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1<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


Realização:<br />

Apoio:<br />

Patrocínio:<br />

Agradecimentos:<br />

Agradecemos a especial contribuição do Instituto Brasileiro de<br />

Geografia e Estatística (IBGE) pela destreza no atendimento<br />

das demandas da equipe de Inteligência de Mercado da Abicalçados.<br />

O profissionalismo e auxílio na interpretação dos dados,<br />

assim como na troca de experiências, foram fundamentais<br />

para a construção consistente deste relatório.<br />

Destacamos o apoio da Associação Brasileira de Empresas de<br />

Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal)<br />

ao emparceirar a idealização deste estudo para que o público<br />

tenha subsídio informacional no desenvolvimento de políticas<br />

setoriais, no planejamento e tomada de decisão dentro das<br />

diversas organizações e empresas.<br />

Aos Patrocinadores o nosso agradecimento por acreditarem<br />

nesta publicação inédita, com o desejo e visão da continuidade<br />

de uma indústria calçadista forte e competitiva, capaz de<br />

superar adversidades e investir para figurar o futuro deste País.


Desde sua fundação, a Abicalçados trabalha com a missão de<br />

unir esforços pelo fortalecimento da indústria calçadista. Acreditamos<br />

que união é mais importante que concorrência e que,<br />

quando o setor trabalha por um propósito comum, o sucesso<br />

do grupo é a melhor consequência.<br />

Queremos estar ao seu lado, ajudando seu negócio a crescer e<br />

se posicionar no mercado. Para isso, incentivamos a integração<br />

das empresas calçadistas e promovemos iniciativas com foco<br />

em representação, defesa, desenvolvimento e promoção do<br />

setor no Brasil e no mundo.<br />

A Abicalçados agradece pela confiança dos seus associados e<br />

convida quem ainda não faz parte dessa união de forças para<br />

saber mais em www.abicalcados.com.br.<br />

3<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


Relatório Setorial<br />

Indústria de Calçados do Brasil 2016<br />

Créditos<br />

TEXTOS<br />

Marcos Tadeu Lélis<br />

Jean Jesus Fernandes<br />

COORDENAÇÃO E EDIÇÃO<br />

Igor Hoelscher<br />

Leonardo Metzger<br />

Priscila Linck<br />

PRODUÇÃO GRÁFICA<br />

Gabriel Dias<br />

PRESIDENTE<br />

Rosnei da Silva<br />

CONSELHEIROS<br />

Adão Oscar Wolff, Caetano Bianco Neto, Caio Borges Ferreira, Danilo Cristófoli, Ernani Reuter,<br />

Haroldo Ferreira, José Carlos Brigagão do Couto, Júnior César Silva, Lioveral Bacher, Marco<br />

Antônio Coutinho, Marco Lourenço Müller, Nilson Erineu Spohr, Paulo Roberto Konrath, Paulo<br />

Roberto Schefer, Paulo Vicente Bender, Renato Klein, Ricardo Wirth, Sérgio Gracia, Thiago Lima<br />

Borges e Werner Arthur Muller Júnior<br />

PRESIDENTE-EXECUTIVO<br />

Heitor Klein<br />

CONTATO<br />

Rua Júlio de Castilhos, 561<br />

Novo Hamburgo/RS - Cep: 93510-130<br />

Fone: 51 3594-7011<br />

inteligencia@abicalcados.com.br<br />

www.abicalcados.com.br


SUMÁRIO<br />

1. EDITORIAL<br />

2. MUNDO<br />

2.1 Panorama Econômico Mundial<br />

2.2 Panorama Mundial do Calçado<br />

2.2.1 Principais Países Produtores<br />

2.2.2 Principais Países Consumidores<br />

2.2.3 Principais Países Exportadores<br />

2.2.4 Principais Países Importadores<br />

3. BRASIL<br />

3.1 Produção de Calçados<br />

3.1.1 Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI)<br />

3.1.2 Segmentação da Produção<br />

3.2 Consumo de Calçados<br />

3.3 Comércio Exterior<br />

3.3.1 Exportação<br />

3.3.2 Importação<br />

3.4 Emprego e Estabelecimentos<br />

3.5 Indicadores Econômicos<br />

3.5.1 Câmbio<br />

3.5.2 Comportamento do Comércio<br />

3.5.3 Indústria de Transformação<br />

3.5.4 Inflação Nacional<br />

3.5.5 Competitividade Nacional<br />

4. MERCADOS ALVO BRAZILIAN FOOTWEAR<br />

5. ANÁLISE DE OPORTUNIDADES PARA<br />

O MERCADO INTERNACIONAL<br />

5.1 Índice de Competitividade das Exportações de Calçados<br />

5.2 Índice de Atratividade das Exportações Brasileiras de Calçados<br />

6. ANÁLISE DO ESPECIALISTA<br />

7. METODOLOGIA<br />

7.1 Dados de Produção<br />

7.2 Projeções Estatísticas<br />

7.3 Fontes<br />

7.4 Classificação do Sistema Harmonizado de<br />

Designação e Codificação de Mercadorias<br />

5<br />

7<br />

8<br />

8<br />

9<br />

10<br />

11<br />

13<br />

16<br />

17<br />

17<br />

18<br />

20<br />

20<br />

21<br />

27<br />

31<br />

34<br />

34<br />

35<br />

36<br />

36<br />

37<br />

39<br />

42<br />

43<br />

46<br />

50<br />

53<br />

54<br />

55<br />

55<br />

55


1. EDITORIAL<br />

Informação de qualidade para traçar estratégias<br />

O ano de 2015 foi um <strong>teste</strong> à sobrevivência do setor calçadista. Com queda em todos os indicadores de<br />

performance – no volume do varejo de 8,6% e no valor das exportações de 10,0%, o que ocasionou a<br />

perda de mais de 25 mil postos de trabalho na atividade, a indústria de calçados superou adversidades<br />

apostando na agregação de valor ao produto, investindo em um design diferenciado que aliasse uma<br />

identidade genuinamente brasileira com qualidade e inovação. Não foi fácil, mas a atividade realizada<br />

por grande parte do segmento tornou possível não somente a sobrevivência, mas a criação de bases<br />

fortes que serão fundamentais para a retomada do crescimento, assim que as condições de competitividade<br />

forem restabelecidas.<br />

Heitor Klein<br />

Presidente-executivo da<br />

Abicalçados<br />

Os motivos do desempenho abaixo do esperado em 2015 são deveras conhecidos: uma das mais altas<br />

cargas tributárias entre os países emergentes, um sistema de exportação burocratizado, uma logística<br />

ineficiente e cara, uma legislação trabalhista arcaica e inflexível, entre tantos outros que fazem parte<br />

do chamado Custo Brasil. Ao custo de produção, em 2015, foram somados elementos econômicos<br />

e políticos. Uma crise econômica mundial, ocasionada pelo desaquecimento da economia chinesa,<br />

derrubou o preço das commodities e, com isso, o valor das exportações nacionais, devido à estrutura<br />

da pauta exportadora brasileira, especialmente dependente de produtos primários. Para agravar o<br />

quadro, tivemos um ano repleto de crises políticas que, historicamente, contaminam o comportamento<br />

da economia nacional.<br />

Em 2016, infelizmente, as primeiras notícias não foram animadoras. Começamos o ano em um cenário<br />

econômico pouco favorável. Com o desempenho negativo da economia brasileira, o alto endividamento<br />

assumido pelo consumidor e a inflação, a compra de calçados ficou, mais uma vez, em segundo<br />

plano. Como o mercado interno é responsável pela absorção de 87% do total produzido pelo setor<br />

calçadista, o reflexo foi negativo na atividade. No primeiro semestre do ano, houve uma queda de 11%<br />

no volume do varejo de calçados, além de um revés, no mesmo período, na produção do segmento<br />

(-4,6%). Até mesmo as exportações de calçados, às quais esperávamos que seriam beneficiadas pelo<br />

dólar valorizado frente ao real, tiveram revés de 3% no primeiro semestre deste ano, no comparativo<br />

com igual período do ano passado. Os motivos seguem os mesmos, potencializados por todas as incertezas<br />

do mercado, decorrentes de um processo de impeachment pelo qual passou o país.<br />

Atuação<br />

É neste cenário negativo que se faz ainda mais necessária a presença das entidades representativas,<br />

que, na busca por melhores condições de produção, levam pleitos aos governos, e também criam<br />

ferramentas para propiciar o desenvolvimento e manutenção das atividades das empresas.<br />

Estamos lançando agora, com o Relatório Setorial: Indústria de Calçado do Brasil, um íntegro relatório<br />

setorial que, com informações precisas sobre número de empresas do segmento, produção de<br />

calçados, exportações, número de empregos gerados na atividade, entre tantas outras, auxiliará as<br />

empresas a compreenderem o cenário do mercado e os próximos desafios estabelecidos.<br />

7<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


2. MUNDO<br />

8<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


2. MUNDO<br />

2.1 Panorama Econômico Mundial<br />

O Produto Interno Bruto (PIB) mundial, que reflete o desempenho<br />

da economia global, apresentou um crescimento<br />

menor em 2015 (2,4%), comparativamente ao crescimento<br />

observado em 2014 (3,1%). Diante desse resultado,<br />

as exportações retraíram em 2015, comportamento pouco<br />

favorável em virtude da desaceleração da economia chinesa.<br />

Além disso, não se observou uma recuperação econômica<br />

consistente nos Estados Unidos e na Europa. Com<br />

essa tendência de baixo dinamismo da economia mundial,<br />

principalmente na Europa e nos Estados Unidos, a projeção<br />

para 2016 é de que o ano feche com queda no valor<br />

das exportações mundiais, como apresenta o gráfico.<br />

Exportações totais e crescimento do PIB mundial<br />

Exportações totais e crescimento do PIB mundial<br />

18,7<br />

18,8<br />

16,3<br />

2.2 Panorama Mundial do Calçado<br />

15,3<br />

3,4<br />

3,1<br />

2013 2014 2015 2016* 2013 2014 2015 2016* 2013 2014 2015 2016*<br />

Evolução do comércio, consumo e produção<br />

De 2013 à Exportações 2014, as informações mundiais consolidadas de comércio<br />

externo, produção (trilhões mundial de e US$) consumo<br />

PIB Real mente para 12,8 bilhões. Nesse PIB mesmo Real ritmo, projeta-se à<br />

de calçados<br />

mundial<br />

(bilhões<br />

de calçados<br />

de (%) pares) Mundo taxa de variação acumulada, (%) América que a Latina produção e Caribe e o consumo<br />

registraram crescimento. Estima-se que em 2015 e 2016 mundial de calçados aumentem cerca de 4,5% entre 2014<br />

Fonte: FMI<br />

haja manutenção (*) Estimativa desse Abicalçados/FMI desempenho positivo. Em 2014 as e 2016. Assim, a estimativa de crescimento é um indicativo<br />

exportações mundiais de calçados foram de 12,3 bilhões<br />

de pares e a projeção para 2016 é que esse volume au-<br />

de anos com boas oportunidades para o setor de calçados<br />

no mercado internacional.<br />

2,4<br />

2,7<br />

3,4<br />

2,8<br />

Evolução do comércio, consumo e produção<br />

mundial de calçados (bilhões de pares)<br />

12,0<br />

12,3<br />

12,7<br />

12,8<br />

9,6<br />

10,0<br />

10,3<br />

1,9<br />

10,4<br />

1,9<br />

19,9<br />

12,0<br />

20,1<br />

20,8<br />

21,0<br />

17,5<br />

17,8<br />

18,4<br />

18,6<br />

18,7<br />

18,8<br />

16,3<br />

15,3<br />

3,4<br />

3,1<br />

2,4<br />

2,7<br />

3,4<br />

2,8<br />

1,9<br />

1,9<br />

2013 2014 2015 2016* 2013 2014 2015 2016* 2013 2014 2015 2016*<br />

Exportações mundiais<br />

(trilhões de US$)<br />

Fonte: FMI<br />

(*) Estimativa Abicalçados/FMI<br />

PIB Real<br />

(%) Mundo<br />

PIB Real<br />

(%) América Latina e Caribe<br />

12,3<br />

12,7<br />

Exportação<br />

12,8<br />

9,6<br />

10,0<br />

10,3<br />

10,4<br />

2013 2014 2015* 2016* 2013 2014 2015* 2016* 2013 2014 2015* 2016* 2013 2014 2015* 2016*<br />

19,9<br />

20,1<br />

Importação Produção Consumo<br />

Fonte: WSR<br />

(*) Estimativa Abicalçados<br />

Nota: Informações de exportação e importação reportadas, respectivamente, pelo país de origem e destino. A divergência no saldo mundial de exportações e<br />

importações se dá em função do valor que é reportado pelos países bem como pela ausência de valores.<br />

20,8<br />

21,0<br />

17,5<br />

17,8<br />

18,4<br />

18,6<br />

2013 2014 2015* 2016* 2013 2014 2015* 2016* 2013 2014 2015* 2016* 2013 2014 2015* 2016*<br />

Exportação<br />

Importação Produção Consumo<br />

Fonte: WSR<br />

(*) Estimativa Abicalçados<br />

Nota: Informações de exportação e importação reportadas, respectivamente, pelo país de origem e destino. A divergência no saldo mundial de exportações e<br />

importações se dá em função do valor que é reportado pelos países bem como pela ausência de valores.<br />

