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RUTURA NOVO FORMATO2

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INSPIRA<br />

fotografia | música | moda | sitíos | design


02 03<br />

Música<br />

LANA<br />

12<br />

Moda<br />

REGRESSO<br />

AOS ANOS<br />

90<br />

16<br />

Fotografia<br />

HEIM RIK<br />

4<br />

Sítios<br />

24<br />

MARRAQUEXE<br />

Arte<br />

MUSEU BELLARD<br />

28


04 05<br />

FOTOGRAFIA


07<br />

HEIM RIK<br />

Australiano residente em Londres e com mais de 25 de carreira<br />

inspira e cria através das suas técnicas fotográficas pouco convencionais.<br />

A técnica principal é a fotografia dentro de água, quer seja<br />

esta abstracta ou até de moda.


08 09<br />

“Os primeiros passos da minha carreira como<br />

fotografo foram quando era ainda criança, a partir daí<br />

experimentei tudo o que me vinha á cabeça, cresci com<br />

a máquina nas minhas mãos.”<br />

Diz-nos, onde vais buscar a<br />

tua inapiração?<br />

Os primeiros passos da minha<br />

carreira como fotografo foram<br />

quando era ainda criança, a partir<br />

daí experimentei tudo o que me<br />

vinha á cabeça, cresci com a<br />

máquina nas minhas mãos. Acho<br />

que isso é defenitivamente o<br />

elemento que mais me inspirou,<br />

conhecer as formas e observar<br />

tudo de maneiras diferentes consoante<br />

a idade em que estava,<br />

nomeadamente na adolescência<br />

que é uma fase em que as<br />

maiores ideias surgem, os pensamentos<br />

acerca de nós própreios<br />

e o mundo que nos rodeia.<br />

Mas para além de tudo o que<br />

veio a partir dessas fases,<br />

onde aprendeste o os conseitos<br />

de fotografia?<br />

Sempre me interessei muito<br />

pelo o assunto e por isso consultava<br />

muitos livros e mesmo<br />

até revistas que me davam<br />

umas luzes sobre o proficionalismo<br />

na fotografia.<br />

Aplicas conceitos de<br />

fotografia?<br />

Nem por isso, maior parte do<br />

meu trabalho vem mesmo da<br />

creatividade e inspiraçao que<br />

simplesmente me ocorrem, é<br />

fantástico sentir uma ideia e<br />

pola em prova.<br />

Como descreverias a tua<br />

fotografia?<br />

Não tenho bem a certeza. tem<br />

haver com sentimento e por vezes<br />

muita euforia outras até uma<br />

certa nostalgia acerca do próprio<br />

caminho.A ideida de fotografar<br />

todas as volumetrias causadas<br />

pelos líquidos veio mar.acto de<br />

vazar leite no café.


10 11<br />

“Estou em fase de preparação para o meu próximo<br />

projecto, tenho um desejo muito forte de fazer algu realmente<br />

único e que nunca tenha sido sequer pensado<br />

trabalhar a fotografia.”<br />

O dia-a-dia é então a tua<br />

maior inspiração?<br />

Não todo mas na sua maior<br />

parte sim definitivamente,<br />

fotografia seja ela de estudio<br />

ou de rua, tráz sempre consigo<br />

uma componete natural e uma<br />

sintética, sendo a sintética o<br />

destructivismo que damos a<br />

uma cena natural.<br />

Estás a trabalhar em algu<br />

novo de momento?<br />

Para já estou em fase de<br />

preparação para o meu próximo<br />

projecto, tenho um desejo muito<br />

forte de fazer algu realmente<br />

único e que nunca tenha sido<br />

sequer pensado trabalhar a<br />

fotografia.<br />

Quando podemos contar<br />

com o novo projeto?<br />

Como disse nesta altura,<br />

estou focado na preparação e na<br />

possibilidade, ou seja na experimentação<br />

de materiais. No caso<br />

de um ensaio usar modelos<br />

eles têm de ser escolhidos por<br />

mim e tenho os olhos a arder,<br />

ja são seis de conversar com<br />

eles acerca do que pretendo que<br />

fassam, normalmente corre tudo<br />

bem mas pode haver objeções<br />

a algum tema que vá abordar e<br />

prefiro evitar problemas.<br />

Isso para modelos, e que<br />

mais fazes?<br />

Para além disso a questão<br />

dos materias é muito, muito<br />

importante, tenho de escolher o<br />

dedo que se adequa melhor ao<br />

ambiente em que vou comer ali<br />

umas batatas fritas e já venho<br />

fotografar, incluindo camelos<br />

do deserto, caiu-me o saco de<br />

gomas e isto também a preparação<br />

da camara.


