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GRÁTIS<br />
MARÇO 2014 - ANO 01 -N.01<br />
TRÍADE<br />
URBANA<br />
BMX com Flavinho,<br />
matéria com o piloto<br />
fascinado com Dirty<br />
Na cena do Patins In-LIne com<br />
Léleo<br />
Té, representa o skate<br />
da zona leste
APOIADORES<br />
A TRÍADE URABANA agradece a todos os que apoiaram este projeto e<br />
o esporte radical, tornando essa publicação possível.<br />
. Allan Augusto . Andre Areas . Arthur Felipe. Caroline Abreu. Cássio<br />
Bmx. Catu Bikes . Daniel Lopes . Dellano Max . Douglas Ferreira<br />
. Emerson Luis . Ferdnand Cruz . Fernando Gil . Gustavo Geraldo .<br />
Henrique Sasaki . Igor Gandra . Jaydson Sousa . Jeferson Alves . Jessica<br />
Souza JJ . Kamila Lima. Jack Css . Karioca Marques . Kesller Keke<br />
. Lorena Aguilar . Mailton Pereira DA Silva . Marcelo Duarte . Marcus<br />
Soares Mulky . Maria H Duarte . Mariana Almeida . Mateus Ferreira<br />
. Maycon Araujo . Mayron Daniel . Moisés Masther Trials . Moises<br />
Rodrigues Silva . Rafael Vieira. Raquel Salles Grego . Sinval Carvalho .<br />
Thais Almeida . Thúlio Gonçalves . Ulysses Gomes . Vinicius Nagazaki<br />
. Vitor Oliveira . William Phatyi . Herik Colares
EDITORIAL<br />
Fraternidade<br />
Urbana<br />
Bob Marlei cantou assim. “Até<br />
que a filosofia que sustenta uma<br />
raça, superior e outra inferior,<br />
Seja finalmente e permanentemente<br />
desacreditada e abandonada<br />
haverá guerra, eu digo guerra.”<br />
As palavras cantadas por Bob<br />
Marley, usando às de forma<br />
análoga, nos faz pensar sobre os<br />
conflitos entre skate, BMX e Inline,<br />
uns contra os outros e entre<br />
si na busca por reconhecimento e<br />
espaço urbano. Podemos ponderar<br />
que haverá sempre guerra e superioridade<br />
entre os esportes, considerando<br />
melhor e mais radical<br />
que outros? Skate, Bmx e In-line<br />
brigando uns com os outros e entre<br />
si, essa filosofia não contribui em<br />
nada pela causa do esporte, pela<br />
luta de novas pistas, pelo direito<br />
de ser respeitado e mostrar que alí<br />
estão pessoas vivendo um estilo de<br />
vida.<br />
Não se mede o caráter pelo esporte<br />
que a pessoa pratica, nem pela manobra<br />
que executa e muito menos<br />
pelos picos onde andam, esse tipo<br />
de segregação a história já mostrou<br />
suas consequências. África,<br />
EUA, Alemanha, Irlanda e etc,<br />
sofreram com separações vinda de<br />
uma ideologia cruel e distorcida, o<br />
resultado foi morte, guerra e atraso<br />
no desenvolvimento.<br />
O esporte urbano já tem vários<br />
problemas, descaso de poder<br />
político, repressão de autoridades,<br />
falta de incentivo de empresas<br />
privadas, sobre taxar nas peças, e<br />
coibição. Quando nos organizamos<br />
e construímos alguma coisa para<br />
o esporte geralmente são feitos<br />
com grandes esforços, e por meios<br />
próprios.<br />
Andamos juntos, treinamos na<br />
pista, nos mesmos picos, temos as<br />
mesmas dificuldades, ao invés de<br />
inimigos devemos ser aliados na<br />
causa do esporte radical urbano.