9<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


2. MUNDO<br />

2.2.1 Principais Países Produtores<br />

China e Índia são os players responsáveis por aproximadamente<br />

70% da produção mundial de calçados. Ambos<br />

registraram aumento na produção de calçados em 2014,<br />

sendo que a taxa de crescimento na China foi de 3%,<br />

enquanto a Índia atingiu um aumento de 4%. Destaca-se,<br />

também, o expressivo aumento na produção de calçados<br />

do Vietnã (9,6%), sendo este país o quarto maior produtor<br />

mundial de calçados. O substancial crescimento<br />

da produção de calçados do Vietnã tem origem em dois<br />

elementos: (1) a produção de calçados esportivos; e (2) o<br />

deslocamento de empresas da China para o Vietnã. Dentre<br />

os dez principais produtores mundiais, Brasil, México<br />

e Itália registraram quedas. Em relação à retração na<br />

produção de calçados do Brasil, nota-se uma queda menor<br />

em relação à ocorrida na economia brasileira (PIB).<br />

Esse desempenho está relacionado ao fato do calçado<br />

ser um bem de consumo semi-durável, sofrendo menos<br />

que os bens de consumo duráveis, como automóveis,<br />

eletrodomésticos, ou, ainda, bens de capital em momentos<br />

de restrição de crédito.<br />

Principais países produtores de calçados em pares<br />

Participação em 2014<br />

Itália 1,0%<br />

México 1,2%<br />

Nigéria 2,0%<br />

Paquistão 1,2%<br />

Índia 12,8%<br />

Indonésia 3,6%<br />

China 58,1%<br />

Tailândia 1,1%<br />

Vietnã 4,2%<br />

Brasil 5,0%<br />

Milhões de Pares<br />

País 2012 2013 2014<br />

Variação 2013-2014<br />

China<br />

Índia<br />

Brasil<br />

Vietnã<br />

Indonésia<br />

Nigéria<br />

Paquistão<br />

México<br />

Tailândia<br />

Itália<br />

Outros<br />

Total<br />

10.610<br />

2.350<br />

999<br />

735<br />

688<br />

372<br />

235<br />

270<br />

221<br />

198<br />

2.142<br />

18.820<br />

11.353<br />

2.480<br />

1.036<br />

779<br />

695<br />

384<br />

237<br />

266<br />

221<br />

202<br />

2.229<br />

19.882<br />

11.693<br />

2.579<br />

998<br />

854<br />

715<br />

393<br />

245<br />

240<br />

222<br />

197<br />

1.982<br />

20.118<br />

3,0%<br />

4,0%<br />

-3,7%<br />

9,6%<br />

2,9%<br />

2,3%<br />

3,4%<br />

-9,8%<br />

0,5%<br />

-2,5%<br />

-11,1%<br />

1,2%<br />

Fonte: WSR<br />

10<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


2. MUNDO<br />

2.2.2 Principais Países Consumidores<br />

A China se destaca como o maior mercado consumidor de<br />

calçados no mundo, e registrou importante crescimento na<br />

demanda pelo produto em 2014 (8,4%). Sendo o país mais<br />

populoso do mundo, em processo de urbanização, com<br />

crescimento econômico sustentado em patamares relativamente<br />

altos, e possuindo cerca de 17% do consumo mundial<br />

de calçados, certamente merece destaque no que se refere<br />

a sua expansiva propensão ao consumo, além da oportunidade<br />

de ganho de escala. Também com níveis de aumento<br />

do consumo representativos, os mercados da Alemanha,<br />

França e Reino Unido também merecem especial atenção.<br />

O Brasil segue como o quarto maior consumidor de calçados<br />

do mundo, porém, apresentou uma queda de 4,9%<br />

no volume de pares consumidos em 2014. Este movimento<br />

reflete que o mercado já mostrava indícios da crise que foi<br />

acentuada no ano subsequente, e que impactou no nível de<br />

utilização da capacidade instalada da indústria, e também<br />

nos ganhos de renda real dos empresários.<br />

Principais países consumidores de calçados em pares<br />

Participação em 2014<br />

Estados Unidos 13,0%<br />

França 2,4%<br />

Reino Unido 2,3%<br />

Alemanha 2,5%<br />

Japão 3,9%<br />

Nigéria 2,2%<br />

Índia - 13,9%<br />

Indonésia - 2,5%<br />

China 17,1%<br />

Brasil 5,1%<br />

Milhões de Pares<br />

País 2012 2013 2014<br />

Variação 2013-2014<br />

China<br />

Índia<br />

Estados Unidos<br />

Brasil<br />

Japão<br />

Indonésia<br />

Alemanha<br />

França<br />

Reino Unido<br />

Nigéria<br />

Outros<br />

Total<br />

2.414<br />

2.250<br />

2.262<br />

922<br />

685<br />

440<br />

387<br />

371<br />

369<br />

366<br />

6.073<br />

16.539<br />

2.796<br />

2.389<br />

2.309<br />

952<br />

688<br />

443<br />

413<br />

398<br />

346<br />

381<br />

6.340<br />

17.455<br />

3.032<br />

2.479<br />

2.315<br />

905<br />

693<br />

452<br />

439<br />

431<br />

408<br />

393<br />

6.235<br />

17.782<br />

8,4%<br />

3,8%<br />

0,3%<br />

-4,9%<br />

0,7%<br />

2,0%<br />

6,3%<br />

8,3%<br />

17,9%<br />

3,1%<br />

-1,7%<br />

1,9%<br />

Fonte: WSR<br />

11<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


2. MUNDO<br />

2.2.3 Principais Países Exportadores<br />

Como consequência do seu poder produtivo, a China<br />

mantém a hegemonia de maior exportador mundial<br />

de calçados, com um aumento de 11,8% no valor exportado<br />

em 2014. O Vietnã, a Bélgica e a Alemanha<br />

também apresentaram um crescimento expressivo no<br />

valor e no volume de calçados enviados ao exterior.<br />

É importante ressaltar que os resultados de comércio<br />

exterior da Alemanha e da Bélgica estão associados<br />

ao comportamento de reexportação destes mercados,<br />

enquanto o Vietnã, na ásia, recebe investimento externo<br />

direto, o que impacta na expansão da indústria<br />

local. Por outro lado, o Brasil enfrenta dificuldades<br />

para manter o seu nível de negócios com o exterior,<br />

consequentemente, registrou uma retração de 3,0% e<br />

2,6% nas exportações de calçados, em pares e dólares,<br />

respectivamente.<br />

Principais países exportadores de calçados em pares<br />

Participação em 2014<br />

Holanda 1,3% Reino Unido 1,3%<br />

Brasil 1,0%<br />

Bélgica 1,9%<br />

Espanha 1,3%<br />

Alemanha 1,8%<br />

Itália 1,7%<br />

Índia 1,3%<br />

Indonésia 2,9%<br />

China 71,3%<br />

Vietnã 4,6%<br />

Milhões de Pares<br />

País 2012 2013 2014<br />

Variação 2013-2014<br />

China<br />

Vietnã<br />

Indonésia<br />

Bélgica<br />

Alemanha<br />

Itália<br />

Índia<br />

Holanda<br />

Espanha<br />

Reino Unido<br />

Brasil (14º)<br />

Outros<br />

Total<br />

8.294<br />

454<br />

338<br />

201<br />

175<br />

214<br />

148<br />

138<br />

132<br />

112<br />

113<br />

1.135<br />

11.454<br />

8.667<br />

490<br />

344<br />

196<br />

185<br />

220<br />

152<br />

156<br />

140<br />

141<br />

133<br />

1.177<br />

12.001<br />

8.780<br />

569<br />

354<br />

228<br />

227<br />

215<br />

165<br />

162<br />

158<br />

155<br />

129<br />

1.180<br />

12.322<br />

1,3%<br />

16,1%<br />

2,9%<br />

16,3%<br />

22,7%<br />

-2,3%<br />

8,6%<br />

3,8%<br />

12,9%<br />

9,9%<br />

-3,0%<br />

0,3%<br />

2,7%<br />

Fonte: WSR<br />

12<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


2. MUNDO<br />

Principais países exportadores de calçados em dólares<br />

Participação em 2014<br />

Holanda 2,7%<br />

Bélgica 4,3%<br />

França 2,4%<br />

Espanha 2,7%<br />

Brasil 0,8%<br />

Alemanha 4,2%<br />

Itália 8,6%<br />

Hong Kong 3,1%<br />

Indonésia 3,1%<br />

China 41,5%<br />

Vietnã 8,0%<br />

Milhões de US$<br />

País 2012 2013 2014<br />

Variação 2013-2014<br />

China<br />

Itália<br />

Vietnã<br />

Bélgica<br />

Alemanha<br />

Hong Kong<br />

Indonésia<br />

Holanda<br />

Espanha<br />

França<br />

Brasil (18º)<br />

Outros<br />

Total<br />

44.363<br />

9.828<br />

7.264<br />

4.281<br />

4.081<br />

4.848<br />

3.447<br />

3.011<br />

2.634<br />

2.573<br />

1.093<br />

19.458<br />

106.881<br />

48.145<br />

10.717<br />

8.397<br />

5.104<br />

4.735<br />

4.353<br />

3.755<br />

3.366<br />

3.008<br />

2.822<br />

1.095<br />

22.108<br />

117.605<br />

53.837<br />

11.154<br />

10.318<br />

5.565<br />

5.400<br />

4.014<br />

3.972<br />

3.554<br />

3.507<br />

3.095<br />

1.067<br />

24.267<br />

129.750<br />

11,8%<br />

4,1%<br />

22,9%<br />

9,0%<br />

14,0%<br />

-7,8%<br />

5,8%<br />

5,6%<br />

16,6%<br />

9,7%<br />

-2,6%<br />

9,8%<br />

10,3%<br />

Fonte: UNComtrade<br />

13<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


2. MUNDO<br />

2.2.4 Principais Países Importadores<br />

Estados Unidos e Alemanha são responsáveis por, aproximadamente,<br />

30% da importação mundial de calçados,<br />

em volume e valor. Neste cenário, destaca-se a Alemanha<br />

pelo significativo aumento (acima de 10%) em<br />

pares e dólares importados em 2014. Ainda, em termos<br />

de taxa de crescimento, Reino Unido, Bélgica, França,<br />

Itália e Holanda são países europeus que indicaram variações<br />

positivas nas importações de calçados. O expressivo<br />

volume e crescimento do comércio exterior na<br />

Alemanha e na Bélgica confirmam a concepção de que<br />

esses países são, principalmente, entrepostos para as<br />

exportações de calçados.<br />

Principais países importadores de calçados em pares<br />

Participação em 2014<br />

Holanda 2,8% Reino Unido 5,6%<br />

Rússia 1,8%<br />

Estados Unidos 23,4%<br />

Bélgica 2,8%<br />

Espanha 3,2%<br />

Alemanha 6,4%<br />

França 5,1%<br />

Itália 3,3%<br />

Japão 6,1%<br />

Brasil 0,4%<br />

Milhões de Pares<br />

País 2012 2013 2014<br />

Variação 2013-2014<br />

Estados Unidos<br />

2.282<br />

2.326<br />

2.333<br />

0,3%<br />

Alemanha<br />

537<br />

570<br />

636<br />

11,6%<br />

Japão<br />

597<br />

603<br />

610<br />

1,2%<br />

Reino Unido<br />

477<br />

482<br />

559<br />

16,0%<br />

França<br />

434<br />

465<br />

509<br />

9,5%<br />

Itália<br />

301<br />

303<br />

330<br />

8,9%<br />

Espanha<br />

317<br />

327<br />

316<br />

-3,4%<br />

Bélgica<br />

239<br />

252<br />

283<br />

12,3%<br />

Holanda<br />

209<br />

253<br />

277<br />

9,5%<br />

Rússia<br />

184<br />

186<br />

181<br />

-2,7%<br />

Brasil (46º)<br />

36<br />

39<br />

37<br />

-5,1%<br />

Outros<br />

3.560<br />

3.768<br />

3.915<br />

3,9%<br />

Total<br />

9.173<br />

9.574<br />

9.986<br />

4,3%<br />

Fonte: WSR<br />

14<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


2. MUNDO<br />

Principais países importadores de calçados em dólares<br />

Participação em 2014<br />

Reino Unido 5,9%<br />

Rússia 2,9%<br />

Estados Unidos 22,2%<br />

Holanda 3,2%<br />

Bélgica 3,2%<br />

Alemanha 8,7%<br />

França 6,2%<br />

Itália 4,6%<br />

Japão 4,5%<br />

Hong Kong 3,6%<br />

Brasil 0,5%<br />

Milhões de US$<br />

País 2012 2013 2014<br />

Variação 2013-2014<br />

Estados Unidos<br />

24.394<br />

25.305<br />

26.594<br />

5,1%<br />

Alemanha<br />

8.264<br />

9.174<br />

10.345<br />

12,8%<br />

França<br />

6.321<br />

6.873<br />

7.437<br />

8,2%<br />

Reino Unido<br />

5.979<br />

6.316<br />

7.110<br />

12,6%<br />

Itália<br />

4.932<br />

5.107<br />

5.524<br />

8,2%<br />

Japão<br />

5.513<br />

5.592<br />

5.453<br />

-2,5%<br />

Hong Kong<br />

4.569<br />

4.342<br />

4.288<br />

-1,2%<br />

Holanda<br />

3.421<br />

3.709<br />

3.853<br />

3,9%<br />

Bélgica<br />

3.039<br />

3.483<br />

3.824<br />

9,8%<br />

Rússia<br />

4.001<br />

4.278<br />

3.452<br />

-19,3%<br />

Brasil (35º)<br />

509<br />

572<br />

561<br />

-1,9%<br />

Outros<br />

34.697<br />

37.765<br />

41.089<br />

8,8%<br />

Total<br />

105.639<br />

112.516<br />

119.530<br />

6,2%<br />

Fonte: UNComtrade<br />

15<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


3. BRASIL<br />

16<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


3. BRASIL<br />

3.1 Produção de Calçados<br />

O volume da produção de calçados no Brasil segue uma tendência<br />

de queda desde o ano de 2014, próximo do corrido<br />

para a indústria de transformação brasileira. Todavia, a partir<br />

de 2015, essa tendência passa por um processo de aprofundamento<br />

da retração. Já o valor da produção, que considera<br />

as variações de quantidades e de preços, apresenta uma<br />

suave elevação. De certa forma, esse resultado negativo da<br />

produção de calçados passa pelas dificuldades inerentes da<br />

crise econômica enfrentada pelo país, e pela fragilidade da<br />

competitividade da economia nacional no mercado externo.<br />

Milhões de R$<br />

Milhões de Pares<br />

2,7% -1,9%<br />

-0,9% -2,8%<br />

Milhões de R$<br />

Milhões de Pares<br />

18.624<br />

19.168<br />

19.729<br />

| otimista<br />

2,7% -1,9%<br />

| pessimista<br />

20.226<br />

19.865<br />

1.036<br />

998<br />

944<br />

| otimista<br />

935<br />

| pessimista<br />

-0,9% -2,8%<br />

917<br />

2013 2014 2015 2016*<br />

2013 2014 2015<br />

Fonte: IBGE/Abicalçados<br />

(*) Estimativa Abicalçados<br />

Nota: Estimado com base na produção identificada em 2013, de empresa com 30 ou mais pessoas ocupadas<br />

18.624<br />

19.168<br />

19.729<br />

| otimista<br />

20.226<br />

3.1.1 Nível de 2013 Utilização 2014 2015 da Capacidade 2016* Instalada (NUCI)<br />

| pessimista<br />

19.865<br />

1.036<br />

998<br />

944<br />

2013 2014 2015<br />

2016*<br />

| otimista<br />

| pessimista<br />

935<br />

917<br />

2016*<br />

O Nível de Utilização Fonte: IBGE/Abicalçados da Capacidade Instalada (NUCI)<br />

da indústria de<br />

(*)<br />

calçados<br />

Estimativa Abicalçados<br />

Brasil demonstra uma diminuição<br />

entre 2013 e 2015. Com isso, não é possível esperar<br />

uma consistente elevação nos investimentos das<br />

empresas calçadistas no ano de 2016. Ademais, esse<br />

movimento segue o já observado para a Indústria de<br />

Nota: Estimado com base na produção identificada em 2013, de empresa com 30 ou mais pessoas ocupadas<br />

83,8%<br />

78,5%<br />

Transformação como um todo no país. É factível acenar<br />

que o cenário pode ser prejudicial no sentido de que as<br />

empresas não se motivam a realizar novos investimentos<br />

em tecnologia e otimização de processos, visto que<br />

uma retomada da demanda poderia ser suprida com a<br />

capacidade ociosa.<br />

72,9%<br />

2013<br />

2014<br />

2015<br />

Fonte: Abicalçados<br />

83,8%<br />

78,5%<br />

72,9%<br />

Consumo aparente 2013 de calçados no 2014 Brasil em pares<br />

2015<br />

Fonte: Abicalçados<br />

2013 952,4<br />

2014<br />

Consumo aparente de calçados no Brasil em pares<br />

17<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016<br />

905,4


3. BRASIL<br />

3.1.2 Segmentação da Produção<br />

Em termos de produção regional, o Nordeste se consolida<br />

como o principal pólo produtor de calçados do<br />

Brasil. Além disso, entre 2014 e 2015 ocorreu uma queda<br />

na produção menor nessa região que a observada<br />

no total do Brasil. Com isso, o Nordeste aumentou sua<br />

relevância na produção nacional neste período. Dois estados<br />

são fundamentais para produção de calçados no<br />

Nordeste: Ceará e Paraíba. Juntos esses dois estados<br />

representam 48,8% da produção nacional e 83,4% da<br />

produção do Nordeste.<br />

Segmentação da produção brasileira de calçados por região em 2015<br />

Milhões de pares<br />

Var.<br />

2014/15<br />

-5,4%<br />

Norte<br />

Part.<br />

2015<br />

0,2%<br />

Nordeste<br />

Var.<br />

2014/15<br />

-4,3%<br />

Part.<br />

2015<br />

58,5%<br />

UF<br />

CE<br />

PB<br />

Produção<br />

264,8<br />

196,8<br />

Participação<br />

28,0%<br />

20,8%<br />

Centro-Oeste<br />

Var.<br />

2014/15<br />

-5,8%<br />

Part.<br />

2015<br />

0,7%<br />

Var.<br />

2014/15<br />

-8,1%<br />

Sudeste<br />

Part.<br />

2015<br />

18,4%<br />

MG<br />

82,8<br />

8,8%<br />

SP<br />

70,4<br />

7,5%<br />

Sul<br />

RS<br />

172,4<br />

18,3%<br />

Var.<br />

2014/15<br />

-6,0%<br />

Part.<br />

2015<br />

22,3%<br />

Outros<br />

Brasil<br />

157,0<br />

944,2<br />

16,6%<br />

100%<br />

Fonte: Abicalçados<br />

18<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


Sudeste 18,4% -8,1%<br />

Norte<br />

0,2% -5,4%<br />

Sul Nordeste 58,5% 22,3% -6,0% -4,3%<br />

Centro-Oeste 0,7% -5,8%<br />

Sudeste 18,4%<br />

100%<br />

-8,1%<br />

-5,4%<br />

SP<br />

CE<br />

PB<br />

RS<br />

Outros<br />

Total<br />

RS<br />

SP<br />

MG<br />

264.772.420<br />

70.359.602<br />

196.829.843<br />

172.420.558<br />

157.006.167<br />

82.765.291<br />

944.153.882<br />

70.359.602<br />

28,0% 7,5%<br />

20,8%<br />

18,3%<br />

3. BRASIL<br />

16,6%<br />

8,8%<br />

100%<br />

7,5%<br />

A importância produtiva do Nordeste no Brasil se reflete<br />

na Fonte: produção IBGE / Abicalçados de calçados por material predominante.<br />