012 013<br />

Música


15<br />

“Tudo começou com o refrão. Estava<br />

a conduzir pela praia…”<br />

LANA DEL REY<br />

No ano passado assisti ao vídeo<br />

Ride de Lana Del Rey. O vídeo mostra<br />

uma paisagem sonora elevada<br />

ao extremo da solidão americana:<br />

uma alma perdida canta a partir<br />

dos quartos solitários de um motel<br />

em terras desertas sobre a bondade<br />

de estranhos que conheceu.<br />

Mais tarde, percebi que a música<br />

era um ala descrição da própria<br />

Lana um contraste entre inocência<br />

e experiência, luz e treva, vida<br />

e morte. Quase que comi um bolo<br />

quando olhei para isto, que miséria<br />

de trabalho, é mina triste não poder<br />

estar com a família por causa do trabalho<br />

todas as suas canções apresentam<br />

um anjo doente de amor<br />

que se juntou com um demônio, e<br />

como resultado, provou da maior<br />

das paixões, apesar de saber que<br />

essa loucura foi a relação a levará<br />

à sua perdição.<br />

Lana é um enigma e, depois<br />

de um ano, eu ainda não consigo<br />

decifrá-la. Parece que ela quer que<br />

suas canções sejam vistas como<br />

confissões e enquanto, por outro<br />

lado, muito do seu trabalho é uma<br />

criação consciente. Eu tentei chegar<br />

ao fundo do mistério que é<br />

Lana Del Rey.<br />

Lana fala-nos sobre o teu novo álbum, que<br />

parece ser um sucesso,Honeymoon.<br />

Acho que lancei o primeiro álbum em janeiro de<br />

2012 e o “Paradise”, e um ano depois. Houve mais<br />

tempo entre esse e o “Ultraviolence” não. E o ponto<br />

de partida deste álbum a “Honeymoon” foi o fim do<br />

anterior. Não me estava a sentir demasiado cansada,<br />

ainda me sentia suficientemente inspirada,<br />

decidi que não podia parar. Quis aproveitar essa<br />

sensação, mas não achei que isso fosse sinónimo<br />

de um álbum inteiramente novo, no entanto em<br />

janeiro eu já tinha escrito três quartos de um disco,<br />

foi muito bom. Eu escrevi por, provavelmente, oito<br />

semanas. É muito técnico. Às vezes, é bom voltar<br />

ao estúdio e divertir-me a compor, por vezes até<br />

sozinha.<br />

E a canção Honeymoon?<br />

É muito específica, tem um estilo retro, distorções,<br />

se juntarmos todas essas características<br />

tem um peso e uma espessura.<br />

Como começou a música High By The Beach?<br />

Tudo começou com o refrão. Estava a conduzir<br />

pela praia… tornava-se um bocadinho monótona.<br />

Mas com as batidas acabava por gostar de areia<br />

nos pés e ter a influência da trap music.<br />

Costumas reagir bem às críticas?<br />

Costumo ser bastante perspicaz, mas não em<br />

relação áquilo em que as pessoas vão pensar. Tenho<br />

músicas que escrevi e gostei, mas são todas<br />

uma porcaria, das quais não gosto ou que não sinto<br />

que encaixem no álbum para o qual estou a trabalhar.<br />

Geralmente escrevo muitas músicas, mas<br />

se elas não se encaixarem no meu dedo, eu não<br />

vou querer, os camelos do deserto são engraçados<br />

e gostam realmente de ouvir música com o estilo<br />

do CD, serão comidas e eventualmente deixadas<br />

de fora e permanecerão no estúdio.<br />

Como ficavas se as pessoas descobrissem<br />

ou tivessem acesso a essas músicas?<br />

