04.09.2016 Views

WEG-curso-dt-5-caracteristicas-e-especificacoes-de-geradores-artigo-tecnico-portugues-br

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

DT-5<<strong>br</strong> />

CARACTERÍSTICAS E<<strong>br</strong> />

ESPECIFICAÇÕES<<strong>br</strong> />

DE<<strong>br</strong> />

GERADORES<<strong>br</strong> />

TR216-12


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

ÍNDICE<<strong>br</strong> />

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 4<<strong>br</strong> />

1.1. HISTÓRICO ....................................................................................................................... 4<<strong>br</strong> />

1.2. NOÇÕES DE APLICAÇÕES .................................................................................................... 4<<strong>br</strong> />

1.2.1. Tipos <strong>de</strong> acionamentos............................................................................................ 4<<strong>br</strong> />

2. NOÇÕES FUNDAMENTAIS........................................................................................................... 5<<strong>br</strong> />

2.1. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO......................................................................................... 5<<strong>br</strong> />

2.2. GERAÇÃO DE CORRENTE TRIFÁSICA .................................................................................... 6<<strong>br</strong> />

2.2.1. Ligações no sistema trifásico .................................................................................... 6<<strong>br</strong> />

2.2.2. Tensão nominal múltipla.......................................................................................... 8<<strong>br</strong> />

2.3. COMPORTAMENTO DO GERADOR EM VAZIO E SOB CARGA ...................................................10<<strong>br</strong> />

2.4. MÁQUINAS DE PÓLOS LISOS E SALIENTES ..........................................................................12<<strong>br</strong> />

2.5. REATÂNCIAS ....................................................................................................................13<<strong>br</strong> />

2.6. POTÊNCIA EM MÁQUINAS DE PÓLOS SALIENTES .................................................................14<<strong>br</strong> />

2.7. DEFINIÇÕES .....................................................................................................................15<<strong>br</strong> />

2.7.1. Distorção harmônica ..............................................................................................15<<strong>br</strong> />

2.7.2. Fator <strong>de</strong> <strong>de</strong>svio .....................................................................................................15<<strong>br</strong> />

2.7.3. Modulação <strong>de</strong> tensão .............................................................................................16<<strong>br</strong> />

2.7.4. Desequilí<strong>br</strong>io angular .............................................................................................16<<strong>br</strong> />

2.7.5. Desbalanceamento <strong>de</strong> tensão .................................................................................16<<strong>br</strong> />

2.7.6. Transiente <strong>de</strong> tensão .............................................................................................16<<strong>br</strong> />

2.7.7. Tolerância <strong>de</strong> tensão ..............................................................................................16<<strong>br</strong> />

2.7.8. Tensão Residual ....................................................................................................16<<strong>br</strong> />

3. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO ............................................................................................ 17<<strong>br</strong> />

4. CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS ........................................................................................ 18<<strong>br</strong> />

4.1. COMPONENTES PRINCIPAIS ...............................................................................................18<<strong>br</strong> />

4.1.1. Estator da máquina principal ...................................................................................18<<strong>br</strong> />

4.1.2. Rotor da máquina principal .....................................................................................18<<strong>br</strong> />

4.1.3. Estator da excitatriz principal ..................................................................................18<<strong>br</strong> />

4.1.4. Rotor da excitatriz principal e diodos retificadores girantes .........................................18<<strong>br</strong> />

4.1.5. Excitatriz auxiliar ...................................................................................................18<<strong>br</strong> />

4.1.6. Enrolamento auxiliar (ou bobina auxiliar)..................................................................18<<strong>br</strong> />

4.2. PLACA DE IDENTIFICAÇÃO.................................................................................................19<<strong>br</strong> />

4.3. PINTURA - GERADORES PARA APLICAÇÃO INDUSTRIAL GERAL .............................................19<<strong>br</strong> />

4.4. TERMINAIS DE ATERRAMENTO ..........................................................................................20<<strong>br</strong> />

4.5. MANCAIS..........................................................................................................................20<<strong>br</strong> />

4.6. FORMA CONSTRUTIVA.......................................................................................................23<<strong>br</strong> />

5. GERADORES <strong>WEG</strong> ..................................................................................................................... 29<<strong>br</strong> />

5.1. NORMAS APLICÁVEIS ........................................................................................................31<<strong>br</strong> />

5.2. GERADORES COM EXCITAÇÃO POR ESCOVAS ......................................................................31<<strong>br</strong> />

5.3. GERADORES COM EXCITAÇÃO SEM ESCOVAS (BRUSHLESS) ..................................................32<<strong>br</strong> />

5.4. GERADORES COM EXCITAÇÃO SEM ESCOVAS PARA APLICAÇÕES ESPECIAIS ..........................34<<strong>br</strong> />

5.5. MOTORES SÍNCRONOS ......................................................................................................34<<strong>br</strong> />

5.6. REGULADOR DE TENSÃO ...................................................................................................36<<strong>br</strong> />

5.7. TEMPO DE REGULAGEM DA TENSÃO (TEMPO DE RESPOSTA) ................................................36<<strong>br</strong> />

6. CARACTERÍSTICAS DO AMBIENTE ........................................................................................... 38<<strong>br</strong> />

6.1. ALTITUDE ........................................................................................................................38<<strong>br</strong> />

6.2. TEMPERATURA AMBIENTE .................................................................................................38<<strong>br</strong> />

6.3. DETERMINAÇÃO DA POTÊNCIA ÚTIL DO GERADOR NAS DIVERSAS CONDIÇÕES DE<<strong>br</strong> />

TEMPERATURA E ALTITUDE .....................................................................................................38<<strong>br</strong> />

2


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

6.4. ATMOSFERA AMBIENTE .....................................................................................................38<<strong>br</strong> />

6.4.1. Ambientes agressivos .............................................................................................38<<strong>br</strong> />

6.5. GRAUS DE PROTEÇÃO .......................................................................................................39<<strong>br</strong> />

6.5.1. Código <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação ..........................................................................................39<<strong>br</strong> />

6.5.2. Tipos usuais ..........................................................................................................40<<strong>br</strong> />

6.6. LIMITES DE RUÍDO ...........................................................................................................40<<strong>br</strong> />

6.7. VIBRAÇÃO ........................................................................................................................41<<strong>br</strong> />

6.8. VENTILAÇÃO ....................................................................................................................42<<strong>br</strong> />

6.8.1. Gerador aberto ......................................................................................................42<<strong>br</strong> />

6.8.2. Gerador totalmente fechado ...................................................................................42<<strong>br</strong> />

6.9. ACESSÓRIOS E ESPECIALIDADES........................................................................................43<<strong>br</strong> />

6.9.1. Resistor <strong>de</strong> aquecimento ........................................................................................43<<strong>br</strong> />

4.9.2. Proteção térmica <strong>de</strong> <strong>geradores</strong> elétricos ...................................................................43<<strong>br</strong> />

6.9.2.1. Termoresistores .................................................................................................... 43<<strong>br</strong> />

6.9.2.2. Termistores (PTC e NTC) ....................................................................................... 44<<strong>br</strong> />

6.9.2.3. Termostatos ......................................................................................................... 44<<strong>br</strong> />

7. CARACTERÍSTICAS DE DESEMPENHO ...................................................................................... 46<<strong>br</strong> />

7.1. POTÊNCIA NOMINAL .........................................................................................................46<<strong>br</strong> />

7.2. ELEVAÇÃO DE TEMPERATURA - CLASSE DE ISOLAMENTO .....................................................48<<strong>br</strong> />

7.2.1. Aquecimento do enrolamento .................................................................................48<<strong>br</strong> />

7.2.2. Vida útil <strong>de</strong> máquinas elétricas girantes ....................................................................48<<strong>br</strong> />

7.2.3. Classes <strong>de</strong> isolamento ............................................................................................48<<strong>br</strong> />

7.2.4. Medida da temperatura do enrolamento ...................................................................49<<strong>br</strong> />

7.2.5. Aplicação a máquinas elétricas ................................................................................50<<strong>br</strong> />

7.3. QUEDA DE TENSÃO ...........................................................................................................50<<strong>br</strong> />

7.3.1. Cálculo da queda <strong>de</strong> tensão ....................................................................................50<<strong>br</strong> />

7.3.2. Influência do fator <strong>de</strong> potência ................................................................................51<<strong>br</strong> />

7.3.3. Influência da carga inicial .......................................................................................51<<strong>br</strong> />

7.3.4. Limitações na partida <strong>de</strong> motores ............................................................................54<<strong>br</strong> />

7.4. SOBRECARGA ...................................................................................................................57<<strong>br</strong> />

7.5. SOBREVELOCIDADE ..........................................................................................................57<<strong>br</strong> />

7.6. CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO .......................................................................................57<<strong>br</strong> />

7.7. CONVERSÃO DE REATÂNCIAS ............................................................................................57<<strong>br</strong> />

7.8. PROTEÇÃO DO GERADOR ..................................................................................................58<<strong>br</strong> />

7.9. REGIME DE SERVIÇO .........................................................................................................59<<strong>br</strong> />

7.9.1. Regimes Padronizados ...........................................................................................59<<strong>br</strong> />

7.10. DIAGRAMA DE CARGA......................................................................................................61<<strong>br</strong> />

7.11. OPERAÇÃO EM PARALELO DE GERADORES ........................................................................62<<strong>br</strong> />

7.12. CÁLCULO DA BOBINA DE ATERRAMENTO DO PONTO ESTRELA DE GERADORES ....................63<<strong>br</strong> />

8 . SELEÇÃO DE GERADORES ....................................................................................................... 65<<strong>br</strong> />

8.1. CARACTERÍSTICAS NECESSÁRIAS PARA A CORRETA SELEÇÃO ..............................................65<<strong>br</strong> />

8.2. PRINCIPAIS APLICAÇÕES DE GERADORES ...........................................................................65<<strong>br</strong> />

8.2.1. Conversão <strong>de</strong> freqüência ou isolamento da re<strong>de</strong>........................................................65<<strong>br</strong> />

8.2.2. Conversão <strong>de</strong> Corrente ...........................................................................................66<<strong>br</strong> />

8.2.3. No-Break ..............................................................................................................67<<strong>br</strong> />

8.2.4. Short-Break Diesel .................................................................................................67<<strong>br</strong> />

8.2.5. Geradores alimentando cargas <strong>de</strong>formantes .............................................................68<<strong>br</strong> />

9. ENSAIOS ................................................................................................................................... 69<<strong>br</strong> />

10. COLETÂNEA DE FÓRMULAS .................................................................................................... 70<<strong>br</strong> />

AVALIAÇÃO PROGRAMADA DO MANUAL DE MÁQUINAS SÍNCRONAS ........................................ 72<<strong>br</strong> />

3


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

1. INTRODUÇÃO<<strong>br</strong> />

1.1. HISTÓRICO<<strong>br</strong> />

O gerador elementar foi inventado na Inglaterra em<<strong>br</strong> />

1831 por MICHAEL FARADAY, e nos Estados<<strong>br</strong> />

Unidos, mais ou menos na mesma época, por<<strong>br</strong> />

JOSEPH HENRY.<<strong>br</strong> />

Este gerador consistia basicamente <strong>de</strong> um ímã que<<strong>br</strong> />

se movimentava <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma espira, ou viceversa,<<strong>br</strong> />

provocando o aparecimento <strong>de</strong> uma f.e.m.<<strong>br</strong> />

registrado num galvanômetro.<<strong>br</strong> />

- Usinas Hidrelétricas;<<strong>br</strong> />

- Cogeração;<<strong>br</strong> />

- Aplicações Específicas para uso Naval, Usinas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Açúcar e Álcool, Ma<strong>de</strong>ireiras, Arrozeirais,<<strong>br</strong> />

Petroquímica, etc.<<strong>br</strong> />

1.2.1. Tipos <strong>de</strong> acionamentos<<strong>br</strong> />

A - Grupos Diesel ou Gás<<strong>br</strong> />

São <strong>geradores</strong> acionados por Motores Diesel ou a<<strong>br</strong> />

Gás.<<strong>br</strong> />

Potência: 12.5 a 4200kVA (Linha G i-Plus – até<<strong>br</strong> />

849kVA), Linha AG 10 (200 a 1045kVA) e SG 10<<strong>br</strong> />

(Acima <strong>de</strong> 3000kVA);<<strong>br</strong> />

Rotação: 1800rpm (IV pólos), 1200rpm (VI pólos)<<strong>br</strong> />

ou 900rpm (VIII pólos)<<strong>br</strong> />

Tensão: 220 a 13800V - 50 e 60Hz.<<strong>br</strong> />

B - Hidro<strong>geradores</strong><<strong>br</strong> />

Fig. 1.1.1 - O galvanômetro "G" indica a passagem<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> uma corrente quando o ímã se move em relação<<strong>br</strong> />

a bobina.<<strong>br</strong> />

A <strong>WEG</strong> MÁQUINAS, uma das unida<strong>de</strong>s do grupo<<strong>br</strong> />

<strong>WEG</strong>, iniciou suas ativida<strong>de</strong>s em 1980, tendo<<strong>br</strong> />

adquirido ao longo <strong>de</strong>stes anos uma larga<<strong>br</strong> />

experiência e tecnologia na fa<strong>br</strong>icação <strong>de</strong> <strong>geradores</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> pequeno e gran<strong>de</strong> porte.<<strong>br</strong> />

1.2. NOÇÕES DE APLICAÇÕES<<strong>br</strong> />

Geradores síncronos são máquinas <strong>de</strong>stinadas a<<strong>br</strong> />

transformar energia mecânica em energia elétrica.<<strong>br</strong> />

Toda a energia consumida nas indústrias,<<strong>br</strong> />

residências, cida<strong>de</strong>s, etc..., são proveniente <strong>de</strong>stes<<strong>br</strong> />

<strong>geradores</strong>.<<strong>br</strong> />

São <strong>geradores</strong> acionados por Turbinas Hidráulicas<<strong>br</strong> />

(Linha SH10).<<strong>br</strong> />

Potência: 500 a 150000 kVA<<strong>br</strong> />

Rotação: 1800 rpm ou abaixo (IV ou mais pólos)<<strong>br</strong> />

Tensão: 220 a 13800V – 50 e 60Hz<<strong>br</strong> />

C - Turbo<strong>geradores</strong><<strong>br</strong> />

São <strong>geradores</strong> acionados por Turbinas a Vapor<<strong>br</strong> />

(ST40).<<strong>br</strong> />

Potência: 500 a 150000kVA<<strong>br</strong> />

Rotação: 1800rpm (IV pólos)<<strong>br</strong> />

Tensão: 220 a 13800V – 50 e 60Hz<<strong>br</strong> />

D – Eólicos<<strong>br</strong> />

São <strong>geradores</strong> acionados por turbinas eolicas.<<strong>br</strong> />

Potência: Sob consulta<<strong>br</strong> />

Rotação, tensão e frequência sob consulta<<strong>br</strong> />

A <strong>WEG</strong> MÁQUINAS fa<strong>br</strong>ica <strong>geradores</strong> para as<<strong>br</strong> />

seguintes aplicações:<<strong>br</strong> />

- Geração Eólica;<<strong>br</strong> />

- Alimentação <strong>de</strong> Fazendas, Sítios, Garimpos,<<strong>br</strong> />

Carros <strong>de</strong> Som;<<strong>br</strong> />

- Pequenos Centros <strong>de</strong> Geração <strong>de</strong> Energia para<<strong>br</strong> />

uso Geral;<<strong>br</strong> />

- Grupos Diesel <strong>de</strong> Emergência para hospitais e<<strong>br</strong> />

etc;<<strong>br</strong> />

- Centro <strong>de</strong> Processamento <strong>de</strong> Dados;<<strong>br</strong> />

- Telecomunicações;<<strong>br</strong> />

4


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

2. NOÇÕES FUNDAMENTAIS<<strong>br</strong> />

2.1. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO<<strong>br</strong> />

A característica principal <strong>de</strong> um gerador elétrico é<<strong>br</strong> />

transformar energia mecânica em elétrica. Para<<strong>br</strong> />

facilitar o estudo do princípio <strong>de</strong> funcionamento,<<strong>br</strong> />

vamos consi<strong>de</strong>rar inicialmente uma espira imersa<<strong>br</strong> />

em um campo magnético produzido por um ímã<<strong>br</strong> />

permanente (Fig.2.1.1). O princípio básico <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

funcionamento está baseado no movimento relativo<<strong>br</strong> />

entre uma espira e um campo magnético. Os<<strong>br</strong> />

terminais da espira são conectados a dois anéis,<<strong>br</strong> />

que estão ligados ao circuito externo através <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

escovas. Este tipo <strong>de</strong> gerador é <strong>de</strong>nominado <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

armadura giratória.<<strong>br</strong> />

tem um caráter complexo e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da forma da<<strong>br</strong> />

sapata polar. Com um <strong>de</strong>senho conveniente da<<strong>br</strong> />

sapata po<strong>de</strong>remos obter uma distribuição senoidal<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> induções. Neste caso, a f.e.m. induzida no<<strong>br</strong> />

condutor também varia com o tempo sob uma lei<<strong>br</strong> />

senoidal.<<strong>br</strong> />

A Fig. 2.1.2.a. mostra somente um lado da bobina<<strong>br</strong> />

no campo magnético, em 12 posições diferentes,<<strong>br</strong> />

estando cada posição separada uma da outra <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

30º.<<strong>br</strong> />

A Fig. 2.1.2.b. nos mostra as tensões<<strong>br</strong> />

correspon<strong>de</strong>ntes a cada uma das posições.<<strong>br</strong> />

Já nos <strong>geradores</strong> <strong>de</strong> campo giratório (Fig. 2.1.3) a<<strong>br</strong> />

tensão <strong>de</strong> armadura é retirada diretamente do<<strong>br</strong> />

enrolamento <strong>de</strong> armadura (neste caso o estator)<<strong>br</strong> />

sem passar pelas escovas. A potência <strong>de</strong> excitação<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>stes <strong>geradores</strong> normalmente é inferior a 5% da<<strong>br</strong> />

potência nominal. Por este motivo, o tipo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

armadura fixa (ou campo girante) é o mais<<strong>br</strong> />

utilizado.<<strong>br</strong> />

Fig. 2.1.1 - Esquema <strong>de</strong> funcionamento <strong>de</strong> um<<strong>br</strong> />

gerador elementar (armadura girante)<<strong>br</strong> />

Admitamos que a bobina gira com velocida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

uniforme no sentido da flecha <strong>de</strong>ntro do campo<<strong>br</strong> />

magnético "B" também uniforme (Fig.2.1.1).<<strong>br</strong> />

Se "v" é a velocida<strong>de</strong> linear do condutor em relação<<strong>br</strong> />

ao campo magnético, segundo a lei da indução<<strong>br</strong> />

(FARADAY), o valor instantâneo da f.e.m. induzida<<strong>br</strong> />

no condutor em movimento <strong>de</strong> rotação é<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>terminada por:<<strong>br</strong> />

e = B.l.v.sen(B^v)<<strong>br</strong> />

On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />

e - força eletromotriz (f.e.m.)<<strong>br</strong> />

B - indução do campo magnético<<strong>br</strong> />

l - comprimento <strong>de</strong> cada condutor<<strong>br</strong> />

v - velocida<strong>de</strong> linear<<strong>br</strong> />

Fig. 2.1.2 a e b - Distribuição da Indução Magnética<<strong>br</strong> />

sob um Pólo.<<strong>br</strong> />

Para N espiras teremos:<<strong>br</strong> />

e = B.l.v.sen(B^v).N<<strong>br</strong> />

A variação da f.e.m. no condutor em função do<<strong>br</strong> />

tempo é <strong>de</strong>terminada pela lei da distribuição da<<strong>br</strong> />

indução magnética sob um pólo. Esta distribuição<<strong>br</strong> />

Fig. 2.1.3 - Esquema <strong>de</strong> funcionamento <strong>de</strong> um<<strong>br</strong> />

gerador elementar (armadura fixa).<<strong>br</strong> />

5


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

Para uma máquina <strong>de</strong> um par <strong>de</strong> pólos, a cada giro<<strong>br</strong> />

das espiras teremos um ciclo completo da tensão<<strong>br</strong> />

gerada.<<strong>br</strong> />

Os enrolamentos po<strong>de</strong>m ser construídos com um<<strong>br</strong> />

número maior <strong>de</strong> pares <strong>de</strong> pólos, que se distribuirão<<strong>br</strong> />

alternadamente (um norte e um sul). Neste caso,<<strong>br</strong> />

teremos um ciclo a cada par <strong>de</strong> pólos.<<strong>br</strong> />

Sendo "n" a rotação da máquina em "rpm" e "f" a<<strong>br</strong> />

freqüência em ciclos por segundo (Hertz) teremos:<<strong>br</strong> />

f = p . n<<strong>br</strong> />

120<<strong>br</strong> />

On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />

f = freqüência (Hz)<<strong>br</strong> />

p = número <strong>de</strong> pólos<<strong>br</strong> />

n = rotação síncrona (rpm)<<strong>br</strong> />

Note que o número <strong>de</strong> pólos da máquina terá que<<strong>br</strong> />

ser sempre par, para formar os pares <strong>de</strong> pólos. Na<<strong>br</strong> />

tabela 2.1.1 são mostradas, para as freqüências e<<strong>br</strong> />

polarida<strong>de</strong>s usuais, as velocida<strong>de</strong>s síncronas<<strong>br</strong> />

correspon<strong>de</strong>ntes.<<strong>br</strong> />

Número <strong>de</strong> pólos 60 Hz 50 Hz<<strong>br</strong> />

2 3600 3000<<strong>br</strong> />

4 1800 1500<<strong>br</strong> />

6 1200 1000<<strong>br</strong> />

8 900 750<<strong>br</strong> />

0 720 600<<strong>br</strong> />

Tabela 2.1.1 - Velocida<strong>de</strong>s Síncronas.<<strong>br</strong> />

2.2. GERAÇÃO DE CORRENTE<<strong>br</strong> />

TRIFÁSICA<<strong>br</strong> />

O sistema trifásico é formado pela associação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

três sistemas monofásicos <strong>de</strong> tensões U1, U2 e U3,<<strong>br</strong> />

tais que a <strong>de</strong>fasagem entre elas seja <strong>de</strong> 120 o<<strong>br</strong> />

(Fig.2.2.1.).<<strong>br</strong> />

O enrolamento <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> gerador é constituído<<strong>br</strong> />

por três conjuntos <strong>de</strong> bobinas dispostas<<strong>br</strong> />

simetricamente no espaço, formando entre si<<strong>br</strong> />

também um ângulo <strong>de</strong> 120 o .<<strong>br</strong> />

Para que o sistema seja equili<strong>br</strong>ado, isto é, U1 = U2<<strong>br</strong> />

= U3 o número <strong>de</strong> espiras <strong>de</strong> cada bobina também<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>verá ser igual.<<strong>br</strong> />

Fig. 2.2.1 – SistemaTrifásico.<<strong>br</strong> />

A ligação dos três sistemas monofásicos para se<<strong>br</strong> />

obter o sistema trifásico é feita usualmente <strong>de</strong> duas<<strong>br</strong> />

maneiras, representadas nos esquemas seguintes.<<strong>br</strong> />

Nestes esquemas (Fig. 2.2.2 e 2.2.3) costumam-se<<strong>br</strong> />

representar as tensões com setas inclinadas, ou<<strong>br</strong> />

vetores girantes, mantendo entre si o ângulo<<strong>br</strong> />

correspon<strong>de</strong>nte à <strong>de</strong>fasagem (120 o ).<<strong>br</strong> />

2.2.1. Ligações no sistema trifásico<<strong>br</strong> />

a) Ligação triângulo:<<strong>br</strong> />

Chamamos "tensões/correntes <strong>de</strong> fase" as tensões<<strong>br</strong> />

e correntes <strong>de</strong> cada um dos três sistemas<<strong>br</strong> />

monofásicos consi<strong>de</strong>rados, indicados por Vf e If. Se<<strong>br</strong> />

ligarmos os três sistemas monofásicos entre si,<<strong>br</strong> />

como indica a figura 2.2.2.a, po<strong>de</strong>mos eliminar três<<strong>br</strong> />

fios, <strong>de</strong>ixando apenas um em cada ponto <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

ligação, e o sistema trifásico ficará reduzido a três<<strong>br</strong> />

fios U, V e W.<<strong>br</strong> />

A tensão entre dois quaisquer <strong>de</strong>stes três fios<<strong>br</strong> />

chama-se "tensão <strong>de</strong> linha" (Vl), que é a tensão<<strong>br</strong> />

nominal do sistema trifásico. A corrente em<<strong>br</strong> />

qualquer um dos fios chama-se "corrente <strong>de</strong> linha"<<strong>br</strong> />

(Il).<<strong>br</strong> />

Examinando o esquema da figura 2.2.2.b, vê-se<<strong>br</strong> />

que:<<strong>br</strong> />

1) A cada carga é aplicada a tensão <strong>de</strong> linha "Vl",<<strong>br</strong> />

que é a própria tensão do sistema monofásico<<strong>br</strong> />

correspon<strong>de</strong>nte, ou seja,<<strong>br</strong> />

Vl = Vf.<<strong>br</strong> />

2) A corrente em cada fio <strong>de</strong> linha, ou corrente <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

linha "Il", é a soma das correntes das duas fases<<strong>br</strong> />

ligadas a este fio, ou seja, Il = If1 + If3.<<strong>br</strong> />

Como as correntes estão <strong>de</strong>fasadas entre si, a<<strong>br</strong> />

soma <strong>de</strong>verá ser feita graficamente, como mostra<<strong>br</strong> />

a figura 2.2.2.c. Po<strong>de</strong>-se mostrar que<<strong>br</strong> />

Il = If x 3 = 1,732 x If.<<strong>br</strong> />

6


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

Fig. 2.2.2 - Ligação Triângulo.<<strong>br</strong> />

Exemplo: Temos um sistema trifásico equili<strong>br</strong>ado<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> tensão nominal 220V.<<strong>br</strong> />

A corrente <strong>de</strong> linha (Il) medida é 10A. Ligando a<<strong>br</strong> />

este sistema uma carga trifásica composta <strong>de</strong> três<<strong>br</strong> />

cargas iguais ligadas em triângulo, qual a tensão e<<strong>br</strong> />

a corrente em cada uma das cargas?<<strong>br</strong> />

Temos Vf = V1 = 220V em cada uma das cargas.<<strong>br</strong> />

Se Il = 1,732 x If, If = 0,577 x Il = 0,577 x 10 =<<strong>br</strong> />

5,77A em cada uma das cargas.<<strong>br</strong> />

b) Ligação estrela:<<strong>br</strong> />

Ligando um dos fios <strong>de</strong> cada sistema monofásico a<<strong>br</strong> />

um ponto comum aos três, os três fios restantes<<strong>br</strong> />

formam um sistema trifásico em estrela (Fig.<<strong>br</strong> />

2.2.3.a)<<strong>br</strong> />

Às vezes, o sistema trifásico em estrela é "a quatro<<strong>br</strong> />

fios" ou "com neutro".<<strong>br</strong> />

O quarto fio é ligado ao ponto comum às três fases.<<strong>br</strong> />

A tensão <strong>de</strong> linha, ou tensão nominal do sistema<<strong>br</strong> />

trifásico, e a corrente <strong>de</strong> linha são <strong>de</strong>finidos do<<strong>br</strong> />

mesmo modo que na ligação triângulo.<<strong>br</strong> />

Fig. 2.2.3 - Ligação Estrela.<<strong>br</strong> />

Examinando o esquema da fig. 2.2.3.b vê-se que:<<strong>br</strong> />

1) A corrente em cada fio da linha, ou corrente <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

linha (Il), é a mesma corrente da fase à qual o<<strong>br</strong> />

fio está ligado, ou seja, Il = If.<<strong>br</strong> />

7


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

2) A tensão entre dois fios quaisquer do sistema<<strong>br</strong> />

trifásico é a soma gráfica das tensões das duas<<strong>br</strong> />

fases as quais estão ligados os fios<<strong>br</strong> />

consi<strong>de</strong>rados, ou seja, Vl = Vf x 3 = 1,732 x<<strong>br</strong> />

Vf. (Fig. 2.2.3.c).<<strong>br</strong> />

Exemplo: Temos uma carga trifásica composta <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

três cargas iguais, cada carga é feita para ser ligada<<strong>br</strong> />

a uma tensão <strong>de</strong> 220V, absorvendo, 5,77A.<<strong>br</strong> />

Qual a tensão nominal do sistema trifásico que<<strong>br</strong> />

alimenta esta carga em suas condições normais<<strong>br</strong> />

(220V e 5,77A) Qual a corrente <strong>de</strong> linha (Il)?<<strong>br</strong> />

Temos:<<strong>br</strong> />

Vf = 220V (nominal <strong>de</strong> cada carga)<<strong>br</strong> />

Vl = 1,732 x 220V = 380V<<strong>br</strong> />

Il = If = 5,77A.<<strong>br</strong> />

2.2.2. Tensão nominal múltipla<<strong>br</strong> />

A gran<strong>de</strong> maioria dos <strong>geradores</strong> são fornecidos com<<strong>br</strong> />

terminais do enrolamento <strong>de</strong> armadura religáveis,<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> modo a po<strong>de</strong>rem fornecer duas tensões<<strong>br</strong> />

diferentes pelo menos. Os principais tipos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

religação <strong>de</strong> terminais <strong>de</strong> <strong>geradores</strong> ou motores<<strong>br</strong> />

assíncronos para funcionamento em mais <strong>de</strong> uma<<strong>br</strong> />

tensão são:<<strong>br</strong> />

a) Ligação série-paralela:<<strong>br</strong> />

O enrolamento <strong>de</strong> cada fase é dividido em duas<<strong>br</strong> />

partes (lem<strong>br</strong>ar que o número <strong>de</strong> pólos é sempre<<strong>br</strong> />

par, <strong>de</strong> modo que este tipo <strong>de</strong> ligação é sempre<<strong>br</strong> />

possível).<<strong>br</strong> />

Ligando as duas meta<strong>de</strong>s em série, cada meta<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

ficará com a meta<strong>de</strong> da tensão nominal <strong>de</strong> fase da<<strong>br</strong> />

máquina. Ligando as duas meta<strong>de</strong>s em paralelo, a<<strong>br</strong> />

máquina fornecerá uma tensão igual à meta<strong>de</strong> da<<strong>br</strong> />

tensão anterior, sem que se altere a tensão aplicada<<strong>br</strong> />

a cada bobina. Veja os exemplos numéricos da Fig.<<strong>br</strong> />

2.2.4.<<strong>br</strong> />

Fig. 2.2.4 - Tensão Nominal Múltipla.<<strong>br</strong> />

8


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

É comum em <strong>geradores</strong> o fornecimento em três<<strong>br</strong> />

tensões 220/380/440V.<<strong>br</strong> />

O procedimento nestes casos para se obter 380V é<<strong>br</strong> />

ligar o gerador em 440V e ajustar a tensão terminal<<strong>br</strong> />

no potenciômetro do regulador <strong>de</strong> tensão, <strong>de</strong> modo<<strong>br</strong> />

a se obter o valor <strong>de</strong>sejado (redução da indução<<strong>br</strong> />

magnética). Deste modo, po<strong>de</strong>remos obter três<<strong>br</strong> />

tensões na ligação Y, que é a mais comum em<<strong>br</strong> />

<strong>geradores</strong>.<<strong>br</strong> />

LIGAÇÃO TENSÃO DE LINHA CORRENTE DE LINHA<<strong>br</strong> />

POTÊNCIA TRIFÁSICA<<strong>br</strong> />

(VA)<<strong>br</strong> />

Y Vl = 3 x Vf Il = If S = 3 x Vf x If<<strong>br</strong> />

Vl = Vf Il = If x 3<<strong>br</strong> />

S = 3 x Vl x Il<<strong>br</strong> />

Tabela 2.2.1 - Relação entre tensões (linha/fase), correntes (linha/fase) e potência em um sistema trifásico.<<strong>br</strong> />

b) Ligação estrela-triângulo:<<strong>br</strong> />

É comum para partida <strong>de</strong> motores assíncronos a<<strong>br</strong> />

ligação estrela-triângulo.<<strong>br</strong> />

Nesta ligação, o enrolamento <strong>de</strong> cada fase tem as<<strong>br</strong> />

duas pontas trazidas para fora do motor. Se ligarmos<<strong>br</strong> />

as três fases em triângulo cada fase receberá a<<strong>br</strong> />

tensão da linha <strong>de</strong> alimentação, por exemplo 220V<<strong>br</strong> />

(Fig. 2.2.5.b). Se ligarmos as três fases em estrela, o<<strong>br</strong> />

motor po<strong>de</strong> ser ligado a uma linha com tensão <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

alimentação igual a 220 x 3 = 380V sem alterar a<<strong>br</strong> />

tensão no enrolamento <strong>de</strong> cada fase, que continua<<strong>br</strong> />

igual a 220V (Fig.2.2.5.a).<<strong>br</strong> />

Este tipo <strong>de</strong> ligação exige 6 terminais acessíveis na<<strong>br</strong> />

caixa <strong>de</strong> ligação do motor e serve para quaisquer<<strong>br</strong> />

tensões nominais duplas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a segunda seja<<strong>br</strong> />

igual a primeira multiplicada por 3 . Exemplos:<<strong>br</strong> />

220/380V, 380/660V, 440/760V.<<strong>br</strong> />

Note que uma tensão acima <strong>de</strong> 600 Volts não é<<strong>br</strong> />

consi<strong>de</strong>rada baixa tensão, e entra na faixa da média<<strong>br</strong> />

tensão, em que as normas são outras. Nos exemplos<<strong>br</strong> />

380/660V e 440/760V, a maior tensão <strong>de</strong>clarada<<strong>br</strong> />

serve somente para indicar que o motor po<strong>de</strong> ser<<strong>br</strong> />

religado em estrela-triângulo, pois não existem linhas<<strong>br</strong> />

nesses níveis <strong>de</strong> tensões.<<strong>br</strong> />

Fig. 2.2.5 - Ligação Estrela-Triângulo.<<strong>br</strong> />

9


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

2.3. COMPORTAMENTO DO GERADOR<<strong>br</strong> />

EM VAZIO E SOB CARGA<<strong>br</strong> />

Em vazio (com rotação constante), a tensão <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

armadura <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do fluxo magnético gerado pelos<<strong>br</strong> />

pólos <strong>de</strong> excitação, ou ainda da corrente que circula<<strong>br</strong> />

pelo enrolamento <strong>de</strong> campo (rotor). Isto porque o<<strong>br</strong> />

estator não é percorrido por corrente, portanto é<<strong>br</strong> />

nula a reação da armadura, cujo efeito é alterar o<<strong>br</strong> />

fluxo total.<<strong>br</strong> />

A relação entre tensão gerada e a corrente <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

excitação chamamos <strong>de</strong> característica a vazio (Fig.<<strong>br</strong> />

2.3.1), on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>mos observar o estado <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

saturação da máquina.<<strong>br</strong> />

a) Carga puramente resistiva:<<strong>br</strong> />

Se o gerador alimenta um circuito puramente<<strong>br</strong> />

resistivo, é gerado pela corrente <strong>de</strong> carga um<<strong>br</strong> />

campo magnético próprio.<<strong>br</strong> />

O campo magnético induzido produz dois pólos<<strong>br</strong> />

(gerador bipolar Fig. 2.3.2.a) <strong>de</strong>fasados <strong>de</strong> 90º em<<strong>br</strong> />

atraso em relação aos pólos principais, e estes<<strong>br</strong> />

exercem so<strong>br</strong>e os pólos induzidos uma força<<strong>br</strong> />

contrária ao movimento, gastando-se potência<<strong>br</strong> />

mecânica para se manter o rotor girando.<<strong>br</strong> />

O diagrama da fig. 2.3.2.b mostra a alteração do<<strong>br</strong> />

fluxo principal em vazio (Φo) em relação ao fluxo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

reação da armadura (ΦR). A alteração <strong>de</strong> Φo é<<strong>br</strong> />

pequena, não produzindo uma variação muito<<strong>br</strong> />

gran<strong>de</strong> em relação ao fluxo resultante Φ. Devido a<<strong>br</strong> />

perda <strong>de</strong> tensão nos enrolamentos da armadura<<strong>br</strong> />

será necessário aumentar a corrente <strong>de</strong> excitação<<strong>br</strong> />

para manter a tensão nominal (fig. 2.3.5).<<strong>br</strong> />

Fig. 2.3.1. Característica a Vazio.<<strong>br</strong> />

Em carga, a corrente que atravessa os condutores<<strong>br</strong> />

da armadura cria um campo magnético, causando<<strong>br</strong> />

alterações na intensida<strong>de</strong> e distribuição do campo<<strong>br</strong> />

magnético principal. Esta alteração <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da<<strong>br</strong> />

corrente, do cos e das características da carga,<<strong>br</strong> />

como <strong>de</strong>scrito a seguir:<<strong>br</strong> />

Fig. 2.3.2 - Carga Puramente Resistiva.<<strong>br</strong> />

10


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

b) Carga puramente indutiva:<<strong>br</strong> />

b) Carga puramente indutiva:<<strong>br</strong> />

Neste caso, a corrente <strong>de</strong> carga (I)está <strong>de</strong>fasada<<strong>br</strong> />

em 90º em atraso em relação a tensão (E), e o<<strong>br</strong> />

campo <strong>de</strong> reação da armadura (ΦR) estará<<strong>br</strong> />

consequentemente na mesma direção do campo<<strong>br</strong> />

principal (Φo), mas em polarida<strong>de</strong> oposta. O efeito<<strong>br</strong> />

da carga indutiva é <strong>de</strong>smagnetizante (fig. 2.3.3.a e<<strong>br</strong> />

2.3.3.b).<<strong>br</strong> />

As cargas indutivas armazenam energia no seu<<strong>br</strong> />

campo indutor e a <strong>de</strong>volvem totalmente ao gerador,<<strong>br</strong> />

não exercendo nenhum conjugado frenante so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />

induzido (rotor). Neste caso, só será necessário<<strong>br</strong> />

energia mecânica para compensar as perdas.<<strong>br</strong> />

Devido ao efeito <strong>de</strong>smagnetizante será necessário<<strong>br</strong> />

um gran<strong>de</strong> aumento da corrente <strong>de</strong> excitação para<<strong>br</strong> />

se manter a tensão nominal (fig. 2.3.5).<<strong>br</strong> />

Fig. 2.3.3 - Carga Puramente Indutiva.<<strong>br</strong> />

c) Carga puramente capacitiva:<<strong>br</strong> />

A corrente <strong>de</strong> armadura (I) para uma carga<<strong>br</strong> />

puramente capacitiva está <strong>de</strong>fasada <strong>de</strong> 90º,<<strong>br</strong> />

adiantada, em relação à tensão (E). O campo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

reação da armadura (ΦR) consequentemente estará<<strong>br</strong> />

na mesma direção do campo principal (Φ) e com a<<strong>br</strong> />

mesma polarida<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

O campo induzido, neste caso, tem um efeito<<strong>br</strong> />

magnetizante (fig. 2.3.4a e 2.3.4b).<<strong>br</strong> />

As cargas capacitivas armazenam energia em seu<<strong>br</strong> />

campo elétrico e a <strong>de</strong>volvem totalmente ao gerador,<<strong>br</strong> />

não exercendo também, como nas cargas indutivas,<<strong>br</strong> />

nenhum conjugado frenante so<strong>br</strong>e o induzido<<strong>br</strong> />

(rotor). Devido ao efeito magnetizante será<<strong>br</strong> />

necessário reduzir a corrente <strong>de</strong> excitação para<<strong>br</strong> />

manter a tensão nominal (fig. 2.3.5).<<strong>br</strong> />

11


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

Fig. 2.3.4. - Carga Puramente Capacitiva.<<strong>br</strong> />

Fig. 2.3.5. - Variação da corrente <strong>de</strong> excitação para manter a tensão <strong>de</strong> armadura constante.<<strong>br</strong> />

d) Cargas intermediárias:<<strong>br</strong> />

Na prática, o que encontramos são cargas com<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>fasagem intermediária entre totalmente indutiva<<strong>br</strong> />

ou capacitiva e resistiva. Nestes casos o campo<<strong>br</strong> />

induzido po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>composto em dois campos, um<<strong>br</strong> />

transversal e outro <strong>de</strong>smagnetizante (indutiva) ou<<strong>br</strong> />

magnetizante (capacitiva). Somente o campo<<strong>br</strong> />

transversal tem um efeito frenante, consumindo<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sta forma potência mecânica da máquina<<strong>br</strong> />

acionante. O efeito magnetizante ou<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>smagnetizante é compensado alterando-se a<<strong>br</strong> />

corrente <strong>de</strong> excitação.<<strong>br</strong> />

PÓLOS LISOS: São rotores nos quais o entreferro<<strong>br</strong> />

é constante ao longo <strong>de</strong> toda a periferia do núcleo<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> ferro.<<strong>br</strong> />

2.4. MÁQUINAS DE PÓLOS LISOS E<<strong>br</strong> />

SALIENTES<<strong>br</strong> />

Os <strong>geradores</strong> síncronos são construídos com rotores<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> pólos lisos ou salientes.<<strong>br</strong> />

Fig. 2.4.1. - Rotor <strong>de</strong> pólos lisos.<<strong>br</strong> />

PÓLOS SALIENTES: São rotores que apresentam<<strong>br</strong> />

uma <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong> no entreferro ao longo da<<strong>br</strong> />

periferia do núcleo <strong>de</strong> ferro. Nestes casos, existem<<strong>br</strong> />

as chamadas regiões interpolares, on<strong>de</strong> o entreferro<<strong>br</strong> />