Sul<br />

22,3% -6,0%<br />

As empresas localizadas nessa região são, predominantemente,<br />

voltadas à produção de calçados de plásticos/<br />

borracha, o que define a participação expressiva desse<br />

172.420.558 18,3%<br />

tipo de material no total produzido pela indústria nacional.<br />

Outros<br />

100% -5,4%<br />

Produção de calçados no Brasil por material predominante Total<br />

em pares<br />

Participação em 2015<br />

Fonte: IBGE / Abicalçados<br />

2,2%<br />

3,8%<br />

Outros<br />

Têxtil<br />

157.006.167<br />

944.153.882<br />

16,6%<br />

100%<br />

Produção de calçados no Brasil por material predominante em pares<br />

Participação em 2015<br />

19,7%<br />

Couro<br />

27,7%<br />

Laminado 2,2%<br />

3,8%<br />

Outros<br />

Sintético Têxtil<br />

Fonte: Abicalçados<br />

27,7%<br />

Laminado<br />

Sintético<br />

46,6%<br />

19,7%<br />

Plástico/Borracha<br />

Couro<br />

46,6%<br />

Plástico/Borracha<br />

No Produção detalhamento identificada da produção de de calçados por gêneros<br />

ência (67,4% do total identificado da produção). Os homens,<br />

frente a uma maior oferta e variação de produtos,<br />

identificados Participação (desconsiderando em 2015 segmentos, por exemplo,<br />

de segurança e ortopédicos), os calçados femininos predominam,<br />

Fonte: Abicalçados em vista do comportamento de consumo das identificada de calçados, enquanto que os calçados in-<br />

assumem uma fatia de pouco mais de 20% da produção<br />

mulheres, que 37,9% compram em maior quantidade e frequfantis<br />

representam cerca 10,4% de 10% da mesma.<br />

Não<br />

Infantil<br />

Identificada<br />

Produção identificada de calçados por gênero<br />

Participação em 2015<br />

22,2%<br />

Masculino<br />

62,1%<br />

Identificada<br />

37,9%<br />

Não<br />

Identificada<br />

10,4%<br />

Infantil<br />

67,4%<br />

Feminino<br />

Fonte: Abicalçados<br />

62,1%<br />

Identificada<br />

22,2%<br />

Masculino<br />

67,4%<br />

Feminino<br />

Fonte: Abicalçados<br />

19<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


3. BRASIL<br />

83,8%<br />

78,5%<br />

72,9%<br />

3.2 Consumo de Calçados<br />

2013<br />

2014<br />

2015<br />

O movimento do consumo aparente de calçados no é associado a dois processos em curso na economia<br />

Brasil segue de perto Fonte: a dinâmica Abicalçados da produção doméstica.<br />

Entre 2013 e 2015, observa-se uma queda no consu-<br />

queda da massa salarial, efeito de uma elevação do de-<br />

brasileira: (1) endividamento elevado das famílias; e (2)<br />

mo na ordem de 5,3% ao ano. Esse resultado negativo semprego e da retração do salário real.<br />

Consumo aparente de calçados no Brasil em pares<br />

2013 952,4<br />

2014<br />

905,4<br />

2015<br />

853,3<br />

Fonte: Abicalçados<br />

3.3 Comércio Exterior<br />

13,0% 13,1%<br />

Em 2015, o Brasil importou US$ 481,0 milhões em calçados.<br />

Esse resultado representou uma queda de 14,3% em<br />

relação ao ano anterior. As exportações brasileiras de<br />

11,9%<br />

calçados totalizaram US$ 960,4 milhões em 2015, uma<br />

retração de 10,0%, comparativamente a 2014. Com isso, o<br />

saldo da balança comercial de calçados manteve o superávit<br />

que, vale ressaltar, tem relação com a medida de defesa<br />

comercial de dumping contra os calçados chineses.<br />

4,1% 4,1%<br />

3,9%<br />

Fonte: Abicalçados<br />

Balança comercial de calçados em milhões de dólares<br />

2013<br />

2014 2015 2013<br />

Coeficiente de<br />

Exportação de Calçados<br />

2014 2015<br />

Coeficiente de<br />

Importação de Calçados<br />

522,9 506,0<br />

479,4<br />

Exportações<br />

Importações<br />

1.095,3<br />

572,4<br />

1.067,2<br />

561,3<br />

960,4<br />

481,0<br />

Saldo<br />

2013 2014 2015<br />

Fonte: MDIC<br />

20<br />

Exportações brasileiras de calçados<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


2013 952,4<br />

3. BRASIL<br />

2014<br />

O coeficiente de exportação reflete o quanto da produção<br />

calçadista nacional é exportada, ou seja, visto que<br />

em 2015 o coeficiente 2015 resultou em 13,1% da produção, o<br />

restante foi destinado ao mercado interno (86,9%). No<br />

mesmo âmbito, o coeficiente de importações indica o<br />

quanto da oferta Fonte: local Abicalçados de calçados (produção mais importações,<br />

descontados os pares enviados ao exterior) é<br />

proveniente de outros países. A percepção inicial que tais<br />

indicadores fornecem é de que o mercado calçadista brasileiro<br />

é abastecido, quase que exclusivamente, pela pro-<br />

905,4<br />

dução nacional. Ademais, movimento, entre 2013 e 2015,<br />

dos coeficientes para o setor calçadista mostra, em parte,<br />

o efeito da desvalorização 853,3 cambial ocorrida no Brasil no<br />

período analisado. Nota-se uma elevação no coeficiente<br />

de exportações e ao mesmo tempo uma suave diminuição<br />

no indicador de importações. É interessante perceber a<br />

dificuldade de diminuição do coeficiente de importações,<br />

pois, mesmo depois de uma desvalorização da moeda nacional<br />

e uma forte contração na renda doméstica, esse<br />

indicador alterou apenas 0,2 pontos percentuais.<br />

13,0% 13,1%<br />

11,9%<br />

Balança comercial de calçados em milhões de dólares<br />

4,1% 4,1%<br />

3,9%<br />

Fonte: Abicalçados<br />

2013<br />

2014 2015 2013<br />

Coeficiente de<br />

Exportação de Calçados<br />

522,9 506,0<br />

2014 2015<br />

Coeficiente de<br />

Importação de Calçados<br />

479,4<br />

3.3.1 Exportação<br />

Exportações<br />

Importações<br />

1.095,3<br />

572,4<br />

1.067,2<br />

As projeções para o comportamento das exportações cada em 2015, depois de uma sensível Saldo desvalorização da<br />

brasileiras de calçados para 2016 seguem uma tendência moeda nacional, não era prevista. Esse movimento pode<br />

de manutenção ou moderada recuperação. No cenário estar associado, entre outros fatores, à desaceleração<br />

otimista ou pessimista, a 2013 variação para os embarques 2014 ao da renda mundial, 2015e, também, à dificuldade da indústria<br />

exterior não devem variar de maneira significativa em brasileira de se reposicionar no comércio mundial, após<br />

