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Revista Saber

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Notícia<br />

EDSON NASCIMENTO E “O SUBMARINO DO BATATINHA”<br />

Por Angélica Salviato<br />

O escritor capixaba e a obra<br />

Edson Ribeiro, artista capixaba que contagia as pessoas com sua alegria (foto: Grupo Estripolia).<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Saber</strong> teve a honra de entrevistar e conhecer um pouco mais sobre o<br />

artista capixaba: Edson Nascimento. Edson que é ator, palhaço, músico e<br />

professor se envereda agora pelo mundo da escrita. O autor está lançando seu<br />

primeiro livro. A obra que se chama “O Submarino do Batatinha” conta com a


Notícia<br />

ilustração de Daiana Scaramussa dos Santos e com bastante interação para o<br />

leitor, com ilustrações e perguntas para divertir todos!<br />

O Enredo X Clímax<br />

O livro retrata a lúdica construção de um submarino como ideia do Batatinha aos<br />

amigos. Porém, o submarino é desmontado toda as noites e fica a grande<br />

questão no ar: quem desmonta o submarino? Mas, essa resposta você só obterá<br />

ao ler a obra. O livro aproveita o clímax para abordar também questões de<br />

sustentabilidade, reaproveitamento de materiais e cuidados com o meio<br />

ambiente, dando uma verdadeira aula de educação ambiental aos leitores.<br />

(foto: Grupo Estripolia)<br />

Entrevista e Mais Informações<br />

Quer saber mais? Confira abaixo a entrevista na íntegra com o autor: Entrevista<br />

Edson Nascimento – Nossa Leitura.<br />

E se você quiser mais informações sobre a obra é só acessar esse link:<br />

https://soundcloud.com/user-486801803/nossa-leitura-edson-nascimento-ed).


Histórias<br />

Pássaros ou prisioneiros?<br />

Por Chris Lemos<br />

Artistas de rua, artistas independentes, jovens livres, dos paradigmas, dos<br />

dogmas, dos estereótipos e razões midiatistas. Os artistas da praia, amanhã,<br />

estarão na calçada, no asfalto, no ônibus indo para outra praia. Pessoas que<br />

deixam para trás a vida formal, rotineira e regrada, para viver livres como<br />

pássaros, que voam com o vento em busca de recomeço, aventuras e<br />

experiências. Experimentar a vida despretensiosamente é especialidade deles,<br />

eles são livres.<br />

(Foto: Chris Lemos)<br />

Os artistas da rua têm uma função social importante: quebrar barreiras,<br />

ultrapassar geografias, mostrar para a sociedade capitalista que o mais<br />

importante não é o que se tem, mas o que se é. Ser é mais que Ter. Apesar de


Histórias<br />

boa parte dos artistas autônomos independentes terem muito mais a nos<br />

oferecer do que um doutrinado intelectual, eles são simples, discretos e sinceros.<br />

Eles nos oferecem um olhar diferente para a simplicidade do viver, nos<br />

lembrando a toda hora de que a vida deve ser leve. Leve como o vento, que guia<br />

os pássaros, os pássaros livres. Pois nem todo pássaro é livre, alguns são<br />

prisioneiros em gaiolas e lhes são exigidos que cantem, cantem felizes enquanto<br />

estão presos. Outros se prendem, por livre e espontânea ingenuidade que são<br />

livres, que podem ir embora quando quiserem, mas não podem. Os pássaros<br />

livres têm ninho, mas eles escolhem quando voltar, e se voltar.<br />

Marcelo uma família que morre de saudade da sua presença, mas se enche de<br />

orgulho da sua coragem. Jovem, mineiro e irmão de mais dois meninos mais<br />

novos, Marcelo decidiu voar. Voar para onde tinha sol, liberdade e generosidade.<br />

Afinal, é através de sua venda que ele se alimenta, se desloca se mexe.<br />

(Foto: Chris Lemos)<br />

Se mexer também é a praia de Juliana. Mineira que saiu de casa adolescente<br />

não fala muito do que ficou para trás, mas quando o assunto é o próximo destino<br />

ela se entusiasma. A artesã da rua garante não se importar com os moldes da<br />

sociedade. O único compromisso dela é com a natureza, com o mundo, com a<br />

liberdade. Esses dois jovens artistas de rua são como os pássaros livres, belos,<br />

felizes e soltos pelo mundo. Mundo com fronteiras que são vencidas a cada dia<br />

com destino a uma nova praia, ou um novo ninho.