é muito gran<strong>de</strong>, tornando visível a saliência dos<<strong>br</strong> />

pólos.<<strong>br</strong> />

12


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

Utilida<strong>de</strong> do conhecimento das reatâncias<<strong>br</strong> />

Um circuito efetivo <strong>de</strong> rotor, no eixo direto, além do<<strong>br</strong> />

enrolamento <strong>de</strong> campo principal, é formado pelas<<strong>br</strong> />

barras amortecedoras. Consi<strong>de</strong>rando uma máquina<<strong>br</strong> />

operando inicialmente em vazio e um curto-circuito<<strong>br</strong> />

trifásico súbito aparecendo em seus terminais, na<<strong>br</strong> />

figura abaixo po<strong>de</strong> ser observada uma onda <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

corrente <strong>de</strong> estator em curto-circuito tal como po<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

ser obtida num osciloscópio (Fig. 2.5.2).<<strong>br</strong> />

Fig. 2.4.2. - Rotor <strong>de</strong> pólos salientes.<<strong>br</strong> />

2.5. REATÂNCIAS<<strong>br</strong> />

A análise básica do <strong>de</strong>sempenho transitório <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

máquinas síncronas é muito facilitada por uma<<strong>br</strong> />

transformação linear <strong>de</strong> variáveis, na qual as três<<strong>br</strong> />

correntes <strong>de</strong> fase do estator ia, ib e ic são<<strong>br</strong> />

substituídas por três componentes, a componente<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> eixo direto id, a componente <strong>de</strong> eixo em<<strong>br</strong> />

quadratura iq, e uma componente monofásica io,<<strong>br</strong> />

conhecida como componente <strong>de</strong> seqüência zero<<strong>br</strong> />

(eixo zero).<<strong>br</strong> />

Para operação equili<strong>br</strong>ada em regime permanente<<strong>br</strong> />

(fig 2.5.1), io é nula (não sendo discutida,<<strong>br</strong> />

portanto).<<strong>br</strong> />

O significado físico das componentes <strong>de</strong> eixo direto<<strong>br</strong> />

e em quadratura é o seguinte: A máquina <strong>de</strong> pólos<<strong>br</strong> />

salientes tem uma direção preferencial <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

magnetização <strong>de</strong>terminada pela saliência dos pólos<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> campo. A permeância ao longo do eixo polar ou<<strong>br</strong> />

direto, é consi<strong>de</strong>ravelmente maior do que ao longo<<strong>br</strong> />

do eixo interpolar ou quadratura.<<strong>br</strong> />

Fig. 2.5.2 - Corrente <strong>de</strong> Armadura Simétrica em<<strong>br</strong> />

Curto-Circuito em uma máquina síncrona.<<strong>br</strong> />

Reatância subtransitória (Xd”)<<strong>br</strong> />

É o valor <strong>de</strong> reatância da máquina correspon<strong>de</strong>nte a<<strong>br</strong> />

corrente que circula na armadura durante os<<strong>br</strong> />

primeiros ciclos, conforme po<strong>de</strong> ser visto na Fig.<<strong>br</strong> />

2.5.2 (Período Subtransitório). Seu valor po<strong>de</strong> ser<<strong>br</strong> />

obtido dividindo-se o valor da tensão da armadura<<strong>br</strong> />

antes da falta pela corrente no início da falta, para<<strong>br</strong> />

carga aplicada repentinamente e à freqüência<<strong>br</strong> />

nominal.<<strong>br</strong> />

E<<strong>br</strong> />

xd " =<<strong>br</strong> />

I <<strong>br</strong> />

On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />

E = Valor eficaz da tensão fase-neutro nos<<strong>br</strong> />

terminais do gerador síncrono, antes do curtocircuito.<<strong>br</strong> />

I'' = Valor eficaz da corrente <strong>de</strong> curto-circuito do<<strong>br</strong> />

período sub-transitório em regime<<strong>br</strong> />

permanente. Seu valor é dado por:<<strong>br</strong> />

I<<strong>br</strong> />

I"<<strong>br</strong> />

=<<strong>br</strong> />

máx<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

Reatância transitória (Xd’)<<strong>br</strong> />

É o valor <strong>de</strong> reatância da máquina correspon<strong>de</strong>nte à<<strong>br</strong> />

corrente que circula na armadura após o período<<strong>br</strong> />

sub-transitório do curto, perdurando por um<<strong>br</strong> />

número maior <strong>de</strong> ciclos (maior tempo).<<strong>br</strong> />

Fig. 2.5.1. - Diagrama Esquemático para uma<<strong>br</strong> />

Máquina Síncrona.<<strong>br</strong> />

13


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

Seu valor po<strong>de</strong> ser obtido dividindo-se a tensão na<<strong>br</strong> />

armadura correspon<strong>de</strong>nte ao início do período<<strong>br</strong> />

transitório pela respectiva corrente, nas mesmas<<strong>br</strong> />

condições <strong>de</strong> carga.<<strong>br</strong> />

E<<strong>br</strong> />

xd ' =<<strong>br</strong> />

I <<strong>br</strong> />

On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />

E = Valor eficaz da tensão fase-neutro nos<<strong>br</strong> />

terminais do gerador síncrono, antes do curtocircuito.<<strong>br</strong> />

I'= Valor eficaz da corrente <strong>de</strong> curto-circuito do<<strong>br</strong> />

período transitório consi<strong>de</strong>rado em regime<<strong>br</strong> />

permanente. Seu valor é dado por:<<strong>br</strong> />

I =<<strong>br</strong> />

I<<strong>br</strong> />

máx<<strong>br</strong> />

Reatância síncrona (Xd)<<strong>br</strong> />

É o valor da reatância da máquina correspon<strong>de</strong>nte a<<strong>br</strong> />

corrente <strong>de</strong> regime permanente do curto-circuito,<<strong>br</strong> />

ou seja, após o término do período transitório do<<strong>br</strong> />

curto. Seu valor po<strong>de</strong> ser obtido pela tensão nos<<strong>br</strong> />

terminais da armadura ao final do período<<strong>br</strong> />

transitório do curto dividido pela respectiva<<strong>br</strong> />

corrente.<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

E<<strong>br</strong> />

xd =<<strong>br</strong> />

I<<strong>br</strong> />

On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />

E = Valor eficaz da tensão fase-neutro nos<<strong>br</strong> />

terminais do gerador síncrono, antes do curtocircuito.<<strong>br</strong> />

I = Valor eficaz da corrente <strong>de</strong> curto-circuito em<<strong>br</strong> />

regime permanente. Seu valor é dado por:<<strong>br</strong> />

I =<<strong>br</strong> />

I<<strong>br</strong> />

m áx RP<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

2.6. POTÊNCIA EM MÁQUINAS DE<<strong>br</strong> />

PÓLOS SALIENTES<<strong>br</strong> />

A potência <strong>de</strong> uma máquina síncrona é expressa<<strong>br</strong> />

por:<<strong>br</strong> />

P = m . Uf . If . cos<<strong>br</strong> />

On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />

m - Número <strong>de</strong> fases<<strong>br</strong> />

Uf - Tensão <strong>de</strong> fase<<strong>br</strong> />

If - Corrente <strong>de</strong> fase<<strong>br</strong> />

A potência elétrica <strong>de</strong>senvolvida em máquinas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

pólos salientes também po<strong>de</strong> ser expressa em<<strong>br</strong> />

função do ângulo <strong>de</strong> carga () que surge entre os<<strong>br</strong> />

fatores Uf (tensão <strong>de</strong> fase) e E0 (força eletromotriz<<strong>br</strong> />

induzida), <strong>de</strong>terminado pela posição angular do<<strong>br</strong> />

rotor em relação ao fluxo girante <strong>de</strong> estator (Fig.<<strong>br</strong> />

2.6.1).<<strong>br</strong> />

Fig. 2.6.1.a - Ângulo <strong>de</strong> Carga () em Máquinas<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> Pólos Salientes.<<strong>br</strong> />

A importância do conhecimento <strong>de</strong>stas reatâncias<<strong>br</strong> />

está no fato <strong>de</strong> que a corrente no estator<<strong>br</strong> />

(armadura) após a ocorrência <strong>de</strong> uma falta (curtocircuito)<<strong>br</strong> />

nos terminais da máquina terá valores que<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong>stas reatâncias.<<strong>br</strong> />

Assim, po<strong>de</strong> ser conhecido o <strong>de</strong>sempenho da<<strong>br</strong> />

máquina diante <strong>de</strong> uma falta e as conseqüências daí<<strong>br</strong> />

originadas.<<strong>br</strong> />

O gerador síncrono é o único componente do<<strong>br</strong> />

sistema elétrico que apresenta três reatâncias<<strong>br</strong> />

distintas, cujos valores obe<strong>de</strong>cem à inequação:<<strong>br</strong> />

Xd"< Xd' < Xd<<strong>br</strong> />

Fig. 2.6.1.b - Diagrama <strong>de</strong> Tensão - Gerador<<strong>br</strong> />

Síncrono <strong>de</strong> Pólos Salientes.<<strong>br</strong> />

On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />

xd e xq são as reatâncias <strong>de</strong> eixo direto e em<<strong>br</strong> />

quadratura, respectivamente:<<strong>br</strong> />

P = PD + PQ<<strong>br</strong> />

Pd = Uf . Id . senδ<<strong>br</strong> />

Pq = Uf . Iq . cosδ<<strong>br</strong> />

14


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

Fig 2.6.2 - Curva <strong>de</strong> potência em máquinas<<strong>br</strong> />

síncronas.<<strong>br</strong> />

A potência eletromagnética, que é a potência<<strong>br</strong> />

transmitida pelo rotor <strong>de</strong> um gerador ao estator,<<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong> ser expressa por:<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

m . E0<<strong>br</strong> />

.Uf m .Uf 1 1 <<strong>br</strong> />

P = sen + - sen2<<strong>br</strong> />

xd<<strong>br</strong> />

2 xq xd <<strong>br</strong> />

On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />

Em - Tensão harmônica <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m "m".<<strong>br</strong> />

E1 – Tensão da fundamental.<<strong>br</strong> />

Na figura 2.7.1.a está representada a forma <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

onda tomada entre fase-fase em um gerador. A<<strong>br</strong> />

distorção calculada foi <strong>de</strong> 2,04%. Na figura 2.7.1.b<<strong>br</strong> />

temos a forma <strong>de</strong> onda tomada entre fase-neutro. A<<strong>br</strong> />

distorção calculada foi <strong>de</strong> 15,71%.<<strong>br</strong> />

O PRIMEIRO TERMO DA EXPRESSÃO<<strong>br</strong> />

ANTERIOR É A POTÊNCIA QUE DEPENDE DA<<strong>br</strong> />

TENSÃO TERMINAL DE FASE (UF) E DA<<strong>br</strong> />

EXCITAÇÃO DA MÁQUINA (E 0) (FIG. 2.6.2).<<strong>br</strong> />

m . E0<<strong>br</strong> />

.Uf<<strong>br</strong> />

Pe =<<strong>br</strong> />

xd<<strong>br</strong> />

sen<<strong>br</strong> />

O segundo termo da expressão é adicional <strong>de</strong>vido a<<strong>br</strong> />

diferença <strong>de</strong> relutância do entreferro (xq e xd), a<<strong>br</strong> />

qual não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da excitação da máquina (Fig.<<strong>br</strong> />

2.6.2).<<strong>br</strong> />

P<<strong>br</strong> />

r<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

m .Uf<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

l<<strong>br</strong> />

xq<<strong>br</strong> />

-<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

xd<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

sen2<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

Fig. 2.7.1.a - Forma <strong>de</strong> onda com 2,04% <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

distorção harmônica.<<strong>br</strong> />

Fig. 2.7.1.b - Forma <strong>de</strong> onda com 15,71% <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

distorção harmônica.<<strong>br</strong> />

2.7. DEFINIÇÕES<<strong>br</strong> />

2.7.1. Distorção harmônica<<strong>br</strong> />

O formato i<strong>de</strong>al da onda <strong>de</strong> tensão <strong>de</strong> uma fonte <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

energia CA é senoidal.<<strong>br</strong> />

Qualquer onda <strong>de</strong> tensão que contenha certa<<strong>br</strong> />

distorção harmônica (fig. 2.7.1), po<strong>de</strong> ser<<strong>br</strong> />

apresentada como sendo equivalente à soma da<<strong>br</strong> />

fundamental mais uma série <strong>de</strong> tensões CA <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

amplitu<strong>de</strong>s específicas relacionadas<<strong>br</strong> />

harmonicamente.<<strong>br</strong> />

A distorção po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finida para cada harmônica<<strong>br</strong> />

em relação a sua amplitu<strong>de</strong> como um percentual da<<strong>br</strong> />

fundamental.<<strong>br</strong> />

A distorção harmônica total po<strong>de</strong> ser calculada<<strong>br</strong> />

utilizando-se a equação:<<strong>br</strong> />

Distorção =<<strong>br</strong> />

m = m<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

m = 2<<strong>br</strong> />

(Em )<<strong>br</strong> />

E<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

2.7.2. Fator <strong>de</strong> <strong>de</strong>svio<<strong>br</strong> />

Desvios ou variações do formato senoidal da onda<<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong>m ocorrer durante qualquer parte da onda:<<strong>br</strong> />

positivo, negativo ou durante o cruzamento por<<strong>br</strong> />

zero (Fig. 2.7.2).<<strong>br</strong> />

Fig. 2.7.2 - Fator <strong>de</strong> Desvio.<<strong>br</strong> />

15


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

A amplitu<strong>de</strong> da variação (Fig. 2.7.3), expressa como<<strong>br</strong> />

um percentual do valor <strong>de</strong> pico <strong>de</strong> uma onda<<strong>br</strong> />

senoidal <strong>de</strong> referência, é o Fator <strong>de</strong> Desvio.<<strong>br</strong> />

Fig. 2.7.4 - Transiente <strong>de</strong> Tensão.<<strong>br</strong> />

2.7.7. Tolerância <strong>de</strong> tensão<<strong>br</strong> />

Fig. 2.7.3 - Amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Desvio.<<strong>br</strong> />

O fator <strong>de</strong> <strong>de</strong>svio po<strong>de</strong> ser calculado como:<<strong>br</strong> />

Desvio<<strong>br</strong> />

F<strong>de</strong>v =<<strong>br</strong> />

Vpico<<strong>br</strong> />

São <strong>de</strong>svios máximos aceitáveis na tensão e<<strong>br</strong> />

geralmente expressos como percentuais da tensão<<strong>br</strong> />

nominal, por exemplo:<<strong>br</strong> />

+ 5%: 105% da tensão nominal continuamente<<strong>br</strong> />

- 7,5%: 92,5% da tensão nominal continuamente<<strong>br</strong> />

2.7.3. Modulação <strong>de</strong> tensão<<strong>br</strong> />

É a cíclica variação da amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> tensão,<<strong>br</strong> />

causada pela oscilação do regulador ou pela cíclica<<strong>br</strong> />

variação da carga.<<strong>br</strong> />

2.7.4. Desequilí<strong>br</strong>io angular<<strong>br</strong> />

As tensões <strong>de</strong> um sistema trifásico são <strong>de</strong>fasadas<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> 120º. Se este <strong>de</strong>fasamento for diferente <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

120º, o referido valor será o <strong>de</strong>sequilí<strong>br</strong>io.<<strong>br</strong> />

2.7.8. Tensão Residual<<strong>br</strong> />

Quando operando em vazio, em rotação nominal e<<strong>br</strong> />

sem tensão <strong>de</strong> excitação, o gerador síncrono<<strong>br</strong> />

apresentará em seus terminais uma tensão residual<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>vido ao magnetismo residual presente no núcleo<<strong>br</strong> />

magnético da excitatriz. Estes níveis <strong>de</strong> tensão<<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong>m causar aci<strong>de</strong>ntes graves e com risco <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

morte. É <strong>de</strong>saconselhável a manipulação da<<strong>br</strong> />

máquina enquanto o rotor estiver em movimento.<<strong>br</strong> />

Geradores com tensão nominal <strong>de</strong> 440V costumam<<strong>br</strong> />

apresentar 180V <strong>de</strong> tensão residual. Geradores com<<strong>br</strong> />

tensão nominal <strong>de</strong> 13800V facilmente apresentará<<strong>br</strong> />

1000V <strong>de</strong> tensão residual.<<strong>br</strong> />

2.7.5. Desbalanceamento <strong>de</strong> tensão<<strong>br</strong> />

Desbalanceamento <strong>de</strong> tensão é a diferença entre as<<strong>br</strong> />

tensões <strong>de</strong> linha mais alta e mais baixa, e po<strong>de</strong> ser<<strong>br</strong> />

expresso em percentual da tensão média <strong>de</strong> fase.<<strong>br</strong> />

Ex: Fase U a V - 208V (1.6% acima da média)<<strong>br</strong> />

V a W - 204V (0.33% abaixo da média)<<strong>br</strong> />

W a U - 202V (1.3% abaixo da média)<<strong>br</strong> />

Média: 204.67V<<strong>br</strong> />

Variação: 6V (2.9%)<<strong>br</strong> />

2.7.6. Transiente <strong>de</strong> tensão<<strong>br</strong> />

São picos <strong>de</strong> tensão <strong>de</strong> curta duração que<<strong>br</strong> />

aparecem esporadicamente e po<strong>de</strong>m atingir<<strong>br</strong> />

centenas <strong>de</strong> Volts (Fig.2.7.4).<<strong>br</strong> />

16


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

3. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO<<strong>br</strong> />

17


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

.<<strong>br</strong> />

4. CARACTERÍSTICAS<<strong>br</strong> />

CONSTRUTIVAS<<strong>br</strong> />

4.1. COMPONENTES PRINCIPAIS<<strong>br</strong> />

O gerador completo po<strong>de</strong> ser dividido em uma série<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s funcionais. As principais são mostradas<<strong>br</strong> />

a seguir.<<strong>br</strong> />

4.1.1. Estator da máquina principal<<strong>br</strong> />

As carcaças das máquinas da linha G são fa<strong>br</strong>icadas<<strong>br</strong> />

em chapas <strong>de</strong> aço calandradas (formato tubular).<<strong>br</strong> />

Para a linha S, as carcaças são fa<strong>br</strong>icadas em<<strong>br</strong> />

chapas <strong>de</strong> aço soldadas através <strong>de</strong> solda tipo<<strong>br</strong> />

“MIG”. Todo o conjunto da carcaça recebe um<<strong>br</strong> />

tratamento <strong>de</strong> normalização para alívio <strong>de</strong> tensões<<strong>br</strong> />

provocadas pelas soldas.<<strong>br</strong> />

O pacote <strong>de</strong> chapas do estator (ou núcleo do<<strong>br</strong> />

estator), com seu respectivo enrolamento, é<<strong>br</strong> />

assentado so<strong>br</strong>e as nervuras da carcaça (linha S) ou<<strong>br</strong> />

prensado na carcaça (linha G).<<strong>br</strong> />

As máquinas <strong>de</strong> baixa tensão são produzidas com<<strong>br</strong> />

fios circulares e as <strong>de</strong> média tensão com fios<<strong>br</strong> />

retangulares.<<strong>br</strong> />

O isolamento padrão das máquinas da linha S é<<strong>br</strong> />

classe F e para a linha G classe H. As bobinas são<<strong>br</strong> />

fixadas às ranhuras por cunhas <strong>de</strong> fechamento,<<strong>br</strong> />

normalmente compostas <strong>de</strong> material isolante, e as<<strong>br</strong> />

cabeças dos enrolamentos são fortalecidas para que<<strong>br</strong> />

possam resistir a vi<strong>br</strong>ações. As máquinas <strong>de</strong> baixa<<strong>br</strong> />

tensão da linha G são impregnadas por<<strong>br</strong> />

gotejamento e da linha S por imersão. Máquinas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

alta tensão são impregnadas pelo sistema VPI<<strong>br</strong> />

(Vacuum Pressure Impregnation).<<strong>br</strong> />

4.1.2. Rotor da máquina principal<<strong>br</strong> />

O rotor acomoda o enrolamento <strong>de</strong> campo, cujos<<strong>br</strong> />

pólos são formados por pacotes <strong>de</strong> chapas. Uma<<strong>br</strong> />

gaiola <strong>de</strong> amortecimento também é montada no<<strong>br</strong> />

rotor para compensação nos serviços em paralelo e<<strong>br</strong> />

variações <strong>de</strong> carga.<<strong>br</strong> />

4.1.3. Estator da excitatriz principal<<strong>br</strong> />

A excitatriz principal é um gerador trifásico <strong>de</strong> pólos<<strong>br</strong> />

salientes. Na linha G seu estator é fixado na tampa<<strong>br</strong> />

traseira do gerador e <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>le (Fig 4.1.1). Na<<strong>br</strong> />

linha S é posicionado fora da máquina e é fixado na<<strong>br</strong> />

tampa traseira ou na base do gerador, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo<<strong>br</strong> />

da sua forma construtiva.<<strong>br</strong> />

Os pólos salientes acomodam as bobinas <strong>de</strong> campo,<<strong>br</strong> />

que são ligadas em série, sendo sua extremida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

conectada ao regulador <strong>de</strong> tensão diretamente<<strong>br</strong> />

(linha G) ou através <strong>de</strong> bornes na caixa <strong>de</strong> ligação<<strong>br</strong> />

da excitatriz (linha S).<<strong>br</strong> />

4.1.4. Rotor da excitatriz principal e diodos<<strong>br</strong> />

retificadores girantes<<strong>br</strong> />

O rotor da excitariz principal é montado so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />

eixo da máquina principal. O rotor é laminado e<<strong>br</strong> />

suas ranhuras a<strong>br</strong>igam um enrolamento trifásico<<strong>br</strong> />

ligado em estrela.<<strong>br</strong> />

O ponto comum <strong>de</strong>sta ligação estrela é inacessível.<<strong>br</strong> />

De cada ponto da ligação estrela saem dois fios<<strong>br</strong> />

para os retificadores girantes, assentados os<<strong>br</strong> />

suportes dissipadores. Dos dois fios, um é ligado ao<<strong>br</strong> />

retificador so<strong>br</strong>e o suporte positivo e o segundo, ao<<strong>br</strong> />

mesmo retificador so<strong>br</strong>e o suporte negativo.<<strong>br</strong> />

4.1.5. Excitatriz auxiliar<<strong>br</strong> />

A excitatriz auxiliar ou PMG (Permanent Magnets<<strong>br</strong> />

Generator) é um gerador trifásico com rotor<<strong>br</strong> />

constituído por imãs, que são seus pólos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

excitação, acoplado ao eixo da máquina principal. O<<strong>br</strong> />

estator, constituído <strong>de</strong> chapas, possui um<<strong>br</strong> />

enrolamento trifásico para alimentação do regulador<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> tensão. Na linha G a excitatriz auxiliar é<<strong>br</strong> />

oferecida como opcional (sob pedido) e encontra-se<<strong>br</strong> />

no exterior da máquina, no lado não acionado,<<strong>br</strong> />

fixada na tampa do gerador. Na linha S é utilizada<<strong>br</strong> />

ou não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da aplicação ou especificação<<strong>br</strong> />

do cliente e é fixada na tampa ou na base,<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da forma construtiva da máquina. Na<<strong>br</strong> />

linha G é conectada diretamente ao regulador <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

tensão e na linha S, através <strong>de</strong> bornes na caixa <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

ligação da excitatriz auxiliar.<<strong>br</strong> />

4.1.6. Enrolamento auxiliar (ou bobina<<strong>br</strong> />

auxiliar)<<strong>br</strong> />

Padrão na linha G é um conjunto auxiliar <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

bobinas, monofásico, que fica alojado em algumas<<strong>br</strong> />

ranhuras do estator principal da máquina, junto<<strong>br</strong> />

com as bobinas <strong>de</strong> armadura, porém totalmente<<strong>br</strong> />

isolado <strong>de</strong>las.<<strong>br</strong> />

Sua função é fornecer potência para o regulador <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

tensão alimentar o campo da excitatriz principal,<<strong>br</strong> />

potência essa retificada e controlada pelo regulador<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> tensão.<<strong>br</strong> />

18


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

4.2. PLACA DE IDENTIFICAÇÃO<<strong>br</strong> />

Quando o fa<strong>br</strong>icante projeta um gerador e o oferece<<strong>br</strong> />

à venda, ele tem que partir <strong>de</strong> certos valores<<strong>br</strong> />

adotados para características da carga a ser<<strong>br</strong> />

alimentada e condições em que o gerador irá<<strong>br</strong> />

operar.<<strong>br</strong> />

O conjunto <strong>de</strong>sses valores constitui as<<strong>br</strong> />

"características nominais" do gerador. A maneira<<strong>br</strong> />

pela qual o fa<strong>br</strong>icante comunica estas informações<<strong>br</strong> />

ao cliente é através da placa <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação do<<strong>br</strong> />

gerador (Fig. 4.2.1).<<strong>br</strong> />

Evi<strong>de</strong>ntemente é impossível colocar na placa <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

i<strong>de</strong>ntificação todas as informações por extenso, <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

modo que é preciso recorrer a certas a<strong>br</strong>eviações.<<strong>br</strong> />

Além disso é preciso que os valores apresentados<<strong>br</strong> />

sejam objetivos e não dêem margens diversas<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e seu significado ou limites <strong>de</strong> variação.<<strong>br</strong> />

Para isto, o fa<strong>br</strong>icante recorre a Normas Técnicas<<strong>br</strong> />

que padronizam as a<strong>br</strong>eviações e símbolos e<<strong>br</strong> />

também estabelecem <strong>de</strong> uma só maneira o<<strong>br</strong> />

significado e os limites dos valores <strong>de</strong>clarados.<<strong>br</strong> />

Os <strong>geradores</strong> <strong>WEG</strong> normais são fa<strong>br</strong>icados segundo<<strong>br</strong> />

as normas ABNT (Associação Brasileira <strong>de</strong> Normas<<strong>br</strong> />

Técnicas), IEC (International Eletrotechnical<<strong>br</strong> />

Commission), VDE (Verband Der Elektrotechnik),<<strong>br</strong> />

Nema (National Electrical Manufacturers<<strong>br</strong> />

Association) e mediante consulta prévia po<strong>de</strong>m ser<<strong>br</strong> />

fa<strong>br</strong>icados conforme outras normas.<<strong>br</strong> />

Fig. 4.2.1 – Exemplo <strong>de</strong> etiqueta <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação<<strong>br</strong> />

para gerador.<<strong>br</strong> />

Dentre as informações padronizadas por norma que<<strong>br</strong> />

não precisam ser <strong>de</strong>claradas por extenso na placa<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação, estão as condições sob as quais o<<strong>br</strong> />

gerador foi feito para funcionar, ou seja, as<<strong>br</strong> />

"condições usuais <strong>de</strong> serviço".<<strong>br</strong> />

Se o gerador for adquirido para trabalhar em<<strong>br</strong> />

condições especiais, o fato <strong>de</strong>ve ser claramente<<strong>br</strong> />

indicado na especificação e pedido <strong>de</strong> compra do<<strong>br</strong> />

mesmo.<<strong>br</strong> />

As condições usuais <strong>de</strong> serviço são:<<strong>br</strong> />

a) Meio refrigerante (na maioria dos casos o meio<<strong>br</strong> />

ambiente) <strong>de</strong> temperatura não superior a 40ºC e<<strong>br</strong> />

isento <strong>de</strong> elementos prejudiciais ao gerador;<<strong>br</strong> />

b) Localização à som<strong>br</strong>a;<<strong>br</strong> />

c) Altitu<strong>de</strong> não superior a 1000 m so<strong>br</strong>e o nível do<<strong>br</strong> />

mar.<<strong>br</strong> />

4.3. PINTURA - GERADORES PARA<<strong>br</strong> />

APLICAÇÃO INDUSTRIAL GERAL<<strong>br</strong> />

A <strong>WEG</strong> possui planos <strong>de</strong> pintura que aten<strong>de</strong>m as<<strong>br</strong> />

mais variadas aplicações.<<strong>br</strong> />

As linhas G e S possuem planos <strong>de</strong> pintura padrões<<strong>br</strong> />

conforme seguem abaixo. Esses planos aten<strong>de</strong>m<<strong>br</strong> />

quase que a totalida<strong>de</strong> das aplicações industriais.<<strong>br</strong> />

Para aplicações especiais ou conforme necessida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

do cliente, há a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se especificar<<strong>br</strong> />

planos <strong>de</strong> pintura especiais, mediante análise<<strong>br</strong> />

prévia.<<strong>br</strong> />

Plano <strong>de</strong> pintura padrão para a linha G (Plano <strong>WEG</strong><<strong>br</strong> />

201A):<<strong>br</strong> />

A pintura <strong>de</strong>ssas máquinas consiste <strong>de</strong> duas<<strong>br</strong> />

camadas.<<strong>br</strong> />

- Pintura Fundo: após a limpeza, as peças são<<strong>br</strong> />

pintadas com tinta fundo primer alquídico, <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

espessura da película seca entre 20 e 55 μm.<<strong>br</strong> />

- Pintura <strong>de</strong> Acabamento: após a máquina<<strong>br</strong> />

completamente montada e consiste <strong>de</strong> uma<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>mão <strong>de</strong> esmalte sintético alquídico com<<strong>br</strong> />

espessura da película seca entre 40 e 60 μm.<<strong>br</strong> />

Plano <strong>de</strong> pintura padrão para a linha S (Plano <strong>WEG</strong><<strong>br</strong> />

212P):<<strong>br</strong> />

A pintura <strong>de</strong>ssas máquinas consiste <strong>de</strong> três<<strong>br</strong> />

camadas.<<strong>br</strong> />

- Pintura Fundo: após a limpeza, as peças são<<strong>br</strong> />

pintadas com tinta fundo primer etil silicato<<strong>br</strong> />

inorgânico <strong>de</strong> zinco, <strong>de</strong> espessura da película<<strong>br</strong> />

seca entre 67 e 90 μm<<strong>br</strong> />

- Pintura Intermediária: pintura com tinta epóxi<<strong>br</strong> />

fosfato <strong>de</strong> zinco alta espessura com espessura<<strong>br</strong> />

da película seca entre 90 e 130 μm<<strong>br</strong> />

- Pintura <strong>de</strong> Acabamento: após a máquina<<strong>br</strong> />

completamente montada e consiste <strong>de</strong> uma<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>mão <strong>de</strong> esmalte poliuretano acrílico <strong>de</strong> alta<<strong>br</strong> />

espessura, com espessura da película seca entre<<strong>br</strong> />

63 e 91 μm.<<strong>br</strong> />

19


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

4.4. TERMINAIS DE ATERRAMENTO<<strong>br</strong> />

Montagem típica com Mancais <strong>de</strong> Rolamentos<<strong>br</strong> />

O aterramento tem a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> proteger os<<strong>br</strong> />

operadores das máquinas elétricas ou <strong>de</strong> máquinas<<strong>br</strong> />

acopladas à elas contra possíveis curtos-circuitos<<strong>br</strong> />

entre uma parte energizada e carcaça da máquina.<<strong>br</strong> />

Esta proteção se dá pelo oferecimento <strong>de</strong> um<<strong>br</strong> />

caminho mais fácil para o fluxo <strong>de</strong> corrente,<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sviando-a <strong>de</strong>sta forma do operador e da<<strong>br</strong> />

máquina. Para isso os <strong>geradores</strong> possuem locais<<strong>br</strong> />

específicos para aterramento através <strong>de</strong> terminais,<<strong>br</strong> />

localizados na região dos pés e/ou <strong>de</strong>ntro da caixa<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> ligação principal.<<strong>br</strong> />

4.5. MANCAIS<<strong>br</strong> />

Dispositivo mecânico so<strong>br</strong>e o qual se apóia um eixo<<strong>br</strong> />

girante (no caso do gerador elétrico), <strong>de</strong>slizante ou<<strong>br</strong> />

oscilante, e que lhe permite o movimento com um<<strong>br</strong> />

mínimo <strong>de</strong> atrito.<<strong>br</strong> />

Devido a gran<strong>de</strong> importância dos mancais para o<<strong>br</strong> />

gerador como um todo, seguem abaixo alguns<<strong>br</strong> />

fatores <strong>de</strong>terminantes para sua durabilida<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />

- Velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> operação;<<strong>br</strong> />

- Esforços axiais e radiais aplicados aos mesmos;<<strong>br</strong> />

- Correta manutenção e lu<strong>br</strong>ificação;<<strong>br</strong> />

- Condições ambientais às quais são submetidos.<<strong>br</strong> />

Os tipos <strong>de</strong> mancal a serem selecionados estão<<strong>br</strong> />

ligados também ao tipo <strong>de</strong> aplicação, sendo<<strong>br</strong> />

divididos principalmente em:<<strong>br</strong> />

a) Mancais <strong>de</strong> Rolamento:<<strong>br</strong> />

Rolamentos <strong>de</strong> esferas lu<strong>br</strong>ificados a graxa são<<strong>br</strong> />

padrões nas máquinas <strong>WEG</strong> da linha G e carcaças<<strong>br</strong> />

menores da linha S.<<strong>br</strong> />

Depen<strong>de</strong>ndo da aplicação, e principalmente dos<<strong>br</strong> />

esforços aplicados à ponta <strong>de</strong> eixo da máquina,<<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong>m ser especificados rolamentos <strong>de</strong> rolos ou<<strong>br</strong> />

rolamentos lu<strong>br</strong>ificados a óleo.<<strong>br</strong> />

Figura 4.5.1. - Rolamentos.<<strong>br</strong> />

Figura 4.5.2 – Gerador linha S com mancal <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

rolamento.<<strong>br</strong> />

b) Mancais <strong>de</strong> Bucha (ou <strong>de</strong>slizamento):<<strong>br</strong> />

A <strong>WEG</strong> utiliza estes mancais em <strong>geradores</strong> da linha<<strong>br</strong> />

S, a partir <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado tamanho ou<<strong>br</strong> />

aplicação específica.<<strong>br</strong> />

São mancais bipartidos, lu<strong>br</strong>ificados a óleo, que<<strong>br</strong> />

possuem casquilhos separados em dois setores<<strong>br</strong> />

(superior e inferior) e permitem sua abertura e<<strong>br</strong> />

inspeção sem necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> retirada da máquina<<strong>br</strong> />

do local <strong>de</strong> instalação.<<strong>br</strong> />

Estes mancais possuem reservatório <strong>de</strong> óleo próprio<<strong>br</strong> />

e anéis pescadores, que giram com o eixo<<strong>br</strong> />

distribuindo o óleo aos casquilhos. Em casos on<strong>de</strong> a<<strong>br</strong> />

lu<strong>br</strong>ificação pelos anéis pescadores não é suficiente,<<strong>br</strong> />

utiliza-se lu<strong>br</strong>ificação forçada por um sistema<<strong>br</strong> />

externo (ULRM - Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lu<strong>br</strong>ificação e<<strong>br</strong> />

Refrigeração para os Mancais), o qual po<strong>de</strong> ser<<strong>br</strong> />

fornecido com o gerador caso optado pelo cliente.<<strong>br</strong> />

Os mancais <strong>de</strong> bucha normais são refrigerados<<strong>br</strong> />

naturalmente. Em algumas situações po<strong>de</strong>m ser<<strong>br</strong> />

refrigerados por circulação externa <strong>de</strong> óleo através<<strong>br</strong> />

do mesmo sistema utilizado para a circulação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

óleo (ULRM). Este sistema possui basicamente um<<strong>br</strong> />

reservatório, bombas e trocador <strong>de</strong> calor. Ele<<strong>br</strong> />

recebe, por gravida<strong>de</strong>, o óleo dos mancais, refrigera<<strong>br</strong> />

e envia-o refrigerado e pressurizado aos mancais.<<strong>br</strong> />

Depen<strong>de</strong>ndo do tamanho da máquina, peso do<<strong>br</strong> />

rotor e tipo <strong>de</strong> aplicação, os mancais <strong>de</strong> bucha<<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong>m ser especificados para utilização com<<strong>br</strong> />

sistema <strong>de</strong> Jacking Oil (“levantamento” do eixo<<strong>br</strong> />

durante a partida e parada). Para máquinas<<strong>br</strong> />

gran<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>vido ao peso do rotor o filme <strong>de</strong> óleo<<strong>br</strong> />

entre casquilhos e eixo po<strong>de</strong> se extinguir quando a<<strong>br</strong> />

máquina está parada ou em rotação muito baixa, o<<strong>br</strong> />

que po<strong>de</strong> ocasionar <strong>de</strong>sgaste nos casquilhos. Então<<strong>br</strong> />

injeta-se óleo com alta pressão nos mancais para<<strong>br</strong> />

formação e garantia do filme <strong>de</strong> óleo entre eixo e<<strong>br</strong> />

casquilhos nos momentos <strong>de</strong> partida e parada da<<strong>br</strong> />

máquina. Essa injeção <strong>de</strong> óleo também po<strong>de</strong> ser<<strong>br</strong> />

implementada na URLM do gerador.<<strong>br</strong> />

20


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

Montagem típica com Mancais <strong>de</strong> Bucha<<strong>br</strong> />

Figura 4.5.3. – Gerador linha S com mancal <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

bucha aberto para inspeção.<<strong>br</strong> />

Fig. 4.5.6 – Mancal <strong>de</strong> bucha com circulação<<strong>br</strong> />

externa <strong>de</strong> óleo.<<strong>br</strong> />

Figura 4.5.4. - Casquilho e anel pescador.<<strong>br</strong> />

Fig. 4.5.5 – Mancal <strong>de</strong> bucha com refrigeração<<strong>br</strong> />

natural.<<strong>br</strong> />

21


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

Mancais <strong>de</strong> Deslizamento em Corte (dianteiro e traseiro) com respectivos componentes<<strong>br</strong> />

Figura 4.5.7. - Mancal dianteiro.<<strong>br</strong> />

Figura 4.5.8. - Mancal traseiro.<<strong>br</strong> />

On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />

1. Bujão <strong>de</strong> dreno<<strong>br</strong> />

2. Carcaça do mancal<<strong>br</strong> />

3. Carcaça do motor<<strong>br</strong> />

4. Parafuso para montagem da capa da carcaça<<strong>br</strong> />

do mancal<<strong>br</strong> />

5. Capa da carcaça do mancal<<strong>br</strong> />

6. Parafuso da capa do manca bipartido<<strong>br</strong> />

7. Selo máquina<<strong>br</strong> />

8. Parafuso do selo máquina<<strong>br</strong> />

10. Olhal <strong>de</strong> suspensão<<strong>br</strong> />

11. Defletor estacionário<<strong>br</strong> />

12. Parafuso do <strong>de</strong>fletor estacionário<<strong>br</strong> />

13. Portador do selo labirinto<<strong>br</strong> />

14. Parafuso do portador do selo labirinto<<strong>br</strong> />

15. Casquilho superior<<strong>br</strong> />

16. Casquilho inferior<<strong>br</strong> />

17. Anel pescador<<strong>br</strong> />

18. Selo labirinto<<strong>br</strong> />

19. Mola circular elástica<<strong>br</strong> />

21. Parafuso <strong>de</strong> montagem da carcaça do mancal<<strong>br</strong> />

carcaça do mancal<<strong>br</strong> />

24. Defletor inferior<<strong>br</strong> />

25. Parafuso <strong>de</strong> união dos <strong>de</strong>fletores<<strong>br</strong> />

On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />

1. Bujão <strong>de</strong> dreno<<strong>br</strong> />

2. Carcaça do mancal<<strong>br</strong> />

3. Carcaça do motor<<strong>br</strong> />

4. Parafuso para montagem da capa da carcaça<<strong>br</strong> />

do mancal<<strong>br</strong> />

5. Capa da carcaça do mancal<<strong>br</strong> />

6. Parafuso da capa do manca bipartido<<strong>br</strong> />

7. Selo máquina<<strong>br</strong> />

8. Parafuso do selo máquina<<strong>br</strong> />

10. Olhal <strong>de</strong> suspensão<<strong>br</strong> />

15. Casquilho superior<<strong>br</strong> />

16. Casquilho inferior<<strong>br</strong> />

17. Anel pescador<<strong>br</strong> />

18. Selo labirinto<<strong>br</strong> />

19. Mola circular elástica<<strong>br</strong> />

21. Parafuso <strong>de</strong> montagem da carcaça do mancal<<strong>br</strong> />

carcaça do mancal<<strong>br</strong> />

22. Defletor inferior<<strong>br</strong> />

23. Parafuso <strong>de</strong> união dos <strong>de</strong>fletores<<strong>br</strong> />

22


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

4.6. FORMA CONSTRUTIVA<<strong>br</strong> />

Os <strong>geradores</strong> <strong>WEG</strong> são construídos nas formas<<strong>br</strong> />

construtivas B15 (mancal único), B3, B35, D5, D6 e<<strong>br</strong> />

V1 (mancal duplo).<<strong>br</strong> />

As formas construtivas D5, D6 e V1 são<<strong>br</strong> />

normalmente utilizadas em <strong>geradores</strong> <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

porte, utilizados principalmente em geração<<strong>br</strong> />

hidráulica (D5, D6, V1) e térmica (D5, D6).<<strong>br</strong> />

As formas construtivas disponíveis para a linha G<<strong>br</strong> />

são:<<strong>br</strong> />

- B15T - Mancal único (single bearing), montagem<<strong>br</strong> />

horizontal com acoplamento por discos flexíveis<<strong>br</strong> />

e flange, fixação na base através dos pés e caixa<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> ligação no topo – Padrão;<<strong>br</strong> />

- D6 – Mancal duplo, montagem horizontal, ponta<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> eixo flangeada, mancais <strong>de</strong> pe<strong>de</strong>stais fixados<<strong>br</strong> />

na base e caixa <strong>de</strong> ligação na lateral direita ou<<strong>br</strong> />

esquerda ou saída dos cabos por baixo da<<strong>br</strong> />

máquina;<<strong>br</strong> />

- V1 – Mancal duplo, montagem vertical, ponta <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

eixo chavetada ou flangeada, flange na tampa<<strong>br</strong> />

dianteira, mancais fixados nas tampas, fixação<<strong>br</strong> />

na base através do flange na tampa ou da<<strong>br</strong> />

carcaça e caixa <strong>de</strong> ligação na lateral;<<strong>br</strong> />

- B15 - Mancal único (ou single bearing),<<strong>br</strong> />

montagem horizontal com acoplamento por<<strong>br</strong> />

discos flexíveis e flange, fixação na base através<<strong>br</strong> />

dos pés e caixa <strong>de</strong> ligação na lateral.<<strong>br</strong> />

- B35T - Mancal duplo, montagem horizontal com<<strong>br</strong> />

acoplamento pela ponta <strong>de</strong> eixo lisa chavetada<<strong>br</strong> />

(montagem <strong>de</strong> acoplamento flexível) e flange,<<strong>br</strong> />

fixação na base através dos pés e caixa <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

ligação no topo – Opcional (sob pedido);<<strong>br</strong> />

- B3T - Mancal duplo, montagem horizontal com<<strong>br</strong> />

acoplamento pela ponta <strong>de</strong> eixo lisa chavetada<<strong>br</strong> />