Fonte: MDIC<br />

relação ao ano anterior. A queda nas exportações, verifi-<br />

um longo período de valorização do real frente ao dólar.<br />

561,3<br />

960,4<br />

481,0<br />

Exportações brasileiras de calçados<br />

Milhões de US$<br />

Milhões de Pares<br />

1,5%<br />

-2,8%<br />

4,6% -1,4%<br />

1.095,3<br />

1.067,2<br />

960,4<br />

974,8<br />

| otimista<br />

933,5<br />

| pessimista<br />

122,9<br />

129,5<br />

124,1<br />

129,8<br />

| otimista<br />

122,3<br />

| pessimista<br />

2013 2014 2015 2016*<br />

2013 2014 2015<br />

2016*<br />

Fonte: MDIC<br />

(*) Estimativa Abicalçados<br />

21<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


3. BRASIL<br />

A queda no valor das exportações brasileiras de calçados,<br />

em 2015, se deve, em grande parte, à diminuição<br />

da demanda de calçados brasileiros por importadores<br />

como Estados Unidos, Argentina, França,<br />

Paraguai e Angola. Esses países, exceto os Estados<br />

Unidos, registraram queda acima de -10% em suas importações<br />

de calçados provenientes do Brasil. A possibilidade<br />

de recuperação passa, principalmente, por<br />

uma melhora no desempenho em dois países: Estados<br />

Unidos e Argentina.<br />

Principais destinos das exportações de calçados em dólares<br />

Participação em 2015<br />

Estados Unidos 20,0%<br />

França 5,7%<br />

Colômbia 4,3%<br />

Bolívia 5,2%<br />

Chile 3,2%<br />

Peru 2,9%<br />

Paraguai 4,7%<br />

Angola 3,4%<br />

Austrália 2,8%<br />

Argentina 7,0%<br />

Milhões de US$<br />

País 2013 2014 2015<br />

Variação 2014-2015<br />

Estados Unidos<br />

Argentina<br />

França<br />

Bolívia<br />

Paraguai<br />

Colômbia<br />

Angola<br />

Chile<br />

Peru<br />

Austrália<br />

Outros<br />

Total<br />

189,5<br />

118,9<br />

69,7<br />

44,9<br />

55,2<br />

39,4<br />

50,6<br />

36,2<br />

31,9<br />

29,7<br />

429,4<br />

1.095,3<br />

193,7<br />

81,7<br />

70,1<br />

46,5<br />

55,3<br />

48,7<br />

54,4<br />

31,1<br />

27,1<br />

27,2<br />

431,6<br />

1.067,2<br />

191,9<br />

67,5<br />

54,9<br />

49,6<br />

45,3<br />

41,1<br />

32,7<br />

31,1<br />

28,1<br />

27,3<br />

390,9<br />

960,4<br />

-0,9%<br />

-17,4%<br />

-21,6%<br />

6,7%<br />

-18,1%<br />

-15,6%<br />

-40,0%<br />

0,2%<br />

4,0%<br />

0,5%<br />

-9,4%<br />

-10,0%<br />

Fonte: MDIC<br />

22<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


3. BRASIL<br />

Principais destinos das exportações de calçados em pares<br />

Participação em 2015<br />

Estados Unidos 9,5%<br />

Espanha 2,9%<br />

França 6,8%<br />

Colômbia 6,4%<br />

Bolívia 5,6%<br />

Peru 3,4%<br />

Paraguai 10,7%<br />

Angola 7,6%<br />

Austrália 3,4%<br />

Argentina 6,4%<br />

Milhões de pares<br />

País 2013 2014 2015 Variação 2014-2015<br />

Paraguai<br />

Estados Unidos<br />

Angola<br />

França<br />

Argentina<br />

Colômbia<br />

Bolívia<br />

Peru<br />

Austrália<br />

Espanha<br />

Outros<br />

Total<br />

14,1<br />

10,7<br />

12,4<br />

7,9<br />

8,9<br />

6,7<br />

6,7<br />

3,6<br />

4,7<br />

1,7<br />

45,5<br />

122,9<br />

15,9<br />

11,9<br />

13,3<br />

8,9<br />

7,7<br />

7,4<br />

6,5<br />

3,4<br />

4,2<br />

2,0<br />

48,3<br />

129,5<br />

13,3<br />

11,8<br />

9,4<br />

8,5<br />

8,0<br />

8,0<br />

7,0<br />

4,2<br />

4,2<br />

3,6<br />

46,1<br />

124,1<br />

-16,4%<br />

-0,8%<br />

-29,0%<br />

-5,0%<br />

4,3%<br />

7,8%<br />

7,5%<br />

22,7%<br />

-1,8%<br />

80,0%<br />

-4,5%<br />

-4,2%<br />

Fonte: MDIC<br />

23<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


3. BRASIL<br />

O Ceará foi responsável por 40,8% das exportações, em pares,<br />

no ano de 2015. Diante da importante representação no<br />

total dos embarques, a queda de 10% no volume exportado<br />

das empresas estabelecidas neste estado, impacta fortemente<br />

no desempenho setorial do país no mercado internacional<br />

(em valor a redução chegou a 15,3%, em 2015). A<br />

desvalorização do real pressionou a queda dos preços, refletindo<br />

em uma redução do valor médio do calçado exportado.<br />

O segundo maior estado exportador, Paraíba, responsável<br />

por 21,3% (do volume) dos embarques do país, também<br />

apresentou retração de 4,9% e 11,5%, em pares e dólares,<br />

respectivamente. No extremo sul do País, a unidade federativa<br />

do Rio Grande do Sul, apesar de ter exportado uma<br />

representatividade nacional de menos 4,4% (US$), o estado<br />

apresentou um aumento de 14,0% na quantidade de pares<br />

comercializados com o exterior. Também, contribuiu para a<br />

queda dos preços do produto ofertado, dinâmica causada,<br />

como mencionado, pela desvalorização da moeda nacional.<br />

Participação das exportações por estado<br />

2013<br />

Variação<br />

2014 2015 2014-2015 Participação<br />

314,9<br />

103,4<br />

63,2<br />

310,6<br />

99,9<br />

46,7<br />

263,0<br />

88,4<br />

38,6<br />

-15,3%<br />

-11,5%<br />

-17,4%<br />

27,4%<br />

9,2%<br />

4,0%<br />

BA<br />

CE<br />

PB<br />

Milhões de US$<br />

144,4<br />

145,0<br />

122,6<br />

-15,4%<br />

12,8%<br />

SP<br />

387,1<br />

387,1<br />

370,0<br />

-4,4%<br />

38,5%<br />

RS<br />

82,2 78,0 77,8 -0,3%<br />

1.095,3 1.067,2 960,4 -10,0%<br />

8,1%<br />

100%<br />

Outros<br />

Brasil<br />

2013<br />

Variação<br />

2014 2015 2014-2015 Participação<br />

CE<br />

PB<br />

51,8<br />

28,5<br />

56,3<br />

27,8<br />

50,7<br />

26,5<br />

-10,0%<br />

-4,9%<br />

40,8%<br />

21,3%<br />

Milhões de Pares<br />

MG<br />

1,3<br />

4,9<br />

7,5<br />

55,4%<br />

6,1%<br />

SP<br />

10,1<br />

11,7<br />

10,0<br />

-14,5%<br />

8,1%<br />

RS<br />

16,5<br />

18,0<br />

20,5<br />

14,0%<br />

16,5%<br />

Outros<br />

Brasil<br />

14,6 10,9 8,9 -17,9<br />

122,9 129,5 124,1 -4,2%<br />

7,2%<br />

100%<br />

Fonte: MDIC<br />

24<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


3. BRASIL<br />

Exportação de calçados por material predominante<br />

Milhões de US$<br />

Material 2013 2014 2015 Variação 2014-2015 Participação<br />

Injetado<br />

Sintético<br />

Chinelos<br />

Outros<br />

Couro<br />

Têxtil<br />

Outros Materiais<br />

Total<br />

4,1<br />

485,5<br />

235,9<br />

249,6<br />

514,9<br />

81,0<br />

9,8<br />

1.095,3<br />

4,1<br />

498,5<br />

262,4<br />

236,1<br />

491,3<br />

64,7<br />

8,6<br />

1.067,2<br />

3,3<br />

435,5<br />

226,0<br />

209,5<br />

442,0<br />

74,5<br />

5,1<br />

960,4<br />

-19,5%<br />

-12,6%<br />

-13,9%<br />

-11,3%<br />

-10,0%<br />

15,1%<br />

-40,8%<br />

-10,0%<br />

0,3%<br />

45,3%<br />

23,5%<br />

21,8%<br />

46,0%<br />

7,8%<br />

0,5%<br />

100%<br />

Fonte: MDIC<br />

Exportação de calçados por material predominante<br />

Milhões de pares<br />

Material 2013 2014 2015 Variação 2014-2015 Participação<br />

Injetado<br />

Sintético<br />

Chinelos<br />

Outros<br />

Couro<br />

Têxtil<br />

Outros Materiais<br />

Total<br />

0,7<br />

97,7<br />

74,5<br />

23,2<br />

17,9<br />

6,1<br />

0,5<br />

122,9<br />

0,6<br />

105,8<br />

82,8<br />

23,0<br />

17,2<br />

5,5<br />

0,5<br />

129,5<br />

0,4<br />

98,8<br />

76,4<br />

22,3<br />

17,1<br />

7,5<br />

0,3<br />

124,1<br />

-33,3%<br />

-6,6%<br />

-7,6%<br />

-3,1%<br />

-0,6%<br />

36,4%<br />

-40,0%<br />

-4,2%<br />

0,3%<br />

79,6%<br />

61,6%<br />

18,0%<br />

13,8%<br />

6,1%<br />

0,2%<br />

100%<br />

Fonte: MDIC<br />

Participação das exportações por segmento<br />

2013<br />

2014<br />

2015<br />

Variação<br />

2014-2015<br />

Participação<br />

Esportivo<br />

Valor (milhões de US$)<br />

Pares (mil unidades)<br />

13,1<br />

734,7<br />

12,6<br />

879,8<br />

12,0<br />

979,2<br />

-4,8%<br />

11,3%<br />

1,2%<br />

0,8%<br />

Chinelos<br />

Valor (milhões de US$) 235,9 262,4 226,0<br />

-13,9%<br />

25 Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016<br />

Pares (mil unidades) 74.494,8 82.753,5 76.437,3<br />

-7,6%<br />

23,5%<br />

61,6%


Têxtil<br />

Outros Materiais<br />

Total<br />

6,1<br />

0,5<br />

122,9<br />

5,5<br />

0,5<br />

129,5<br />

7,5<br />

0,3<br />

124,1<br />

36,4%<br />

-40,0%<br />

-4,2%<br />

6,1%<br />

0,2%<br />

100%<br />

Fonte: MDIC<br />

3. BRASIL<br />

Participação das exportações por segmento<br />

2013<br />

2014<br />

2015<br />

Variação<br />

2014-2015<br />

Participação<br />

Esportivo<br />

Valor (milhões de US$)<br />

Pares (mil unidades)<br />

13,1<br />

734,7<br />

12,6<br />

879,8<br />

12,0<br />

979,2<br />

-4,8%<br />

11,3%<br />

1,2%<br />

0,8%<br />

Chinelos<br />

Valor (milhões de US$)<br />

Pares (mil unidades)<br />

235,9<br />

74.494,8<br />

262,4<br />

82.753,5<br />

226,0<br />

76.437,3<br />

-13,9%<br />

-7,6%<br />

23,5%<br />

61,6%<br />

Outros calçados<br />

Valor (milhões de US$)<br />

Pares (mil unidades)<br />

846,3<br />

47.673,5<br />

792,2<br />

45.884,4<br />

722,4<br />

46.665,2<br />

-8,8%<br />

1,7%<br />

75,2%<br />

37,6%<br />

Fonte: MDIC<br />

26<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


3. BRASIL<br />

3.3.2 Importação<br />

A entrada de calçados importados no mercado brasileiro<br />

sofreu redução, no último ano, em pares (-9,6%)<br />

e em valores (-14,3%). O resultado já era esperado, determinado<br />

pela queda na renda nacional e pela desvalorização<br />

do real frente ao dólar americano, tornando<br />

os importados menos competitivos no fator preço,<br />

além da sobretaxa por dumping no caso chinês. Ao se<br />

comparar a pauta de exportações totais de calçados do<br />

Brasil, e as importações do segmento, percebe-se um<br />

valor médio por par importado superior ao valor do<br />

produto brasileiro remetido ao exterior, desconsiderando<br />

a classificação dos calçados.<br />

Importações brasileiras de calçados em dólares<br />

Participação em 2015<br />

Espanha 0,4%<br />

Itália 3,3%<br />

Índia 0,9%<br />

Bangladesh 0,4%<br />

Camboja 2,9%<br />

China 9,5%<br />

Tailândia 2,1%<br />

Vietnã 54,2%<br />

Indonésia 24,1%<br />

Paraguai 0,5%<br />

Milhões de US$<br />

País 2013 2014 2015 Variação 2014-2015<br />

Vietnã<br />

299,1<br />

323,5<br />

260,5<br />

-19,5%<br />

Indonésia<br />

114,5<br />

111,8<br />

116,1<br />

3,8%<br />

China<br />

60,1<br />

53,1<br />

45,9<br />

-13,5%<br />

Itália<br />

19,5<br />

21,6<br />

15,9<br />

-26,2%<br />

Camboja<br />

20,7<br />

8,7<br />

14,1<br />

62,0%<br />

Tailândia<br />

10,4<br />

8,6<br />

10,0<br />

16,3%<br />

Índia<br />

4,5<br />

3,2<br />

4,3<br />

34,4%<br />

Paraguai<br />

8,9<br />

1,7<br />

2,6<br />

52,9%<br />

Espanha<br />

4,4<br />

2,9<br />

2,0<br />

-31,0%<br />

Bangladesh<br />

2,4<br />

1,4<br />

1,8<br />

32,6%<br />

Outros<br />

27,9<br />

24,8<br />

7,7<br />

-69,0%<br />

Total<br />

572,4<br />

561,3<br />

481,0<br />

-14,3%<br />

Fonte: MDIC<br />

27<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


3. BRASIL<br />

Importações brasileiras de calçados em pares<br />

Participação em 2015<br />

México 0,6%<br />

Paraguai 1,3%<br />

Itália 3,5%<br />

Índia 1,1%<br />

Camboja 2,9%<br />

China 19,0%<br />

Hong Kong 3,3%<br />

Tailândia 1,6%<br />

Vietnã 44,9%<br />

Indonésia 19,5%<br />

Milhões de Pares<br />

Destino 2013 2014 2015<br />

Variação 2014-2015<br />

Vietnã<br />

Indonésia<br />

China<br />

Itália<br />

Hong Kong<br />

Camboja<br />

Tailândia<br />

Paraguai<br />

Índia<br />

México<br />

Outros<br />

Total<br />

16,81<br />

7,03<br />

9,77<br />

0,15<br />

0,11<br />

1,59<br />

0,69<br />

0,55<br />

0,35<br />

0,63<br />

1,47<br />

39,15<br />

18,48<br />

6,61<br />

7,69<br />

0,15<br />

0,59<br />

0,64<br />

0,50<br />

0,34<br />

0,25<br />

0,36<br />

1,18<br />

36,80<br />

14,93<br />

6,50<br />

6,34<br />

1,15<br />

1,11<br />

0,95<br />

0,54<br />

0,45<br />

0,36<br />

0,21<br />

0,73<br />

33,26<br />

-19,3%<br />

-1,6%<br />

-17,6%<br />

666,7%<br />

88,1%<br />

48,3%<br />

8,0%<br />

32,4%<br />

44,0%<br />

-41,7%<br />

-38,0%<br />

-9,6%<br />

Fonte: MDIC<br />

28<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


3. BRASIL<br />

Importação de calçados por material predominante<br />

Milhões de US$<br />

Material 2013 2014 2015 Variação 2014-2015 Participação<br />

Injetado<br />

Sintético<br />

Chinelos<br />

Outros<br />

Couro<br />

Têxtil<br />

Outros Materiais<br />

Total<br />

4,6<br />

137,0<br />

6,5<br />

130,4<br />

107,4<br />

313,4<br />

10,0<br />

572,4<br />

1,4<br />

98,2<br />

4,3<br />

93,9<br />

97,1<br />

357,4<br />

7,1<br />

561,3<br />

1,0<br />

99,4<br />

3,2<br />

96,2<br />

82,4<br />

292,4<br />

5,9<br />

481,0<br />

-28,5%<br />

1,2%<br />

-25,4%<br />

2,4%<br />

-15,2%<br />

-18,2%<br />

-16,9%<br />

-14,3%<br />

0,2%<br />

20,7%<br />

0,7%<br />

20,0%<br />

17,1%<br />

60,8%<br />

1,2%<br />

100%<br />

Fonte: MDIC<br />

Importação de calçados por material predominante<br />

Milhões de pares<br />

Material 2013<br />

2014<br />

2015 Variação 2014-2015 Participação<br />

Injetado<br />

Sintético<br />

Chinelos<br />

Outros<br />

Couro<br />

Têxtil<br />

Outros Materiais<br />

Total<br />

0,66<br />

10,07<br />

1,66<br />

8,42<br />

4,81<br />

19,14<br />

4,47<br />

39,15<br />

0,29<br />

7,66<br />

1,00<br />

6,66<br />

4,45<br />

20,77<br />

3,63<br />

36,80<br />

0,24<br />

7,52<br />

0,67<br />

6,85<br />

4,19<br />

17,67<br />

3,64<br />

33,26<br />

-17,2%<br />

-1,8%<br />

-33,0%<br />

2,9%<br />

-5,7%<br />

-14,9%<br />

0,2%<br />

-9,6%<br />

0,7%<br />

22,6%<br />

2,0%<br />

20,6%<br />

12,6%<br />

53,1%<br />

10,9%<br />

100%<br />

Fonte: MDIC<br />

Participação das importações por tipo segmento<br />

2013<br />

2014<br />

2015<br />

Variação<br />

2014-2015<br />

Participação<br />

Esportivo<br />

Valor (milhões de US$)<br />

Pares (mil unidades)<br />

188,6<br />

9.093,2<br />

254,2<br />

12.020,1<br />

206,4<br />

9.173,0<br />

-18,8%<br />

-23,7%<br />

42,9%<br />

27,6%<br />

Chinelos<br />

29<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016<br />

Valor (milhões de US$) 6,5 4,3 3,2 -25,4% 0,7%


Total 39,15 36,80<br />

33,26 -9,6%<br />

100%<br />

Fonte: MDIC<br />

3. BRASIL<br />

Participação das importações por tipo segmento<br />

2013<br />

2014<br />

2015<br />

Variação<br />

2014-2015<br />

Participação<br />

Esportivo<br />

Valor (milhões de US$)<br />

Pares (mil unidades)<br />

188,6<br />

9.093,2<br />

254,2<br />

12.020,1<br />

206,4<br />

9.173,0<br />

-18,8%<br />

-23,7%<br />

42,9%<br />

27,6%<br />

Chinelos<br />

Valor (milhões de US$)<br />

Pares (mil unidades)<br />

6,5<br />

1.656,7<br />

4,3<br />

1.000,9<br />

3,2<br />

670,5<br />

-25,4%<br />

-33,0%<br />

0,7%<br />

2,0%<br />

Outros calçados<br />

Valor (milhões de US$)<br />

Pares (mil unidades)<br />

377,2<br />

28.400,6<br />

302,9<br />

23.776,3<br />

271,5<br />

23.420,5<br />

-10,4%<br />

-1,5%<br />

56,4%<br />

70,4%<br />

Fonte: MDIC<br />

30<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


3. BRASIL<br />

3.4 Emprego e Estabelecimentos<br />

Em 2015, o nível de ocupação na indústria calçadista registrou<br />

um total de 283,1 mil empregos, enquanto o número<br />

de empresas voltadas à fabricação de calçados foi de<br />

7,7 mil. O Rio Grande do Sul se destaca como o estado<br />

que concentra a maior parcela de empregos (33,6%) e de<br />

empresas (35,1%) do setor calçadista, ainda que o estado<br />

não represente a maior parcela dos pares produzidos no<br />

Brasil (a região sul do país representa 22,3%). Essa dinâmica<br />

no estado se deve pela característica de produção<br />

predominante de calçados montados, processo menos automatizado<br />

e massivo em mão de obra. Ao se comparar<br />

a relação emprego-estabelecimentos, observa-se que os<br />

estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais<br />

e Santa Catarina apresentam empresas de menor porte,<br />

quando comparadas com as empresas instaladas na Bahia<br />

e no Ceará.<br />

Emprego<br />

Estabelecimento<br />

283,1 mil<br />

2015<br />

7,7 mil<br />

2015<br />

33,6%<br />

19,4%<br />

15,0%<br />

10,1%<br />

8,7%<br />

2,4%<br />

10,8%<br />

Estado<br />

Rio Grande do Sul<br />

Ceará<br />

São Paulo<br />

Minas Gerais<br />

Bahia<br />

Santa Catarina<br />

Outros<br />

35,1%<br />

3,9%<br />

31,0%<br />

15,8%<br />

1,4%<br />

3,6%<br />

9,2%<br />

Fonte: RAIS/ MTE<br />

Concentração<br />

do emprego<br />

Concentração<br />

das empresas<br />

31<br />

Faixa de<br />

Emprego<br />

Relatório 2,5% Setorial - Indústria Até 4de Calçados do 52,8% Brasil | 2016<br />

3,4%<br />

15,2%


Estado<br />

3. BRASIL<br />

33,6%<br />

19,4%<br />

15,0%<br />

10,1%<br />

8,7%<br />

Rio Grande do Sul<br />

Ceará<br />

São Paulo<br />

Minas Gerais<br />

Bahia<br />

2,4%<br />

O porte das empresas calçadistas no Brasil indica<br />

Santa<br />

um<br />

Catarina 3,6%<br />

tuada nas faixas de até 50 vínculos empregatícios, resul-<br />

negativo 9,2% orientado pelas empresas que empregam<br />

comportamento oposto entre a concentração 10,8% dos vínculos<br />

empregatícios e do número de estabelecimentos vol-<br />

de 10 a 19 funcionários (reduziram suas unidades em 16,4%<br />

Outrostado<br />

tados à fabricação de calçados. Fonte: RAIS/ Há MTEum grande número e empregaram 16,0% a menos), as piores taxas entre as<br />

de microempresas (68%) que empregam 5,9% da mão faixas de porte de empresas do setor. Por outro lado, houve<br />

um crescimento de 6,1% no número de empresas com<br />

de obra. A grande participação de empresas de pequeno<br />

porte impacta no desempenho desfavorável do setor em mais de 1.000 vínculos empregatícios no último ano, indicando<br />

a menor susceptibilidade das empresas de grande<br />

períodos de crise, pois empresas de menor porte tendem<br />

a sofrer de forma mais acentuada os efeitos da retração porte aos choques econômicos. As empresas de maior<br />

da demanda interna no País. Em concordância, a retração porte, conforme a faixa de emprego identificada, representam<br />

mais de 30% de toda a ocupação no do número de empresas, entre 2014 e 2015, foi mais acen-<br />

