproximada so<strong>br</strong>e os<<strong>br</strong> />
tempos <strong>de</strong> regulagem a serem consi<strong>de</strong>rados, e<<strong>br</strong> />
valem para os <strong>de</strong>graus <strong>de</strong> cargas nominais.<<strong>br</strong> />
Em condições diferentes da acima, os tempos<<strong>br</strong> />
po<strong>de</strong>m ser calculados proporcionalmente à queda<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> tensão.<<strong>br</strong> />
- Não introduz rádio-interferência pelo mau<<strong>br</strong> />
contato das escovas;<<strong>br</strong> />
- Manutenção reduzida, solicitando cuidados<<strong>br</strong> />
apenas na lu<strong>br</strong>ificação dos mancais.<<strong>br</strong> />
36
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
Fig. 5.7.2 - Tempo <strong>de</strong> Regulagem <strong>de</strong> Tensão.<<strong>br</strong> />
37
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
6. CARACTERÍSTICAS DO AMBIENTE<<strong>br</strong> />
Entre outros, dois fatores principais influenciam<<strong>br</strong> />
diretamente na <strong>de</strong>terminação da potência<<strong>br</strong> />
admissível:<<strong>br</strong> />
a) Temperatura do meio refrigerante on<strong>de</strong> o<<strong>br</strong> />
gerador é instalado.<<strong>br</strong> />
b) Altitu<strong>de</strong> on<strong>de</strong> o gerador é instalado.<<strong>br</strong> />
Na maioria dos casos, o ar ambiente possui<<strong>br</strong> />
temperatura não superior a 40ºC, é isento <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
elementos prejudiciais e a altitu<strong>de</strong> é <strong>de</strong> até 1000m<<strong>br</strong> />
acima do nível do mar.<<strong>br</strong> />
Até estes valores <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong> e temperatura ambiente<<strong>br</strong> />
consi<strong>de</strong>ra-se condições normais <strong>de</strong> operação, sem<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e-aquecimento da máquina.<<strong>br</strong> />
6.3. DETERMINAÇÃO DA POTÊNCIA ÚTIL<<strong>br</strong> />
DO GERADOR NAS DIVERSAS<<strong>br</strong> />
CONDIÇÕES DE TEMPERATURA E<<strong>br</strong> />
ALTITUDE<<strong>br</strong> />
Associando os efeitos da variação da temperatura e<<strong>br</strong> />
da altitu<strong>de</strong> à capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dissipação, a potência do<<strong>br</strong> />
gerador po<strong>de</strong> ser obtida multiplicando-se a potência<<strong>br</strong> />
útil pelo fator <strong>de</strong> multiplicação encontrado nas<<strong>br</strong> />
curvas da fig.6.3.1.<<strong>br</strong> />
6.1. ALTITUDE<<strong>br</strong> />
Um gerador operando em altitu<strong>de</strong> acima <strong>de</strong> 1000m<<strong>br</strong> />
sem ter sido especificado para tal apresentará<<strong>br</strong> />
aquecimento, causado pela rarefação do ar e,<<strong>br</strong> />
conseqüentemente, diminuição do seu po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
arrefecimento.<<strong>br</strong> />
A insuficiente troca <strong>de</strong> calor entre o gerador e o ar<<strong>br</strong> />
circundante leva à exigência <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> perdas, o<<strong>br</strong> />
que significa também redução <strong>de</strong> potência.<<strong>br</strong> />
O aquecimento das máquinas é diretamente<<strong>br</strong> />
proporcional às perdas e estas variam<<strong>br</strong> />
aproximadamente numa razão quadrática com a<<strong>br</strong> />
potência.<<strong>br</strong> />
6.2. TEMPERATURA AMBIENTE<<strong>br</strong> />
Em <strong>geradores</strong> que trabalham constantemente em<<strong>br</strong> />
temperaturas ambientes superiores a 40ºC sem<<strong>br</strong> />
terem sido projetados para essa condição, o<<strong>br</strong> />
enrolamento po<strong>de</strong> atingir temperaturas prejudiciais à<<strong>br</strong> />
isolação, reduzindo sua vida útil.<<strong>br</strong> />
Este fato <strong>de</strong>ve ser compensado por um projeto<<strong>br</strong> />
especial do gerador, usando materiais isolantes<<strong>br</strong> />
especiais ou pela redução da potência nominal do<<strong>br</strong> />
mesmo.<<strong>br</strong> />
Geradores que operam em temperaturas inferiores a<<strong>br</strong> />
- 20ºC e não especificados para esta condição<<strong>br</strong> />
po<strong>de</strong>m apresentar os seguintes problemas:<<strong>br</strong> />
- Excessiva con<strong>de</strong>nsação, exigindo drenagem<<strong>br</strong> />
adicional ou instalação <strong>de</strong> resistência <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
aquecimento, caso o gerador fique longos<<strong>br</strong> />
períodos parado;<<strong>br</strong> />
- Formação <strong>de</strong> gelo nos mancais, provocando<<strong>br</strong> />
endurecimento das graxas ou lu<strong>br</strong>ificantes dos<<strong>br</strong> />
mancais, exigindo o emprego <strong>de</strong> lu<strong>br</strong>ificantes<<strong>br</strong> />
especiais ou graxas anti-congelantes.<<strong>br</strong> />
Fig. 6.3.1. Diagrama <strong>de</strong> Potência em Função da<<strong>br</strong> />
Altitu<strong>de</strong> e da Temperatura Ambiente.<<strong>br</strong> />
6.4. ATMOSFERA AMBIENTE<<strong>br</strong> />
6.4.1. Ambientes agressivos<<strong>br</strong> />
Ambientes agressivos tais como, estaleiros,<<strong>br</strong> />
instalações portuárias, indústria <strong>de</strong> pescado e<<strong>br</strong> />
múltiplas aplicações navais, indústrias químicas e<<strong>br</strong> />
petroquímicas, exigem que os equipamentos que<<strong>br</strong> />
neles trabalham sejam a<strong>de</strong>quados para suportar a<<strong>br</strong> />
agressivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses ambiente com elevada<<strong>br</strong> />
confiabilida<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />
Para aplicação <strong>de</strong> <strong>geradores</strong> nesses tipos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
ambientes a <strong>WEG</strong> <strong>de</strong>verá ser consultada.<<strong>br</strong> />
Nos casos <strong>de</strong> <strong>geradores</strong> para uso naval, as máquinas<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>vem apresentar características especiais <strong>de</strong> acordo<<strong>br</strong> />
com as exigências <strong>de</strong> construção, inspeção e ensaios<<strong>br</strong> />
estabelecidos nas normas das socieda<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />
classificadoras navais, entre as quais:<<strong>br</strong> />
- American Bureau os Shipping (ABS)<<strong>br</strong> />
- Bureaus Veritas (BV)<<strong>br</strong> />
- Lloyds Register of Shipping<<strong>br</strong> />
- Germanischer Lloyd<<strong>br</strong> />
- E outras conforme tabela 6.4.1, que <strong>de</strong>terminam,<<strong>br</strong> />
entre outras características, temperaturas<<strong>br</strong> />
ambientes mínimas e so<strong>br</strong>ecargas.<<strong>br</strong> />
38
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
TEMPERATURAS AMBIENTES E SOBRECARGAS CONFORME ENTIDADES<<strong>br</strong> />
CLASSIFICADORAS E NORMAS NAVAIS<<strong>br</strong> />
NORMA<<strong>br</strong> />
TEMPERATURA<<strong>br</strong> />
AMBIENTE ºC<<strong>br</strong> />
SOBRECARGA ADMISSÍVEL SEM<<strong>br</strong> />
AQUECIMENTO PREJUDICIAL<<strong>br</strong> />
% TEMPO<<strong>br</strong> />
VDE 0530 40 50 15seg<<strong>br</strong> />
Germanischer Lloyd 45 50 2min<<strong>br</strong> />
IEC<<strong>br</strong> />
50<<strong>br</strong> />
40<<strong>br</strong> />
50 15seg<<strong>br</strong> />
Lloyds Register 45 50 (com cos =0,8) 15seg<<strong>br</strong> />
ABS 50 50 2min<<strong>br</strong> />
DNV 45<<strong>br</strong> />
15% (com cos<<strong>br</strong> />
=0,6)<<strong>br</strong> />
2min<<strong>br</strong> />
BV 50 50 15seg<<strong>br</strong> />
RINA 50 50 15seg<<strong>br</strong> />
Seeregister <strong>de</strong> UdSSR 45 50 2min<<strong>br</strong> />
Tabela 6.4.1 - Temperaturas Ambientes e So<strong>br</strong>ecargas <strong>de</strong> acordo com normas navais.<<strong>br</strong> />
6.5. GRAUS DE PROTEÇÃO<<strong>br</strong> />
Os invólucros dos equipamentos elétricos, conforme<<strong>br</strong> />
as características do local em que serão instaladas e<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> sua acessibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vem oferecer um<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>terminado grau <strong>de</strong> proteção.<<strong>br</strong> />
Assim, por exemplo, um equipamento a ser<<strong>br</strong> />
instalado num local sujeito a jatos <strong>de</strong> água <strong>de</strong>ve<<strong>br</strong> />
possuir um invólucro capaz <strong>de</strong> suportar tais jatos,<<strong>br</strong> />
sob <strong>de</strong>terminados valores <strong>de</strong> pressão e ângulo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
incidência, sem que haja penetração <strong>de</strong> água.<<strong>br</strong> />
6.5.1. Código <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação<<strong>br</strong> />
As normas IEC 60034-5 e ABNT-NBR 6146 <strong>de</strong>finem<<strong>br</strong> />
os graus <strong>de</strong> proteção dos equipamentos elétricos<<strong>br</strong> />
por meio das letras características IP seguidas por<<strong>br</strong> />
dois algarismos.<<strong>br</strong> />
1º Algarismo: Indica o grau <strong>de</strong> proteção contra<<strong>br</strong> />
penetração <strong>de</strong> corpos sólidos estranhos na máquina<<strong>br</strong> />
e contato aci<strong>de</strong>ntal.<<strong>br</strong> />
0 - sem proteção<<strong>br</strong> />
1 – proteção contra penetração <strong>de</strong> corpos sólidos<<strong>br</strong> />
estranhos <strong>de</strong> dimensões acima <strong>de</strong> 50mm.<<strong>br</strong> />
2 - i<strong>de</strong>m, acima <strong>de</strong> 12mm.<<strong>br</strong> />
4 - i<strong>de</strong>m, acima <strong>de</strong> 1mm.<<strong>br</strong> />
5 - proteção contra acúmulo <strong>de</strong> poeiras prejudiciais<<strong>br</strong> />
à máquina.<<strong>br</strong> />
2º Algarismo: Indica o grau <strong>de</strong> proteção contra<<strong>br</strong> />
penetração <strong>de</strong> água no interior da máquina.<<strong>br</strong> />
0 - sem proteção.<<strong>br</strong> />
1 - proteção contra penetração <strong>de</strong> pingos <strong>de</strong> água<<strong>br</strong> />
na vertical.<<strong>br</strong> />
2 - pingos <strong>de</strong> água até a inclinação <strong>de</strong> 15º com a<<strong>br</strong> />
vertical.<<strong>br</strong> />
3 - água <strong>de</strong> chuva até a inclinação <strong>de</strong> 60º com a<<strong>br</strong> />
vertical.<<strong>br</strong> />
4 - respingos <strong>de</strong> todas as direções.<<strong>br</strong> />
5 - jatos <strong>de</strong> água <strong>de</strong> todas as direções.<<strong>br</strong> />
6 - água <strong>de</strong> vagalhões.<<strong>br</strong> />
7 - imersão temporária.<<strong>br</strong> />
8 - imersão permanente.<<strong>br</strong> />
NOTA: A letra (W), colocada entre as letras IP e os<<strong>br</strong> />
algarismos indicativos do grau <strong>de</strong> proteção, indica<<strong>br</strong> />
que a máquina é protegida contra intempéries.<<strong>br</strong> />
Exemplo: IPW55<<strong>br</strong> />
As combinações entre os dois algarismos, isto é,<<strong>br</strong> />
entre os dois critérios <strong>de</strong> proteção, estão resumidos<<strong>br</strong> />
na tabela 6.5.1.<<strong>br</strong> />
De acordo com a norma, a qualificação da máquina<<strong>br</strong> />
em cada grau <strong>de</strong> proteção, no que refere-se a cada<<strong>br</strong> />
um dos algarismos, é bem <strong>de</strong>finida através <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
ensaios padronizados.<<strong>br</strong> />
39
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
GERADOR<<strong>br</strong> />
A<<strong>br</strong> />
B<<strong>br</strong> />
E<<strong>br</strong> />
R<<strong>br</strong> />
T<<strong>br</strong> />
O<<strong>br</strong> />
F<<strong>br</strong> />
E<<strong>br</strong> />
C<<strong>br</strong> />
H<<strong>br</strong> />
A<<strong>br</strong> />
D<<strong>br</strong> />
O<<strong>br</strong> />
CLASSE DE<<strong>br</strong> />
PROTEÇÃO<<strong>br</strong> />
PROTEÇÃO CONTRA<<strong>br</strong> />
CONTATO<<strong>br</strong> />
1º ALGARISMO 2º ALGARISMO<<strong>br</strong> />
PROTEÇÃO CONTRA<<strong>br</strong> />
PENETRAÇÃO DE CORPOS<<strong>br</strong> />
SÓLIDOS ESTRANHOS<<strong>br</strong> />
PROTEÇÃO CONTRA<<strong>br</strong> />
PENETRAÇÃO DE ÁGUA<<strong>br</strong> />
IP00 NÃO TEM NÃO TEM NÃO TEM<<strong>br</strong> />
IP02 NÃO TEM NÃO TEM<<strong>br</strong> />
IP11<<strong>br</strong> />
IP12<<strong>br</strong> />
IP13<<strong>br</strong> />
IP21<<strong>br</strong> />
IP22<<strong>br</strong> />
IP23<<strong>br</strong> />
IP44<<strong>br</strong> />
IP54<<strong>br</strong> />
IP55<<strong>br</strong> />
TOQUE ACIDENTAL COM<<strong>br</strong> />
A MÃO<<strong>br</strong> />
TOQUE COM OS DEDOS<<strong>br</strong> />
TOQUE COM<<strong>br</strong> />
FERRAMENTAS<<strong>br</strong> />
PROTEÇÃO COMPLETA<<strong>br</strong> />
CONTRA TOQUE<<strong>br</strong> />
DE DIMENSÕES ACIMA DE<<strong>br</strong> />
50mm.<<strong>br</strong> />
DE DIMENSÕES ACIMA DE<<strong>br</strong> />
12mm.<<strong>br</strong> />
CORPOS ESTRANHOS SÓLIDOS<<strong>br</strong> />
ACIMA DE 1mm<<strong>br</strong> />
PROTEÇÃO CONTRA ACÚMULO<<strong>br</strong> />
DE POEIRAS NOCIVAS<<strong>br</strong> />
PINGOS DE ÁGUA ATÉ UMA<<strong>br</strong> />
INCLINAÇÃO DE 15º COM A<<strong>br</strong> />
VERTICAL<<strong>br</strong> />
PINGOS DE ÁGUA NA VERTICAL<<strong>br</strong> />
PINGOS DE ÁGUA ATÉ UMA<<strong>br</strong> />
INCLINAÇÃO DE 15º COM A<<strong>br</strong> />
VERTICAL<<strong>br</strong> />
ÁGUA DE CHUVA ATÉ UMA<<strong>br</strong> />
INCLINAÇÃO DE 60º COM A<<strong>br</strong> />
VERTICAL.<<strong>br</strong> />
PINGOS DE ÁGUA NA VERTICAL<<strong>br</strong> />
PINGOS DE ÁGUA ATÉ UMA<<strong>br</strong> />
INCLINAÇÃO DE 15ºCOM A<<strong>br</strong> />
VERTICAL<<strong>br</strong> />
ÁGUA DE CHUVA ATÉ UMA<<strong>br</strong> />
INCLINAÇÃO DE 60ºCOM A<<strong>br</strong> />
VERTICAL<<strong>br</strong> />
RESPINGOS DE TODAS AS<<strong>br</strong> />
DIREÇÕES<<strong>br</strong> />
RESPINGOS DE TODAS AS<<strong>br</strong> />
DIREÇÕES<<strong>br</strong> />
JATOS DE ÁGUA DE TODAS AS<<strong>br</strong> />
DIREÇÕES<<strong>br</strong> />
Tabela 6.5.1 - Grau <strong>de</strong> Proteção.<<strong>br</strong> />
6.5.2. Tipos usuais<<strong>br</strong> />
Embora os algarismos indicativos do grau <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
proteção possam ser combinados <strong>de</strong> muitas<<strong>br</strong> />
maneiras, somente alguns tipos <strong>de</strong> proteção são<<strong>br</strong> />
empregados nos casos normais. São eles IP21 e<<strong>br</strong> />
IP23 (para <strong>geradores</strong> abertos). Para aplicações<<strong>br</strong> />
especiais mais rigorosas, são comuns também os<<strong>br</strong> />
graus <strong>de</strong> proteção IP54 (ambientes muito<<strong>br</strong> />
empoeirados) e IP55 (casos em que os<<strong>br</strong> />
equipamentos são lavados periodicamente com<<strong>br</strong> />
mangueiras, como em fá<strong>br</strong>icas <strong>de</strong> papel).<<strong>br</strong> />
6.6. LIMITES DE RUÍDO<<strong>br</strong> />
As normas <strong>de</strong>finem limites máximos <strong>de</strong> nível <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
potência sonora para as máquinas.<<strong>br</strong> />
A tabela 6.6.1 indica os limites máximos <strong>de</strong> nível <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
potência sonora em máquinas elétricas girantes<<strong>br</strong> />
transmitidos através do ar, em <strong>de</strong>cibéis, na escala<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> pon<strong>de</strong>ração A - dB(A) -conforme Normas IEC<<strong>br</strong> />
60034-9 e ABNT-NBR 7565.<<strong>br</strong> />
40
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
Graus <strong>de</strong> Proteção<<strong>br</strong> />
Velocida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
Nominal<<strong>br</strong> />
(rpm)<<strong>br</strong> />
Potência Nominal<<strong>br</strong> />
da Máquina<<strong>br</strong> />
kW ou kVA<<strong>br</strong> />
IP22<<strong>br</strong> />
IP23<<strong>br</strong> />
n 960<<strong>br</strong> />
IP44<<strong>br</strong> />
IP55<<strong>br</strong> />
IP22<<strong>br</strong> />
IP23<<strong>br</strong> />
IP44<<strong>br</strong> />
IP55<<strong>br</strong> />
960 < n 1320<<strong>br</strong> />
IP22<<strong>br</strong> />
IP23<<strong>br</strong> />
IP44<<strong>br</strong> />
IP55<<strong>br</strong> />
1320 < n <<strong>br</strong> />
1900<<strong>br</strong> />
IP22<<strong>br</strong> />
IP23<<strong>br</strong> />
IP44<<strong>br</strong> />
IP55<<strong>br</strong> />
1900 < n <<strong>br</strong> />
2360<<strong>br</strong> />
Nível <strong>de</strong> Potência Sonora dB(A)<<strong>br</strong> />
IP22<<strong>br</strong> />
IP23<<strong>br</strong> />
IP44<<strong>br</strong> />
IP55<<strong>br</strong> />
2360 < n <<strong>br</strong> />
3150<<strong>br</strong> />
IP22<<strong>br</strong> />
IP23<<strong>br</strong> />
IP44<<strong>br</strong> />
IP55<<strong>br</strong> />
3150 < n<<strong>br</strong> />
3750<<strong>br</strong> />
1 < P 1,1 73 73 76 76 77 78 79 81 81 84 82 88<<strong>br</strong> />
1,1 < P 2,2 74 74 78 78 81 82 83 85 85 88 86 91<<strong>br</strong> />
2,2 < P 5,5 77 78 81 82 85 86 90 89 93 93 95<<strong>br</strong> />
5,5 < P 11 81 82 85 85 88 90 90 93 93 97 97 98<<strong>br</strong> />
11 < P 22 84 86 88 88 91 94 93 97 96 100 97 100<<strong>br</strong> />
22 < P 37 87 90 91 91 94 98 96 1sv00 99 102 101 102<<strong>br</strong> />
37 < P 55 90 93 94 94 97 100 98 102 101 104 103 104<<strong>br</strong> />
55 < P 110 93 96 97 98 100 103 101 104 103 106 105 106<<strong>br</strong> />
110 < P 220 97 99 100 102 103 106 103 107 105 109 107 110<<strong>br</strong> />
220 < P 550 99<<strong>br</strong> />
550 < P 1100 101<<strong>br</strong> />
1100 < P 2200 103<<strong>br</strong> />
2200 < P 5500 105<<strong>br</strong> />
102<<strong>br</strong> />
98*<<strong>br</strong> />
105<<strong>br</strong> />
100*<<strong>br</strong> />
107<<strong>br</strong> />
102*<<strong>br</strong> />
109<<strong>br</strong> />
104*<<strong>br</strong> />
* Máquinas com refrigeração a água.<<strong>br</strong> />
103<<strong>br</strong> />
106<<strong>br</strong> />
108<<strong>br</strong> />
110<<strong>br</strong> />
105<<strong>br</strong> />
100*<<strong>br</strong> />
108<<strong>br</strong> />
103*<<strong>br</strong> />
110<<strong>br</strong> />
105*<<strong>br</strong> />
112<<strong>br</strong> />
106*<<strong>br</strong> />
106<<strong>br</strong> />
108<<strong>br</strong> />
109<<strong>br</strong> />
110<<strong>br</strong> />
108<<strong>br</strong> />
102*<<strong>br</strong> />
111<<strong>br</strong> />
104*<<strong>br</strong> />
113<<strong>br</strong> />
105*<<strong>br</strong> />
115<<strong>br</strong> />
106*<<strong>br</strong> />
106<<strong>br</strong> />
108<<strong>br</strong> />
109<<strong>br</strong> />
111<<strong>br</strong> />
109<<strong>br</strong> />
102*<<strong>br</strong> />
111<<strong>br</strong> />
104*<<strong>br</strong> />
113<<strong>br</strong> />
105*<<strong>br</strong> />
115<<strong>br</strong> />
107*<<strong>br</strong> />
107<<strong>br</strong> />
109<<strong>br</strong> />
110<<strong>br</strong> />
112<<strong>br</strong> />
111<<strong>br</strong> />
102*<<strong>br</strong> />
112<<strong>br</strong> />
104*<<strong>br</strong> />
113<<strong>br</strong> />
105*<<strong>br</strong> />
115<<strong>br</strong> />
107*<<strong>br</strong> />
107<<strong>br</strong> />
111<<strong>br</strong> />
112<<strong>br</strong> />
114<<strong>br</strong> />
113<<strong>br</strong> />
105*<<strong>br</strong> />
116<<strong>br</strong> />
106*<<strong>br</strong> />
118<<strong>br</strong> />
107*<<strong>br</strong> />
120<<strong>br</strong> />
109*<<strong>br</strong> />
Tabela 6.6.1 - Nível <strong>de</strong> potência sonora em dB(A) conforme IEC 60034-9 e NBR 7565.<<strong>br</strong> />
6.7. VIBRAÇÃO<<strong>br</strong> />
As normas <strong>de</strong>finem limites <strong>de</strong> vi<strong>br</strong>ação máximos para<<strong>br</strong> />
as máquinas.<<strong>br</strong> />
A tabela 6.7.1 indica valores admissíveis para a<<strong>br</strong> />
amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>br</strong>ação conforme Normas IEC<<strong>br</strong> />
60034-14 e ABNT-NBR 7094, para as diversas<<strong>br</strong> />
carcaças em dois graus: Normal e Especial.<<strong>br</strong> />
Grau<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
Vi<strong>br</strong>ação<<strong>br</strong> />
A<<strong>br</strong> />
Normal<<strong>br</strong> />
Montagem<<strong>br</strong> />
Valores Limites da Amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>br</strong>ação em Deslocamento,<<strong>br</strong> />
Velocida<strong>de</strong> e Aceleração (rms):<<strong>br</strong> />
Carcaças 56 a 132 Carcaças 132 a 280 Carcaças 280 e acima<<strong>br</strong> />
Desloc.<<strong>br</strong> />
(m)<<strong>br</strong> />
Veloc.<<strong>br</strong> />
(mm/s)<<strong>br</strong> />
Acel.<<strong>br</strong> />
(mm/s 2<<strong>br</strong> />
)<<strong>br</strong> />
Desloc.<<strong>br</strong> />
(m)<<strong>br</strong> />
Veloc.<<strong>br</strong> />
(mm/s)<<strong>br</strong> />
Acel.<<strong>br</strong> />
(mm/s 2<<strong>br</strong> />
)<<strong>br</strong> />
Desloc.<<strong>br</strong> />
(m)<<strong>br</strong> />
Veloc.<<strong>br</strong> />
(mm/s)<<strong>br</strong> />
Suspensão livre 25 1.6 2.5 35 2.2 3.5 45 2.8 4.4<<strong>br</strong> />
Acel.<<strong>br</strong> />
(mm/s 2<<strong>br</strong> />
)<<strong>br</strong> />
Rígida 21 1.3 2.0 29 1.8 2.8 37 2.3 3.6<<strong>br</strong> />
B<<strong>br</strong> />
Especial<<strong>br</strong> />
Suspensão livre 11 0.7 1.1 18 1.1 1.7 29 1.8 2.8<<strong>br</strong> />
Rígida - - - 14 0.9 1.4 24 1.5 2.4<<strong>br</strong> />
Grau A – Aplica-se para máquinas sem requisitos especiais <strong>de</strong> vi<strong>br</strong>ação.<<strong>br</strong> />
Grau B – Aplica-se para máquinas com requisitos especiais <strong>de</strong> vi<strong>br</strong>ação. Montagem rígida não é consi<strong>de</strong>rada aceitável para<<strong>br</strong> />
máquinas com carcaça menor que 132.<<strong>br</strong> />
Tabela 6.7.1 - Limites <strong>de</strong> vi<strong>br</strong>ação conforme IEC 60034-14.<<strong>br</strong> />
41
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
6.8. VENTILAÇÃO<<strong>br</strong> />
As perdas são inevitáveis no gerador e o calor<<strong>br</strong> />
gerado por elas <strong>de</strong>ve ser dissipado, ou seja,<<strong>br</strong> />
transferido para o elemento <strong>de</strong> resfriamento do<<strong>br</strong> />
gerador, usualmente o ar ambiente.<<strong>br</strong> />
A maneira pela qual é feita a troca <strong>de</strong> calor entre as<<strong>br</strong> />
partes aquecidas do gerador e o ar ambiente é o<<strong>br</strong> />
que <strong>de</strong>fine o SISTEMA DE VENTILAÇÃO da<<strong>br</strong> />
máquina. Os sistemas usuais são <strong>de</strong> dois tipos<<strong>br</strong> />
principais:<<strong>br</strong> />
6.8.1. Gerador aberto<<strong>br</strong> />
É o gerador em que o ar ambiente circula no seu<<strong>br</strong> />
interior, em contato direto com as partes aquecidas<<strong>br</strong> />
que <strong>de</strong>vem ser resfriadas.<<strong>br</strong> />
Neste sistema o gerador apresenta uma proteção<<strong>br</strong> />
IP21 ou IP23 e possui um ventilador interno<<strong>br</strong> />
montado no eixo.<<strong>br</strong> />
O ventilador aspira o ar do ambiente, que após<<strong>br</strong> />
passar através da máquina, é <strong>de</strong>volvido quente<<strong>br</strong> />
novamente ao meio ambiente.<<strong>br</strong> />
O gerador aberto propriamente dito, ou seja, aquele<<strong>br</strong> />
em que não há nenhuma restrição à livre circulação<<strong>br</strong> />
do ar ambiente por <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>le, é raramente usado.<<strong>br</strong> />
Na realida<strong>de</strong>, as entradas e saídas <strong>de</strong> ar costumam<<strong>br</strong> />
ser parcialmente protegidas, segundo diversos<<strong>br</strong> />
graus <strong>de</strong> proteção que foram <strong>de</strong>scritos no ítem 6.5.<<strong>br</strong> />
A figura 6.8.1 mostra o esquema do circuito <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