(montagem <strong>de</strong> acoplamento flexível), sem<<strong>br</strong> />

flange, fixação na base através dos pés e caixa<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> ligação no topo – Opcional (sob pedido).<<strong>br</strong> />

A linha S po<strong>de</strong> ser fa<strong>br</strong>icada com várias formas<<strong>br</strong> />

construtivas, que são <strong>de</strong>finidas <strong>de</strong> acordo com a<<strong>br</strong> />

aplicação ou solicitação do cliente. As principais<<strong>br</strong> />

são:<<strong>br</strong> />

- B3D ou E – Mancal duplo, montagem horizontal,<<strong>br</strong> />

ponta <strong>de</strong> eixo lisa chavetada (para montagem <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

acoplamento flexível), mancais fixados nas<<strong>br</strong> />

tampas, fixação na base através dos pés e caixa<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> ligação na lateral direita ou esquerda;<<strong>br</strong> />

- B35D ou E - Mancal duplo, montagem<<strong>br</strong> />

horizontal, com ponta <strong>de</strong> eixo lisa chavetada<<strong>br</strong> />

(montagem <strong>de</strong> acoplamento flexível) ou ponta<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> eixo flangeada, flange na tampa dianteira,<<strong>br</strong> />

mancais fixados nas tampas, fixação na base<<strong>br</strong> />

através dos pés e caixa <strong>de</strong> ligação na lateral<<strong>br</strong> />

direita ou esquerda;<<strong>br</strong> />

- D5 – Mancal duplo, montagem horizontal, ponta<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> eixo lisa chavetada (para montagem <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

acoplamento flexível), mancais <strong>de</strong> pe<strong>de</strong>stais<<strong>br</strong> />

fixados na base e caixa <strong>de</strong> ligação na lateral<<strong>br</strong> />

direita ou esquerda ou saída dos cabos por baixo<<strong>br</strong> />

da máquina;<<strong>br</strong> />

23


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

15<<strong>br</strong> />

14<<strong>br</strong> />

16<<strong>br</strong> />

13<<strong>br</strong> />

17<<strong>br</strong> />

05<<strong>br</strong> />

04<<strong>br</strong> />

03<<strong>br</strong> />

01 02<<strong>br</strong> />

Fig. 4.6.1 - Partes integrantes do gerador <strong>WEG</strong> Linha G (mo<strong>de</strong>lo GTA250).<<strong>br</strong> />

06<<strong>br</strong> />

07<<strong>br</strong> />

08<<strong>br</strong> />

09<<strong>br</strong> />

10 11<<strong>br</strong> />

12<<strong>br</strong> />

1 - Disco <strong>de</strong> Acoplamento<<strong>br</strong> />

2 - Bucha <strong>de</strong> acoplamento<<strong>br</strong> />

3 - Flange<<strong>br</strong> />

4 - Ventilador<<strong>br</strong> />

5 - Rotor Principal<<strong>br</strong> />

6 – Roda <strong>de</strong> diodos<<strong>br</strong> />

7 - Rolamento<<strong>br</strong> />

8 – Estator principal<<strong>br</strong> />

9 - Carcaça<<strong>br</strong> />

10 – Imã permanente<<strong>br</strong> />

11 - Estator da Excitatriz<<strong>br</strong> />

12- Tampa Traseira<<strong>br</strong> />

13 – Veneziana<<strong>br</strong> />

14 – Caixa <strong>de</strong> ligação<<strong>br</strong> />

15 – Tampa da caixa <strong>de</strong> ligação<<strong>br</strong> />

16 – Regulador <strong>de</strong> tensão<<strong>br</strong> />

17 – Placa <strong>de</strong> bornes<<strong>br</strong> />

24


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

09 07<<strong>br</strong> />

10<<strong>br</strong> />

12<<strong>br</strong> />

04<<strong>br</strong> />

05<<strong>br</strong> />

06<<strong>br</strong> />

03<<strong>br</strong> />

01<<strong>br</strong> />

02<<strong>br</strong> />

08<<strong>br</strong> />

1 - Disco <strong>de</strong> Acoplamento<<strong>br</strong> />

2 - Bucha <strong>de</strong> acoplamento<<strong>br</strong> />

3 - Flange<<strong>br</strong> />

4 - Ventilador<<strong>br</strong> />

5 - Rotor Principal<<strong>br</strong> />

6 - Rotor da Excitatriz<<strong>br</strong> />

7 - Caixa <strong>de</strong> Ligação<<strong>br</strong> />

8 - Carcaça<<strong>br</strong> />

9 - Tampa da caixa <strong>de</strong> ligação<<strong>br</strong> />

10 - Estator da Excitatriz<<strong>br</strong> />

11- Tampa Traseira<<strong>br</strong> />

12 - Veneziana<<strong>br</strong> />

Fig. 4.6.2 - Partes integrantes do gerador <strong>WEG</strong> Linha AG10 (mo<strong>de</strong>lo AG10 280).<<strong>br</strong> />

25


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

Fig. 4.6.3 - Forma construtiva B15T (GTA).<<strong>br</strong> />

Fig. 4.6.4 - Forma construtiva B35T (GTA).<<strong>br</strong> />

Fig. 4.6.5 - Forma construtiva B3D (Linha S, fechado com trocador <strong>de</strong> calor ar-ar).<<strong>br</strong> />

26


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

Fig. 4.6.6.a - Forma construtiva D5 (linha S, aberto).<<strong>br</strong> />

Fig. 4.6.6-b - Forma construtiva D5 (linha S, fechado com trocador <strong>de</strong> calor ar-água).<<strong>br</strong> />

27


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

Fig. 4.6.7 - Forma construtiva D6 (linha S, aberto).<<strong>br</strong> />

28


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

5. GERADORES <strong>WEG</strong><<strong>br</strong> />

Atualmente a <strong>WEG</strong> MÁQUINAS produz duas linhas<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> máquinas síncronas: Linha G plus e Linha S.<<strong>br</strong> />

A linha G plus é composta basicamente <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

máquinas padrões (seriadas) e a linha S <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

máquinas especiais (engenheiradas, sob pedido).<<strong>br</strong> />

Nomenclatura das máquinas síncronas <strong>WEG</strong><<strong>br</strong> />

5.1. Linha G i-Plus<<strong>br</strong> />

A nomenclatura das máquinas síncronas <strong>WEG</strong> é<<strong>br</strong> />

composta <strong>de</strong> letras e números conforme as tabelas<<strong>br</strong> />

abaixo:<<strong>br</strong> />

Exemplo: G T A . 3 1 1 A I 2 7<<strong>br</strong> />

Tipo <strong>de</strong> Máquina<<strong>br</strong> />

G<<strong>br</strong> />

S<<strong>br</strong> />

Máquina Síncrona não Engenheirada<<strong>br</strong> />

Máquina Síncrona Engenheirada<<strong>br</strong> />

Exemplo: G T A . 3 1 1 A I 2 7<<strong>br</strong> />

Característica<<strong>br</strong> />

T<<strong>br</strong> />

P<<strong>br</strong> />

S<<strong>br</strong> />

L<<strong>br</strong> />

D<<strong>br</strong> />

E<<strong>br</strong> />

F<<strong>br</strong> />

Gerador Brushless com Bobina auxiliar<<strong>br</strong> />

Gerador Brushless com Excitatriz<<strong>br</strong> />

auxiliar<<strong>br</strong> />

Gerador Brushless sem auxiliar<<strong>br</strong> />

Gerador com escovas<<strong>br</strong> />

Motor com escovas<<strong>br</strong> />

Motor Brushless sem Excitatriz auxiliar<<strong>br</strong> />

Motor Brushless com Excitatriz auxiliar<<strong>br</strong> />

Exemplo: G T A . 3 1 1 A I 2 7<<strong>br</strong> />

Tensão<<strong>br</strong> />

A<<strong>br</strong> />

B<<strong>br</strong> />

C<<strong>br</strong> />

D<<strong>br</strong> />

E<<strong>br</strong> />

F<<strong>br</strong> />

G<<strong>br</strong> />

H<<strong>br</strong> />

I<<strong>br</strong> />

J<<strong>br</strong> />

K<<strong>br</strong> />

Z<<strong>br</strong> />

12 Terminais 480/240V – 440/220V –<<strong>br</strong> />

380/190V (60Hz) ou 400/200V-<<strong>br</strong> />

380/190V (50Hz)<<strong>br</strong> />

6 Terminais 220V/60Hz ou 190V/50Hz<<strong>br</strong> />

6 Terminais 380V/60Hz<<strong>br</strong> />

6 Terminais 440V/60Hz ou 380V/50Hz<<strong>br</strong> />

6 Terminais 480V/60Hz ou 400V/50Hz<<strong>br</strong> />

6 Terminais 575V/60Hz<<strong>br</strong> />

2300V<<strong>br</strong> />

4160V<<strong>br</strong> />

6600V<<strong>br</strong> />

11000V<<strong>br</strong> />

13800V<<strong>br</strong> />

Outra tensão<<strong>br</strong> />

Exemplo: G T A . 3 1 1 A I 2 7<<strong>br</strong> />

Aplicação<<strong>br</strong> />

I<<strong>br</strong> />

M<<strong>br</strong> />

T<<strong>br</strong> />

N<<strong>br</strong> />

E<<strong>br</strong> />

Industrial<<strong>br</strong> />

Marinizado<<strong>br</strong> />

Telecomunicações<<strong>br</strong> />

Naval<<strong>br</strong> />

Especial<<strong>br</strong> />

Exemplo: G T A . 3 1 1 A I 2 7<<strong>br</strong> />

Comprimento da Carcaça<<strong>br</strong> />

Ex.: 160mm = 16; 315mm = 31; 400mm = 40<<strong>br</strong> />

Exemplo: G T A . 3 1 1 A I 2 7<<strong>br</strong> />

Código Complementar<<strong>br</strong> />

Código referente à potência do gerador<<strong>br</strong> />

Exemplo: G T A . 3 1 1 A I 2 7<<strong>br</strong> />

Comprimento da Carcaça<<strong>br</strong> />

1= Curta; 2= Média; 3 = Longa<<strong>br</strong> />

29


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

5.2. Linha AG10<<strong>br</strong> />

Exemplo: A G 10 – 315 M I 30 A I B15T<<strong>br</strong> />

Produto (Caractere 1 - Nomenclatura Principal)<<strong>br</strong> />

A<<strong>br</strong> />

Alternador<<strong>br</strong> />

Exemplo: A G 10 – 315 M I 30 A I B15T<<strong>br</strong> />

Aplicação (Caractere 2 - Nomenclatura Principal)<<strong>br</strong> />

G<<strong>br</strong> />

Genset<<strong>br</strong> />

Exemplo: A G 10 – 315 M I 30 A I B15T<<strong>br</strong> />

Era ou subversão (caracteres 3 e 4)<<strong>br</strong> />

Exemplo: A G 10 – 315 M I 30 A I B15T<<strong>br</strong> />

Carcaça IEC (caracteres 1, 2 e 3)<<strong>br</strong> />

250 Carcaça 250<<strong>br</strong> />

280 Carcaça 280<<strong>br</strong> />

315 Carcaça 315<<strong>br</strong> />

Exemplo: A G 10 – 315 M I 30 A I B15T<<strong>br</strong> />

Complemento carcaça IEC (caractere 4)<<strong>br</strong> />

S<<strong>br</strong> />

M<<strong>br</strong> />

L<<strong>br</strong> />

Carcaça curta<<strong>br</strong> />

Carcaça média<<strong>br</strong> />

Carcaça longa<<strong>br</strong> />

Exemplo: A G 10 – 315 M I 30 A I B15T<<strong>br</strong> />

Aplicação (caractere 5)<<strong>br</strong> />

I<<strong>br</strong> />

N<<strong>br</strong> />

E<<strong>br</strong> />

Industrial<<strong>br</strong> />

Naval<<strong>br</strong> />

Especial<<strong>br</strong> />

Exemplo: A G 10 – 315 M I 30 A I B15T<<strong>br</strong> />

Tensão do alternador (caractere 8)<<strong>br</strong> />

12 Terminais - 480/240V - 440/220V -<<strong>br</strong> />

A 380/190V - 208V (60Hz) - 400/200V -<<strong>br</strong> />

380/190V (50Hz)<<strong>br</strong> />

B 06 Terminais - 220V /60Hz ou 190/50Hz<<strong>br</strong> />

C<<strong>br</strong> />

D<<strong>br</strong> />

E<<strong>br</strong> />

F<<strong>br</strong> />

G<<strong>br</strong> />

H<<strong>br</strong> />

P<<strong>br</strong> />

Z<<strong>br</strong> />

06 Terminais - 380V /60Hz<<strong>br</strong> />

06 Terminais - 440V /60Hz ou 380/50Hz<<strong>br</strong> />

06 Terminais - 480V /60Hz ou 400/50Hz<<strong>br</strong> />

06 Terminais - 600V /60Hz ou 575/50Hz<<strong>br</strong> />

06 Terminais - 208V /60Hz<<strong>br</strong> />

06 Terminais - 415V /50Hz<<strong>br</strong> />

12 Terminais - 415/240V - 208/120V<<strong>br</strong> />

(50Hz)<<strong>br</strong> />

Outra tensão<<strong>br</strong> />

Exemplo: A G 10 – 315 M I 30 A I B15T<<strong>br</strong> />

Tipo <strong>de</strong> excitação (caractere 9)<<strong>br</strong> />

Alternador Brushless com bobina<<strong>br</strong> />

I<<strong>br</strong> />

auxiliar (iPMG)<<strong>br</strong> />

Alternador Brushless com excitatriz<<strong>br</strong> />

P<<strong>br</strong> />

auxiliar (PMG)<<strong>br</strong> />

Alternador Brushless sem bobina<<strong>br</strong> />

S<<strong>br</strong> />

auxiliar e sem excitatriz auxiliar (Shunt)<<strong>br</strong> />

Exemplo: A G 10 – 315 M I 30 A I B15T<<strong>br</strong> />

Forma construtiva (caracteres 10, 11, 12, 13)<<strong>br</strong> />

B15T<<strong>br</strong> />

B35T<<strong>br</strong> />

B3T<<strong>br</strong> />

Mancal único<<strong>br</strong> />

Mancal duplo sem flange<<strong>br</strong> />

Mancal duplo com flange<<strong>br</strong> />

Exemplo: A G 10 – 315 M I 30 A I B15T<<strong>br</strong> />

Código <strong>de</strong> Engenharia (caracteres 6 e 7)<<strong>br</strong> />

Comprimento do pacote<<strong>br</strong> />

30


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

Geradores <strong>WEG</strong> linha G<<strong>br</strong> />

A linha G possui máquinas com carcaças a partir da<<strong>br</strong> />

160 até 630, baixa ou alta tensão até 13800V, em<<strong>br</strong> />

4, 6 ou 8 pólos. São fa<strong>br</strong>icados em chapas <strong>de</strong> aço<<strong>br</strong> />

calandradas, abertos-autoventilados (padrões) ou<<strong>br</strong> />

fechados com trocador <strong>de</strong> calor ar-ar (especiais –<<strong>br</strong> />

sob pedido), formas construtivas B15T, B35T ou<<strong>br</strong> />

B3T e mancais <strong>de</strong> rolamentos lu<strong>br</strong>ificados a graxa.<<strong>br</strong> />

São acionadas geralmente por motores diesel ou<<strong>br</strong> />

gás.<<strong>br</strong> />

A linha G tem como principais características:<<strong>br</strong> />

- Excitação Brushless (sem escovas);<<strong>br</strong> />

- Alimentação in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do regulador <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

tensão através <strong>de</strong> Bobina Auxiliar (padrão) ou<<strong>br</strong> />

excitatriz auxiliar PMG (sob pedido)<<strong>br</strong> />

- Passo <strong>de</strong> bobinagem 2/3, baixa distorção<<strong>br</strong> />

harmônica e baixa reatância subtransitória,<<strong>br</strong> />

sendo apto a alimentar cargas <strong>de</strong>formantes com<<strong>br</strong> />

componentes <strong>de</strong> 3a harmônica altas;<<strong>br</strong> />

- Excitatriz com imãs permanentes, facilitando<<strong>br</strong> />

assim o escorvamento sob qualquer condição;<<strong>br</strong> />

- Facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manutenção da corrente <strong>de</strong> curtocircuito<<strong>br</strong> />

(<strong>de</strong>vido a presença <strong>de</strong> bobina auxiliar<<strong>br</strong> />

para alimentação do regulador <strong>de</strong> tensão);<<strong>br</strong> />

- Mancal único ou duplo e montagem horizontal;<<strong>br</strong> />

- Facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manutenção, proporcionada pela<<strong>br</strong> />

robustez das máquinas, acesso facilitado aos<<strong>br</strong> />

diodos e regulador <strong>de</strong> tensão;<<strong>br</strong> />

- Regulador <strong>de</strong> tensão encapsulado, com fusível<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> proteção incorporado, montado na caixa <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

ligações.<<strong>br</strong> />

Geradores <strong>WEG</strong> linha S<<strong>br</strong> />

A linha S aten<strong>de</strong> aplicações mais específicas e é<<strong>br</strong> />

composta <strong>de</strong> <strong>geradores</strong> e motores síncronos<<strong>br</strong> />

especiais e engenheirados (sob pedido), com<<strong>br</strong> />

carcaças a partir da 355 até 2500, em baixa ou alta<<strong>br</strong> />

tensão até 13800V, com 4 pólos ou acima. São<<strong>br</strong> />

fa<strong>br</strong>icados em chapas <strong>de</strong> aço soldadas, abertosautoventilados<<strong>br</strong> />

ou fechados com trocador <strong>de</strong> calor<<strong>br</strong> />

ar-ar ou ar-água, formas construtivas B3, D5, D6 ou<<strong>br</strong> />

V1 e mancais <strong>de</strong> rolamentos lu<strong>br</strong>ificados a graxa ou<<strong>br</strong> />

óleo e <strong>de</strong>slizamento a óleo. São acionados<<strong>br</strong> />

geralmente por turbinas hidráulicas, a vapor ou<<strong>br</strong> />

eólicas.<<strong>br</strong> />

As principais características da linha S são:<<strong>br</strong> />

- Excitação Brushless (sem escovas) ou com<<strong>br</strong> />

escovas;<<strong>br</strong> />

- Com ou sem excitatriz auxiliar (PMG) para<<strong>br</strong> />

alimentação do regulador <strong>de</strong> tensão;<<strong>br</strong> />

- Regulador <strong>de</strong> tensão digital com saída serial,<<strong>br</strong> />

controle <strong>de</strong> fator <strong>de</strong> potência, paralelismo, etc;<<strong>br</strong> />

- Alimentação do regulador <strong>de</strong> tensão através do<<strong>br</strong> />

próprio gerador ou fonte externa;<<strong>br</strong> />

- Formas construtivas horizontais ou verticais;<<strong>br</strong> />

- Diferentes tipos <strong>de</strong> Refrigeração.<<strong>br</strong> />

5.1. NORMAS APLICÁVEIS<<strong>br</strong> />

As máquinas síncronas <strong>WEG</strong> são projetadas,<<strong>br</strong> />

fa<strong>br</strong>icadas e testadas segundo as normas ABNT,<<strong>br</strong> />

IEC e DIN, on<strong>de</strong> aplicáveis. Especificamente<<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong>mos citar:<<strong>br</strong> />

- VDE 0530 - Máquinas Elétricas Girantes<<strong>br</strong> />

(Especificação e Características <strong>de</strong> Ensaio);<<strong>br</strong> />

- NBR 5117 - Máquinas Síncronas (Especificação);<<strong>br</strong> />

- NBR 5052 - Máquinas Síncronas (Método <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Ensaio).<<strong>br</strong> />

5.2. GERADORES COM EXCITAÇÃO POR<<strong>br</strong> />

ESCOVAS<<strong>br</strong> />

Nestes <strong>geradores</strong> o campo no rotor é alimentado<<strong>br</strong> />

em corrente contínua através das escovas e anéis<<strong>br</strong> />

coletores e a tensão alternada <strong>de</strong> saída, para<<strong>br</strong> />

alimentação das cargas, é retirada do estator<<strong>br</strong> />

(armadura) (Fig. 5.2.1). Neste sistema<<strong>br</strong> />

normalmente o campo é alimentado por uma<<strong>br</strong> />

excitatriz chamada <strong>de</strong> excitatriz estática. A tensão<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> saída do gerador é mantida constante <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

suas características nominais através do regulador<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> tensão, que verifica constantemente a tensão <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

saída e atua na excitatriz estática. Quando acionado<<strong>br</strong> />

na rotação nominal e com a excitatriz <strong>de</strong>sconectada<<strong>br</strong> />

do rotor, o processo <strong>de</strong> escorvamento inicia-se pela<<strong>br</strong> />

pequena tensão residual do gerador.<<strong>br</strong> />

Nas máquinas síncronas <strong>WEG</strong> este sistema <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

excitação é disponível para a Linha S (mo<strong>de</strong>los SL<<strong>br</strong> />

ou SD).<<strong>br</strong> />

31


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

Algumas vantagens e <strong>de</strong>svantagens <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

excitação:<<strong>br</strong> />

VANTAGENS: Menor tempo <strong>de</strong> resposta na<<strong>br</strong> />

recuperação <strong>de</strong> tensão (aplicação direta <strong>de</strong> corrente<<strong>br</strong> />

contínua no rotor).<<strong>br</strong> />

DESVANTAGENS: Exige manutenção periódica no<<strong>br</strong> />

conjunto escovas e porta escovas. Não é<<strong>br</strong> />

aconselhável a utilização em cargas sensíveis e <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

telecomunicações, <strong>de</strong>vido a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerar<<strong>br</strong> />

rádio interferência em função do contato das<<strong>br</strong> />

escovas e anéis (possível faiscamento). Por isso<<strong>br</strong> />

também não po<strong>de</strong> ser utilizado em atmosferas<<strong>br</strong> />

explosivas.<<strong>br</strong> />

5.3. GERADORES COM EXCITAÇÃO SEM<<strong>br</strong> />

ESCOVAS (BRUSHLESS)<<strong>br</strong> />

Nesses <strong>geradores</strong> a corrente contínua para<<strong>br</strong> />

alimentação do campo é obtida sem a utilização <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

escovas e anéis coletores, utilizando somente<<strong>br</strong> />

indução magnética. Para isso o gerador possui um<<strong>br</strong> />

componente chamado excitatriz principal, com<<strong>br</strong> />

armadura girante e campo fixo. A armadura <strong>de</strong>ssa<<strong>br</strong> />

excitatriz é montada no próprio eixo do gerador.<<strong>br</strong> />

Possui também um conjunto <strong>de</strong> diodos girantes<<strong>br</strong> />

(circuito retificador), também montado no eixo do<<strong>br</strong> />

gerador, para alimentação do campo principal em<<strong>br</strong> />

corrente contínua. Este conjunto <strong>de</strong> diodos recebe<<strong>br</strong> />

tensão alternada do rotor da excitatriz principal<<strong>br</strong> />

(armadura da excitatriz), tensão esta induzida pelo<<strong>br</strong> />

estator da excitatriz principal (campo da excitatriz),<<strong>br</strong> />

que é alimentado em corrente contínua proveniente<<strong>br</strong> />

do regulador <strong>de</strong> tensão.<<strong>br</strong> />

Um esquema dos componentes montados no rotor<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> uma máquina com excitação <strong>br</strong>ushless encontrase<<strong>br</strong> />

na Figura 5.3.1.<<strong>br</strong> />

O regulador <strong>de</strong> tensão monitora constantemente a<<strong>br</strong> />

tensão <strong>de</strong> saída do gerador e atua no estator da<<strong>br</strong> />

excitatriz. Com isso mantém a tensão <strong>de</strong> saída do<<strong>br</strong> />

gerador constante.<<strong>br</strong> />

A tensão alternada <strong>de</strong> saída do gerador, para<<strong>br</strong> />

alimentação das cargas, é retirada do seu estator<<strong>br</strong> />

principal (armadura) (Fig. 5.3.2 a e b).<<strong>br</strong> />

Nos <strong>geradores</strong> <strong>br</strong>ushless, a potência para a<<strong>br</strong> />

excitação (alimentação do regulador <strong>de</strong> tensão)<<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong> ser obtida <strong>de</strong> diferentes maneiras, as quais<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>finem o tipo <strong>de</strong> excitação da máquina. Esses tipos<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> excitação são:<<strong>br</strong> />

fonte <strong>de</strong> potência in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte para o regulador <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

tensão, não sujeita aos efeitos que acontecem no<<strong>br</strong> />

estator principal da máquina. O regulador recebe<<strong>br</strong> />

tensão alternada <strong>de</strong>ssa fonte e alimenta o campo<<strong>br</strong> />

da excitatriz principal com tensão retificada e<<strong>br</strong> />

regulada.<<strong>br</strong> />

Em condições normais <strong>de</strong> operação, na bobina<<strong>br</strong> />

auxiliar é produzida uma tensão monofásica <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

freqüência nominal do gerador, sofrendo pequenas<<strong>br</strong> />

distorções na forma <strong>de</strong> onda <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do tipo<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> carga (resistiva, indutiva ou capacitiva).<<strong>br</strong> />

Em situações <strong>de</strong> curto-circuito, é produzida uma<<strong>br</strong> />

tensão monofásica <strong>de</strong> terceira harmônica que<<strong>br</strong> />

continua alimentando o regulador <strong>de</strong> tensão<<strong>br</strong> />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente e mantém o curto-circuito.<<strong>br</strong> />

Nas máquinas síncronas <strong>WEG</strong> essa configuração <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

excitação é padrão para a Linha G em baixa tensão<<strong>br</strong> />

(mo<strong>de</strong>los GT, vi<strong>de</strong> Figura 5.3.2.a);<<strong>br</strong> />

- Alimentação através <strong>de</strong> excitatriz auxiliar a imãs<<strong>br</strong> />

permanentes (ou PMG - “Permanent Magnets<<strong>br</strong> />

Generator”), que possui campo no rotor, a ímãs,<<strong>br</strong> />

montado no próprio eixo do gerador, e estator<<strong>br</strong> />

(armadura) fixado na tampa traseira do gerador<<strong>br</strong> />

(Linhas G ou S) ou na base, em compartimento<<strong>br</strong> />

separado do estator principal da máquina (Linha S).<<strong>br</strong> />

A excitatriz auxiliar também funciona como uma<<strong>br</strong> />

fonte <strong>de</strong> potência in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte para o regulador <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

tensão. O regulador recebe a tensão trifásica<<strong>br</strong> />

alternada gerada no estator da excitatriz auxiliar<<strong>br</strong> />

(armadura da excitatriz auxiliar), retifica, regula e<<strong>br</strong> />

aplica-a no estator da excitatriz principal do gerador<<strong>br</strong> />

(campo da excitatriz principal).<<strong>br</strong> />

Nas máquinas síncronas <strong>WEG</strong> essa configuração <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

excitação é disponível mediante pedido para a Linha<<strong>br</strong> />

G (mo<strong>de</strong>los GP, vi<strong>de</strong> figura 5.3.2.b), e é<<strong>br</strong> />

praticamente padrão para as máquinas da Linha S<<strong>br</strong> />

(mo<strong>de</strong>los SP e SF).<<strong>br</strong> />

- Alimentação sem excitatriz auxiliar pelo próprio<<strong>br</strong> />

enrolamento <strong>de</strong> armadura da máquina, através <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

tap’s (para baixa tensão) ou via TP’s (para alta<<strong>br</strong> />

tensão), ou ainda, alimentação externa em locais<<strong>br</strong> />

on<strong>de</strong> há presença <strong>de</strong> re<strong>de</strong>. O regulador <strong>de</strong> tensão<<strong>br</strong> />

recebe tensão alternada <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>ssas fontes,<<strong>br</strong> />

retifica, regula e aplica-a no estator da excitatriz<<strong>br</strong> />

principal do gerador (campo da excitatriz principal).<<strong>br</strong> />

Nos <strong>geradores</strong> <strong>WEG</strong> essa configuração <strong>de</strong> excitação<<strong>br</strong> />

é disponível para os <strong>geradores</strong> da Linha S (mo<strong>de</strong>los<<strong>br</strong> />

SS e SE).<<strong>br</strong> />

- Alimentação através <strong>de</strong> bobina auxiliar, um<<strong>br</strong> />

conjunto auxiliar <strong>de</strong> bobinas, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, alojado<<strong>br</strong> />

em algumas ranhuras do estator principal da<<strong>br</strong> />

máquina (armadura principal). Funciona como uma<<strong>br</strong> />

32


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

Fig. 5.2.1 - Gerador com excitação por escovas.<<strong>br</strong> />

Fig. 5.3.1 – Esquema <strong>de</strong> Excitação Brushless (componentes do rotor).<<strong>br</strong> />

Fig. 5.3.2.a - Gerador GTA com Bobina Auxiliar.<<strong>br</strong> />

33


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

Regulador<<strong>br</strong> />

tensão<<strong>br</strong> />

Fig. 5.3.2.b - Gerador GPA com Excitatriz Auxiliar PMG.<<strong>br</strong> />

5.4. GERADORES COM EXCITAÇÃO SEM<<strong>br</strong> />

ESCOVAS PARA APLICAÇÕES ESPECIAIS<<strong>br</strong> />

TELECOMUNICAÇÕES - Os <strong>geradores</strong> para<<strong>br</strong> />

Telecomunicações <strong>de</strong>vem ser especificados<<strong>br</strong> />

conforme a norma ABNT NBR 14664.<<strong>br</strong> />

As aplicações mais comuns são grupos diesel <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

emergência para centrais telefônicas, estações base<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> telefonia celular, repetidoras, radares, sistema<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> rádio, aeroportos, etc.<<strong>br</strong> />

Vantagens:<<strong>br</strong> />

- Não utiliza escovas e porta-escovas<<strong>br</strong> />

conseguindo-se com isso, manutenção reduzida;<<strong>br</strong> />

- Não introduz rádio-interferências ocasionado<<strong>br</strong> />

pelo mau contato <strong>de</strong> escovas;<<strong>br</strong> />

- Deformações na forma <strong>de</strong> onda gerada,<<strong>br</strong> />

provocada pelas cargas, não interferem na<<strong>br</strong> />

regulação, pois o regulador é alimentado por<<strong>br</strong> />

bobina auxiliar, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da tensão <strong>de</strong> saída<<strong>br</strong> />

do gerador.<<strong>br</strong> />

Principais características técnicas<<strong>br</strong> />

especificadas pela ABNT NBR 14664 (Grupos<<strong>br</strong> />

<strong>geradores</strong> – Requisitos gerais para<<strong>br</strong> />

telecomunicações):<<strong>br</strong> />

- Reatância sub-transitória <strong>de</strong> eixo direto (Xd")<<strong>br</strong> />

menor ou igual a 12%;<<strong>br</strong> />

- Distorção harmônica total fase-neutro em vazio<<strong>br</strong> />

menor ou igual a 3%;<<strong>br</strong> />

- Precisão da regulação <strong>de</strong> tensão + 2% para<<strong>br</strong> />

qualquer valor estável <strong>de</strong> carga não <strong>de</strong>formante<<strong>br</strong> />

com fator <strong>de</strong> potência entre 0,8 e 1,0;<<strong>br</strong> />

- Transitório <strong>de</strong> tensão para <strong>de</strong>grau <strong>de</strong> 100% da<<strong>br</strong> />

carga: +10% da tensão nominal;<<strong>br</strong> />

- Variações <strong>de</strong> + 1% na rotação do motor diesel,<<strong>br</strong> />

não <strong>de</strong>vem prejudicar a regulação da tensão;<<strong>br</strong> />

- Faixa <strong>de</strong> ajuste da tensão nominal através <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

potenciômetro: +/- 15%;<<strong>br</strong> />

- Deve possuir resistor <strong>de</strong> <strong>de</strong>sumidificação.<<strong>br</strong> />

NAVAL - Os <strong>geradores</strong> para uso naval são<<strong>br</strong> />

projetados e fa<strong>br</strong>icados para aten<strong>de</strong>r parâmetros e<<strong>br</strong> />

características técnicas <strong>de</strong> acordo com as entida<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

classificadoras e normas afins (ABS, DNV, Lloyds,<<strong>br</strong> />

Bureau Veritas, Rina, GL, PRS, CGSS, USSR).<<strong>br</strong> />

Devem possuir certificação individual emitida por<<strong>br</strong> />

uma <strong>de</strong>ssas entida<strong>de</strong>s.<<strong>br</strong> />

MARINIZADO - Os <strong>geradores</strong> marinizados são<<strong>br</strong> />

projetados e fa<strong>br</strong>icados para aten<strong>de</strong>r parâmetros e<<strong>br</strong> />

características técnicas para aplicações em<<strong>br</strong> />

ambientes marítimos ou agressivos, entretanto, não<<strong>br</strong> />

obe<strong>de</strong>cem a entida<strong>de</strong>s classificadoras navais. Os<<strong>br</strong> />

<strong>geradores</strong> possuem proteções internas e externas<<strong>br</strong> />

adicionais e não possuem certificação.<<strong>br</strong> />

5.5. MOTORES SÍNCRONOS<<strong>br</strong> />

Os motores síncronos caracterizam-se, quanto à<<strong>br</strong> />

dinâmica <strong>de</strong> funcionamento, por terem a mesma<<strong>br</strong> />

velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rotação do campo girante da<<strong>br</strong> />

armadura em regime permanente. Portanto, não<<strong>br</strong> />

possuem escorregamento e assim não possuem<<strong>br</strong> />

conjugado <strong>de</strong> partida. Deste modo, tais motores<<strong>br</strong> />

necessitam <strong>de</strong> um método <strong>de</strong> partida.<<strong>br</strong> />

O método mais comum consiste em partir o motor<<strong>br</strong> />

síncrono como se este fosse um motor assíncrono<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> gaiola e <strong>de</strong>pois excitá-lo, alimentando o<<strong>br</strong> />

enrolamento <strong>de</strong> campo com corrente contínua, a<<strong>br</strong> />

fim <strong>de</strong> sincronizá-lo.<<strong>br</strong> />

34


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

A alimentação do campo principal com corrente<<strong>br</strong> />

contínua po<strong>de</strong> ser feita diretamente através <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

escovas e anéis coletores (excitação com escovas)<<strong>br</strong> />

ou sem escovas (excitação <strong>br</strong>ushless).<<strong>br</strong> />

O método para se obter torque <strong>de</strong> partida consiste<<strong>br</strong> />

na utilização <strong>de</strong> barras <strong>de</strong> co<strong>br</strong>e, latão ou alumínio<<strong>br</strong> />

nas sapatas polares, que são curto-circuitadas nas<<strong>br</strong> />

extremida<strong>de</strong>s por meio <strong>de</strong> anéis, formando uma<<strong>br</strong> />

gaiola como se fosse a <strong>de</strong> um motor <strong>de</strong> indução<<strong>br</strong> />

assíncrono.<<strong>br</strong> />

A fig. 5.5.1.a mostra o perfil <strong>de</strong> chapa rotórica para<<strong>br</strong> />

um motor síncrono quatro pólos, on<strong>de</strong> localizam-se<<strong>br</strong> />

as barras e a região on<strong>de</strong> são curto-circuitadas nas<<strong>br</strong> />

sapatas polares.<<strong>br</strong> />

A gaiola <strong>de</strong> partida também é chamada <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

enrolamento amortecedor, pois além <strong>de</strong> fornecer o<<strong>br</strong> />

conjugado <strong>de</strong> partida, amortece oscilações<<strong>br</strong> />

causadas pelas variações <strong>de</strong> carga, estabilizando a<<strong>br</strong> />

rotação do motor.<<strong>br</strong> />

A partida do motor síncrono sem escovas<<strong>br</strong> />

(<strong>br</strong>ushless) é feita com enrolamento <strong>de</strong> campo<<strong>br</strong> />

(excitação) curto-circuitado e com o induzido<<strong>br</strong> />

(armadura) conectado à re<strong>de</strong>. Curto-circuita-se o<<strong>br</strong> />

enrolamento <strong>de</strong> campo com o objetivo <strong>de</strong> evitar a<<strong>br</strong> />

indução <strong>de</strong> tensões muito altas em suas espiras, o<<strong>br</strong> />

que provocaria a perfuração do isolamento.<<strong>br</strong> />

Conecta-se a armadura a uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> tensão<<strong>br</strong> />

alternada, quando manifesta-se então o conjugado<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> motor assíncrono. O rotor acelera até próximo à<<strong>br</strong> />

velocida<strong>de</strong> síncrona, sem contudo atingí-la. Quando<<strong>br</strong> />

a velocida<strong>de</strong> do rotor é cerca <strong>de</strong> 95% da velocida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

síncrona, o enrolamento <strong>de</strong> campo é alimentado<<strong>br</strong> />

com corrente contínua. O campo magnético criado<<strong>br</strong> />

pelo enrolamento <strong>de</strong> campo entrelaça-se com o<<strong>br</strong> />

campo magnético girante da armadura,<<strong>br</strong> />

manifestando o conjugado <strong>de</strong> sincronismo e<<strong>br</strong> />

fazendo com que o rotor acompanhe o campo<<strong>br</strong> />

girante <strong>de</strong> armadura (estator), movimentando-se à<<strong>br</strong> />

velocida<strong>de</strong> síncrona.<<strong>br</strong> />

Este fenômeno transitório é chamado<<strong>br</strong> />

"sincronização".<<strong>br</strong> />

Uma das aplicações para os motores síncronos é a<<strong>br</strong> />

utilização como compensadores síncronos para<<strong>br</strong> />

correção do fator <strong>de</strong> potência nas instalações on<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

estão conectados. A vantagem é a facilida<strong>de</strong> no<<strong>br</strong> />

ajuste e a possibilida<strong>de</strong> da manutenção contínua do<<strong>br</strong> />

valor do fator <strong>de</strong> potência pré-ajustado. O motor<<strong>br</strong> />

síncrono, ao mesmo tempo em que aciona uma<<strong>br</strong> />

carga no eixo (mecânica), po<strong>de</strong> funcionar como<<strong>br</strong> />

compensador síncrono.<<strong>br</strong> />

A partir <strong>de</strong> um certo tamanho e potência, e em<<strong>br</strong> />

aplicações específicas, o motor síncrono operando<<strong>br</strong> />

com fator <strong>de</strong> potência unitário po<strong>de</strong> ser uma<<strong>br</strong> />

vantagem em relação ao assíncrono <strong>de</strong>vido<<strong>br</strong> />

apresentar maior rendimento. Com fator <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

potência unitário a parcela <strong>de</strong> potência reativa é<<strong>br</strong> />

inexistente e com isso a corrente é menor. Sendo a<<strong>br</strong> />

corrente menor e circulando nos enrolamentos, as<<strong>br</strong> />

perdas são menores.<<strong>br</strong> />

Fig. 5.5.1.a - Perfil da Chapa do Campo.<<strong>br</strong> />

A figura 5.5.1.b mostra um diagrama esquemático<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> um motor síncrono <strong>br</strong>ushless, <strong>de</strong>stacando os<<strong>br</strong> />

componentes fixos (montados na carcaça) e os<<strong>br</strong> />

girantes (montados no rotor). Na seqüência<<strong>br</strong> />

apresentamos um item referente ao sistema <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

excitação <strong>br</strong>ushless com <strong>de</strong>scrição do seu<<strong>br</strong> />

funcionamento.<<strong>br</strong> />

1 - Regulador <strong>de</strong> Excitação – Fixo<<strong>br</strong> />

2 - Estator da máquina principal (armadura) - Fixo<<strong>br</strong> />

3 - Rotor da máquina principal (campo) - Girante<<strong>br</strong> />

4 - Estator da excitatriz - Fixo<<strong>br</strong> />

5 - Rotor da excitatriz - Girante<<strong>br</strong> />

6 - Circuito retificador - Girante<<strong>br</strong> />

7 - Circuito <strong>de</strong> chaveamento <strong>de</strong> campo - Girante<<strong>br</strong> />

Fig. 5.5.1.b - Diagrama Esquemático para Motor<<strong>br</strong> />

Síncrono Brushless.<<strong>br</strong> />

35


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

Sistema <strong>de</strong> excitação sem escovas<<strong>br</strong> />

(<strong>br</strong>ushless) para motor síncrono<<strong>br</strong> />

Este sistema <strong>de</strong> excitação é constituído<<strong>br</strong> />

principalmente <strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />

- Excitatriz principal;<<strong>br</strong> />

- Enrolamento <strong>de</strong> campo;<<strong>br</strong> />

- Circuito <strong>de</strong> chaveamento <strong>de</strong> campo.<<strong>br</strong> />

A excitatriz principal é um gerador <strong>de</strong> corrente<<strong>br</strong> />

trifásica <strong>de</strong> pólos salientes que acomodam as<<strong>br</strong> />

bobinas do campo <strong>de</strong> excitação, as quais são<<strong>br</strong> />

ligadas em série.<<strong>br</strong> />

O rotor da excitatriz principal é laminado, e suas<<strong>br</strong> />

ranhuras a<strong>br</strong>igam um enrolamento trifásico ligado<<strong>br</strong> />

em estrela. O ponto comum <strong>de</strong>sta ligação estrela é<<strong>br</strong> />

inacessível. De cada ponto da ligação estrela saem<<strong>br</strong> />

dois fios para os retificadores girantes, assentados<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e dois suportes dissipadores.<<strong>br</strong> />

O enrolamento <strong>de</strong> campo é montado so<strong>br</strong>e o rotor<<strong>br</strong> />

da máquina principal, com as bobinas enroladas<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e os pólos <strong>de</strong> excitação.<<strong>br</strong> />

O estator da máquina principal é alimentado por<<strong>br</strong> />

uma tensão trifásica proveniente da re<strong>de</strong> elétrica,<<strong>br</strong> />

que também alimenta o regulador <strong>de</strong> excitação (ou<<strong>br</strong> />

regulador <strong>de</strong> fator <strong>de</strong> potência), o qual alimenta o<<strong>br</strong> />

estator da excitatriz principal.<<strong>br</strong> />

A tensão induzida no rotor da excitatriz principal é<<strong>br</strong> />

retificada e alimenta o enrolamento <strong>de</strong> campo.<<strong>br</strong> />