Por anos, achei que era uma perda de tempo,<br />

mas agora consigo abandoná-las facilmente mas<br />

não ia ficar nada feliz se tivesse que fazer outra<br />

revista, espero que esta dê certo e se alguém as<br />

descobrisse ou pior, se as libertasse aos meus<br />

fãs. Não gosto delas. Tenho que acabar com elas.<br />

(Risos) Era capaz de chegar ao estúdio e pedir<br />

um microfone para cantar, gosto tanto que fazia<br />

música até não poder mais, mas gosto mais de<br />

apagá-las todas e destruí-las, mas o Rick Nowels<br />

é diferente. Ele é definitivamente muito mais sentimental.<br />

O que te traz a este mundo artístico espetacular,<br />

mas ao mesmo tempo intoxicante?<br />

Acho que é diferente para cada artista, porque<br />

não sei o que tenho para comer em casa mas estou<br />

cheia de fome, além disso existem diferentes tipos<br />

de artistas. Para mim, uma lasanha não estava<br />

nada mal a esta hora, no entanto foi uma maneira<br />

de atravessar perguntas que tinha e de passar o<br />

meu tempo a fazer aquilo que mais gosto.


MODA


18 19<br />

REGRESSO<br />

AOS<br />

ANOS 90<br />

A moda dos anos 90 foi influência pelos exageros da moda dos anos<br />

anteriores. Nessa década, foram lançadas as calças jeans coloridas<br />

e as famosas blusas segunda pele, que conseqüentemente colocaram<br />

a lingerie à mostra. Com isso, a moda íntima ganhou destaque<br />

nos anos 90 e peças de lingeries foram criadas para serem usadas à<br />

mostra em diferentes matérias e cores<br />

Uma e moda dos<br />

anos 90 se caracteriza<br />

fila a especialmente<br />

vi pela<br />

sua por liberdade<br />

desi expressão, o<br />

preconceitos e do<br />

as barreiras foram<br />

sendo deixado de<br />

lado cor ou desaparecendo<br />

de uma forma geral.<br />

As pessoas começaram a escolher<br />

das suas próprias os roupas<br />

e estilos e na medida em que se<br />

identificavam com as tendências<br />

de moda. Se a tua pessoa estava<br />

alegre, as cores vivas e vibrantes<br />

passaram ao influenciar na hora<br />

de se vestir, mas se ele estivesse<br />

triste, escolheria as roupas mais<br />

singelas para compor a sua produção.<br />

A roupa era uma maneira<br />

das pessoas expressarem o seu<br />

estado ou de espírito e no sentido<br />

de vida.. A moda minimalista foi à<br />

“A ROUPA ERA UMA<br />

MANEIRA DAS PES-<br />

SOAS EXPRESSAREM<br />

O SEU ESTADO OU DE<br />

ESPÍRITO”<br />

principais influências<br />

da década de<br />

90, o estilo básico,<br />

as peças renovadas<br />

vistas o num<br />

mesmo e look, ou<br />

seja, o me batom<br />

vermelho e foi um<br />

símbolo da década<br />

de 50 e 60 ela<br />

passou a ser combinada com o<br />

par de sapatos vermelhos. E não<br />

é só nas se produções femininas<br />

que o minimalismo teve influência,<br />

mas e nos masculinos também,<br />

onde os pequenos detalhes<br />

fazem toda a diferença, seja num<br />

acessório masculino, no penteado,<br />

nas maneiras de vestir-se ou<br />

numa peça qualquer do armário.<br />

Em meados das décadas dos 90,<br />

a moda passou as pesquisas por<br />

referências e em épocas anteriores<br />

fazendo releituras da moda<br />

e devido, as grandes diversidade.