refrigeração do gerador auto-ventilado da linha G. A<<strong>br</strong> />
proteção neste caso é IP21, pois as entradas <strong>de</strong> ar<<strong>br</strong> />
possuem venezianas e a saída possui tela. No caso<<strong>br</strong> />
da proteção IP23 a entrada <strong>de</strong> ar possui veneziana<<strong>br</strong> />
e a saída possui tela com um “chapéu”, que garante<<strong>br</strong> />
a proteção contra água a 60º com a vertical.<<strong>br</strong> />
carcaça, não sendo necessariamente estanque"<<strong>br</strong> />
(Definição da ABNT).<<strong>br</strong> />
O ar ambiente é separado do ar contido no interior<<strong>br</strong> />
do gerador, não entrando em contato direto com<<strong>br</strong> />
suas partes internas. A transferência <strong>de</strong> calor é toda<<strong>br</strong> />
feita na superfície externa do gerador.<<strong>br</strong> />
O gerador não é "estanque", isto é, as folgas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
montagem não impe<strong>de</strong>m totalmente a penetração<<strong>br</strong> />
do ar ambiente para <strong>de</strong>ntro e a saída <strong>de</strong> ar <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>ntro para fora.<<strong>br</strong> />
Por exemplo:<<strong>br</strong> />
Quando o gerador começa a funcionar, o ar contido<<strong>br</strong> />
no seu interior se aquece e se expan<strong>de</strong>, criando<<strong>br</strong> />
uma leve diferença <strong>de</strong> pressão e fazendo com que<<strong>br</strong> />
um pouco <strong>de</strong> ar "escape" para o ambiente. Quando<<strong>br</strong> />
o gerador pára, o ar interno esfria e se contrai,<<strong>br</strong> />
fazendo com que um pouco do ar externo penetre<<strong>br</strong> />
no gerador. O gerador, assim, "respira" em função<<strong>br</strong> />
das oscilações <strong>de</strong> temperatura.<<strong>br</strong> />
Depen<strong>de</strong>ndo da maneira como é feita a troca <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
calor na superfície externa da máquina, existem os<<strong>br</strong> />
seguintes tipos <strong>de</strong> <strong>geradores</strong> totalmente fechados:<<strong>br</strong> />
a) Totalmente fechado com trocador <strong>de</strong> calor<<strong>br</strong> />
ar-ar.<<strong>br</strong> />
O gerador possui dois ventiladores montados no<<strong>br</strong> />
eixo, um interno e outro externo.<<strong>br</strong> />
O trocador <strong>de</strong> calor ar-ar é constituído <strong>de</strong> tubos<<strong>br</strong> />
montados axialmente no trocador e normalmente<<strong>br</strong> />
fica na parte superior do gerador.<<strong>br</strong> />
O ventilador interno força o ar quente a circular<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>ntro da máquina fazendo-o entrar em contato<<strong>br</strong> />
com a parte externa dos tubos do trocador, que<<strong>br</strong> />
encontram-se <strong>de</strong>ntro da máquina. O ventilador<<strong>br</strong> />
externo força o ar do ambiente a circular <strong>de</strong>ntro dos<<strong>br</strong> />
tubos do trocador, retirando o calor <strong>de</strong>les e<<strong>br</strong> />
transferindo ao ambiente.<<strong>br</strong> />
Para trocadores ar-ar padrões, os tubos são em<<strong>br</strong> />
confeccionados em aluminio trefilado. Em algumas<<strong>br</strong> />
aplicações especiais, em aço sem costura,<<strong>br</strong> />
fosfatizado, protegido por tinta anti-corrosiva ou<<strong>br</strong> />
aço inox ou tubos especiais, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da<<strong>br</strong> />
especificação do cliente.<<strong>br</strong> />
Fig 6.8.1 - Gerador Aberto linha G.<<strong>br</strong> />
6.8.2. Gerador totalmente fechado<<strong>br</strong> />
"Gerador Fechado <strong>de</strong> tal modo que não haja troca<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> meio refrigerante entre o interior e o exterior da<<strong>br</strong> />
Fig. 6.8.2 - Refrigeração do gerador com trocador<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> calor ar-ar.<<strong>br</strong> />
42
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
b) Totalmente fechado com trocador <strong>de</strong> calor<<strong>br</strong> />
ar-água<<strong>br</strong> />
O gerador possui um ventilador interno montado no<<strong>br</strong> />
eixo e um ou dois radiadores a água montados no<<strong>br</strong> />
trocador <strong>de</strong> calor. Esses radiadores recebem água<<strong>br</strong> />
fria <strong>de</strong> um sistema existente no local <strong>de</strong> instalação<<strong>br</strong> />
do gerador.<<strong>br</strong> />
O trocador <strong>de</strong> calor normalmente é montado na<<strong>br</strong> />
parte superior do gerador.<<strong>br</strong> />
O ventilador interno força o ar quente a circular por<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>ntro da máquina e através do radiador, on<strong>de</strong> o<<strong>br</strong> />
calor é retirado pela água que circula nele.<<strong>br</strong> />
A fig. 6.8.3 mostra o esquema do circuito <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
refrigeração do gerador com trocador <strong>de</strong> calor arágua.<<strong>br</strong> />
CARCAÇA<<strong>br</strong> />
POTÊNCIA (W)<<strong>br</strong> />
160 e 200 108<<strong>br</strong> />
225 e 250 215<<strong>br</strong> />
280, 315, 355, 400 e 450 430<<strong>br</strong> />
500 e 560 630<<strong>br</strong> />
Tabela 6.10.1 - Potência dos resistores <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
aquecimento por carcaça.<<strong>br</strong> />
4.9.2. Proteção térmica <strong>de</strong> <strong>geradores</strong><<strong>br</strong> />
elétricos<<strong>br</strong> />
A proteção térmica normalmente é efetuada por<<strong>br</strong> />
meio <strong>de</strong> termoresistências, termistores ou<<strong>br</strong> />
termostatos. Os tipos <strong>de</strong> <strong>de</strong>tectores a serem<<strong>br</strong> />
utilizados são <strong>de</strong>terminados em função da classe <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
temperatura do isolamento empregado, <strong>de</strong> cada<<strong>br</strong> />
tipo <strong>de</strong> máquina e das exigências da aplicação ou<<strong>br</strong> />
cliente.<<strong>br</strong> />
6.9.2.1. Termoresistores<<strong>br</strong> />
Fig 6.8.3 - Refrigeração do gerador com trocador <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
calor ar-água.<<strong>br</strong> />
6.9. ACESSÓRIOS E ESPECIALIDADES<<strong>br</strong> />
6.9.1. Resistor <strong>de</strong> aquecimento<<strong>br</strong> />
Resistores <strong>de</strong> aquecimento (ou resistores <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>sumidificação) são utilizados em <strong>geradores</strong><<strong>br</strong> />
instalados em ambientes muito úmidos. São<<strong>br</strong> />
energizados quando as máquinas estão paradas e<<strong>br</strong> />
com isso aquecem seu interior alguns graus acima<<strong>br</strong> />
do ambiente (5 a 10ºC). Com isso impe<strong>de</strong>m a<<strong>br</strong> />
con<strong>de</strong>nsação <strong>de</strong> água no interior das mesmas<<strong>br</strong> />
quando estas ficam paradas por longo espaço <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
tempo.<<strong>br</strong> />
A aplicação é opcional, solicitada pelo cliente ou<<strong>br</strong> />
recomendada pela <strong>WEG</strong> quando ficar evi<strong>de</strong>nciada a<<strong>br</strong> />
utilização da máquina em ambientes úmidos.<<strong>br</strong> />
Os resistores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sumidificação são fornecidos<<strong>br</strong> />
para funcionamento em uma só tensão, em re<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />
monofásicas <strong>de</strong> 110, 220, 380 ou 440V,<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da tensão disponível no local da<<strong>br</strong> />
instalação do gerador. A tensão <strong>de</strong> alimentação dos<<strong>br</strong> />
resistores <strong>de</strong>ve ser especificada pelo cliente.<<strong>br</strong> />
Depen<strong>de</strong>ndo do tamanho (carcaça) do gerador, a<<strong>br</strong> />
<strong>WEG</strong> emprega resistores <strong>de</strong> aquecimento <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
potências diferentes (vi<strong>de</strong> exemplos na tabela<<strong>br</strong> />
6.10.1).<<strong>br</strong> />
Usualmente conhecidos como “RTD” (Resistance<<strong>br</strong> />
Temperature Depen<strong>de</strong>nt) ou Resistência Cali<strong>br</strong>ada.<<strong>br</strong> />
Sua operação é baseada na característica <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
variação da resistência com a temperatura,<<strong>br</strong> />
intrínseca a alguns materiais (geralmente platina,<<strong>br</strong> />
níquel ou co<strong>br</strong>e). Possuem uma resistência<<strong>br</strong> />
cali<strong>br</strong>ada que varia linearmente com a temperatura,<<strong>br</strong> />
possibilitando um acompanhamento contínuo do<<strong>br</strong> />
processo <strong>de</strong> aquecimento da máquina, com alto<<strong>br</strong> />
grau <strong>de</strong> precisão e sensibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resposta através<<strong>br</strong> />
do uso <strong>de</strong> um controlador. Devido ao<<strong>br</strong> />
acompanhamento contínuo da temperatura, um<<strong>br</strong> />
mesmo <strong>de</strong>tector po<strong>de</strong> servir para alarme e para<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>sligamento.<<strong>br</strong> />
Os termoresistores normalmente utilizados em<<strong>br</strong> />
máquinas elétricas são os do tipo Pt100 (Platina),<<strong>br</strong> />
Ni20 (Níquel) e Cu10 (Co<strong>br</strong>e).<<strong>br</strong> />
Sua aplicação é ampla nos diversos setores <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
técnicas <strong>de</strong> medição e automatização <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
temperatura nas indústrias em geral e geralmente<<strong>br</strong> />
aplica-se em instalações <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
responsabilida<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />
Em <strong>geradores</strong> as termoresistências normalmente<<strong>br</strong> />
são utilizadas nos enrolamentos (fases), em<<strong>br</strong> />
mancais (rolamentos ou buchas) e no ar <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
resfriamento da máquina (ar frio ou quente).<<strong>br</strong> />
Para os <strong>geradores</strong> <strong>WEG</strong> da linha S são padrões<<strong>br</strong> />
esses <strong>de</strong>tectores nas fases e mancais (02 por fase e<<strong>br</strong> />
01 por mancal).<<strong>br</strong> />
43
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
6.9.2.2. Termistores (PTC e NTC)<<strong>br</strong> />
São <strong>de</strong>tectores térmicos compostos <strong>de</strong> semicondutores<<strong>br</strong> />
que variam sua resistência <strong>br</strong>uscamente<<strong>br</strong> />
ao atingirem uma <strong>de</strong>terminada temperatura.<<strong>br</strong> />
Po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong> dois tipos:<<strong>br</strong> />
- PTC - Coeficiente <strong>de</strong> Temperatura Positivo<<strong>br</strong> />
- NTC - Coeficiente <strong>de</strong> Temperatura Negativo<<strong>br</strong> />
O tipo "PTC" é um termistor cuja resistência<<strong>br</strong> />
aumenta <strong>br</strong>uscamente para um valor bem <strong>de</strong>finido<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> temperatura. Essa variação <strong>br</strong>usca na resistência<<strong>br</strong> />
interrompe a corrente no PTC, acionando um relé<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> saída, o qual po<strong>de</strong> ativar um circuito <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
proteção. Também po<strong>de</strong> ser utilizado para sistemas<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> alarme (01 por fase) ou alarme e <strong>de</strong>sligamento<<strong>br</strong> />
(02 por fase).<<strong>br</strong> />
Para o termistor "NTC" acontece o contrário do PTC,<<strong>br</strong> />
porém, sua aplicação não é normal em <strong>geradores</strong><<strong>br</strong> />
elétricos, pois os circuitos eletrônicos <strong>de</strong> controle<<strong>br</strong> />
disponíveis geralmente são para o PTC (aumento da<<strong>br</strong> />
resistência).<<strong>br</strong> />
6.9.2.3. Termostatos<<strong>br</strong> />
São <strong>de</strong>tectores térmicos do tipo bimetálico com<<strong>br</strong> />
contatos <strong>de</strong> prata normalmente fechados (NF), que<<strong>br</strong> />
se a<strong>br</strong>em quando ocorre <strong>de</strong>terminada elevação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
temperatura. Quando a temperatura <strong>de</strong> atuação do<<strong>br</strong> />
bimetálico baixar, este volta a sua forma original<<strong>br</strong> />
instantaneamente, permitindo o fechamento dos<<strong>br</strong> />
contatos novamente.<<strong>br</strong> />
Os termostatos po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>stinados para sistemas<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> alarme, <strong>de</strong>sligamento ou ambos (alarme e<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>sligamento). São normalmente ligados em série<<strong>br</strong> />
com a bobina <strong>de</strong> um contator do circuito <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
proteção da máquina. Depen<strong>de</strong>ndo do grau <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
segurança e da especificação do cliente, po<strong>de</strong>m ser<<strong>br</strong> />
utilizados três termostatos (um por fase) ou seis<<strong>br</strong> />
termostatos (grupos <strong>de</strong> dois por fase).<<strong>br</strong> />
Para operar em alarme e <strong>de</strong>sligamento (dois<<strong>br</strong> />
termostatos por fase), os termostatos <strong>de</strong> alarme<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>vem ser apropriados para atuação na elevação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
temperatura prevista do gerador, enquanto que os<<strong>br</strong> />
termostatos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sligamento <strong>de</strong>verão atuar na<<strong>br</strong> />
temperatura máxima do material isolante.<<strong>br</strong> />
Os termistores possuem tamanho reduzido, não<<strong>br</strong> />
sofrem <strong>de</strong>sgastes mecânicos e têm uma boa<<strong>br</strong> />
resposta em relação aos outros <strong>de</strong>tectores, embora<<strong>br</strong> />
não permitam um acompanhamento contínuo do<<strong>br</strong> />
processo <strong>de</strong> aquecimento do gerador <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
uma ampla faixa <strong>de</strong> temperatura.<<strong>br</strong> />
Para mancais<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> rolamento<<strong>br</strong> />
Para mancais<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> bucha<<strong>br</strong> />
Figura 6.9.1 - Visualização do aspecto externo dos Termoresistores.<<strong>br</strong> />
Figura 6.9.2. - Visualização do aspecto externo dos Termistores.<<strong>br</strong> />
44
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
Figura 6.9.3. - Visualização do aspecto interno e externo dos Termostatos.<<strong>br</strong> />
NORMA<<strong>br</strong> />
Máxima<<strong>br</strong> />
Temperatura<<strong>br</strong> />
Ambiente<<strong>br</strong> />
(ºC)<<strong>br</strong> />
Máxima So<strong>br</strong>eelevação <strong>de</strong> Temperatura Permitida por<<strong>br</strong> />
Classe <strong>de</strong> Isolamento.<<strong>br</strong> />
t em ºC (Métodos da Variação <strong>de</strong> Resistência)<<strong>br</strong> />
A E B F H<<strong>br</strong> />
Brasil<<strong>br</strong> />
ABNT NBR - 5117<<strong>br</strong> />
40 60 75 80 105 125<<strong>br</strong> />
Norma Internacional<<strong>br</strong> />
IEC 34 - 1<<strong>br</strong> />
40 60 75 80 100 125<<strong>br</strong> />
Alemanha<<strong>br</strong> />
VDE 0530 Parte 1<<strong>br</strong> />
40 60 75 80 100 125<<strong>br</strong> />
USA<<strong>br</strong> />
NEMA MG 1 e ASA<<strong>br</strong> />
40 60 - 80 105 125<<strong>br</strong> />
Canadá<<strong>br</strong> />
CSA C 22.2 Nº54<<strong>br</strong> />
40 60 - 80 105 125<<strong>br</strong> />
Grã-Bretanha<<strong>br</strong> />
BS 2613<<strong>br</strong> />
40 60 75 80 100 125<<strong>br</strong> />
Austrália<<strong>br</strong> />
AS 1359.32<<strong>br</strong> />
40 60 75 80 100 125<<strong>br</strong> />
Bélgica<<strong>br</strong> />
NBN 7<<strong>br</strong> />
40 60 75 80 100 125<<strong>br</strong> />
Dinamarca<<strong>br</strong> />
DS 5002<<strong>br</strong> />
40 60 75 80 100 125<<strong>br</strong> />
França<<strong>br</strong> />
NF CS1-112<<strong>br</strong> />
40 60 75 80 100 125<<strong>br</strong> />
Holanda<<strong>br</strong> />
VEMET N 1007<<strong>br</strong> />
40 - 70 80 100 125<<strong>br</strong> />
Índia<<strong>br</strong> />
IS: 325-1961<<strong>br</strong> />
40 60 75 80 - -<<strong>br</strong> />
Itália<<strong>br</strong> />
CEI 2-3<<strong>br</strong> />
40 60 70 80 100 125<<strong>br</strong> />
Noruega<<strong>br</strong> />
NEM AV<<strong>br</strong> />
40 60 75 80 - -<<strong>br</strong> />
Áustria<<strong>br</strong> />
OVE - MIO<<strong>br</strong> />
40 - 75 80 100 125<<strong>br</strong> />
Suécia<<strong>br</strong> />
SEN 260101<<strong>br</strong> />
40 60 70 80 100 125<<strong>br</strong> />
Suíça<<strong>br</strong> />
SEV 3009<<strong>br</strong> />
40 60 75 80 100 125<<strong>br</strong> />
Tabela 6.10.2 - Máxima so<strong>br</strong>eelevação <strong>de</strong> Temperatura permitida para as Classes <strong>de</strong> isolamento A, E, B, F e H.<<strong>br</strong> />
45
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
7. CARACTERÍSTICAS DE<<strong>br</strong> />
DESEMPENHO<<strong>br</strong> />
7.1. POTÊNCIA NOMINAL<<strong>br</strong> />
É a potência que o gerador po<strong>de</strong> fornecer, <strong>de</strong>ntro<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> suas características nominais, em regime<<strong>br</strong> />
contínuo. O conceito <strong>de</strong> potência nominal, ou seja,<<strong>br</strong> />
a potência que o gerador po<strong>de</strong> fornecer, está<<strong>br</strong> />
intimamente ligado à elevação <strong>de</strong> temperatura do<<strong>br</strong> />
enrolamento (Tab. 7.1.1).<<strong>br</strong> />
Sabemos que o gerador po<strong>de</strong> acionar cargas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
potência bem acima <strong>de</strong> sua potência nominal até<<strong>br</strong> />
quase atingir o limite <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong>. O que<<strong>br</strong> />
acontece, porém, é que se esta so<strong>br</strong>ecarga for<<strong>br</strong> />
excessiva, isto é, for exigida do gerador uma<<strong>br</strong> />
potência muito acima daquela para a qual foi<<strong>br</strong> />
projetado, o aquecimento normal será ultrapassado<<strong>br</strong> />
e a vida do gerador será diminuída, po<strong>de</strong>ndo ele,<<strong>br</strong> />
até mesmo, queimar-se rapidamente.<<strong>br</strong> />
Portanto, se um gerador for conectado a cargas<<strong>br</strong> />
com fatores <strong>de</strong> potência distintos, é preciso<<strong>br</strong> />
averiguar antes quais os componentes <strong>de</strong> potência<<strong>br</strong> />
ativa e reativa das cargas e então <strong>de</strong>terminar a<<strong>br</strong> />
potência aparente total, bem como o fator <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
potência geral.<<strong>br</strong> />
S =<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
(P1+ P2+...+ Pn ) +(Q1+Q2+...+Qn )<<strong>br</strong> />
On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />
S - potência aparente total (VA)<<strong>br</strong> />
P1...n - componentes <strong>de</strong> potência ativa <strong>de</strong> cada<<strong>br</strong> />
fonte consumidora (W)<<strong>br</strong> />
Q1...n - componentes <strong>de</strong> potência reativa <strong>de</strong> cada<<strong>br</strong> />
fonte consumidora (VAr)<<strong>br</strong> />
Cos = P<<strong>br</strong> />
S<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
Classe <strong>de</strong> Isolamento A E B F H<<strong>br</strong> />
Temperatura ambiente ºC 40 40 40 40 40<<strong>br</strong> />
t= elevaçao <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
temperatura<<strong>br</strong> />
(método <strong>de</strong> resistência)<<strong>br</strong> />
Diferença entre o ponto<<strong>br</strong> />
mais quente e a<<strong>br</strong> />
temperatura média<<strong>br</strong> />
Total: temperatura do<<strong>br</strong> />
ponto mais quente<<strong>br</strong> />
ºC 60 75 80 100 125<<strong>br</strong> />
ºC 5 5 10 15 15<<strong>br</strong> />
ºC 105 120 130 155 180<<strong>br</strong> />
Tabela 7.1.1 - Composição da temperatura em<<strong>br</strong> />
função da classe <strong>de</strong> isolamento.<<strong>br</strong> />
A potência do gerador é fixada em relação a<<strong>br</strong> />
potência das fontes consumidoras ou <strong>de</strong> acordo<<strong>br</strong> />
com a potência do motor do acionamento:<<strong>br</strong> />
A) Fixação <strong>de</strong> potência <strong>de</strong> acordo com a potência<<strong>br</strong> />
das fontes consumidoras.<<strong>br</strong> />
Para a <strong>de</strong>terminação do tamanho da máquina<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>vemos conhecer a potência aparente S.<<strong>br</strong> />
S = Ul x Il x 3<<strong>br</strong> />
On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />
S - potência aparente (VA)<<strong>br</strong> />
Ul - tensão <strong>de</strong> linha (V)<<strong>br</strong> />
Il - corrente <strong>de</strong> linha (A)<<strong>br</strong> />
Nos catálogos a potência aparente é dada em kVA,<<strong>br</strong> />
sendo válida para os fatores <strong>de</strong> potência entre 0.8 e<<strong>br</strong> />
1.0 (Indutivos).<<strong>br</strong> />
Para fatores <strong>de</strong> potência menores que 0.8 a<<strong>br</strong> />
potência da máquina <strong>de</strong>ve ser reduzida conforme a<<strong>br</strong> />
fig. 5.1.1, isto implica portanto que o cos φ da<<strong>br</strong> />
carga também <strong>de</strong>ve ser conhecido.<<strong>br</strong> />
Fig. 7.1.1 - Potência em função do Cos .<<strong>br</strong> />
B) Fixação da potência <strong>de</strong> acordo com a potência<<strong>br</strong> />
do motor <strong>de</strong> acionamento.<<strong>br</strong> />
Muitas vezes não é possível conhecer a potência<<strong>br</strong> />
exata das fontes consumidoras. Neste caso a<<strong>br</strong> />
potência do gerador é <strong>de</strong>terminada a partir da<<strong>br</strong> />
potência <strong>de</strong> acionamento e, como fator <strong>de</strong> potência,<<strong>br</strong> />
po<strong>de</strong>mos adotar 0.8, caso os fatores individuais<<strong>br</strong> />
encontrem-se nessa faixa.<<strong>br</strong> />
Da potência útil do motor <strong>de</strong> acionamento,<<strong>br</strong> />
diminuímos as perdas do gerador, para obter a<<strong>br</strong> />
potência ativa que fica à disposição nos terminais<<strong>br</strong> />
do gerador.<<strong>br</strong> />
Pn<<strong>br</strong> />
Pg =<<strong>br</strong> />
100<<strong>br</strong> />
( g)<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
kW<<strong>br</strong> />
On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />
Pg - potência do gerador (kW)<<strong>br</strong> />
Pn - potência do motor acionante (kW)<<strong>br</strong> />
η (g) - rendimento do gerador (%)<<strong>br</strong> />
Para potência do motor acionante dada em cv,<<strong>br</strong> />
multiplicar por 0.736 para obtê-la em kW.<<strong>br</strong> />
Pn(KW) = Pn(cv) x 0.736<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
46
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
Para <strong>de</strong>terminação da potência aparente do<<strong>br</strong> />
gerador, <strong>de</strong>vemos levar em consi<strong>de</strong>ração o<<strong>br</strong> />
rendimento dos <strong>geradores</strong> indicado nos catálogos,<<strong>br</strong> />
para fatores <strong>de</strong> potência entre 0.8 e 1.0.<<strong>br</strong> />
Então, levando em consi<strong>de</strong>ração o fator <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
potência, a potência aparente fica:<<strong>br</strong> />
S =<<strong>br</strong> />
Pg Pn x<<strong>br</strong> />
=<<strong>br</strong> />
Cos 100 x Cos<<strong>br</strong> />
