Revista 2 edição - Sem sangria
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Agricultura em Foco<br />
Silvicultura, um excelente negócio!<br />
Andréia Vanize Trautenmüller<br />
Engenheira Florestal<br />
Pós Graduanda em Bases Ecológicas<br />
A<br />
silvicultura é a atividade<br />
ligada ao cultivo de<br />
árvores e tem sido aplicada<br />
como um dos mais<br />
importantes instrumentos para a obtenção<br />
de matéria-prima destinada<br />
ao atendimento de diversas demandas,<br />
que vão do pequeno agricultor<br />
à grande indústria de<br />
base florestal. Também<br />
tem se tornado um importante<br />
instrumento<br />
na preservação da floresta<br />
contra a erosão, a<br />
desertificação e o empobrecimento<br />
do solo,<br />
além de proteger a flora<br />
e a fauna de uma região.<br />
Desta forma, hoje<br />
a exploração florestal,<br />
o reflorestamento e a<br />
gestão econômica buscam<br />
uma combinação<br />
adequada entre a preservação<br />
ecológica e o aproveitamento<br />
da floresta com fins sociais,<br />
de lazer e de cultura.<br />
A implantação da silvicultura<br />
nas pequenas propriedades rurais é<br />
uma excelente forma de diversificação<br />
das atividades, sendo capaz de<br />
trazer ao produtor, tanto benefícios<br />
diretos quanto indiretos, como: aumento<br />
na rentabilidade da propriedade,<br />
produção de madeira para uso<br />
Algumas das informações aqui apresentadas fora adaptadas do texto da Eng. Florestal Natália Canova, publicado em<br />
02/09/2016na página online da SIF (Sociedade de Investigações Florestais). Informações referentes aos custos e receitas<br />
de plantios foram adquiridas com Sérgio - Genética Grupo Verde de Ijuí/RS.<br />
18 OUTUBRO 2016<br />
Foto: Grupo Verde/Divulgação<br />
A silvicultura é uma excelente forma de diversificação das atividades<br />
na propriedade, melhor aproveitamento<br />
da terra, proteção do solo,<br />
dos mananciais e cursos d’água,<br />
proteção de culturas agrícolas e do<br />
gado contra ventos, otimização da<br />
mão-de-obra familiar e redução da<br />
pressão sobre as florestas naturais.<br />
O cultivo de eucalipto e outras<br />
culturas florestais pode se tornar<br />
uma fonte extra de renda, onde<br />
o produtor pode aproveitar áreas<br />
que antes não estavam sendo utilizadas<br />
ou utilizadas de forma insatisfatória.<br />
Áreas degradadas de pastagens,<br />
que inviabilizam o solo para<br />
o uso agrícola ou agropecuário, podem<br />
ser utilizadas para o cultivo do<br />
eucalipto, por exemplo.<br />
Sabe-se que o retorno no investimento<br />
em plantios florestais<br />
se dá em períodos mais longos de<br />
tempo, de 3 a 5 anos no caso do eucalipto<br />
e por este motivo, também<br />
pode-se considerar o plantio como<br />
uma “poupança verde”, que renderá<br />
muito mais que uma poupança<br />
normal, trazendo ainda muitos benefícios<br />
neste espaço<br />
de tempo. O produtor<br />
ainda visualiza o seu<br />
ganho com o tempo,<br />
através do crescimento<br />
da sua “floresta”.<br />
A decisão sobre<br />
os objetivos da produção<br />
é de extrema importância,<br />
pois é em cima<br />
deste objetivo que<br />
devem ser trabalhados<br />
os tratos culturais a<br />
serem realizados o povoamento<br />
florestal. E<br />
por isso esta decisão<br />
deve ser fundamentada na análise<br />
de diversos aspectos que definem as<br />
possibilidades e as limitações para<br />
a produção florestal. Quando pretende-se<br />
implantar um povoamento<br />
com fins comerciais aspectos como<br />
a distância entre a propriedade rural<br />
e o mercado comprador da madeira<br />
a ser produzida e as características<br />
deste mercado, são fatores determinantes<br />
para o sucesso do empreen-