Na partida é induzida uma tensão muito alta no<<strong>br</strong> />

rotor da máquina principal e isto faz com que o<<strong>br</strong> />

circuito <strong>de</strong> chaveamento <strong>de</strong> campo atue, chaveando<<strong>br</strong> />

os tiristores montados no rotor, fazendo com que o<<strong>br</strong> />

enrolamento <strong>de</strong> campo seja curto-circuitado.<<strong>br</strong> />

Quando a rotação chega em aproximadamente 95%<<strong>br</strong> />

da nominal a tensão induzida no rotor principal da<<strong>br</strong> />

máquina (enrolamento <strong>de</strong> campo) é bastante baixa.<<strong>br</strong> />

Então o circuito <strong>de</strong> chaveamento <strong>de</strong> campo faz com<<strong>br</strong> />

que os tiristores <strong>de</strong>ixem <strong>de</strong> conduzir e o<<strong>br</strong> />

enrolamento <strong>de</strong> campo passa a receber a tensão<<strong>br</strong> />

retificada proveniente do rotor da excitatriz.<<strong>br</strong> />

Vantagens <strong>de</strong>ste sistema:<<strong>br</strong> />

- Não utiliza escovas e porta-escovas;<<strong>br</strong> />

5.6. REGULADOR DE TENSÃO<<strong>br</strong> />

O regulador <strong>de</strong> tensão é eletrônico e automático.<<strong>br</strong> />

Tem por finalida<strong>de</strong> monitorar a tensão terminal da<<strong>br</strong> />

máquina e mantê-la constante no valor ajustado,<<strong>br</strong> />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte das variações da carga.<<strong>br</strong> />

Ele retifica uma tensão trifásica proveniente da<<strong>br</strong> />

bobina auxiliar, da excitatriz auxiliar, <strong>de</strong> TAP's da<<strong>br</strong> />

armadura da máquina principal ou até da re<strong>de</strong>,<<strong>br</strong> />

levando-a através <strong>de</strong> um transistor <strong>de</strong> potência ao<<strong>br</strong> />

enrolamento <strong>de</strong> campo da excitatriz principal.<<strong>br</strong> />

Possui também circuitos ajustes e proteções para<<strong>br</strong> />

assegurar um controle confiável do gerador.<<strong>br</strong> />

5.7. TEMPO DE REGULAGEM DA TENSÃO<<strong>br</strong> />

(TEMPO DE RESPOSTA)<<strong>br</strong> />

Como tempo <strong>de</strong> regulagem enten<strong>de</strong>-se o tempo<<strong>br</strong> />

transcorrido <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>de</strong> uma queda <strong>de</strong> tensão<<strong>br</strong> />

até o momento em que a tensão volta ao intervalo<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> tolerância estacionária (por exemplo + 0,5%) e<<strong>br</strong> />

permanece na mesma (“ ta ” na fig. 5.7.1)<<strong>br</strong> />

Fig. 5.7.1 - Tempo <strong>de</strong> Regulagem <strong>de</strong> Tensão.<<strong>br</strong> />

O tempo exato <strong>de</strong> regulagem <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> na prática <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

inúmeros fatores. Portanto só po<strong>de</strong> ser indicado<<strong>br</strong> />

aproximadamente.<<strong>br</strong> />

A fig. 5.7.2 dá uma indicação aproximada so<strong>br</strong>e os<<strong>br</strong> />

tempos <strong>de</strong> regulagem a serem consi<strong>de</strong>rados, e<<strong>br</strong> />

valem para os <strong>de</strong>graus <strong>de</strong> cargas nominais.<<strong>br</strong> />

Em condições diferentes da acima, os tempos<<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong>m ser calculados proporcionalmente à queda<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> tensão.<<strong>br</strong> />

- Não introduz rádio-interferência pelo mau<<strong>br</strong> />

contato das escovas;<<strong>br</strong> />

- Manutenção reduzida, solicitando cuidados<<strong>br</strong> />

apenas na lu<strong>br</strong>ificação dos mancais.<<strong>br</strong> />

36


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

Fig. 5.7.2 - Tempo <strong>de</strong> Regulagem <strong>de</strong> Tensão.<<strong>br</strong> />

37


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

6. CARACTERÍSTICAS DO AMBIENTE<<strong>br</strong> />

Entre outros, dois fatores principais influenciam<<strong>br</strong> />

diretamente na <strong>de</strong>terminação da potência<<strong>br</strong> />

admissível:<<strong>br</strong> />

a) Temperatura do meio refrigerante on<strong>de</strong> o<<strong>br</strong> />

gerador é instalado.<<strong>br</strong> />

b) Altitu<strong>de</strong> on<strong>de</strong> o gerador é instalado.<<strong>br</strong> />

Na maioria dos casos, o ar ambiente possui<<strong>br</strong> />

temperatura não superior a 40ºC, é isento <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

elementos prejudiciais e a altitu<strong>de</strong> é <strong>de</strong> até 1000m<<strong>br</strong> />

acima do nível do mar.<<strong>br</strong> />

Até estes valores <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong> e temperatura ambiente<<strong>br</strong> />

consi<strong>de</strong>ra-se condições normais <strong>de</strong> operação, sem<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e-aquecimento da máquina.<<strong>br</strong> />

6.3. DETERMINAÇÃO DA POTÊNCIA ÚTIL<<strong>br</strong> />

DO GERADOR NAS DIVERSAS<<strong>br</strong> />

CONDIÇÕES DE TEMPERATURA E<<strong>br</strong> />

ALTITUDE<<strong>br</strong> />

Associando os efeitos da variação da temperatura e<<strong>br</strong> />

da altitu<strong>de</strong> à capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dissipação, a potência do<<strong>br</strong> />

gerador po<strong>de</strong> ser obtida multiplicando-se a potência<<strong>br</strong> />

útil pelo fator <strong>de</strong> multiplicação encontrado nas<<strong>br</strong> />

curvas da fig.6.3.1.<<strong>br</strong> />

6.1. ALTITUDE<<strong>br</strong> />

Um gerador operando em altitu<strong>de</strong> acima <strong>de</strong> 1000m<<strong>br</strong> />

sem ter sido especificado para tal apresentará<<strong>br</strong> />

aquecimento, causado pela rarefação do ar e,<<strong>br</strong> />

conseqüentemente, diminuição do seu po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

arrefecimento.<<strong>br</strong> />

A insuficiente troca <strong>de</strong> calor entre o gerador e o ar<<strong>br</strong> />

circundante leva à exigência <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> perdas, o<<strong>br</strong> />

que significa também redução <strong>de</strong> potência.<<strong>br</strong> />

O aquecimento das máquinas é diretamente<<strong>br</strong> />

proporcional às perdas e estas variam<<strong>br</strong> />

aproximadamente numa razão quadrática com a<<strong>br</strong> />

potência.<<strong>br</strong> />

6.2. TEMPERATURA AMBIENTE<<strong>br</strong> />

Em <strong>geradores</strong> que trabalham constantemente em<<strong>br</strong> />

temperaturas ambientes superiores a 40ºC sem<<strong>br</strong> />

terem sido projetados para essa condição, o<<strong>br</strong> />

enrolamento po<strong>de</strong> atingir temperaturas prejudiciais à<<strong>br</strong> />

isolação, reduzindo sua vida útil.<<strong>br</strong> />

Este fato <strong>de</strong>ve ser compensado por um projeto<<strong>br</strong> />

especial do gerador, usando materiais isolantes<<strong>br</strong> />

especiais ou pela redução da potência nominal do<<strong>br</strong> />

mesmo.<<strong>br</strong> />

Geradores que operam em temperaturas inferiores a<<strong>br</strong> />

- 20ºC e não especificados para esta condição<<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong>m apresentar os seguintes problemas:<<strong>br</strong> />

- Excessiva con<strong>de</strong>nsação, exigindo drenagem<<strong>br</strong> />

adicional ou instalação <strong>de</strong> resistência <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

aquecimento, caso o gerador fique longos<<strong>br</strong> />

períodos parado;<<strong>br</strong> />

- Formação <strong>de</strong> gelo nos mancais, provocando<<strong>br</strong> />

endurecimento das graxas ou lu<strong>br</strong>ificantes dos<<strong>br</strong> />

mancais, exigindo o emprego <strong>de</strong> lu<strong>br</strong>ificantes<<strong>br</strong> />

especiais ou graxas anti-congelantes.<<strong>br</strong> />

Fig. 6.3.1. Diagrama <strong>de</strong> Potência em Função da<<strong>br</strong> />

Altitu<strong>de</strong> e da Temperatura Ambiente.<<strong>br</strong> />

6.4. ATMOSFERA AMBIENTE<<strong>br</strong> />

6.4.1. Ambientes agressivos<<strong>br</strong> />

Ambientes agressivos tais como, estaleiros,<<strong>br</strong> />

instalações portuárias, indústria <strong>de</strong> pescado e<<strong>br</strong> />

múltiplas aplicações navais, indústrias químicas e<<strong>br</strong> />

petroquímicas, exigem que os equipamentos que<<strong>br</strong> />

neles trabalham sejam a<strong>de</strong>quados para suportar a<<strong>br</strong> />

agressivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses ambiente com elevada<<strong>br</strong> />

confiabilida<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

Para aplicação <strong>de</strong> <strong>geradores</strong> nesses tipos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

ambientes a <strong>WEG</strong> <strong>de</strong>verá ser consultada.<<strong>br</strong> />

Nos casos <strong>de</strong> <strong>geradores</strong> para uso naval, as máquinas<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>vem apresentar características especiais <strong>de</strong> acordo<<strong>br</strong> />

com as exigências <strong>de</strong> construção, inspeção e ensaios<<strong>br</strong> />

estabelecidos nas normas das socieda<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

classificadoras navais, entre as quais:<<strong>br</strong> />

- American Bureau os Shipping (ABS)<<strong>br</strong> />

- Bureaus Veritas (BV)<<strong>br</strong> />

- Lloyds Register of Shipping<<strong>br</strong> />

- Germanischer Lloyd<<strong>br</strong> />

- E outras conforme tabela 6.4.1, que <strong>de</strong>terminam,<<strong>br</strong> />

entre outras características, temperaturas<<strong>br</strong> />

ambientes mínimas e so<strong>br</strong>ecargas.<<strong>br</strong> />

38


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

TEMPERATURAS AMBIENTES E SOBRECARGAS CONFORME ENTIDADES<<strong>br</strong> />

CLASSIFICADORAS E NORMAS NAVAIS<<strong>br</strong> />

NORMA<<strong>br</strong> />

TEMPERATURA<<strong>br</strong> />

AMBIENTE ºC<<strong>br</strong> />

SOBRECARGA ADMISSÍVEL SEM<<strong>br</strong> />

AQUECIMENTO PREJUDICIAL<<strong>br</strong> />

% TEMPO<<strong>br</strong> />

VDE 0530 40 50 15seg<<strong>br</strong> />

Germanischer Lloyd 45 50 2min<<strong>br</strong> />

IEC<<strong>br</strong> />

50<<strong>br</strong> />

40<<strong>br</strong> />

50 15seg<<strong>br</strong> />

Lloyds Register 45 50 (com cos =0,8) 15seg<<strong>br</strong> />

ABS 50 50 2min<<strong>br</strong> />

DNV 45<<strong>br</strong> />

15% (com cos<<strong>br</strong> />

=0,6)<<strong>br</strong> />

2min<<strong>br</strong> />

BV 50 50 15seg<<strong>br</strong> />

RINA 50 50 15seg<<strong>br</strong> />

Seeregister <strong>de</strong> UdSSR 45 50 2min<<strong>br</strong> />

Tabela 6.4.1 - Temperaturas Ambientes e So<strong>br</strong>ecargas <strong>de</strong> acordo com normas navais.<<strong>br</strong> />

6.5. GRAUS DE PROTEÇÃO<<strong>br</strong> />

Os invólucros dos equipamentos elétricos, conforme<<strong>br</strong> />

as características do local em que serão instaladas e<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> sua acessibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vem oferecer um<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>terminado grau <strong>de</strong> proteção.<<strong>br</strong> />

Assim, por exemplo, um equipamento a ser<<strong>br</strong> />

instalado num local sujeito a jatos <strong>de</strong> água <strong>de</strong>ve<<strong>br</strong> />

possuir um invólucro capaz <strong>de</strong> suportar tais jatos,<<strong>br</strong> />

sob <strong>de</strong>terminados valores <strong>de</strong> pressão e ângulo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

incidência, sem que haja penetração <strong>de</strong> água.<<strong>br</strong> />

6.5.1. Código <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação<<strong>br</strong> />

As normas IEC 60034-5 e ABNT-NBR 6146 <strong>de</strong>finem<<strong>br</strong> />

os graus <strong>de</strong> proteção dos equipamentos elétricos<<strong>br</strong> />

por meio das letras características IP seguidas por<<strong>br</strong> />

dois algarismos.<<strong>br</strong> />

1º Algarismo: Indica o grau <strong>de</strong> proteção contra<<strong>br</strong> />

penetração <strong>de</strong> corpos sólidos estranhos na máquina<<strong>br</strong> />

e contato aci<strong>de</strong>ntal.<<strong>br</strong> />

0 - sem proteção<<strong>br</strong> />

1 – proteção contra penetração <strong>de</strong> corpos sólidos<<strong>br</strong> />

estranhos <strong>de</strong> dimensões acima <strong>de</strong> 50mm.<<strong>br</strong> />

2 - i<strong>de</strong>m, acima <strong>de</strong> 12mm.<<strong>br</strong> />

4 - i<strong>de</strong>m, acima <strong>de</strong> 1mm.<<strong>br</strong> />

5 - proteção contra acúmulo <strong>de</strong> poeiras prejudiciais<<strong>br</strong> />

à máquina.<<strong>br</strong> />

2º Algarismo: Indica o grau <strong>de</strong> proteção contra<<strong>br</strong> />

penetração <strong>de</strong> água no interior da máquina.<<strong>br</strong> />

0 - sem proteção.<<strong>br</strong> />

1 - proteção contra penetração <strong>de</strong> pingos <strong>de</strong> água<<strong>br</strong> />

na vertical.<<strong>br</strong> />

2 - pingos <strong>de</strong> água até a inclinação <strong>de</strong> 15º com a<<strong>br</strong> />

vertical.<<strong>br</strong> />

3 - água <strong>de</strong> chuva até a inclinação <strong>de</strong> 60º com a<<strong>br</strong> />

vertical.<<strong>br</strong> />

4 - respingos <strong>de</strong> todas as direções.<<strong>br</strong> />

5 - jatos <strong>de</strong> água <strong>de</strong> todas as direções.<<strong>br</strong> />

6 - água <strong>de</strong> vagalhões.<<strong>br</strong> />

7 - imersão temporária.<<strong>br</strong> />

8 - imersão permanente.<<strong>br</strong> />

NOTA: A letra (W), colocada entre as letras IP e os<<strong>br</strong> />

algarismos indicativos do grau <strong>de</strong> proteção, indica<<strong>br</strong> />

que a máquina é protegida contra intempéries.<<strong>br</strong> />

Exemplo: IPW55<<strong>br</strong> />

As combinações entre os dois algarismos, isto é,<<strong>br</strong> />

entre os dois critérios <strong>de</strong> proteção, estão resumidos<<strong>br</strong> />

na tabela 6.5.1.<<strong>br</strong> />

De acordo com a norma, a qualificação da máquina<<strong>br</strong> />

em cada grau <strong>de</strong> proteção, no que refere-se a cada<<strong>br</strong> />

um dos algarismos, é bem <strong>de</strong>finida através <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

ensaios padronizados.<<strong>br</strong> />

39


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

GERADOR<<strong>br</strong> />

A<<strong>br</strong> />

B<<strong>br</strong> />

E<<strong>br</strong> />

R<<strong>br</strong> />

T<<strong>br</strong> />

O<<strong>br</strong> />

F<<strong>br</strong> />

E<<strong>br</strong> />

C<<strong>br</strong> />

H<<strong>br</strong> />

A<<strong>br</strong> />

D<<strong>br</strong> />

O<<strong>br</strong> />

CLASSE DE<<strong>br</strong> />

PROTEÇÃO<<strong>br</strong> />

PROTEÇÃO CONTRA<<strong>br</strong> />

CONTATO<<strong>br</strong> />

1º ALGARISMO 2º ALGARISMO<<strong>br</strong> />

PROTEÇÃO CONTRA<<strong>br</strong> />

PENETRAÇÃO DE CORPOS<<strong>br</strong> />

SÓLIDOS ESTRANHOS<<strong>br</strong> />

PROTEÇÃO CONTRA<<strong>br</strong> />

PENETRAÇÃO DE ÁGUA<<strong>br</strong> />

IP00 NÃO TEM NÃO TEM NÃO TEM<<strong>br</strong> />

IP02 NÃO TEM NÃO TEM<<strong>br</strong> />

IP11<<strong>br</strong> />

IP12<<strong>br</strong> />

IP13<<strong>br</strong> />

IP21<<strong>br</strong> />

IP22<<strong>br</strong> />

IP23<<strong>br</strong> />

IP44<<strong>br</strong> />

IP54<<strong>br</strong> />

IP55<<strong>br</strong> />

TOQUE ACIDENTAL COM<<strong>br</strong> />

A MÃO<<strong>br</strong> />

TOQUE COM OS DEDOS<<strong>br</strong> />

TOQUE COM<<strong>br</strong> />

FERRAMENTAS<<strong>br</strong> />

PROTEÇÃO COMPLETA<<strong>br</strong> />

CONTRA TOQUE<<strong>br</strong> />

DE DIMENSÕES ACIMA DE<<strong>br</strong> />

50mm.<<strong>br</strong> />

DE DIMENSÕES ACIMA DE<<strong>br</strong> />

12mm.<<strong>br</strong> />

CORPOS ESTRANHOS SÓLIDOS<<strong>br</strong> />

ACIMA DE 1mm<<strong>br</strong> />

PROTEÇÃO CONTRA ACÚMULO<<strong>br</strong> />

DE POEIRAS NOCIVAS<<strong>br</strong> />

PINGOS DE ÁGUA ATÉ UMA<<strong>br</strong> />

INCLINAÇÃO DE 15º COM A<<strong>br</strong> />

VERTICAL<<strong>br</strong> />

PINGOS DE ÁGUA NA VERTICAL<<strong>br</strong> />

PINGOS DE ÁGUA ATÉ UMA<<strong>br</strong> />

INCLINAÇÃO DE 15º COM A<<strong>br</strong> />

VERTICAL<<strong>br</strong> />

ÁGUA DE CHUVA ATÉ UMA<<strong>br</strong> />

INCLINAÇÃO DE 60º COM A<<strong>br</strong> />

VERTICAL.<<strong>br</strong> />

PINGOS DE ÁGUA NA VERTICAL<<strong>br</strong> />

PINGOS DE ÁGUA ATÉ UMA<<strong>br</strong> />

INCLINAÇÃO DE 15ºCOM A<<strong>br</strong> />

VERTICAL<<strong>br</strong> />

ÁGUA DE CHUVA ATÉ UMA<<strong>br</strong> />

INCLINAÇÃO DE 60ºCOM A<<strong>br</strong> />

VERTICAL<<strong>br</strong> />

RESPINGOS DE TODAS AS<<strong>br</strong> />

DIREÇÕES<<strong>br</strong> />

RESPINGOS DE TODAS AS<<strong>br</strong> />

DIREÇÕES<<strong>br</strong> />

JATOS DE ÁGUA DE TODAS AS<<strong>br</strong> />

DIREÇÕES<<strong>br</strong> />

Tabela 6.5.1 - Grau <strong>de</strong> Proteção.<<strong>br</strong> />

6.5.2. Tipos usuais<<strong>br</strong> />

Embora os algarismos indicativos do grau <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

proteção possam ser combinados <strong>de</strong> muitas<<strong>br</strong> />

maneiras, somente alguns tipos <strong>de</strong> proteção são<<strong>br</strong> />

empregados nos casos normais. São eles IP21 e<<strong>br</strong> />

IP23 (para <strong>geradores</strong> abertos). Para aplicações<<strong>br</strong> />

especiais mais rigorosas, são comuns também os<<strong>br</strong> />

graus <strong>de</strong> proteção IP54 (ambientes muito<<strong>br</strong> />

empoeirados) e IP55 (casos em que os<<strong>br</strong> />

equipamentos são lavados periodicamente com<<strong>br</strong> />

mangueiras, como em fá<strong>br</strong>icas <strong>de</strong> papel).<<strong>br</strong> />

6.6. LIMITES DE RUÍDO<<strong>br</strong> />

As normas <strong>de</strong>finem limites máximos <strong>de</strong> nível <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

potência sonora para as máquinas.<<strong>br</strong> />

A tabela 6.6.1 indica os limites máximos <strong>de</strong> nível <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

potência sonora em máquinas elétricas girantes<<strong>br</strong> />

transmitidos através do ar, em <strong>de</strong>cibéis, na escala<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> pon<strong>de</strong>ração A - dB(A) -conforme Normas IEC<<strong>br</strong> />

60034-9 e ABNT-NBR 7565.<<strong>br</strong> />

40


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

Graus <strong>de</strong> Proteção<<strong>br</strong> />

Velocida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Nominal<<strong>br</strong> />

(rpm)<<strong>br</strong> />

Potência Nominal<<strong>br</strong> />

da Máquina<<strong>br</strong> />

kW ou kVA<<strong>br</strong> />

IP22<<strong>br</strong> />

IP23<<strong>br</strong> />

n 960<<strong>br</strong> />

IP44<<strong>br</strong> />

IP55<<strong>br</strong> />

IP22<<strong>br</strong> />

IP23<<strong>br</strong> />

IP44<<strong>br</strong> />

IP55<<strong>br</strong> />

960 < n 1320<<strong>br</strong> />

IP22<<strong>br</strong> />

IP23<<strong>br</strong> />

IP44<<strong>br</strong> />

IP55<<strong>br</strong> />

1320 < n <<strong>br</strong> />

1900<<strong>br</strong> />

IP22<<strong>br</strong> />

IP23<<strong>br</strong> />

IP44<<strong>br</strong> />

IP55<<strong>br</strong> />

1900 < n <<strong>br</strong> />

2360<<strong>br</strong> />

Nível <strong>de</strong> Potência Sonora dB(A)<<strong>br</strong> />

IP22<<strong>br</strong> />

IP23<<strong>br</strong> />

IP44<<strong>br</strong> />

IP55<<strong>br</strong> />

2360 < n <<strong>br</strong> />

3150<<strong>br</strong> />

IP22<<strong>br</strong> />

IP23<<strong>br</strong> />

IP44<<strong>br</strong> />

IP55<<strong>br</strong> />

3150 < n<<strong>br</strong> />

3750<<strong>br</strong> />

1 < P 1,1 73 73 76 76 77 78 79 81 81 84 82 88<<strong>br</strong> />

1,1 < P 2,2 74 74 78 78 81 82 83 85 85 88 86 91<<strong>br</strong> />

2,2 < P 5,5 77 78 81 82 85 86 90 89 93 93 95<<strong>br</strong> />

5,5 < P 11 81 82 85 85 88 90 90 93 93 97 97 98<<strong>br</strong> />

11 < P 22 84 86 88 88 91 94 93 97 96 100 97 100<<strong>br</strong> />

22 < P 37 87 90 91 91 94 98 96 1sv00 99 102 101 102<<strong>br</strong> />

37 < P 55 90 93 94 94 97 100 98 102 101 104 103 104<<strong>br</strong> />

55 < P 110 93 96 97 98 100 103 101 104 103 106 105 106<<strong>br</strong> />

110 < P 220 97 99 100 102 103 106 103 107 105 109 107 110<<strong>br</strong> />

220 < P 550 99<<strong>br</strong> />

550 < P 1100 101<<strong>br</strong> />

1100 < P 2200 103<<strong>br</strong> />

2200 < P 5500 105<<strong>br</strong> />

102<<strong>br</strong> />

98*<<strong>br</strong> />

105<<strong>br</strong> />

100*<<strong>br</strong> />

107<<strong>br</strong> />

102*<<strong>br</strong> />

109<<strong>br</strong> />

104*<<strong>br</strong> />

* Máquinas com refrigeração a água.<<strong>br</strong> />

103<<strong>br</strong> />

106<<strong>br</strong> />

108<<strong>br</strong> />

110<<strong>br</strong> />

105<<strong>br</strong> />

100*<<strong>br</strong> />

108<<strong>br</strong> />

103*<<strong>br</strong> />

110<<strong>br</strong> />

105*<<strong>br</strong> />

112<<strong>br</strong> />

106*<<strong>br</strong> />

106<<strong>br</strong> />

108<<strong>br</strong> />

109<<strong>br</strong> />

110<<strong>br</strong> />

108<<strong>br</strong> />

102*<<strong>br</strong> />

111<<strong>br</strong> />

104*<<strong>br</strong> />

113<<strong>br</strong> />

105*<<strong>br</strong> />

115<<strong>br</strong> />

106*<<strong>br</strong> />

106<<strong>br</strong> />

108<<strong>br</strong> />

109<<strong>br</strong> />

111<<strong>br</strong> />

109<<strong>br</strong> />

102*<<strong>br</strong> />

111<<strong>br</strong> />

104*<<strong>br</strong> />

113<<strong>br</strong> />

105*<<strong>br</strong> />

115<<strong>br</strong> />

107*<<strong>br</strong> />

107<<strong>br</strong> />

109<<strong>br</strong> />

110<<strong>br</strong> />

112<<strong>br</strong> />

111<<strong>br</strong> />

102*<<strong>br</strong> />

112<<strong>br</strong> />

104*<<strong>br</strong> />

113<<strong>br</strong> />

105*<<strong>br</strong> />

115<<strong>br</strong> />

107*<<strong>br</strong> />

107<<strong>br</strong> />

111<<strong>br</strong> />

112<<strong>br</strong> />

114<<strong>br</strong> />

113<<strong>br</strong> />

105*<<strong>br</strong> />

116<<strong>br</strong> />

106*<<strong>br</strong> />

118<<strong>br</strong> />

107*<<strong>br</strong> />

120<<strong>br</strong> />

109*<<strong>br</strong> />

Tabela 6.6.1 - Nível <strong>de</strong> potência sonora em dB(A) conforme IEC 60034-9 e NBR 7565.<<strong>br</strong> />

6.7. VIBRAÇÃO<<strong>br</strong> />

As normas <strong>de</strong>finem limites <strong>de</strong> vi<strong>br</strong>ação máximos para<<strong>br</strong> />

as máquinas.<<strong>br</strong> />

A tabela 6.7.1 indica valores admissíveis para a<<strong>br</strong> />

amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>br</strong>ação conforme Normas IEC<<strong>br</strong> />

60034-14 e ABNT-NBR 7094, para as diversas<<strong>br</strong> />

carcaças em dois graus: Normal e Especial.<<strong>br</strong> />

Grau<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Vi<strong>br</strong>ação<<strong>br</strong> />

A<<strong>br</strong> />

Normal<<strong>br</strong> />

Montagem<<strong>br</strong> />

Valores Limites da Amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>br</strong>ação em Deslocamento,<<strong>br</strong> />

Velocida<strong>de</strong> e Aceleração (rms):<<strong>br</strong> />

Carcaças 56 a 132 Carcaças 132 a 280 Carcaças 280 e acima<<strong>br</strong> />

Desloc.<<strong>br</strong> />

(m)<<strong>br</strong> />

Veloc.<<strong>br</strong> />

(mm/s)<<strong>br</strong> />

Acel.<<strong>br</strong> />

(mm/s 2<<strong>br</strong> />

)<<strong>br</strong> />

Desloc.<<strong>br</strong> />

(m)<<strong>br</strong> />

Veloc.<<strong>br</strong> />

(mm/s)<<strong>br</strong> />

Acel.<<strong>br</strong> />

(mm/s 2<<strong>br</strong> />

)<<strong>br</strong> />

Desloc.<<strong>br</strong> />

(m)<<strong>br</strong> />

Veloc.<<strong>br</strong> />

(mm/s)<<strong>br</strong> />

Suspensão livre 25 1.6 2.5 35 2.2 3.5 45 2.8 4.4<<strong>br</strong> />

Acel.<<strong>br</strong> />

(mm/s 2<<strong>br</strong> />

)<<strong>br</strong> />

Rígida 21 1.3 2.0 29 1.8 2.8 37 2.3 3.6<<strong>br</strong> />

B<<strong>br</strong> />

Especial<<strong>br</strong> />

Suspensão livre 11 0.7 1.1 18 1.1 1.7 29 1.8 2.8<<strong>br</strong> />

Rígida - - - 14 0.9 1.4 24 1.5 2.4<<strong>br</strong> />

Grau A – Aplica-se para máquinas sem requisitos especiais <strong>de</strong> vi<strong>br</strong>ação.<<strong>br</strong> />

Grau B – Aplica-se para máquinas com requisitos especiais <strong>de</strong> vi<strong>br</strong>ação. Montagem rígida não é consi<strong>de</strong>rada aceitável para<<strong>br</strong> />

máquinas com carcaça menor que 132.<<strong>br</strong> />

Tabela 6.7.1 - Limites <strong>de</strong> vi<strong>br</strong>ação conforme IEC 60034-14.<<strong>br</strong> />

41


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

6.8. VENTILAÇÃO<<strong>br</strong> />

As perdas são inevitáveis no gerador e o calor<<strong>br</strong> />

gerado por elas <strong>de</strong>ve ser dissipado, ou seja,<<strong>br</strong> />

transferido para o elemento <strong>de</strong> resfriamento do<<strong>br</strong> />

gerador, usualmente o ar ambiente.<<strong>br</strong> />

A maneira pela qual é feita a troca <strong>de</strong> calor entre as<<strong>br</strong> />

partes aquecidas do gerador e o ar ambiente é o<<strong>br</strong> />

que <strong>de</strong>fine o SISTEMA DE VENTILAÇÃO da<<strong>br</strong> />

máquina. Os sistemas usuais são <strong>de</strong> dois tipos<<strong>br</strong> />

principais:<<strong>br</strong> />

6.8.1. Gerador aberto<<strong>br</strong> />

É o gerador em que o ar ambiente circula no seu<<strong>br</strong> />

interior, em contato direto com as partes aquecidas<<strong>br</strong> />

que <strong>de</strong>vem ser resfriadas.<<strong>br</strong> />

Neste sistema o gerador apresenta uma proteção<<strong>br</strong> />

IP21 ou IP23 e possui um ventilador interno<<strong>br</strong> />

montado no eixo.<<strong>br</strong> />

O ventilador aspira o ar do ambiente, que após<<strong>br</strong> />

passar através da máquina, é <strong>de</strong>volvido quente<<strong>br</strong> />

novamente ao meio ambiente.<<strong>br</strong> />

O gerador aberto propriamente dito, ou seja, aquele<<strong>br</strong> />

em que não há nenhuma restrição à livre circulação<<strong>br</strong> />

do ar ambiente por <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>le, é raramente usado.<<strong>br</strong> />

Na realida<strong>de</strong>, as entradas e saídas <strong>de</strong> ar costumam<<strong>br</strong> />

ser parcialmente protegidas, segundo diversos<<strong>br</strong> />

graus <strong>de</strong> proteção que foram <strong>de</strong>scritos no ítem 6.5.<<strong>br</strong> />

A figura 6.8.1 mostra o esquema do circuito <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

refrigeração do gerador auto-ventilado da linha G. A<<strong>br</strong> />

proteção neste caso é IP21, pois as entradas <strong>de</strong> ar<<strong>br</strong> />

possuem venezianas e a saída possui tela. No caso<<strong>br</strong> />

da proteção IP23 a entrada <strong>de</strong> ar possui veneziana<<strong>br</strong> />

e a saída possui tela com um “chapéu”, que garante<<strong>br</strong> />

a proteção contra água a 60º com a vertical.<<strong>br</strong> />

carcaça, não sendo necessariamente estanque"<<strong>br</strong> />

(Definição da ABNT).<<strong>br</strong> />

O ar ambiente é separado do ar contido no interior<<strong>br</strong> />

do gerador, não entrando em contato direto com<<strong>br</strong> />

suas partes internas. A transferência <strong>de</strong> calor é toda<<strong>br</strong> />

feita na superfície externa do gerador.<<strong>br</strong> />

O gerador não é "estanque", isto é, as folgas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

montagem não impe<strong>de</strong>m totalmente a penetração<<strong>br</strong> />

do ar ambiente para <strong>de</strong>ntro e a saída <strong>de</strong> ar <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>ntro para fora.<<strong>br</strong> />

Por exemplo:<<strong>br</strong> />

Quando o gerador começa a funcionar, o ar contido<<strong>br</strong> />

no seu interior se aquece e se expan<strong>de</strong>, criando<<strong>br</strong> />

uma leve diferença <strong>de</strong> pressão e fazendo com que<<strong>br</strong> />

um pouco <strong>de</strong> ar "escape" para o ambiente. Quando<<strong>br</strong> />

o gerador pára, o ar interno esfria e se contrai,<<strong>br</strong> />

fazendo com que um pouco do ar externo penetre<<strong>br</strong> />

no gerador. O gerador, assim, "respira" em função<<strong>br</strong> />

das oscilações <strong>de</strong> temperatura.<<strong>br</strong> />

Depen<strong>de</strong>ndo da maneira como é feita a troca <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

calor na superfície externa da máquina, existem os<<strong>br</strong> />

seguintes tipos <strong>de</strong> <strong>geradores</strong> totalmente fechados:<<strong>br</strong> />

a) Totalmente fechado com trocador <strong>de</strong> calor<<strong>br</strong> />

ar-ar.<<strong>br</strong> />

O gerador possui dois ventiladores montados no<<strong>br</strong> />

eixo, um interno e outro externo.<<strong>br</strong> />

O trocador <strong>de</strong> calor ar-ar é constituído <strong>de</strong> tubos<<strong>br</strong> />

montados axialmente no trocador e normalmente<<strong>br</strong> />

fica na parte superior do gerador.<<strong>br</strong> />

O ventilador interno força o ar quente a circular<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>ntro da máquina fazendo-o entrar em contato<<strong>br</strong> />

com a parte externa dos tubos do trocador, que<<strong>br</strong> />

encontram-se <strong>de</strong>ntro da máquina. O ventilador<<strong>br</strong> />

externo força o ar do ambiente a circular <strong>de</strong>ntro dos<<strong>br</strong> />

tubos do trocador, retirando o calor <strong>de</strong>les e<<strong>br</strong> />

transferindo ao ambiente.<<strong>br</strong> />

Para trocadores ar-ar padrões, os tubos são em<<strong>br</strong> />

confeccionados em aluminio trefilado. Em algumas<<strong>br</strong> />

aplicações especiais, em aço sem costura,<<strong>br</strong> />

fosfatizado, protegido por tinta anti-corrosiva ou<<strong>br</strong> />

aço inox ou tubos especiais, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da<<strong>br</strong> />

especificação do cliente.<<strong>br</strong> />

Fig 6.8.1 - Gerador Aberto linha G.<<strong>br</strong> />

6.8.2. Gerador totalmente fechado<<strong>br</strong> />

"Gerador Fechado <strong>de</strong> tal modo que não haja troca<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> meio refrigerante entre o interior e o exterior da<<strong>br</strong> />

Fig. 6.8.2 - Refrigeração do gerador com trocador<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> calor ar-ar.<<strong>br</strong> />

42


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

b) Totalmente fechado com trocador <strong>de</strong> calor<<strong>br</strong> />

ar-água<<strong>br</strong> />

O gerador possui um ventilador interno montado no<<strong>br</strong> />

eixo e um ou dois radiadores a água montados no<<strong>br</strong> />

trocador <strong>de</strong> calor. Esses radiadores recebem água<<strong>br</strong> />

fria <strong>de</strong> um sistema existente no local <strong>de</strong> instalação<<strong>br</strong> />

do gerador.<<strong>br</strong> />

O trocador <strong>de</strong> calor normalmente é montado na<<strong>br</strong> />

parte superior do gerador.<<strong>br</strong> />

O ventilador interno força o ar quente a circular por<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>ntro da máquina e através do radiador, on<strong>de</strong> o<<strong>br</strong> />

calor é retirado pela água que circula nele.<<strong>br</strong> />

A fig. 6.8.3 mostra o esquema do circuito <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

refrigeração do gerador com trocador <strong>de</strong> calor arágua.<<strong>br</strong> />

CARCAÇA<<strong>br</strong> />

POTÊNCIA (W)<<strong>br</strong> />

160 e 200 108<<strong>br</strong> />

225 e 250 215<<strong>br</strong> />

280, 315, 355, 400 e 450 430<<strong>br</strong> />

500 e 560 630<<strong>br</strong> />

Tabela 6.10.1 - Potência dos resistores <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

aquecimento por carcaça.<<strong>br</strong> />

4.9.2. Proteção térmica <strong>de</strong> <strong>geradores</strong><<strong>br</strong> />

elétricos<<strong>br</strong> />

A proteção térmica normalmente é efetuada por<<strong>br</strong> />

meio <strong>de</strong> termoresistências, termistores ou<<strong>br</strong> />

termostatos. Os tipos <strong>de</strong> <strong>de</strong>tectores a serem<<strong>br</strong> />

utilizados são <strong>de</strong>terminados em função da classe <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

temperatura do isolamento empregado, <strong>de</strong> cada<<strong>br</strong> />

tipo <strong>de</strong> máquina e das exigências da aplicação ou<<strong>br</strong> />

cliente.<<strong>br</strong> />

6.9.2.1. Termoresistores<<strong>br</strong> />

Fig 6.8.3 - Refrigeração do gerador com trocador <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

calor ar-água.<<strong>br</strong> />

6.9. ACESSÓRIOS E ESPECIALIDADES<<strong>br</strong> />

6.9.1. Resistor <strong>de</strong> aquecimento<<strong>br</strong> />

Resistores <strong>de</strong> aquecimento (ou resistores <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sumidificação) são utilizados em <strong>geradores</strong><<strong>br</strong> />

instalados em ambientes muito úmidos. São<<strong>br</strong> />

energizados quando as máquinas estão paradas e<<strong>br</strong> />

com isso aquecem seu interior alguns graus acima<<strong>br</strong> />

do ambiente (5 a 10ºC). Com isso impe<strong>de</strong>m a<<strong>br</strong> />

con<strong>de</strong>nsação <strong>de</strong> água no interior das mesmas<<strong>br</strong> />

quando estas ficam paradas por longo espaço <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

tempo.<<strong>br</strong> />

A aplicação é opcional, solicitada pelo cliente ou<<strong>br</strong> />

recomendada pela <strong>WEG</strong> quando ficar evi<strong>de</strong>nciada a<<strong>br</strong> />

utilização da máquina em ambientes úmidos.<<strong>br</strong> />

Os resistores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sumidificação são fornecidos<<strong>br</strong> />

para funcionamento em uma só tensão, em re<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

monofásicas <strong>de</strong> 110, 220, 380 ou 440V,<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da tensão disponível no local da<<strong>br</strong> />

instalação do gerador. A tensão <strong>de</strong> alimentação dos<<strong>br</strong> />

resistores <strong>de</strong>ve ser especificada pelo cliente.<<strong>br</strong> />

Depen<strong>de</strong>ndo do tamanho (carcaça) do gerador, a<<strong>br</strong> />

<strong>WEG</strong> emprega resistores <strong>de</strong> aquecimento <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

potências diferentes (vi<strong>de</strong> exemplos na tabela<<strong>br</strong> />

6.10.1).<<strong>br</strong> />

Usualmente conhecidos como “RTD” (Resistance<<strong>br</strong> />

Temperature Depen<strong>de</strong>nt) ou Resistência Cali<strong>br</strong>ada.<<strong>br</strong> />

Sua operação é baseada na característica <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

variação da resistência com a temperatura,<<strong>br</strong> />

intrínseca a alguns materiais (geralmente platina,<<strong>br</strong> />

níquel ou co<strong>br</strong>e). Possuem uma resistência<<strong>br</strong> />

cali<strong>br</strong>ada que varia linearmente com a temperatura,<<strong>br</strong> />

possibilitando um acompanhamento contínuo do<<strong>br</strong> />

processo <strong>de</strong> aquecimento da máquina, com alto<<strong>br</strong> />

grau <strong>de</strong> precisão e sensibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resposta através<<strong>br</strong> />

do uso <strong>de</strong> um controlador. Devido ao<<strong>br</strong> />

acompanhamento contínuo da temperatura, um<<strong>br</strong> />

mesmo <strong>de</strong>tector po<strong>de</strong> servir para alarme e para<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sligamento.<<strong>br</strong> />

Os termoresistores normalmente utilizados em<<strong>br</strong> />

máquinas elétricas são os do tipo Pt100 (Platina),<<strong>br</strong> />

Ni20 (Níquel) e Cu10 (Co<strong>br</strong>e).<<strong>br</strong> />

Sua aplicação é ampla nos diversos setores <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

técnicas <strong>de</strong> medição e automatização <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

temperatura nas indústrias em geral e geralmente<<strong>br</strong> />

aplica-se em instalações <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

responsabilida<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

Em <strong>geradores</strong> as termoresistências normalmente<<strong>br</strong> />

são utilizadas nos enrolamentos (fases), em<<strong>br</strong> />

mancais (rolamentos ou buchas) e no ar <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

resfriamento da máquina (ar frio ou quente).<<strong>br</strong> />

Para os <strong>geradores</strong> <strong>WEG</strong> da linha S são padrões<<strong>br</strong> />

esses <strong>de</strong>tectores nas fases e mancais (02 por fase e<<strong>br</strong> />

01 por mancal).<<strong>br</strong> />

43


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

6.9.2.2. Termistores (PTC e NTC)<<strong>br</strong> />

São <strong>de</strong>tectores térmicos compostos <strong>de</strong> semicondutores<<strong>br</strong> />

que variam sua resistência <strong>br</strong>uscamente<<strong>br</strong> />

ao atingirem uma <strong>de</strong>terminada temperatura.<<strong>br</strong> />

Po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong> dois tipos:<<strong>br</strong> />

- PTC - Coeficiente <strong>de</strong> Temperatura Positivo<<strong>br</strong> />

- NTC - Coeficiente <strong>de</strong> Temperatura Negativo<<strong>br</strong> />