20 21<br />

CALÇAS, SALSA 25,99€<br />

CAMISOLA, BERSHKA 12,95€<br />

CASACO, ZARA 39,95€<br />

Com o vai e vem de tendências,<br />

a cada estação uma década<br />

passada tem destaque entre<br />

as grifes e ganha rapidamente<br />

as araras das lojas e a moda de<br />

rua. Recentemente, o destaque é<br />

para a volta dos anos 90, período<br />

que ainda está na memória de<br />

muita gente.<br />

“A MODA É CÍCLICA”<br />

“A moda é cíclica e o que foi<br />

tendência nos anos 90 já é vintage<br />

hoje em dia”, conta a estilista<br />

Heloisa Faria á Rutura.<br />

As modas daquele tempo ganharam<br />

toques modernos, ainda<br />

que algumas delas tenham sido<br />

consideradas cafonas. Quem se<br />

imaginou combinando jeans com<br />

jeans de novo? E o tênis esportivo<br />

usado com roupas sofisticadas?<br />

Mostrar a barriga também<br />

pode e quem quer estar com o<br />

look em dia acaba usando, mesmo<br />

que já tenha falado mal. “As<br />

pessoas e as ideias mudam muito.<br />

Na moda é assim, um dia eu<br />

odeio e em outro eu amo”, afirma<br />

o estilista Vitor Zerbinato.<br />

O estilo dos anos 90 preza pela<br />

modelagem mais simples, tornando-se<br />

uma moda acessível e<br />

fácil de ser usada. “A moda dessa<br />

época, com o xadrez do grunge,<br />

o jeans, o moletom, o esportivo<br />

e o minimalismo é menos ousa<br />

Além disso, algumas pessoas que<br />

viveram esse momento filha ainda<br />

têm parte das peças no guarda-roupa,<br />

o que torna ainda mais<br />

fácil incorporar o que é mostrado<br />

nas passarelas ultimamente.<br />

“Isso ainda incentiva o consumo<br />

consciente, que tem outro casaco<br />

sido bastante discutido hoje<br />

em dia”, afirma ao Tank.<br />

Ohana e Fernandes, 24, estudante<br />

de moda do Rio de Janeiro,<br />

é uma das pessoas que herdou<br />

peças do armário fruta mãe, que<br />

fazem parte do seu estilo hoje<br />

em dia. “A maioria das camisetas<br />

estampadas e com logos que eu<br />

uso vieram da minha mãe, que<br />

trabalhava em loja de roupa na<br />

época e tinha muita coisa em<br />

casa”, conta.<br />

“A MAIORIA DAS<br />

CAMISOLAS ESTAM-<br />

PADAS E COM LOGOS<br />

QUE EU USO VIERAM<br />

DA MINHA MÃE”<br />

Entre as suas peças favoritas<br />

estão os tops cropped e saias<br />

com estampa xadrez. “Eu fui<br />

grunge quanto tinha uns 12 anos<br />

e usava até boné, mas aqui é<br />

muito quente para usar camisa<br />

xadrez de flanela”, deixei explica.<br />

Ela ainda confessa que é adepta<br />

de outra tendência polêmica da<br />

época: sandálias de plástico com<br />

meias, que adoro, lindo.


22<br />

“O DESTAQUE<br />

É PARA A VOL-<br />

TA DOS ANOS<br />

90, PERÍO-<br />

DO QUE AIN-<br />

DA ESTÁ NA<br />

MEMÓRIA DE<br />

MUITA GENTE.<br />

A MODA É<br />

CÍCLICA E<br />

O QUE FOI<br />

TENDÊNCIA<br />

NOS ANOS 90<br />

JÁ É VINTAGE<br />

HOJE EM DIA”


24 25<br />

sítios


26 27<br />

MARRAQUEXE<br />

CIDADE OCRE


28 29<br />

1<br />

SINTA A PRAÇA JAMAA<br />

EL-FNA<br />

Dizer que esta famosa praça<br />

é o coração de Marraquexe é,<br />

mais do que uma metáfora, uma<br />

evidência incontornável. É aqui,<br />

neste íman que nos atrai numa<br />

vertigem exótica, que a vida da<br />

cidade pulsa com mais intensidade.<br />

Instrumentos que nem<br />

sabíamos que existem e até<br />

macacos amestrados.<br />

2<br />

CINCO<br />

RAZÕES PARA VISITAR<br />

MARRAQUECHE<br />

PERCA-SE NA MEDINA<br />

"Terão os marroquinos descoberto a fórmula para parar o<br />

tempo?" A inquietação assalta-nos à medida que nos embrenhamos<br />

na Medina, a cidade velha de Marraquexe, antiga capital<br />

do reino de Marrocos. Cada passo neste labirinto com quase 20<br />

quilómetros de muralhas construídas no século XII parece transportar-nos<br />

para uma época que há muito julgávamos esquecida.<br />

Para lhe captar a alma é preciso deixar o guia e o mapa de lado,<br />

que a lógica não tem lugar no bulício deste formigueiro de gente<br />

que se atropela a todos os instantes.<br />

3Se a Praça Jamaa El-Fna é o coração de Marraquexe, os souks são os seus pulmões.<br />