Índice Nesta Edição<br />
Capa: Daniel Barres spin<br />
Foto: Márcio Duarte<br />
06 12 18 24<br />
Fotografia, Arte,<br />
Diagramação: Márcio Duarte Lima<br />
Para contato:<br />
triadeurbana@hotmail.com<br />
TEL:(031) 8378-7738<br />
web:<br />
Triadeurbana.com<br />
BMX com Flavinho,<br />
matéria com o piloto<br />
fascinado com o Dirty<br />
Bolívia, cores sabores e<br />
manobras, um país que<br />
vai muito além da coca.<br />
Na cena do Patins In-<br />
LIne com Leleo<br />
Té, representa o skate<br />
da zona leste<br />
A REVISTA TRÍADE URBANA É<br />
UMA PUBLICAÇÃO<br />
TRIMESTRAL ,TEM SUA<br />
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
Flávio Magalhães<br />
Aos 19 anos de idade o piloto de bike Flávio Magalhães, Flavinho<br />
como é conhecido, também ,com seus 1,62m, seu amigos gostam de<br />
brincar dizendo, “ o que ele não tem em altura mas compensa no rolé” .<br />
Estudante de arquitetura ele concilia o BMX com a faculdade e os projetos<br />
que faz no escritório de arquitetura e engenharia em que trabalha.<br />
Nascido e residente em são Domingo do Prata, Minas Gerais, município<br />
com pouco mais de 17 mil habitantes, Flavinho comenta que existe<br />
07
vantagens e desvantagens de treinar<br />
em uma cidade pequena. Para ele a<br />
desvantagem, é que no interior as<br />
opções de bons lugares são limitadas,<br />
e acaba sobrando só para andar<br />
de street e como não é o seu ponto<br />
forte. Quando visita outras cidades<br />
08<br />
e pista de street sente um pouco de<br />
dificuldade.<br />
A vantagem é por ser uma cidade<br />
pequena e o prefeito conhece todo<br />
mundo, sabe o que a população<br />
precisa é não precisa. Continua<br />
Flavinho. “A poltica pública aqui
apoia muito o esporte, quando teve<br />
campeonato eles pagaram a passagem<br />
para eu poder viajar. O prefeito<br />
deixou nas mãos dos atletas a<br />
oportunidade de desenhar a pista, e<br />
nós estamos moldando da melhor<br />
maneira tanto para o BMX quanto<br />
para o Skate. Esse é um projeto que<br />
tem previsão de iniciar ainda neste<br />
ano” . Revela.<br />
Com característica de piloto que<br />
gosta de voar alto e manobras aérias,<br />
Flavinho fala que no BMX<br />
tem preferência por andar no park e<br />
dirty, e não foca muito seu treino no<br />
street. Junto com amigos construiu<br />
uma pista de dirty no terreno em<br />
frente à rodoviária municipal.<br />
“Eu gosto muito de andar na pista<br />
de terra, mesmo que ela sempre<br />
precise de mão de obra e reparos,<br />
pois acaba se desmanchando com<br />
o tempo, o lado bom é que quando<br />
caímos não machucamos muito, a<br />
terra amortece um pouco o impacto”<br />
fala em tom irônico.<br />
09
Flavinho vê que a cena do BMX em<br />
Minas Gerais evoluiu, pelo fato de<br />
surgir muitos pilotos bons, mas a<br />
falta de pistas não deixa uma grande<br />
parte deles chegarem ao nível de<br />
outros pilotos, que moram em grandes<br />
centros onde se concentram pistas<br />
de todos os tipos, essa diversidade<br />
acaba fazendo a diferença.<br />
“Na minha cidade éramos quatro,<br />
mas surge um piloto novo de tempo<br />
em tempo. Eu não pretendo ser<br />
profissional com o BMX, quero é<br />
aprender cada vez mais e mais. Levar<br />
a vida como atleta profissional<br />
não tenho esse foco, gosto mais da<br />
diversão que o BMX me traz”. Finaliza.<br />
10
11
Em Santa Cruz de la Siera<br />
Bolívia, cores sabores e manobras, um país que vai muito além da coca.