O tipo "PTC" é um termistor cuja resistência<<strong>br</strong> />

aumenta <strong>br</strong>uscamente para um valor bem <strong>de</strong>finido<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> temperatura. Essa variação <strong>br</strong>usca na resistência<<strong>br</strong> />

interrompe a corrente no PTC, acionando um relé<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> saída, o qual po<strong>de</strong> ativar um circuito <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

proteção. Também po<strong>de</strong> ser utilizado para sistemas<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> alarme (01 por fase) ou alarme e <strong>de</strong>sligamento<<strong>br</strong> />

(02 por fase).<<strong>br</strong> />

Para o termistor "NTC" acontece o contrário do PTC,<<strong>br</strong> />

porém, sua aplicação não é normal em <strong>geradores</strong><<strong>br</strong> />

elétricos, pois os circuitos eletrônicos <strong>de</strong> controle<<strong>br</strong> />

disponíveis geralmente são para o PTC (aumento da<<strong>br</strong> />

resistência).<<strong>br</strong> />

6.9.2.3. Termostatos<<strong>br</strong> />

São <strong>de</strong>tectores térmicos do tipo bimetálico com<<strong>br</strong> />

contatos <strong>de</strong> prata normalmente fechados (NF), que<<strong>br</strong> />

se a<strong>br</strong>em quando ocorre <strong>de</strong>terminada elevação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

temperatura. Quando a temperatura <strong>de</strong> atuação do<<strong>br</strong> />

bimetálico baixar, este volta a sua forma original<<strong>br</strong> />

instantaneamente, permitindo o fechamento dos<<strong>br</strong> />

contatos novamente.<<strong>br</strong> />

Os termostatos po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>stinados para sistemas<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> alarme, <strong>de</strong>sligamento ou ambos (alarme e<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sligamento). São normalmente ligados em série<<strong>br</strong> />

com a bobina <strong>de</strong> um contator do circuito <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

proteção da máquina. Depen<strong>de</strong>ndo do grau <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

segurança e da especificação do cliente, po<strong>de</strong>m ser<<strong>br</strong> />

utilizados três termostatos (um por fase) ou seis<<strong>br</strong> />

termostatos (grupos <strong>de</strong> dois por fase).<<strong>br</strong> />

Para operar em alarme e <strong>de</strong>sligamento (dois<<strong>br</strong> />

termostatos por fase), os termostatos <strong>de</strong> alarme<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>vem ser apropriados para atuação na elevação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

temperatura prevista do gerador, enquanto que os<<strong>br</strong> />

termostatos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sligamento <strong>de</strong>verão atuar na<<strong>br</strong> />

temperatura máxima do material isolante.<<strong>br</strong> />

Os termistores possuem tamanho reduzido, não<<strong>br</strong> />

sofrem <strong>de</strong>sgastes mecânicos e têm uma boa<<strong>br</strong> />

resposta em relação aos outros <strong>de</strong>tectores, embora<<strong>br</strong> />

não permitam um acompanhamento contínuo do<<strong>br</strong> />

processo <strong>de</strong> aquecimento do gerador <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

uma ampla faixa <strong>de</strong> temperatura.<<strong>br</strong> />

Para mancais<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> rolamento<<strong>br</strong> />

Para mancais<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> bucha<<strong>br</strong> />

Figura 6.9.1 - Visualização do aspecto externo dos Termoresistores.<<strong>br</strong> />

Figura 6.9.2. - Visualização do aspecto externo dos Termistores.<<strong>br</strong> />

44


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

Figura 6.9.3. - Visualização do aspecto interno e externo dos Termostatos.<<strong>br</strong> />

NORMA<<strong>br</strong> />

Máxima<<strong>br</strong> />

Temperatura<<strong>br</strong> />

Ambiente<<strong>br</strong> />

(ºC)<<strong>br</strong> />

Máxima So<strong>br</strong>eelevação <strong>de</strong> Temperatura Permitida por<<strong>br</strong> />

Classe <strong>de</strong> Isolamento.<<strong>br</strong> />

t em ºC (Métodos da Variação <strong>de</strong> Resistência)<<strong>br</strong> />

A E B F H<<strong>br</strong> />

Brasil<<strong>br</strong> />

ABNT NBR - 5117<<strong>br</strong> />

40 60 75 80 105 125<<strong>br</strong> />

Norma Internacional<<strong>br</strong> />

IEC 34 - 1<<strong>br</strong> />

40 60 75 80 100 125<<strong>br</strong> />

Alemanha<<strong>br</strong> />

VDE 0530 Parte 1<<strong>br</strong> />

40 60 75 80 100 125<<strong>br</strong> />

USA<<strong>br</strong> />

NEMA MG 1 e ASA<<strong>br</strong> />

40 60 - 80 105 125<<strong>br</strong> />

Canadá<<strong>br</strong> />

CSA C 22.2 Nº54<<strong>br</strong> />

40 60 - 80 105 125<<strong>br</strong> />

Grã-Bretanha<<strong>br</strong> />

BS 2613<<strong>br</strong> />

40 60 75 80 100 125<<strong>br</strong> />

Austrália<<strong>br</strong> />

AS 1359.32<<strong>br</strong> />

40 60 75 80 100 125<<strong>br</strong> />

Bélgica<<strong>br</strong> />

NBN 7<<strong>br</strong> />

40 60 75 80 100 125<<strong>br</strong> />

Dinamarca<<strong>br</strong> />

DS 5002<<strong>br</strong> />

40 60 75 80 100 125<<strong>br</strong> />

França<<strong>br</strong> />

NF CS1-112<<strong>br</strong> />

40 60 75 80 100 125<<strong>br</strong> />

Holanda<<strong>br</strong> />

VEMET N 1007<<strong>br</strong> />

40 - 70 80 100 125<<strong>br</strong> />

Índia<<strong>br</strong> />

IS: 325-1961<<strong>br</strong> />

40 60 75 80 - -<<strong>br</strong> />

Itália<<strong>br</strong> />

CEI 2-3<<strong>br</strong> />

40 60 70 80 100 125<<strong>br</strong> />

Noruega<<strong>br</strong> />

NEM AV<<strong>br</strong> />

40 60 75 80 - -<<strong>br</strong> />

Áustria<<strong>br</strong> />

OVE - MIO<<strong>br</strong> />

40 - 75 80 100 125<<strong>br</strong> />

Suécia<<strong>br</strong> />

SEN 260101<<strong>br</strong> />

40 60 70 80 100 125<<strong>br</strong> />

Suíça<<strong>br</strong> />

SEV 3009<<strong>br</strong> />

40 60 75 80 100 125<<strong>br</strong> />

Tabela 6.10.2 - Máxima so<strong>br</strong>eelevação <strong>de</strong> Temperatura permitida para as Classes <strong>de</strong> isolamento A, E, B, F e H.<<strong>br</strong> />

45


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

7. CARACTERÍSTICAS DE<<strong>br</strong> />

DESEMPENHO<<strong>br</strong> />

7.1. POTÊNCIA NOMINAL<<strong>br</strong> />

É a potência que o gerador po<strong>de</strong> fornecer, <strong>de</strong>ntro<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> suas características nominais, em regime<<strong>br</strong> />

contínuo. O conceito <strong>de</strong> potência nominal, ou seja,<<strong>br</strong> />

a potência que o gerador po<strong>de</strong> fornecer, está<<strong>br</strong> />

intimamente ligado à elevação <strong>de</strong> temperatura do<<strong>br</strong> />

enrolamento (Tab. 7.1.1).<<strong>br</strong> />

Sabemos que o gerador po<strong>de</strong> acionar cargas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

potência bem acima <strong>de</strong> sua potência nominal até<<strong>br</strong> />

quase atingir o limite <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong>. O que<<strong>br</strong> />

acontece, porém, é que se esta so<strong>br</strong>ecarga for<<strong>br</strong> />

excessiva, isto é, for exigida do gerador uma<<strong>br</strong> />

potência muito acima daquela para a qual foi<<strong>br</strong> />

projetado, o aquecimento normal será ultrapassado<<strong>br</strong> />

e a vida do gerador será diminuída, po<strong>de</strong>ndo ele,<<strong>br</strong> />

até mesmo, queimar-se rapidamente.<<strong>br</strong> />

Portanto, se um gerador for conectado a cargas<<strong>br</strong> />

com fatores <strong>de</strong> potência distintos, é preciso<<strong>br</strong> />

averiguar antes quais os componentes <strong>de</strong> potência<<strong>br</strong> />

ativa e reativa das cargas e então <strong>de</strong>terminar a<<strong>br</strong> />

potência aparente total, bem como o fator <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

potência geral.<<strong>br</strong> />

S =<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

(P1+ P2+...+ Pn ) +(Q1+Q2+...+Qn )<<strong>br</strong> />

On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />

S - potência aparente total (VA)<<strong>br</strong> />

P1...n - componentes <strong>de</strong> potência ativa <strong>de</strong> cada<<strong>br</strong> />

fonte consumidora (W)<<strong>br</strong> />

Q1...n - componentes <strong>de</strong> potência reativa <strong>de</strong> cada<<strong>br</strong> />

fonte consumidora (VAr)<<strong>br</strong> />

Cos = P<<strong>br</strong> />

S<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

Classe <strong>de</strong> Isolamento A E B F H<<strong>br</strong> />

Temperatura ambiente ºC 40 40 40 40 40<<strong>br</strong> />

t= elevaçao <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

temperatura<<strong>br</strong> />

(método <strong>de</strong> resistência)<<strong>br</strong> />

Diferença entre o ponto<<strong>br</strong> />

mais quente e a<<strong>br</strong> />

temperatura média<<strong>br</strong> />

Total: temperatura do<<strong>br</strong> />

ponto mais quente<<strong>br</strong> />

ºC 60 75 80 100 125<<strong>br</strong> />

ºC 5 5 10 15 15<<strong>br</strong> />

ºC 105 120 130 155 180<<strong>br</strong> />

Tabela 7.1.1 - Composição da temperatura em<<strong>br</strong> />

função da classe <strong>de</strong> isolamento.<<strong>br</strong> />

A potência do gerador é fixada em relação a<<strong>br</strong> />

potência das fontes consumidoras ou <strong>de</strong> acordo<<strong>br</strong> />

com a potência do motor do acionamento:<<strong>br</strong> />

A) Fixação <strong>de</strong> potência <strong>de</strong> acordo com a potência<<strong>br</strong> />

das fontes consumidoras.<<strong>br</strong> />

Para a <strong>de</strong>terminação do tamanho da máquina<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>vemos conhecer a potência aparente S.<<strong>br</strong> />

S = Ul x Il x 3<<strong>br</strong> />

On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />

S - potência aparente (VA)<<strong>br</strong> />

Ul - tensão <strong>de</strong> linha (V)<<strong>br</strong> />

Il - corrente <strong>de</strong> linha (A)<<strong>br</strong> />

Nos catálogos a potência aparente é dada em kVA,<<strong>br</strong> />

sendo válida para os fatores <strong>de</strong> potência entre 0.8 e<<strong>br</strong> />

1.0 (Indutivos).<<strong>br</strong> />

Para fatores <strong>de</strong> potência menores que 0.8 a<<strong>br</strong> />

potência da máquina <strong>de</strong>ve ser reduzida conforme a<<strong>br</strong> />

fig. 5.1.1, isto implica portanto que o cos φ da<<strong>br</strong> />

carga também <strong>de</strong>ve ser conhecido.<<strong>br</strong> />

Fig. 7.1.1 - Potência em função do Cos .<<strong>br</strong> />

B) Fixação da potência <strong>de</strong> acordo com a potência<<strong>br</strong> />

do motor <strong>de</strong> acionamento.<<strong>br</strong> />

Muitas vezes não é possível conhecer a potência<<strong>br</strong> />

exata das fontes consumidoras. Neste caso a<<strong>br</strong> />

potência do gerador é <strong>de</strong>terminada a partir da<<strong>br</strong> />

potência <strong>de</strong> acionamento e, como fator <strong>de</strong> potência,<<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong>mos adotar 0.8, caso os fatores individuais<<strong>br</strong> />

encontrem-se nessa faixa.<<strong>br</strong> />

Da potência útil do motor <strong>de</strong> acionamento,<<strong>br</strong> />

diminuímos as perdas do gerador, para obter a<<strong>br</strong> />

potência ativa que fica à disposição nos terminais<<strong>br</strong> />

do gerador.<<strong>br</strong> />

Pn<<strong>br</strong> />

Pg =<<strong>br</strong> />

100<<strong>br</strong> />

( g)<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

kW<<strong>br</strong> />

On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />

Pg - potência do gerador (kW)<<strong>br</strong> />

Pn - potência do motor acionante (kW)<<strong>br</strong> />

η (g) - rendimento do gerador (%)<<strong>br</strong> />

Para potência do motor acionante dada em cv,<<strong>br</strong> />

multiplicar por 0.736 para obtê-la em kW.<<strong>br</strong> />

Pn(KW) = Pn(cv) x 0.736<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

46


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

Para <strong>de</strong>terminação da potência aparente do<<strong>br</strong> />

gerador, <strong>de</strong>vemos levar em consi<strong>de</strong>ração o<<strong>br</strong> />

rendimento dos <strong>geradores</strong> indicado nos catálogos,<<strong>br</strong> />

para fatores <strong>de</strong> potência entre 0.8 e 1.0.<<strong>br</strong> />

Então, levando em consi<strong>de</strong>ração o fator <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

potência, a potência aparente fica:<<strong>br</strong> />

S =<<strong>br</strong> />

Pg Pn x<<strong>br</strong> />

=<<strong>br</strong> />

Cos 100 x Cos<<strong>br</strong> />

Exemplos:<<strong>br</strong> />

Numa indústria <strong>de</strong>ve ser instalado um Grupo<<strong>br</strong> />

Gerador Diesel para fornecer eletricida<strong>de</strong> às suas<<strong>br</strong> />

instalações, on<strong>de</strong> existem as seguintes fontes<<strong>br</strong> />

consumidoras:<<strong>br</strong> />

a) Iluminação 80 kVA cos = 0,7<<strong>br</strong> />

b) Aquecimento 152 kVA cos = 1,0<<strong>br</strong> />

c) 01 motor trifásico <strong>WEG</strong> - IP54 - 40 cv – IV pólos<<strong>br</strong> />

d) 01 motor trifásico <strong>WEG</strong> - IP54 - 60 cv – IV pólos<<strong>br</strong> />

e) 01 motor trifásico <strong>WEG</strong> - IP54 - 75 cv – IV pólos<<strong>br</strong> />

Do catálogo <strong>de</strong> motores trifásicos <strong>WEG</strong> obteremos:<<strong>br</strong> />

Motor 40 cv (30 kW), cos = 0,85, η = 90,9%<<strong>br</strong> />

Motor 60 cv (45 kW), cos = 0,88, η = 90,8%<<strong>br</strong> />

motor 75 cv (55 kW), cos = 0,90, η = 91,9%<<strong>br</strong> />

Para <strong>de</strong>terminação da potência foi consi<strong>de</strong>rado<<strong>br</strong> />

serviço contínuo. Será analisado posteriormente a<<strong>br</strong> />

influência da partida dos motores.<<strong>br</strong> />

Para o cálculo da potência ativa e aparente nos<<strong>br</strong> />

motores geralmente indica-se a potência útil no<<strong>br</strong> />

eixo. A potência ativa consumida abtém-se<<strong>br</strong> />

dividindo a potência útil pelo rendimento;<<strong>br</strong> />

Dos valores da potência ativa e cos do motor,<<strong>br</strong> />

obtém-se a potência aparente total consumida por<<strong>br</strong> />

ele;<<strong>br</strong> />

Com os valores <strong>de</strong> potência ativa e potência<<strong>br</strong> />

aparente, <strong>de</strong>termina-se a potência reativa<<strong>br</strong> />

consumida pelo motor.<<strong>br</strong> />

Portanto, para o motor <strong>de</strong> 40 cv teremos:<<strong>br</strong> />

Pu (kW) x 100<<strong>br</strong> />

P (kW)=<<strong>br</strong> />

=<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

30<<strong>br</strong> />

90,9<<strong>br</strong> />

= 33,0 kW<<strong>br</strong> />

P (kW) 33,0<<strong>br</strong> />

S (kVA)= = = 38,8 kVA<<strong>br</strong> />

cos 0,85<<strong>br</strong> />

Q=<<strong>br</strong> />

Q=<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

S(kVA ) - P(kW )<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

(38,8 ) - (33,0 ) = 20,4 kVAr<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

Desta maneira, e para as <strong>de</strong>mais cargas, obteremos<<strong>br</strong> />

os seguintes resultados da Tabela 4.1.<<strong>br</strong> />

CARGA COS η%<<strong>br</strong> />

S<<strong>br</strong> />

(kVA)<<strong>br</strong> />

P<<strong>br</strong> />

(kW)<<strong>br</strong> />

Q<<strong>br</strong> />

(kVAr)<<strong>br</strong> />

Iluminação 0.70 - 80 56 57,1<<strong>br</strong> />

Aquecimento 1.00 - 152 152 -<<strong>br</strong> />

Motor 40 cv 0.85 90,9 38.8 33.0 20.4<<strong>br</strong> />

Motor 60 cv 0.88 90,8 56.3 49.5 26.8<<strong>br</strong> />

Motor 75 cv 0.90 91,9 66.4 59.8 28.9<<strong>br</strong> />

Tabela 7.1 - Quadro Geral <strong>de</strong> Potência.<<strong>br</strong> />

Assim, a potência aparente do gerador será a soma<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> todas as parcelas <strong>de</strong> potência ativa e reativa das<<strong>br</strong> />

cargas:<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

S= (P+P+<<strong>br</strong> />

1 2<<strong>br</strong> />

..... +P<<strong>br</strong> />

n ) +(Q+Q+<<strong>br</strong> />

1 2<<strong>br</strong> />

... +Q<<strong>br</strong> />

n )<<strong>br</strong> />

S = (56+152+33,0+49,5+59,8 ) + (57,1+0+ 20,4+ 26,8+ 28,9 )<<strong>br</strong> />

S = 375 kVA<<strong>br</strong> />

O fator <strong>de</strong> potência geral será:<<strong>br</strong> />

350,3<<strong>br</strong> />

Cos = P = = 0,934<<strong>br</strong> />

S 375<<strong>br</strong> />

Escolhendo o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gerador:<<strong>br</strong> />

7.1.1. Linha G i-Plus<<strong>br</strong> />

Do catálogo <strong>de</strong> <strong>geradores</strong> <strong>WEG</strong> Linha G i-Plus,<<strong>br</strong> />

obtemos o gerador GTA311AI27, para tensão <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

440V, com potência <strong>de</strong> 377 kVA.<<strong>br</strong> />

O rendimento do gerador com carga nominal está<<strong>br</strong> />

indicado no catálogo como 90,7%.<<strong>br</strong> />

Portanto, a potência mínima <strong>de</strong> acionamento do<<strong>br</strong> />

gerador consi<strong>de</strong>rando carga nominal será:<<strong>br</strong> />

PN =<<strong>br</strong> />

Pg (kVA) x<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

cos<<strong>br</strong> />

377 x 0,934<<strong>br</strong> />

=<<strong>br</strong> />

0, 907<<strong>br</strong> />

PN = 388 (kW)<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

47


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

7.1.2. Linha AG10<<strong>br</strong> />

Do catálogo <strong>de</strong> <strong>geradores</strong> <strong>WEG</strong> Linha AG10,<<strong>br</strong> />

obtemos o gerador AG10 250MI20, para tensão <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

440V, com potência <strong>de</strong> 435 kVA.<<strong>br</strong> />

O rendimento do gerador com carga nominal está<<strong>br</strong> />

indicado no catálogo como 93.82%.<<strong>br</strong> />

Portanto, a potência mínima <strong>de</strong> acionamento do<<strong>br</strong> />

gerador consi<strong>de</strong>rando carga nominal será:<<strong>br</strong> />

PN =<<strong>br</strong> />

Pg (kVA) x<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

cos<<strong>br</strong> />

435 x 0,934<<strong>br</strong> />

=<<strong>br</strong> />

0, 9382<<strong>br</strong> />

PN = 433 (kW)<<strong>br</strong> />

Neste exemplo foram analisadas as condições<<strong>br</strong> />

estacionárias do gerador (operação em regime),<<strong>br</strong> />

entretanto antes que o tamanho da máquina possa<<strong>br</strong> />

ser <strong>de</strong>terminado em <strong>de</strong>finitivo, ainda resta examinar<<strong>br</strong> />

as condições para a partida dos motores.<<strong>br</strong> />

O procedimento está <strong>de</strong>scrito no item 7.3.<<strong>br</strong> />

7.2. ELEVAÇÃO DE TEMPERATURA -<<strong>br</strong> />

CLASSE DE ISOLAMENTO<<strong>br</strong> />

7.2.1. Aquecimento do enrolamento<<strong>br</strong> />

A potência útil fornecida pelo gerador é menor que<<strong>br</strong> />

a potência acionante, isto é, o rendimento do<<strong>br</strong> />

gerador é sempre inferior a 100%. A diferença<<strong>br</strong> />

entre duas potências representa as perdas, que são<<strong>br</strong> />

transformadas em calor, o qual aquece o<<strong>br</strong> />

enrolamento e <strong>de</strong>ve ser dissipado para fora do<<strong>br</strong> />

gerador, para evitar que a elevação <strong>de</strong> temperatura<<strong>br</strong> />

seja excessiva.<<strong>br</strong> />

O mesmo acontece em todos os tipos <strong>de</strong> máquinas<<strong>br</strong> />

elétricas.<<strong>br</strong> />

No motor do automóvel, por exemplo, o calor<<strong>br</strong> />

gerado pelas perdas internas tem que ser retirado<<strong>br</strong> />

do bloco pelo sistema <strong>de</strong> circulação <strong>de</strong> água com<<strong>br</strong> />

radiador ou pela ventoinha, em motores resfriados<<strong>br</strong> />

a ar.<<strong>br</strong> />

No capítulo 6.8 po<strong>de</strong>m ser vistos os diferentes<<strong>br</strong> />

tipos <strong>de</strong> ventilação.<<strong>br</strong> />

7.2.2. Vida útil <strong>de</strong> máquinas elétricas girantes<<strong>br</strong> />

Se não consi<strong>de</strong>rarmos as peças que se <strong>de</strong>sgastam<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>vido ao uso, como escovas e rolamentos, a vida<<strong>br</strong> />

útil da máquina elétrica é <strong>de</strong>terminada pelo material<<strong>br</strong> />

isolante.<<strong>br</strong> />

Este material é afetado por muitos fatores como<<strong>br</strong> />

umida<strong>de</strong>, vi<strong>br</strong>ações, ambientes corrosivos e outros.<<strong>br</strong> />

Dentre todos os fatores o mais importante é, sem<<strong>br</strong> />

dúvida, a temperatura <strong>de</strong> trabalho dos materiais<<strong>br</strong> />

isolantes empregados.<<strong>br</strong> />

Quando falamos em diminuição da vida útil da<<strong>br</strong> />

máquina não nos referimos às temperaturas<<strong>br</strong> />

elevadas, quando o isolante se queima e o<<strong>br</strong> />

enrolamento é <strong>de</strong>struído <strong>de</strong> repente. Vida útil da<<strong>br</strong> />

isolação, em termos <strong>de</strong> temperatura <strong>de</strong> trabalho,<<strong>br</strong> />

bem abaixo daquela em que o material se queima,<<strong>br</strong> />

refere-se ao envelhecimento gradual do isolante,<<strong>br</strong> />

que vai se tornando ressecado, per<strong>de</strong>ndo o po<strong>de</strong>r<<strong>br</strong> />

isolante, até que não suporte mais a tensão<<strong>br</strong> />

aplicada e produza o curto-circuito.<<strong>br</strong> />

A experiência mostra que a isolação tem uma<<strong>br</strong> />

duração praticamente ilimitada se a sua<<strong>br</strong> />

temperatura for mantida abaixo <strong>de</strong> um certo limite.<<strong>br</strong> />

Acima <strong>de</strong>ste valor, a vida útil da isolação vai se<<strong>br</strong> />

tornando cada vez mais curta, à medida que a<<strong>br</strong> />

temperatura <strong>de</strong> trabalho é mais alta. Este limite <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

temperatura é muito mais baixo que a temperatura<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> "queima" do isolante e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do tipo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

material empregado.<<strong>br</strong> />

Das curvas <strong>de</strong> variação das características dos<<strong>br</strong> />

materiais em <strong>de</strong>pendência d temperatura<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>termina-se a vida útil, que é reduzida pela<<strong>br</strong> />

meta<strong>de</strong> a cada <strong>de</strong> 8 a 10° <strong>de</strong> operação acima da<<strong>br</strong> />

temperatura nominal da classe.<<strong>br</strong> />

Esta limitação <strong>de</strong> temperatura se refere ao ponto<<strong>br</strong> />

mais quente da isolação e não necessariamente ao<<strong>br</strong> />

enrolamento todo. Evi<strong>de</strong>ntemente, basta um ponto<<strong>br</strong> />

fraco no interior da bobina para que o enrolamento<<strong>br</strong> />

fique inutilizado.<<strong>br</strong> />

7.2.3. Classes <strong>de</strong> isolamento<<strong>br</strong> />

Definição das classes:<<strong>br</strong> />

Como foi visto acima, o limite <strong>de</strong> temperatura<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do tipo <strong>de</strong> material empregado. Para fins<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> normalização, os materiais isolantes e os<<strong>br</strong> />

sistemas <strong>de</strong> isolamento (cada um formado pela<<strong>br</strong> />

combinação <strong>de</strong> vários materiais) são agrupados em<<strong>br</strong> />

Classes <strong>de</strong> Isolamento, cada qual <strong>de</strong>finida pelo<<strong>br</strong> />

respectivo limite <strong>de</strong> temperatura, ou seja, pela<<strong>br</strong> />

maior temperatura que o material po<strong>de</strong> suportar<<strong>br</strong> />

continuamente sem que seja afetada sua vida útil.<<strong>br</strong> />

As classes <strong>de</strong> isolamento utilizadas em máquinas<<strong>br</strong> />

elétricas e os respectivos limites <strong>de</strong> temperatura<<strong>br</strong> />

conforme a Norma NBR 7094 são as seguintes:<<strong>br</strong> />

Classe A (105ºC);<<strong>br</strong> />

Classe E (120ºC);<<strong>br</strong> />

Classe B (130ºC);<<strong>br</strong> />

Classe F (155ºC);<<strong>br</strong> />

Classe H (180ºC).<<strong>br</strong> />

As classes B e F são as comumente utilizadas em<<strong>br</strong> />

motores normais. Já para <strong>geradores</strong> as mais<<strong>br</strong> />

comuns são a F e H.<<strong>br</strong> />

48


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

Os <strong>geradores</strong> <strong>WEG</strong> da linha G possuem como<<strong>br</strong> />

padrão isolamento classe H e os da linha S<<strong>br</strong> />

isolamento classe F.<<strong>br</strong> />

A figura abaixo ilustra a elevação <strong>de</strong> temperatura<<strong>br</strong> />

no enrolamento so<strong>br</strong>e a temperatura do ar<<strong>br</strong> />

ambiente. Esta diferença total, comumente<<strong>br</strong> />

chamada <strong>de</strong> “Elevação <strong>de</strong> Temperatura” ou<<strong>br</strong> />

simplesmente “T”, é a soma da queda <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

temperatura interna com a queda externa.<<strong>br</strong> />

Fig. 7.2.1 - Ilustração da elevação <strong>de</strong> temperatura<<strong>br</strong> />

em uma máquina elétrica.<<strong>br</strong> />

O projeto da máquina visa reduzir a queda interna<<strong>br</strong> />

(melhorar a transferência <strong>de</strong> calor) para po<strong>de</strong>r ter<<strong>br</strong> />

uma queda externa maior possível, pois esta é que<<strong>br</strong> />

realmente ajuda a dissipar o calor. A queda interna<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> temperatura <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> diversos fatores.<<strong>br</strong> />

As relações dos pontos representados na figura<<strong>br</strong> />

acima com a temperatura, são explicadas a seguir:<<strong>br</strong> />

A Ponto mais quente do enrolamento, no interior<<strong>br</strong> />

da ranhura, on<strong>de</strong> é gerado o calor proveniente<<strong>br</strong> />

das perdas nos condutores;<<strong>br</strong> />

AB Queda <strong>de</strong> temperatura na transferência <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

calor do ponto mais quente (interior da<<strong>br</strong> />

bobina) até a parte externa da bobina. Como o<<strong>br</strong> />

ar é um péssimo condutor <strong>de</strong> calor, é<<strong>br</strong> />

importante que não haja "vazios" no interior<<strong>br</strong> />

da ranhura, isto é, as bobinas <strong>de</strong>vem ser<<strong>br</strong> />

compactas e a impregnação <strong>de</strong>ve ser perfeita;<<strong>br</strong> />

B Queda através do isolamento da ranhura e do<<strong>br</strong> />

contato <strong>de</strong>ste com os condutores <strong>de</strong> um lado e<<strong>br</strong> />

com as chapas do núcleo do outro. O emprego<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> materiais mo<strong>de</strong>rnos melhora a transmissão<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> calor através do isolante. A perfeita<<strong>br</strong> />

impregnação melhora o contato do lado<<strong>br</strong> />

interno, eliminando os espaços vazios. O bom<<strong>br</strong> />

alinhamento das chapas estampadas melhora<<strong>br</strong> />

o contato do lado externo, eliminando<<strong>br</strong> />

camadas <strong>de</strong> ar que prejudicam a transferência<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> calor;<<strong>br</strong> />

BC Queda <strong>de</strong> temperatura por transmissão através<<strong>br</strong> />

do material das chapas do núcleo;<<strong>br</strong> />

C Queda no contato entre o núcleo e a carcaça;<<strong>br</strong> />

CD Queda <strong>de</strong> temperatura por transmissão através<<strong>br</strong> />

da espessura da carcaça.<<strong>br</strong> />

Graças a um projeto mo<strong>de</strong>rno, uso <strong>de</strong> materiais<<strong>br</strong> />

avançados e processos <strong>de</strong> fa<strong>br</strong>icação aprimorados<<strong>br</strong> />

sob um permanente controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, os<<strong>br</strong> />

<strong>geradores</strong> <strong>WEG</strong> apresentam uma excelente<<strong>br</strong> />

transferência <strong>de</strong> calor do interior para a superfície,<<strong>br</strong> />

eliminando assim os "pontos quentes" no<<strong>br</strong> />

enrolamento.<<strong>br</strong> />

Temperatura externa da máquina:<<strong>br</strong> />

Era comum, antigamente, verificar o aquecimento<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> uma máquina elétrica medindo, com a mão, a<<strong>br</strong> />

temperatura externa da carcaça. Em máquinas<<strong>br</strong> />

mo<strong>de</strong>rnas este método primitivo é completamente<<strong>br</strong> />

errado.<<strong>br</strong> />

Como comentado anteriormente, os critérios<<strong>br</strong> />

mo<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> projeto procuram aprimorar a<<strong>br</strong> />

transmissão <strong>de</strong> calor internamente, <strong>de</strong> modo que a<<strong>br</strong> />

temperatura do enrolamento fique pouco acima da<<strong>br</strong> />

temperatura externa da carcaça, on<strong>de</strong> ela<<strong>br</strong> />

realmente contribui para dissipar as perdas. Em<<strong>br</strong> />

resumo, a temperatura da carcaça não dá indicação<<strong>br</strong> />

do aquecimento interno da máquina nem <strong>de</strong> sua<<strong>br</strong> />

qualida<strong>de</strong>. Uma máquina fria por fora po<strong>de</strong> ter<<strong>br</strong> />

perdas maiores e temperatura mais alta no<<strong>br</strong> />

enrolamento do que uma máquina exteriormente<<strong>br</strong> />

quente.<<strong>br</strong> />

7.2.4. Medida da temperatura do<<strong>br</strong> />

enrolamento<<strong>br</strong> />

É muito difícil medir a temperatura do enrolamento<<strong>br</strong> />

com termômetros ou termopares, pois a<<strong>br</strong> />

temperatura varia <strong>de</strong> um ponto a outro e nunca se<<strong>br</strong> />

sabe se o ponto da medição está próximo do ponto<<strong>br</strong> />

mais quente.<<strong>br</strong> />

O método mais preciso e mais confiável <strong>de</strong> se medir<<strong>br</strong> />

a temperatura <strong>de</strong> um enrolamento é através da<<strong>br</strong> />

variação <strong>de</strong> sua resistência ôhmica com a<<strong>br</strong> />

temperatura, que aproveita a proprieda<strong>de</strong> dos<<strong>br</strong> />

condutores <strong>de</strong> variar sua resistência, segundo uma<<strong>br</strong> />

lei conhecida.<<strong>br</strong> />

A elevação da temperatura pelo método da<<strong>br</strong> />

resistência, é calculada por meio da seguinte<<strong>br</strong> />

equação, para condutores <strong>de</strong> co<strong>br</strong>e:<<strong>br</strong> />

On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />

t = Elevação da temperatura do enrolamento;<<strong>br</strong> />

t1 = Temperatura do enrolamento antes do ensaio<<strong>br</strong> />

(praticamente igual a do meio refrigerante,<<strong>br</strong> />

medida por termômetro);<<strong>br</strong> />

t2 = Temperatura do enrolamento no fim do<<strong>br</strong> />

49


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

ensaio;<<strong>br</strong> />

ta = Temperatura do meio refrigerante no fim do<<strong>br</strong> />

ensaio;<<strong>br</strong> />

R1 = Resistência do enrolamento no início do<<strong>br</strong> />

ensaio;<<strong>br</strong> />

R2 = Resistência do enrolamento no fim do ensaio.<<strong>br</strong> />

234.5 = Constante térmica do material (co<strong>br</strong>e).<<strong>br</strong> />

7.2.5. Aplicação a máquinas elétricas<<strong>br</strong> />

A temperatura do ponto mais quente do<<strong>br</strong> />

enrolamento <strong>de</strong>ve ser mantida abaixo do limite da<<strong>br</strong> />

classe. A temperatura total vale a soma da<<strong>br</strong> />

temperatura ambiente já com a elevação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

temperatura (t) mais a diferença que existe entre<<strong>br</strong> />

a temperatura média do enrolamento e a do ponto<<strong>br</strong> />

mais quente.<<strong>br</strong> />

As normas <strong>de</strong> máquinas elétricas fixam a máxima<<strong>br</strong> />

elevação <strong>de</strong> temperatura (t), <strong>de</strong> modo que a<<strong>br</strong> />

temperatura do ponto mais quente fica limitada,<<strong>br</strong> />

baseada nas seguintes consi<strong>de</strong>rações:<<strong>br</strong> />

a) A temperatura ambiente é, no máximo 40ºC, por<<strong>br</strong> />

norma, e acima disso as condições <strong>de</strong> trabalho<<strong>br</strong> />

são consi<strong>de</strong>radas especiais.<<strong>br</strong> />

b) A diferença entre a temperatura média e a do<<strong>br</strong> />

ponto mais quente não varia muito <strong>de</strong> máquina<<strong>br</strong> />

para máquina e seu valor estabelecido em<<strong>br</strong> />

norma, baseado na prática é 5ºC, para as<<strong>br</strong> />

classes A e E, 10ºC para classe B e 15ºC para as<<strong>br</strong> />

classes F e H. As normas <strong>de</strong> máquinas elétricas,<<strong>br</strong> />

portanto, estabelecem um máximo para a<<strong>br</strong> />

temperatura ambiente e especificam uma<<strong>br</strong> />

elevação <strong>de</strong> temperatura máxima para cada<<strong>br</strong> />

classe <strong>de</strong> isolamento. Deste modo fica<<strong>br</strong> />

indiretamente limitada a temperatura do ponto<<strong>br</strong> />

mais quente.<<strong>br</strong> />

Os valores numéricos e a composição da<<strong>br</strong> />

temperatura admissível do ponto mais quente<<strong>br</strong> />

são indicados na Tabela 7.1.1.<<strong>br</strong> />

* Para <strong>geradores</strong> <strong>de</strong> construção naval <strong>de</strong>verão ser<<strong>br</strong> />

obe<strong>de</strong>cidos todos os <strong>de</strong>talhes particulares <strong>de</strong> cada<<strong>br</strong> />

entida<strong>de</strong> classificadora.<<strong>br</strong> />

Classe <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Isolamento<<strong>br</strong> />

A E B F H<<strong>br</strong> />

Temperatura ambiente ºC 40 40 40 40 40<<strong>br</strong> />

t= elevaçao <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

temperatura<<strong>br</strong> />

ºC 60 75 80 100 125<<strong>br</strong> />

(método <strong>de</strong> resistência)<<strong>br</strong> />

Diferença entre o ponto<<strong>br</strong> />

mais quente e a ºC 5 5 10 15 15<<strong>br</strong> />

temperatura média<<strong>br</strong> />

Total: temperatura do<<strong>br</strong> />

ponto mais quente<<strong>br</strong> />

ºC 105 120 130 155 180<<strong>br</strong> />

Tabela 7.1.1 - Composição da temperatura em<<strong>br</strong> />

função da classe <strong>de</strong> isolamento.<<strong>br</strong> />

7.3. QUEDA DE TENSÃO<<strong>br</strong> />

7.3.1. Cálculo da queda <strong>de</strong> tensão<<strong>br</strong> />

Ao se aplicar uma carga no gerador teremos<<strong>br</strong> />

subitamente uma queda <strong>de</strong> tensão, que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da<<strong>br</strong> />

reatância do gerador, da corrente, do cosø da carga<<strong>br</strong> />

e do tipo <strong>de</strong> regulação. Os maiores problemas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

queda <strong>de</strong> tensão e recuperação <strong>de</strong> tensão ocorrem<<strong>br</strong> />

na partida <strong>de</strong> motores <strong>de</strong> indução.<<strong>br</strong> />

Durante a partida <strong>de</strong> motores <strong>de</strong> indução, o fator <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

potência é da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 0.3.<<strong>br</strong> />

Para facilitar o cálculo vamos consi<strong>de</strong>rar o cos<<strong>br</strong> />

igual a zero, bem como <strong>de</strong>sprezarmos a impedância<<strong>br</strong> />

dos cabos <strong>de</strong> alimentação e a resistência interna do<<strong>br</strong> />

gerador.<<strong>br</strong> />

Admitindo as simplificações mencionadas, o mo<strong>de</strong>lo<<strong>br</strong> />

do gerador acionando uma carga fica conforme Fig.<<strong>br</strong> />

7.3.1 abaixo.<<strong>br</strong> />

XA<<strong>br</strong> />

Gerador<<strong>br</strong> />

U<<strong>br</strong> />

U =<<strong>br</strong> />

XA<<strong>br</strong> />

XA + Xm<<strong>br</strong> />

XA = Reatância do gerador<<strong>br</strong> />

Xm = Reatância do motor<<strong>br</strong> />

XA e Xm em pu (por unida<strong>de</strong>)<<strong>br</strong> />

Xm<<strong>br</strong> />

Fig. 7.3.1 - Impedância para um Gerador Síncrono<<strong>br</strong> />

(modo simplificado).<<strong>br</strong> />

Em função da variação da carga a reatância do<<strong>br</strong> />

gerador varia com o tempo (Xd”, Xd' e Xd conforme<<strong>br</strong> />

as constantes <strong>de</strong> tempo próprias da máquina) como<<strong>br</strong> />

mostrado no ítem 2.5.<<strong>br</strong> />

Na fig. 7.3.2 é mostrada a variação da tensão em<<strong>br</strong> />

função do tempo (valores médios ilustrativos). As<<strong>br</strong> />

curvas mostradas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> parâmetros do<<strong>br</strong> />

gerador e do tempo <strong>de</strong> resposta da excitação e do<<strong>br</strong> />

sistema <strong>de</strong> regulação.<<strong>br</strong> />

50


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

zero.<<strong>br</strong> />

7.3.2. Influência do fator <strong>de</strong> potência<<strong>br</strong> />

Se houver necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se calcular a queda <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

tensão para cosø diferente <strong>de</strong> zero <strong>de</strong>vemos utilizar<<strong>br</strong> />

o gráfico da fig. 7.3.3.<<strong>br</strong> />

Neste gráfico, po<strong>de</strong>mos encontrar o valor <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

correção "x" (em função do cos e reatância do<<strong>br</strong> />

gerador) que <strong>de</strong>verá ser multiplicado pelo U<<strong>br</strong> />

calculado para cos = 0.<<strong>br</strong> />

U (cos qualquer) = x . U (cos = 0).<<strong>br</strong> />

Fig. 7.3.2 - Variação da Tensão em Função do<<strong>br</strong> />

Tempo.<<strong>br</strong> />

O cálculo da queda <strong>de</strong> tensão torna-se complexo se<<strong>br</strong> />

levarmos em consi<strong>de</strong>ração a variação da reatância<<strong>br</strong> />

no tempo.<<strong>br</strong> />

Po<strong>de</strong>mos chegar a valores muito próximos da<<strong>br</strong> />

realida<strong>de</strong> se consi<strong>de</strong>rarmos no cálculo da queda <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

tensão a reatância transitória (Xd'), para<<strong>br</strong> />

máquinas com excitatriz e regulador eletrônico<<strong>br</strong> />

(<strong>br</strong>ushless), e a reatância subtransitória (Xd")<<strong>br</strong> />

para máquinas com excitação estática (com<<strong>br</strong> />

escovas).<<strong>br</strong> />

A equação da queda <strong>de</strong> tensão fica então:<<strong>br</strong> />

XA<<strong>br</strong> />

U =<<strong>br</strong> />

XA+ Xm<<strong>br</strong> />

*<<strong>br</strong> />

d<<strong>br</strong> />

U% =<<strong>br</strong> />

X<<strong>br</strong> />

*<<strong>br</strong> />

1+ X d<<strong>br</strong> />

.100<<strong>br</strong> />

Ou <strong>de</strong> forma genérica, para qualquer valor <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

reatância do gerador e relação Ip/In (corrente <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

partida do motor / corrente nominal do gerador),<<strong>br</strong> />

vale a relação:<<strong>br</strong> />

*<<strong>br</strong> />

On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />

X*d -<<strong>br</strong> />

X*d -<<strong>br</strong> />

[ d .(Ip/In)]<<strong>br</strong> />

U% =<<strong>br</strong> />

X<<strong>br</strong> />

*<<strong>br</strong> />

1+ [ X d .(Ip/In)]<<strong>br</strong> />

.100<<strong>br</strong> />

Xd' (em pu) em máquinas com excitatriz e<<strong>br</strong> />

regulador eletrônico <strong>de</strong> tensão (<strong>geradores</strong><<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>ushless).<<strong>br</strong> />