Exemplos:<<strong>br</strong> />
Numa indústria <strong>de</strong>ve ser instalado um Grupo<<strong>br</strong> />
Gerador Diesel para fornecer eletricida<strong>de</strong> às suas<<strong>br</strong> />
instalações, on<strong>de</strong> existem as seguintes fontes<<strong>br</strong> />
consumidoras:<<strong>br</strong> />
a) Iluminação 80 kVA cos = 0,7<<strong>br</strong> />
b) Aquecimento 152 kVA cos = 1,0<<strong>br</strong> />
c) 01 motor trifásico <strong>WEG</strong> - IP54 - 40 cv – IV pólos<<strong>br</strong> />
d) 01 motor trifásico <strong>WEG</strong> - IP54 - 60 cv – IV pólos<<strong>br</strong> />
e) 01 motor trifásico <strong>WEG</strong> - IP54 - 75 cv – IV pólos<<strong>br</strong> />
Do catálogo <strong>de</strong> motores trifásicos <strong>WEG</strong> obteremos:<<strong>br</strong> />
Motor 40 cv (30 kW), cos = 0,85, η = 90,9%<<strong>br</strong> />
Motor 60 cv (45 kW), cos = 0,88, η = 90,8%<<strong>br</strong> />
motor 75 cv (55 kW), cos = 0,90, η = 91,9%<<strong>br</strong> />
Para <strong>de</strong>terminação da potência foi consi<strong>de</strong>rado<<strong>br</strong> />
serviço contínuo. Será analisado posteriormente a<<strong>br</strong> />
influência da partida dos motores.<<strong>br</strong> />
Para o cálculo da potência ativa e aparente nos<<strong>br</strong> />
motores geralmente indica-se a potência útil no<<strong>br</strong> />
eixo. A potência ativa consumida abtém-se<<strong>br</strong> />
dividindo a potência útil pelo rendimento;<<strong>br</strong> />
Dos valores da potência ativa e cos do motor,<<strong>br</strong> />
obtém-se a potência aparente total consumida por<<strong>br</strong> />
ele;<<strong>br</strong> />
Com os valores <strong>de</strong> potência ativa e potência<<strong>br</strong> />
aparente, <strong>de</strong>termina-se a potência reativa<<strong>br</strong> />
consumida pelo motor.<<strong>br</strong> />
Portanto, para o motor <strong>de</strong> 40 cv teremos:<<strong>br</strong> />
Pu (kW) x 100<<strong>br</strong> />
P (kW)=<<strong>br</strong> />
=<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
30<<strong>br</strong> />
90,9<<strong>br</strong> />
= 33,0 kW<<strong>br</strong> />
P (kW) 33,0<<strong>br</strong> />
S (kVA)= = = 38,8 kVA<<strong>br</strong> />
cos 0,85<<strong>br</strong> />
Q=<<strong>br</strong> />
Q=<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
S(kVA ) - P(kW )<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
(38,8 ) - (33,0 ) = 20,4 kVAr<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
Desta maneira, e para as <strong>de</strong>mais cargas, obteremos<<strong>br</strong> />
os seguintes resultados da Tabela 4.1.<<strong>br</strong> />
CARGA COS η%<<strong>br</strong> />
S<<strong>br</strong> />
(kVA)<<strong>br</strong> />
P<<strong>br</strong> />
(kW)<<strong>br</strong> />
Q<<strong>br</strong> />
(kVAr)<<strong>br</strong> />
Iluminação 0.70 - 80 56 57,1<<strong>br</strong> />
Aquecimento 1.00 - 152 152 -<<strong>br</strong> />
Motor 40 cv 0.85 90,9 38.8 33.0 20.4<<strong>br</strong> />
Motor 60 cv 0.88 90,8 56.3 49.5 26.8<<strong>br</strong> />
Motor 75 cv 0.90 91,9 66.4 59.8 28.9<<strong>br</strong> />
Tabela 7.1 - Quadro Geral <strong>de</strong> Potência.<<strong>br</strong> />
Assim, a potência aparente do gerador será a soma<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> todas as parcelas <strong>de</strong> potência ativa e reativa das<<strong>br</strong> />
cargas:<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
S= (P+P+<<strong>br</strong> />
1 2<<strong>br</strong> />
..... +P<<strong>br</strong> />
n ) +(Q+Q+<<strong>br</strong> />
1 2<<strong>br</strong> />
... +Q<<strong>br</strong> />
n )<<strong>br</strong> />
S = (56+152+33,0+49,5+59,8 ) + (57,1+0+ 20,4+ 26,8+ 28,9 )<<strong>br</strong> />
S = 375 kVA<<strong>br</strong> />
O fator <strong>de</strong> potência geral será:<<strong>br</strong> />
350,3<<strong>br</strong> />
Cos = P = = 0,934<<strong>br</strong> />
S 375<<strong>br</strong> />
Escolhendo o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gerador:<<strong>br</strong> />
7.1.1. Linha G i-Plus<<strong>br</strong> />
Do catálogo <strong>de</strong> <strong>geradores</strong> <strong>WEG</strong> Linha G i-Plus,<<strong>br</strong> />
obtemos o gerador GTA311AI27, para tensão <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
440V, com potência <strong>de</strong> 377 kVA.<<strong>br</strong> />
O rendimento do gerador com carga nominal está<<strong>br</strong> />
indicado no catálogo como 90,7%.<<strong>br</strong> />
Portanto, a potência mínima <strong>de</strong> acionamento do<<strong>br</strong> />
gerador consi<strong>de</strong>rando carga nominal será:<<strong>br</strong> />
PN =<<strong>br</strong> />
Pg (kVA) x<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
cos<<strong>br</strong> />
377 x 0,934<<strong>br</strong> />
=<<strong>br</strong> />
0, 907<<strong>br</strong> />
PN = 388 (kW)<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
47
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
7.1.2. Linha AG10<<strong>br</strong> />
Do catálogo <strong>de</strong> <strong>geradores</strong> <strong>WEG</strong> Linha AG10,<<strong>br</strong> />
obtemos o gerador AG10 250MI20, para tensão <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
440V, com potência <strong>de</strong> 435 kVA.<<strong>br</strong> />
O rendimento do gerador com carga nominal está<<strong>br</strong> />
indicado no catálogo como 93.82%.<<strong>br</strong> />
Portanto, a potência mínima <strong>de</strong> acionamento do<<strong>br</strong> />
gerador consi<strong>de</strong>rando carga nominal será:<<strong>br</strong> />
PN =<<strong>br</strong> />
Pg (kVA) x<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
cos<<strong>br</strong> />
435 x 0,934<<strong>br</strong> />
=<<strong>br</strong> />
0, 9382<<strong>br</strong> />
PN = 433 (kW)<<strong>br</strong> />
Neste exemplo foram analisadas as condições<<strong>br</strong> />
estacionárias do gerador (operação em regime),<<strong>br</strong> />
entretanto antes que o tamanho da máquina possa<<strong>br</strong> />
ser <strong>de</strong>terminado em <strong>de</strong>finitivo, ainda resta examinar<<strong>br</strong> />
as condições para a partida dos motores.<<strong>br</strong> />
O procedimento está <strong>de</strong>scrito no item 7.3.<<strong>br</strong> />
7.2. ELEVAÇÃO DE TEMPERATURA -<<strong>br</strong> />
CLASSE DE ISOLAMENTO<<strong>br</strong> />
7.2.1. Aquecimento do enrolamento<<strong>br</strong> />
A potência útil fornecida pelo gerador é menor que<<strong>br</strong> />
a potência acionante, isto é, o rendimento do<<strong>br</strong> />
gerador é sempre inferior a 100%. A diferença<<strong>br</strong> />
entre duas potências representa as perdas, que são<<strong>br</strong> />
transformadas em calor, o qual aquece o<<strong>br</strong> />
enrolamento e <strong>de</strong>ve ser dissipado para fora do<<strong>br</strong> />
gerador, para evitar que a elevação <strong>de</strong> temperatura<<strong>br</strong> />
seja excessiva.<<strong>br</strong> />
O mesmo acontece em todos os tipos <strong>de</strong> máquinas<<strong>br</strong> />
elétricas.<<strong>br</strong> />
No motor do automóvel, por exemplo, o calor<<strong>br</strong> />
gerado pelas perdas internas tem que ser retirado<<strong>br</strong> />
do bloco pelo sistema <strong>de</strong> circulação <strong>de</strong> água com<<strong>br</strong> />
radiador ou pela ventoinha, em motores resfriados<<strong>br</strong> />
a ar.<<strong>br</strong> />
No capítulo 6.8 po<strong>de</strong>m ser vistos os diferentes<<strong>br</strong> />
tipos <strong>de</strong> ventilação.<<strong>br</strong> />
7.2.2. Vida útil <strong>de</strong> máquinas elétricas girantes<<strong>br</strong> />
Se não consi<strong>de</strong>rarmos as peças que se <strong>de</strong>sgastam<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>vido ao uso, como escovas e rolamentos, a vida<<strong>br</strong> />
útil da máquina elétrica é <strong>de</strong>terminada pelo material<<strong>br</strong> />
isolante.<<strong>br</strong> />
Este material é afetado por muitos fatores como<<strong>br</strong> />
umida<strong>de</strong>, vi<strong>br</strong>ações, ambientes corrosivos e outros.<<strong>br</strong> />
Dentre todos os fatores o mais importante é, sem<<strong>br</strong> />
dúvida, a temperatura <strong>de</strong> trabalho dos materiais<<strong>br</strong> />
isolantes empregados.<<strong>br</strong> />
Quando falamos em diminuição da vida útil da<<strong>br</strong> />
máquina não nos referimos às temperaturas<<strong>br</strong> />
elevadas, quando o isolante se queima e o<<strong>br</strong> />
enrolamento é <strong>de</strong>struído <strong>de</strong> repente. Vida útil da<<strong>br</strong> />
isolação, em termos <strong>de</strong> temperatura <strong>de</strong> trabalho,<<strong>br</strong> />
bem abaixo daquela em que o material se queima,<<strong>br</strong> />
refere-se ao envelhecimento gradual do isolante,<<strong>br</strong> />
que vai se tornando ressecado, per<strong>de</strong>ndo o po<strong>de</strong>r<<strong>br</strong> />
isolante, até que não suporte mais a tensão<<strong>br</strong> />
aplicada e produza o curto-circuito.<<strong>br</strong> />
A experiência mostra que a isolação tem uma<<strong>br</strong> />
duração praticamente ilimitada se a sua<<strong>br</strong> />
temperatura for mantida abaixo <strong>de</strong> um certo limite.<<strong>br</strong> />
Acima <strong>de</strong>ste valor, a vida útil da isolação vai se<<strong>br</strong> />
tornando cada vez mais curta, à medida que a<<strong>br</strong> />
temperatura <strong>de</strong> trabalho é mais alta. Este limite <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
temperatura é muito mais baixo que a temperatura<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> "queima" do isolante e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do tipo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
material empregado.<<strong>br</strong> />
Das curvas <strong>de</strong> variação das características dos<<strong>br</strong> />
materiais em <strong>de</strong>pendência d temperatura<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>termina-se a vida útil, que é reduzida pela<<strong>br</strong> />
meta<strong>de</strong> a cada <strong>de</strong> 8 a 10° <strong>de</strong> operação acima da<<strong>br</strong> />
temperatura nominal da classe.<<strong>br</strong> />
Esta limitação <strong>de</strong> temperatura se refere ao ponto<<strong>br</strong> />
mais quente da isolação e não necessariamente ao<<strong>br</strong> />
enrolamento todo. Evi<strong>de</strong>ntemente, basta um ponto<<strong>br</strong> />
fraco no interior da bobina para que o enrolamento<<strong>br</strong> />
fique inutilizado.<<strong>br</strong> />
7.2.3. Classes <strong>de</strong> isolamento<<strong>br</strong> />
Definição das classes:<<strong>br</strong> />
Como foi visto acima, o limite <strong>de</strong> temperatura<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do tipo <strong>de</strong> material empregado. Para fins<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> normalização, os materiais isolantes e os<<strong>br</strong> />
sistemas <strong>de</strong> isolamento (cada um formado pela<<strong>br</strong> />
combinação <strong>de</strong> vários materiais) são agrupados em<<strong>br</strong> />
Classes <strong>de</strong> Isolamento, cada qual <strong>de</strong>finida pelo<<strong>br</strong> />
respectivo limite <strong>de</strong> temperatura, ou seja, pela<<strong>br</strong> />
maior temperatura que o material po<strong>de</strong> suportar<<strong>br</strong> />
continuamente sem que seja afetada sua vida útil.<<strong>br</strong> />
As classes <strong>de</strong> isolamento utilizadas em máquinas<<strong>br</strong> />
elétricas e os respectivos limites <strong>de</strong> temperatura<<strong>br</strong> />
conforme a Norma NBR 7094 são as seguintes:<<strong>br</strong> />
Classe A (105ºC);<<strong>br</strong> />
Classe E (120ºC);<<strong>br</strong> />
Classe B (130ºC);<<strong>br</strong> />
Classe F (155ºC);<<strong>br</strong> />
Classe H (180ºC).<<strong>br</strong> />
As classes B e F são as comumente utilizadas em<<strong>br</strong> />
motores normais. Já para <strong>geradores</strong> as mais<<strong>br</strong> />
comuns são a F e H.<<strong>br</strong> />
48
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
Os <strong>geradores</strong> <strong>WEG</strong> da linha G possuem como<<strong>br</strong> />
padrão isolamento classe H e os da linha S<<strong>br</strong> />
isolamento classe F.<<strong>br</strong> />
A figura abaixo ilustra a elevação <strong>de</strong> temperatura<<strong>br</strong> />
no enrolamento so<strong>br</strong>e a temperatura do ar<<strong>br</strong> />
ambiente. Esta diferença total, comumente<<strong>br</strong> />
chamada <strong>de</strong> “Elevação <strong>de</strong> Temperatura” ou<<strong>br</strong> />
simplesmente “T”, é a soma da queda <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
temperatura interna com a queda externa.<<strong>br</strong> />
Fig. 7.2.1 - Ilustração da elevação <strong>de</strong> temperatura<<strong>br</strong> />
em uma máquina elétrica.<<strong>br</strong> />
O projeto da máquina visa reduzir a queda interna<<strong>br</strong> />
(melhorar a transferência <strong>de</strong> calor) para po<strong>de</strong>r ter<<strong>br</strong> />
uma queda externa maior possível, pois esta é que<<strong>br</strong> />
realmente ajuda a dissipar o calor. A queda interna<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> temperatura <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> diversos fatores.<<strong>br</strong> />
As relações dos pontos representados na figura<<strong>br</strong> />
acima com a temperatura, são explicadas a seguir:<<strong>br</strong> />
A Ponto mais quente do enrolamento, no interior<<strong>br</strong> />
da ranhura, on<strong>de</strong> é gerado o calor proveniente<<strong>br</strong> />
das perdas nos condutores;<<strong>br</strong> />
AB Queda <strong>de</strong> temperatura na transferência <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
calor do ponto mais quente (interior da<<strong>br</strong> />
bobina) até a parte externa da bobina. Como o<<strong>br</strong> />
ar é um péssimo condutor <strong>de</strong> calor, é<<strong>br</strong> />
importante que não haja "vazios" no interior<<strong>br</strong> />
da ranhura, isto é, as bobinas <strong>de</strong>vem ser<<strong>br</strong> />
compactas e a impregnação <strong>de</strong>ve ser perfeita;<<strong>br</strong> />
B Queda através do isolamento da ranhura e do<<strong>br</strong> />
contato <strong>de</strong>ste com os condutores <strong>de</strong> um lado e<<strong>br</strong> />
com as chapas do núcleo do outro. O emprego<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> materiais mo<strong>de</strong>rnos melhora a transmissão<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> calor através do isolante. A perfeita<<strong>br</strong> />
impregnação melhora o contato do lado<<strong>br</strong> />
interno, eliminando os espaços vazios. O bom<<strong>br</strong> />
alinhamento das chapas estampadas melhora<<strong>br</strong> />
o contato do lado externo, eliminando<<strong>br</strong> />
camadas <strong>de</strong> ar que prejudicam a transferência<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> calor;<<strong>br</strong> />
BC Queda <strong>de</strong> temperatura por transmissão através<<strong>br</strong> />
do material das chapas do núcleo;<<strong>br</strong> />
C Queda no contato entre o núcleo e a carcaça;<<strong>br</strong> />
CD Queda <strong>de</strong> temperatura por transmissão através<<strong>br</strong> />
da espessura da carcaça.<<strong>br</strong> />
Graças a um projeto mo<strong>de</strong>rno, uso <strong>de</strong> materiais<<strong>br</strong> />
avançados e processos <strong>de</strong> fa<strong>br</strong>icação aprimorados<<strong>br</strong> />
sob um permanente controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, os<<strong>br</strong> />
<strong>geradores</strong> <strong>WEG</strong> apresentam uma excelente<<strong>br</strong> />
transferência <strong>de</strong> calor do interior para a superfície,<<strong>br</strong> />
eliminando assim os "pontos quentes" no<<strong>br</strong> />
enrolamento.<<strong>br</strong> />
Temperatura externa da máquina:<<strong>br</strong> />
Era comum, antigamente, verificar o aquecimento<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> uma máquina elétrica medindo, com a mão, a<<strong>br</strong> />
temperatura externa da carcaça. Em máquinas<<strong>br</strong> />
mo<strong>de</strong>rnas este método primitivo é completamente<<strong>br</strong> />
errado.<<strong>br</strong> />
Como comentado anteriormente, os critérios<<strong>br</strong> />
mo<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> projeto procuram aprimorar a<<strong>br</strong> />
transmissão <strong>de</strong> calor internamente, <strong>de</strong> modo que a<<strong>br</strong> />
temperatura do enrolamento fique pouco acima da<<strong>br</strong> />
temperatura externa da carcaça, on<strong>de</strong> ela<<strong>br</strong> />
realmente contribui para dissipar as perdas. Em<<strong>br</strong> />
resumo, a temperatura da carcaça não dá indicação<<strong>br</strong> />
do aquecimento interno da máquina nem <strong>de</strong> sua<<strong>br</strong> />
qualida<strong>de</strong>. Uma máquina fria por fora po<strong>de</strong> ter<<strong>br</strong> />
perdas maiores e temperatura mais alta no<<strong>br</strong> />
enrolamento do que uma máquina exteriormente<<strong>br</strong> />
quente.<<strong>br</strong> />
7.2.4. Medida da temperatura do<<strong>br</strong> />
enrolamento<<strong>br</strong> />
É muito difícil medir a temperatura do enrolamento<<strong>br</strong> />
com termômetros ou termopares, pois a<<strong>br</strong> />
temperatura varia <strong>de</strong> um ponto a outro e nunca se<<strong>br</strong> />
sabe se o ponto da medição está próximo do ponto<<strong>br</strong> />
mais quente.<<strong>br</strong> />
O método mais preciso e mais confiável <strong>de</strong> se medir<<strong>br</strong> />
a temperatura <strong>de</strong> um enrolamento é através da<<strong>br</strong> />
variação <strong>de</strong> sua resistência ôhmica com a<<strong>br</strong> />
temperatura, que aproveita a proprieda<strong>de</strong> dos<<strong>br</strong> />
condutores <strong>de</strong> variar sua resistência, segundo uma<<strong>br</strong> />
lei conhecida.<<strong>br</strong> />
A elevação da temperatura pelo método da<<strong>br</strong> />
resistência, é calculada por meio da seguinte<<strong>br</strong> />
equação, para condutores <strong>de</strong> co<strong>br</strong>e:<<strong>br</strong> />
On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />
t = Elevação da temperatura do enrolamento;<<strong>br</strong> />
t1 = Temperatura do enrolamento antes do ensaio<<strong>br</strong> />
(praticamente igual a do meio refrigerante,<<strong>br</strong> />
medida por termômetro);<<strong>br</strong> />
t2 = Temperatura do enrolamento no fim do<<strong>br</strong> />
49
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
ensaio;<<strong>br</strong> />
ta = Temperatura do meio refrigerante no fim do<<strong>br</strong> />
ensaio;<<strong>br</strong> />
R1 = Resistência do enrolamento no início do<<strong>br</strong> />
ensaio;<<strong>br</strong> />
R2 = Resistência do enrolamento no fim do ensaio.<<strong>br</strong> />
234.5 = Constante térmica do material (co<strong>br</strong>e).<<strong>br</strong> />
7.2.5. Aplicação a máquinas elétricas<<strong>br</strong> />
A temperatura do ponto mais quente do<<strong>br</strong> />
enrolamento <strong>de</strong>ve ser mantida abaixo do limite da<<strong>br</strong> />
classe. A temperatura total vale a soma da<<strong>br</strong> />
temperatura ambiente já com a elevação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
temperatura (t) mais a diferença que existe entre<<strong>br</strong> />
a temperatura média do enrolamento e a do ponto<<strong>br</strong> />
mais quente.<<strong>br</strong> />
As normas <strong>de</strong> máquinas elétricas fixam a máxima<<strong>br</strong> />
elevação <strong>de</strong> temperatura (t), <strong>de</strong> modo que a<<strong>br</strong> />
temperatura do ponto mais quente fica limitada,<<strong>br</strong> />
baseada nas seguintes consi<strong>de</strong>rações:<<strong>br</strong> />
a) A temperatura ambiente é, no máximo 40ºC, por<<strong>br</strong> />
norma, e acima disso as condições <strong>de</strong> trabalho<<strong>br</strong> />
são consi<strong>de</strong>radas especiais.<<strong>br</strong> />
b) A diferença entre a temperatura média e a do<<strong>br</strong> />
ponto mais quente não varia muito <strong>de</strong> máquina<<strong>br</strong> />
para máquina e seu valor estabelecido em<<strong>br</strong> />
norma, baseado na prática é 5ºC, para as<<strong>br</strong> />
classes A e E, 10ºC para classe B e 15ºC para as<<strong>br</strong> />
classes F e H. As normas <strong>de</strong> máquinas elétricas,<<strong>br</strong> />
portanto, estabelecem um máximo para a<<strong>br</strong> />
temperatura ambiente e especificam uma<<strong>br</strong> />
elevação <strong>de</strong> temperatura máxima para cada<<strong>br</strong> />
classe <strong>de</strong> isolamento. Deste modo fica<<strong>br</strong> />
indiretamente limitada a temperatura do ponto<<strong>br</strong> />
mais quente.<<strong>br</strong> />
Os valores numéricos e a composição da<<strong>br</strong> />
temperatura admissível do ponto mais quente<<strong>br</strong> />
são indicados na Tabela 7.1.1.<<strong>br</strong> />
* Para <strong>geradores</strong> <strong>de</strong> construção naval <strong>de</strong>verão ser<<strong>br</strong> />
obe<strong>de</strong>cidos todos os <strong>de</strong>talhes particulares <strong>de</strong> cada<<strong>br</strong> />
entida<strong>de</strong> classificadora.<<strong>br</strong> />
Classe <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
Isolamento<<strong>br</strong> />
A E B F H<<strong>br</strong> />
Temperatura ambiente ºC 40 40 40 40 40<<strong>br</strong> />
t= elevaçao <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
temperatura<<strong>br</strong> />
ºC 60 75 80 100 125<<strong>br</strong> />
(método <strong>de</strong> resistência)<<strong>br</strong> />
Diferença entre o ponto<<strong>br</strong> />
mais quente e a ºC 5 5 10 15 15<<strong>br</strong> />
temperatura média<<strong>br</strong> />
Total: temperatura do<<strong>br</strong> />
ponto mais quente<<strong>br</strong> />
ºC 105 120 130 155 180<<strong>br</strong> />
Tabela 7.1.1 - Composição da temperatura em<<strong>br</strong> />
função da classe <strong>de</strong> isolamento.<<strong>br</strong> />
7.3. QUEDA DE TENSÃO<<strong>br</strong> />
7.3.1. Cálculo da queda <strong>de</strong> tensão<<strong>br</strong> />
Ao se aplicar uma carga no gerador teremos<<strong>br</strong> />
subitamente uma queda <strong>de</strong> tensão, que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da<<strong>br</strong> />
reatância do gerador, da corrente, do cosø da carga<<strong>br</strong> />
e do tipo <strong>de</strong> regulação. Os maiores problemas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
queda <strong>de</strong> tensão e recuperação <strong>de</strong> tensão ocorrem<<strong>br</strong> />
na partida <strong>de</strong> motores <strong>de</strong> indução.<<strong>br</strong> />
Durante a partida <strong>de</strong> motores <strong>de</strong> indução, o fator <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
potência é da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 0.3.<<strong>br</strong> />
Para facilitar o cálculo vamos consi<strong>de</strong>rar o cos<<strong>br</strong> />
igual a zero, bem como <strong>de</strong>sprezarmos a impedância<<strong>br</strong> />
dos cabos <strong>de</strong> alimentação e a resistência interna do<<strong>br</strong> />
gerador.<<strong>br</strong> />
Admitindo as simplificações mencionadas, o mo<strong>de</strong>lo<<strong>br</strong> />
do gerador acionando uma carga fica conforme Fig.<<strong>br</strong> />
7.3.1 abaixo.<<strong>br</strong> />
XA<<strong>br</strong> />
Gerador<<strong>br</strong> />
U<<strong>br</strong> />
U =<<strong>br</strong> />
XA<<strong>br</strong> />
XA + Xm<<strong>br</strong> />
XA = Reatância do gerador<<strong>br</strong> />
Xm = Reatância do motor<<strong>br</strong> />
XA e Xm em pu (por unida<strong>de</strong>)<<strong>br</strong> />
Xm<<strong>br</strong> />
Fig. 7.3.1 - Impedância para um Gerador Síncrono<<strong>br</strong> />
(modo simplificado).<<strong>br</strong> />