Grande reportagem<br />

Cinema no Espírito Santo<br />

Por Kamilli Rampinelli e Nathália Marques<br />

Gravações do filme Os Incontestáveis (imagem adquirida pela internet).<br />

Luz, câmera e ação. A vida parece um filme sem roteiro, na qual precisamos<br />

contracenar como diferentes personagens em diversas situações. Mas quem<br />

carrega o sonho de trabalhar com o mundo cinematográfico, necessita seguir<br />

planejamentos, técnicas e roteiros.<br />

A história do cinema vem contracenando com os sonhadores ao redor do mundo,<br />

e no Espírito Santo não foi diferente. No ano de 1920, Ludovico Percise, um<br />

relojoeiro de Castelo, inventou uma máquina que filmava, revelava e projetava.<br />

O equipamento foi construído com peças de gramofone de relógios antigos e<br />

latas de manteiga.<br />

A Primeira obra de Ludovico e do Espírito Santo, chamada “Bang Bang”, foi<br />

produzida em 1926. Mas apenas no próximo ano, em 1927, que o filmaker<br />

registrou o invento no Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio do Rio de<br />

Janeiro, nomeando de Aparelho Guarany. Um fato interessante sobre o<br />

equipamento, é que o Aparelho Guarany foi patenteado 20 anos antes da<br />

invenção do produto americano.<br />

A criação não ficou guardada exclusivamente para Ludovico, o inventor montou<br />

uma sala de projeção, onde exibia seus filmes para os moradores de Castelo.


Grande reportagem<br />

Mas infelizmente, por falta de recursos, não teve condições para desenvolver o<br />

grande sonho.<br />

Festivais cinematográficos<br />

Os anos passaram, muitas coisas mudaram, tecnologias foram desenvolvidas,<br />

mas os sonhos se repetem. O segmento cinematográfico cresceu e têm se<br />

tornado referência no Brasil. Exemplo disso é o Festival de Cinema de Muqui,<br />

Festival da ABD (Associação Brasileira de Documentaristas e Curta Metragistas<br />

do Espírito Santo) e o Festival de Cinema de Vitória. No mês de novembro<br />

ocorreu o 23º Festival de Cinema em Vitória.<br />

Desde 1994 o festival tem o objetivo de mostrar as recentes realizações do<br />

cinema brasileiro. Antes nominado como Vitória Cine Vídeo e, a partir do ano de<br />

2013, renomeado como Festival de Cinema de Vitória.<br />

Cenário atual<br />

Uma das apostas de 2016 é o filme Os Incontestáveis. O drama dirigido por<br />

Alexandre Serafini traz como personagens principais os irmãos Belmont (Fabio<br />

Mozine) e Mauricio (Will Just), que viajam pelas estradas do Espírito Santo à<br />

bordo de um opala 73, com destino a Minas Gerais, em busca do carro de<br />

estimação de seu finado pai, um maverik 77. O filme capixaba foi produzido com<br />

um baixo orçamento e traz no elenco figuras icônicas no meio musical, os<br />

cantores Will Just e Fabio Mozine.<br />

Em entrevista à <strong>Revista</strong> <strong>Saber</strong>, Mozine conta como foi a sua primeira experiência<br />

nas telinhas: “Não sei se seria correto dizer que ingressei na carreira de cinema.<br />

Na verdade, o foco da minha atuação é na música e no mercado fonográfico.<br />

Com a música participei de vários videoclipes e, em determinada época, fiz<br />

vídeos para internet pela Tv Quase. Creio que a partir daí surgiu o convite para<br />

eu participar do filme Os Incontestáveis, do qual eu também assino a trilha<br />

sonora. Tenho ainda uma grande dificuldade em me ver na tela e aceitar a minha<br />

atuação, da qual eu não gosto! Me sinto mais à vontade realmente trabalhando<br />

com música”.<br />

Confira parte da entrevista pingue-pongue<br />

1 - Qual a sua expectativa e visão sobre o cinema capixaba?<br />

Creio que principalmente através das leis de incentivo, cada vez mais novos<br />

diretores estão lançando seus filmes. Creio que chegou a hora desse pessoal se<br />

reunir e colocar os filmes para viajar em território nacional.<br />

2 - Como é a valorização do cinema capixaba fora do estado?