Xd" (em pu) em máquinas com excitatriz<<strong>br</strong> />

estática (<strong>geradores</strong> com escovas).<<strong>br</strong> />

Ip - corrente <strong>de</strong> partida do motor (em<<strong>br</strong> />

ampères).<<strong>br</strong> />

In - corrente nominal do gerador (em ampères).<<strong>br</strong> />

A tabela 7.3.1 mostra o valor <strong>de</strong> Queda <strong>de</strong> Tensão<<strong>br</strong> />

(ΔU) em função <strong>de</strong> X*d e Ip/In para cos igual a<<strong>br</strong> />

A queda <strong>de</strong> tensão, como po<strong>de</strong> ser visto na curva,<<strong>br</strong> />

irá reduzir quando o fator <strong>de</strong> potência crescer.<<strong>br</strong> />

7.3.3. Influência da carga inicial<<strong>br</strong> />

As cargas iniciais em <strong>geradores</strong> po<strong>de</strong>m ser<<strong>br</strong> />

agrupadas em três tipos:<<strong>br</strong> />

- Impedância constante;<<strong>br</strong> />

- kVA constante;<<strong>br</strong> />

- Corrente constante.<<strong>br</strong> />

A corrente do gerador reduzirá proporcionalmente à<<strong>br</strong> />

tensão do gerador, quando este estiver sob uma<<strong>br</strong> />

carga do tipo impedância constante.<<strong>br</strong> />

Conseqüentemente este efeito reduzirá a queda <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

tensão. Para efeito <strong>de</strong> cálculo po<strong>de</strong>rá ser<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sprezado.<<strong>br</strong> />

Exemplos <strong>de</strong> carga tipo impedância constante:<<strong>br</strong> />

lâmpadas incan<strong>de</strong>scentes, aquecedores resistivos,<<strong>br</strong> />

resistores.<<strong>br</strong> />

Quando se têm cargas do tipo kVA constante, em<<strong>br</strong> />

regime, na redução da tensão teremos um aumento<<strong>br</strong> />

da corrente, ocasionando conseqüentemente um<<strong>br</strong> />

aumento da queda <strong>de</strong> tensão.<<strong>br</strong> />

Um exemplo <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> carga são motores <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

indução. A variação da corrente (i) em motores <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

indução, em regime, em relação à tensão em seus<<strong>br</strong> />

terminais, po<strong>de</strong> ser obtida na curva da fig 7.3.4<<strong>br</strong> />

Quando um gerador estiver alimentando um motor<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> indução que estará partindo e houver um outro<<strong>br</strong> />

motor já conectado nos terminais do gerador, em<<strong>br</strong> />

regime, a variação <strong>de</strong> corrente no motor em regime<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>verá ser adicionada à corrente <strong>de</strong> partida do<<strong>br</strong> />

motor que estiver partindo. Apesar dos fatores <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

potência serem diferentes, consi<strong>de</strong>ra-se, <strong>de</strong> forma<<strong>br</strong> />

pessimista, iguais.<<strong>br</strong> />

Ao se combinar cargas do tipo kVA constante e<<strong>br</strong> />

51


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

impedância constante, obtemos cargas do tipo<<strong>br</strong> />

corrente constante, pois seus efeitos individuais são<<strong>br</strong> />

contrários com tendência <strong>de</strong> se anularem.<<strong>br</strong> />

Depen<strong>de</strong>ndo dos valores individuais <strong>de</strong>ssas cargas,<<strong>br</strong> />

a queda <strong>de</strong> tensão não provocaria variações <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

corrente e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo até do caso não haveria<<strong>br</strong> />

queda <strong>de</strong> tensão.<<strong>br</strong> />

Estes tipos <strong>de</strong> cargas (combinadas) po<strong>de</strong>mos<<strong>br</strong> />

consi<strong>de</strong>rar como os mais comuns.<<strong>br</strong> />

Po<strong>de</strong>mos utilizar, para o cálculo da queda <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

tensão, com cos = 0, a tabela 7.3.1.<<strong>br</strong> />

Fig 7.3.3 – Curvas para obtenção do Fator <strong>de</strong> Correção <strong>de</strong> U em função do Cos e Reatância do gerador.<<strong>br</strong> />

Fig 7.3.4 – Variação <strong>de</strong> corrente (i) para motores <strong>de</strong> indução em regime (operação), em função da variação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

tensão nos seus terminais.<<strong>br</strong> />

52


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

QUEDA DE TENSÃO (U) EM GERADORES SÍNCRONOS<<strong>br</strong> />

X*d<<strong>br</strong> />

[pu]<<strong>br</strong> />

QUEDA DE TENSÃO (U) PARA cos φ = 0 [pu]<<strong>br</strong> />

Ip/In<<strong>br</strong> />

0.200 0.400 0.600 0.800 1.000 1.200 1.400 1.600 1.800 2.000 2.200 2.400 2.600 2.800 3.000<<strong>br</strong> />

0.050 0.010 0.020 0.029 0.038 0.048 0.057 0.065 0.074 0.083 0.091 0.099 0.107 0.115 0.123 0.130<<strong>br</strong> />

0.060 0.012 0.023 0.035 0.046 0.057 0.067 0.077 0.088 0.097 0.107 0.117 0.126 0.135 0.144 0.153<<strong>br</strong> />

0.070 0.014 0.027 0.040 0.053 0.065 0.077 0.089 0.101 0.112 0.123 0.133 0.144 0.154 0.164 0.174<<strong>br</strong> />

0.080 0.016 0.031 0.046 0.060 0.074 0.088 0.101 0.113 0.126 0.138 0.150 0.161 0.172 0.183 0.194<<strong>br</strong> />

0.090 0.018 0.035 0.051 0.067 0.083 0.097 0.112 0.126 0.139 0.153 0.165 0.178 0.190 0.201 0.213<<strong>br</strong> />

0.100 0.020 0.038 0.057 0.074 0.091 0.107 0.123 0.138 0.153 0.167 0.180 0.194 0.206 0.219 0.231<<strong>br</strong> />

0.110 0.022 0.042 0.062 0.081 0.099 0.117 0.133 0.150 0.165 0.180 0.195 0.209 0.222 0.235 0.248<<strong>br</strong> />

0.120 0.023 0.046 0.067 0.088 0.107 0.126 0.144 0.161 0.178 0.194 0.209 0.224 0.238 0.251 0.265<<strong>br</strong> />

0.130 0.025 0.049 0.072 0.094 0.115 0.135 0.154 0.172 0.190 0.206 0.222 0.238 0.253 0.267 0.281<<strong>br</strong> />

0.140 0.027 0.053 0.077 0.101 0.123 0.144 0.164 0.183 0.201 0.219 0.235 0.251 0.267 0.282 0.296<<strong>br</strong> />

0.150 0.029 0.057 0.083 0.107 0.130 0.153 0.174 0.194 0.213 0.231 0.248 0.265 0.281 0.296 0.310<<strong>br</strong> />

0.160 0.031 0.060 0.088 0.113 0.138 0.161 0.183 0.204 0.224 0.242 0.260 0.277 0.294 0.309 0.324<<strong>br</strong> />

0.170 0.033 0.064 0.093 0.120 0.145 0.169 0.192 0.214 0.234 0.254 0.272 0.290 0.307 0.322 0.338<<strong>br</strong> />

0.180 0.035 0.067 0.097 0.126 0.153 0.178 0.201 0.224 0.245 0.265 0.284 0.302 0.319 0.335 0.351<<strong>br</strong> />

0.190 0.037 0.071 0.102 0.132 0.160 0.186 0.210 0.233 0.255 0.275 0.295 0.313 0.331 0.347 0.363<<strong>br</strong> />

0.200 0.038 0.074 0.107 0.138 0.167 0.194 0.219 0.242 0.265 0.286 0.306 0.324 0.342 0.359 0.375<<strong>br</strong> />

0.210 0.040 0.077 0.112 0.144 0.174 0.201 0.227 0.251 0.274 0.296 0.316 0.335 0.353 0.370 0.387<<strong>br</strong> />

0.220 0.042 0.081 0.117 0.150 0.180 0.209 0.235 0.260 0.284 0.306 0.326 0.346 0.364 0.381 0.398<<strong>br</strong> />

0.230 0.044 0.084 0.121 0.155 0.187 0.216 0.244 0.269 0.293 0.315 0.336 0.356 0.374 0.392 0.408<<strong>br</strong> />

0.240 0.046 0.088 0.126 0.161 0.194 0.224 0.251 0.277 0.302 0.324 0.346 0.365 0.384 0.402 0.419<<strong>br</strong> />

0.250 0.048 0.091 0.130 0.167 0.200 0.231 0.259 0.286 0.310 0.333 0.355 0.375 0.394 0.412 0.429<<strong>br</strong> />

0.260 0.049 0.094 0.135 0.172 0.206 0.238 0.267 0.294 0.319 0.342 0.364 0.384 0.403 0.421 0.438<<strong>br</strong> />

0.270 0.051 0.097 0.139 0.178 0.213 0.245 0.274 0.302 0.327 0.351 0.373 0.393 0.412 0.431 0.448<<strong>br</strong> />

0.280 0.053 0.101 0.144 0.183 0.219 0.251 0.282 0.309 0.335 0.359 0.381 0.402 0.421 0.439 0.457<<strong>br</strong> />

0.290 0.055 0.104 0.148 0.188 0.225 0.258 0.289 0.317 0.343 0.367 0.389 0.410 0.430 0.448 0.465<<strong>br</strong> />

0.300 0.057 0.107 0.153 0.194 0.231 0.265 0.296 0.324 0.351 0.375 0.398 0.419 0.438 0.457 0.474<<strong>br</strong> />

0.310 0.058 0.110 0.157 0.199 0.237 0.271 0.303 0.332 0.358 0.383 0.405 0.427 0.446 0.465 0.482<<strong>br</strong> />

0.320 0.060 0.113 0.161 0.204 0.242 0.277 0.309 0.339 0.365 0.390 0.413 0.434 0.454 0.473 0.490<<strong>br</strong> />

0.330 0.062 0.117 0.165 0.209 0.248 0.284 0.316 0.346 0.373 0.398 0.421 0.442 0.462 0.480 0.497<<strong>br</strong> />

0.340 0,064 0.120 0.169 0.214 0.254 0.290 0.322 0.352 0.380 0.405 0.428 0.449 0.469 0.488 0.505<<strong>br</strong> />

0.350 0.065 0.123 0.174 0.219 0.259 0.296 0.329 0.359 0.387 0.412 0.435 0.457 0.476 0.495 0.512<<strong>br</strong> />

0.360 0.067 0.126 0.178 0.224 0.265 0.302 0.335 0.365 0.393 0.419 0.442 0.464 0.483 0.502 0.519<<strong>br</strong> />

0.370 0.069 0.129 0.182 0.228 0.270 0.307 0.341 0.372 0.400 0.425 0.449 0.470 0.490 0.509 0.526<<strong>br</strong> />

0.380 0.071 0.132 0.186 0.233 0.275 0.313 0.347 0.378 0.406 0.432 0.455 0.477 0.497 0.516 0.533<<strong>br</strong> />

0.390 0.072 0.135 0.190 0.238 0.281 0.319 0.353 0.384 0.412 0.438 0.462 0.483 0.503 0.522 0.539<<strong>br</strong> />

0.400 0.074 0.138 0.194 0.242 0.286 0.324 0.359 0.390 0.419 0.444 0.468 0.490 0.510 0.528 0.545<<strong>br</strong> />

Tabela 7.3.1 - Queda <strong>de</strong> Tensão em Geradores Síncronos.<<strong>br</strong> />

On<strong>de</strong>: Ip = Corrente <strong>de</strong> Partida do Motor (em ampères)<<strong>br</strong> />

In = Corrente Nominal do Gerador (em ampères)<<strong>br</strong> />

X*d = Xd' para máquinas com excitatriz e regulador eletrônico <strong>de</strong> tensão (<strong>geradores</strong> <strong>br</strong>ushless) ou Xd"<<strong>br</strong> />

para máquinas com excitatriz estática (<strong>geradores</strong> com escovas).<<strong>br</strong> />

53


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

7.3.4. Limitações na partida <strong>de</strong> motores<<strong>br</strong> />

Consi<strong>de</strong>ramos como limite da corrente na partida <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

um motor <strong>de</strong> indução o valor <strong>de</strong> até 2.5 x Inominal<<strong>br</strong> />

do gerador. Acima <strong>de</strong>ste valor a queda <strong>de</strong> tensão<<strong>br</strong> />

residual torna-se gran<strong>de</strong> e o tempo <strong>de</strong> permanência<<strong>br</strong> />

(limite térmico) é pequeno, como mostrado no<<strong>br</strong> />

gráfico da fig. 7.4.1, po<strong>de</strong>ndo ser inferior ao tempo<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> partida do motor. No caso específico <strong>de</strong> 2.0 x In<<strong>br</strong> />

o tempo <strong>de</strong> so<strong>br</strong>ecarga, como po<strong>de</strong> ser visto no<<strong>br</strong> />

gráfico, é 20-30s.<<strong>br</strong> />

Para reduzir a corrente <strong>de</strong> partida <strong>de</strong> motores <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

indução, normalmente são utilizados dispositivos do<<strong>br</strong> />

tipo partida estrela triângulo ou chave<<strong>br</strong> />

compensadora.<<strong>br</strong> />

A variação da corrente <strong>de</strong> partida em relação à<<strong>br</strong> />

tensão na partida po<strong>de</strong> ser vista na curva da fig.<<strong>br</strong> />

7.3.5. (Constante K1). Esta redução na corrente<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>verá ser levada em consi<strong>de</strong>ração no cálculo da<<strong>br</strong> />

queda <strong>de</strong> tensão.<<strong>br</strong> />

Outro fator também a ser levado em conta é a<<strong>br</strong> />

potência da máquina acionante, normalmente<<strong>br</strong> />

dimensionada cosø = 0.8, on<strong>de</strong> a potência útil (kW)<<strong>br</strong> />

= 0.8 x potência aparente (kVA).<<strong>br</strong> />

A queda <strong>de</strong> tensão resultante na partida <strong>de</strong> motores<<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong>rá tornar o motor não apto para acionar a<<strong>br</strong> />

carga. Nas curvas da fig. 7.3.5 po<strong>de</strong>rá ser verificada<<strong>br</strong> />

a redução do conjugado (torque) no motor com a<<strong>br</strong> />

queda <strong>de</strong> tensão (Constante K2). Deverá ser<<strong>br</strong> />

analisado o tipo <strong>de</strong> carga a ser acionada, obtendose<<strong>br</strong> />

o valor mínimo <strong>de</strong> conjugado, e<<strong>br</strong> />

conseqüentemente, o limite da queda <strong>de</strong> tensão.<<strong>br</strong> />

No caso do uso <strong>de</strong> <strong>geradores</strong> em paralelo a<<strong>br</strong> />

reatância total <strong>de</strong>ve ser calculada pela expressão:<<strong>br</strong> />

I<<strong>br</strong> />

Xd<<strong>br</strong> />

T<<strong>br</strong> />

*<<strong>br</strong> />

T<<strong>br</strong> />

=<<strong>br</strong> />

I<<strong>br</strong> />

Xd<<strong>br</strong> />

G1<<strong>br</strong> />

*<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

+<<strong>br</strong> />

I<<strong>br</strong> />

Xd<<strong>br</strong> />

G2<<strong>br</strong> />

*<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

+... +<<strong>br</strong> />

I<<strong>br</strong> />

Xd<<strong>br</strong> />

Gn<<strong>br</strong> />

*<<strong>br</strong> />

n<<strong>br</strong> />

On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />

Xd T* -<<strong>br</strong> />

Xd 1* ....n - reatância <strong>de</strong> cada gerador ligado em<<strong>br</strong> />

paralelo.<<strong>br</strong> />

I T - corrente total dos <strong>geradores</strong> em paralelo.<<strong>br</strong> />

I G1...n - Corrente nominal <strong>de</strong> cada gerador ligado em<<strong>br</strong> />

paralelo.<<strong>br</strong> />

OBS: Se forem utilizados dois <strong>geradores</strong> iguais em<<strong>br</strong> />

paralelo, a reatância total é igual a reatância<<strong>br</strong> />

individual dos <strong>geradores</strong>.<<strong>br</strong> />

Fig 7.3.5 - Fatores <strong>de</strong> Redução da Corrente (K1) e Conjugado (K2) em motores <strong>de</strong> indução na partida em função<<strong>br</strong> />

da redução <strong>de</strong> tensão nos seus terminais.<<strong>br</strong> />

54


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

7.3.5. EXEMPLO DE CÁLCULO DE QUEDA DE<<strong>br</strong> />

TENSÃO EM GERADORES ENVOLVENDO<<strong>br</strong> />

VÁRIOS MOTORES (UTILIZANDO LINHA G i-<<strong>br</strong> />

PLUS)<<strong>br</strong> />

Dados necessários:<<strong>br</strong> />

a) Gerador AG10250SI20AI, 292 kVA, 440V<<strong>br</strong> />

Xd'=18.39% (Xd’=0.1839pu);<<strong>br</strong> />

b) Motores <strong>de</strong> indução:<<strong>br</strong> />

b.1) 100cv - 04 pólos - 440V - In=120A - Ip=1056A<<strong>br</strong> />

b.2) 75cv - 04 pólos - 440V - In=87.5A - Ip=647.5A<<strong>br</strong> />

b.3) 25cv - 04 pólos - 440V - In=31.5A - Ip=271A<<strong>br</strong> />

c) Condição <strong>de</strong> recebimento <strong>de</strong> carga do gerador:<<strong>br</strong> />

c.1) Primeiramente parte o motor <strong>de</strong> 100cv<<strong>br</strong> />

utilizando chave compensadora no TAP <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

65%<<strong>br</strong> />

c.2) Outra condição seria a partida (no TAP <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

65%) do motor <strong>de</strong> 75cv, consi<strong>de</strong>rando que os<<strong>br</strong> />

motores <strong>de</strong> 100 e 25cv já partiram e estejam<<strong>br</strong> />

em funcionamento.<<strong>br</strong> />

SOLUÇÃO:<<strong>br</strong> />

Cálculo da corrente nominal do gerador:<<strong>br</strong> />

292000<<strong>br</strong> />

Ig = = 383<<strong>br</strong> />

A<<strong>br</strong> />

3 .440<<strong>br</strong> />

I - Cálculo da queda <strong>de</strong> tensão provocada<<strong>br</strong> />

pela partida do motor <strong>de</strong> 100cv (através<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> chave compensadora no Tap 65%)<<strong>br</strong> />

consi<strong>de</strong>rando os motores <strong>de</strong> 25 e 75cv<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sligados:<<strong>br</strong> />

Inominal motor = 120A<<strong>br</strong> />

Ipartida motor = 1056A<<strong>br</strong> />

Obs: Supor queda <strong>de</strong> tensão <strong>de</strong> 15% no gerador<<strong>br</strong> />

(estimativa inicial).<<strong>br</strong> />

Utilizando chave compensadora no TAP 65 % e<<strong>br</strong> />

consi<strong>de</strong>rando uma queda <strong>de</strong> tensão inicial <strong>de</strong> 15%<<strong>br</strong> />

no gerador, a redução total <strong>de</strong> tensão nos bornes<<strong>br</strong> />

do motor é:<<strong>br</strong> />

(1-0,15) x 0,65 = 0,85 x 0,65 = 0,55<<strong>br</strong> />

Do gráfico da fig. 5.3.5, com 0,55 <strong>de</strong> redução <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

tensão, obtemos a constante <strong>de</strong> redução <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

corrente (K1):<<strong>br</strong> />

K1 = 0,45<<strong>br</strong> />

Assim, a corrente <strong>de</strong> partida do motor em seus<<strong>br</strong> />

terminais fica:<<strong>br</strong> />

IPmotor 65% = IPmotor 100% x K1<<strong>br</strong> />

IPmotor 65% = 1056 x 0,45 = 475A<<strong>br</strong> />

Mas, em se tratando da chave compensadora,<<strong>br</strong> />

teremos que referir a corrente <strong>de</strong> partida do motor<<strong>br</strong> />

(secundário da chave compensadora) ao gerador<<strong>br</strong> />

(primário da chave compensadora), obtendo-se<<strong>br</strong> />

então IPmotor ref<<strong>br</strong> />

IP prim IPmotor<<strong>br</strong> />

ref.<<strong>br</strong> />

= = 0,65<<strong>br</strong> />

I sec IPmotor 65%<<strong>br</strong> />

IPmotor<<strong>br</strong> />

ref. = IPmotor<<strong>br</strong> />

65% .0,65<<strong>br</strong> />

IPmotor<<strong>br</strong> />

ref.= 475 .0,65= 309 A<<strong>br</strong> />

Então, nos bornes do gerador, fazendo a relação da<<strong>br</strong> />

corrente <strong>de</strong> partida do motor referida, pela corrente<<strong>br</strong> />

nominal do gerador (IP/IN):<<strong>br</strong> />

IP<<strong>br</strong> />

motor ref<<strong>br</strong> />

I<<strong>br</strong> />

g<<strong>br</strong> />

309<<strong>br</strong> />

= = 0,<<strong>br</strong> />

8068<<strong>br</strong> />

383<<strong>br</strong> />

Teremos uma queda <strong>de</strong> tensão <strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />

[X d<<strong>br</strong> />

. IP/IN]<<strong>br</strong> />

V =<<strong>br</strong> />

.100<<strong>br</strong> />

1+ [X d<<strong>br</strong> />

. IP/IN]<<strong>br</strong> />

[ 01839 , . 0,<<strong>br</strong> />

8068]<<strong>br</strong> />

V =<<strong>br</strong> />

. 100=<<strong>br</strong> />

12,<<strong>br</strong> />

92%<<strong>br</strong> />

1+ [ 01839 , . 0,<<strong>br</strong> />

8068]<<strong>br</strong> />

Refazendo o cálculo (1º iteração) para queda <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

tensão no gerador <strong>de</strong> 5,85%, temos:<<strong>br</strong> />

Redução total <strong>de</strong> tensão:<<strong>br</strong> />

0,65 x (1- 0,1291) = 0,56<<strong>br</strong> />

Constante <strong>de</strong> redução total <strong>de</strong> corrente (K1) <strong>de</strong>vido<<strong>br</strong> />

à redução da tensão (0,61):<<strong>br</strong> />

K1 = 0,46<<strong>br</strong> />

IP motor 65% = IP motor 100% x K1<<strong>br</strong> />

IP motor 65% = 1056 x 0,46 = 485,76A<<strong>br</strong> />

Corrente <strong>de</strong> partida referida ao primário da chave<<strong>br</strong> />

compensadora (bornes do gerador) e relação IP/IN<<strong>br</strong> />

ref. = IPmotor<<strong>br</strong> />

.0,65<<strong>br</strong> />

485 ,76 .0,65= 315,<<strong>br</strong> />

IPmotor<<strong>br</strong> />

65%<<strong>br</strong> />

IPmotor ref.=<<strong>br</strong> />

74<<strong>br</strong> />

IP<<strong>br</strong> />

Ig<<strong>br</strong> />

motor ref.<<strong>br</strong> />

315,74<<strong>br</strong> />

= = 0,<<strong>br</strong> />

8244<<strong>br</strong> />

383<<strong>br</strong> />

Assim, com o valor <strong>de</strong> queda da 1° iteração,<<strong>br</strong> />

teremos uma queda <strong>de</strong> tensão <strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />

X d<<strong>br</strong> />

. IP/IN<<strong>br</strong> />

V =<<strong>br</strong> />

.100<<strong>br</strong> />

1+ [X d<<strong>br</strong> />

. IP/IN]<<strong>br</strong> />

0,1839<<strong>br</strong> />

0,8244<<strong>br</strong> />

V <<strong>br</strong> />

100<<strong>br</strong> />

13,16%<<strong>br</strong> />

1 0,1839 0,8244<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

II - Cálculo da queda <strong>de</strong> tensão provocada<<strong>br</strong> />

pela partida do motor <strong>de</strong> 75cv (através <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

chave compensadora no Tap 65%),<<strong>br</strong> />

consi<strong>de</strong>rando que os motores <strong>de</strong> 100 e<<strong>br</strong> />

25cv já estejam em funcionamento.<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

A<<strong>br</strong> />

55


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

II.1 - Contribuição individual do motor <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

75cv (IN=87,5A - IP=647,5A).<<strong>br</strong> />

Supondo uma queda <strong>de</strong> tensão inicial <strong>de</strong> 15% e<<strong>br</strong> />

utilizando chave compensadora no TAP 65%:<<strong>br</strong> />

(1-0,15) x 0,65 = 0,85 x 0,65 = 0,55<<strong>br</strong> />

Então, da Fig. 5.3.5: K1=0,45<<strong>br</strong> />

Corrente <strong>de</strong> partida do motor referida ao primário<<strong>br</strong> />

da chave compensadora (terminais do gerador):<<strong>br</strong> />

IPmotor<<strong>br</strong> />

65%ref.= 647,5 .0,45 .0,65<<strong>br</strong> />

IPmotor<<strong>br</strong> />

65%ref.= 189A<<strong>br</strong> />

Relação IP/IN nos terminais do gerador:<<strong>br</strong> />

IP<<strong>br</strong> />

motor 65% ref.<<strong>br</strong> />

Ig<<strong>br</strong> />

189<<strong>br</strong> />

=<<strong>br</strong> />

383 = 0,493<<strong>br</strong> />

A queda <strong>de</strong> tensão que ocorrerá, consi<strong>de</strong>rando<<strong>br</strong> />

somente a partida do motor <strong>de</strong> 75cv será:<<strong>br</strong> />

0,1839.0,493<<strong>br</strong> />

V =<<strong>br</strong> />

.100<<strong>br</strong> />

1+ [ 0,1839.0,493 ]<<strong>br</strong> />

V = 8, 31%<<strong>br</strong> />

II.2 - Contribuição dos motores <strong>de</strong> 100 e<<strong>br</strong> />

25cv quando da partida do motor <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

75cv:<<strong>br</strong> />

NOTA: O processo <strong>de</strong> cálculo é iterativo e segue o<<strong>br</strong> />

roteiro mostrado abaixo:<<strong>br</strong> />

II.2.1 - Valor suposto <strong>de</strong> queda = 15%.<<strong>br</strong> />

Do gráfico da fig. 5.3.4, obtemos o<<strong>br</strong> />

incremento <strong>de</strong> corrente dos motores<<strong>br</strong> />

em carga para uma redução <strong>de</strong> tensão<<strong>br</strong> />

em seus terminais <strong>de</strong> 15%. Para o<<strong>br</strong> />

caso em questão temos i = 26% (=<<strong>br</strong> />

0,26).<<strong>br</strong> />

Logo, os acréscimos <strong>de</strong> corrente dos motores serão:<<strong>br</strong> />

Motor <strong>de</strong> 100cv (IN=120A para 440V):<<strong>br</strong> />

Acréscimo = i . 120 = 0,26 . 120<<strong>br</strong> />

Acréscimo = 31,2A<<strong>br</strong> />

i do motor <strong>de</strong> 100cv:<<strong>br</strong> />

Acréscimo 31,2<<strong>br</strong> />

i (M100)= =<<strong>br</strong> />

Ig 383<<strong>br</strong> />

i(M100) = 0,0815<<strong>br</strong> />

Motor <strong>de</strong> 25cv (IN=31,5A para 440V):<<strong>br</strong> />

Acréscimo = i . 31,5 = 0,26 . 31,5<<strong>br</strong> />

Acréscimo = 8,2 A<<strong>br</strong> />

i do motor <strong>de</strong> 25cv:<<strong>br</strong> />

8,2<<strong>br</strong> />

i (M25)=<<strong>br</strong> />

383 = 0,0214<<strong>br</strong> />

Cálculo do IP/IN total:<<strong>br</strong> />

IP IP<<strong>br</strong> />

= (M75)+ i(M100)+ i(M25)<<strong>br</strong> />

IN Ig<<strong>br</strong> />

IP<<strong>br</strong> />

= 0 ,493+<<strong>br</strong> />

0,0815+<<strong>br</strong> />

0,0214<<strong>br</strong> />

IN<<strong>br</strong> />

IP<<strong>br</strong> />

= 0,<<strong>br</strong> />

IN<<strong>br</strong> />

IP/IN total: 5959<<strong>br</strong> />

0,1839.0,5959<<strong>br</strong> />

V =<<strong>br</strong> />

.100<<strong>br</strong> />

1+ [ 0,1839.0,5959 ]<<strong>br</strong> />

V = 9, 88%<<strong>br</strong> />

Como supomos V = 15% e resultou numa queda<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> 9,88% refaremos o cálculo:<<strong>br</strong> />

II.2.2 - Admitindo agora a queda <strong>de</strong> tensão V =<<strong>br</strong> />

9,88%, da fig. 7.3.4: i = 15% (=0,15)<<strong>br</strong> />

Acréscimos <strong>de</strong> corrente nos motores:<<strong>br</strong> />

(1-0,10) x 0,65 = 0,90 x 0,65 = 0,585 ; K1=0,49<<strong>br</strong> />

motor 49 .0,65 = 206,22A<<strong>br</strong> />

IP 65%ref.= 647,5 .0,<<strong>br</strong> />

IP 206,22<<strong>br</strong> />

(M75) 0,5384<<strong>br</strong> />

Ig 383<<strong>br</strong> />

IP IP<<strong>br</strong> />

=<<strong>br</strong> />

IN Ig<<strong>br</strong> />

(M75)+ i(M100)+ i(M25)<<strong>br</strong> />

IP 120.0,15<<strong>br</strong> />

31,5.0,15 <<strong>br</strong> />

= 0 ,5384+<<strong>br</strong> />

+ <<strong>br</strong> />

IN 383 383 <<strong>br</strong> />

IP<<strong>br</strong> />

= 0,5384<<strong>br</strong> />

0,047 0,01234<<strong>br</strong> />

0.5977<<strong>br</strong> />

IN<<strong>br</strong> />

0,1839 . 0,5977<<strong>br</strong> />

V =<<strong>br</strong> />

.100<<strong>br</strong> />

1+ [ 0,1839 . 0,5977]<<strong>br</strong> />

V = 9, 90%<<strong>br</strong> />

Logo, V estipulado V calculado.<<strong>br</strong> />

Po<strong>de</strong>remos encerrar o cálculo.<<strong>br</strong> />

Indicação: Recalcular queda <strong>de</strong> tensão com mo<strong>de</strong>lo<<strong>br</strong> />

inferior, para verificar se é possível escolha mais<<strong>br</strong> />

econômica.<<strong>br</strong> />

CONCLUSÃO: Po<strong>de</strong>mos observar que, para este<<strong>br</strong> />

caso, a contribuição dos motores já em<<strong>br</strong> />

funcionamento não causou um acréscimo muito<<strong>br</strong> />

significativo na queda <strong>de</strong> tensão geral.<<strong>br</strong> />

56


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

7.4. SOBRECARGA<<strong>br</strong> />

Segundo as normas VDE 530 ou ABNT os <strong>geradores</strong><<strong>br</strong> />

síncronos <strong>de</strong>vem fornecer 1,5 vezes a corrente<<strong>br</strong> />

nominal durante 15 segundos. Neste caso, através<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> sua regulagem, <strong>de</strong>ve-se manter a tensão muito<<strong>br</strong> />

próxima da nominal.<<strong>br</strong> />

Para utilização a bordo <strong>de</strong> navios, os <strong>geradores</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>vem fornecer 1,5 vezes a corrente nominal,<<strong>br</strong> />

durante 2 minutos.<<strong>br</strong> />

Nos <strong>geradores</strong> Industriais, a so<strong>br</strong>ecarga admissível<<strong>br</strong> />

é <strong>de</strong> 1,1 vezes a corrente nominal durante 1 hora.<<strong>br</strong> />

A so<strong>br</strong>ecarga momentânea em função da corrente,<<strong>br</strong> />

para máquinas padrões (<strong>de</strong> catálogo) – valores<<strong>br</strong> />

orientativos - é mostrada na fig.5.4.1.<<strong>br</strong> />

Fig 7.4.1 - Curva <strong>de</strong> So<strong>br</strong>ecarga Momentânea em função da Corrente (para máquinas normais, valores<<strong>br</strong> />

orientativos).<<strong>br</strong> />

7.5. SOBREVELOCIDADE<<strong>br</strong> />

As máquinas síncronas estão aptas, segundo a<<strong>br</strong> />

norma NBR 5052, a resistir a 1,2 vezes a velocida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

nominal durante 2 minutos. Nesta condição a<<strong>br</strong> />

máquina po<strong>de</strong>rá ou não estar excitada.<<strong>br</strong> />

7.6. CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO<<strong>br</strong> />

Sempre que se fizer uma conexão entre dois pontos<<strong>br</strong> />

com potenciais diferentes e baixa resistência<<strong>br</strong> />

teremos um curto-circuito. Em regra geral, este<<strong>br</strong> />

aci<strong>de</strong>nte normalmente é prejudicial ao circuito<<strong>br</strong> />

elétrico.<<strong>br</strong> />

As correntes <strong>de</strong> curto-circuito nos <strong>geradores</strong> po<strong>de</strong>m<<strong>br</strong> />

ser calculadas consi<strong>de</strong>rando as reatâncias com seus<<strong>br</strong> />

valores em percentual.<<strong>br</strong> />

A corrente <strong>de</strong> curto-circuito máxima trifásica po<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

ser calculada pela seguinte expressão:<<strong>br</strong> />

2,55 x If<<strong>br</strong> />

Icc Max= x 100 (A)<<strong>br</strong> />

On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />

Xd'' em %<<strong>br</strong> />

If – corrente <strong>de</strong> fase<<strong>br</strong> />

Xd"<<strong>br</strong> />

E a corrente <strong>de</strong> curto-circuito eficaz, <strong>de</strong> uma fase,<<strong>br</strong> />

será:<<strong>br</strong> />

If<<strong>br</strong> />

Icceff = x 100 (A)<<strong>br</strong> />

Xd"<<strong>br</strong> />

A corrente <strong>de</strong> curto-circuito permanente nos<<strong>br</strong> />

<strong>geradores</strong> da Linha G com bobina auxiliar (padrão)<<strong>br</strong> />

é <strong>de</strong> 3,0 vezes a corrente nominal do gerador por<<strong>br</strong> />

10 segundos.<<strong>br</strong> />

Para os <strong>geradores</strong> da Linha G com excitatriz auxiliar<<strong>br</strong> />

a imãs (PMG) – sob pedido – as máquinas po<strong>de</strong>m<<strong>br</strong> />

ser projetadas com corrente <strong>de</strong> curto-circuito maior,<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> acordo com a necessida<strong>de</strong> da aplicação.<<strong>br</strong> />

7.7. CONVERSÃO DE REATÂNCIAS<<strong>br</strong> />

É hábito dar-se as reatâncias <strong>de</strong> uma máquina<<strong>br</strong> />

como valor <strong>de</strong> referência por unida<strong>de</strong> (pu).<<strong>br</strong> />

Como gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong> referência vale a reatância<<strong>br</strong> />

nominal.<<strong>br</strong> />

Xn <<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

Un<<strong>br</strong> />

x<<strong>br</strong> />

Xn 1, 0<<strong>br</strong> />

In<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

pu<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

57


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />

Xn – reatância nominal do gerador.<<strong>br</strong> />

Un – tensão nominal do gerador.<<strong>br</strong> />

In – corrente nominal do gerador.<<strong>br</strong> />

Se a mesma máquina for utilizada para um número<<strong>br</strong> />

maior <strong>de</strong> rotações (freqüência) ao invés da nominal,<<strong>br</strong> />

outra tensão ou outra potência diferentes das<<strong>br</strong> />

nominais, a reatância da máquina se modifica<<strong>br</strong> />

conforme a expressão abaixo:<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

f <<strong>br</strong> />

X X <<strong>br</strong> />

2 <<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

2 1 f <<strong>br</strong> />

1 <<strong>br</strong> />

On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />

X 2 = reatância na base nova<<strong>br</strong> />

X 1 = reatância na base velha<<strong>br</strong> />

f 2 = frequência na base nova<<strong>br</strong> />

f 1 = frequência na base velha<<strong>br</strong> />

S 2= potência na base nova<<strong>br</strong> />

S 1= potência na base velha<<strong>br</strong> />

U 1= tensão na base velha<<strong>br</strong> />

U 2= tensão na base nova<<strong>br</strong> />

S<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

S<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

U <<strong>br</strong> />

1 <<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

U <<strong>br</strong> />

2 <<strong>br</strong> />

OBS: Devemos lem<strong>br</strong>ar que para <strong>geradores</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

catálogo, só serão possíveis alterações na rotação<<strong>br</strong> />

caso sejam <strong>de</strong> 50Hz para 60Hz. A variação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

tensão só será possível para menos ou<<strong>br</strong> />

proporcionalmente à frequência. No caso <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

variação <strong>de</strong> tensão para menos, a potência também<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>verá ser reduzida proporcionalmente.<<strong>br</strong> />

Exemplo: É dado um gerador <strong>de</strong> 850kVA, 380V,<<strong>br</strong> />

50Hz, 04 pólos. Para 50Hz e 850 kVA a reatância<<strong>br</strong> />

transitória obtida do cálculo (projeto) foi <strong>de</strong> Xd' =<<strong>br</strong> />

21%.<<strong>br</strong> />

O gerador, sem alterações, passará a ser acionado<<strong>br</strong> />

com 1800rpm, ou 60Hz, e <strong>de</strong>verá fornecer 1000kVA<<strong>br</strong> />

em 440V.<<strong>br</strong> />

do gerador, po<strong>de</strong>remos ter valores elevados <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

tensão terminal. Isto po<strong>de</strong> ocorrer, por exemplo,<<strong>br</strong> />

com o disparo na rotação da máquina primária, ou<<strong>br</strong> />

quando a referência <strong>de</strong> tensão terminal (do<<strong>br</strong> />

regulador) é interrompida.<<strong>br</strong> />

Nestes casos o gerador <strong>de</strong>ve ter uma supervisão da<<strong>br</strong> />

tensão <strong>de</strong> modo a <strong>de</strong>sexcitar a máquina.<<strong>br</strong> />

IMPORTANTE: Somente após a parada total da<<strong>br</strong> />

máquina é seguro realizar qualquer trabalho nela e<<strong>br</strong> />

na re<strong>de</strong> on<strong>de</strong> está conectada. Mesmo após a<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sexcitação da máquina, po<strong>de</strong>m existir tensões<<strong>br</strong> />

letais nos seus bornes.<<strong>br</strong> />

Geradores com regulagem <strong>de</strong> tensão in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<<strong>br</strong> />

da freqüência, acionados com rotações abaixo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

90% <strong>de</strong> sua rotação nominal, durante um período<<strong>br</strong> />

prolongado, <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>sligados.<<strong>br</strong> />

Se o gerador estiver alimentando uma re<strong>de</strong>, e<<strong>br</strong> />

ocorrer um curto-circuito na mesma, ocorre uma<<strong>br</strong> />

situação crítica no momento em que o curto é<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sfeito e a tensão é restabelecida. A potência<<strong>br</strong> />

fornecida pelo gerador, certamente não<<strong>br</strong> />

correspon<strong>de</strong>rá à mesma antes do curto-circuito.<<strong>br</strong> />

Desta maneira, através do torque acionante,<<strong>br</strong> />

teremos uma aceleração ou um retardamento.<<strong>br</strong> />

Nestas condições, as tensões não estarão mais em<<strong>br</strong> />

fase. Conforme a duração do curto e <strong>de</strong>vido ao<<strong>br</strong> />

ângulo <strong>de</strong> <strong>de</strong>fasagem, aparecem fortes processos<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> reajustes, que po<strong>de</strong>m ser comparados aos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

uma saída <strong>de</strong> sincronismo. Como conseqüência,<<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong>m aparecer danos nos acoplamentos, nas<<strong>br</strong> />

bases, bem como no circuito <strong>de</strong> excitação. Desta<<strong>br</strong> />

maneira, ocorrendo curto na re<strong>de</strong>, se a tensão cair<<strong>br</strong> />

para 50% da nominal, o gerador <strong>de</strong>ve ser<<strong>br</strong> />

imediatamente <strong>de</strong>sconectado da re<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

Que gran<strong>de</strong>za terá a reatância transitória para essa<<strong>br</strong> />

nova condição <strong>de</strong> operação?<<strong>br</strong> />

Solução:<<strong>br</strong> />

Xd' (60Hz) = Xd' (50Hz) . (60/50) . (1000/850) .(380/440)²<<strong>br</strong> />

Xd' (60Hz) = 21 x 1,053 = 22%<<strong>br</strong> />

Xd' (60Hz) =22%<<strong>br</strong> />

7.8. PROTEÇÃO DO GERADOR<<strong>br</strong> />

Neste item faremos alguns comentários e<<strong>br</strong> />

observações importantes relativos à proteção dos<<strong>br</strong> />

<strong>geradores</strong>, mas não nos preocuparemos com<<strong>br</strong> />

características <strong>de</strong> projetos, pois estaria fora do<<strong>br</strong> />

objetivo <strong>de</strong>sta apostila.<<strong>br</strong> />

So<strong>br</strong>e certas condições anormais <strong>de</strong> funcionamento<<strong>br</strong> />

58


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

7.9. REGIME DE SERVIÇO<<strong>br</strong> />

É o grau <strong>de</strong> regularida<strong>de</strong> da carga a que o gerador<<strong>br</strong> />

é submetido.<<strong>br</strong> />

O gerador é projetado para regime contínuo, isto é,<<strong>br</strong> />

a carga é constante, por tempo in<strong>de</strong>finido, e igual à<<strong>br</strong> />

potência nominal da máquina.<<strong>br</strong> />

Para <strong>geradores</strong> industriais aplicados em grupos<<strong>br</strong> />

<strong>geradores</strong>, estes po<strong>de</strong>m operar em horários pré<strong>de</strong>finidos<<strong>br</strong> />

ou em emergência, seguindo regimes<<strong>br</strong> />

intermitentes (Prime e Stand-by), os quais serão<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>scritos no item seguinte.<<strong>br</strong> />