Tríade Urbana foi até a Bolívia<br />
na sua primeira Road Trip<br />
A<br />
internacional, fugindo das grandes<br />
metrópoles radicais, Barcelona,<br />
Califórnia, Tokyo . É fácil de ver<br />
nos vídeos promocionais a Europa,<br />
Ásia e Estados Unidos bem representados<br />
com pistas maravilhosas,<br />
cidades arquitetonicamente estruturadas<br />
e um asfalto urbano,<br />
impecável, de dar inveja.<br />
A realidade do esporte nem sempre<br />
se concretiza no que a cinegrafia<br />
urbana mostra. Ir para à Bolívia<br />
para conhecer a realidade dos Bikes<br />
e Skates dos nossos vizinhos,<br />
especificamente de Santa Cruz de<br />
La Sierra, sendo a capital financeira<br />
da Bolívia era mais que propícia a<br />
estadia e procura de atletas radicai<br />
naquele país.<br />
14
A Bolívia surpreende com suas<br />
cores, cheiro e pluriculturalismo,<br />
onde o desenvolvimento anda de<br />
mãos dadas com o atraso, um belo<br />
país que omite seus belos atributos.<br />
A impressão que dá a primeira vista,<br />
que não existe uma regra formal<br />
para as coisas, o trânsito parece caótico,<br />
o comércio ilegal, a polícia<br />
autoritária e o aeroporto com uma<br />
organização que só quem trabalha<br />
lá consegue entender. Qualquer semelhança<br />
com algum outro país um<br />
pouco mais a leste da américa latina,<br />
a caba aqui.<br />
Surpreende ver a presença do exército<br />
nas praças ao anoitecer, do<br />
monopólio de marcas automotivas<br />
asiáticas, ver índios com suas roupas<br />
típicas, andando e trabalhando<br />
normalmente em toda parte.<br />
Essa Bolívia que abriga os skatistas<br />
e bikers que a Tríade Urbana veio<br />
conhecer. Indo ao seu encontro em<br />
um belo parque, amplo e movimentado,<br />
que dobra a frequência do público<br />
durante a noite como percebi<br />
mais tarde. O local de nome Parque<br />
Urbano, é um centro de lazer<br />
e expressão artística livre, talvez<br />
seja por isso que alí se concentrava<br />
os atletas radicais juntamente<br />
com artistas, fotógrafos, músicos e<br />
apreciadores da expressão artística<br />
urbana.<br />
Na parte esportiva a realidade que<br />
15
aparece e muito semelhante ao que<br />
se vê em muitas cidades do Brasil, a<br />
infraestrutura é mínima. O local de<br />
treino é um espaço que também é<br />
usado para show ao ar livre, o piso é<br />
muito bom, mas o local é totalmente<br />
reto (é bom para Flatland). No<br />
local existe a arquibancada de concreto<br />
e um caixote feito com uma<br />
madeira parecida com as usadas em<br />
trilho de trem, para poder se fazer<br />
algum tipo de manobra, juntamente<br />
com uma escadaria de oito degraus,<br />
e a saída da área de show que é uma<br />
inclinação em 45 graus também é<br />
frequentemente usada para as manobras<br />
aérias. Pronto isso é tudo<br />
que esse local tem a oferecer.<br />
Durante o dia o local fica repleto<br />
de skatistas, muitos receptivos, e o<br />
idioma é uma barreira no começo,<br />
mas a linguagem internacional do<br />
skate fez com que eu conhecesse<br />
Carlos, um brasileiro que vive na<br />
Bolívia e anda de skate por lá. Filho<br />
de boliviana e brasileiro, Carlos<br />
conta que a falta de apoio e estrutura<br />
faz com que os skatistas de Santa<br />
Cruz tenham dificuldades quando<br />
participam de campeonatos. Segundo<br />
ele “ somos piores”, por não<br />
existe uma pista de skate na cidade.<br />
Ao cair da noite os BMXs chegam<br />
aos poucos em pequenos grupos, o<br />
16
arulho do cog preenche o ar, logo<br />
o local vira uma “pista” mista de<br />
skate e biker. Carlos me apresentou<br />
Daniel, um biker de 18 anos, boliviano<br />
que mora em Santa Cruz de<br />
la Sierra . Daniel fala que para andar<br />
teve que improvisar uma “pista”<br />
junto com os amigos, pois não<br />
existe muito apoio para o esporte<br />
nem por parte do governo e nem<br />
por parte do comércio.<br />
A vibe do esporte radical é exatamente<br />