Acho que ainda é pouco conhecida, é chegada a hora de tentar emplacar os<br />

filmes em algum circuito de circulação e festivais fora do Espírito Santo.<br />

3 - Na sua opinião, qual é a relação do cinema com a cultura?<br />

As artes em si se intercalam, sou um exemplo vivo. Fui escalado para filmes por<br />

ter algum destaque da minha imagem que foi gerado pela música. Aproveitamos<br />

e emplacamos a trilha sonora desse filme, ou seja, está tudo interligado.<br />

Por dentro do assunto<br />

Para conhecer um pouco mais sobre o cenário do cinema do Espírito Santo,<br />

nada melhor do que ouvir alguém que está totalmente inserido nesta realidade.<br />

Roberto Burura é professor de graduação e pós-graduação em Artes, Fotografia<br />

e Audiovisual na Universidade de Vila Velha. Formado em Comunicação na<br />

UFES, Fotografia no El Camino College (Los Angeles – EUA) com<br />

especialização em Cinema e Vídeo (UCLA) e Mestre em Psicologia.<br />

Roberto Burura, professor da Universidade Vila Velha (foto: Kamilli Rampinelli).<br />

Com mais de 30 anos de experiência com direções, produções, rádio, Tv,<br />

fotografia e é claro Cinema. Criador dos programas Conexão Geral,<br />

EmMovimento, que está em total funcionamento na Tv Gazeta filiada da Tv<br />

Globo e de uma das rádios mais ouvidas no Espírito Santo, Rádio Cidade. Os<br />

programas televisivos como EmMovimento e Conexão Geral, sempre<br />

incentivaram a exibição de curta metragens.<br />

De forma bem descontraída, prefere ser chamado de Burura. Com essa vasta<br />

experiência, ele é um dos fundadores da Associação Brasileira de<br />

Documentaristas e Curta Metragistas do Espírito Santo. Também participa<br />

constantemente como jurado em festivais audiovisuais no Espírito Santo e no<br />

Brasil.


Ao longo do tempo, o comunicador conta que, das diversas produções que<br />

participou e idealizou, muitas pessoas de outros estados vieram ao Espírito<br />

Santo para integrar a equipe, mas depois de alguns anos, o interesse sobre<br />

audiovisual foi crescendo, fazendo com que os próprios capixabas participassem<br />

dessas produções.<br />

Essas produções por suas vezes inseridas em festivais para ter reconhecimento<br />

nacional e, poder ter a possibilidade de acesso e visualização para todo o público<br />

interessado. Vale lembrar sobre os editais, que precisam ser bem estruturados<br />

para serem aceitos em uma classificação em um festival.<br />

Com o avanço da tecnologia, as produções audiovisuais se tornaram muito mais<br />

acessíveis. Antes, para produzir um longa metragem, era necessário ter<br />

aparelhos e equipamentos de no mínimo R$100.000,00. Burura conta com<br />

entusiasmo sobre a facilidade do advento da internet e dos mobiles.<br />

“Cinema produzido por crianças, isso é uma coisa interessante”, a possibilidade<br />

de crianças e qualquer pessoa ter a oportunidade de produzir conteúdos<br />

audiovisuais com um celular.<br />

“Toda criança tem uma produtora dentro do bolso”. A importância da imagem,<br />

arte, teatro e música, tem o poder definitivo na formação cultural, educacional e<br />

imaginária das crianças e das pessoas em geral.<br />

O Festival de Cinema de Vitória pretende estimular o crescimento e o fortalecimento da<br />

produção audiovisual dos profissionais capixaba. Incentivando cada vez mais a<br />

formação de um público critico e consumidor de cultura. Na 23º foram integradas<br />

diversas atividades como : 20ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas-metragens; 6ª<br />