Em função da variação da carga a reatância do<<strong>br</strong> />
gerador varia com o tempo (Xd”, Xd' e Xd conforme<<strong>br</strong> />
as constantes <strong>de</strong> tempo próprias da máquina) como<<strong>br</strong> />
mostrado no ítem 2.5.<<strong>br</strong> />
Na fig. 7.3.2 é mostrada a variação da tensão em<<strong>br</strong> />
função do tempo (valores médios ilustrativos). As<<strong>br</strong> />
curvas mostradas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> parâmetros do<<strong>br</strong> />
gerador e do tempo <strong>de</strong> resposta da excitação e do<<strong>br</strong> />
sistema <strong>de</strong> regulação.<<strong>br</strong> />
50
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
zero.<<strong>br</strong> />
7.3.2. Influência do fator <strong>de</strong> potência<<strong>br</strong> />
Se houver necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se calcular a queda <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
tensão para cosø diferente <strong>de</strong> zero <strong>de</strong>vemos utilizar<<strong>br</strong> />
o gráfico da fig. 7.3.3.<<strong>br</strong> />
Neste gráfico, po<strong>de</strong>mos encontrar o valor <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
correção "x" (em função do cos e reatância do<<strong>br</strong> />
gerador) que <strong>de</strong>verá ser multiplicado pelo U<<strong>br</strong> />
calculado para cos = 0.<<strong>br</strong> />
U (cos qualquer) = x . U (cos = 0).<<strong>br</strong> />
Fig. 7.3.2 - Variação da Tensão em Função do<<strong>br</strong> />
Tempo.<<strong>br</strong> />
O cálculo da queda <strong>de</strong> tensão torna-se complexo se<<strong>br</strong> />
levarmos em consi<strong>de</strong>ração a variação da reatância<<strong>br</strong> />
no tempo.<<strong>br</strong> />
Po<strong>de</strong>mos chegar a valores muito próximos da<<strong>br</strong> />
realida<strong>de</strong> se consi<strong>de</strong>rarmos no cálculo da queda <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
tensão a reatância transitória (Xd'), para<<strong>br</strong> />
máquinas com excitatriz e regulador eletrônico<<strong>br</strong> />
(<strong>br</strong>ushless), e a reatância subtransitória (Xd")<<strong>br</strong> />
para máquinas com excitação estática (com<<strong>br</strong> />
escovas).<<strong>br</strong> />
A equação da queda <strong>de</strong> tensão fica então:<<strong>br</strong> />
XA<<strong>br</strong> />
U =<<strong>br</strong> />
XA+ Xm<<strong>br</strong> />
*<<strong>br</strong> />
d<<strong>br</strong> />
U% =<<strong>br</strong> />
X<<strong>br</strong> />
*<<strong>br</strong> />
1+ X d<<strong>br</strong> />
.100<<strong>br</strong> />
Ou <strong>de</strong> forma genérica, para qualquer valor <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
reatância do gerador e relação Ip/In (corrente <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
partida do motor / corrente nominal do gerador),<<strong>br</strong> />
vale a relação:<<strong>br</strong> />
*<<strong>br</strong> />
On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />
X*d -<<strong>br</strong> />
X*d -<<strong>br</strong> />
[ d .(Ip/In)]<<strong>br</strong> />
U% =<<strong>br</strong> />
X<<strong>br</strong> />
*<<strong>br</strong> />
1+ [ X d .(Ip/In)]<<strong>br</strong> />
.100<<strong>br</strong> />
Xd' (em pu) em máquinas com excitatriz e<<strong>br</strong> />
regulador eletrônico <strong>de</strong> tensão (<strong>geradores</strong><<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>ushless).<<strong>br</strong> />
Xd" (em pu) em máquinas com excitatriz<<strong>br</strong> />
estática (<strong>geradores</strong> com escovas).<<strong>br</strong> />
Ip - corrente <strong>de</strong> partida do motor (em<<strong>br</strong> />
ampères).<<strong>br</strong> />
In - corrente nominal do gerador (em ampères).<<strong>br</strong> />
A tabela 7.3.1 mostra o valor <strong>de</strong> Queda <strong>de</strong> Tensão<<strong>br</strong> />
(ΔU) em função <strong>de</strong> X*d e Ip/In para cos igual a<<strong>br</strong> />
A queda <strong>de</strong> tensão, como po<strong>de</strong> ser visto na curva,<<strong>br</strong> />
irá reduzir quando o fator <strong>de</strong> potência crescer.<<strong>br</strong> />
7.3.3. Influência da carga inicial<<strong>br</strong> />
As cargas iniciais em <strong>geradores</strong> po<strong>de</strong>m ser<<strong>br</strong> />
agrupadas em três tipos:<<strong>br</strong> />
- Impedância constante;<<strong>br</strong> />
- kVA constante;<<strong>br</strong> />
- Corrente constante.<<strong>br</strong> />
A corrente do gerador reduzirá proporcionalmente à<<strong>br</strong> />
tensão do gerador, quando este estiver sob uma<<strong>br</strong> />
carga do tipo impedância constante.<<strong>br</strong> />
Conseqüentemente este efeito reduzirá a queda <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
tensão. Para efeito <strong>de</strong> cálculo po<strong>de</strong>rá ser<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>sprezado.<<strong>br</strong> />
Exemplos <strong>de</strong> carga tipo impedância constante:<<strong>br</strong> />
lâmpadas incan<strong>de</strong>scentes, aquecedores resistivos,<<strong>br</strong> />
resistores.<<strong>br</strong> />
Quando se têm cargas do tipo kVA constante, em<<strong>br</strong> />
regime, na redução da tensão teremos um aumento<<strong>br</strong> />
da corrente, ocasionando conseqüentemente um<<strong>br</strong> />
aumento da queda <strong>de</strong> tensão.<<strong>br</strong> />
Um exemplo <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> carga são motores <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
indução. A variação da corrente (i) em motores <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
indução, em regime, em relação à tensão em seus<<strong>br</strong> />
terminais, po<strong>de</strong> ser obtida na curva da fig 7.3.4<<strong>br</strong> />
Quando um gerador estiver alimentando um motor<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> indução que estará partindo e houver um outro<<strong>br</strong> />
motor já conectado nos terminais do gerador, em<<strong>br</strong> />
regime, a variação <strong>de</strong> corrente no motor em regime<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>verá ser adicionada à corrente <strong>de</strong> partida do<<strong>br</strong> />
motor que estiver partindo. Apesar dos fatores <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
potência serem diferentes, consi<strong>de</strong>ra-se, <strong>de</strong> forma<<strong>br</strong> />
pessimista, iguais.<<strong>br</strong> />
Ao se combinar cargas do tipo kVA constante e<<strong>br</strong> />
51
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
impedância constante, obtemos cargas do tipo<<strong>br</strong> />
corrente constante, pois seus efeitos individuais são<<strong>br</strong> />
contrários com tendência <strong>de</strong> se anularem.<<strong>br</strong> />
Depen<strong>de</strong>ndo dos valores individuais <strong>de</strong>ssas cargas,<<strong>br</strong> />
a queda <strong>de</strong> tensão não provocaria variações <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
corrente e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo até do caso não haveria<<strong>br</strong> />
queda <strong>de</strong> tensão.<<strong>br</strong> />
Estes tipos <strong>de</strong> cargas (combinadas) po<strong>de</strong>mos<<strong>br</strong> />
consi<strong>de</strong>rar como os mais comuns.<<strong>br</strong> />
Po<strong>de</strong>mos utilizar, para o cálculo da queda <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
tensão, com cos = 0, a tabela 7.3.1.<<strong>br</strong> />
Fig 7.3.3 – Curvas para obtenção do Fator <strong>de</strong> Correção <strong>de</strong> U em função do Cos e Reatância do gerador.<<strong>br</strong> />
Fig 7.3.4 – Variação <strong>de</strong> corrente (i) para motores <strong>de</strong> indução em regime (operação), em função da variação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
tensão nos seus terminais.<<strong>br</strong> />
52
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
QUEDA DE TENSÃO (U) EM GERADORES SÍNCRONOS<<strong>br</strong> />
X*d<<strong>br</strong> />
[pu]<<strong>br</strong> />
QUEDA DE TENSÃO (U) PARA cos φ = 0 [pu]<<strong>br</strong> />
Ip/In<<strong>br</strong> />
0.200 0.400 0.600 0.800 1.000 1.200 1.400 1.600 1.800 2.000 2.200 2.400 2.600 2.800 3.000<<strong>br</strong> />
0.050 0.010 0.020 0.029 0.038 0.048 0.057 0.065 0.074 0.083 0.091 0.099 0.107 0.115 0.123 0.130<<strong>br</strong> />
0.060 0.012 0.023 0.035 0.046 0.057 0.067 0.077 0.088 0.097 0.107 0.117 0.126 0.135 0.144 0.153<<strong>br</strong> />
0.070 0.014 0.027 0.040 0.053 0.065 0.077 0.089 0.101 0.112 0.123 0.133 0.144 0.154 0.164 0.174<<strong>br</strong> />
0.080 0.016 0.031 0.046 0.060 0.074 0.088 0.101 0.113 0.126 0.138 0.150 0.161 0.172 0.183 0.194<<strong>br</strong> />
0.090 0.018 0.035 0.051 0.067 0.083 0.097 0.112 0.126 0.139 0.153 0.165 0.178 0.190 0.201 0.213<<strong>br</strong> />
0.100 0.020 0.038 0.057 0.074 0.091 0.107 0.123 0.138 0.153 0.167 0.180 0.194 0.206 0.219 0.231<<strong>br</strong> />
0.110 0.022 0.042 0.062 0.081 0.099 0.117 0.133 0.150 0.165 0.180 0.195 0.209 0.222 0.235 0.248<<strong>br</strong> />
0.120 0.023 0.046 0.067 0.088 0.107 0.126 0.144 0.161 0.178 0.194 0.209 0.224 0.238 0.251 0.265<<strong>br</strong> />
0.130 0.025 0.049 0.072 0.094 0.115 0.135 0.154 0.172 0.190 0.206 0.222 0.238 0.253 0.267 0.281<<strong>br</strong> />
0.140 0.027 0.053 0.077 0.101 0.123 0.144 0.164 0.183 0.201 0.219 0.235 0.251 0.267 0.282 0.296<<strong>br</strong> />
0.150 0.029 0.057 0.083 0.107 0.130 0.153 0.174 0.194 0.213 0.231 0.248 0.265 0.281 0.296 0.310<<strong>br</strong> />
0.160 0.031 0.060 0.088 0.113 0.138 0.161 0.183 0.204 0.224 0.242 0.260 0.277 0.294 0.309 0.324<<strong>br</strong> />
0.170 0.033 0.064 0.093 0.120 0.145 0.169 0.192 0.214 0.234 0.254 0.272 0.290 0.307 0.322 0.338<<strong>br</strong> />
0.180 0.035 0.067 0.097 0.126 0.153 0.178 0.201 0.224 0.245 0.265 0.284 0.302 0.319 0.335 0.351<<strong>br</strong> />
0.190 0.037 0.071 0.102 0.132 0.160 0.186 0.210 0.233 0.255 0.275 0.295 0.313 0.331 0.347 0.363<<strong>br</strong> />
0.200 0.038 0.074 0.107 0.138 0.167 0.194 0.219 0.242 0.265 0.286 0.306 0.324 0.342 0.359 0.375<<strong>br</strong> />
0.210 0.040 0.077 0.112 0.144 0.174 0.201 0.227 0.251 0.274 0.296 0.316 0.335 0.353 0.370 0.387<<strong>br</strong> />
0.220 0.042 0.081 0.117 0.150 0.180 0.209 0.235 0.260 0.284 0.306 0.326 0.346 0.364 0.381 0.398<<strong>br</strong> />
0.230 0.044 0.084 0.121 0.155 0.187 0.216 0.244 0.269 0.293 0.315 0.336 0.356 0.374 0.392 0.408<<strong>br</strong> />
0.240 0.046 0.088 0.126 0.161 0.194 0.224 0.251 0.277 0.302 0.324 0.346 0.365 0.384 0.402 0.419<<strong>br</strong> />
0.250 0.048 0.091 0.130 0.167 0.200 0.231 0.259 0.286 0.310 0.333 0.355 0.375 0.394 0.412 0.429<<strong>br</strong> />
0.260 0.049 0.094 0.135 0.172 0.206 0.238 0.267 0.294 0.319 0.342 0.364 0.384 0.403 0.421 0.438<<strong>br</strong> />
0.270 0.051 0.097 0.139 0.178 0.213 0.245 0.274 0.302 0.327 0.351 0.373 0.393 0.412 0.431 0.448<<strong>br</strong> />
0.280 0.053 0.101 0.144 0.183 0.219 0.251 0.282 0.309 0.335 0.359 0.381 0.402 0.421 0.439 0.457<<strong>br</strong> />
0.290 0.055 0.104 0.148 0.188 0.225 0.258 0.289 0.317 0.343 0.367 0.389 0.410 0.430 0.448 0.465<<strong>br</strong> />
0.300 0.057 0.107 0.153 0.194 0.231 0.265 0.296 0.324 0.351 0.375 0.398 0.419 0.438 0.457 0.474<<strong>br</strong> />
0.310 0.058 0.110 0.157 0.199 0.237 0.271 0.303 0.332 0.358 0.383 0.405 0.427 0.446 0.465 0.482<<strong>br</strong> />
0.320 0.060 0.113 0.161 0.204 0.242 0.277 0.309 0.339 0.365 0.390 0.413 0.434 0.454 0.473 0.490<<strong>br</strong> />
0.330 0.062 0.117 0.165 0.209 0.248 0.284 0.316 0.346 0.373 0.398 0.421 0.442 0.462 0.480 0.497<<strong>br</strong> />
0.340 0,064 0.120 0.169 0.214 0.254 0.290 0.322 0.352 0.380 0.405 0.428 0.449 0.469 0.488 0.505<<strong>br</strong> />
0.350 0.065 0.123 0.174 0.219 0.259 0.296 0.329 0.359 0.387 0.412 0.435 0.457 0.476 0.495 0.512<<strong>br</strong> />
0.360 0.067 0.126 0.178 0.224 0.265 0.302 0.335 0.365 0.393 0.419 0.442 0.464 0.483 0.502 0.519<<strong>br</strong> />
0.370 0.069 0.129 0.182 0.228 0.270 0.307 0.341 0.372 0.400 0.425 0.449 0.470 0.490 0.509 0.526<<strong>br</strong> />
0.380 0.071 0.132 0.186 0.233 0.275 0.313 0.347 0.378 0.406 0.432 0.455 0.477 0.497 0.516 0.533<<strong>br</strong> />
0.390 0.072 0.135 0.190 0.238 0.281 0.319 0.353 0.384 0.412 0.438 0.462 0.483 0.503 0.522 0.539<<strong>br</strong> />
0.400 0.074 0.138 0.194 0.242 0.286 0.324 0.359 0.390 0.419 0.444 0.468 0.490 0.510 0.528 0.545<<strong>br</strong> />
Tabela 7.3.1 - Queda <strong>de</strong> Tensão em Geradores Síncronos.<<strong>br</strong> />
On<strong>de</strong>: Ip = Corrente <strong>de</strong> Partida do Motor (em ampères)<<strong>br</strong> />
In = Corrente Nominal do Gerador (em ampères)<<strong>br</strong> />
X*d = Xd' para máquinas com excitatriz e regulador eletrônico <strong>de</strong> tensão (<strong>geradores</strong> <strong>br</strong>ushless) ou Xd"<<strong>br</strong> />
para máquinas com excitatriz estática (<strong>geradores</strong> com escovas).<<strong>br</strong> />
53
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
7.3.4. Limitações na partida <strong>de</strong> motores<<strong>br</strong> />
Consi<strong>de</strong>ramos como limite da corrente na partida <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
um motor <strong>de</strong> indução o valor <strong>de</strong> até 2.5 x Inominal<<strong>br</strong> />
do gerador. Acima <strong>de</strong>ste valor a queda <strong>de</strong> tensão<<strong>br</strong> />
residual torna-se gran<strong>de</strong> e o tempo <strong>de</strong> permanência<<strong>br</strong> />
(limite térmico) é pequeno, como mostrado no<<strong>br</strong> />
gráfico da fig. 7.4.1, po<strong>de</strong>ndo ser inferior ao tempo<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> partida do motor. No caso específico <strong>de</strong> 2.0 x In<<strong>br</strong> />
o tempo <strong>de</strong> so<strong>br</strong>ecarga, como po<strong>de</strong> ser visto no<<strong>br</strong> />
gráfico, é 20-30s.<<strong>br</strong> />
Para reduzir a corrente <strong>de</strong> partida <strong>de</strong> motores <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
indução, normalmente são utilizados dispositivos do<<strong>br</strong> />
tipo partida estrela triângulo ou chave<<strong>br</strong> />
compensadora.<<strong>br</strong> />
A variação da corrente <strong>de</strong> partida em relação à<<strong>br</strong> />
tensão na partida po<strong>de</strong> ser vista na curva da fig.<<strong>br</strong> />
7.3.5. (Constante K1). Esta redução na corrente<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>verá ser levada em consi<strong>de</strong>ração no cálculo da<<strong>br</strong> />
queda <strong>de</strong> tensão.<<strong>br</strong> />
Outro fator também a ser levado em conta é a<<strong>br</strong> />
potência da máquina acionante, normalmente<<strong>br</strong> />
dimensionada cosø = 0.8, on<strong>de</strong> a potência útil (kW)<<strong>br</strong> />
= 0.8 x potência aparente (kVA).<<strong>br</strong> />
A queda <strong>de</strong> tensão resultante na partida <strong>de</strong> motores<<strong>br</strong> />
po<strong>de</strong>rá tornar o motor não apto para acionar a<<strong>br</strong> />
carga. Nas curvas da fig. 7.3.5 po<strong>de</strong>rá ser verificada<<strong>br</strong> />
a redução do conjugado (torque) no motor com a<<strong>br</strong> />
queda <strong>de</strong> tensão (Constante K2). Deverá ser<<strong>br</strong> />
analisado o tipo <strong>de</strong> carga a ser acionada, obtendose<<strong>br</strong> />
o valor mínimo <strong>de</strong> conjugado, e<<strong>br</strong> />
conseqüentemente, o limite da queda <strong>de</strong> tensão.<<strong>br</strong> />
No caso do uso <strong>de</strong> <strong>geradores</strong> em paralelo a<<strong>br</strong> />
reatância total <strong>de</strong>ve ser calculada pela expressão:<<strong>br</strong> />
I<<strong>br</strong> />
Xd<<strong>br</strong> />
T<<strong>br</strong> />
*<<strong>br</strong> />
T<<strong>br</strong> />
=<<strong>br</strong> />
I<<strong>br</strong> />
Xd<<strong>br</strong> />
G1<<strong>br</strong> />
*<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
+<<strong>br</strong> />
I<<strong>br</strong> />
Xd<<strong>br</strong> />
G2<<strong>br</strong> />
*<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
+... +<<strong>br</strong> />
I<<strong>br</strong> />
Xd<<strong>br</strong> />
Gn<<strong>br</strong> />
*<<strong>br</strong> />
n<<strong>br</strong> />
On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />
Xd T* -<<strong>br</strong> />
Xd 1* ....n - reatância <strong>de</strong> cada gerador ligado em<<strong>br</strong> />
paralelo.<<strong>br</strong> />
I T - corrente total dos <strong>geradores</strong> em paralelo.<<strong>br</strong> />
I G1...n - Corrente nominal <strong>de</strong> cada gerador ligado em<<strong>br</strong> />
paralelo.<<strong>br</strong> />
OBS: Se forem utilizados dois <strong>geradores</strong> iguais em<<strong>br</strong> />
paralelo, a reatância total é igual a reatância<<strong>br</strong> />
individual dos <strong>geradores</strong>.<<strong>br</strong> />
Fig 7.3.5 - Fatores <strong>de</strong> Redução da Corrente (K1) e Conjugado (K2) em motores <strong>de</strong> indução na partida em função<<strong>br</strong> />
da redução <strong>de</strong> tensão nos seus terminais.<<strong>br</strong> />
54
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
7.3.5. EXEMPLO DE CÁLCULO DE QUEDA DE<<strong>br</strong> />
TENSÃO EM GERADORES ENVOLVENDO<<strong>br</strong> />
VÁRIOS MOTORES (UTILIZANDO LINHA G i-<<strong>br</strong> />
PLUS)<<strong>br</strong> />
Dados necessários:<<strong>br</strong> />
a) Gerador AG10250SI20AI, 292 kVA, 440V<<strong>br</strong> />
Xd'=18.39% (Xd’=0.1839pu);<<strong>br</strong> />
b) Motores <strong>de</strong> indução:<<strong>br</strong> />
b.1) 100cv - 04 pólos - 440V - In=120A - Ip=1056A<<strong>br</strong> />
b.2) 75cv - 04 pólos - 440V - In=87.5A - Ip=647.5A<<strong>br</strong> />
b.3) 25cv - 04 pólos - 440V - In=31.5A - Ip=271A<<strong>br</strong> />
c) Condição <strong>de</strong> recebimento <strong>de</strong> carga do gerador:<<strong>br</strong> />
c.1) Primeiramente parte o motor <strong>de</strong> 100cv<<strong>br</strong> />
utilizando chave compensadora no TAP <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
65%<<strong>br</strong> />
c.2) Outra condição seria a partida (no TAP <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
65%) do motor <strong>de</strong> 75cv, consi<strong>de</strong>rando que os<<strong>br</strong> />
motores <strong>de</strong> 100 e 25cv já partiram e estejam<<strong>br</strong> />
em funcionamento.<<strong>br</strong> />
SOLUÇÃO:<<strong>br</strong> />
Cálculo da corrente nominal do gerador:<<strong>br</strong> />
292000<<strong>br</strong> />
Ig = = 383<<strong>br</strong> />
A<<strong>br</strong> />
3 .440<<strong>br</strong> />
I - Cálculo da queda <strong>de</strong> tensão provocada<<strong>br</strong> />
pela partida do motor <strong>de</strong> 100cv (através<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> chave compensadora no Tap 65%)<<strong>br</strong> />
consi<strong>de</strong>rando os motores <strong>de</strong> 25 e 75cv<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>sligados:<<strong>br</strong> />
Inominal motor = 120A<<strong>br</strong> />
Ipartida motor = 1056A<<strong>br</strong> />
Obs: Supor queda <strong>de</strong> tensão <strong>de</strong> 15% no gerador<<strong>br</strong> />
(estimativa inicial).<<strong>br</strong> />
Utilizando chave compensadora no TAP 65 % e<<strong>br</strong> />
consi<strong>de</strong>rando uma queda <strong>de</strong> tensão inicial <strong>de</strong> 15%<<strong>br</strong> />
no gerador, a redução total <strong>de</strong> tensão nos bornes<<strong>br</strong> />
do motor é:<<strong>br</strong> />
(1-0,15) x 0,65 = 0,85 x 0,65 = 0,55<<strong>br</strong> />
Do gráfico da fig. 5.3.5, com 0,55 <strong>de</strong> redução <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
tensão, obtemos a constante <strong>de</strong> redução <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
corrente (K1):<<strong>br</strong> />
K1 = 0,45<<strong>br</strong> />
Assim, a corrente <strong>de</strong> partida do motor em seus<<strong>br</strong> />
terminais fica:<<strong>br</strong> />
IPmotor 65% = IPmotor 100% x K1<<strong>br</strong> />
IPmotor 65% = 1056 x 0,45 = 475A<<strong>br</strong> />
Mas, em se tratando da chave compensadora,<<strong>br</strong> />
teremos que referir a corrente <strong>de</strong> partida do motor<<strong>br</strong> />
(secundário da chave compensadora) ao gerador<<strong>br</strong> />
(primário da chave compensadora), obtendo-se<<strong>br</strong> />
então IPmotor ref<<strong>br</strong> />
IP prim IPmotor<<strong>br</strong> />
ref.<<strong>br</strong> />
= = 0,65<<strong>br</strong> />
I sec IPmotor 65%<<strong>br</strong> />
IPmotor<<strong>br</strong> />
ref. = IPmotor<<strong>br</strong> />
65% .0,65<<strong>br</strong> />
IPmotor<<strong>br</strong> />
ref.= 475 .0,65= 309 A<<strong>br</strong> />
Então, nos bornes do gerador, fazendo a relação da<<strong>br</strong> />
corrente <strong>de</strong> partida do motor referida, pela corrente<<strong>br</strong> />
nominal do gerador (IP/IN):<<strong>br</strong> />
IP<<strong>br</strong> />
motor ref<<strong>br</strong> />
I<<strong>br</strong> />
g<<strong>br</strong> />
309<<strong>br</strong> />
= = 0,<<strong>br</strong> />
8068<<strong>br</strong> />
383<<strong>br</strong> />
Teremos uma queda <strong>de</strong> tensão <strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />
[X d<<strong>br</strong> />
. IP/IN]<<strong>br</strong> />
V =<<strong>br</strong> />
.100<<strong>br</strong> />
1+ [X d<<strong>br</strong> />
. IP/IN]<<strong>br</strong> />
[ 01839 , . 0,<<strong>br</strong> />
8068]<<strong>br</strong> />
V =<<strong>br</strong> />
. 100=<<strong>br</strong> />
12,<<strong>br</strong> />
92%<<strong>br</strong> />
1+ [ 01839 , . 0,<<strong>br</strong> />
8068]<<strong>br</strong> />
Refazendo o cálculo (1º iteração) para queda <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
tensão no gerador <strong>de</strong> 5,85%, temos:<<strong>br</strong> />
Redução total <strong>de</strong> tensão:<<strong>br</strong> />
0,65 x (1- 0,1291) = 0,56<<strong>br</strong> />
Constante <strong>de</strong> redução total <strong>de</strong> corrente (K1) <strong>de</strong>vido<<strong>br</strong> />
à redução da tensão (0,61):<<strong>br</strong> />
K1 = 0,46<<strong>br</strong> />
IP motor 65% = IP motor 100% x K1<<strong>br</strong> />
IP motor 65% = 1056 x 0,46 = 485,76A<<strong>br</strong> />
Corrente <strong>de</strong> partida referida ao primário da chave<<strong>br</strong> />
compensadora (bornes do gerador) e relação IP/IN<<strong>br</strong> />
ref. = IPmotor<<strong>br</strong> />
.0,65<<strong>br</strong> />
485 ,76 .0,65= 315,<<strong>br</strong> />
IPmotor<<strong>br</strong> />
65%<<strong>br</strong> />
IPmotor ref.=<<strong>br</strong> />
74<<strong>br</strong> />
IP<<strong>br</strong> />
Ig<<strong>br</strong> />
motor ref.<<strong>br</strong> />
315,74<<strong>br</strong> />
= = 0,<<strong>br</strong> />
8244<<strong>br</strong> />
383<<strong>br</strong> />
Assim, com o valor <strong>de</strong> queda da 1° iteração,<<strong>br</strong> />
teremos uma queda <strong>de</strong> tensão <strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />
X d<<strong>br</strong> />
. IP/IN<<strong>br</strong> />
V =<<strong>br</strong> />
.100<<strong>br</strong> />
1+ [X d<<strong>br</strong> />
. IP/IN]<<strong>br</strong> />
0,1839<<strong>br</strong> />
0,8244<<strong>br</strong> />
V <<strong>br</strong> />
100<<strong>br</strong> />
13,16%<<strong>br</strong> />
1 0,1839 0,8244<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
II - Cálculo da queda <strong>de</strong> tensão provocada<<strong>br</strong> />
pela partida do motor <strong>de</strong> 75cv (através <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
chave compensadora no Tap 65%),<<strong>br</strong> />
consi<strong>de</strong>rando que os motores <strong>de</strong> 100 e<<strong>br</strong> />
25cv já estejam em funcionamento.<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
A<<strong>br</strong> />
55
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
II.1 - Contribuição individual do motor <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
75cv (IN=87,5A - IP=647,5A).<<strong>br</strong> />
Supondo uma queda <strong>de</strong> tensão inicial <strong>de</strong> 15% e<<strong>br</strong> />