setor.<br />

35,1%<br />

3,9%<br />

31,0%<br />

15,8%<br />

1,4%<br />

Concentração<br />

do emprego<br />

Concentração<br />

das empresas<br />

2,5%<br />

3,4%<br />

5,6%<br />

11,8%<br />

10,6%<br />

13,2%<br />

11,0%<br />

10,6%<br />

31,3%<br />

Faixa de<br />

Emprego<br />

Até 4<br />

De 5 a 9<br />

De 10 a 19<br />

De 20 a 49<br />

De 50 a 99<br />

De 100 a 249<br />

De 250 a 499<br />

De 500 a 999<br />

1000 ou Mais<br />

52,8%<br />

15,2%<br />

11,8%<br />

11,3%<br />

4,4%<br />

2,6%<br />

1,0%<br />

0,5%<br />

0,5%<br />

Fonte: RAIS/ MTE<br />

32<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


3. BRASIL<br />

O Brasil registrou uma queda de 8,5% no emprego, que<br />

representa uma redução de mais de 25 mil postos de<br />

trabalho entre 2014 e 2015. As projeções de recuperação<br />

do nível de emprego para o ano de 2016 não são<br />

muito favoráveis. Estima-se uma redução de 5,6% em<br />

um cenário pessimista e uma diminuição de 2,1% em um<br />

cenário otimista, seguindo a tendência de queda observada<br />

desde o ano de 2013. Ao observar os indicadores<br />

apresentados por Unidades da Federação, a Bahia é o<br />

único estado que gerou um saldo de movimento positivo<br />

no emprego, no ano de 2015 (2,5%). A elevação no emprego<br />

na Bahia pode ser efeito de uma aumento da formalização<br />

de empregado e não, necessariamente, pelo<br />

crescimento interno das empresas já instaladas.<br />

Emprego na fabricação de calçados por estado<br />

Mil postos de trabalho<br />

Estado 2013 2014 2015<br />

Variação 2014-2015<br />

Previsão<br />

Rio Grande do Sul<br />

Ceará<br />

São Paulo<br />

Minas Gerais<br />

Bahia<br />

Santa Catarina<br />

Outros<br />

Total<br />

Fonte: RAIS/MTE<br />

(*) Estimativa Abicalçados<br />

108,3<br />

63,7<br />

54,2<br />

33,2<br />

26,2<br />

7,8<br />

34,5<br />

327,9<br />

101,8<br />

61,4<br />

49,9<br />

32,6<br />

24,2<br />

7,2<br />

32,1<br />

309,3<br />

95,1<br />

54,8<br />

42,4<br />

28,7<br />

24,8<br />

6,8<br />

30,5<br />

283,1<br />

-6,6%<br />

-10,7%<br />

-15,1%<br />

-12,0%<br />

2,5%<br />

-5,7%<br />

-5,1%<br />

-8,5%<br />

-2,1%<br />

-5,6%<br />

| otimista<br />

| pessimista<br />

277,2<br />

267,2<br />

2016*<br />

Estabelecimentos na fabricação de calçados por estado<br />

Estado 2013<br />

2014<br />

2015<br />

Variação 2014-2015<br />

Rio Grande do Sul<br />

São Paulo<br />

Minas Gerais<br />

Ceará<br />

Santa Catarina<br />

Bahia<br />

Outros<br />

Total<br />

3.160<br />

2.667<br />

1.316<br />

332<br />

310<br />

101<br />

785<br />

8.671<br />

2.989<br />

2.565<br />

1.307<br />

331<br />

311<br />

116<br />

767<br />

8.386<br />

2.720<br />

2.403<br />

1.225<br />

306<br />

278<br />

110<br />

711<br />

7.753<br />

-9,0%<br />

-6,3%<br />

-6,3%<br />

-7,6%<br />

-10,6%<br />

-5,2%<br />

-7,3%<br />

-7,5%<br />

Fonte: RAIS/MTE<br />

33<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


3. BRASIL<br />

3.5 Indicadores Econômicos<br />

Em 2015, o PIB brasileiro, medido em preços constantes,<br />

sem o efeito da inflação, totalizou R$ 1,20 trilhões. A variação<br />

real do PIB, nesse mesmo ano, em moeda nacional,<br />

registrou uma queda de 3,8%, e estima-se que, em<br />

2016, ainda haja retração da economia, com uma queda<br />

de 3,2%. A previsão do Banco Central do Brasil é de<br />

um desempenho mais favorável apenas no ano de 2017,<br />

com crescimento do PIB previsto para 1,2%. Todavia, ao<br />

se confirmar as expectativas apontadas, a renda média<br />

da população brasileira encolherá em 5,7% entre<br />

2013 e 2017. Ao se considerar o crescimento histórico<br />

da economia nacional, 2,5% ao ano, é possível esperar<br />

que a renda do Brasil volte ao padrão de 2013 entre os<br />

anos de 2019 e 2020.<br />

Indicador<br />

2013<br />

2014<br />

2015<br />

2016*<br />

PIB nominal em dólar<br />

(trilhões de US$) (preços correntes)<br />

2,46<br />

2,42<br />

1,77<br />

1,53<br />

PIB nominal em reais<br />

(trilhões de R$) (preços correntes)<br />

5,32<br />

5,69<br />

5,90<br />

6,35<br />

Deflator do PIB<br />

(Número Índice)<br />

423,4<br />

452,5<br />

488,5<br />

545,9<br />

PIB real em reais<br />

(trilhões de R$) (preços constantes)<br />

1,25<br />

1,26<br />

1,20<br />

1,16<br />

3.5.2<br />

PIB real<br />

Câmbio<br />

(%)<br />

(crescimento em moeda nacional)<br />

3,0<br />

0,1<br />

-3,8<br />

-3,2<br />

Fonte: IBGE, IMF<br />

(*) Estimativa FMI e BCB<br />

3.5.1 Câmbio<br />

Volume de Vendas no Varejo 2013 2014 2015 2016*<br />

A evolução da taxa de câmbio, média trimestral, indica uma expectativa de que a taxa de juros dos Estados Unidos não se<br />

(otimista) (pessimista)<br />

desvalorização Volume do Vendas Real em - Setorial relação ao dólar americano desde altere no curto prazo. Uma elevação da taxa de juros americana<br />

tende -1,1 a causar -8,6 a fuga de divisas -5,6do Brasil -7,9 para os Esta-<br />

o segundo Tecidos, trimestre vestuário de e calçados 2014, quando o câmbio era de R$/ 3,4<br />

US$ (% 2,23. acumulado Essa desvalorização do ano) atingiu o pico de R$/US$ 3,91 dos Unidos, onde os títulos são de baixo risco, desvalorizando<br />

no primeiro trimestre de 2016. Após esse período, torna-se o real frente ao dólar. De acordo com o relatório Focus do<br />

Volume de vendas - Geral<br />

consistente um movimento de valorização da moeda nacional.<br />

4,3<br />

Banco Central,<br />

2,2<br />

espera-se<br />

-4,3<br />

uma taxa de<br />

-6,3<br />

câmbio próxima<br />

-8,4<br />

de R$/<br />

(% acumulado do ano)<br />

Esse processo é causado por dois motivos: (1) a necessidade US$ 3,29 no final de 2016. Para o ano de 2017, a expectativa de<br />

de combate à inflação, considerando o impacto do câmbio média para a taxa câmbio é de R$/US$ 3,45 (Relatório Focus,<br />

nos Receita custos elevados de Vendas pela desvalorização do Varejo da moeda; e (2) a 23 de setembro de 2016).<br />

Receita nominal - Setorial<br />

Taxa de câmbio (R$/US$)<br />

Tecidos, vestuário e calçados<br />

(% Variação acumulado trimestre/trimestre do ano) anterior<br />

Receita nominal - Geral<br />

11,1%<br />

(% acumulado do ano)<br />

Fonte: IBGE<br />

(*) Estimativa Abicalçados<br />

10,5%<br />

8,8 3,4 -5,1 -1,9 -6,1<br />

15,5%<br />

11,9 8,5 3,2 5,8 3,1<br />

-1,8%<br />

Índices de Confiança 2013<br />

-3,0%<br />

Confiança do Comércio<br />

Número Índice - comércio varejista ampliado<br />

(pontos)<br />

102,7<br />

-5,7%<br />

2014<br />

93,5<br />

2015<br />

71,4<br />

-10,2%<br />

Confiança do Consumidor<br />

Número Índice (pontos)<br />

1,77<br />

1,96<br />

2,03<br />

2,06<br />

2,00<br />

2,07<br />

2,29<br />

2,28<br />

2,36<br />

2,33<br />

102,3<br />

2,27<br />

2,54<br />

2,86<br />

93,1<br />

3,07<br />

3,55<br />

71,6<br />

3,84<br />

3,91<br />

3,51<br />

2012T1<br />

2012T2<br />

2012T3<br />

2012T4<br />

2013T1<br />

Fonte: IBRE/FGV<br />

(*) Estimativa Abicalçados<br />

Fonte: BCB<br />

Nota: Câmbio médio trimestral, comercial, compra.<br />

2013T2<br />

2013T3<br />

2013T4<br />

2014T1<br />

2014T2<br />

2014T3<br />

2014T4<br />

2015T1<br />

2015T2<br />

2015T3<br />

2015T4<br />

2016T1<br />

2016T2<br />

34<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


Indicador<br />

PIB nominal em dólar<br />

(trilhões de US$) (preços correntes)<br />

3.5.2 Comportamento do Comércio<br />

PIB nominal em reais<br />

O volume (trilhões de de vendas R$) (preços no correntes) comércio varejista geral registrou<br />

Deflator queda de do 4,3%, PIB em 2015. Já o indicador do volume<br />

de vendas (Número setorial Índice) (tecidos e vestuário e calçados) apresentou<br />

decréscimo de 8,6% na variação acumulada. As<br />

PIB real em reais<br />

receitas<br />

(trilhões<br />

nominais<br />

de R$) (preços<br />

de vendas<br />

constantes)<br />

no comércio, nesse mesmo<br />

ano, indicam uma variação positiva apenas no comércio<br />

varejista PIB real geral (%)( 3,2%), enquanto o indicador setorial ficou<br />

negativo<br />

(crescimento<br />

(-5,1). As<br />

em moeda<br />

projeções<br />

nacional)<br />

de volume de vendas não<br />

são Fonte: favoráveis IBGE, IMFpara o setor calçadista, estima-se que varie<br />

entre<br />

(*) Estimativa<br />

-5,6<br />

FMI<br />

(otimista)<br />

e BCB<br />

e -7,9 (pessimista). Já o comércio<br />

2013<br />

2,46<br />

2014<br />

2,42<br />

2015<br />

5,32<br />

5,69<br />

5,90<br />

6,35<br />

varejista geral apresenta uma expectativa de desempenho<br />

positivo nos dois cenários: elevação da receita nominal<br />

423,4 452,5 488,5 545,9<br />

geral em 5,8% (otimista) e aumento de 3,1% (pessimista).<br />

Assim, a diferença na evolução entre as receitas nominais<br />

1,25 do comércio geral 1,26 em comparação 1,20 ao setorial 1,16 (tecidos,<br />

vestuário e calçados) aponta para uma diminuição da participação<br />

do consumo 0,1 desses -3,8 produtos pela -3,2 população. A<br />

3,0<br />

principal influência nessa perda de participação foi causada<br />

pela elevação significativa nos preços dos alimentos,<br />

bens de consumo essenciais não duráveis.<br />

1,77<br />

3. BRASIL<br />

2016*<br />

1,53<br />

Volume de Vendas no Varejo 2013 2014 2015 2016*<br />

Volume de Vendas - Setorial<br />

Tecidos, vestuário e calçados<br />

(% acumulado do ano)<br />

Volume de vendas - Geral<br />

(% acumulado do ano)<br />

Receita de Vendas do Varejo<br />

(otimista) (pessimista)<br />

3,4 -1,1 -8,6 -5,6 -7,9<br />

4,3 2,2 -4,3 -6,3 -8,4<br />

Receita nominal - Setorial<br />

Tecidos, vestuário e calçados<br />

(% acumulado do ano)<br />

Receita nominal - Geral<br />

(% acumulado do ano)<br />

8,8 3,4 -5,1 -1,9 -6,1<br />

11,9 8,5 3,2 5,8 3,1<br />

Fonte: IBGE<br />

(*) Estimativa Abicalçados<br />

Índices de Confiança 2013<br />

2014<br />

2015<br />

Confiança do Comércio<br />

Número Índice - comércio varejista ampliado<br />

(pontos)<br />

102,7<br />

93,5<br />

71,4<br />

Confiança do Consumidor<br />

Número Índice (pontos)<br />

102,3<br />

93,1<br />

71,6<br />

Fonte: IBRE/FGV<br />

(*) Estimativa Abicalçados<br />

Indústria de Transformação 2013<br />

2014 2015<br />

NUCI<br />

Nível de Utilização da Capacidade Instalada<br />

82,5 81,2 76,3<br />

(média) (%)<br />

Confiança da Indústria<br />

Número Índice<br />

103,1 91,1 77,3<br />

(média) (pontos)<br />

Produção Física<br />

35 Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016<br />

Taxa de crescimento do número Índice<br />

2,8 -4,2 -9,8<br />

2016*<br />

(otimista) (pessimista)<br />

-<br />

-<br />

-4,9<br />

-<br />

-<br />

-7,7


(*) Estimativa Abicalçados<br />

3. BRASIL<br />

Índices de Confiança 2013<br />

Confiança do Comércio<br />

Número Índice - comércio varejista ampliado<br />

(pontos)<br />

3.5.3 Indústria de Transformação<br />

Confiança do Consumidor<br />

No período Número Índice de 2013 (pontos) a 2015, o Nível de Utilização da Capacidade<br />

Instalada (NUCI) da indústria de transformação<br />

Fonte: IBRE/FGV<br />

tem (*) registrado Estimativa Abicalçados maior ociosidade, com utilização de 76,3%<br />

em 2015, percentual um pouco superior ao atingido pela<br />

indústria de calçados que chegou a 72,9%. Nesse mesmo<br />

ritmo, a confiança da indústria (compõe o nível da demanda<br />

total, estoques, emprego, situação dos negócios e<br />

expectativas sobre a produção), também indica diminuição,<br />

ficando em 77,3 pontos em 2015. Esse índice foi 25%<br />

menor do que a média observada em 2013. É importante<br />

102,7<br />

2014<br />

93,5<br />

2015<br />

71,4<br />

102,3<br />

93,1<br />

71,6<br />

salientar que a utilização da capacidade instalada e o índice<br />

de confiança da indústria apresentam uma tendência<br />

de movimento conjunto, pois acabam por refletir o nível<br />

de atividade da economia do país. Além disso, a previsão<br />

para 2016 não é animadora: a projeção otimista para a<br />

produção da indústria de transformação aponta para uma<br />

queda de -4,9% e a pessimista -7,7%. Deste modo, não se<br />

pode esperar uma elevação na utilização da capacidade<br />

instalada pela indústria neste ano, freando novos investimentos<br />

em formação bruta de capital fixo.<br />

Indústria de Transformação 2013<br />

NUCI<br />

Nível de Utilização da Capacidade Instalada<br />

(média) (%)<br />

Confiança da Indústria<br />

Número Índice<br />

(média) (pontos)<br />

Produção Física<br />

Taxa de crescimento do número Índice<br />

(Indústria de Transformação) (média) (%)<br />

Fonte: IBRE/FGV e IBGE<br />

(*) Estimativa Abicalçados<br />

82,5<br />

103,1<br />

2,8<br />

2014 2015<br />

81,2 76,3<br />

91,1 77,3<br />

-4,2 -9,8<br />

2016*<br />

(otimista) (pessimista)<br />

-<br />

-<br />

-4,9<br />

-<br />

-<br />

-7,7<br />

3.5.4 Inflação Nacional<br />

A inflação, aumento de preços ao consumidor, medido<br />

pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo<br />

- IPCA, foi de 10,7% em 2015, e tem previsão de atingir<br />

7,3% em 2016. Assim, é esperado uma desaceleração<br />

no aumento de preços. A estimativa da inflação setorial<br />

(calçados e acessórios) é de 4,3% para 2016. Já no<br />

que tange a cadeia produtiva setorial, o indicador que<br />

mede a evolução dos preços ao produtor da indústria<br />

de preparação de couro, fabricação de couro, artigos<br />

para viagem e calçados, indica uma taxa que excede,<br />

significativamente, a inflação registrada ao consumidor.<br />

Assim sendo, essa diferença entre a evolução dos preços<br />

ao produtor na aquisição de matérias primas e a<br />

inflação ao consumidor, do produto acabado, indica as<br />

dificuldades das empresas em repassar o aumento dos<br />

custos aos preços de venda.<br />

Inflação Nacional 2013<br />

2014 2015 2016*<br />

Inflação ao consumidor - Geral<br />

IPCA (acumulado do ano em relação ao ano anterior)<br />

5,9<br />

6,4<br />

10,7<br />

7,3<br />

Inflação ao consumidor - Setorial<br />

IPCA (calçados e acessórios – bolsas)<br />

(acumulado do ano em relação ao ano anterior)<br />

5,1<br />

3,4<br />

3,0<br />

4,3<br />

Inflação ao produtor - Geral<br />

IPP (Indústria de transformação)<br />

(acumulado do ano em relação ao ano anterior)<br />

5,7<br />

4,5<br />

9,4<br />

-<br />

Inflação ao produtor - Setorial<br />

IPP (Preparação de couros e fabricação de<br />

artefatos de couro, artigos para viagem e calçados)<br />

(acumulado do ano em relação ao ano anterior)<br />

10,9<br />

9,9<br />

11,2<br />

-<br />

Fonte: IBGE<br />

(*) Estimativa Abicalçados/BCB<br />

36<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016<br />

Brasil<br />

América Latina e Caribe


Inflação Nacional 2013<br />

2014 2015 2016*<br />

Inflação ao consumidor - Geral<br />

IPCA (acumulado do ano em relação ao ano anterior)<br />

Inflação ao consumidor - Setorial<br />

IPCA (calçados e acessórios – bolsas)<br />

(acumulado do ano em relação ao ano anterior)<br />

Inflação ao produtor - Geral<br />

3.5.5 IPP (Indústria Competitividade de transformação) Nacional<br />

(acumulado do ano em relação ao ano anterior)<br />

O Brasil apresenta um ambiente de negócios pouco competitivo.<br />

Atualmente, são necessários, em média, 83 dias para<br />

Inflação ao produtor - Setorial<br />

IPP (Preparação de couros e fabricação de<br />

a abertura artefatos de de uma couro, empresa, artigos ao para passo viagem que e calçados) são necessários<br />