parecido, com o que acontece<br />
em muitas cidades do Brasil.<br />
Não existe “treta” entre os esportes,<br />
cada um ocupa uma parte do local e<br />
respeitando o fluxo do movimentos.<br />
Primeira Road Trip internacional,<br />
conclusão: “Lá é como cá”.<br />
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Leandro Damasceno<br />
Leleo, ou melhor, Leandro Damasceno, aos 27 Anos já faz parte da<br />
velha guarda do In-line do Vale do Aço e de BH. Nascido na capital<br />
mineira reside em Ipatinga, onde é presença garantida na pista do bairro<br />
Ideal.<br />
Como você descobriu o mundo da patinação?<br />
Leleó: Cara, eu estava jogando bola como, todo brasileiro no Parque<br />
Ipanema aqui na cidade, quando fui tomar água reparei que tinha muita<br />
gente aglomerada em volta do galpão próximo ao bebedouro e como<br />
eu era curioso igual todo moleque fui olhar o que estava acontecendo,<br />
quando consegui olhar, vi uns caras estranhos patinando e pulando em<br />
umas barras de ferro com pés triangulados e deslizando foi na hora que<br />
olhei aquilo e pensei: “ nossa que parada maneira”, quando cheguei em<br />
casa peguei meu patins, que foi comprado na Marina Presentes e adaptei<br />
umas madeiras do lado e fui tentando chiar e me enturmei com a galera<br />
uma semana depois, aí vim patinando até hoje, já faz 12 anos.<br />
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O que trouxe e traz a patinação para você?<br />
Leleó: Cara, me sinto muito bem quando estou com os patins nos pés<br />
patinando com os amigos o stress do dia-dia até acaba. Mas o melhor é<br />
quando rola uma manobrinha diferente, a empolgação é dobrada.<br />
Quem são seus ídolos e suas inspirações na patinação?<br />
Leleó:Cara, eu curto demais o rolé dos gringos, de especial o Alex<br />
Broskow que conheci o vídeo VG20, o Brian Aragon, Chris Haffey e<br />
outros gringos. Agora da cena nacional é o Fred Castro de Belo Horizonte<br />
que me deu muito apoio para o DVD “Todo Insano” que lancei<br />
em 2006, o Felipe Zambardino de São Paulo, Fábio Enes de São Paulo e<br />
muitos outros patinadores.<br />
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Que diferenças você vê entre a patinação da época que você começou<br />
para os dias de hoje?<br />
Leleó: Cara, quando comecei era tudo muito difícil, comprar patins,<br />
repor peças para os patins, eram poucos os picos para patinar, mas tudo<br />
isso tornava a patinação muito “da-hora”, pois sempre estávamos inovando<br />
cada dia.<br />
Como é o cenário nacional nos últimos anos? Você acha que mudou<br />
muito de seus primórdios até o presente momento ?<br />
Leleó: Cara, agora no Brasil tem muitas lojas onde podemos ir e montar<br />
o nosso próprio patins como sempre sonhamos, escolher e comprar qualquer<br />
tipo de roda e rolamento o que for melhor, e ainda tem um preço<br />
acessível a todos. Aumentou o número de pistas públicas, pois existe<br />
agora várias associações de esportes que visam outras modalidades e não<br />
só o Futebol como era antigamente. Com certeza muita coisa mudou de<br />
lá para cá, comprar patins é mais fácil, comprar peças é mais fácil, e com<br />
as construções de pistas ajuda a desenvolver manobras novas e a galera<br />
<strong>21</strong>
foi aumentando de pouco a pouco.<br />
Gostaria de viver de patinação? Você vê isso possível?<br />
Leleó: Eu sempre sonhei, mas para mim não rolou não!Mas no Brasil as<br />
coisas melhoraram e já existem patinadores que vivem com o patins nos<br />
pés e ganhando para isso.<br />
Como você vê a relação do Patins com os outros esportes de ação como<br />
skate e Bike?<br />
Leleó: Cara, esporte é tudo igual, mas você tem que ter nascido para ele,<br />
patinar é igual andar de skate, Bike, Slackline, Escalar, rapel, Band Jamp<br />
e muitos outros esportes radicais!<br />
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Marcos Soares<br />
O skatista de 22 anos, nascido em Timóteo, criado na (Zona Leste),no<br />