utilizando chave compensadora no TAP 65%:<<strong>br</strong> />
(1-0,15) x 0,65 = 0,85 x 0,65 = 0,55<<strong>br</strong> />
Então, da Fig. 5.3.5: K1=0,45<<strong>br</strong> />
Corrente <strong>de</strong> partida do motor referida ao primário<<strong>br</strong> />
da chave compensadora (terminais do gerador):<<strong>br</strong> />
IPmotor<<strong>br</strong> />
65%ref.= 647,5 .0,45 .0,65<<strong>br</strong> />
IPmotor<<strong>br</strong> />
65%ref.= 189A<<strong>br</strong> />
Relação IP/IN nos terminais do gerador:<<strong>br</strong> />
IP<<strong>br</strong> />
motor 65% ref.<<strong>br</strong> />
Ig<<strong>br</strong> />
189<<strong>br</strong> />
=<<strong>br</strong> />
383 = 0,493<<strong>br</strong> />
A queda <strong>de</strong> tensão que ocorrerá, consi<strong>de</strong>rando<<strong>br</strong> />
somente a partida do motor <strong>de</strong> 75cv será:<<strong>br</strong> />
0,1839.0,493<<strong>br</strong> />
V =<<strong>br</strong> />
.100<<strong>br</strong> />
1+ [ 0,1839.0,493 ]<<strong>br</strong> />
V = 8, 31%<<strong>br</strong> />
II.2 - Contribuição dos motores <strong>de</strong> 100 e<<strong>br</strong> />
25cv quando da partida do motor <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
75cv:<<strong>br</strong> />
NOTA: O processo <strong>de</strong> cálculo é iterativo e segue o<<strong>br</strong> />
roteiro mostrado abaixo:<<strong>br</strong> />
II.2.1 - Valor suposto <strong>de</strong> queda = 15%.<<strong>br</strong> />
Do gráfico da fig. 5.3.4, obtemos o<<strong>br</strong> />
incremento <strong>de</strong> corrente dos motores<<strong>br</strong> />
em carga para uma redução <strong>de</strong> tensão<<strong>br</strong> />
em seus terminais <strong>de</strong> 15%. Para o<<strong>br</strong> />
caso em questão temos i = 26% (=<<strong>br</strong> />
0,26).<<strong>br</strong> />
Logo, os acréscimos <strong>de</strong> corrente dos motores serão:<<strong>br</strong> />
Motor <strong>de</strong> 100cv (IN=120A para 440V):<<strong>br</strong> />
Acréscimo = i . 120 = 0,26 . 120<<strong>br</strong> />
Acréscimo = 31,2A<<strong>br</strong> />
i do motor <strong>de</strong> 100cv:<<strong>br</strong> />
Acréscimo 31,2<<strong>br</strong> />
i (M100)= =<<strong>br</strong> />
Ig 383<<strong>br</strong> />
i(M100) = 0,0815<<strong>br</strong> />
Motor <strong>de</strong> 25cv (IN=31,5A para 440V):<<strong>br</strong> />
Acréscimo = i . 31,5 = 0,26 . 31,5<<strong>br</strong> />
Acréscimo = 8,2 A<<strong>br</strong> />
i do motor <strong>de</strong> 25cv:<<strong>br</strong> />
8,2<<strong>br</strong> />
i (M25)=<<strong>br</strong> />
383 = 0,0214<<strong>br</strong> />
Cálculo do IP/IN total:<<strong>br</strong> />
IP IP<<strong>br</strong> />
= (M75)+ i(M100)+ i(M25)<<strong>br</strong> />
IN Ig<<strong>br</strong> />
IP<<strong>br</strong> />
= 0 ,493+<<strong>br</strong> />
0,0815+<<strong>br</strong> />
0,0214<<strong>br</strong> />
IN<<strong>br</strong> />
IP<<strong>br</strong> />
= 0,<<strong>br</strong> />
IN<<strong>br</strong> />
IP/IN total: 5959<<strong>br</strong> />
0,1839.0,5959<<strong>br</strong> />
V =<<strong>br</strong> />
.100<<strong>br</strong> />
1+ [ 0,1839.0,5959 ]<<strong>br</strong> />
V = 9, 88%<<strong>br</strong> />
Como supomos V = 15% e resultou numa queda<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> 9,88% refaremos o cálculo:<<strong>br</strong> />
II.2.2 - Admitindo agora a queda <strong>de</strong> tensão V =<<strong>br</strong> />
9,88%, da fig. 7.3.4: i = 15% (=0,15)<<strong>br</strong> />
Acréscimos <strong>de</strong> corrente nos motores:<<strong>br</strong> />
(1-0,10) x 0,65 = 0,90 x 0,65 = 0,585 ; K1=0,49<<strong>br</strong> />
motor 49 .0,65 = 206,22A<<strong>br</strong> />
IP 65%ref.= 647,5 .0,<<strong>br</strong> />
IP 206,22<<strong>br</strong> />
(M75) 0,5384<<strong>br</strong> />
Ig 383<<strong>br</strong> />
IP IP<<strong>br</strong> />
=<<strong>br</strong> />
IN Ig<<strong>br</strong> />
(M75)+ i(M100)+ i(M25)<<strong>br</strong> />
IP 120.0,15<<strong>br</strong> />
31,5.0,15 <<strong>br</strong> />
= 0 ,5384+<<strong>br</strong> />
+ <<strong>br</strong> />
IN 383 383 <<strong>br</strong> />
IP<<strong>br</strong> />
= 0,5384<<strong>br</strong> />
0,047 0,01234<<strong>br</strong> />
0.5977<<strong>br</strong> />
IN<<strong>br</strong> />
0,1839 . 0,5977<<strong>br</strong> />
V =<<strong>br</strong> />
.100<<strong>br</strong> />
1+ [ 0,1839 . 0,5977]<<strong>br</strong> />
V = 9, 90%<<strong>br</strong> />
Logo, V estipulado V calculado.<<strong>br</strong> />
Po<strong>de</strong>remos encerrar o cálculo.<<strong>br</strong> />
Indicação: Recalcular queda <strong>de</strong> tensão com mo<strong>de</strong>lo<<strong>br</strong> />
inferior, para verificar se é possível escolha mais<<strong>br</strong> />
econômica.<<strong>br</strong> />
CONCLUSÃO: Po<strong>de</strong>mos observar que, para este<<strong>br</strong> />
caso, a contribuição dos motores já em<<strong>br</strong> />
funcionamento não causou um acréscimo muito<<strong>br</strong> />
significativo na queda <strong>de</strong> tensão geral.<<strong>br</strong> />
56
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
7.4. SOBRECARGA<<strong>br</strong> />
Segundo as normas VDE 530 ou ABNT os <strong>geradores</strong><<strong>br</strong> />
síncronos <strong>de</strong>vem fornecer 1,5 vezes a corrente<<strong>br</strong> />
nominal durante 15 segundos. Neste caso, através<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> sua regulagem, <strong>de</strong>ve-se manter a tensão muito<<strong>br</strong> />
próxima da nominal.<<strong>br</strong> />
Para utilização a bordo <strong>de</strong> navios, os <strong>geradores</strong><<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>vem fornecer 1,5 vezes a corrente nominal,<<strong>br</strong> />
durante 2 minutos.<<strong>br</strong> />
Nos <strong>geradores</strong> Industriais, a so<strong>br</strong>ecarga admissível<<strong>br</strong> />
é <strong>de</strong> 1,1 vezes a corrente nominal durante 1 hora.<<strong>br</strong> />
A so<strong>br</strong>ecarga momentânea em função da corrente,<<strong>br</strong> />
para máquinas padrões (<strong>de</strong> catálogo) – valores<<strong>br</strong> />
orientativos - é mostrada na fig.5.4.1.<<strong>br</strong> />
Fig 7.4.1 - Curva <strong>de</strong> So<strong>br</strong>ecarga Momentânea em função da Corrente (para máquinas normais, valores<<strong>br</strong> />
orientativos).<<strong>br</strong> />
7.5. SOBREVELOCIDADE<<strong>br</strong> />
As máquinas síncronas estão aptas, segundo a<<strong>br</strong> />
norma NBR 5052, a resistir a 1,2 vezes a velocida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
nominal durante 2 minutos. Nesta condição a<<strong>br</strong> />
máquina po<strong>de</strong>rá ou não estar excitada.<<strong>br</strong> />
7.6. CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO<<strong>br</strong> />
Sempre que se fizer uma conexão entre dois pontos<<strong>br</strong> />
com potenciais diferentes e baixa resistência<<strong>br</strong> />
teremos um curto-circuito. Em regra geral, este<<strong>br</strong> />
aci<strong>de</strong>nte normalmente é prejudicial ao circuito<<strong>br</strong> />
elétrico.<<strong>br</strong> />
As correntes <strong>de</strong> curto-circuito nos <strong>geradores</strong> po<strong>de</strong>m<<strong>br</strong> />
ser calculadas consi<strong>de</strong>rando as reatâncias com seus<<strong>br</strong> />
valores em percentual.<<strong>br</strong> />
A corrente <strong>de</strong> curto-circuito máxima trifásica po<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
ser calculada pela seguinte expressão:<<strong>br</strong> />
2,55 x If<<strong>br</strong> />
Icc Max= x 100 (A)<<strong>br</strong> />
On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />
Xd'' em %<<strong>br</strong> />
If – corrente <strong>de</strong> fase<<strong>br</strong> />
Xd"<<strong>br</strong> />
E a corrente <strong>de</strong> curto-circuito eficaz, <strong>de</strong> uma fase,<<strong>br</strong> />
será:<<strong>br</strong> />
If<<strong>br</strong> />
Icceff = x 100 (A)<<strong>br</strong> />
Xd"<<strong>br</strong> />
A corrente <strong>de</strong> curto-circuito permanente nos<<strong>br</strong> />
<strong>geradores</strong> da Linha G com bobina auxiliar (padrão)<<strong>br</strong> />
é <strong>de</strong> 3,0 vezes a corrente nominal do gerador por<<strong>br</strong> />
10 segundos.<<strong>br</strong> />
Para os <strong>geradores</strong> da Linha G com excitatriz auxiliar<<strong>br</strong> />
a imãs (PMG) – sob pedido – as máquinas po<strong>de</strong>m<<strong>br</strong> />
ser projetadas com corrente <strong>de</strong> curto-circuito maior,<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> acordo com a necessida<strong>de</strong> da aplicação.<<strong>br</strong> />
7.7. CONVERSÃO DE REATÂNCIAS<<strong>br</strong> />
É hábito dar-se as reatâncias <strong>de</strong> uma máquina<<strong>br</strong> />
como valor <strong>de</strong> referência por unida<strong>de</strong> (pu).<<strong>br</strong> />
Como gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong> referência vale a reatância<<strong>br</strong> />
nominal.<<strong>br</strong> />
Xn <<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
Un<<strong>br</strong> />
x<<strong>br</strong> />
Xn 1, 0<<strong>br</strong> />
In<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
pu<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
57
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />
Xn – reatância nominal do gerador.<<strong>br</strong> />
Un – tensão nominal do gerador.<<strong>br</strong> />
In – corrente nominal do gerador.<<strong>br</strong> />
Se a mesma máquina for utilizada para um número<<strong>br</strong> />
maior <strong>de</strong> rotações (freqüência) ao invés da nominal,<<strong>br</strong> />
outra tensão ou outra potência diferentes das<<strong>br</strong> />
nominais, a reatância da máquina se modifica<<strong>br</strong> />
conforme a expressão abaixo:<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
f <<strong>br</strong> />
X X <<strong>br</strong> />
2 <<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
2 1 f <<strong>br</strong> />
1 <<strong>br</strong> />
On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />
X 2 = reatância na base nova<<strong>br</strong> />
X 1 = reatância na base velha<<strong>br</strong> />
f 2 = frequência na base nova<<strong>br</strong> />
f 1 = frequência na base velha<<strong>br</strong> />
S 2= potência na base nova<<strong>br</strong> />
S 1= potência na base velha<<strong>br</strong> />
U 1= tensão na base velha<<strong>br</strong> />
U 2= tensão na base nova<<strong>br</strong> />
S<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
S<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
U <<strong>br</strong> />
1 <<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
U <<strong>br</strong> />
2 <<strong>br</strong> />
OBS: Devemos lem<strong>br</strong>ar que para <strong>geradores</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
catálogo, só serão possíveis alterações na rotação<<strong>br</strong> />
caso sejam <strong>de</strong> 50Hz para 60Hz. A variação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
tensão só será possível para menos ou<<strong>br</strong> />
proporcionalmente à frequência. No caso <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
variação <strong>de</strong> tensão para menos, a potência também<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>verá ser reduzida proporcionalmente.<<strong>br</strong> />
Exemplo: É dado um gerador <strong>de</strong> 850kVA, 380V,<<strong>br</strong> />
50Hz, 04 pólos. Para 50Hz e 850 kVA a reatância<<strong>br</strong> />
transitória obtida do cálculo (projeto) foi <strong>de</strong> Xd' =<<strong>br</strong> />
21%.<<strong>br</strong> />
O gerador, sem alterações, passará a ser acionado<<strong>br</strong> />
com 1800rpm, ou 60Hz, e <strong>de</strong>verá fornecer 1000kVA<<strong>br</strong> />
em 440V.<<strong>br</strong> />
do gerador, po<strong>de</strong>remos ter valores elevados <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
tensão terminal. Isto po<strong>de</strong> ocorrer, por exemplo,<<strong>br</strong> />
com o disparo na rotação da máquina primária, ou<<strong>br</strong> />
quando a referência <strong>de</strong> tensão terminal (do<<strong>br</strong> />
regulador) é interrompida.<<strong>br</strong> />
Nestes casos o gerador <strong>de</strong>ve ter uma supervisão da<<strong>br</strong> />
tensão <strong>de</strong> modo a <strong>de</strong>sexcitar a máquina.<<strong>br</strong> />
IMPORTANTE: Somente após a parada total da<<strong>br</strong> />
máquina é seguro realizar qualquer trabalho nela e<<strong>br</strong> />
na re<strong>de</strong> on<strong>de</strong> está conectada. Mesmo após a<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>sexcitação da máquina, po<strong>de</strong>m existir tensões<<strong>br</strong> />
letais nos seus bornes.<<strong>br</strong> />
Geradores com regulagem <strong>de</strong> tensão in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<<strong>br</strong> />
da freqüência, acionados com rotações abaixo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
90% <strong>de</strong> sua rotação nominal, durante um período<<strong>br</strong> />
prolongado, <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>sligados.<<strong>br</strong> />
Se o gerador estiver alimentando uma re<strong>de</strong>, e<<strong>br</strong> />
ocorrer um curto-circuito na mesma, ocorre uma<<strong>br</strong> />
situação crítica no momento em que o curto é<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>sfeito e a tensão é restabelecida. A potência<<strong>br</strong> />
fornecida pelo gerador, certamente não<<strong>br</strong> />
correspon<strong>de</strong>rá à mesma antes do curto-circuito.<<strong>br</strong> />
Desta maneira, através do torque acionante,<<strong>br</strong> />
teremos uma aceleração ou um retardamento.<<strong>br</strong> />
Nestas condições, as tensões não estarão mais em<<strong>br</strong> />
fase. Conforme a duração do curto e <strong>de</strong>vido ao<<strong>br</strong> />
ângulo <strong>de</strong> <strong>de</strong>fasagem, aparecem fortes processos<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> reajustes, que po<strong>de</strong>m ser comparados aos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
uma saída <strong>de</strong> sincronismo. Como conseqüência,<<strong>br</strong> />
po<strong>de</strong>m aparecer danos nos acoplamentos, nas<<strong>br</strong> />
bases, bem como no circuito <strong>de</strong> excitação. Desta<<strong>br</strong> />
maneira, ocorrendo curto na re<strong>de</strong>, se a tensão cair<<strong>br</strong> />
para 50% da nominal, o gerador <strong>de</strong>ve ser<<strong>br</strong> />
imediatamente <strong>de</strong>sconectado da re<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />
Que gran<strong>de</strong>za terá a reatância transitória para essa<<strong>br</strong> />
nova condição <strong>de</strong> operação?<<strong>br</strong> />
Solução:<<strong>br</strong> />
Xd' (60Hz) = Xd' (50Hz) . (60/50) . (1000/850) .(380/440)²<<strong>br</strong> />
Xd' (60Hz) = 21 x 1,053 = 22%<<strong>br</strong> />
Xd' (60Hz) =22%<<strong>br</strong> />
7.8. PROTEÇÃO DO GERADOR<<strong>br</strong> />
Neste item faremos alguns comentários e<<strong>br</strong> />
observações importantes relativos à proteção dos<<strong>br</strong> />
<strong>geradores</strong>, mas não nos preocuparemos com<<strong>br</strong> />
características <strong>de</strong> projetos, pois estaria fora do<<strong>br</strong> />
objetivo <strong>de</strong>sta apostila.<<strong>br</strong> />
So<strong>br</strong>e certas condições anormais <strong>de</strong> funcionamento<<strong>br</strong> />
58
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
7.9. REGIME DE SERVIÇO<<strong>br</strong> />
É o grau <strong>de</strong> regularida<strong>de</strong> da carga a que o gerador<<strong>br</strong> />
é submetido.<<strong>br</strong> />
O gerador é projetado para regime contínuo, isto é,<<strong>br</strong> />
a carga é constante, por tempo in<strong>de</strong>finido, e igual à<<strong>br</strong> />
potência nominal da máquina.<<strong>br</strong> />
Para <strong>geradores</strong> industriais aplicados em grupos<<strong>br</strong> />
<strong>geradores</strong>, estes po<strong>de</strong>m operar em horários pré<strong>de</strong>finidos<<strong>br</strong> />
ou em emergência, seguindo regimes<<strong>br</strong> />
intermitentes (Prime e Stand-by), os quais serão<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>scritos no item seguinte.<<strong>br</strong> />
A indicação do regime da máquina <strong>de</strong>ve ser feita<<strong>br</strong> />
pelo comprador, da forma mais exata possível. Nos<<strong>br</strong> />
casos em que a carga não varia ou nos quais varia<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> forma previsível, o regime po<strong>de</strong>rá ser indicado<<strong>br</strong> />
numericamente ou por meio <strong>de</strong> gráficos que<<strong>br</strong> />
representem a variação em função do tempo das<<strong>br</strong> />
gran<strong>de</strong>zas variáveis. Quando a seqüência real dos<<strong>br</strong> />
valores no tempo for in<strong>de</strong>terminada, <strong>de</strong>verá ser<<strong>br</strong> />
indicada uma seqüência fictícia não menos severa<<strong>br</strong> />
que a real.<<strong>br</strong> />
Fig. 7.9.2 – Prime por Tempo Limitado (LTP).<<strong>br</strong> />
c) Prime por Tempo Ilimitado (PRP)<<strong>br</strong> />
Temperatura ambiente 40 °C / ΔT = 150 °C. O<<strong>br</strong> />
alternador opera alimentando carga variável por<<strong>br</strong> />
número ilimitado <strong>de</strong> horas anuais, on<strong>de</strong> não há<<strong>br</strong> />
presença <strong>de</strong> re<strong>de</strong> comercial ou esta não é confiável.<<strong>br</strong> />
A potência média, neste regime, não <strong>de</strong>ve exce<strong>de</strong>r<<strong>br</strong> />
a 70% da potência prime, estando o alternador<<strong>br</strong> />
apto a suportar 10% <strong>de</strong> so<strong>br</strong>ecarga por um período<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> 1 hora a cada 12 horas <strong>de</strong> funcionamento, até<<strong>br</strong> />
no máximo 25 horas por ano.<<strong>br</strong> />
7.9.1. Regimes Padronizados<<strong>br</strong> />
Os regimes que serão citados visam especialmente<<strong>br</strong> />
a aplicação em <strong>geradores</strong>:<<strong>br</strong> />
a) Potência Contínua(COP)<<strong>br</strong> />
Temperatura ambiente 40 °C / ΔT = 125 °C. O<<strong>br</strong> />
alternador opera alimentando carga constante em<<strong>br</strong> />
operação singela ou em paralelo com a re<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
principal, com fator <strong>de</strong> carga 100% por número<<strong>br</strong> />
ilimitado <strong>de</strong> horas anuais. Não é admitida<<strong>br</strong> />
possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> so<strong>br</strong>ecarga neste regime.<<strong>br</strong> />
Fig. 7.9.3 – Prime por Tempo Ilimitado (PRP).<<strong>br</strong> />
Fig. 7.9.1 – Potencia Contínua (COP).<<strong>br</strong> />
b) Prime por Tempo Limitado (LTP)<<strong>br</strong> />
Temperatura ambiente 40 °C / ΔT = 125 °C. O<<strong>br</strong> />
alternador opera alimentando carga constante por<<strong>br</strong> />
número limitado <strong>de</strong> horas anuais conforme previsto<<strong>br</strong> />
na ISO 8528, IEC 60034 e NEMA MG 1, sendo<<strong>br</strong> />
indicado para uso on<strong>de</strong> as faltas <strong>de</strong> energia são<<strong>br</strong> />
programadas. Limite <strong>de</strong> 500 horas por ano.<<strong>br</strong> />
59
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
d) Potência <strong>de</strong> Emergência Stand-by (ESP)<<strong>br</strong> />
Temperatura ambiente 40 °C / ΔT = 150 °C. O<<strong>br</strong> />
alternador opera como back-up <strong>de</strong> energia,<<strong>br</strong> />
alimentando cargas variáveis em situações <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
emergência em locais supridos pela re<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
comercial ou outra fonte principal <strong>de</strong> energia. A<<strong>br</strong> />
potência média da carga <strong>de</strong>verá ser no máximo<<strong>br</strong> />
70% da potência <strong>de</strong> emergência e o número <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
horas é limitado conforme previsto na ISO 8528,<<strong>br</strong> />
IEC 60034 e NEMA MG 1.<<strong>br</strong> />
Fig. 7.9.4 – Potencia Emergência Stand-by(ESP).<<strong>br</strong> />
e) Potência <strong>de</strong> Emergência Stand-by (ESP)<<strong>br</strong> />
Temperatura ambiente 27 °C / ΔT = 163 °C. Esta<<strong>br</strong> />
condição é semelhante ao regime <strong>de</strong> emergência<<strong>br</strong> />
para 40 °C, no entanto, a temperatura ambiente<<strong>br</strong> />
máxima admitida é <strong>de</strong> 27 °C.<<strong>br</strong> />
60
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
7.10. DIAGRAMA DE CARGA<<strong>br</strong> />
Para se operar seguramente um gerador <strong>de</strong>vemos<<strong>br</strong> />
conhecer os seus limites <strong>de</strong> operação. Estes limites<<strong>br</strong> />
po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>terminados pela potência da máquina<<strong>br</strong> />
acionante, estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> funcionamento, excitação<<strong>br</strong> />
do campo e limite térmico do gerador. Estas<<strong>br</strong> />
condições são todas analisadas através do diagrama<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> carga (fig. 7.10.2). Neste diagrama po<strong>de</strong>mos<<strong>br</strong> />
analisar a área <strong>de</strong>ntro do qual o gerador po<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
funcionar e então avaliar as condições <strong>de</strong> operação<<strong>br</strong> />
da máquina.<<strong>br</strong> />
A construção do diagrama não será abordada neste<<strong>br</strong> />
<strong>curso</strong> e, apenas com base nos diagramas obtidos,<<strong>br</strong> />
são tecidos comentários dos limites do gráfico.<<strong>br</strong> />
O limite da máquina acionante é <strong>de</strong>finido pela<<strong>br</strong> />
potência útil entregue pelo gerador, e <strong>de</strong>terminada<<strong>br</strong> />
pelo limite da máquina primária (linha F-D do<<strong>br</strong> />
gráfico).<<strong>br</strong> />
O limite <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> é <strong>de</strong>terminado pela curva<<strong>br</strong> />
B-C, on<strong>de</strong> é <strong>de</strong>finida a máxima potência (ângulo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
carga máxima δ da fig. 7.10.1).<<strong>br</strong> />
Com a redução da excitação (carga capacitiva<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>scrito no item 2.3.c).<<strong>br</strong> />
Fig. 7.10.1 - Ângulo <strong>de</strong> carga máximo δ.<<strong>br</strong> />
Fig. 7.10.2 - Diagrama <strong>de</strong> Carga <strong>de</strong> Máquinas Síncronas (Curva <strong>de</strong> Capabilida<strong>de</strong>).<<strong>br</strong> />
Ao atingir a excitação zero teremos somente a<<strong>br</strong> />
potência que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do conjugado <strong>de</strong> relutância,<<strong>br</strong> />
e a variação se faz com do<strong>br</strong>o do ângulo <strong>de</strong> carga δ<<strong>br</strong> />
(conforme <strong>de</strong>scrito no item. 2.6.). Para excitação<<strong>br</strong> />
zero, o ângulo <strong>de</strong> carga seria 45º para a máxima<<strong>br</strong> />
potência. Este limite po<strong>de</strong> ser visto na curva A-B. O<<strong>br</strong> />
limite térmico da armadura é <strong>de</strong>terminado pelas<<strong>br</strong> />
perdas no estator e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ventilação da<<strong>br</strong> />
máquina. As perdas prepon<strong>de</strong>rantes são as joules,<<strong>br</strong> />
ocasionadas pela corrente <strong>de</strong> armadura (curva C-<<strong>br</strong> />
D). O limite térmico do rotor é <strong>de</strong>terminado pela<<strong>br</strong> />
corrente <strong>de</strong> excitação, e ocorre na região <strong>de</strong> carga<<strong>br</strong> />
indutiva, on<strong>de</strong> serão necessárias fortes excitações<<strong>br</strong> />
(curva D-E).<<strong>br</strong> />
O gerador <strong>de</strong>verá ser capaz <strong>de</strong> operar com uma<<strong>br</strong> />