A indicação do regime da máquina <strong>de</strong>ve ser feita<<strong>br</strong> />

pelo comprador, da forma mais exata possível. Nos<<strong>br</strong> />

casos em que a carga não varia ou nos quais varia<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> forma previsível, o regime po<strong>de</strong>rá ser indicado<<strong>br</strong> />

numericamente ou por meio <strong>de</strong> gráficos que<<strong>br</strong> />

representem a variação em função do tempo das<<strong>br</strong> />

gran<strong>de</strong>zas variáveis. Quando a seqüência real dos<<strong>br</strong> />

valores no tempo for in<strong>de</strong>terminada, <strong>de</strong>verá ser<<strong>br</strong> />

indicada uma seqüência fictícia não menos severa<<strong>br</strong> />

que a real.<<strong>br</strong> />

Fig. 7.9.2 – Prime por Tempo Limitado (LTP).<<strong>br</strong> />

c) Prime por Tempo Ilimitado (PRP)<<strong>br</strong> />

Temperatura ambiente 40 °C / ΔT = 150 °C. O<<strong>br</strong> />

alternador opera alimentando carga variável por<<strong>br</strong> />

número ilimitado <strong>de</strong> horas anuais, on<strong>de</strong> não há<<strong>br</strong> />

presença <strong>de</strong> re<strong>de</strong> comercial ou esta não é confiável.<<strong>br</strong> />

A potência média, neste regime, não <strong>de</strong>ve exce<strong>de</strong>r<<strong>br</strong> />

a 70% da potência prime, estando o alternador<<strong>br</strong> />

apto a suportar 10% <strong>de</strong> so<strong>br</strong>ecarga por um período<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> 1 hora a cada 12 horas <strong>de</strong> funcionamento, até<<strong>br</strong> />

no máximo 25 horas por ano.<<strong>br</strong> />

7.9.1. Regimes Padronizados<<strong>br</strong> />

Os regimes que serão citados visam especialmente<<strong>br</strong> />

a aplicação em <strong>geradores</strong>:<<strong>br</strong> />

a) Potência Contínua(COP)<<strong>br</strong> />

Temperatura ambiente 40 °C / ΔT = 125 °C. O<<strong>br</strong> />

alternador opera alimentando carga constante em<<strong>br</strong> />

operação singela ou em paralelo com a re<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

principal, com fator <strong>de</strong> carga 100% por número<<strong>br</strong> />

ilimitado <strong>de</strong> horas anuais. Não é admitida<<strong>br</strong> />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> so<strong>br</strong>ecarga neste regime.<<strong>br</strong> />

Fig. 7.9.3 – Prime por Tempo Ilimitado (PRP).<<strong>br</strong> />

Fig. 7.9.1 – Potencia Contínua (COP).<<strong>br</strong> />

b) Prime por Tempo Limitado (LTP)<<strong>br</strong> />

Temperatura ambiente 40 °C / ΔT = 125 °C. O<<strong>br</strong> />

alternador opera alimentando carga constante por<<strong>br</strong> />

número limitado <strong>de</strong> horas anuais conforme previsto<<strong>br</strong> />

na ISO 8528, IEC 60034 e NEMA MG 1, sendo<<strong>br</strong> />

indicado para uso on<strong>de</strong> as faltas <strong>de</strong> energia são<<strong>br</strong> />

programadas. Limite <strong>de</strong> 500 horas por ano.<<strong>br</strong> />

59


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

d) Potência <strong>de</strong> Emergência Stand-by (ESP)<<strong>br</strong> />

Temperatura ambiente 40 °C / ΔT = 150 °C. O<<strong>br</strong> />

alternador opera como back-up <strong>de</strong> energia,<<strong>br</strong> />

alimentando cargas variáveis em situações <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

emergência em locais supridos pela re<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

comercial ou outra fonte principal <strong>de</strong> energia. A<<strong>br</strong> />

potência média da carga <strong>de</strong>verá ser no máximo<<strong>br</strong> />

70% da potência <strong>de</strong> emergência e o número <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

horas é limitado conforme previsto na ISO 8528,<<strong>br</strong> />

IEC 60034 e NEMA MG 1.<<strong>br</strong> />

Fig. 7.9.4 – Potencia Emergência Stand-by(ESP).<<strong>br</strong> />

e) Potência <strong>de</strong> Emergência Stand-by (ESP)<<strong>br</strong> />

Temperatura ambiente 27 °C / ΔT = 163 °C. Esta<<strong>br</strong> />

condição é semelhante ao regime <strong>de</strong> emergência<<strong>br</strong> />

para 40 °C, no entanto, a temperatura ambiente<<strong>br</strong> />

máxima admitida é <strong>de</strong> 27 °C.<<strong>br</strong> />

60


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

7.10. DIAGRAMA DE CARGA<<strong>br</strong> />

Para se operar seguramente um gerador <strong>de</strong>vemos<<strong>br</strong> />

conhecer os seus limites <strong>de</strong> operação. Estes limites<<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>terminados pela potência da máquina<<strong>br</strong> />

acionante, estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> funcionamento, excitação<<strong>br</strong> />

do campo e limite térmico do gerador. Estas<<strong>br</strong> />

condições são todas analisadas através do diagrama<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> carga (fig. 7.10.2). Neste diagrama po<strong>de</strong>mos<<strong>br</strong> />

analisar a área <strong>de</strong>ntro do qual o gerador po<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

funcionar e então avaliar as condições <strong>de</strong> operação<<strong>br</strong> />

da máquina.<<strong>br</strong> />

A construção do diagrama não será abordada neste<<strong>br</strong> />

<strong>curso</strong> e, apenas com base nos diagramas obtidos,<<strong>br</strong> />

são tecidos comentários dos limites do gráfico.<<strong>br</strong> />

O limite da máquina acionante é <strong>de</strong>finido pela<<strong>br</strong> />

potência útil entregue pelo gerador, e <strong>de</strong>terminada<<strong>br</strong> />

pelo limite da máquina primária (linha F-D do<<strong>br</strong> />

gráfico).<<strong>br</strong> />

O limite <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> é <strong>de</strong>terminado pela curva<<strong>br</strong> />

B-C, on<strong>de</strong> é <strong>de</strong>finida a máxima potência (ângulo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

carga máxima δ da fig. 7.10.1).<<strong>br</strong> />

Com a redução da excitação (carga capacitiva<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>scrito no item 2.3.c).<<strong>br</strong> />

Fig. 7.10.1 - Ângulo <strong>de</strong> carga máximo δ.<<strong>br</strong> />

Fig. 7.10.2 - Diagrama <strong>de</strong> Carga <strong>de</strong> Máquinas Síncronas (Curva <strong>de</strong> Capabilida<strong>de</strong>).<<strong>br</strong> />

Ao atingir a excitação zero teremos somente a<<strong>br</strong> />

potência que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do conjugado <strong>de</strong> relutância,<<strong>br</strong> />

e a variação se faz com do<strong>br</strong>o do ângulo <strong>de</strong> carga δ<<strong>br</strong> />

(conforme <strong>de</strong>scrito no item. 2.6.). Para excitação<<strong>br</strong> />

zero, o ângulo <strong>de</strong> carga seria 45º para a máxima<<strong>br</strong> />

potência. Este limite po<strong>de</strong> ser visto na curva A-B. O<<strong>br</strong> />

limite térmico da armadura é <strong>de</strong>terminado pelas<<strong>br</strong> />

perdas no estator e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ventilação da<<strong>br</strong> />

máquina. As perdas prepon<strong>de</strong>rantes são as joules,<<strong>br</strong> />

ocasionadas pela corrente <strong>de</strong> armadura (curva C-<<strong>br</strong> />

D). O limite térmico do rotor é <strong>de</strong>terminado pela<<strong>br</strong> />

corrente <strong>de</strong> excitação, e ocorre na região <strong>de</strong> carga<<strong>br</strong> />

indutiva, on<strong>de</strong> serão necessárias fortes excitações<<strong>br</strong> />

(curva D-E).<<strong>br</strong> />

O gerador <strong>de</strong>verá ser capaz <strong>de</strong> operar com uma<<strong>br</strong> />

variação <strong>de</strong> + ou - 10% <strong>de</strong> tensão.<<strong>br</strong> />

A redução <strong>de</strong> tensão reduzirá a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

fornecer potência reativa capacitiva, aquecerá o<<strong>br</strong> />

estator e aumentará o ângulo <strong>de</strong> carga. Por outro<<strong>br</strong> />

lado, o aumento da tensão provocará maior<<strong>br</strong> />

estabilida<strong>de</strong> (carga capacitiva), menor ângulo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

potência, e maior aquecimento do enrolamento <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

excitação. Para uma utilização segura do gerador,<<strong>br</strong> />

todos os pontos <strong>de</strong> operação <strong>de</strong>verão estar na<<strong>br</strong> />

região interna do diagrama <strong>de</strong> carga, observando-se<<strong>br</strong> />

a máxima potência ativa e reativa. Po<strong>de</strong>mos<<strong>br</strong> />

observar no gráfico que a maior limitação se<<strong>br</strong> />

encontra na região <strong>de</strong> cargas capacitivas. Estas<<strong>br</strong> />

porém não correspon<strong>de</strong>m a condição <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

funcionamento.<<strong>br</strong> />

Os <strong>geradores</strong> <strong>de</strong> baixa tensão tem sua principal<<strong>br</strong> />

aplicação a alimentação <strong>de</strong> equipamentos<<strong>br</strong> />

industriais ou aplicações específicas como<<strong>br</strong> />

telecomunicações, on<strong>de</strong> teremos cargas<<strong>br</strong> />

61


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

normalmente <strong>de</strong> caráter indutivo e não lineares.<<strong>br</strong> />

Nestas condições o gerador estará sob forte<<strong>br</strong> />

excitação. O limite <strong>de</strong> carga capacitiva se faz<<strong>br</strong> />

necessário para gran<strong>de</strong>s <strong>geradores</strong> ligados a longas<<strong>br</strong> />

linhas <strong>de</strong> transmissão abertas, por estas se<<strong>br</strong> />

tornarem cargas capacitivas em alguns períodos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

operação.<<strong>br</strong> />

7.11. OPERAÇÃO EM PARALELO DE<<strong>br</strong> />

GERADORES<<strong>br</strong> />

Durante a operação <strong>de</strong> um gerador, ele po<strong>de</strong> ser<<strong>br</strong> />

exigido, ora em sua potência nominal e ora em<<strong>br</strong> />

valores menores que o nominal.<<strong>br</strong> />

Quando o gerador está sendo pouco exigido, o seu<<strong>br</strong> />

rendimento e da máquina acionante caem. Por este<<strong>br</strong> />

e outros motivos, e pelo fato <strong>de</strong> termos uma maior<<strong>br</strong> />

confiabilida<strong>de</strong> no fornecimento <strong>de</strong> energia, po<strong>de</strong>-se<<strong>br</strong> />

optar pela operação em paralelo <strong>de</strong> <strong>geradores</strong>.<<strong>br</strong> />

Quando da ligação <strong>de</strong> <strong>geradores</strong> em paralelo<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>vemos observar:<<strong>br</strong> />

1. As tensões dos <strong>geradores</strong> a serem conectados<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>vem ser iguais;<<strong>br</strong> />

2. O ângulo <strong>de</strong> fase das tensões dos <strong>geradores</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>vem ser iguais;<<strong>br</strong> />

3. As freqüências das tensões dos <strong>geradores</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>vem ser iguais;<<strong>br</strong> />

4. A or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> seqüência das fases nos pontos a<<strong>br</strong> />

conectar <strong>de</strong>vem ser as mesmas.<<strong>br</strong> />

As observações acima são válidas também quando<<strong>br</strong> />

da conexão em paralelo <strong>de</strong> <strong>geradores</strong> com a re<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

Ligando-se <strong>geradores</strong> em paralelo, a distribuição da<<strong>br</strong> />

potência ativa <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do conjugado acionante<<strong>br</strong> />

(máquina primária), enquanto que a distribuição da<<strong>br</strong> />

potência reativa <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da excitação <strong>de</strong> cada<<strong>br</strong> />

gerador.<<strong>br</strong> />

As máquinas acionantes mostram uma tendência <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

queda <strong>de</strong> rotação com o aumento da potência ativa.<<strong>br</strong> />

Isto é necessário para termos uma distribuição<<strong>br</strong> />

estável da potência ativa.<<strong>br</strong> />

Da mesma maneira, para termos uma distribuição<<strong>br</strong> />

estável <strong>de</strong> reativos, <strong>de</strong>vemos ter uma diminuição na<<strong>br</strong> />

excitação do gerador, com aumento dos reativos.<<strong>br</strong> />

Isto po<strong>de</strong> ser mostrado na fig. 7.11.1, on<strong>de</strong> a curva<<strong>br</strong> />

característica da tensão é <strong>de</strong>crescente.<<strong>br</strong> />

Para se conseguir diminuir a excitação no gerador<<strong>br</strong> />

com objetivo <strong>de</strong> uma distribuição <strong>de</strong> reativos é<<strong>br</strong> />

preciso fornecer ao regulador um sinal <strong>de</strong> corrente<<strong>br</strong> />

com parte reativa. Isto é conseguido utilizando um<<strong>br</strong> />

transformador <strong>de</strong> corrente (TC) externo, montado<<strong>br</strong> />

na fase do gerador on<strong>de</strong> o regulador não está<<strong>br</strong> />

tomando a referência. O TC <strong>de</strong>ve ter relação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

IN:5.<<strong>br</strong> />

Para enten<strong>de</strong>rmos o funcionamento vamos utilizar<<strong>br</strong> />

as Figuras 7.11.2 e 7.11.3, que mostram,<<strong>br</strong> />

respectivamente, o esquema simplificado do<<strong>br</strong> />

regulador <strong>de</strong> tensão e o diagrama fasorial das<<strong>br</strong> />

tensões e correntes.<<strong>br</strong> />

A tensão <strong>de</strong> referência do regulador é a tensão<<strong>br</strong> />

entre as fases U e W do gerador (chamada <strong>de</strong> Ua<<strong>br</strong> />

no esquema da Fig. 7.11.2).<<strong>br</strong> />

O TC é conectado na fase V do gerador e portanto<<strong>br</strong> />

em seu primário circula a corrente <strong>de</strong>ssa fase do<<strong>br</strong> />

gerador. A corrente no secundário do TC,<<strong>br</strong> />

proporcional à do primário (IN:5), circula através <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

um resistor interno ao regulador <strong>de</strong> tensão e<<strong>br</strong> />

provoca uma queda <strong>de</strong> tensão interna (chamada U1<<strong>br</strong> />

no esquema da Fig. 7.11.2).<<strong>br</strong> />

Com isso consegue-se internamente no regulador<<strong>br</strong> />

um valor <strong>de</strong> tensão proporcional à tensão gerada<<strong>br</strong> />

(soma geométrica das tensões U e W) e outro valor<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> tensão proporcional à corrente que o gerador<<strong>br</strong> />

está fornecendo à carga<<strong>br</strong> />

Assim, a tensão interna (Ust) que o regulador utiliza<<strong>br</strong> />

para controlar a excitação do gerador (Ist) é a soma<<strong>br</strong> />

das tensões internas Ua e U1 (Portanto Ust = Ua +<<strong>br</strong> />

U1).<<strong>br</strong> />

Fig. 7.11.1 - Distribuição estável <strong>de</strong> reativos.<<strong>br</strong> />

62


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

Fig. 7.11.2 – Esquema simplificado do regulador <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

tensão.<<strong>br</strong> />

Fig 7.11.4 - Característica <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

Fig 7.11.3 - Análise geométrica das tensões e<<strong>br</strong> />

correntes.<<strong>br</strong> />

Como po<strong>de</strong>mos ver na Fig. 7.11.3, a soma<<strong>br</strong> />

geométrica das duas tensões (Ust = Ua + U1) é<<strong>br</strong> />

máxima quando o gerador fornece corrente reativa.<<strong>br</strong> />

Com carga puramente resistiva, a soma geométrica<<strong>br</strong> />

quase não <strong>de</strong>svia da tensão proporcional entre U e<<strong>br</strong> />

W. Logo, um aumento na potência reativa, faz com<<strong>br</strong> />

que o gerador "veja" um aumento do valor atual da<<strong>br</strong> />

tensão do gerador. Teremos então uma diminuição<<strong>br</strong> />

da corrente <strong>de</strong> excitação provocando estabilida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

na tensão terminal.<<strong>br</strong> />

Normalmente a influência estática da corrente<<strong>br</strong> />

reativa é escolhida tal que, para uma corrente<<strong>br</strong> />

reativa da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za da corrente nominal<<strong>br</strong> />

do gerador, correspon<strong>de</strong> a uma queda na tensão<<strong>br</strong> />

interna no regulador <strong>de</strong> aproximadamente 5%.<<strong>br</strong> />

DIVISÃO DE POTÊNCIA ATIVA (W):<<strong>br</strong> />

Para dois <strong>geradores</strong> operando em paralelo, se a<<strong>br</strong> />

carga é aumentada, ocorre uma redução em suas<<strong>br</strong> />

velocida<strong>de</strong>s, a qual é sentida pelos sistemas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

controle <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> das máquinas primárias.<<strong>br</strong> />

Os reguladores <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> agem para<<strong>br</strong> />

restabelecer a velocida<strong>de</strong> normal. Assim a divisão<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> carga entre dois <strong>geradores</strong> é <strong>de</strong>terminada pelas<<strong>br</strong> />

características dos reguladores <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> das<<strong>br</strong> />

máquinas primárias.<<strong>br</strong> />

Se um sistema tem características <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

tipo "a" (Fig. 7.11.4) e outro tipo "b", eles irão<<strong>br</strong> />

dividir a carga numa proporção Pa e Pb quando<<strong>br</strong> />

estiverem operando em uma velocida<strong>de</strong> S.<<strong>br</strong> />

O controle <strong>de</strong> carga em cada unida<strong>de</strong> é conseguido<<strong>br</strong> />

ajustando as características do regulador <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

velocida<strong>de</strong> “para cima ou para baixo”.<<strong>br</strong> />

DIVISÃO DE REATIVOS (VA):<<strong>br</strong> />

A tensão aplicada em uma carga conectada a dois<<strong>br</strong> />

<strong>geradores</strong> é <strong>de</strong>terminada pela excitação total nos<<strong>br</strong> />

mesmos.<<strong>br</strong> />

Geradores idênticos com reguladores <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> suas máquinas primárias com características<<strong>br</strong> />

iguais divi<strong>de</strong>m cargas ativas igualmente e se<<strong>br</strong> />

possuírem mesma excitação divi<strong>de</strong>m VA reativos<<strong>br</strong> />

também igualmente. Assim cada gerador opera com<<strong>br</strong> />

mesmo FP.<<strong>br</strong> />

Um acréscimo <strong>de</strong> excitação em um dos <strong>geradores</strong><<strong>br</strong> />

irá causar um aumento na tensão do sistema e este<<strong>br</strong> />

gerador irá suprir uma maior parcela dos VA<<strong>br</strong> />

reativos.<<strong>br</strong> />

Um <strong>de</strong>créscimo na excitação do outro gerador fará<<strong>br</strong> />

com que a tensão terminal volte ao valor original,<<strong>br</strong> />

mas irá agravar a diferença na divisão dos VA<<strong>br</strong> />

reativos.<<strong>br</strong> />

Ajustes da excitação dos <strong>geradores</strong>, então,<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>terminam não só a tensão aplicada à carga, mas<<strong>br</strong> />

também a divisão <strong>de</strong> reativos entre os <strong>geradores</strong>.<<strong>br</strong> />

7.12. CÁLCULO DA BOBINA DE<<strong>br</strong> />

ATERRAMENTO DO PONTO ESTRELA DE<<strong>br</strong> />

GERADORES<<strong>br</strong> />

Quando ligamos cargas monofásicas em <strong>geradores</strong><<strong>br</strong> />

trifásicos, principalmente se estas cargas forem<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sequili<strong>br</strong>adas, teremos uma influência<<strong>br</strong> />

consi<strong>de</strong>rável da terceira harmônica. Por<<strong>br</strong> />

conseqüência, teremos circulação <strong>de</strong> corrente <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

seqüência zero pelo circuito. Para conseguirmos<<strong>br</strong> />

eliminar ou diminuir este efeito, <strong>de</strong>ve-se utilizar<<strong>br</strong> />

uma reatância limitadora da corrente no neutro<<strong>br</strong> />

aterrado do gerador.<<strong>br</strong> />

Esta reatância po<strong>de</strong> ser calculada da seguinte<<strong>br</strong> />

forma:<<strong>br</strong> />

On<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />

Xdr =<<strong>br</strong> />

Un<<strong>br</strong> />

.0,3<<strong>br</strong> />

3 In<<strong>br</strong> />

63


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

Un = tensão nominal do gerador<<strong>br</strong> />

In = corrente nominal <strong>de</strong> fase do gerador<<strong>br</strong> />

Ainda <strong>de</strong>vemos observar:<<strong>br</strong> />

a) A bobina <strong>de</strong>verá ter característica linear até 0,3<<strong>br</strong> />

x In.<<strong>br</strong> />

b) Deverá resistir termicamente a 0,4 x In.<<strong>br</strong> />

64


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

8 . SELEÇÃO DE GERADORES<<strong>br</strong> />

8.1. CARACTERÍSTICAS NECESSÁRIAS<<strong>br</strong> />

PARA A CORRETA SELEÇÃO<<strong>br</strong> />

Para a correta especificação do gerador, são<<strong>br</strong> />

necessárias as seguintes informações na fase da<<strong>br</strong> />

consulta:<<strong>br</strong> />

1) Potência nominal (kVA);<<strong>br</strong> />

2) Tipo <strong>de</strong> refrigeração (Aberto, Trocador <strong>de</strong> calor<<strong>br</strong> />

ar-ar ou Trocador <strong>de</strong> calor ar-água, etc.);<<strong>br</strong> />

3) Rotação (nº <strong>de</strong> pólos);<<strong>br</strong> />

4) Fator <strong>de</strong> Potência;<<strong>br</strong> />

5) Tensão nominal;<<strong>br</strong> />

6) Número <strong>de</strong> fases (Trifásico ou Monofásico);<<strong>br</strong> />

7) Freqüência <strong>de</strong> operação (Hz);<<strong>br</strong> />

8) Tipo <strong>de</strong> excitação: sem escovas (<strong>br</strong>ushless)<<strong>br</strong> />

com regulador <strong>de</strong> tensão ou com escovas e<<strong>br</strong> />

excitatriz estática;<<strong>br</strong> />

9) Grau <strong>de</strong> proteção;<<strong>br</strong> />

10) Forma construtiva;<<strong>br</strong> />

11) Temperatura ambiente;<<strong>br</strong> />

12) Altitu<strong>de</strong>;<<strong>br</strong> />

13) Tipo <strong>de</strong> aplicação: Industrial, Naval,<<strong>br</strong> />

Marinizado, especial;<<strong>br</strong> />

14) Características da carga. Ex: partida <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

motores <strong>de</strong> indução, etc;<<strong>br</strong> />

15) Faixa <strong>de</strong> ajuste da tensão;<<strong>br</strong> />

16) Precisão da regulação;<<strong>br</strong> />

17) Acessórios (sensores <strong>de</strong> temperatura,<<strong>br</strong> />

resistência <strong>de</strong> aquecimento, <strong>de</strong>tetores <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

vi<strong>br</strong>ação, etc);<<strong>br</strong> />

18) So<strong>br</strong>ecargas ocasionais;<<strong>br</strong> />

19) Tensão monofásica <strong>de</strong> alimentação da<<strong>br</strong> />

resistência <strong>de</strong> aquecimento (caso haja);<<strong>br</strong> />

20) Tipo <strong>de</strong> regulação (U/f constante ou U<<strong>br</strong> />

constante);<<strong>br</strong> />

21) Tipo <strong>de</strong> acoplamento (direto, polias e correias,<<strong>br</strong> />

flange, discos <strong>de</strong> acoplamento, etc);<<strong>br</strong> />

22) Máquina acionante.<<strong>br</strong> />

comandos <strong>de</strong> sistemas, telecomunicações,<<strong>br</strong> />

aeroportos, etc.<<strong>br</strong> />

Muito utilizados em aplicações industriais para<<strong>br</strong> />

geração <strong>de</strong> emergência, co-geração, horário <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

ponta e também em embarcações, para suprimento<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> toda a energia elétrica necessária aos<<strong>br</strong> />

equipamentos.<<strong>br</strong> />

Outra aplicação típica é o uso <strong>de</strong> <strong>geradores</strong><<strong>br</strong> />

agrupados a motores elétricos para a transformação<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> freqüência ou tensão em conversores rotativos.<<strong>br</strong> />

Como se po<strong>de</strong> ver, o campo para aplicação dos<<strong>br</strong> />

<strong>geradores</strong> é bastante amplo.<<strong>br</strong> />

Na seqüência apresentamos algumas aplicações<<strong>br</strong> />

típicas <strong>de</strong> <strong>geradores</strong>.<<strong>br</strong> />

8.2.1. Conversão <strong>de</strong> freqüência ou<<strong>br</strong> />

isolamento da re<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Possibilida<strong>de</strong>s:<<strong>br</strong> />

- Acoplamento através <strong>de</strong> redutor (relação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

engrenagens) entre motor (síncrono ou<<strong>br</strong> />

assíncrono) e gerador síncrono;<<strong>br</strong> />

- Acoplamento por polias e correias <strong>de</strong> motor<<strong>br</strong> />

assíncrono <strong>de</strong> indução com gerador síncrono<<strong>br</strong> />

para conversão <strong>de</strong> freqüência ou isolamento da<<strong>br</strong> />

re<strong>de</strong> (Fig. 8.2.1);<<strong>br</strong> />

- Acoplamento direto (no mesmo eixo) entre<<strong>br</strong> />

motor síncrono <strong>de</strong> 12 pólos e gerador síncrono<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> 10 pólos (ou múltiplos <strong>de</strong>stes) para<<strong>br</strong> />

conversão <strong>de</strong> 60 para 50Hz (Fig. 8.2.2);<<strong>br</strong> />

- Acoplamento direto entre motor síncrono e<<strong>br</strong> />

gerador síncrono, ambos <strong>de</strong> mesma polarida<strong>de</strong>,<<strong>br</strong> />

para isolamento da re<strong>de</strong>;<<strong>br</strong> />

- Acoplamento direto entre motor síncrono e<<strong>br</strong> />

gerador síncrono utilizando também um volante<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> inércia, para isolamento da re<strong>de</strong>, não<<strong>br</strong> />

transferência <strong>de</strong> transientes da re<strong>de</strong> para as<<strong>br</strong> />

cargas e continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alimentação da carga<<strong>br</strong> />

frente a pequenas <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong>s da re<strong>de</strong> (até<<strong>br</strong> />

120ms) – Fig 8.2.2-a.<<strong>br</strong> />

8.2. PRINCIPAIS APLICAÇÕES DE<<strong>br</strong> />

GERADORES<<strong>br</strong> />

Devido a sua simplicida<strong>de</strong> na instalação e<<strong>br</strong> />

manutenção, os <strong>geradores</strong> são muito utilizados<<strong>br</strong> />

como pequenos centros <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> energia,<<strong>br</strong> />

principalmente no interior, on<strong>de</strong> as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

distribuição <strong>de</strong> energia elétrica ainda não estão<<strong>br</strong> />

presentes ou tem pouca confiabilida<strong>de</strong>, por<<strong>br</strong> />

exemplo, em fazendas, vilarejos, unida<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

repetidoras <strong>de</strong> telecomunicações, etc.<<strong>br</strong> />

São utilizados também como No-Break<<strong>br</strong> />

(fornecimento sem interrupção ou <strong>de</strong> emergência)<<strong>br</strong> />

em hospitais, centrais <strong>de</strong> computação, centros <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Fig. 8.2.1 - Acoplamento entre motor assíncrono e<<strong>br</strong> />

gerador (isolamento da re<strong>de</strong>).<<strong>br</strong> />

65


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

8.2.2. Conversão <strong>de</strong> Corrente<<strong>br</strong> />

Possibilida<strong>de</strong>s:<<strong>br</strong> />

- Acoplamento direto <strong>de</strong> motor cc com gerador<<strong>br</strong> />

síncrono (Fig. 8.2.3);<<strong>br</strong> />

- Acoplamento direto <strong>de</strong> motor cc com gerador<<strong>br</strong> />

síncrono mais um volante <strong>de</strong> inércia opcional.<<strong>br</strong> />

-<<strong>br</strong> />

Fig. 8.2.2 - Acoplamento direto entre motor<<strong>br</strong> />

síncrono e gerador (conversão <strong>de</strong> freqüência 60/50<<strong>br</strong> />

Hz).<<strong>br</strong> />

Fig 8.2.3 - Conversor <strong>de</strong> corrente CC/CA<<strong>br</strong> />

Fig. 8.2.2-a - Acoplamento entre motor síncrono e<<strong>br</strong> />

gerador com volante.<<strong>br</strong> />

Características:<<strong>br</strong> />

- Forma <strong>de</strong> onda da tensão gerada sem os efeitos<<strong>br</strong> />

da re<strong>de</strong>;<<strong>br</strong> />

- Pouca influência nas variações da tensão da<<strong>br</strong> />

re<strong>de</strong>;<<strong>br</strong> />

- Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se manter a tensão no gerador<<strong>br</strong> />

durante uma <strong>br</strong>eve falta na re<strong>de</strong> com o uso <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

um volante <strong>de</strong> inércia no eixo;<<strong>br</strong> />

- Freqüência tão constante como a da re<strong>de</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

alimentação quando usado um motor síncrono;<<strong>br</strong> />

- Pequena influência dos consumidores na re<strong>de</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

alimentação e vice e versa.<<strong>br</strong> />

Aplicações:<<strong>br</strong> />

- Equipamentos militares;<<strong>br</strong> />

- Equipamentos portuários em geral;<<strong>br</strong> />

- Laboratório <strong>de</strong> ensaio <strong>de</strong> máquinas;<<strong>br</strong> />

- Acionamento <strong>de</strong> equipamentos importados (com<<strong>br</strong> />

freqüência diferente da re<strong>de</strong> comercial);<<strong>br</strong> />

Características:<<strong>br</strong> />

- A freqüência do gerador varia em função da<<strong>br</strong> />

carga, pois o motor CC apresenta variações na<<strong>br</strong> />

rotação. Para uma rotação constante, o sistema<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> regulagem <strong>de</strong>ve corrigir a rotação do motor<<strong>br</strong> />

cc;<<strong>br</strong> />

- Mantém a tensão gerada durante <strong>br</strong>eve<<strong>br</strong> />

interrupção da re<strong>de</strong> CC (Ex: nas comutações)<<strong>br</strong> />

quando usado um volante <strong>de</strong> inércia no eixo;<<strong>br</strong> />

- Com um bom controle da velocida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>-se<<strong>br</strong> />

obter tensão gerada com baixíssima distorção<<strong>br</strong> />

harmônica;<<strong>br</strong> />

- É i<strong>de</strong>al para uso em No-Break, pois o motor po<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

ser alimentado pela re<strong>de</strong> CA por intermédio <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

um conversor estático e na falta da re<strong>de</strong>, a<<strong>br</strong> />

alimentação po<strong>de</strong> ser fornecida por um banco <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

baterias.<<strong>br</strong> />

Aplicações:<<strong>br</strong> />

- Navios com re<strong>de</strong> <strong>de</strong> alimentação em CC;<<strong>br</strong> />

- Laboratórios;<<strong>br</strong> />

- Clínicas/hospitais;<<strong>br</strong> />

- Subestações <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte;<<strong>br</strong> />

- Centrais <strong>de</strong> energia elétrica;<<strong>br</strong> />

- Refinarias;<<strong>br</strong> />

- Sistemas No-Break, etc.<<strong>br</strong> />

66


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

8.2.3. No-Break<<strong>br</strong> />

No-Break com Bateria: funciona como sistema <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

fornecimento ininterrupto <strong>de</strong> energia, composto<<strong>br</strong> />

basicamente por conversor CA-CC, motor CC,<<strong>br</strong> />

gerador síncrono, volante <strong>de</strong> inércia e banco <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

baterias.<<strong>br</strong> />

Po<strong>de</strong>rá ser associado à re<strong>de</strong> um grupo gerador<<strong>br</strong> />

diesel <strong>de</strong> emergência para assegurar tempo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

operação ilimitado (Fig. 8.2.4).<<strong>br</strong> />

Fig. 8.2.6 - Sistema <strong>de</strong> alimentação ininterrupta<<strong>br</strong> />

(No-Break com grupo gerador diesel).<<strong>br</strong> />

As principais aplicações são:<<strong>br</strong> />

- Estações <strong>de</strong> rádio e televisão;<<strong>br</strong> />

- Centro <strong>de</strong> processamento <strong>de</strong> dados;<<strong>br</strong> />

- Aplicações on<strong>de</strong> não po<strong>de</strong> haver interrupção no<<strong>br</strong> />

fornecimento <strong>de</strong> energia.<<strong>br</strong> />

Fig. 8.2.4 - Sistema <strong>de</strong> alimentação ininterrupta<<strong>br</strong> />

(No-Break com bateria, motor CC e grupo diesel).<<strong>br</strong> />

- No-Break com Diesel: como no caso anterior,<<strong>br</strong> />

funciona como sistema <strong>de</strong> fornecimento<<strong>br</strong> />

ininterrupto <strong>de</strong> energia, composto basicamente<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> gerador síncrono, motor elétrico (síncrono ou<<strong>br</strong> />

assíncrono), volante <strong>de</strong> inércia, acoplamento<<strong>br</strong> />

eletromagnético e motor diesel (Fig. 8.2.5).<<strong>br</strong> />

8.2.4. Short-Break Diesel<<strong>br</strong> />

Funciona como sistema <strong>de</strong> suprimento <strong>de</strong> energia<<strong>br</strong> />

com interrupção momentânea (0,1 a 1s) ao faltar a<<strong>br</strong> />

re<strong>de</strong>. É composto basicamente por: motor elétrico<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> indução, gerador síncrono, volante <strong>de</strong> inércia,<<strong>br</strong> />

acoplamento eletromagnético e motor diesel (Fig.<<strong>br</strong> />

8.2.7).<<strong>br</strong> />

Fig 8.2.7 - Short-<strong>br</strong>eak diesel.<<strong>br</strong> />

Fig. 8.2.5 - Sistema <strong>de</strong> alimentação ininterrupta<<strong>br</strong> />

(No-Break com motor Diesel).<<strong>br</strong> />

- No-Break com grupo gerador diesel: Trata-se do<<strong>br</strong> />

no-<strong>br</strong>eak mais utilizado e, como nos casos<<strong>br</strong> />

anteriores, também funciona como sistema <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

fornecimento ininterrupto <strong>de</strong> energia. É composto<<strong>br</strong> />

basicamente <strong>de</strong> grupo gerador, bateria, carregador<<strong>br</strong> />

e inversor (Fig. 8.2.6).<<strong>br</strong> />

Assegura o fornecimento <strong>de</strong> energia com tempo<<strong>br</strong> />

ilimitado, mas com pequena interrupção e queda <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

velocida<strong>de</strong> durante a partida do motor diesel, que é<<strong>br</strong> />

auxiliada pelo volante <strong>de</strong> inércia.<<strong>br</strong> />

As aplicações principais são: controle <strong>de</strong> tráfego <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

ruas, vias férreas, salas operatórias, etc.<<strong>br</strong> />

67


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

8.2.5. Geradores alimentando cargas<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>formantes<<strong>br</strong> />

Nas aplicações com uso <strong>de</strong> <strong>geradores</strong> não po<strong>de</strong>mos<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> citar as cargas do tipo não lineares, que<<strong>br</strong> />

levam a certas consi<strong>de</strong>rações na utilização das<<strong>br</strong> />

máquinas.<<strong>br</strong> />

Cargas ditas <strong>de</strong>formantes são tipos <strong>de</strong> cargas com<<strong>br</strong> />

comportamento não linear <strong>de</strong> corrente e/ou tensão<<strong>br</strong> />

e ainda, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do tipo, com gran<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> harmônicos.<<strong>br</strong> />

A forma <strong>de</strong> onda das correntes <strong>de</strong>ssas cargas não é<<strong>br</strong> />

senoidal, o que ocasiona uma corrente que não<<strong>br</strong> />

traduz a nominal solicitada pelo equipamento.<<strong>br</strong> />

Atualmente este tipo <strong>de</strong> carga encontra-se presente<<strong>br</strong> />

em muitas aplicações industriais, comerciais e<<strong>br</strong> />

resi<strong>de</strong>nciais e como tal <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>terminada para<<strong>br</strong> />

uma condizente aplicação do gerador.<<strong>br</strong> />

Alguns exemplos <strong>de</strong> cargas <strong>de</strong>formantes:<<strong>br</strong> />

- Equipamentos eletrônicos (no-<strong>br</strong>eak`s,<<strong>br</strong> />

computadores, fontes, carregadores <strong>de</strong> bateria,<<strong>br</strong> />

conversores <strong>de</strong> frequência, reatores<<strong>br</strong> />

eletrônicos);<<strong>br</strong> />

- Máquinas com bobinas e núcleos <strong>de</strong> ferro que<<strong>br</strong> />

normalmente trabalham saturadas (motores,<<strong>br</strong> />

transformadores, máquinas <strong>de</strong> solda, reatores);<<strong>br</strong> />

- Fornos a arco.<<strong>br</strong> />

A alimentação <strong>de</strong>sses tipos <strong>de</strong> cargas pelos<<strong>br</strong> />

<strong>geradores</strong> po<strong>de</strong> causar alguns inconvenientes nas<<strong>br</strong> />

máquinas e também em seus sistemas, conforme<<strong>br</strong> />

seguem:<<strong>br</strong> />

- Aquecimento excessivo dos enrolamentos<<strong>br</strong> />

estatóricos e barras <strong>de</strong> amortecimento <strong>de</strong>vido ao<<strong>br</strong> />

aumento das perdas no co<strong>br</strong>e;<<strong>br</strong> />

- Aquecimento das chapas do estator e rotor<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>vido ao aumento das perdas no ferro;<<strong>br</strong> />

- Correntes <strong>de</strong> neutro excessivas, ocasionadas por<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sbalanceamentos;<<strong>br</strong> />

- So<strong>br</strong>edimensionamento <strong>de</strong> cabos, quadros,<<strong>br</strong> />

proteções, etc.<<strong>br</strong> />

Devido às observações acima <strong>de</strong>ve-se, antes da<<strong>br</strong> />

aplicação, elaborar um estudo e realizar um<<strong>br</strong> />

levantamento do teor e conteúdo <strong>de</strong> harmônicos do<<strong>br</strong> />

sistema a ser atendido pelo gerador.<<strong>br</strong> />

Com os resultados <strong>de</strong>sse estudo e sua<<strong>br</strong> />

interpretação, po<strong>de</strong>-se tomar alguns cuidados na<<strong>br</strong> />

especificação dos <strong>geradores</strong> a serem utilizados,<<strong>br</strong> />

entre eles:<<strong>br</strong> />

- Utilização <strong>de</strong> uma máquina mais robusta, com<<strong>br</strong> />

potência equivalente maior, o que se traduz<<strong>br</strong> />

principalmente em menor reatância e<<strong>br</strong> />

consequentemente menor queda <strong>de</strong> tensão e<<strong>br</strong> />

menos aquecimento;<<strong>br</strong> />

- Utilização <strong>de</strong> máquina com passo <strong>de</strong> bobinagem<<strong>br</strong> />

2/3, para cargas com alto teor <strong>de</strong> 3a harmônica,<<strong>br</strong> />

com objetivo <strong>de</strong> minimizar os efeitos <strong>de</strong>ssas<<strong>br</strong> />

harmônicas no gerador (funciona como um<<strong>br</strong> />

filtro).<<strong>br</strong> />

Com relação à especificação do gerador para<<strong>br</strong> />

alimentação <strong>de</strong> cargas <strong>de</strong>formantes, a <strong>WEG</strong><<strong>br</strong> />

recomenda a utilização da curva da Fig. 7.2.5<<strong>br</strong> />

(abaixo) para especificação <strong>de</strong> seus <strong>geradores</strong>. Esta<<strong>br</strong> />

curva indica um fator <strong>de</strong> <strong>de</strong>rating a ser aplicado na<<strong>br</strong> />

potência do gerador em relação à distorção<<strong>br</strong> />

harmônica total em corrente da carga (THD%) que<<strong>br</strong> />

ele irá alimentar.<<strong>br</strong> />

Ex.: Sdisponível = Snominal x Fator <strong>de</strong> Derating.<<strong>br</strong> />

Fig. 8.2.5 – Curva <strong>de</strong> Derating no gerador em função da Distorção Harmônica Total em Corrente (THD%) da<<strong>br</strong> />

Carga que ele irá alimentar.<<strong>br</strong> />

68


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

9. ENSAIOS<<strong>br</strong> />

A seguir listamos os ensaios normais que po<strong>de</strong>m ser<<strong>br</strong> />

realizados com ou sem presença <strong>de</strong> inspetores do<<strong>br</strong> />

cliente, mediante solicitação.<<strong>br</strong> />

Os ensaios são agrupados em Ensaios <strong>de</strong> Rotina,<<strong>br</strong> />

Ensaios <strong>de</strong> Tipo e Ensaios Especiais, realizados<<strong>br</strong> />

conforme normas VDE 530 e NBR 5052.<<strong>br</strong> />

Outros ensaios não citados po<strong>de</strong>rão ser realizados<<strong>br</strong> />

mediante consulta previa e acordo entre as partes<<strong>br</strong> />

interessadas.<<strong>br</strong> />

- Nível <strong>de</strong> Ruído;<<strong>br</strong> />

- Determinação do fator <strong>de</strong> Interferência<<strong>br</strong> />

Telefônica;<<strong>br</strong> />

- Determinação das características em "V" <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

máquinas síncronas.<<strong>br</strong> />

Obs: Os ensaios são limitados pela capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

potência do laboratório <strong>de</strong> ensaios. Para potências<<strong>br</strong> />

superiores à capacida<strong>de</strong> do laboratório alguns<<strong>br</strong> />

ensaios po<strong>de</strong>rão ser realizados com potência<<strong>br</strong> />

reduzida e seus resultados extrapolados conforme<<strong>br</strong> />

previsto nas normas <strong>de</strong> ensaios.<<strong>br</strong> />

Ensaios <strong>de</strong> Rotina<<strong>br</strong> />

- Resistência ôhmica dos enrolamentos, a frio;<<strong>br</strong> />

- Resistência do Isolamento;<<strong>br</strong> />

- Tensão Elétrica Aplicada ao Dielétrico;<<strong>br</strong> />

- Seqüência e Equilí<strong>br</strong>io <strong>de</strong> Fases;<<strong>br</strong> />