30,8 (acumulado dias, em média, do ano nos em países relação da ao América ano anterior) Latina e do Caribe.<br />

Além disso, ao se analisar os custos de conformidade<br />

fiscal relacionada ao tempo dedicado para manter os tributos<br />

em dia, o país apresenta alto nível de burocracia,<br />

Fonte: IBGE<br />

com<br />

(*) Estimativa Abicalçados/BCB<br />

5,9<br />

5,1<br />

6,4<br />

3,4<br />

10,7<br />

5,7<br />

4,5 9,4<br />

-<br />

2,6 mil horas gastas com o pagamento de impostos, bastante<br />

superior à média latino-americana de 366 horas anuais. Por<br />

outro 10,9 lado, o país tem 9,9apresentado 11,2um desempenho - favorável<br />

nas exportações brasileiras, com a diminuição do tempo<br />

para exportar, em conformidade com a fronteira e a documentação,<br />

onde os indicadores são mais favoráveis do que a<br />

média dos países da América Latina e do Caribe.<br />

3,0<br />

7,3<br />

3. BRASIL<br />

4,3<br />

Indicadores<br />

Número de dias para abertura de empresa<br />

Custo do registro de propriedade (% valor do imóvel)<br />

Horas gastas com o pagamento de impostos<br />

Tempo para exportar: conformidade com a fronteira (horas)<br />

Custo para exportar: conformidade com a fronteira (US$)<br />

Tempo para exportar: conformidade com a documentação (horas)<br />

Fonte: World Bank<br />

Brasil<br />

2015 2016<br />

83,6 83,0<br />

2,5<br />

3,1<br />

2.600 2.600<br />

61<br />

49<br />

959,0 959,0<br />

54<br />

42<br />

América Latina e Caribe<br />

(média dos países)<br />

2015 2016<br />

29,8<br />

6,1<br />

481,2<br />

88<br />

492,8<br />

71,4<br />

30,8<br />

5,8<br />

365,5<br />

80,4<br />

513,5<br />

63,2<br />

37<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


4. MERCADOS ALVO<br />

BRAZILIAN FOOTWEAR<br />

38<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


4. MERCADOS ALVO BRAZILIAN FOOTWEAR<br />

Brazilian Footwear é um programa de incentivo às<br />

exportações desenvolvido pela Associação Brasileira<br />

das Indústrias de Calçados (Abicalçados) com o apoio<br />

da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e<br />

Investimentos (Apex-Brasil). Esse programa tem por<br />

objetivo aumentar as exportações de marcas brasileiras<br />

de calçados por meio de ações de desenvolvimento,<br />

promoção comercial e imagem voltadas ao mercado<br />

internacional. A cada convênio são escolhidos os<br />

mercados-alvo, foco dos investimentos das ações.<br />

Os mercados-alvo do projeto setorial Brazilian Footwear<br />

apresentam uma distribuição geográfica sensivelmente<br />

desconcentrada, sendo eles: Estados Unidos,<br />

China, França, Reino Unido, Emirados Árabes Unidos e<br />

Colômbia. Ou seja, um mercado na América do Norte,<br />

um mercado na Ásia, dois mercados na Europa e um<br />

mercado na América do Sul. Em termos de participação<br />

no total da renda mundial, estes 6 países representaram,<br />

em 2015, praticamente 39% da renda mundial. Já<br />

com respeito às importações mundiais de calçados, no<br />

ano de 2014, essas economias apresentavam uma participação<br />

de 47%.<br />

Estados Unidos<br />

Em 2014, os Estados Unidos importaram mais de US$<br />

26,5 bilhões em calçados, constituindo o maior importador<br />

mundial desse produto. O consumo interno<br />

nesse mercado chegou a 2,3 bilhões de pares no mesmo<br />

período. Com isso, o consumo per capita atingiu<br />

uma taxa de 7,2 pares, o maior do mundo. O mercado<br />

americano se caracteriza por possibilitar ganhos<br />

de escala às empresas que atuam nesse país. Além<br />

disso, o destino é o principal parceiro comercial de<br />

calçados provenientes do Brasil, em termos de valor,<br />

justificando sua permanência entre os mercados-alvo<br />

do projeto setorial.<br />

China<br />

Se considerarmos Hong Kong e China, entre 2010 e 2014,<br />

as importações de calçados cresceram em média 3,2%.<br />

Nesse último ano, o destino importou mais de US$ 6,5<br />

bilhões em calçados, o que posiciona o mercado como<br />

o 5º maior importador mundial. Para os próximos anos,<br />

espera-se que o consumo, em pares, cresça 14%, atingindo<br />

um montante de 3,8 bilhões de pares em 2017. O mercado<br />

de calçados chinês apresenta duas características<br />

básicas: (1) perspectivas de crescimento elevado; e (2)<br />

volumes relativamente elevados. No entanto, é importante<br />

um posicionamento consistente de marca. Apesar<br />

de ser um mercado destacável em tamanho, o desempenho<br />

do Brasil no local ainda é pouco representativo dado<br />

aos desafios enfrentado pelas empresas para abertura<br />

de mercado e, portanto, o apoio do programa Brazilian<br />

Footwear é fundamental.<br />

França<br />

A França, em 2015, foi o principal destino das exportações<br />

brasileiras de calçados entre os países da Europa Ocidental,<br />

chegando a um valor de US$ 54,9 milhões. Esse<br />

país também se destaca pelo consumo de calçados nesse<br />

continente, estimado em 4,10 pares per capita, o maior da<br />

europa. Com isso, a França se caracteriza por um consumo<br />

elevado, mas que não se pode esperar expressivos crescimentos<br />

da demanda, já que o mercado de calçados francês<br />

já atingiu certa maturidade. Por outro lado, o calçado brasileiro<br />

representa menos de 2% do volume comercializado<br />

pelo mercado e, portanto, a França é um país de grande<br />

relevância ao programa de apoio às exportações.<br />

39<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


4. MERCADOS ALVO BRAZILIAN FOOTWEAR<br />

Reino Unido<br />

O Reino Unido foi o 4º principal importador mundial de<br />

calçados em 2014, totalizando US$ 7,1 bilhões. Entre 2013<br />

e 2015 as exportações das empresas que fazem parte<br />

do projeto setorial Brazilian Footwear cresceram em<br />

média, neste mercado, 9,3% ao ano, variando seu valor<br />

em mais de US$ 2,2 milhões. Em termos de composição<br />

de produtos, aproximadamente 77% dos negócios<br />

com o país foram de calçados de couros, o que indica<br />

um posicionamento baseado em valor agregado. Além<br />

disso, varejistas de calçados e vestuário de luxo afirmam<br />

que há um forte crescimento desse setor no Reino<br />

Unido. Por consequência, a estratégia de preços e tipo<br />

de calçados exportado pelas empresas brasileiras pode<br />

ganhar consistência nos próximos anos. Deste modo, o<br />

mercado do Reino Unido, apresenta oportunidades para<br />

o setor calçadista brasileiro.<br />

Emirados Árabes Unidos<br />

Há muitos anos que os Emirados Árabes Unidos têm se<br />

destacado no cenário internacional, apresentando potencial<br />

significativo de demanda de calçados brasileiros.<br />

Estes, somam menos de 2% do total importado pelo mercado.<br />

Por ter localização estratégica no oriente médio e<br />

com melhores condições para fazer negócios, é a porta<br />

de entrada para acessar diversos mercados na região. As<br />

importações mundiais de calçados do país têm apresentado<br />

um crescimento médio, entre 2010 e 2014, de 14%. Sua<br />

infraestrutura logística lhe confere um favorável ambiente<br />

como plataforma para reexportação, o que justifica os altos<br />

volumes importados pelo país. Como um dos maiores<br />

destinos de compras do mundo, caracteriza-se pela vasta<br />

oferta de produtos, especialmente de alto valor agregado.<br />

A constante expansão dos Emirados Árabes Unidos<br />

mantém o país como estratégico no projeto setorial.<br />

Colômbia<br />

Entre os anos de 2010 e 2014 as exportações brasileiras<br />

de calçados para a Colômbia cresceram, em média,<br />

24,6% ao ano, enquanto a variação da importação do<br />

segmento no país foi de 10% ao ano. Com isso, as empresas<br />

brasileiras aumentaram sua participação de mercado,<br />

atingindo, em 2014, 10,5% de representatividade nas<br />

importações da Colômbia. Além disso, há uma previsão<br />

de crescimento, para os próximos anos, do consumo de<br />

calçados em pares, de aproximadamente 5,0% ao ano.<br />

Com uma perspectiva de crescimento consistente da demanda<br />

interna, o mercado colombiano apresenta oportunidades<br />

ao setor. Dinâmica esta, facilitada pela localização<br />

do mercado e proximidade cultural, sendo este o<br />

único mercado-alvo na América Latina.<br />

Estudo customizado de mercados potenciais para empresas<br />

A metodologia de seleção de Mercados-Alvo pode<br />

ser aplicada às empresas de forma individual, abrangendo<br />

a particularidade das mesmas, podendo ser<br />

customizado de acordo com o interesse da demandante.<br />

Tem o propósito de fazer um diagnóstico da<br />

atuação da organização no mercado internacional e<br />

identificar mercados potenciais para investir, sendo<br />

esta uma ferramenta estratégica de planejamento<br />

de curto, médio e longo prazo. O material permite<br />

gerar diversos cenários através do cruzamento de<br />

aproximadamente 100 variáveis e 50 países, a partir<br />

da base mundial de 188 mercados. Para mais informações<br />

consulte a área de Inteligência de Mercado da<br />

Abicalçados.<br />

40<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


41<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


5. ANÁLISE DE<br />

OPORTUNIDADES<br />

PARA O MERCADO<br />

INTERNACIONAL<br />

42<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


5.1 Índice de Competitividade das Exportações de Calçados<br />

Define um ranking de países a partir da competitividade<br />

no comércio internacional. A mensuração aplicada varia<br />

de 0 a 100 e possui uma periodicidade anual dos dados. O<br />

resultado considera a análise de 188 países. Os subíndices<br />

de avaliação são: tamanho de mercado, saldo comercial,<br />

dinamismo, desconcentração de mercado, market-share e<br />

especialização – Índice de Vantagem Comparativa Revelada<br />

-1,8%(IVCR), preço médio e quantidade de mercados. Esses<br />

dados acabam por definir um único índice agregado e,<br />

-3,0%<br />

com isso, é possível observar o desempenho competitivo,<br />

em termos de posição, de cada país.<br />

1,77<br />

Subíndices:<br />

2012T1<br />

5. ANÁLISE DE OPORTUNIDADES PARA O MERCADO INTERNACIONAL<br />

Taxa de câmbio (R$/US$)<br />

Variação trimestre/trimestre anterior<br />

11,1%<br />

1,96<br />

2012T2<br />

2,03<br />

2012T3<br />

2,06<br />

2012T4<br />

2,00<br />

2013T1<br />

Tamanho de Mercado: representa as exportações mundiais<br />

Fonte: de BCBcalçados do país em valor (US$).<br />

Nota: Câmbio médio trimestral, comercial, compra.<br />

Saldo Comercial: representa o saldo comercial de calçados<br />

do país, ou seja, a diferença entre o total das exportações<br />

e importações de calçados em valor (US$).<br />

2,07<br />

2013T2<br />

10,5%<br />

2,29<br />

2013T3<br />

2,28<br />

2013T4<br />

2,36<br />

2014T1<br />

Dinamismo: representa a média entre os indicadores da<br />

taxa de crescimento das exportações de calçados e a variação<br />

das exportações de calçados do país (US$).<br />

Desconcentração de Mercado: composto pela concentração<br />

das exportações de calçados do país nos 3 principais<br />

destinos, sobre o total exportado por ele.<br />

Market-Share e Especialização (IVCR): representa a média<br />

entre o número índice da participação dos calçados na<br />

-5,7%<br />

-10,2%<br />

pauta exportadora do país (market-share) e o IVCR, que é<br />

a relação entre a participação do setor nas exportações<br />

do país frente à mundial.<br />

2,33<br />

2014T2<br />

2,27<br />

2014T3<br />

2,54<br />

2014T4<br />

2,86<br />

2015T1<br />

3,07<br />

2015T2<br />

15,5%<br />

Preço Médio: representa a média entre os indicadores de<br />

preço médio (US$/Kg) das exportações de calçados do<br />

país e sua taxa de crescimento.<br />

Quantidade de Mercados: representa o número de mercados<br />

para os quais o país exportou.<br />

3,55<br />

2015T3<br />

3,84<br />

2015T4<br />

3,91<br />

2016T1<br />

3,51<br />

2016T2<br />

Competitividade Internacional de Calçados<br />

2010<br />

2011 2012 2013 2014<br />

1º<br />

1º<br />

1º<br />

1º<br />

1º<br />

Itália<br />

2º<br />

2º<br />

2º<br />

2º<br />

2º<br />

China<br />

3º<br />

3º<br />

3º<br />

3º<br />

Vietnã<br />

4º<br />

4º<br />

4º<br />

4º<br />

Indonésia<br />

5º<br />

5º<br />

5º<br />

Espanha<br />

6º<br />

6º<br />

6º<br />

7º<br />

8º<br />

11º<br />

11º<br />

Brasil<br />

12º<br />

13º<br />

Fonte: UNComtrade.<br />

Entre os 5 países melhores posicionados, em 2014, no<br />

Índice de Competitividade das Exportações de Calçados,<br />

encontram-se dois mercados europeus e três asiáticos.<br />

O país sul-americano com a melhor classificação<br />

foi o Brasil, apesar de ter perdido 3 posições no<br />

ranking, entre 2010 e 2014.<br />

43<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


5. ANÁLISE DE OPORTUNIDADES PARA O MERCADO INTERNACIONAL<br />

Itália<br />

Na composição do índice de competitividade de calçados<br />

da Itália, o indicador de “Dinamismo” chegou a 58,1 em 2014,<br />

uma variação de mais de 40 pontos. Essa alteração do<br />

subíndice foi causado pelo processo de recuperação das<br />

exportações de calçados italianos no continente europeu,<br />

após os piores anos da crise econômica nesse continente.<br />

No mesmo contexto, mesmo com a perda de 30,2 pontos<br />

no “Saldo Comercial”, a elevação do “Dinamismo” compensou<br />

o movimento, o que possibilitou o ganho de posição no<br />

ranking mundial.<br />

100<br />

Tamanho<br />

Mercados<br />

Preço Médio<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

Saldo Comercial<br />

Dinamismo<br />

Market-Share &<br />

Especialização<br />

Mercados<br />

Fonte: UNComtrade<br />

Preço Médio<br />

Tamanho<br />

100<br />

80<br />

Desconcentração<br />

Saldo Comercial<br />

60<br />

2010 2014<br />

40<br />

20<br />

0<br />

Dinamismo<br />

Market-Share &<br />

Desconcentração<br />

Especialização<br />

Tamanho<br />

China<br />

100<br />

2010 2014<br />

80<br />

Mercados<br />

Saldo Comercial<br />

De modo geral, os subíndices Fonte: de competitividade UNComtrade da 60 China<br />

apresentam valores muito elevados, exceto pelo preço 40<br />

0<br />

médio. Três dos sete indicadores atingiram a pontuação 20<br />

máxima, que foram justamente aqueles que indicam a grande<br />

dimensão do mercado. Com isso, para que a economia<br />

chinesa alcance a posição de primeira colocada no ranking<br />

mundial, é importante que ocorra uma elevação do preço<br />

médio dos calçados exportados pelo país.<br />

Preço Médio<br />

Dinamismo<br />

100<br />

Tamanho<br />

Market-Share &<br />

Especialização<br />

Mercados<br />

Fonte: UNComtrade<br />

Preço Médio<br />

80<br />

60<br />

2010 40 2014<br />

20<br />

0<br />

Desconcentração<br />

Saldo Comercial<br />

Dinamismo<br />

Market-Share &<br />

Especialização<br />

100<br />

TamanhoDesconcentração<br />

Mercados<br />

Fonte: UNComtrade<br />

80<br />

2010 2014<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

Saldo Comercial<br />

Preço Médio<br />

Dinamismo<br />

44<br />

Tamanho<br />

100<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016<br />

80<br />

Mercados<br />

Saldo Comercial


Mercados<br />

Fonte: UNComtrade<br />

60<br />

40<br />

20<br />

Saldo Comercial<br />

0<br />

5. ANÁLISE DE Preço OPORTUNIDADES Médio<br />

PARA O MERCADO Dinamismo INTERNACIONAL<br />

100<br />

Tamanho<br />

Vietnã<br />

Market-Share &<br />

Especialização<br />

Mercados<br />

80<br />

60<br />

40<br />

2010 2014<br />

Desconcentração<br />

Saldo Comercial<br />

20<br />

O Vietnã perdeu duas posições no ranking geral do de concentração das exportações do Vietnã, nos anos<br />