Mostra Competitiva de Longas-metragens; 5ª Mostra Foco Capixaba; 5ª Mostra<br />

Corsária; 6ª Mostra Quatro Estações; 17º Festivalzinho de Cinema de Vitória; 3ª Mostra<br />

de Animação; 3ª Mostra Outros Olhares; Mostra Mulheres no Cinema; Mostra Cinema<br />

e Negritude; Mostra Petrobras 100 Anos do Cinema Brasileiro de Animação; Viradão<br />

Novo Cinema de Horror; Oficinas; Debates e encontros com pesquisadores de cinema,<br />

realizadores e o público; e Lançamentos de DVDs, livros e outras publicações.


Opinião<br />

Acordes capixabas<br />

Por Camille Porto<br />

Placa da estátua do artista capixaba Maurício de Oliveira (foto: Camille Porto).<br />

A cada vez mais são descobertos novos talentos, novos nomes, em todo tipo de<br />

área musical. A internet, principalmente, tem sido uma das mais eficientes<br />

formas de divulgação do trabalho de iniciantes. Serve também para revitalizar<br />

nomes já conhecidos, mas que foram deixados de lado em algum momento da<br />

linha temporal da história da música.<br />

Ao tratar da música brasileira, temos vários expoentes que contribuíram para a<br />

construção dessa identidade. Nossa história foi marcada por traços de outras<br />

culturas, como por exemplo: da música africana, que cooperou para a criação do<br />

samba; e do jazz norte-americano, que cooperou para a criação da bossa nova.<br />

Sem contar com a MPB, fusão da bossa nova e do nosso folclore.<br />

Partindo para a música capixaba, podemos citar vários nomes de artistas<br />

musicais que fizeram parte dessa história. Porém, ao analisar esses nomes, um<br />

em especial atraiu a minha atenção: Maurício de Oliveira, um dos maiores<br />

violonistas do mundo – conquistou o prêmio de 2º lugar no “Festival Internacional<br />

de Violão, no ano de 1955, em Varsóvia.


Opinião<br />

Faz seis anos que o cenário musical capixaba perdeu esse grande talento. O<br />

lamentável é que muitos capixabas nunca ouviram em diversos artistas natais.<br />

Para mudar isso, a Prefeitura de Vitória homenageou o músico e contratou o<br />

artista argentino Fernando Poletti para esculpir uma estátua em bronze, e em<br />

tamanho real, do músico com seu inseparável violão. A escultura está localizada<br />

na Orla de Camburi, em Vitória .<br />

Estátua de bronze do músico capixaba Maurício de Oliveira<br />

(foto: Camille Porto)<br />

O imenso talento de Maurício lhe propiciou apresentações com grandes nomes<br />

da música brasileira, como: Luiz Gonzaga, o famoso “Rei do Baião”; Orlando<br />

Silva, um dos mais importantes cantores brasileiros; Altemar Dutra, grande


compositor e cantor. Suas histórias e suas conquistas foram admiráveis. Sua<br />

vocação e capacitação eram quase incontestáveis.<br />

Penso que a habilidade de Maurício e o amor que ele tinha pela música podiam<br />

ser sentidos a partir do momento em que ele pegava seu violão e, tocava<br />

(acariciava) as seis cordas desse instrumento, criando uma harmonia ilustre e<br />

digna de ser contemplada por quaisquer que fossem aqueles que a<br />

alcançassem. Maurício, o orgulho da música capixaba.<br />

(foto: Imagem adquirida pela internet)<br />

Conheça mais os clássicos de Maurício de Oliveira e sua biografia:<br />

https://www.youtube.com/watch?v=ZT_vpWayDLo<br />

https://www.youtube.com/watch?v=x2Nk9zwGpOM<br />

https://www.youtube.com/watch?v=PAnd4CJvfNM


Ensaios<br />

A CADEIRA<br />

Por Nathália Marques


Ensaios


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Ensaios<br />

ARTISTAS DE RUA<br />

Por Chris Lemos


Ensaios


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Ensaios<br />

INFRAESTRUTURA DOS PESCADORES DA PRAINHA<br />

Por Camille Porto


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