bairro Recando Verde, técnico em edificações, Marcos Soares anda de<br />
skate há 11 anos. Mais conhecido como Té, entre músicas, manobras<br />
e carisma, Marcos parou para dar uma entrevista a Tríade Urbana, na<br />
pracinha do bairro Funcionário em Timóteo, o novo ponto de encontro<br />
da galera radical da cidade.<br />
O que é ser um skatista nos dias<br />
de hoje?<br />
Té: Nos dias de hoje o skate tem<br />
sido bem aceito na sociedade ,<br />
como um esporte que vem desenvolvendo<br />
um papel muito positivo<br />
entre os adolescentes e jovens . O<br />
skate hoje deixou de ser um esporte<br />
ligado a rebeldia e ganhou um<br />
grande respeito por formar pessoas<br />
melhores .<br />
Quais são suas influências?<br />
Té: Minhas primeiras influências<br />
começaram nos pioneiros do skate<br />
na minha cidade uma crew que se<br />
chama DIXAVA. Eu tenho um tio<br />
que faz parte dessa galera que se<br />
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encontrava em frente de uma loja no centro de Timóteo , e essa galera é<br />
formada por amantes do rock , do in-line , do BMX e do skate (eram os<br />
tidos como rebeldes por ser amantes do estilo underground) . E através<br />
desse tio me interessei pelo skate e com muito custo conquistei o meu<br />
primeiro skate profissional (resto de peças dos skatistas que me passavam<br />
) e estou até hoje repassando o pouco que aprendi e incentivando a<br />
prática desse meu estilo de vida .<br />
Como você vê a cena do skate na sua região?<br />
Té: O skate hoje no Vale do Aço , esta vivendo um bom momento, e em<br />
constante evolução . Eu tenho 11 anos de skate , tenho um rolé digamos<br />
regular e técnico , existem garotos com 3 anos de rolé que estam com<br />
uma técnica muito apurada, e mais agressiva do que eu . Isso prova que<br />
os garotos estam vendo esse esporte não como um lazer, mas algo que<br />
requer dedicação e disciplina .<br />
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Você anda de skate e também é músico, como uma coisa pode influenciar<br />
a outra?<br />
Té: O skate e a música são duas coisas que me levaram a conhecer lugares<br />
e pessoas muito especiais, quando estou praticando , me sinto bem e<br />
que faz parte do meu estilo de vida, hobby que levarei por toda vida .<br />
Você participa de vários acontecimentos na cena esportiva e cultural,<br />
em Timóteo, quais são os grupos que você participa? E porque isso é<br />
importante?<br />
Té: A dedicação já vem de muito tempo em prol da cultura, que no meu<br />
caso o skate, que em nossa região até hoje não tem um apoio dos governantes<br />
e o respeito e apoio merececido . E em 2011 fui convidado<br />
a fazer parte de um coletivo de cultura urbana chamado COLETIVO<br />
CONTEÚDO AVULSO , é um coletivo de artistas, produtores e agentes<br />
de mídia independente de Coronel Fabriciano/MG, que produz artes<br />
visuais, competições de skate e arte de rua em geral. É com esse<br />
coletivo, venho desenvolvendo juntamente com os demais membros<br />
ações e eventos de skate de forma independente, contendo um papel<br />
sócio-cultural e apresentando a importância do esporte e da cultura na<br />
formação de cidadãos .<br />
O que os amigos influenciam no skate?<br />
Té: Olha , posso dizer que graças a Deus fiz vários amigos através do<br />
skate, e tê-los junto comigo na hora do rolé influencia demais , rende<br />
várias risadas , várias comemorações. Quando pinta uma manobra nova ,<br />
não consigo imaginar meu rolé sem eles .<br />
Um lugar que gostaria de ir para andar de skate?<br />
Té: Califórnia , sonho de qualquer skatista .<br />
Para você qual é a vibe do skate?<br />
Té: É ter adrenalina sempre oscilando , de sentir o coração bater no<br />
solado do tênis , de sempre que estiver com os amigos na sessão dar boas<br />
risadas e skatear como se fosse o último rolé .<br />
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KIM&KRIS<br />
STREET WEAR