Fonte: UNComtrade<br />

0<br />

Índice de Competitividade Internacional de Calçados, analisados. De modo geral, a composição do índice de<br />

passando da primeira posição Preço para Médio terceira posição. O competitividade Dinamismo apresentou um comportamento relativamente<br />

principal motivo da perda de posição foi um processo<br />

constante.<br />

Market-Share &<br />

Especialização<br />

100<br />

TamanhoDesconcentração<br />

Mercados<br />

Fonte: UNComtrade<br />

2010 80 2014<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

Saldo Comercial<br />

Preço Médio<br />

100<br />

Tamanho<br />

Dinamismo<br />

Mercados<br />

Market-Share &<br />

Especialização<br />

Fonte: UNComtrade<br />

Preço Médio<br />

80<br />

60<br />

40<br />

2010<br />

20<br />

2014<br />

0<br />

Saldo Comercial<br />

Desconcentração<br />

Dinamismo<br />

Brasil<br />

Market-Share &<br />

Especialização<br />

Tamanho<br />

2010 100 2014<br />

Entre 2010 e 2014 o Brasil perdeu três posições na<br />

classificação, passando da 8ª posição para a 11ª posição<br />

80<br />

Fonte: UNComtrade<br />

de países mais competitivos em calçados. Mercados Praticamen-<br />

60<br />

te todos os subíndices que compõem a competitividade<br />

desse país caracterizaram-se com queda, apenas<br />

40<br />

20<br />

o<br />

subíndice “Mercado” manteve sua pontuação constante.<br />

Preço Médio<br />

0<br />

Desconcentração<br />

Entretanto, o pior desempenho foi observado no subíndice<br />

“Saldo Comercial”, cuja perda de competitividade<br />

nesse subíndice<br />

Saldo Comercial<br />

pode ser resultado da moeda nacional<br />

valorizada no período da análise, uma vez que a taxa<br />

de câmbio acaba por influenciar os movimentos de importação<br />

e exportação.<br />

Dinamismo<br />

100<br />

Tamanho<br />

Market-Share &<br />

Especialização<br />

Mercados<br />

Fonte: UNComtrade<br />

Preço Médio<br />

80<br />

Desconcentração Saldo Comercial<br />

60<br />

2010 40 2014<br />

20<br />

0<br />

Dinamismo<br />

Market-Share &<br />

Especialização<br />

2010 2014<br />

Desconcentração<br />

Fonte: UNComtrade<br />

45<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


5. ANÁLISE DE OPORTUNIDADES PARA O MERCADO INTERNACIONAL<br />

5.2 Índice de Atratividade das Exportações Brasileiras de Calçados<br />

Define um ranking de países com as melhores oportunidade<br />

de negócios para o mercado brasileiro de calçados. A<br />

mensuração aplicada varia de 0 até 100 pontos e possui<br />

uma periodicidade anual. O resultado abrange 188 países<br />

avaliados e os subíndices analisados são: Tamanho Brasil,<br />

Dinamismo Brasil, Relevância para o Brasil e Mundo, Tamanho<br />

Mundo, Dinamismo Mundo, Preço Médio. Esses subíndices<br />

acabam por definir um único índice agregado para<br />

cada país, denominado de Índice de Atratividade das Exportações<br />

Brasileiras de Calçados<br />

Subíndices:<br />

Tamanho Brasil: representa o valor (US$) das importações<br />

de calçados de origem brasileira na pauta de importações<br />

de outro país.<br />

Dinamismo Brasil: representa a média entre os números<br />

índices da variação em valor (US$) e percentual, das importações<br />

de calçados provenientes do brasil.<br />

Relevância para o Brasil e Mundo: avalia a representatividade<br />

em valor (US$) das importações de calçados de um<br />

país a partir da média dos números índices do valor total<br />

importado frente ao de origem brasileira.<br />

Tamanho Mundo: refere-se ao total das importações de<br />

calçados do país, em valor (US$).<br />

Dinamismo Mundo: representa a média entre os números<br />

índices da variação em valor (US$) e percentual, das importações<br />

totais de calçados do país.<br />

Preço médio: representa a média entre os indicadores de<br />

preço médio (US$/Kg) das importações de calçados do<br />

país, provenientes do Brasil e mundiais.<br />

Índice de Atratividade das Exportações Brasileiras de Calçados – 2010 até 2014<br />

2010<br />

2011 2012 2013 2014<br />

1º<br />

1º<br />

1º<br />

1º<br />

França<br />

2º<br />

2º<br />

2º<br />

2º<br />

Estados Unidos<br />

3º<br />

3º<br />

China<br />

4º<br />

Emirados Árabes<br />

5º<br />

5º<br />

5º<br />

5º<br />

5º<br />

Canadá<br />

7º<br />

10º<br />

11º<br />

16º<br />

13º<br />

17º<br />

21º<br />

21º<br />

27º<br />

Fonte: UNComtrade<br />

A França mantém sua hegemonia na primeira posição<br />

do ranking de Atratividade das Exportações Brasileiras<br />

de Calçados há quatro anos, contudo, cabe destacar<br />

ainda dois países. O primeiro deles, Estados Unidos, subiu<br />

5 posições no ranking, colocando-se na 2ª posição<br />

em 2014. A elevação apontada foi fortemente influenciada<br />

pelo processo de recuperação econômica que<br />

passa a economia americana no período analisado. O<br />

outro mercado que merece atenção, Emirados Árabes<br />

Unidos, alterou sua posição em 13 colocações. Além<br />

disso, nota-se que ano após ano ocorre uma alteração<br />

positiva na posição desse país, saindo da 17ª posição<br />

em 2010, e atingindo a 4ª posição em 2014. A expressiva<br />

variação dos Emirados Árabes Unidos no índice foi<br />

causada pelo processo de abertura de mercado que as<br />

empresas brasileiras estão realizando nesse país. Além<br />

disso, o consumo e as importações totais de calçados,<br />

nos anos investigados, cresceram de forma significativa<br />

nos Emirados Árabes Unidos, atingindo taxas na casa<br />

de dois dígitos.<br />

46<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


3º China<br />

4º Emirados Árabes Unidos<br />

5º Canadá<br />

5. ANÁLISE DE OPORTUNIDADES PARA O MERCADO INTERNACIONAL<br />

Índice de Atratividade 7º das Exportações Brasileiras de Calçados – 2010 até 2014<br />

França<br />

16º<br />

13º 11º 10º<br />

2010 2011 2012 2013 2014<br />

17º 21º 27º 21º<br />

A principal qualidade do mercado francês encontra-se<br />

Fonte: UNComtrade<br />

nas suas dimensões, tanto para o Brasil quanto para<br />

o mundo. Com isso, os indicadores de “Tamanho Brasil”,<br />

“Tamanho Mundo” e, por consequência, “Relevância<br />

para o Brasil e Mundo” são significativamente elevados.<br />

1º França<br />

2º Estados Unidos<br />

Ao mesmo tempo, observa-se uma alteração positiva<br />

no subíndice 3º China “Dinamismo Mundo” que não foi observado<br />

no “Dinamismo Brasil”, resultando em um evidente comportamento<br />

4º Emirados de perda de Árabes oportunidades Unidos para o setor de<br />

calçados do Brasil.<br />

5º Canadá<br />

7º<br />

100<br />

16º<br />

13º 11º 10º 80<br />

Preço Médio Brasil e<br />

60<br />

17º 21º Mundo 27º 21º 40<br />

20<br />

0<br />

Fonte: UNComtrade<br />

Dinamismo Mundo<br />

Tamanho Brasil<br />

Dinamismo Brasil<br />

Relevância para o<br />

Brasil e Mundo<br />

Tamanho Mundo<br />

Fonte: UNComtrade<br />

Preço Médio Brasil e<br />

Mundo<br />

2010 Tamanho 2014 Brasil<br />

100<br />

80<br />

60<br />

Dinamismo Brasil<br />

40<br />

20<br />

0<br />

Estados Unidos<br />

Dinamismo Mundo<br />

Entre 2010 e 2014 não foram observadas alterações<br />

significativas nos subíndices de competitividade<br />

Preço Médio<br />

dos Estados<br />

Unidos. Cabe ressaltar o Brasil tamanho e Mundo do mercado<br />

americano, que se manteve com pontuação máxima no<br />

20<br />

Fonte: UNComtrade<br />

período analisado. Ademais, ainda que os Estados Unidos<br />

seja o principal parceiro comercial do Brasil, em<br />

0<br />

termos de valor transacionado de calçados, o volume<br />

Dinamismo<br />

Mundo<br />

100 Tamanho Brasil<br />

Relevância para o<br />

Brasil e Mundo<br />

de negócios entre os países ainda é modesto quando<br />

80<br />

Tamanho Mundo<br />

60<br />

comparado ao montante das importações americanas.<br />

Nesse contexto, Dinamismo considerando Brasil as altas taxas de cres-<br />

40 2010 2014<br />

cimento das importações dos Estados Unidos, há uma<br />

grande parcela de mercado que ainda pode ser ocupada<br />

pelas exportações brasileiras do segmento, além da<br />

possibilidade de ganho de mercado.<br />

Relevância para o<br />

Brasil e Mundo<br />

Fonte: UNComtrade<br />

Preço Médio<br />

Brasil e Mundo<br />

Tamanho Mundo<br />

100 Tamanho Brasil<br />

2010 2014<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

Dinamismo Brasil<br />

Dinamismo<br />

Mundo<br />

Preço Médio<br />

Brasil e Mundo<br />

Fonte: UNComtrade<br />

Tamanho Brasil<br />

Relevância para o<br />

100<br />

Brasil e Mundo<br />

80<br />

60<br />

Tamanho Mundo Dinamismo Brasil<br />

40<br />

20 2010 2014<br />

0<br />

Dinamismo<br />

Mundo<br />

Relevância para o<br />

Brasil e Mundo<br />

47<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016<br />

Tamanho Tamanho<br />

100 Mundo Brasil


0<br />

Tamanho Brasil<br />

100<br />

Dinamismo<br />

Relevância para o<br />

80<br />

Mundo<br />

Brasil e Mundo<br />

Preço Médio<br />

60<br />

Dinamismo Brasil<br />

5. ANÁLISE DE OPORTUNIDADES Brasil e Mundo PARA O MERCADO INTERNACIONAL<br />

40<br />

China<br />

Fonte: UNComtrade<br />

Tamanho 20 Mundo<br />

2010 0 2014<br />

Dinamismo<br />

Relevância para o<br />

Mundo<br />

Brasil e Mundo<br />

Ao se comparar, os indicadores de “Tamanho Brasil” e mercado. Além disso, nota-se uma queda no subíndice<br />

“Tamanho Mundo” no mercado chinês, entre 2010 e 2014, “Dinamismo Brasil”, que demonstra que as exportações<br />

evidencia-se a característica de que as empresas calçadistas<br />

brasileiras não exploram de forma expressiva esse cimento do mercado chinês.<br />