variação <strong>de</strong> + ou - 10% <strong>de</strong> tensão.<<strong>br</strong> />
A redução <strong>de</strong> tensão reduzirá a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
fornecer potência reativa capacitiva, aquecerá o<<strong>br</strong> />
estator e aumentará o ângulo <strong>de</strong> carga. Por outro<<strong>br</strong> />
lado, o aumento da tensão provocará maior<<strong>br</strong> />
estabilida<strong>de</strong> (carga capacitiva), menor ângulo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
potência, e maior aquecimento do enrolamento <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
excitação. Para uma utilização segura do gerador,<<strong>br</strong> />
todos os pontos <strong>de</strong> operação <strong>de</strong>verão estar na<<strong>br</strong> />
região interna do diagrama <strong>de</strong> carga, observando-se<<strong>br</strong> />
a máxima potência ativa e reativa. Po<strong>de</strong>mos<<strong>br</strong> />
observar no gráfico que a maior limitação se<<strong>br</strong> />
encontra na região <strong>de</strong> cargas capacitivas. Estas<<strong>br</strong> />
porém não correspon<strong>de</strong>m a condição <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
funcionamento.<<strong>br</strong> />
Os <strong>geradores</strong> <strong>de</strong> baixa tensão tem sua principal<<strong>br</strong> />
aplicação a alimentação <strong>de</strong> equipamentos<<strong>br</strong> />
industriais ou aplicações específicas como<<strong>br</strong> />
telecomunicações, on<strong>de</strong> teremos cargas<<strong>br</strong> />
61
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
normalmente <strong>de</strong> caráter indutivo e não lineares.<<strong>br</strong> />
Nestas condições o gerador estará sob forte<<strong>br</strong> />
excitação. O limite <strong>de</strong> carga capacitiva se faz<<strong>br</strong> />
necessário para gran<strong>de</strong>s <strong>geradores</strong> ligados a longas<<strong>br</strong> />
linhas <strong>de</strong> transmissão abertas, por estas se<<strong>br</strong> />
tornarem cargas capacitivas em alguns períodos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
operação.<<strong>br</strong> />
7.11. OPERAÇÃO EM PARALELO DE<<strong>br</strong> />
GERADORES<<strong>br</strong> />
Durante a operação <strong>de</strong> um gerador, ele po<strong>de</strong> ser<<strong>br</strong> />
exigido, ora em sua potência nominal e ora em<<strong>br</strong> />
valores menores que o nominal.<<strong>br</strong> />
Quando o gerador está sendo pouco exigido, o seu<<strong>br</strong> />
rendimento e da máquina acionante caem. Por este<<strong>br</strong> />
e outros motivos, e pelo fato <strong>de</strong> termos uma maior<<strong>br</strong> />
confiabilida<strong>de</strong> no fornecimento <strong>de</strong> energia, po<strong>de</strong>-se<<strong>br</strong> />
optar pela operação em paralelo <strong>de</strong> <strong>geradores</strong>.<<strong>br</strong> />
Quando da ligação <strong>de</strong> <strong>geradores</strong> em paralelo<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>vemos observar:<<strong>br</strong> />
1. As tensões dos <strong>geradores</strong> a serem conectados<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>vem ser iguais;<<strong>br</strong> />
2. O ângulo <strong>de</strong> fase das tensões dos <strong>geradores</strong><<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>vem ser iguais;<<strong>br</strong> />
3. As freqüências das tensões dos <strong>geradores</strong><<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>vem ser iguais;<<strong>br</strong> />
4. A or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> seqüência das fases nos pontos a<<strong>br</strong> />
conectar <strong>de</strong>vem ser as mesmas.<<strong>br</strong> />
As observações acima são válidas também quando<<strong>br</strong> />
da conexão em paralelo <strong>de</strong> <strong>geradores</strong> com a re<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />
Ligando-se <strong>geradores</strong> em paralelo, a distribuição da<<strong>br</strong> />
potência ativa <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do conjugado acionante<<strong>br</strong> />
(máquina primária), enquanto que a distribuição da<<strong>br</strong> />
potência reativa <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da excitação <strong>de</strong> cada<<strong>br</strong> />
gerador.<<strong>br</strong> />
As máquinas acionantes mostram uma tendência <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
queda <strong>de</strong> rotação com o aumento da potência ativa.<<strong>br</strong> />
Isto é necessário para termos uma distribuição<<strong>br</strong> />
estável da potência ativa.<<strong>br</strong> />
Da mesma maneira, para termos uma distribuição<<strong>br</strong> />
estável <strong>de</strong> reativos, <strong>de</strong>vemos ter uma diminuição na<<strong>br</strong> />
excitação do gerador, com aumento dos reativos.<<strong>br</strong> />
Isto po<strong>de</strong> ser mostrado na fig. 7.11.1, on<strong>de</strong> a curva<<strong>br</strong> />
característica da tensão é <strong>de</strong>crescente.<<strong>br</strong> />
Para se conseguir diminuir a excitação no gerador<<strong>br</strong> />
com objetivo <strong>de</strong> uma distribuição <strong>de</strong> reativos é<<strong>br</strong> />
preciso fornecer ao regulador um sinal <strong>de</strong> corrente<<strong>br</strong> />
com parte reativa. Isto é conseguido utilizando um<<strong>br</strong> />
transformador <strong>de</strong> corrente (TC) externo, montado<<strong>br</strong> />
na fase do gerador on<strong>de</strong> o regulador não está<<strong>br</strong> />
tomando a referência. O TC <strong>de</strong>ve ter relação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
IN:5.<<strong>br</strong> />
Para enten<strong>de</strong>rmos o funcionamento vamos utilizar<<strong>br</strong> />
as Figuras 7.11.2 e 7.11.3, que mostram,<<strong>br</strong> />
respectivamente, o esquema simplificado do<<strong>br</strong> />
regulador <strong>de</strong> tensão e o diagrama fasorial das<<strong>br</strong> />
tensões e correntes.<<strong>br</strong> />
A tensão <strong>de</strong> referência do regulador é a tensão<<strong>br</strong> />
entre as fases U e W do gerador (chamada <strong>de</strong> Ua<<strong>br</strong> />
no esquema da Fig. 7.11.2).<<strong>br</strong> />
O TC é conectado na fase V do gerador e portanto<<strong>br</strong> />
em seu primário circula a corrente <strong>de</strong>ssa fase do<<strong>br</strong> />
gerador. A corrente no secundário do TC,<<strong>br</strong> />
proporcional à do primário (IN:5), circula através <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
um resistor interno ao regulador <strong>de</strong> tensão e<<strong>br</strong> />
provoca uma queda <strong>de</strong> tensão interna (chamada U1<<strong>br</strong> />
no esquema da Fig. 7.11.2).<<strong>br</strong> />
Com isso consegue-se internamente no regulador<<strong>br</strong> />
um valor <strong>de</strong> tensão proporcional à tensão gerada<<strong>br</strong> />
(soma geométrica das tensões U e W) e outro valor<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> tensão proporcional à corrente que o gerador<<strong>br</strong> />
está fornecendo à carga<<strong>br</strong> />
Assim, a tensão interna (Ust) que o regulador utiliza<<strong>br</strong> />
para controlar a excitação do gerador (Ist) é a soma<<strong>br</strong> />
das tensões internas Ua e U1 (Portanto Ust = Ua +<<strong>br</strong> />
U1).<<strong>br</strong> />
Fig. 7.11.1 - Distribuição estável <strong>de</strong> reativos.<<strong>br</strong> />
62
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
Fig. 7.11.2 – Esquema simplificado do regulador <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
tensão.<<strong>br</strong> />
Fig 7.11.4 - Característica <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />
Fig 7.11.3 - Análise geométrica das tensões e<<strong>br</strong> />
correntes.<<strong>br</strong> />
Como po<strong>de</strong>mos ver na Fig. 7.11.3, a soma<<strong>br</strong> />
geométrica das duas tensões (Ust = Ua + U1) é<<strong>br</strong> />
máxima quando o gerador fornece corrente reativa.<<strong>br</strong> />
Com carga puramente resistiva, a soma geométrica<<strong>br</strong> />
quase não <strong>de</strong>svia da tensão proporcional entre U e<<strong>br</strong> />
W. Logo, um aumento na potência reativa, faz com<<strong>br</strong> />
que o gerador "veja" um aumento do valor atual da<<strong>br</strong> />
tensão do gerador. Teremos então uma diminuição<<strong>br</strong> />
da corrente <strong>de</strong> excitação provocando estabilida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
na tensão terminal.<<strong>br</strong> />
Normalmente a influência estática da corrente<<strong>br</strong> />
reativa é escolhida tal que, para uma corrente<<strong>br</strong> />
reativa da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za da corrente nominal<<strong>br</strong> />
do gerador, correspon<strong>de</strong> a uma queda na tensão<<strong>br</strong> />
interna no regulador <strong>de</strong> aproximadamente 5%.<<strong>br</strong> />
DIVISÃO DE POTÊNCIA ATIVA (W):<<strong>br</strong> />
Para dois <strong>geradores</strong> operando em paralelo, se a<<strong>br</strong> />
carga é aumentada, ocorre uma redução em suas<<strong>br</strong> />
velocida<strong>de</strong>s, a qual é sentida pelos sistemas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
controle <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> das máquinas primárias.<<strong>br</strong> />
Os reguladores <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> agem para<<strong>br</strong> />
restabelecer a velocida<strong>de</strong> normal. Assim a divisão<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> carga entre dois <strong>geradores</strong> é <strong>de</strong>terminada pelas<<strong>br</strong> />
características dos reguladores <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> das<<strong>br</strong> />
máquinas primárias.<<strong>br</strong> />
Se um sistema tem características <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
tipo "a" (Fig. 7.11.4) e outro tipo "b", eles irão<<strong>br</strong> />
dividir a carga numa proporção Pa e Pb quando<<strong>br</strong> />
estiverem operando em uma velocida<strong>de</strong> S.<<strong>br</strong> />
O controle <strong>de</strong> carga em cada unida<strong>de</strong> é conseguido<<strong>br</strong> />
ajustando as características do regulador <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
velocida<strong>de</strong> “para cima ou para baixo”.<<strong>br</strong> />
DIVISÃO DE REATIVOS (VA):<<strong>br</strong> />
A tensão aplicada em uma carga conectada a dois<<strong>br</strong> />
<strong>geradores</strong> é <strong>de</strong>terminada pela excitação total nos<<strong>br</strong> />
mesmos.<<strong>br</strong> />
Geradores idênticos com reguladores <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> suas máquinas primárias com características<<strong>br</strong> />
iguais divi<strong>de</strong>m cargas ativas igualmente e se<<strong>br</strong> />
possuírem mesma excitação divi<strong>de</strong>m VA reativos<<strong>br</strong> />
também igualmente. Assim cada gerador opera com<<strong>br</strong> />
mesmo FP.<<strong>br</strong> />
Um acréscimo <strong>de</strong> excitação em um dos <strong>geradores</strong><<strong>br</strong> />
irá causar um aumento na tensão do sistema e este<<strong>br</strong> />
gerador irá suprir uma maior parcela dos VA<<strong>br</strong> />
reativos.<<strong>br</strong> />
Um <strong>de</strong>créscimo na excitação do outro gerador fará<<strong>br</strong> />
com que a tensão terminal volte ao valor original,<<strong>br</strong> />
mas irá agravar a diferença na divisão dos VA<<strong>br</strong> />
reativos.<<strong>br</strong> />
Ajustes da excitação dos <strong>geradores</strong>, então,<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>terminam não só a tensão aplicada à carga, mas<<strong>br</strong> />
também a divisão <strong>de</strong> reativos entre os <strong>geradores</strong>.<<strong>br</strong> />
7.12. CÁLCULO DA BOBINA DE<<strong>br</strong> />
ATERRAMENTO DO PONTO ESTRELA DE<<strong>br</strong> />
GERADORES<<strong>br</strong> />
Quando ligamos cargas monofásicas em <strong>geradores</strong><<strong>br</strong> />
trifásicos, principalmente se estas cargas forem<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>sequili<strong>br</strong>adas, teremos uma influência<<strong>br</strong> />
consi<strong>de</strong>rável da terceira harmônica. Por<<strong>br</strong> />
conseqüência, teremos circulação <strong>de</strong> corrente <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
seqüência zero pelo circuito. Para conseguirmos<<strong>br</strong> />
eliminar ou diminuir este efeito, <strong>de</strong>ve-se utilizar<<strong>br</strong> />
uma reatância limitadora da corrente no neutro<<strong>br</strong> />
aterrado do gerador.<<strong>br</strong> />
Esta reatância po<strong>de</strong> ser calculada da seguinte<<strong>br</strong> />
forma:<<strong>br</strong> />
On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />
Xdr =<<strong>br</strong> />
Un<<strong>br</strong> />
.0,3<<strong>br</strong> />
3 In<<strong>br</strong> />
63
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
Un = tensão nominal do gerador<<strong>br</strong> />
In = corrente nominal <strong>de</strong> fase do gerador<<strong>br</strong> />
Ainda <strong>de</strong>vemos observar:<<strong>br</strong> />
a) A bobina <strong>de</strong>verá ter característica linear até 0,3<<strong>br</strong> />
x In.<<strong>br</strong> />
b) Deverá resistir termicamente a 0,4 x In.<<strong>br</strong> />
64
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
8 . SELEÇÃO DE GERADORES<<strong>br</strong> />
8.1. CARACTERÍSTICAS NECESSÁRIAS<<strong>br</strong> />
PARA A CORRETA SELEÇÃO<<strong>br</strong> />
Para a correta especificação do gerador, são<<strong>br</strong> />
necessárias as seguintes informações na fase da<<strong>br</strong> />
consulta:<<strong>br</strong> />
1) Potência nominal (kVA);<<strong>br</strong> />
2) Tipo <strong>de</strong> refrigeração (Aberto, Trocador <strong>de</strong> calor<<strong>br</strong> />
ar-ar ou Trocador <strong>de</strong> calor ar-água, etc.);<<strong>br</strong> />
3) Rotação (nº <strong>de</strong> pólos);<<strong>br</strong> />
4) Fator <strong>de</strong> Potência;<<strong>br</strong> />
5) Tensão nominal;<<strong>br</strong> />
6) Número <strong>de</strong> fases (Trifásico ou Monofásico);<<strong>br</strong> />
7) Freqüência <strong>de</strong> operação (Hz);<<strong>br</strong> />
8) Tipo <strong>de</strong> excitação: sem escovas (<strong>br</strong>ushless)<<strong>br</strong> />
com regulador <strong>de</strong> tensão ou com escovas e<<strong>br</strong> />
excitatriz estática;<<strong>br</strong> />
9) Grau <strong>de</strong> proteção;<<strong>br</strong> />
10) Forma construtiva;<<strong>br</strong> />
11) Temperatura ambiente;<<strong>br</strong> />
12) Altitu<strong>de</strong>;<<strong>br</strong> />
13) Tipo <strong>de</strong> aplicação: Industrial, Naval,<<strong>br</strong> />
Marinizado, especial;<<strong>br</strong> />
14) Características da carga. Ex: partida <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
motores <strong>de</strong> indução, etc;<<strong>br</strong> />
15) Faixa <strong>de</strong> ajuste da tensão;<<strong>br</strong> />
16) Precisão da regulação;<<strong>br</strong> />
17) Acessórios (sensores <strong>de</strong> temperatura,<<strong>br</strong> />
resistência <strong>de</strong> aquecimento, <strong>de</strong>tetores <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
vi<strong>br</strong>ação, etc);<<strong>br</strong> />
18) So<strong>br</strong>ecargas ocasionais;<<strong>br</strong> />
19) Tensão monofásica <strong>de</strong> alimentação da<<strong>br</strong> />
resistência <strong>de</strong> aquecimento (caso haja);<<strong>br</strong> />
20) Tipo <strong>de</strong> regulação (U/f constante ou U<<strong>br</strong> />
constante);<<strong>br</strong> />
21) Tipo <strong>de</strong> acoplamento (direto, polias e correias,<<strong>br</strong> />
flange, discos <strong>de</strong> acoplamento, etc);<<strong>br</strong> />
22) Máquina acionante.<<strong>br</strong> />
comandos <strong>de</strong> sistemas, telecomunicações,<<strong>br</strong> />
aeroportos, etc.<<strong>br</strong> />
Muito utilizados em aplicações industriais para<<strong>br</strong> />
geração <strong>de</strong> emergência, co-geração, horário <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
ponta e também em embarcações, para suprimento<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> toda a energia elétrica necessária aos<<strong>br</strong> />
equipamentos.<<strong>br</strong> />
Outra aplicação típica é o uso <strong>de</strong> <strong>geradores</strong><<strong>br</strong> />
agrupados a motores elétricos para a transformação<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> freqüência ou tensão em conversores rotativos.<<strong>br</strong> />
Como se po<strong>de</strong> ver, o campo para aplicação dos<<strong>br</strong> />
<strong>geradores</strong> é bastante amplo.<<strong>br</strong> />
Na seqüência apresentamos algumas aplicações<<strong>br</strong> />
típicas <strong>de</strong> <strong>geradores</strong>.<<strong>br</strong> />
8.2.1. Conversão <strong>de</strong> freqüência ou<<strong>br</strong> />
isolamento da re<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
Possibilida<strong>de</strong>s:<<strong>br</strong> />
- Acoplamento através <strong>de</strong> redutor (relação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
engrenagens) entre motor (síncrono ou<<strong>br</strong> />
assíncrono) e gerador síncrono;<<strong>br</strong> />
- Acoplamento por polias e correias <strong>de</strong> motor<<strong>br</strong> />
assíncrono <strong>de</strong> indução com gerador síncrono<<strong>br</strong> />
para conversão <strong>de</strong> freqüência ou isolamento da<<strong>br</strong> />
re<strong>de</strong> (Fig. 8.2.1);<<strong>br</strong> />
- Acoplamento direto (no mesmo eixo) entre<<strong>br</strong> />
motor síncrono <strong>de</strong> 12 pólos e gerador síncrono<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> 10 pólos (ou múltiplos <strong>de</strong>stes) para<<strong>br</strong> />
conversão <strong>de</strong> 60 para 50Hz (Fig. 8.2.2);<<strong>br</strong> />
- Acoplamento direto entre motor síncrono e<<strong>br</strong> />
gerador síncrono, ambos <strong>de</strong> mesma polarida<strong>de</strong>,<<strong>br</strong> />
para isolamento da re<strong>de</strong>;<<strong>br</strong> />
- Acoplamento direto entre motor síncrono e<<strong>br</strong> />
gerador síncrono utilizando também um volante<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> inércia, para isolamento da re<strong>de</strong>, não<<strong>br</strong> />
transferência <strong>de</strong> transientes da re<strong>de</strong> para as<<strong>br</strong> />
cargas e continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alimentação da carga<<strong>br</strong> />
frente a pequenas <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong>s da re<strong>de</strong> (até<<strong>br</strong> />
120ms) – Fig 8.2.2-a.<<strong>br</strong> />
8.2. PRINCIPAIS APLICAÇÕES DE<<strong>br</strong> />
GERADORES<<strong>br</strong> />
Devido a sua simplicida<strong>de</strong> na instalação e<<strong>br</strong> />
manutenção, os <strong>geradores</strong> são muito utilizados<<strong>br</strong> />
como pequenos centros <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> energia,<<strong>br</strong> />
principalmente no interior, on<strong>de</strong> as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
distribuição <strong>de</strong> energia elétrica ainda não estão<<strong>br</strong> />
presentes ou tem pouca confiabilida<strong>de</strong>, por<<strong>br</strong> />
exemplo, em fazendas, vilarejos, unida<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />
repetidoras <strong>de</strong> telecomunicações, etc.<<strong>br</strong> />
São utilizados também como No-Break<<strong>br</strong> />
(fornecimento sem interrupção ou <strong>de</strong> emergência)<<strong>br</strong> />
em hospitais, centrais <strong>de</strong> computação, centros <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
Fig. 8.2.1 - Acoplamento entre motor assíncrono e<<strong>br</strong> />
gerador (isolamento da re<strong>de</strong>).<<strong>br</strong> />
65
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
8.2.2. Conversão <strong>de</strong> Corrente<<strong>br</strong> />
Possibilida<strong>de</strong>s:<<strong>br</strong> />
- Acoplamento direto <strong>de</strong> motor cc com gerador<<strong>br</strong> />
síncrono (Fig. 8.2.3);<<strong>br</strong> />
- Acoplamento direto <strong>de</strong> motor cc com gerador<<strong>br</strong> />
síncrono mais um volante <strong>de</strong> inércia opcional.<<strong>br</strong> />
-<<strong>br</strong> />
Fig. 8.2.2 - Acoplamento direto entre motor<<strong>br</strong> />
síncrono e gerador (conversão <strong>de</strong> freqüência 60/50<<strong>br</strong> />
Hz).<<strong>br</strong> />
Fig 8.2.3 - Conversor <strong>de</strong> corrente CC/CA<<strong>br</strong> />
Fig. 8.2.2-a - Acoplamento entre motor síncrono e<<strong>br</strong> />
gerador com volante.<<strong>br</strong> />
Características:<<strong>br</strong> />
- Forma <strong>de</strong> onda da tensão gerada sem os efeitos<<strong>br</strong> />
da re<strong>de</strong>;<<strong>br</strong> />
- Pouca influência nas variações da tensão da<<strong>br</strong> />
re<strong>de</strong>;<<strong>br</strong> />
- Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se manter a tensão no gerador<<strong>br</strong> />
durante uma <strong>br</strong>eve falta na re<strong>de</strong> com o uso <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
um volante <strong>de</strong> inércia no eixo;<<strong>br</strong> />
- Freqüência tão constante como a da re<strong>de</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
alimentação quando usado um motor síncrono;<<strong>br</strong> />
- Pequena influência dos consumidores na re<strong>de</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
alimentação e vice e versa.<<strong>br</strong> />
Aplicações:<<strong>br</strong> />
- Equipamentos militares;<<strong>br</strong> />
- Equipamentos portuários em geral;<<strong>br</strong> />
- Laboratório <strong>de</strong> ensaio <strong>de</strong> máquinas;<<strong>br</strong> />
- Acionamento <strong>de</strong> equipamentos importados (com<<strong>br</strong> />
freqüência diferente da re<strong>de</strong> comercial);<<strong>br</strong> />
Características:<<strong>br</strong> />
- A freqüência do gerador varia em função da<<strong>br</strong> />
carga, pois o motor CC apresenta variações na<<strong>br</strong> />
rotação. Para uma rotação constante, o sistema<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> regulagem <strong>de</strong>ve corrigir a rotação do motor<<strong>br</strong> />
cc;<<strong>br</strong> />
- Mantém a tensão gerada durante <strong>br</strong>eve<<strong>br</strong> />
interrupção da re<strong>de</strong> CC (Ex: nas comutações)<<strong>br</strong> />
quando usado um volante <strong>de</strong> inércia no eixo;<<strong>br</strong> />
- Com um bom controle da velocida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>-se<<strong>br</strong> />
obter tensão gerada com baixíssima distorção<<strong>br</strong> />
harmônica;<<strong>br</strong> />
- É i<strong>de</strong>al para uso em No-Break, pois o motor po<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
ser alimentado pela re<strong>de</strong> CA por intermédio <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
um conversor estático e na falta da re<strong>de</strong>, a<<strong>br</strong> />
alimentação po<strong>de</strong> ser fornecida por um banco <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
baterias.<<strong>br</strong> />
Aplicações:<<strong>br</strong> />
- Navios com re<strong>de</strong> <strong>de</strong> alimentação em CC;<<strong>br</strong> />
- Laboratórios;<<strong>br</strong> />
- Clínicas/hospitais;<<strong>br</strong> />
- Subestações <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte;<<strong>br</strong> />
- Centrais <strong>de</strong> energia elétrica;<<strong>br</strong> />
- Refinarias;<<strong>br</strong> />
- Sistemas No-Break, etc.<<strong>br</strong> />
66
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
8.2.3. No-Break<<strong>br</strong> />