- Saturação em Vazio;<<strong>br</strong> />

- Em vazio com excitação própria (regulador <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

tensão);<<strong>br</strong> />

- Curto-Circuito Trifásico Permanente.<<strong>br</strong> />

Ensaios <strong>de</strong> Tipo<<strong>br</strong> />

- Todos os Ensaios <strong>de</strong> Rotina;<<strong>br</strong> />

- Elevação <strong>de</strong> temperatura (em curto e vazio);<<strong>br</strong> />

- So<strong>br</strong>evelocida<strong>de</strong>;<<strong>br</strong> />

- Reatância sub-transitória <strong>de</strong> eixo direto (Xd”).<<strong>br</strong> />

Ensaios Especiais<<strong>br</strong> />

- Relação <strong>de</strong> Curto Circuito Trifásico Permanente;<<strong>br</strong> />

- Manutenção da Corrente em Curto-Circuito;<<strong>br</strong> />

- Desempenho do Regulador <strong>de</strong> Tensão;<<strong>br</strong> />

- Distorção Harmônica;<<strong>br</strong> />

- Rendimento;<<strong>br</strong> />

- Vi<strong>br</strong>ação;<<strong>br</strong> />

69


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

10. COLETÂNEA DE FÓRMULAS<<strong>br</strong> />

Fem Induzida para 1 espira<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

e B . l . v . sen B^<<strong>br</strong> />

v<<strong>br</strong> />

[V]<<strong>br</strong> />

Rotação Síncrona<<strong>br</strong> />

120<<strong>br</strong> />

f<<strong>br</strong> />

n <<strong>br</strong> />

p<<strong>br</strong> />

[rpm]<<strong>br</strong> />

Ligação triângulo ()<<strong>br</strong> />

I<<strong>br</strong> />

V<<strong>br</strong> />

l<<strong>br</strong> />

f<<strong>br</strong> />

I 3 [A]<<strong>br</strong> />

V<<strong>br</strong> />

l<<strong>br</strong> />

f<<strong>br</strong> />

[V]<<strong>br</strong> />

Ligação estrela (Y)<<strong>br</strong> />

I<<strong>br</strong> />

V<<strong>br</strong> />

l<<strong>br</strong> />

l<<strong>br</strong> />

I<<strong>br</strong> />

f<<strong>br</strong> />

V<<strong>br</strong> />

f<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

[A]<<strong>br</strong> />

[V]<<strong>br</strong> />

Potência Aparente Trifásica<<strong>br</strong> />

S U I 3<<strong>br</strong> />

[VA]<<strong>br</strong> />

l<<strong>br</strong> />

l<<strong>br</strong> />

Potência Eletromagnética<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

m E0<<strong>br</strong> />

U<<strong>br</strong> />

f<<strong>br</strong> />

m U<<strong>br</strong> />

f 1 1<<strong>br</strong> />

P<<strong>br</strong> />

sen 2<<strong>br</strong> />

Xd<<strong>br</strong> />

2 Xq Xd<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

sen<<strong>br</strong> />

[W]<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

Potência <strong>de</strong> Acionamento<<strong>br</strong> />

P<<strong>br</strong> />

n<<strong>br</strong> />

P<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

g<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

g<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

kW 100<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

[kW]<<strong>br</strong> />

Queda <strong>de</strong> Tensão<<strong>br</strong> />

U<<strong>br</strong> />

X<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

*<<strong>br</strong> />

%<<strong>br</strong> />

*<<strong>br</strong> />

d<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

I<<strong>br</strong> />

p<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

/ I<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

d<<strong>br</strong> />

n<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

X<<strong>br</strong> />

I / I 100<<strong>br</strong> />

p<<strong>br</strong> />

n<<strong>br</strong> />

[%]<<strong>br</strong> />

70


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

Conversão <strong>de</strong> Reatâncias<<strong>br</strong> />

Sn<<strong>br</strong> />

/ Sn Un<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

X /<<strong>br</strong> />

[pu]<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

X<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

( f<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

/ f<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

) <<strong>br</strong> />

2 1<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

Un2<<strong>br</strong> />

Corrente <strong>de</strong> Curto-Circuito<<strong>br</strong> />

Icc<<strong>br</strong> />

eff<<strong>br</strong> />

I<<strong>br</strong> />

f<<strong>br</strong> />

x 100<<strong>br</strong> />

Xd” em pu<<strong>br</strong> />

Xd"<<strong>br</strong> />

[A]<<strong>br</strong> />

Icc<<strong>br</strong> />

MÁX<<strong>br</strong> />

2,<<strong>br</strong> />

55 x I<<strong>br</strong> />

f<<strong>br</strong> />

x 100<<strong>br</strong> />

Xd” em pu<<strong>br</strong> />

Xd"<<strong>br</strong> />

[A]<<strong>br</strong> />

71


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

AVALIAÇÃO PROGRAMADA DO MANUAL DE MÁQUINAS SÍNCRONAS<<strong>br</strong> />

Instruções para o preenchimento do questionário:<<strong>br</strong> />

a) Respon<strong>de</strong>r sempre assinalando com "x" <strong>de</strong>ntro dos parênteses da alternativa (letra) correta.<<strong>br</strong> />

Exemplo:<<strong>br</strong> />

a. ( )<<strong>br</strong> />

b. ( )<<strong>br</strong> />

c. ( X )<<strong>br</strong> />

d. ( )<<strong>br</strong> />

e. ( )<<strong>br</strong> />

b) Cada questão tem somente uma alternativa (letra) correta.<<strong>br</strong> />

c) Se alguma alternativa for marcada errada, preencher todo o parêntese e assinalar a nova opção, como<<strong>br</strong> />

no exemplo.<<strong>br</strong> />

Exemplo:<<strong>br</strong> />

a. ( )<<strong>br</strong> />

b. ( X )<<strong>br</strong> />

c. ( )<<strong>br</strong> />

d. ( X )<<strong>br</strong> />

e. ( )<<strong>br</strong> />

72


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

1. NOÇÕES FUNDAMENTAIS<<strong>br</strong> />

1) Segundo a lei da indução <strong>de</strong> Faraday, po<strong>de</strong>mos afirmar:<<strong>br</strong> />

a. ( ) Fem induzida baseia-se no fato <strong>de</strong> termos movimento relativo entre uma espira e um campo magnético.<<strong>br</strong> />

b. ( ) A equação: e = B.l.v é válida para uma espira.<<strong>br</strong> />

c. ( ) A Fem po<strong>de</strong> ser induzida mesmo sem movimento relativo entre espira e campo.<<strong>br</strong> />

d. ( ) Se tivermos "N" espiras a Fem induzida será: e = N.B.l.v<<strong>br</strong> />

e. ( ) A lei citada no ítem d é válida apenas para uma espira.<<strong>br</strong> />

2) Se tivermos um gerador com 4 (quatro pólos), e sua máquina primária o aciona a 30 Rps, po<strong>de</strong>mos dizer<<strong>br</strong> />

que a freqüência será:<<strong>br</strong> />

a. ( ) 59,8 Hz.<<strong>br</strong> />

b. ( ) 60 Hz.<<strong>br</strong> />

c. ( ) 120 Hz.<<strong>br</strong> />

d. ( ) 50 Hz.<<strong>br</strong> />

e. ( ) 30 Hz.<<strong>br</strong> />

3) Na ligação estrela-série, quando fornecemos um gerador para operar em 3 tensões (220/380/440), para<<strong>br</strong> />

se obter 380V é correto afirmar:<<strong>br</strong> />

a. ( ) A ligação é a mesma <strong>de</strong> 220V e aumentamos a excitação da máquina.<<strong>br</strong> />

b. ( ) A ligação é a mesma <strong>de</strong> 440V e diminuímos a excitação da máquina.<<strong>br</strong> />

c. ( ) A corrente nominal do gerador é a mesma que em 440V.<<strong>br</strong> />

d. ( ) A reatância permanecerá inalterada para as diferentes tensões.<<strong>br</strong> />

e. ( ) Todos os <strong>geradores</strong> admitem estas ligações.<<strong>br</strong> />

4) Po<strong>de</strong>mos classificar dois tipos básicos <strong>de</strong> <strong>geradores</strong> quanto a forma <strong>de</strong> excitação:<<strong>br</strong> />

a. ( ) Com escovas e sem escovas.<<strong>br</strong> />

b. ( ) Monofásicos e polifásicos.<<strong>br</strong> />

c. ( ) Com 4 pólos ou 2 pólos.<<strong>br</strong> />

d. ( ) Armadura giratória e campo giratório.<<strong>br</strong> />

e. ( ) Todas as alternativas estão corretas.<<strong>br</strong> />

5) Quanto ao comportamento a vazio do gerador po<strong>de</strong>mos afirmar:<<strong>br</strong> />

a. ( ) Há uma pequena corrente circulando na armadura.<<strong>br</strong> />

b. ( ) A tensão <strong>de</strong> armadura da máquina fica <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte só da corrente <strong>de</strong> excitação.<<strong>br</strong> />

c. ( ) O estado <strong>de</strong> saturação da máquina po<strong>de</strong> ser observado pela relação entre tensão gerada e corrente <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

armadura.<<strong>br</strong> />

d. ( ) A somatória <strong>de</strong> perdas não difere da condição sob carga.<<strong>br</strong> />

e. ( ) Nesta condição a reação <strong>de</strong> armadura provoca distorções no fluxo principal.<<strong>br</strong> />

6) Quanto ao comportamento em carga <strong>de</strong> um gerador po<strong>de</strong>mos afirmar:<<strong>br</strong> />

a. ( ) O campo criado pela circulação <strong>de</strong> corrente da armadura provocará sempre um efeito <strong>de</strong>smagnetizante na<<strong>br</strong> />

máquina.<<strong>br</strong> />

b. ( ) A reação da armadura se comporta como no ítem "a", in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do cos .<<strong>br</strong> />

c. ( ) Devido a circulação <strong>de</strong> corrente com uma carga puramente resistiva, cria-se um campo que ten<strong>de</strong> a<<strong>br</strong> />

distorcer o campo principal.<<strong>br</strong> />

d. ( ) No ítem "c" o campo magnético induzido cria pólos em fase com relação aos pólos principais.<<strong>br</strong> />

e. ( ) Para cargas capacitivas o fluxo <strong>de</strong> reação <strong>de</strong> armadura é <strong>de</strong>smagnetizante.<<strong>br</strong> />

7) Quando da aplicação <strong>de</strong> uma carga puramente indutiva no gerador, po<strong>de</strong>-se afirmar:<<strong>br</strong> />

a. ( ) A corrente <strong>de</strong> carga estará <strong>de</strong>fasada <strong>de</strong> 90º em avanço em relação à tensão terminal.<<strong>br</strong> />

b. ( ) Devido a este tipo <strong>de</strong> carga ter característica <strong>de</strong>smagnetizante, teremos que ter um correspon<strong>de</strong>nte<<strong>br</strong> />

aumento da corrente <strong>de</strong> excitação.<<strong>br</strong> />

c. ( ) O efeito principal provocado por este tipo <strong>de</strong> carga é o <strong>de</strong> frenar rapidamente o gerador.<<strong>br</strong> />

d. ( ) A reação <strong>de</strong> armadura produz pólos em fase com a excitação.<<strong>br</strong> />

e. ( ) A corrente <strong>de</strong> excitação será menor que para uma carga <strong>de</strong> mesma intensida<strong>de</strong> e puramente resistiva.<<strong>br</strong> />

73


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

8) Na análise <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> máquinas síncronas em transitório, usa-se um artifício que facilita muito o<<strong>br</strong> />

cálculo e com o qual chegamos à resultados aceitáveis. Este artifício é:<<strong>br</strong> />

a. ( ) Estudo analítico das tensões induzidas.<<strong>br</strong> />

b. ( ) Decomposição das correntes <strong>de</strong> fase em correntes simétricas e equili<strong>br</strong>adas (eixo direto, quadratura e<<strong>br</strong> />

zero).<<strong>br</strong> />

c. ( ) Estudo do comportamento em regime da máquina.<<strong>br</strong> />

d. ( ) Decomposição das tensões <strong>de</strong> fase em tensões simétricas e equili<strong>br</strong>adas (eixo direto, quadratura e zero).<<strong>br</strong> />

e. ( ) Todas as questões citadas estão incorretas.<<strong>br</strong> />

9) A reatância da máquina, cujo valor po<strong>de</strong> ser obtido dividindo o valor da tensão da armadura antes da<<strong>br</strong> />

falta, pela corrente no início da falta é chamada:<<strong>br</strong> />

a. ( ) Reatância <strong>de</strong> eixo direto.<<strong>br</strong> />

b. ( ) Reatância <strong>de</strong> eixo em quadratura.<<strong>br</strong> />

c. ( ) Reatância síncrona.<<strong>br</strong> />

d. ( ) Reatância subtransitória.<<strong>br</strong> />

e. ( ) Reatância transitória.<<strong>br</strong> />

2. GERADORES <strong>WEG</strong><<strong>br</strong> />

10) Nos <strong>geradores</strong> <strong>de</strong> armadura fixa e excitação por escovas, po<strong>de</strong>mos afirmar:<<strong>br</strong> />

a. ( ) O escorvamento se inicia por uma fonte externa CA.<<strong>br</strong> />

b. ( ) A tensão <strong>de</strong> campo é controlada pelos diodos girantes.<<strong>br</strong> />

c. ( ) A excitatriz estática mantêm constante a tensão terminal, para qualquer carga e fator <strong>de</strong> potência <strong>de</strong>ntro<<strong>br</strong> />

das condições nominais da máquina.<<strong>br</strong> />

d. ( ) O escorvamento se inicia através da excitatriz auxiliar.<<strong>br</strong> />

e. ( ) É largamente empregado em telecomunicações.<<strong>br</strong> />

11) Assinale o que achar correto a respeito do enrolamento amortecedor.<<strong>br</strong> />

a. ( ) É constituído por barras <strong>de</strong> co<strong>br</strong>e ligadas entre si, formando uma gaiola.<<strong>br</strong> />

b. ( ) Tem a função <strong>de</strong> amortecer as oscilações provocadas pela máquina primária ou pela carga.<<strong>br</strong> />

c. ( ) Seu circuito é mantido aberto durante a partida.<<strong>br</strong> />

d. ( ) Tem por finalida<strong>de</strong> auxiliar o enrolamento <strong>de</strong> campo na produção <strong>de</strong> fluxo.<<strong>br</strong> />

e. ( ) É responsável pelo curto-circuito da máquina.<<strong>br</strong> />

12) Assinale a alternativa ERRADA.<<strong>br</strong> />

a. ( ) Os enrolamentos amortecedores também atuam para diminuir a intensida<strong>de</strong> das oscilações <strong>de</strong> carga.<<strong>br</strong> />

b. ( ) Os motores síncronos partem como se fossem motores <strong>de</strong> gaiola (assíncronos).<<strong>br</strong> />

c. ( ) Os motores síncronos possuem por sí só elevados conjugados <strong>de</strong> partida.<<strong>br</strong> />

d. ( ) A ação da gaiola, quando <strong>de</strong> assincronismo, está baseado na lei <strong>de</strong> Lenz.<<strong>br</strong> />

e. ( ) No motor síncrono, curto-circuita-se o enrolamento <strong>de</strong> campo no ato da partida, com o intuito <strong>de</strong> evitar a<<strong>br</strong> />

indução <strong>de</strong> tensões muito altas em seu enrolamento.<<strong>br</strong> />

13) Em termos <strong>de</strong> característica <strong>de</strong> <strong>geradores</strong> Brushless po<strong>de</strong>mos afirmar:<<strong>br</strong> />

a. ( ) A excitação é obtida <strong>de</strong> um gerador <strong>de</strong> pólos fixos (estator da excitatriz principal) e <strong>de</strong> uma ponte<<strong>br</strong> />

retificadora girante.<<strong>br</strong> />

b. ( ) O escorvamento se inicia através <strong>de</strong> uma fonte CA.<<strong>br</strong> />

c. ( ) As induções <strong>de</strong> tensão ocorrem mesmo com o rotor inerte.<<strong>br</strong> />

d. ( ) Os diodos girantes retificam a tensão trifásica proveniente da excitatriz auxiliar, alimentando o campo da<<strong>br</strong> />

máquina principal.<<strong>br</strong> />

e. ( ) Todas as alternativas acima estão incorretas.<<strong>br</strong> />

74


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

14) Assinalar o correto.<<strong>br</strong> />

a. ( ) O gerador Brushless é constituído <strong>de</strong> 2 partes principais: máquina principal e excitatriz principal.<<strong>br</strong> />

b. ( ) O regulador <strong>de</strong> tensão é alimentado pelos terminais da excitatriz principal.<<strong>br</strong> />

c. ( ) A corrente <strong>de</strong> carga é mantida com o uso <strong>de</strong> uma excitatriz auxiliar in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da carga.<<strong>br</strong> />

d. ( ) Dos terminais do gerador é retirado a referência para a excitatriz principal.<<strong>br</strong> />

e. ( ) Um inconveniente da excitatriz auxiliar é a sua elevada potência, fato este que implica em gran<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

dimensões.<<strong>br</strong> />

15) Dentre as vantagens do sistema Brushless so<strong>br</strong>e o sistema com escovas assinalar a alternativa correta.<<strong>br</strong> />

a. ( ) Introduz rádio interferência <strong>de</strong>vido ao mau contato das escovas.<<strong>br</strong> />

b. ( ) Menor manutenção.<<strong>br</strong> />

c. ( ) Possui menos quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> diodos girantes.<<strong>br</strong> />

d. ( ) Menor tempo <strong>de</strong> resposta em comparação ao sistema com escovas.<<strong>br</strong> />

e. ( ) Não introduz interferência <strong>de</strong>vido ao chaveamento do regulador <strong>de</strong> tensão.<<strong>br</strong> />

16) Assinalar o correto:<<strong>br</strong> />

a. ( ) O regulador compara uma tensão <strong>de</strong> referência (interna) com uma tensão real coletada nos terminais da<<strong>br</strong> />

máquina e os transforma em valores apropriados para o controle da excitação.<<strong>br</strong> />

b. ( ) O regulador operar com a referência na corrente <strong>de</strong> excitação.<<strong>br</strong> />

c. ( ) Se não existir tensão e corrente <strong>de</strong> referência (do terminal) para o regulador, a tensão terminal cairá à<<strong>br</strong> />

zero.<<strong>br</strong> />

d. ( ) O transistor <strong>de</strong> potência do regulador é alimentado pela excitatriz principal.<<strong>br</strong> />

e. ( ) Nenhuma das alternativas acima está correta.<<strong>br</strong> />

17) Complete utilizando as alternativas:<<strong>br</strong> />

" Um gerador Brushless, funcionando com velocida<strong>de</strong> constante e fator <strong>de</strong> potência entre 0,8 e 1,0,<<strong>br</strong> />

proporciona uma precisão estacionária <strong>de</strong> tensão <strong>de</strong> entre vazio e plena carga. Quedas na rotação<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> até não provocam efeito so<strong>br</strong>e a gran<strong>de</strong>za da tensão do gerador. Po<strong>de</strong>mos ajustar a tensão do<<strong>br</strong> />

gerador em da tensão nominal ”.<<strong>br</strong> />

a. ( ) 1%, 12%, 5%.<<strong>br</strong> />

b. ( ) 0,5%, 10%, 2%.<<strong>br</strong> />

c. ( ) 0,5%, 5%, 8%.<<strong>br</strong> />

d. ( ) 0,5%, 5%, 15%.<<strong>br</strong> />

e. ( ) 0,1%, 2%, 5%.<<strong>br</strong> />

3. CARACTERÍSTICAS DE AMBIENTE<<strong>br</strong> />

18) Assinale a alternativa que estiver INCORRETA:<<strong>br</strong> />

a. ( ) Acima <strong>de</strong> 1000m <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong> os <strong>geradores</strong> po<strong>de</strong>m apresentar aquecimento se não forem previstos para a<<strong>br</strong> />

utilização nesta condição.<<strong>br</strong> />

b. ( ) O aquecimento do gerador varia com o quadrado da potência.<<strong>br</strong> />

c. ( ) Acima <strong>de</strong> 1000m o ar é mais rarefeito, diminuindo o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> arrefecimento do gerador.<<strong>br</strong> />

d. ( ) Acima <strong>de</strong> 1000m o gerador apresenta uma menor troca <strong>de</strong> calor com o meio refrigerante.<<strong>br</strong> />

e. ( ) Nas condições <strong>de</strong> 1000m <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong> e 40ºC <strong>de</strong> temperatura ambiente, o gerador está apto a fornecer a<<strong>br</strong> />

potência nominal <strong>de</strong> placa.<<strong>br</strong> />

19) Se um gerador trabalhar a 2000m <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong> e 55ºC <strong>de</strong> temperatura ambiente, sua potência útil será<<strong>br</strong> />

(para Isolamento classe H):<<strong>br</strong> />

a. ( ) 70%.<<strong>br</strong> />

b. ( ) 92,5%.<<strong>br</strong> />

c. ( ) 80%.<<strong>br</strong> />

d. ( ) 90%.<<strong>br</strong> />

e. ( ) 50%.<<strong>br</strong> />

75


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

20) Associe a coluna da esquerda com a da direita<<strong>br</strong> />

(1) IP 54. ( ) Pingos <strong>de</strong> água a 15º da vertical.<<strong>br</strong> />

(2) IP 55. ( ) Água <strong>de</strong> chuva a 60º da vertical.<<strong>br</strong> />

(3) IP 44. ( ) Respingos <strong>de</strong> todas as direções.<<strong>br</strong> />

(4) IP 22. ( ) Pingos <strong>de</strong> água na vertical.<<strong>br</strong> />

(5) IP 21. ( ) Jatos <strong>de</strong> água <strong>de</strong> todas as direções.<<strong>br</strong> />

(6) IP 23. ( ) Proteção contra acúmulos <strong>de</strong> poeira.<<strong>br</strong> />

21) Associe a coluna da esquerda com a da direita<<strong>br</strong> />

(1) IP 54. ( ) Corpos estranhos acima <strong>de</strong> 1mm.<<strong>br</strong> />

(2) IP 21. ( ) Corpos estranhos acima <strong>de</strong> 50mm.<<strong>br</strong> />

(3) IP 44. ( ) Acúmulo <strong>de</strong> poeira.<<strong>br</strong> />

(4) IP 12. ( ) Corpos estranhos acima <strong>de</strong> 12mm.<<strong>br</strong> />

22) Com relação às proteções, assinale a afirmativa correta:<<strong>br</strong> />

a. ( ) Qualquer grau <strong>de</strong> proteção substitui os graus <strong>de</strong> proteção superior com vantagens.<<strong>br</strong> />

b. ( ) Os graus <strong>de</strong> proteção IP 21, IP 22, IP 23 são para máquinas fechadas.<<strong>br</strong> />

c. ( ) Máquinas IP 44 são totalmente fechadas com ventilação externa.<<strong>br</strong> />

d. ( ) Em máquinas IPW55 o ar externo circula <strong>de</strong>ntro da máquina.<<strong>br</strong> />

e. ( ) Qualquer grau <strong>de</strong> proteção substitui os graus <strong>de</strong> proteção inferiores com vantagens.<<strong>br</strong> />

23) Sistema <strong>de</strong> ventilação é um "sistema <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> calor entre partes aquecidas do gerador e o ar<<strong>br</strong> />

ambiente". Com base nesta afirmação, associe a coluna da esquerda com a da direita.<<strong>br</strong> />

(1) Gerador totalmente fechado sem ventilação. ( )IP 55.<<strong>br</strong> />

(2) Gerador aberto. ( )IP 23.<<strong>br</strong> />

(3) Gerador totalmente fechado com ventilação externa. ( )É raramente usado (aplicação restrita)<<strong>br</strong> />

(4) Gerador totalmente fechado. ( )Um ventilador se encontra fora da<<strong>br</strong> />

carcaça.<<strong>br</strong> />

24) Os resistores <strong>de</strong> aquecimento são utilizados em <strong>geradores</strong> instalados em:<<strong>br</strong> />

a. ( ) Ambientes muito secos.<<strong>br</strong> />

b. ( ) Ambientes muito úmidos.<<strong>br</strong> />

c. ( ) Ambientes muito quentes.<<strong>br</strong> />

d. ( ) Geradores tipo rurais.<<strong>br</strong> />

e. ( ) Ambientes corrosivos.<<strong>br</strong> />

4. CARACTERÍSTICAS DE DESEMPENHO<<strong>br</strong> />

25) Quando se fala em potência nominal do gerador, é correto afirmar:<<strong>br</strong> />

a. ( ) É a potência necessária para acioná-lo.<<strong>br</strong> />

b. ( ) É a potência que o gerador fornece em regime contínuo e com suas características nominais.<<strong>br</strong> />

c. ( ) É a potência <strong>de</strong> "stand-by".<<strong>br</strong> />

d. ( ) É maior do que a potência <strong>de</strong> acionamento do gerador, dada em KW.<<strong>br</strong> />

e. ( ) É a potência <strong>de</strong>senvolvida pela máquina primária.<<strong>br</strong> />

26) NÃO é correto afirmar:<<strong>br</strong> />

a. ( ) Quando aplicamos uma so<strong>br</strong>ecarga em um gerador corremos o risco <strong>de</strong> ultrapassar o limite <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

estabilida<strong>de</strong> do mesmo.<<strong>br</strong> />

b. ( ) Po<strong>de</strong>rá ocorrer a queima do gerador na condição <strong>de</strong> so<strong>br</strong>ecarga.<<strong>br</strong> />

c. ( ) Mesmo em so<strong>br</strong>ecargas leves, teremos uma redução na vida útil.<<strong>br</strong> />

d. ( ) A temperatura do enrolamento estatórico sobe numa proporção cúbica com o aumento da corrente.<<strong>br</strong> />

e. ( ) O gerador po<strong>de</strong> ser projetado para operar com so<strong>br</strong>ecargas.<<strong>br</strong> />

76


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

27) Para um gerador que será conectado à cargas com diferentes fatores <strong>de</strong> potência é correto afirmar:<<strong>br</strong> />

a. ( ) É necessário conhecer somente o fator <strong>de</strong> potência da maior carga.<<strong>br</strong> />

b. ( ) Devemos obter a média <strong>de</strong> todos os fatores <strong>de</strong> potência envolvidos.<<strong>br</strong> />

c. ( ) Devemos conhecer os componentes <strong>de</strong> potência ativa e reativa das cargas, calcular a potência aparente<<strong>br</strong> />

geral e em seguida o fator <strong>de</strong> potência geral.<<strong>br</strong> />

d. ( ) Po<strong>de</strong>remos adotar "na pior das hipóteses" fator <strong>de</strong> potência 1,0.<<strong>br</strong> />

e. ( ) Po<strong>de</strong>remos <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rar as cargas indutivas.<<strong>br</strong> />

28) Assinalar a resposta correta:<<strong>br</strong> />

a. ( ) Em um gerador, a razão entre a potência do mesmo e a potência <strong>de</strong> acionamento <strong>de</strong>fine as perdas.<<strong>br</strong> />

b. ( ) Toda máquina primária possui rendimento igual a 100%.<<strong>br</strong> />

c. ( ) Em um gerador a razão entre a potência do mesmo e a potência <strong>de</strong> acionamento <strong>de</strong>fine o rendimento.<<strong>br</strong> />

d. ( ) Não existe relação entre a potência do gerador e a potência do acionamento.<<strong>br</strong> />

e. ( ) O gerador não precisa <strong>de</strong> máquina primária para a produção <strong>de</strong> energia.<<strong>br</strong> />

29) Relacione as colunas<<strong>br</strong> />

(1) Classe A. ( ) 155ºC.<<strong>br</strong> />

(2) Classe E. ( ) 180ºC.<<strong>br</strong> />

(3) Classe B. ( ) 120ºC.<<strong>br</strong> />

(4) Classe F. ( ) 130ºC.<<strong>br</strong> />

(5) Classe H. ( ) 105ºC.<<strong>br</strong> />

30) Ainda relacionado com classe <strong>de</strong> isolamento, po<strong>de</strong>mos afirmar:<<strong>br</strong> />

a. ( ) As classes F e H são normalmente utilizadas em <strong>geradores</strong> da <strong>WEG</strong>.<<strong>br</strong> />

b. ( ) As classes <strong>de</strong> isolamento <strong>de</strong>terminam a mínima temperatura suportável pela máquina sem afetar sua vida<<strong>br</strong> />

útil.<<strong>br</strong> />

c. ( ) 8 a 10ºC <strong>de</strong> elevação <strong>de</strong> temperatura da isolação não compromete a vida útil da máquina girante.<<strong>br</strong> />

d. ( ) O tipo <strong>de</strong> material isolante só interessa para ambientes com gran<strong>de</strong> grau <strong>de</strong> umida<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

e. ( ) Todas as alternativas acima estão erradas.<<strong>br</strong> />

31) Em <strong>geradores</strong> que utilizam isolamento <strong>de</strong> classe F. Para uma temperatura ambiente <strong>de</strong> 40ºC, a elevação<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> temperatura admitida nos enrolamentos e a temperatura do seu ponto mais quente são<<strong>br</strong> />

respectivamente:<<strong>br</strong> />

a. ( ) 80ºC e 130ºC.<<strong>br</strong> />

b. ( ) 100ºC e 130ºC.<<strong>br</strong> />

c. ( ) 125ºC e 180ºC.<<strong>br</strong> />

d. ( ) 100ºC e 155ºC.<<strong>br</strong> />

e. ( ) 80ºC e 155ºC.<<strong>br</strong> />

32) O enrolamento <strong>de</strong> armadura (fio <strong>de</strong> co<strong>br</strong>e) <strong>de</strong> um gerador após o ensaio <strong>de</strong> elevação <strong>de</strong> temperatura<<strong>br</strong> />

apresentou uma resistência <strong>de</strong> 0,18Ω. Qual foi a elevação <strong>de</strong> temperatura <strong>de</strong>ste enrolamento se a<<strong>br</strong> />

resistência fria medida a 22ºC foi <strong>de</strong> 0,14 Ω, consi<strong>de</strong>rando que a temperatura ambiente não se alterou<<strong>br</strong> />

durante o ensaio?<<strong>br</strong> />

a. ( ) 72,9ºC.<<strong>br</strong> />

b. ( ) 57,1ºC.<<strong>br</strong> />

c. ( ) 71,4ºC.<<strong>br</strong> />

d. ( ) 73,4ºC.<<strong>br</strong> />

e. ( ) 83,5ºC.<<strong>br</strong> />

33) Com relação à queda <strong>de</strong> tensão em <strong>geradores</strong>, po<strong>de</strong>mos dizer que APENAS um <strong>de</strong>stes ítens não influem<<strong>br</strong> />

no resultado final.<<strong>br</strong> />

a. ( ) Tipo <strong>de</strong> carga que está conectado ao gerador.<<strong>br</strong> />

b. ( ) Depen<strong>de</strong> do cos da carga.<<strong>br</strong> />

c. ( ) Depen<strong>de</strong> da reatância do gerador.<<strong>br</strong> />

d. ( ) Depen<strong>de</strong> do tipo <strong>de</strong> regulação <strong>de</strong> tensão.<<strong>br</strong> />

e. ( ) Depen<strong>de</strong> da tensão nominal da carga.<<strong>br</strong> />

77


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

34) É correto afirmar:<<strong>br</strong> />

a. ( ) Partidas <strong>de</strong> motores <strong>de</strong> indução quase não afetam o gerador, pois estes apresentam baixas correntes <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

partida.<<strong>br</strong> />

b. ( ) Os motores <strong>de</strong> indução apresentam elevados cos na partida.<<strong>br</strong> />

c. ( ) A reatância <strong>de</strong> um gerador é constante e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da tensão que está sendo utilizada.<<strong>br</strong> />

d. ( ) O fator <strong>de</strong> potência <strong>de</strong> motores <strong>de</strong> indução na partida é da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 0,3.<<strong>br</strong> />

e. ( ) Se o gerador possuir um regulador, sua tensão sempre ficará fixa, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da carga.<<strong>br</strong> />

35) Consi<strong>de</strong>rando a influência do fator <strong>de</strong> potência no cálculo da queda <strong>de</strong> tensão, no instante da partida da<<strong>br</strong> />

carga alimentada por gerador, po<strong>de</strong>mos afirmar:<<strong>br</strong> />

a. ( ) A queda <strong>de</strong> tensão será a mesma para qualquer fator <strong>de</strong> potência.<<strong>br</strong> />

b. ( ) Quando da partida <strong>de</strong> motores <strong>de</strong> indução, o fator <strong>de</strong> potência será baixo e sua influência na queda <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

tensão será muito pequena.<<strong>br</strong> />

c. ( ) Quanto menor o fator <strong>de</strong> potência maior a queda <strong>de</strong> tensão.<<strong>br</strong> />

d. ( ) Quando do cálculo da queda <strong>de</strong> tensão, <strong>de</strong>veremos conhecer o fator <strong>de</strong> potência da maior carga.<<strong>br</strong> />

e. ( ) O fator <strong>de</strong> potência não tem influência na queda <strong>de</strong> tensão.<<strong>br</strong> />

36) Supondo que tenhamos um gerador e quando da partida <strong>de</strong> um motor assíncrono <strong>de</strong> indução calculou-se<<strong>br</strong> />

a queda <strong>de</strong> tensão, consi<strong>de</strong>rando-se FP = 0, e resultou U = 20%. Logo após constatou-se que o FP na<<strong>br</strong> />

partida era 0,4. Qual será a queda <strong>de</strong> tensão real? (consi<strong>de</strong>re Xd' = 20% do gerador).<<strong>br</strong> />

a. ( ) 15%.<<strong>br</strong> />

b. ( ) 10%.<<strong>br</strong> />

c. ( ) 19%.<<strong>br</strong> />

d. ( ) 22%.<<strong>br</strong> />

e. ( ) 27%.<<strong>br</strong> />

37) São tipos <strong>de</strong> carga inicial em <strong>geradores</strong>.<<strong>br</strong> />

a. ( ) FP constante, resistência constante e impedância constante.<<strong>br</strong> />

b. ( ) kVA constante, corrente constante e impedância constante.<<strong>br</strong> />

c. ( ) FP constante, corrente constante e impedância constante.<<strong>br</strong> />

d. ( ) kVA constante, resistência constante e impedância constante.<<strong>br</strong> />

e. ( ) FP constante, admitância constante e impedância constante.<<strong>br</strong> />

38) É correto afirmar:<<strong>br</strong> />

a. ( ) Cargas do tipo impedância constante agravam o efeito da queda <strong>de</strong> tensão.<<strong>br</strong> />

b. ( ) Aquecedores e lâmpadas são cargas do tipo corrente constante.<<strong>br</strong> />

c. ( ) Para carga do tipo kVA constante, com uma redução na tensão teremos um acréscimo da corrente.<<strong>br</strong> />

d. ( ) Ao se combinar cargas do tipo kVA constante e corrente constante, obteremos cargas do tipo tensão<<strong>br</strong> />

constante.<<strong>br</strong> />

e. ( ) Motores <strong>de</strong> indução à vazio são exemplos <strong>de</strong> cargas tipo kVA constante.<<strong>br</strong> />

39) Quando partimos um motor alimentado por um gerador, <strong>de</strong>vemos observar:<<strong>br</strong> />

a. ( ) A reatância subtransitória do motor.<<strong>br</strong> />

b. ( ) A corrente <strong>de</strong> partida do motor.<<strong>br</strong> />

c. ( ) O efeito da geração <strong>de</strong> reativos.<<strong>br</strong> />

d. ( ) A resistência da cablagem que liga o gerador à carga.<<strong>br</strong> />

e. ( ) Nenhuma das alternativas está correta.<<strong>br</strong> />

40) Quanto a operação em paralelo <strong>de</strong> <strong>geradores</strong>, po<strong>de</strong>mos afirmar:<<strong>br</strong> />

a. ( ) Normalmente quando temos motores <strong>de</strong> pequena potência utilizamos <strong>geradores</strong> em paralelo.<<strong>br</strong> />

b. ( ) Se tivermos dois <strong>geradores</strong> em paralelo, a reatância equivalente será duas vezes a reatância <strong>de</strong> um dos<<strong>br</strong> />

<strong>geradores</strong>.<<strong>br</strong> />

c. ( ) Um gerador não influencia a distribuição <strong>de</strong> potência do outro.<<strong>br</strong> />

d. ( ) Para cálculo da queda <strong>de</strong> tensão neste caso, <strong>de</strong>vemos calcular a reatância equivalente dos <strong>geradores</strong>.<<strong>br</strong> />

e. ( ) Todas as alternativas acima estão corretas.<<strong>br</strong> />

78


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

41) Quando da operação em paralelo <strong>de</strong> <strong>geradores</strong> <strong>de</strong>vemos fornecer ao regulador uma referência <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

corrente e tensão, que é feito:<<strong>br</strong> />

a. ( ) Diretamente.<<strong>br</strong> />

b. ( ) Utilizando TC (com relação In:5) e referência direto nos terminais do gerador ou através <strong>de</strong> TP.<<strong>br</strong> />

c. ( ) Por meio <strong>de</strong> resistores.<<strong>br</strong> />

d. ( ) Por meio <strong>de</strong> capacitores.<<strong>br</strong> />

e. ( ) Somente com TC.<<strong>br</strong> />

5. CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS<<strong>br</strong> />

42) Assinale o que estiver correto a respeito dos <strong>geradores</strong> <strong>WEG</strong> linha G:<<strong>br</strong> />

a. ( ) A carcaça da máquina principal é <strong>de</strong> chapa <strong>de</strong> aço calandrado.<<strong>br</strong> />

b. ( ) O rotor da máquina principal aloja o enrolamento <strong>de</strong> campo.<<strong>br</strong> />

c. ( ) A excitatriz auxiliar é montada internamente à máquina principal.<<strong>br</strong> />

d. ( ) O enrolamento auxiliar é monofásico e alimenta o regulador <strong>de</strong> tensão.<<strong>br</strong> />

e. ( ) As letras “a”, “b” e “d” estão corretas.<<strong>br</strong> />

43) A respeito da forma construtiva po<strong>de</strong>mos afirmar:<<strong>br</strong> />

a. ( ) B15 significa gerador com duplo mancal.<<strong>br</strong> />

b. ( ) B35 significa duplo mancal e acoplamento por polias.<<strong>br</strong> />

c. ( ) As formas construtivas D5 e D6 são utilizadas para <strong>geradores</strong> <strong>de</strong> pequeno porte.<<strong>br</strong> />

d. ( ) Os <strong>geradores</strong> <strong>WEG</strong> na forma construtiva B3 possuem ponta <strong>de</strong> eixo voltada para baixo.<<strong>br</strong> />

e. ( ) Todas as alternativas acima estão incorretas.<<strong>br</strong> />

6. SELEÇÃO DE GERADORES<<strong>br</strong> />

44) Os <strong>geradores</strong> <strong>WEG</strong> só não aten<strong>de</strong>m à uma aplicação que é:<<strong>br</strong> />

a. ( ) Aplicação industrial.<<strong>br</strong> />

b. ( ) Aplicação naval.<<strong>br</strong> />

c. ( ) Aplicação em área à prova <strong>de</strong> explosão.<<strong>br</strong> />

d. ( ) Aplicação em telecomunicações.<<strong>br</strong> />

e. ( ) Aplicação em ambientes agressivos.<<strong>br</strong> />

45) São características exigidas para aplicação em Telecomunicações:<<strong>br</strong> />

a. ( ) Alta distorção harmônica.<<strong>br</strong> />

b. ( ) Excitação com escovas.<<strong>br</strong> />

c. ( ) Baixa reatância transitória.<<strong>br</strong> />

d. ( ) Distorção harmônica ≤ 3% para cargas lineares e Xd” < 12%<<strong>br</strong> />

e. ( ) Todas as alternativas acima estão corretas.<<strong>br</strong> />

46) É característica <strong>de</strong> um gerador <strong>WEG</strong> da linha G Industrial:<<strong>br</strong> />

a. ( ) Distorção harmônica superior a 5%.<<strong>br</strong> />

b. ( ) Corrente <strong>de</strong> curto-circuito 3,0 x IN por 10s.<<strong>br</strong> />

c. ( ) Alimenta normalmente cargas com fator <strong>de</strong> potência < 0,5.<<strong>br</strong> />

d. ( ) So<strong>br</strong>ecargas momentâneas 5 x IN durante 20s.<<strong>br</strong> />

e. ( ) Queda <strong>de</strong> rotação admissível 15%.<<strong>br</strong> />

47) Trata-se <strong>de</strong> um ponto importante ao especificar gerador para alimentar cargas <strong>de</strong>formantes:<<strong>br</strong> />

a. ( ) Utilizar bobina <strong>de</strong> alisamento no gerador.<<strong>br</strong> />

b. ( ) Analisar a distorção harmônica em tensão do gerador.<<strong>br</strong> />

c. ( ) Utilizar gerador com passo <strong>de</strong> bobinagem 2/3.<<strong>br</strong> />

d. ( ) Utilizar gerador <strong>de</strong> potência menor.<<strong>br</strong> />

e. ( ) Utilizar gerador <strong>de</strong> reatância o maior possível.<<strong>br</strong> />

79


DT-5 - Características e Especificações <strong>de</strong> Geradores<<strong>br</strong> />

7. ENSAIOS<<strong>br</strong> />

48) Com relação aos Ensaios <strong>de</strong> Tipo po<strong>de</strong>mos citar:<<strong>br</strong> />

a. ( ) Manutenção da corrente <strong>de</strong> curto-circuito.<<strong>br</strong> />

b. ( ) Distorção harmônica.<<strong>br</strong> />

c. ( ) Nível <strong>de</strong> ruído.<<strong>br</strong> />

d. ( ) Reatância subtransitória <strong>de</strong> eixo direto (Xd”).<<strong>br</strong> />

e. ( ) Nenhuma das alternativas acima está correta.<<strong>br</strong> />

80

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!