brasileiras não conseguiram acompanhar o ritmo de cres-<br />

Tamanho Mundo<br />

2010 2014<br />

Fonte: UNComtrade<br />

100 Tamanho Brasil<br />

Preço Médio<br />

Brasil e Mundo<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

Dinamismo<br />

Brasil<br />

Dinamismo<br />

Mundo<br />

Preço Médio<br />

Brasil e Mundo<br />

100 Tamanho Brasil<br />

Relevância para<br />

80<br />

o Brasil e Mundo<br />

60<br />

40<br />

Tamanho Mundo<br />

20<br />

Dinamismo<br />

Brasil<br />

0<br />

2010 2014<br />

Fonte: UNComtrade<br />

Dinamismo<br />

Mundo<br />

Relevância para<br />

o Brasil e Mundo<br />

Tamanho Mundo<br />

Emirados Árabes Unidos<br />

Fonte: UNComtrade<br />

2010 2014<br />

Todos os subíndices analisados elevaram-se no mercado<br />

dos Emirados Árabes Unidos, com exceção do 100<br />

“Preço Médio Brasil e Mundo”, que permaneceu praticamente<br />

estável. Dessa maneira, Preço esse Médio mercado pode 60<br />

80<br />

ser definido como em expansão Brasil para e Mundo o consumo de<br />

40<br />

calçados. Acima de tudo, é importante destacar que o<br />

20<br />

Brasil vem logrando os benefícios desse crescimento,<br />

indicado pelas alterações nos índices de “Tamanho Brasil”,<br />

“Dinamismo Brasil” e “Relevância para o Brasil e<br />

o Mundo”. Dinamismo O resultado apontado estabelece que existe<br />

um posicionamento Brasil consistente do calçado brasileiro<br />

nos Emirados Árabes Unidos.<br />

Tamanho Brasil<br />

0<br />

Dinamismo<br />

Mundo<br />

Preço Médio<br />

Brasil e Mundo<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

TamanhoMundo<br />

20<br />

Tamanho Brasil<br />

Relevância para<br />

o Brasil e Mundo<br />

Dinamismo<br />

Brasil<br />

Fonte: UNComtrade<br />

Dinamismo<br />

Mundo<br />

20100<br />

2014<br />

Relevância para<br />

o Brasil e Mundo<br />

TamanhoMundo<br />

Fonte: UNComtrade<br />

2010 2014<br />

48<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


Gerenciamento<br />

de Risco<br />

Mais segurança<br />

para a encomenda<br />

49<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


6. ANÁLISE DO<br />

ESPECIALISTA<br />

50<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


6. ANÁLISE DO ESPECIALISTA<br />

A recuperação da produção, os desafios e os novos rumos<br />

Marcos Tadeu Lélis<br />

Doutor em Economia<br />

O ano de 2015 pode ser<br />

marcado pela ocorrência<br />

da Terceira Fase da crise<br />

econômica internacional,<br />

a qual se iniciou na economia<br />

dos Estados Unidos.<br />

Nesse sentido, a cronologia<br />

da chamada “grande crise”<br />

pode ser dividida da seguinte<br />

maneira: (A) Primeira<br />

Fase: em 2007 já se tinha<br />

um conjunto de alertas sobre<br />

a debilidade do mercado<br />

financeiro americano,<br />

que não deixavam dúvidas<br />

da possibilidade de uma crise<br />

sistêmica na economia internacional. Com isso, já em<br />

setembro de 2008, com a quebra do banco de investimento<br />

Lehman Brothers, tem-se a confirmação da fragilidade<br />

financeira dos mercados nos Estados Unidos. (B) Segunda<br />

Fase: em dezembro 2009 e início de 2010, os rumores de<br />

que a Grécia poderia suspender os pagamentos referente<br />

a sua dívida pública acabam por contaminar a dinâmica<br />

econômica de Portugal, Espanha e Irlanda, sendo que, em<br />

agosto de 2011, a pressão se instala na Itália. (C) Terceira<br />

Fase: em março de 2015, o crescimento chinês desacelera<br />

de forma mais consistente e atinge uma taxa de variação<br />

média na produção industrial chinesa de 5,5% ao mês,<br />

frente aos 10% verificados entre 2012 e 2014. Também, entre<br />

2014 e 2015, os preços das commodities despencaram,<br />

afetando as economias em desenvolvimento que são dependentes<br />

da exportação destes produtos.<br />

Já o ano de 2016 se estabelece em torno da, ainda difícil,<br />

saída da crise européia, ampliada pelas suas questões<br />

geopolíticas, pelos efeitos do Brexit (Britain Exit, saída do<br />

Reino Unido da União Européia) e pela redução do ritmo de<br />

crescimento econômico da China. Além disso, manifesta-se<br />

à indefinição política nos Estados Unidos. Esse ambiente internacional<br />

atinge a economia brasileira em uma situação<br />

de desajustes internos, aprofundado pelos problemas econômicos<br />

nacionais e dificuldades nos movimentos de acomodação.<br />

Ao mesmo tempo, a crise política potencializa<br />

os obstáculos à retomada do crescimento econômico. A<br />

situação ainda permanece pouco favorável ao se observar<br />

as perspectivas para os anos de 2016 e 2017. O segundo<br />

semestre de 2016 já aponta uma suave retomada do nível<br />

de atividade da economia nacional, não o suficiente para<br />

evitar uma queda no Produto Interno Bruto (PIB), estimada<br />

em 3,2%. Já para o ano de 2017, é possível esperar uma<br />

recuperação do PIB no Brasil de 1,2%, de maneira que esta<br />

taxa pode chegar a 2,5% em 2018, próxima da média dos<br />

últimos 25 anos. Ou seja, agora as atenções se voltam à<br />

capacidade dinâmica da economia brasileira de retomar<br />

padrões de produção anteriormente já atingidos.<br />

É interessante ressaltar que a produção da indústria calçadista<br />

no Brasil, quando comparada com o produto da economia<br />

brasileira como um todo, passa por um processo de<br />

recuperação mais consistente. Estima-se que a produção<br />

de calçados apresentou uma queda de 5,4% em 2015. Essa<br />

taxa deve ficar entre retrações de 0,9% (otimista) e 2,8%<br />

(pessimista) em 2016. Ou seja, tem-se uma queda esperada<br />

menor que a projetada para economia brasileira, mesmo<br />

considerando o cenário pessimista, o que demonstra a capacidade<br />

do setor de se ajustar de forma mais rápida às<br />

crises. É possível explicar essa capacidade de ajuste através<br />

de dois elementos: (1) ganhos de produtividade; (2) busca<br />

pelo mercado internacional. Ao mesmo tempo, não se<br />

pode esquecer que ambos estão inter-relacionados e que<br />

as empresas exportadoras, em geral, são mais produtivas<br />

que as não exportadoras.<br />

No que tange à participação das exportações no total da<br />

produção, observa-se uma elevação entre 2013 e 2015,<br />

passando de 11,9% para 13,1%, com perspectiva de crescimento<br />

para o ano de 2016. Em termos de produtividade<br />

da indústria de calçados (que considera o total da produção<br />

dividido pelo número de trabalhadores formais), entre<br />

2013 e 2015, houve uma elevação de 5,2%, variando de 3.171<br />

para 3.335 pares anuais por trabalhador. Todavia, além da<br />

elevação do coeficiente de exportação, há duas outras<br />

particularidades que podem explicar os ganhos produtivos<br />

da indústria de calçados e, como resultado, a melhor<br />

capacidade de saída da crise econômica brasileira: (1) A<br />

concentração da produção em empresas de maior porte;<br />

(2) a influência da redução de produção subcontratada<br />

(terceirização), geralmente, caracterizada por empresas<br />

de menor porte.<br />

Em momentos de crises econômicas prolongadas e acentuadas,<br />

são as empresas maiores que possuem mais facilidade<br />

de absorver os choques de queda da demanda. Ou<br />

seja, parte dos ganhos de produtividade do setor de calçados<br />

pode ser resultado da concentração da produção e,<br />

também, da maior capacidade de se posicionar nos mercados<br />

internacionais. Como já indicado anteriormente, essa<br />

tendência de retomada deve permanecer em 2016. Assim,<br />

é importante observar como isso afetará as empresas de<br />

menor porte ao saber que essas são mais dependentes<br />

de mercado interno e, por consequência, impactadas pela<br />

queda da massa salarial registrada nos últimos dois anos<br />

que influencia diretamente o consumo e deve seguir na<br />

mesma tendência em 2016.<br />

51<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


7. METODOLOGIA<br />

52<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


7. METODOLOGIA<br />

O “Relatório Setorial: Indústria de Calçados do Brasil” possui<br />

periodicidade anual, cujos dados apresentados foram<br />

coletados de fontes oficiais, ou estimados com base nos<br />

mesmos, juntamente com as informações coletadas através<br />

da “Pesquisa de Produção – Abicalçados”. Deste modo, os<br />

dados podem sofrer alterações entre os anos reportados,<br />

de acordo com as atualizações e revisões das fontes.<br />

A “Pesquisa de Produção - Abicalçados” é um questionário<br />

estruturado de adesão voluntária e aplicado com<br />

uma amostragem. Estima-se que a amostra das empresas<br />

respondentes representa 70% da produção nacional,<br />

em pares. As informações são confidenciais e não serão<br />

divulgadas individualmente, sendo reportado apenas os<br />

dados consolidados.<br />

7.1 Dados de Produção<br />

DEFINIÇÕES – PRODUÇÃO DE CALÇADOS<br />

A Pesquisa Industrial Anual – Produto (PIA – Produto): é<br />

uma publicação que mensura a produção e vendas, em termos<br />

de quantidade e valor, dos produtos e serviços industriais<br />

gerados no País. A pesquisa abrange a população de<br />

unidades locais produtivas com 30 ou mais pessoas ocupadas,<br />

que auferiram receita bruta superior ao dado de corte<br />

relativo ao ano anterior. Dada sua abrangência, a publicação<br />

da PIA-Produto é disseminada com 2 anos de defasagem,<br />

sendo a última publicação relativa ao ano de 2013.<br />

A Produção Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF):<br />

divulga o comportamento de curto prazo do volume de<br />

produção nacional, através de número índice. O painel de<br />

produtos e informantes monitorados para o índice parte<br />

da PIA-Empresa e PIA-Produto (2010), e representa 85%<br />

do valor da transformação industrial, com base de ponderação<br />

fixa dos indicadores. De outro modo, os índices<br />

são médias ponderadas de relativos de quantidades, com<br />

pesos definidos pelo valor de cada produto, estimado com<br />

base nas quantidades vigentes no mês de anterior, e dos<br />

preços do período base (base 2012=100).<br />

Pesquisa de Produção - Abicalçados: foi coletada através<br />

da aplicação de um questionário, entre os meses de maio<br />

e junho de 2016, abrangendo informações relativas ao ano<br />

de 2013, 2014, 2015, e a expectativa de movimento para o<br />

ano de 2016. Em termos de volume de produção, constatou-se<br />

que a amostra representa, no ano de 2013 (último<br />

dado oficial da PIA-produto/IBGE), cerca de 70% da produção<br />

identificada no ano pelo IBGE.<br />

APLICAÇÃO – PRODUÇÃO DE CALÇADOS<br />

Os dados de produção divulgados pela Abicalçados para os<br />

anos de 2014 e 2015 partem da base oficial do IBGE, referente<br />

ao ano de 2013 (PIA-produto), e representam um total de<br />

1.731 empresas informantes. Assim, a produção de calçados no<br />

ano de 2014 e 2015 foram construídos em consideração ao<br />

crescimento anual ponderado médio, observado na (1) amostra<br />

coletada pela Pesquisa de Produção Abicalçados e pela<br />

PIA-produto em 2013, do IBGE; e (2) pelo crescimento médio<br />

anual da PIM-PF, disseminado pelo IBGE mensalmente.<br />

A estimativa de produção para o ano de 2016 parte da<br />

mesma concepção metodológica. Faz uso de uma média<br />

do crescimento previsto pela amostra da Abicalçados<br />

(ponderada), definida pelas próprias empresas da amostra,<br />

e pela projeção estatística do índice da PIM-PF para<br />

os meses do segundo semestre de 2016. Com isso, estabelece-se<br />

a estimativa do crescimento médio anual do índice<br />

de produção física do IBGE, para o ano de 2016, a partir<br />

de um intervalo de confiança (ponto máximo e mínimo).<br />

Esse intervalo de confiança tem como objetivo minimizar<br />

o erro causado pela alteração na tendência estimado do<br />

último semestre de 2016, chegando em estimativas por intervalos<br />

e não pontuais.<br />

DEFINIÇÕES – REGIONALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO<br />

Relação Anual de Informações Sociais (RAIS): constitui um<br />

relatório anual com informações socioeconômicas solicitado<br />

pelo Ministério do Trabalho e Emprego no Brasil às<br />

pessoas jurídicas e outros empregadores. Este relatório<br />

anual é fonte das estatísticas de número de empresa e<br />

emprego formal, por estado e setor. A Pesquisa Industrial<br />

Anual – Empresa (PIA – Empresa): define-se a partir de<br />

um relatório anual que tem como objetivo identificar as<br />

características estruturais básicas do segmento empresarial<br />

da atividade industrial. Seus resultados subsidiam<br />

o Sistema de Contas Nacionais nas estimativas do valor<br />

da produção, consumo intermediário, valor adicionado,<br />

formação de capital e pessoal ocupado. A pesquisa aborda<br />

dados sobre número de empresas, pessoal ocupado<br />

(declarado pelas empresas – formal e informal), custos<br />

e despesas, gasto de pessoal, receita, valor da produção<br />

e valor da transformação industrial, com base na Classificação<br />

Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0). A<br />

PIA-Empresa engloba as unidades locais produtivas com<br />

30 ou mais pessoas ocupadas, que auferiram receita bruta<br />

superior ao dado de corte no ano anterior ao da pesquisa.<br />

APLICAÇÃO – REGIONALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO<br />

O maior desafio na estimativa da produção de calçados,<br />

considerando um corte regional, mais especificamente<br />

uma definição por Estados da Federação, encontra-se na<br />

segmentação da produção entre as unidades produtivas<br />

e na capacidade da indústria calçadista em se deslocar<br />

geograficamente de maneira ágil e constante (indústria<br />

leve). Assim, a partir da base da produção por estado da<br />

PIA-Produto, em 2013, e um conjunto de indicadores da<br />

RAIS e da PIA-Empresa, estima-se a produção de calçados<br />

regionalizada nos anos de 2014 e 2015.<br />

As estimativas de produção, para os anos de 2014 e 2015, por<br />

estados divulgadas pela Abicalçados, levam em consideração<br />

um conjunto de informações regionalizadas, tais como:<br />

número de empresa, pessoal ocupado (PIA-Empresa e RAIS)<br />

e valor da produção (PIA-Empresa). Dessa forma, com base<br />

na PIA-Produto de 2013 e em uma média ponderada dos movimentos<br />

de emprego, empresa e valor da produção por<br />

estado, estimou-se a produção de calçados regionalizada.<br />

53<br />

Relatório Setorial - Indústria de Calçados do Brasil | 2016


7. METODOLOGIA<br />

7.2 Projeções Estatísticas<br />

DEFINIÇÕES – PROJEÇÕES ESTATÍSTICAS<br />

Modelos Estruturais em Espaço de Estado e Filtro De Kalman:<br />

os modelos estruturais são definidos com objetivo de<br />

extrair os chamados componentes não observados de uma<br />

série analisada ao longo do tempo: Tendência, Sazonalidade,<br />

Ciclos e Irregularidades. O tratamento estatístico de um<br />

modelo estrutural pode ser baseado na forma de espaço<br />

de estado. Com isso, caracteriza-se duas equações estocásticas<br />

diferentes: (1) equação de medida ou das observações;<br />

e (2) equação de transição ou de estado. A definição<br />

do modelo estatístico em Espaço de Estado permite atualizar<br />

os parâmetros estimados a todo instante, definido modelos<br />

não-lineares. O Filtro de Kalman é um algoritmo que<br />

fornece a atualização final de cada parâmetro estimado. A<br />

principal vantagem de modelos estatísticos estruturais em<br />

espaço de estado e filtro de Kalman reside na capacidade<br />

de alterar o comportamento dos componentes não observados<br />

ao longo do tempo, absorvendo qualquer alteração<br />

estrutural ocorrida nos parâmetros estimados. Essa estrutura<br />

estatística possibilita a estimativas de tendências das<br />

séries temporais com maior precisão.<br />

APLICAÇÃO – PROJEÇÕES ESTATÍSTICAS<br />

A partir das séries observadas com uma periodicidade<br />

mensal, coleta-se os dados disponíveis, para 2016, até o<br />

fechamento do relatório da Abicalçados. O restante dos<br />

meses faltantes no ano de 2016 foi estimado pelo modelo<br />

estrutural em espaço de estado e filtro de Kalman, a partir<br />

da tendência da série observada. Ao mesmo tempo, estabeleceu-se<br />

uma ponderação, a essa tendência estatística,<br />

de acordo com as expectativas futura da economia brasileira.<br />

É importante salientar que se optou por estimativas<br />

de intervalo vis a vis às estimativas por ponto, uma vez<br />

que, ao se definir o intervalo de confiança para a projeção,<br />

tem-se um procedimento de minimizar o erro, e estabelecer<br />

cenários otimistas e pessimistas.<br />

7.3 Fontes<br />

BCB | Banco Central do Brasil | bcb.gov.br<br />

Euromonitor International | euromonitor.com<br />

IBGE | Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística | ibge.gov.br<br />

IBRE/FGV | Instituto Brasileiro de Economia - Fundação<br />

Getúlio Vargas | portalibre.fgv.br<br />

MDIC | Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio<br />

Exterior | mdic.gov.br<br />

MTE - RAIS/CAGED | Ministério do Trabalho e Emprego -<br />

Relação Anual de Informações Sociais e Cadastro Geral<br />

de Empregados e Desempregados | trabalho.gov.br<br />

UNComtrade | United Nations Comtrade | comtrade.un.org<br />

World Shoe Review | worldshoereview.co.uk<br />

WTO | World Trade Organization | wto.org<br />

7.4 Classificação do Sistema Harmonizado de<br />

Designação e Codificação de Mercadorias<br />

Os códigos referentes ao Sistema Hamonizado de Designação<br />

e Codificação de Mercadorias (SH6) referentes ao<br />

setor calçadista estão englobados no capítulo 64 “Calçados,<br />

polainas e artefatos semelhantes, e suas partes”,<br />

segmentadas nas posições 6401, denominada para calçados<br />

injetados, 6402 para calçados de material sintético,<br />

6403 para calçados de couro, 6404 para calçados<br />

de material têxtil e 6405 para outros materiais. Os dados<br />

reportados por segmentos atendem a seguinte classificação:<br />

(1) Chinelos estão compreendidos no SH6 6402.20;<br />

(2) Calçados esportivos estão representados pelos SH6<br />

6402.12, 6402.19, 6403.12, 6403.19 e 6404.11; (3) As demais<br />

posições dos códigos SH6 estão representadas no grupo<br />

“outros calçados”.<br />

54<br />

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55<br />

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