No-Break com Bateria: funciona como sistema <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
fornecimento ininterrupto <strong>de</strong> energia, composto<<strong>br</strong> />
basicamente por conversor CA-CC, motor CC,<<strong>br</strong> />
gerador síncrono, volante <strong>de</strong> inércia e banco <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
baterias.<<strong>br</strong> />
Po<strong>de</strong>rá ser associado à re<strong>de</strong> um grupo gerador<<strong>br</strong> />
diesel <strong>de</strong> emergência para assegurar tempo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
operação ilimitado (Fig. 8.2.4).<<strong>br</strong> />
Fig. 8.2.6 - Sistema <strong>de</strong> alimentação ininterrupta<<strong>br</strong> />
(No-Break com grupo gerador diesel).<<strong>br</strong> />
As principais aplicações são:<<strong>br</strong> />
- Estações <strong>de</strong> rádio e televisão;<<strong>br</strong> />
- Centro <strong>de</strong> processamento <strong>de</strong> dados;<<strong>br</strong> />
- Aplicações on<strong>de</strong> não po<strong>de</strong> haver interrupção no<<strong>br</strong> />
fornecimento <strong>de</strong> energia.<<strong>br</strong> />
Fig. 8.2.4 - Sistema <strong>de</strong> alimentação ininterrupta<<strong>br</strong> />
(No-Break com bateria, motor CC e grupo diesel).<<strong>br</strong> />
- No-Break com Diesel: como no caso anterior,<<strong>br</strong> />
funciona como sistema <strong>de</strong> fornecimento<<strong>br</strong> />
ininterrupto <strong>de</strong> energia, composto basicamente<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> gerador síncrono, motor elétrico (síncrono ou<<strong>br</strong> />
assíncrono), volante <strong>de</strong> inércia, acoplamento<<strong>br</strong> />
eletromagnético e motor diesel (Fig. 8.2.5).<<strong>br</strong> />
8.2.4. Short-Break Diesel<<strong>br</strong> />
Funciona como sistema <strong>de</strong> suprimento <strong>de</strong> energia<<strong>br</strong> />
com interrupção momentânea (0,1 a 1s) ao faltar a<<strong>br</strong> />
re<strong>de</strong>. É composto basicamente por: motor elétrico<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> indução, gerador síncrono, volante <strong>de</strong> inércia,<<strong>br</strong> />
acoplamento eletromagnético e motor diesel (Fig.<<strong>br</strong> />
8.2.7).<<strong>br</strong> />
Fig 8.2.7 - Short-<strong>br</strong>eak diesel.<<strong>br</strong> />
Fig. 8.2.5 - Sistema <strong>de</strong> alimentação ininterrupta<<strong>br</strong> />
(No-Break com motor Diesel).<<strong>br</strong> />
- No-Break com grupo gerador diesel: Trata-se do<<strong>br</strong> />
no-<strong>br</strong>eak mais utilizado e, como nos casos<<strong>br</strong> />
anteriores, também funciona como sistema <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
fornecimento ininterrupto <strong>de</strong> energia. É composto<<strong>br</strong> />
basicamente <strong>de</strong> grupo gerador, bateria, carregador<<strong>br</strong> />
e inversor (Fig. 8.2.6).<<strong>br</strong> />
Assegura o fornecimento <strong>de</strong> energia com tempo<<strong>br</strong> />
ilimitado, mas com pequena interrupção e queda <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
velocida<strong>de</strong> durante a partida do motor diesel, que é<<strong>br</strong> />
auxiliada pelo volante <strong>de</strong> inércia.<<strong>br</strong> />
As aplicações principais são: controle <strong>de</strong> tráfego <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
ruas, vias férreas, salas operatórias, etc.<<strong>br</strong> />
67
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
8.2.5. Geradores alimentando cargas<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>formantes<<strong>br</strong> />
Nas aplicações com uso <strong>de</strong> <strong>geradores</strong> não po<strong>de</strong>mos<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> citar as cargas do tipo não lineares, que<<strong>br</strong> />
levam a certas consi<strong>de</strong>rações na utilização das<<strong>br</strong> />
máquinas.<<strong>br</strong> />
Cargas ditas <strong>de</strong>formantes são tipos <strong>de</strong> cargas com<<strong>br</strong> />
comportamento não linear <strong>de</strong> corrente e/ou tensão<<strong>br</strong> />
e ainda, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do tipo, com gran<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> harmônicos.<<strong>br</strong> />
A forma <strong>de</strong> onda das correntes <strong>de</strong>ssas cargas não é<<strong>br</strong> />
senoidal, o que ocasiona uma corrente que não<<strong>br</strong> />
traduz a nominal solicitada pelo equipamento.<<strong>br</strong> />
Atualmente este tipo <strong>de</strong> carga encontra-se presente<<strong>br</strong> />
em muitas aplicações industriais, comerciais e<<strong>br</strong> />
resi<strong>de</strong>nciais e como tal <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>terminada para<<strong>br</strong> />
uma condizente aplicação do gerador.<<strong>br</strong> />
Alguns exemplos <strong>de</strong> cargas <strong>de</strong>formantes:<<strong>br</strong> />
- Equipamentos eletrônicos (no-<strong>br</strong>eak`s,<<strong>br</strong> />
computadores, fontes, carregadores <strong>de</strong> bateria,<<strong>br</strong> />
conversores <strong>de</strong> frequência, reatores<<strong>br</strong> />
eletrônicos);<<strong>br</strong> />
- Máquinas com bobinas e núcleos <strong>de</strong> ferro que<<strong>br</strong> />
normalmente trabalham saturadas (motores,<<strong>br</strong> />
transformadores, máquinas <strong>de</strong> solda, reatores);<<strong>br</strong> />
- Fornos a arco.<<strong>br</strong> />
A alimentação <strong>de</strong>sses tipos <strong>de</strong> cargas pelos<<strong>br</strong> />
<strong>geradores</strong> po<strong>de</strong> causar alguns inconvenientes nas<<strong>br</strong> />
máquinas e também em seus sistemas, conforme<<strong>br</strong> />
seguem:<<strong>br</strong> />
- Aquecimento excessivo dos enrolamentos<<strong>br</strong> />
estatóricos e barras <strong>de</strong> amortecimento <strong>de</strong>vido ao<<strong>br</strong> />
aumento das perdas no co<strong>br</strong>e;<<strong>br</strong> />
- Aquecimento das chapas do estator e rotor<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>vido ao aumento das perdas no ferro;<<strong>br</strong> />
- Correntes <strong>de</strong> neutro excessivas, ocasionadas por<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>sbalanceamentos;<<strong>br</strong> />
- So<strong>br</strong>edimensionamento <strong>de</strong> cabos, quadros,<<strong>br</strong> />
proteções, etc.<<strong>br</strong> />
Devido às observações acima <strong>de</strong>ve-se, antes da<<strong>br</strong> />
aplicação, elaborar um estudo e realizar um<<strong>br</strong> />
levantamento do teor e conteúdo <strong>de</strong> harmônicos do<<strong>br</strong> />
sistema a ser atendido pelo gerador.<<strong>br</strong> />
Com os resultados <strong>de</strong>sse estudo e sua<<strong>br</strong> />
interpretação, po<strong>de</strong>-se tomar alguns cuidados na<<strong>br</strong> />
especificação dos <strong>geradores</strong> a serem utilizados,<<strong>br</strong> />
entre eles:<<strong>br</strong> />
- Utilização <strong>de</strong> uma máquina mais robusta, com<<strong>br</strong> />
potência equivalente maior, o que se traduz<<strong>br</strong> />
principalmente em menor reatância e<<strong>br</strong> />
consequentemente menor queda <strong>de</strong> tensão e<<strong>br</strong> />
menos aquecimento;<<strong>br</strong> />
- Utilização <strong>de</strong> máquina com passo <strong>de</strong> bobinagem<<strong>br</strong> />
2/3, para cargas com alto teor <strong>de</strong> 3a harmônica,<<strong>br</strong> />
com objetivo <strong>de</strong> minimizar os efeitos <strong>de</strong>ssas<<strong>br</strong> />
harmônicas no gerador (funciona como um<<strong>br</strong> />
filtro).<<strong>br</strong> />
Com relação à especificação do gerador para<<strong>br</strong> />
alimentação <strong>de</strong> cargas <strong>de</strong>formantes, a <strong>WEG</strong><<strong>br</strong> />
recomenda a utilização da curva da Fig. 7.2.5<<strong>br</strong> />
(abaixo) para especificação <strong>de</strong> seus <strong>geradores</strong>. Esta<<strong>br</strong> />
curva indica um fator <strong>de</strong> <strong>de</strong>rating a ser aplicado na<<strong>br</strong> />
potência do gerador em relação à distorção<<strong>br</strong> />
harmônica total em corrente da carga (THD%) que<<strong>br</strong> />
ele irá alimentar.<<strong>br</strong> />
Ex.: Sdisponível = Snominal x Fator <strong>de</strong> Derating.<<strong>br</strong> />
Fig. 8.2.5 – Curva <strong>de</strong> Derating no gerador em função da Distorção Harmônica Total em Corrente (THD%) da<<strong>br</strong> />
Carga que ele irá alimentar.<<strong>br</strong> />
68
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
9. ENSAIOS<<strong>br</strong> />
A seguir listamos os ensaios normais que po<strong>de</strong>m ser<<strong>br</strong> />
realizados com ou sem presença <strong>de</strong> inspetores do<<strong>br</strong> />
cliente, mediante solicitação.<<strong>br</strong> />
Os ensaios são agrupados em Ensaios <strong>de</strong> Rotina,<<strong>br</strong> />
Ensaios <strong>de</strong> Tipo e Ensaios Especiais, realizados<<strong>br</strong> />
conforme normas VDE 530 e NBR 5052.<<strong>br</strong> />
Outros ensaios não citados po<strong>de</strong>rão ser realizados<<strong>br</strong> />
mediante consulta previa e acordo entre as partes<<strong>br</strong> />
interessadas.<<strong>br</strong> />
- Nível <strong>de</strong> Ruído;<<strong>br</strong> />
- Determinação do fator <strong>de</strong> Interferência<<strong>br</strong> />
Telefônica;<<strong>br</strong> />
- Determinação das características em "V" <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
máquinas síncronas.<<strong>br</strong> />
Obs: Os ensaios são limitados pela capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
potência do laboratório <strong>de</strong> ensaios. Para potências<<strong>br</strong> />
superiores à capacida<strong>de</strong> do laboratório alguns<<strong>br</strong> />
ensaios po<strong>de</strong>rão ser realizados com potência<<strong>br</strong> />
reduzida e seus resultados extrapolados conforme<<strong>br</strong> />
previsto nas normas <strong>de</strong> ensaios.<<strong>br</strong> />
Ensaios <strong>de</strong> Rotina<<strong>br</strong> />
- Resistência ôhmica dos enrolamentos, a frio;<<strong>br</strong> />
- Resistência do Isolamento;<<strong>br</strong> />
- Tensão Elétrica Aplicada ao Dielétrico;<<strong>br</strong> />
- Seqüência e Equilí<strong>br</strong>io <strong>de</strong> Fases;<<strong>br</strong> />
- Saturação em Vazio;<<strong>br</strong> />
- Em vazio com excitação própria (regulador <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
tensão);<<strong>br</strong> />
- Curto-Circuito Trifásico Permanente.<<strong>br</strong> />
Ensaios <strong>de</strong> Tipo<<strong>br</strong> />
- Todos os Ensaios <strong>de</strong> Rotina;<<strong>br</strong> />
- Elevação <strong>de</strong> temperatura (em curto e vazio);<<strong>br</strong> />
- So<strong>br</strong>evelocida<strong>de</strong>;<<strong>br</strong> />
- Reatância sub-transitória <strong>de</strong> eixo direto (Xd”).<<strong>br</strong> />
Ensaios Especiais<<strong>br</strong> />
- Relação <strong>de</strong> Curto Circuito Trifásico Permanente;<<strong>br</strong> />
- Manutenção da Corrente em Curto-Circuito;<<strong>br</strong> />
- Desempenho do Regulador <strong>de</strong> Tensão;<<strong>br</strong> />
- Distorção Harmônica;<<strong>br</strong> />
- Rendimento;<<strong>br</strong> />
- Vi<strong>br</strong>ação;<<strong>br</strong> />
69
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
10. COLETÂNEA DE FÓRMULAS<<strong>br</strong> />
Fem Induzida para 1 espira<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
e B . l . v . sen B^<<strong>br</strong> />
v<<strong>br</strong> />
[V]<<strong>br</strong> />
Rotação Síncrona<<strong>br</strong> />
120<<strong>br</strong> />
f<<strong>br</strong> />
n <<strong>br</strong> />
p<<strong>br</strong> />
[rpm]<<strong>br</strong> />
Ligação triângulo ()<<strong>br</strong> />
I<<strong>br</strong> />
V<<strong>br</strong> />
l<<strong>br</strong> />
f<<strong>br</strong> />
I 3 [A]<<strong>br</strong> />
V<<strong>br</strong> />
l<<strong>br</strong> />
f<<strong>br</strong> />
[V]<<strong>br</strong> />
Ligação estrela (Y)<<strong>br</strong> />
I<<strong>br</strong> />
V<<strong>br</strong> />
l<<strong>br</strong> />
l<<strong>br</strong> />
I<<strong>br</strong> />
f<<strong>br</strong> />
V<<strong>br</strong> />
f<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
3<<strong>br</strong> />
[A]<<strong>br</strong> />
[V]<<strong>br</strong> />
Potência Aparente Trifásica<<strong>br</strong> />
S U I 3<<strong>br</strong> />
[VA]<<strong>br</strong> />
l<<strong>br</strong> />
l<<strong>br</strong> />
Potência Eletromagnética<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
m E0<<strong>br</strong> />
U<<strong>br</strong> />
f<<strong>br</strong> />
m U<<strong>br</strong> />
f 1 1<<strong>br</strong> />
P<<strong>br</strong> />
sen 2<<strong>br</strong> />
Xd<<strong>br</strong> />
2 Xq Xd<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
sen<<strong>br</strong> />
[W]<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
Potência <strong>de</strong> Acionamento<<strong>br</strong> />
P<<strong>br</strong> />
n<<strong>br</strong> />
P<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
g<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
g<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
kW 100<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
[kW]<<strong>br</strong> />
Queda <strong>de</strong> Tensão<<strong>br</strong> />
U<<strong>br</strong> />
X<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
*<<strong>br</strong> />
%<<strong>br</strong> />
*<<strong>br</strong> />
d<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
I<<strong>br</strong> />
p<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
/ I<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
d<<strong>br</strong> />
n<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
X<<strong>br</strong> />
I / I 100<<strong>br</strong> />
p<<strong>br</strong> />
n<<strong>br</strong> />
[%]<<strong>br</strong> />
70
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
Conversão <strong>de</strong> Reatâncias<<strong>br</strong> />
Sn<<strong>br</strong> />
/ Sn Un<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
X /<<strong>br</strong> />
[pu]<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
X<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
( f<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
/ f<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
) <<strong>br</strong> />
2 1<<strong>br</strong> />
<<strong>br</strong> />
1<<strong>br</strong> />
Un2<<strong>br</strong> />
Corrente <strong>de</strong> Curto-Circuito<<strong>br</strong> />
Icc<<strong>br</strong> />
eff<<strong>br</strong> />
I<<strong>br</strong> />
f<<strong>br</strong> />
x 100<<strong>br</strong> />
Xd” em pu<<strong>br</strong> />
Xd"<<strong>br</strong> />
[A]<<strong>br</strong> />
Icc<<strong>br</strong> />
MÁX<<strong>br</strong> />
2,<<strong>br</strong> />
55 x I<<strong>br</strong> />
f<<strong>br</strong> />
x 100<<strong>br</strong> />
Xd” em pu<<strong>br</strong> />
Xd"<<strong>br</strong> />
[A]<<strong>br</strong> />
71
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
AVALIAÇÃO PROGRAMADA DO MANUAL DE MÁQUINAS SÍNCRONAS<<strong>br</strong> />
Instruções para o preenchimento do questionário:<<strong>br</strong> />
a) Respon<strong>de</strong>r sempre assinalando com "x" <strong>de</strong>ntro dos parênteses da alternativa (letra) correta.<<strong>br</strong> />
Exemplo:<<strong>br</strong> />
a. ( )<<strong>br</strong> />
b. ( )<<strong>br</strong> />
c. ( X )<<strong>br</strong> />
d. ( )<<strong>br</strong> />
e. ( )<<strong>br</strong> />
b) Cada questão tem somente uma alternativa (letra) correta.<<strong>br</strong> />
c) Se alguma alternativa for marcada errada, preencher todo o parêntese e assinalar a nova opção, como<<strong>br</strong> />
no exemplo.<<strong>br</strong> />
Exemplo:<<strong>br</strong> />
a. ( )<<strong>br</strong> />
b. ( X )<<strong>br</strong> />
c. ( )<<strong>br</strong> />
d. ( X )<<strong>br</strong> />
e. ( )<<strong>br</strong> />
72
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
1. NOÇÕES FUNDAMENTAIS<<strong>br</strong> />
1) Segundo a lei da indução <strong>de</strong> Faraday, po<strong>de</strong>mos afirmar:<<strong>br</strong> />
a. ( ) Fem induzida baseia-se no fato <strong>de</strong> termos movimento relativo entre uma espira e um campo magnético.<<strong>br</strong> />
b. ( ) A equação: e = B.l.v é válida para uma espira.<<strong>br</strong> />
c. ( ) A Fem po<strong>de</strong> ser induzida mesmo sem movimento relativo entre espira e campo.<<strong>br</strong> />
d. ( ) Se tivermos "N" espiras a Fem induzida será: e = N.B.l.v<<strong>br</strong> />
e. ( ) A lei citada no ítem d é válida apenas para uma espira.<<strong>br</strong> />
2) Se tivermos um gerador com 4 (quatro pólos), e sua máquina primária o aciona a 30 Rps, po<strong>de</strong>mos dizer<<strong>br</strong> />
que a freqüência será:<<strong>br</strong> />
a. ( ) 59,8 Hz.<<strong>br</strong> />
b. ( ) 60 Hz.<<strong>br</strong> />
c. ( ) 120 Hz.<<strong>br</strong> />
d. ( ) 50 Hz.<<strong>br</strong> />
e. ( ) 30 Hz.<<strong>br</strong> />
3) Na ligação estrela-série, quando fornecemos um gerador para operar em 3 tensões (220/380/440), para<<strong>br</strong> />
se obter 380V é correto afirmar:<<strong>br</strong> />
a. ( ) A ligação é a mesma <strong>de</strong> 220V e aumentamos a excitação da máquina.<<strong>br</strong> />
b. ( ) A ligação é a mesma <strong>de</strong> 440V e diminuímos a excitação da máquina.<<strong>br</strong> />
c. ( ) A corrente nominal do gerador é a mesma que em 440V.<<strong>br</strong> />
d. ( ) A reatância permanecerá inalterada para as diferentes tensões.<<strong>br</strong> />
e. ( ) Todos os <strong>geradores</strong> admitem estas ligações.<<strong>br</strong> />
4) Po<strong>de</strong>mos classificar dois tipos básicos <strong>de</strong> <strong>geradores</strong> quanto a forma <strong>de</strong> excitação:<<strong>br</strong> />
a. ( ) Com escovas e sem escovas.<<strong>br</strong> />
b. ( ) Monofásicos e polifásicos.<<strong>br</strong> />
c. ( ) Com 4 pólos ou 2 pólos.<<strong>br</strong> />
d. ( ) Armadura giratória e campo giratório.<<strong>br</strong> />
e. ( ) Todas as alternativas estão corretas.<<strong>br</strong> />
5) Quanto ao comportamento a vazio do gerador po<strong>de</strong>mos afirmar:<<strong>br</strong> />
a. ( ) Há uma pequena corrente circulando na armadura.<<strong>br</strong> />
b. ( ) A tensão <strong>de</strong> armadura da máquina fica <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte só da corrente <strong>de</strong> excitação.<<strong>br</strong> />
c. ( ) O estado <strong>de</strong> saturação da máquina po<strong>de</strong> ser observado pela relação entre tensão gerada e corrente <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
armadura.<<strong>br</strong> />
d. ( ) A somatória <strong>de</strong> perdas não difere da condição sob carga.<<strong>br</strong> />
e. ( ) Nesta condição a reação <strong>de</strong> armadura provoca distorções no fluxo principal.<<strong>br</strong> />
6) Quanto ao comportamento em carga <strong>de</strong> um gerador po<strong>de</strong>mos afirmar:<<strong>br</strong> />
a. ( ) O campo criado pela circulação <strong>de</strong> corrente da armadura provocará sempre um efeito <strong>de</strong>smagnetizante na<<strong>br</strong> />
máquina.<<strong>br</strong> />
b. ( ) A reação da armadura se comporta como no ítem "a", in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do cos .<<strong>br</strong> />
c. ( ) Devido a circulação <strong>de</strong> corrente com uma carga puramente resistiva, cria-se um campo que ten<strong>de</strong> a<<strong>br</strong> />
distorcer o campo principal.<<strong>br</strong> />
d. ( ) No ítem "c" o campo magnético induzido cria pólos em fase com relação aos pólos principais.<<strong>br</strong> />
e. ( ) Para cargas capacitivas o fluxo <strong>de</strong> reação <strong>de</strong> armadura é <strong>de</strong>smagnetizante.<<strong>br</strong> />
7) Quando da aplicação <strong>de</strong> uma carga puramente indutiva no gerador, po<strong>de</strong>-se afirmar:<<strong>br</strong> />
a. ( ) A corrente <strong>de</strong> carga estará <strong>de</strong>fasada <strong>de</strong> 90º em avanço em relação à tensão terminal.<<strong>br</strong> />
b. ( ) Devido a este tipo <strong>de</strong> carga ter característica <strong>de</strong>smagnetizante, teremos que ter um correspon<strong>de</strong>nte<<strong>br</strong> />
aumento da corrente <strong>de</strong> excitação.<<strong>br</strong> />
c. ( ) O efeito principal provocado por este tipo <strong>de</strong> carga é o <strong>de</strong> frenar rapidamente o gerador.<<strong>br</strong> />
d. ( ) A reação <strong>de</strong> armadura produz pólos em fase com a excitação.<<strong>br</strong> />
e. ( ) A corrente <strong>de</strong> excitação será menor que para uma carga <strong>de</strong> mesma intensida<strong>de</strong> e puramente resistiva.<<strong>br</strong> />
73
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
8) Na análise <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> máquinas síncronas em transitório, usa-se um artifício que facilita muito o<<strong>br</strong> />
cálculo e com o qual chegamos à resultados aceitáveis. Este artifício é:<<strong>br</strong> />
a. ( ) Estudo analítico das tensões induzidas.<<strong>br</strong> />
b. ( ) Decomposição das correntes <strong>de</strong> fase em correntes simétricas e equili<strong>br</strong>adas (eixo direto, quadratura e<<strong>br</strong> />
zero).<<strong>br</strong> />
c. ( ) Estudo do comportamento em regime da máquina.<<strong>br</strong> />
d. ( ) Decomposição das tensões <strong>de</strong> fase em tensões simétricas e equili<strong>br</strong>adas (eixo direto, quadratura e zero).<<strong>br</strong> />
e. ( ) Todas as questões citadas estão incorretas.<<strong>br</strong> />
9) A reatância da máquina, cujo valor po<strong>de</strong> ser obtido dividindo o valor da tensão da armadura antes da<<strong>br</strong> />
falta, pela corrente no início da falta é chamada:<<strong>br</strong> />
a. ( ) Reatância <strong>de</strong> eixo direto.<<strong>br</strong> />
b. ( ) Reatância <strong>de</strong> eixo em quadratura.<<strong>br</strong> />
c. ( ) Reatância síncrona.<<strong>br</strong> />
d. ( ) Reatância subtransitória.<<strong>br</strong> />
e. ( ) Reatância transitória.<<strong>br</strong> />
2. GERADORES <strong>WEG</strong><<strong>br</strong> />
10) Nos <strong>geradores</strong> <strong>de</strong> armadura fixa e excitação por escovas, po<strong>de</strong>mos afirmar:<<strong>br</strong> />
a. ( ) O escorvamento se inicia por uma fonte externa CA.<<strong>br</strong> />
b. ( ) A tensão <strong>de</strong> campo é controlada pelos diodos girantes.<<strong>br</strong> />
c. ( ) A excitatriz estática mantêm constante a tensão terminal, para qualquer carga e fator <strong>de</strong> potência <strong>de</strong>ntro<<strong>br</strong> />
das condições nominais da máquina.<<strong>br</strong> />
d. ( ) O escorvamento se inicia através da excitatriz auxiliar.<<strong>br</strong> />
e. ( ) É largamente empregado em telecomunicações.<<strong>br</strong> />
11) Assinale o que achar correto a respeito do enrolamento amortecedor.<<strong>br</strong> />
a. ( ) É constituído por barras <strong>de</strong> co<strong>br</strong>e ligadas entre si, formando uma gaiola.<<strong>br</strong> />
b. ( ) Tem a função <strong>de</strong> amortecer as oscilações provocadas pela máquina primária ou pela carga.<<strong>br</strong> />
c. ( ) Seu circuito é mantido aberto durante a partida.<<strong>br</strong> />
d. ( ) Tem por finalida<strong>de</strong> auxiliar o enrolamento <strong>de</strong> campo na produção <strong>de</strong> fluxo.<<strong>br</strong> />
e. ( ) É responsável pelo curto-circuito da máquina.<<strong>br</strong> />
12) Assinale a alternativa ERRADA.<<strong>br</strong> />
a. ( ) Os enrolamentos amortecedores também atuam para diminuir a intensida<strong>de</strong> das oscilações <strong>de</strong> carga.<<strong>br</strong> />
b. ( ) Os motores síncronos partem como se fossem motores <strong>de</strong> gaiola (assíncronos).<<strong>br</strong> />
c. ( ) Os motores síncronos possuem por sí só elevados conjugados <strong>de</strong> partida.<<strong>br</strong> />
d. ( ) A ação da gaiola, quando <strong>de</strong> assincronismo, está baseado na lei <strong>de</strong> Lenz.<<strong>br</strong> />
e. ( ) No motor síncrono, curto-circuita-se o enrolamento <strong>de</strong> campo no ato da partida, com o intuito <strong>de</strong> evitar a<<strong>br</strong> />
indução <strong>de</strong> tensões muito altas em seu enrolamento.<<strong>br</strong> />
13) Em termos <strong>de</strong> característica <strong>de</strong> <strong>geradores</strong> Brushless po<strong>de</strong>mos afirmar:<<strong>br</strong> />
a. ( ) A excitação é obtida <strong>de</strong> um gerador <strong>de</strong> pólos fixos (estator da excitatriz principal) e <strong>de</strong> uma ponte<<strong>br</strong> />
retificadora girante.<<strong>br</strong> />
b. ( ) O escorvamento se inicia através <strong>de</strong> uma fonte CA.<<strong>br</strong> />
c. ( ) As induções <strong>de</strong> tensão ocorrem mesmo com o rotor inerte.<<strong>br</strong> />
d. ( ) Os diodos girantes retificam a tensão trifásica proveniente da excitatriz auxiliar, alimentando o campo da<<strong>br</strong> />
máquina principal.<<strong>br</strong> />
e. ( ) Todas as alternativas acima estão incorretas.<<strong>br</strong> />
74
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
14) Assinalar o correto.<<strong>br</strong> />
a. ( ) O gerador Brushless é constituído <strong>de</strong> 2 partes principais: máquina principal e excitatriz principal.<<strong>br</strong> />
b. ( ) O regulador <strong>de</strong> tensão é alimentado pelos terminais da excitatriz principal.<<strong>br</strong> />
c. ( ) A corrente <strong>de</strong> carga é mantida com o uso <strong>de</strong> uma excitatriz auxiliar in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da carga.<<strong>br</strong> />
d. ( ) Dos terminais do gerador é retirado a referência para a excitatriz principal.<<strong>br</strong> />
e. ( ) Um inconveniente da excitatriz auxiliar é a sua elevada potência, fato este que implica em gran<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />
dimensões.<<strong>br</strong> />
15) Dentre as vantagens do sistema Brushless so<strong>br</strong>e o sistema com escovas assinalar a alternativa correta.<<strong>br</strong> />
a. ( ) Introduz rádio interferência <strong>de</strong>vido ao mau contato das escovas.<<strong>br</strong> />
b. ( ) Menor manutenção.<<strong>br</strong> />
c. ( ) Possui menos quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> diodos girantes.<<strong>br</strong> />
d. ( ) Menor tempo <strong>de</strong> resposta em comparação ao sistema com escovas.<<strong>br</strong> />
e. ( ) Não introduz interferência <strong>de</strong>vido ao chaveamento do regulador <strong>de</strong> tensão.<<strong>br</strong> />
16) Assinalar o correto:<<strong>br</strong> />
a. ( ) O regulador compara uma tensão <strong>de</strong> referência (interna) com uma tensão real coletada nos terminais da<<strong>br</strong> />
máquina e os transforma em valores apropriados para o controle da excitação.<<strong>br</strong> />
b. ( ) O regulador operar com a referência na corrente <strong>de</strong> excitação.<<strong>br</strong> />
c. ( ) Se não existir tensão e corrente <strong>de</strong> referência (do terminal) para o regulador, a tensão terminal cairá à<<strong>br</strong> />
zero.<<strong>br</strong> />
d. ( ) O transistor <strong>de</strong> potência do regulador é alimentado pela excitatriz principal.<<strong>br</strong> />
e. ( ) Nenhuma das alternativas acima está correta.<<strong>br</strong> />
17) Complete utilizando as alternativas:<<strong>br</strong> />
" Um gerador Brushless, funcionando com velocida<strong>de</strong> constante e fator <strong>de</strong> potência entre 0,8 e 1,0,<<strong>br</strong> />
proporciona uma precisão estacionária <strong>de</strong> tensão <strong>de</strong> entre vazio e plena carga. Quedas na rotação<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> até não provocam efeito so<strong>br</strong>e a gran<strong>de</strong>za da tensão do gerador. Po<strong>de</strong>mos ajustar a tensão do<<strong>br</strong> />
gerador em da tensão nominal ”.<<strong>br</strong> />
a. ( ) 1%, 12%, 5%.<<strong>br</strong> />
b. ( ) 0,5%, 10%, 2%.<<strong>br</strong> />
c. ( ) 0,5%, 5%, 8%.<<strong>br</strong> />
d. ( ) 0,5%, 5%, 15%.<<strong>br</strong> />
e. ( ) 0,1%, 2%, 5%.<<strong>br</strong> />
3. CARACTERÍSTICAS DE AMBIENTE<<strong>br</strong> />
18) Assinale a alternativa que estiver INCORRETA:<<strong>br</strong> />
a. ( ) Acima <strong>de</strong> 1000m <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong> os <strong>geradores</strong> po<strong>de</strong>m apresentar aquecimento se não forem previstos para a<<strong>br</strong> />
utilização nesta condição.<<strong>br</strong> />
b. ( ) O aquecimento do gerador varia com o quadrado da potência.<<strong>br</strong> />
c. ( ) Acima <strong>de</strong> 1000m o ar é mais rarefeito, diminuindo o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> arrefecimento do gerador.<<strong>br</strong> />
d. ( ) Acima <strong>de</strong> 1000m o gerador apresenta uma menor troca <strong>de</strong> calor com o meio refrigerante.<<strong>br</strong> />
e. ( ) Nas condições <strong>de</strong> 1000m <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong> e 40ºC <strong>de</strong> temperatura ambiente, o gerador está apto a fornecer a<<strong>br</strong> />
potência nominal <strong>de</strong> placa.<<strong>br</strong> />
19) Se um gerador trabalhar a 2000m <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong> e 55ºC <strong>de</strong> temperatura ambiente, sua potência útil será<<strong>br</strong> />
(para Isolamento classe H):<<strong>br</strong> />
a. ( ) 70%.<<strong>br</strong> />
b. ( ) 92,5%.<<strong>br</strong> />
c. ( ) 80%.<<strong>br</strong> />
d. ( ) 90%.<<strong>br</strong> />
e. ( ) 50%.<<strong>br</strong> />
75
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
20) Associe a coluna da esquerda com a da direita<<strong>br</strong> />
(1) IP 54. ( ) Pingos <strong>de</strong> água a 15º da vertical.<<strong>br</strong> />
(2) IP 55. ( ) Água <strong>de</strong> chuva a 60º da vertical.<<strong>br</strong> />
(3) IP 44. ( ) Respingos <strong>de</strong> todas as direções.<<strong>br</strong> />
(4) IP 22. ( ) Pingos <strong>de</strong> água na vertical.<<strong>br</strong> />
(5) IP 21. ( ) Jatos <strong>de</strong> água <strong>de</strong> todas as direções.<<strong>br</strong> />
(6) IP 23. ( ) Proteção contra acúmulos <strong>de</strong> poeira.<<strong>br</strong> />
21) Associe a coluna da esquerda com a da direita<<strong>br</strong> />
(1) IP 54. ( ) Corpos estranhos acima <strong>de</strong> 1mm.<<strong>br</strong> />
(2) IP 21. ( ) Corpos estranhos acima <strong>de</strong> 50mm.<<strong>br</strong> />
(3) IP 44. ( ) Acúmulo <strong>de</strong> poeira.<<strong>br</strong> />
(4) IP 12. ( ) Corpos estranhos acima <strong>de</strong> 12mm.<<strong>br</strong> />
22) Com relação às proteções, assinale a afirmativa correta:<<strong>br</strong> />
a. ( ) Qualquer grau <strong>de</strong> proteção substitui os graus <strong>de</strong> proteção superior com vantagens.<<strong>br</strong> />
b. ( ) Os graus <strong>de</strong> proteção IP 21, IP 22, IP 23 são para máquinas fechadas.<<strong>br</strong> />
c. ( ) Máquinas IP 44 são totalmente fechadas com ventilação externa.<<strong>br</strong> />
d. ( ) Em máquinas IPW55 o ar externo circula <strong>de</strong>ntro da máquina.<<strong>br</strong> />
e. ( ) Qualquer grau <strong>de</strong> proteção substitui os graus <strong>de</strong> proteção inferiores com vantagens.<<strong>br</strong> />
23) Sistema <strong>de</strong> ventilação é um "sistema <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> calor entre partes aquecidas do gerador e o ar<<strong>br</strong> />
ambiente". Com base nesta afirmação, associe a coluna da esquerda com a da direita.<<strong>br</strong> />
(1) Gerador totalmente fechado sem ventilação. ( )IP 55.<<strong>br</strong> />
(2) Gerador aberto. ( )IP 23.<<strong>br</strong> />
(3) Gerador totalmente fechado com ventilação externa. ( )É raramente usado (aplicação restrita)<<strong>br</strong> />
(4) Gerador totalmente fechado. ( )Um ventilador se encontra fora da<<strong>br</strong> />
carcaça.<<strong>br</strong> />
24) Os resistores <strong>de</strong> aquecimento são utilizados em <strong>geradores</strong> instalados em:<<strong>br</strong> />
a. ( ) Ambientes muito secos.<<strong>br</strong> />
b. ( ) Ambientes muito úmidos.<<strong>br</strong> />
c. ( ) Ambientes muito quentes.<<strong>br</strong> />
d. ( ) Geradores tipo rurais.<<strong>br</strong> />
e. ( ) Ambientes corrosivos.<<strong>br</strong> />
4. CARACTERÍSTICAS DE DESEMPENHO<<strong>br</strong> />
25) Quando se fala em potência nominal do gerador, é correto afirmar:<<strong>br</strong> />
a. ( ) É a potência necessária para acioná-lo.<<strong>br</strong> />
b. ( ) É a potência que o gerador fornece em regime contínuo e com suas características nominais.<<strong>br</strong> />
c. ( ) É a potência <strong>de</strong> "stand-by".<<strong>br</strong> />
d. ( ) É maior do que a potência <strong>de</strong> acionamento do gerador, dada em KW.<<strong>br</strong> />
e. ( ) É a potência <strong>de</strong>senvolvida pela máquina primária.<<strong>br</strong> />
26) NÃO é correto afirmar:<<strong>br</strong> />
a. ( ) Quando aplicamos uma so<strong>br</strong>ecarga em um gerador corremos o risco <strong>de</strong> ultrapassar o limite <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
estabilida<strong>de</strong> do mesmo.<<strong>br</strong> />
b. ( ) Po<strong>de</strong>rá ocorrer a queima do gerador na condição <strong>de</strong> so<strong>br</strong>ecarga.<<strong>br</strong> />
c. ( ) Mesmo em so<strong>br</strong>ecargas leves, teremos uma redução na vida útil.<<strong>br</strong> />
d. ( ) A temperatura do enrolamento estatórico sobe numa proporção cúbica com o aumento da corrente.<<strong>br</strong> />
e. ( ) O gerador po<strong>de</strong> ser projetado para operar com so<strong>br</strong>ecargas.<<strong>br</strong> />
76
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
27) Para um gerador que será conectado à cargas com diferentes fatores <strong>de</strong> potência é correto afirmar:<<strong>br</strong> />
a. ( ) É necessário conhecer somente o fator <strong>de</strong> potência da maior carga.<<strong>br</strong> />
b. ( ) Devemos obter a média <strong>de</strong> todos os fatores <strong>de</strong> potência envolvidos.<<strong>br</strong> />
c. ( ) Devemos conhecer os componentes <strong>de</strong> potência ativa e reativa das cargas, calcular a potência aparente<<strong>br</strong> />
geral e em seguida o fator <strong>de</strong> potência geral.<<strong>br</strong> />
d. ( ) Po<strong>de</strong>remos adotar "na pior das hipóteses" fator <strong>de</strong> potência 1,0.<<strong>br</strong> />
e. ( ) Po<strong>de</strong>remos <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rar as cargas indutivas.<<strong>br</strong> />
28) Assinalar a resposta correta:<<strong>br</strong> />
a. ( ) Em um gerador, a razão entre a potência do mesmo e a potência <strong>de</strong> acionamento <strong>de</strong>fine as perdas.<<strong>br</strong> />
b. ( ) Toda máquina primária possui rendimento igual a 100%.<<strong>br</strong> />
c. ( ) Em um gerador a razão entre a potência do mesmo e a potência <strong>de</strong> acionamento <strong>de</strong>fine o rendimento.<<strong>br</strong> />
d. ( ) Não existe relação entre a potência do gerador e a potência do acionamento.<<strong>br</strong> />
e. ( ) O gerador não precisa <strong>de</strong> máquina primária para a produção <strong>de</strong> energia.<<strong>br</strong> />
29) Relacione as colunas<<strong>br</strong> />
(1) Classe A. ( ) 155ºC.<<strong>br</strong> />
(2) Classe E. ( ) 180ºC.<<strong>br</strong> />
(3) Classe B. ( ) 120ºC.<<strong>br</strong> />
(4) Classe F. ( ) 130ºC.<<strong>br</strong> />
(5) Classe H. ( ) 105ºC.<<strong>br</strong> />
30) Ainda relacionado com classe <strong>de</strong> isolamento, po<strong>de</strong>mos afirmar:<<strong>br</strong> />
a. ( ) As classes F e H são normalmente utilizadas em <strong>geradores</strong> da <strong>WEG</strong>.<<strong>br</strong> />
b. ( ) As classes <strong>de</strong> isolamento <strong>de</strong>terminam a mínima temperatura suportável pela máquina sem afetar sua vida<<strong>br</strong> />
útil.<<strong>br</strong> />
c. ( ) 8 a 10ºC <strong>de</strong> elevação <strong>de</strong> temperatura da isolação não compromete a vida útil da máquina girante.<<strong>br</strong> />
d. ( ) O tipo <strong>de</strong> material isolante só interessa para ambientes com gran<strong>de</strong> grau <strong>de</strong> umida<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />
e. ( ) Todas as alternativas acima estão erradas.<<strong>br</strong> />
31) Em <strong>geradores</strong> que utilizam isolamento <strong>de</strong> classe F. Para uma temperatura ambiente <strong>de</strong> 40ºC, a elevação<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> temperatura admitida nos enrolamentos e a temperatura do seu ponto mais quente são<<strong>br</strong> />
respectivamente:<<strong>br</strong> />
a. ( ) 80ºC e 130ºC.<<strong>br</strong> />
b. ( ) 100ºC e 130ºC.<<strong>br</strong> />
c. ( ) 125ºC e 180ºC.<<strong>br</strong> />
d. ( ) 100ºC e 155ºC.<<strong>br</strong> />
e. ( ) 80ºC e 155ºC.<<strong>br</strong> />
32) O enrolamento <strong>de</strong> armadura (fio <strong>de</strong> co<strong>br</strong>e) <strong>de</strong> um gerador após o ensaio <strong>de</strong> elevação <strong>de</strong> temperatura<<strong>br</strong> />
apresentou uma resistência <strong>de</strong> 0,18Ω. Qual foi a elevação <strong>de</strong> temperatura <strong>de</strong>ste enrolamento se a<<strong>br</strong> />
resistência fria medida a 22ºC foi <strong>de</strong> 0,14 Ω, consi<strong>de</strong>rando que a temperatura ambiente não se alterou<<strong>br</strong> />
durante o ensaio?<<strong>br</strong> />
a. ( ) 72,9ºC.<<strong>br</strong> />
b. ( ) 57,1ºC.<<strong>br</strong> />
c. ( ) 71,4ºC.<<strong>br</strong> />
d. ( ) 73,4ºC.<<strong>br</strong> />
e. ( ) 83,5ºC.<<strong>br</strong> />
33) Com relação à queda <strong>de</strong> tensão em <strong>geradores</strong>, po<strong>de</strong>mos dizer que APENAS um <strong>de</strong>stes ítens não influem<<strong>br</strong> />
no resultado final.<<strong>br</strong> />
a. ( ) Tipo <strong>de</strong> carga que está conectado ao gerador.<<strong>br</strong> />
b. ( ) Depen<strong>de</strong> do cos da carga.<<strong>br</strong> />
c. ( ) Depen<strong>de</strong> da reatância do gerador.<<strong>br</strong> />
d. ( ) Depen<strong>de</strong> do tipo <strong>de</strong> regulação <strong>de</strong> tensão.<<strong>br</strong> />
e. ( ) Depen<strong>de</strong> da tensão nominal da carga.<<strong>br</strong> />
77
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
34) É correto afirmar:<<strong>br</strong> />
a. ( ) Partidas <strong>de</strong> motores <strong>de</strong> indução quase não afetam o gerador, pois estes apresentam baixas correntes <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
partida.<<strong>br</strong> />
b. ( ) Os motores <strong>de</strong> indução apresentam elevados cos na partida.<<strong>br</strong> />
c. ( ) A reatância <strong>de</strong> um gerador é constante e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da tensão que está sendo utilizada.<<strong>br</strong> />
d. ( ) O fator <strong>de</strong> potência <strong>de</strong> motores <strong>de</strong> indução na partida é da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 0,3.<<strong>br</strong> />
e. ( ) Se o gerador possuir um regulador, sua tensão sempre ficará fixa, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da carga.<<strong>br</strong> />
35) Consi<strong>de</strong>rando a influência do fator <strong>de</strong> potência no cálculo da queda <strong>de</strong> tensão, no instante da partida da<<strong>br</strong> />
carga alimentada por gerador, po<strong>de</strong>mos afirmar:<<strong>br</strong> />
a. ( ) A queda <strong>de</strong> tensão será a mesma para qualquer fator <strong>de</strong> potência.<<strong>br</strong> />
b. ( ) Quando da partida <strong>de</strong> motores <strong>de</strong> indução, o fator <strong>de</strong> potência será baixo e sua influência na queda <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
tensão será muito pequena.<<strong>br</strong> />
c. ( ) Quanto menor o fator <strong>de</strong> potência maior a queda <strong>de</strong> tensão.<<strong>br</strong> />
d. ( ) Quando do cálculo da queda <strong>de</strong> tensão, <strong>de</strong>veremos conhecer o fator <strong>de</strong> potência da maior carga.<<strong>br</strong> />
e. ( ) O fator <strong>de</strong> potência não tem influência na queda <strong>de</strong> tensão.<<strong>br</strong> />
36) Supondo que tenhamos um gerador e quando da partida <strong>de</strong> um motor assíncrono <strong>de</strong> indução calculou-se<<strong>br</strong> />
a queda <strong>de</strong> tensão, consi<strong>de</strong>rando-se FP = 0, e resultou U = 20%. Logo após constatou-se que o FP na<<strong>br</strong> />
partida era 0,4. Qual será a queda <strong>de</strong> tensão real? (consi<strong>de</strong>re Xd' = 20% do gerador).<<strong>br</strong> />
a. ( ) 15%.<<strong>br</strong> />
b. ( ) 10%.<<strong>br</strong> />
c. ( ) 19%.<<strong>br</strong> />
d. ( ) 22%.<<strong>br</strong> />
e. ( ) 27%.<<strong>br</strong> />
37) São tipos <strong>de</strong> carga inicial em <strong>geradores</strong>.<<strong>br</strong> />
a. ( ) FP constante, resistência constante e impedância constante.<<strong>br</strong> />
b. ( ) kVA constante, corrente constante e impedância constante.<<strong>br</strong> />
c. ( ) FP constante, corrente constante e impedância constante.<<strong>br</strong> />
d. ( ) kVA constante, resistência constante e impedância constante.<<strong>br</strong> />
e. ( ) FP constante, admitância constante e impedância constante.<<strong>br</strong> />
38) É correto afirmar:<<strong>br</strong> />
a. ( ) Cargas do tipo impedância constante agravam o efeito da queda <strong>de</strong> tensão.<<strong>br</strong> />
b. ( ) Aquecedores e lâmpadas são cargas do tipo corrente constante.<<strong>br</strong> />
c. ( ) Para carga do tipo kVA constante, com uma redução na tensão teremos um acréscimo da corrente.<<strong>br</strong> />
d. ( ) Ao se combinar cargas do tipo kVA constante e corrente constante, obteremos cargas do tipo tensão<<strong>br</strong> />
constante.<<strong>br</strong> />
e. ( ) Motores <strong>de</strong> indução à vazio são exemplos <strong>de</strong> cargas tipo kVA constante.<<strong>br</strong> />
39) Quando partimos um motor alimentado por um gerador, <strong>de</strong>vemos observar:<<strong>br</strong> />
a. ( ) A reatância subtransitória do motor.<<strong>br</strong> />
b. ( ) A corrente <strong>de</strong> partida do motor.<<strong>br</strong> />
c. ( ) O efeito da geração <strong>de</strong> reativos.<<strong>br</strong> />
d. ( ) A resistência da cablagem que liga o gerador à carga.<<strong>br</strong> />
e. ( ) Nenhuma das alternativas está correta.<<strong>br</strong> />
40) Quanto a operação em paralelo <strong>de</strong> <strong>geradores</strong>, po<strong>de</strong>mos afirmar:<<strong>br</strong> />
a. ( ) Normalmente quando temos motores <strong>de</strong> pequena potência utilizamos <strong>geradores</strong> em paralelo.<<strong>br</strong> />
b. ( ) Se tivermos dois <strong>geradores</strong> em paralelo, a reatância equivalente será duas vezes a reatância <strong>de</strong> um dos<<strong>br</strong> />
<strong>geradores</strong>.<<strong>br</strong> />
c. ( ) Um gerador não influencia a distribuição <strong>de</strong> potência do outro.<<strong>br</strong> />
d. ( ) Para cálculo da queda <strong>de</strong> tensão neste caso, <strong>de</strong>vemos calcular a reatância equivalente dos <strong>geradores</strong>.<<strong>br</strong> />
e. ( ) Todas as alternativas acima estão corretas.<<strong>br</strong> />
78
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
41) Quando da operação em paralelo <strong>de</strong> <strong>geradores</strong> <strong>de</strong>vemos fornecer ao regulador uma referência <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
corrente e tensão, que é feito:<<strong>br</strong> />
a. ( ) Diretamente.<<strong>br</strong> />
b. ( ) Utilizando TC (com relação In:5) e referência direto nos terminais do gerador ou através <strong>de</strong> TP.<<strong>br</strong> />
c. ( ) Por meio <strong>de</strong> resistores.<<strong>br</strong> />
d. ( ) Por meio <strong>de</strong> capacitores.<<strong>br</strong> />
e. ( ) Somente com TC.<<strong>br</strong> />
5. CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS<<strong>br</strong> />
42) Assinale o que estiver correto a respeito dos <strong>geradores</strong> <strong>WEG</strong> linha G:<<strong>br</strong> />
a. ( ) A carcaça da máquina principal é <strong>de</strong> chapa <strong>de</strong> aço calandrado.<<strong>br</strong> />
b. ( ) O rotor da máquina principal aloja o enrolamento <strong>de</strong> campo.<<strong>br</strong> />
c. ( ) A excitatriz auxiliar é montada internamente à máquina principal.<<strong>br</strong> />
d. ( ) O enrolamento auxiliar é monofásico e alimenta o regulador <strong>de</strong> tensão.<<strong>br</strong> />
e. ( ) As letras “a”, “b” e “d” estão corretas.<<strong>br</strong> />
43) A respeito da forma construtiva po<strong>de</strong>mos afirmar:<<strong>br</strong> />
a. ( ) B15 significa gerador com duplo mancal.<<strong>br</strong> />
b. ( ) B35 significa duplo mancal e acoplamento por polias.<<strong>br</strong> />
c. ( ) As formas construtivas D5 e D6 são utilizadas para <strong>geradores</strong> <strong>de</strong> pequeno porte.<<strong>br</strong> />
d. ( ) Os <strong>geradores</strong> <strong>WEG</strong> na forma construtiva B3 possuem ponta <strong>de</strong> eixo voltada para baixo.<<strong>br</strong> />
e. ( ) Todas as alternativas acima estão incorretas.<<strong>br</strong> />
6. SELEÇÃO DE GERADORES<<strong>br</strong> />
44) Os <strong>geradores</strong> <strong>WEG</strong> só não aten<strong>de</strong>m à uma aplicação que é:<<strong>br</strong> />
a. ( ) Aplicação industrial.<<strong>br</strong> />
b. ( ) Aplicação naval.<<strong>br</strong> />
c. ( ) Aplicação em área à prova <strong>de</strong> explosão.<<strong>br</strong> />
d. ( ) Aplicação em telecomunicações.<<strong>br</strong> />
e. ( ) Aplicação em ambientes agressivos.<<strong>br</strong> />
45) São características exigidas para aplicação em Telecomunicações:<<strong>br</strong> />
a. ( ) Alta distorção harmônica.<<strong>br</strong> />
b. ( ) Excitação com escovas.<<strong>br</strong> />
c. ( ) Baixa reatância transitória.<<strong>br</strong> />
d. ( ) Distorção harmônica ≤ 3% para cargas lineares e Xd” < 12%<<strong>br</strong> />
e. ( ) Todas as alternativas acima estão corretas.<<strong>br</strong> />
46) É característica <strong>de</strong> um gerador <strong>WEG</strong> da linha G Industrial:<<strong>br</strong> />
a. ( ) Distorção harmônica superior a 5%.<<strong>br</strong> />
b. ( ) Corrente <strong>de</strong> curto-circuito 3,0 x IN por 10s.<<strong>br</strong> />
c. ( ) Alimenta normalmente cargas com fator <strong>de</strong> potência < 0,5.<<strong>br</strong> />
d. ( ) So<strong>br</strong>ecargas momentâneas 5 x IN durante 20s.<<strong>br</strong> />
e. ( ) Queda <strong>de</strong> rotação admissível 15%.<<strong>br</strong> />
47) Trata-se <strong>de</strong> um ponto importante ao especificar gerador para alimentar cargas <strong>de</strong>formantes:<<strong>br</strong> />
a. ( ) Utilizar bobina <strong>de</strong> alisamento no gerador.<<strong>br</strong> />
b. ( ) Analisar a distorção harmônica em tensão do gerador.<<strong>br</strong> />
c. ( ) Utilizar gerador com passo <strong>de</strong> bobinagem 2/3.<<strong>br</strong> />
d. ( ) Utilizar gerador <strong>de</strong> potência menor.<<strong>br</strong> />
e. ( ) Utilizar gerador <strong>de</strong> reatância o maior possível.<<strong>br</strong> />
79
DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />
7. ENSAIOS<<strong>br</strong> />
48) Com relação aos Ensaios <strong>de</strong> Tipo po<strong>de</strong>mos citar:<<strong>br</strong> />
a. ( ) Manutenção da corrente <strong>de</strong> curto-circuito.<<strong>br</strong> />
b. ( ) Distorção harmônica.<<strong>br</strong> />
c. ( ) Nível <strong>de</strong> ruído.<<strong>br</strong> />
d. ( ) Reatância subtransitória <strong>de</strong> eixo direto (Xd”).<<strong>br</strong> />
e. ( ) Nenhuma das alternativas acima está correta.<<strong>br</strong> />
80