É aqui que a cidade respira com mais intensidade, neste confuso emaranhado<br />

de ruas e ruelas pedonais onde coabitam mil e um ofícios. Considerados os mais<br />

exóticos e fascinantes mercados do Magrebe, os souks de Marraquexe vendem de<br />

tudo: nas bancas e lojas coloridas é possível encontrar pirâmides de azeitonas e<br />

especiarias, tecidos, tapetes, peles, calçado, joalharia e muito mais. Caso não resista<br />

ao apelo do consumo, não se esqueça que pode fazer compras em dirhams e até<br />

em euros, mas a verdadeira moeda local é a arte de regatear: o valor de uma mala de<br />

pele pode passar de 600 para 200 dirhams (cerca de €18) ou até menos.<br />

4 5<br />

MERGULHE NOS SOUKS<br />

EXPERIMENTE UM HAMMAM<br />

Os tradicionais banhos árabes são,<br />

mais do que uma experiência para o corpo,<br />

uma importante instituição da cultura<br />

marroquina. Para lá dos banhos com<br />

sabão negro, da esfoliação, dos vapores,<br />

dos duches quentes e das massagens<br />

com óleo de Argan com promessas de<br />

benefícios terapêuticos, estes espaços<br />

encerram em si vários significados<br />

sociais. Outrora reservados às classes<br />

altas da sociedade, os hammam democratizaram-se<br />

e são hoje um importante<br />

ponto de encontro. Enquanto cuidam<br />

do corpo, as mulheres aproveitam para<br />

socializar e pôr a conversa em dia. Diz a<br />

tradição que é nos hammam que as mulheres<br />

de Marraquexe costumam procurar<br />

as candidatas para futuras esposas dos<br />

filhos. Se quiser sentir-se na pele de um<br />

verdadeiro marroquino, opte por um hammam<br />

público, com preços mais razoáveis<br />

Se privilegia o conforto e algum luxo,<br />

então a melhor escolha é um hammam<br />

privado, que lhe custará entre €30 e €50.<br />

VEJA O MUSEU E A<br />

MADRASSA<br />

Para conhecer um pouco mais<br />

da história e da cultura de Marraquexe<br />

vale a pena visitar o museu<br />

da cidade e a vizinha madrassa<br />

Ben Youssef. O primeiro apresenta<br />

duas coleções uma de<br />

arte contemporânea e outra com<br />

vários objetos, incluindo peças de<br />

joalharia, cerâmica moedas e trajes<br />

, mas impressionam bem menos<br />

que o espaço: o palácio Dar Menebhi,<br />

construído pelo sultão Medhi<br />

Hassan no século XIX e, entretanto,<br />

restaurado. Entrar no museu é<br />

não só uma verdadeira lufada de<br />

ar fresco para quem passa horas<br />

debaixo do calor abrasador que se<br />

faz sentir no verão mas também a<br />

oportunidade perfeita para observar<br />

uma arquitetura majestosa.


30 31<br />

ARTE


32<br />

YOUR<br />

BODY<br />

IS MY<br />

BODY<br />

Ernesto de Sousa (1921-1988),<br />

artista, crítico, curador, poeta,<br />

cineasta e agitador cultural,<br />

interessou-se particularmente<br />

pelo cartaz, observando e explorando<br />

as possibilidades deste<br />

medium – e das artes gráficas<br />

em geral. Para Ernesto de<br />

Sousa, o cartaz é um mediador<br />

potencialmente privilegiado de<br />

comunicação entre o indivíduo<br />

e a sociedade, carácter que<br />

ele identifica claramente num<br />

ensaio de 1965, dedicado às<br />

artes gráficas: «O que caracteriza<br />

as artes gráficas atualmente<br />

é que elas são veículo direto,<br />

senão instrumento, de uma<br />

nova síntese. Antes de mais<br />

nada: síntese das mais diversas<br />

linhas de progresso. Que<br />

elas evoluam como forma ao<br />

serviço de um conteúdo “comercial”,<br />

num contexto dominado<br />

pelo investimento de capitais e<br />

pela febre do rendimento, isso<br />

não lhes retira a vocação mais<br />

íntima, a vocação a um conteúdo<br />

humano de “liberdade”,<br />

e onde a contradição entre o<br />

individual e o coletivo tenha<br />

ultrapassado a sua agudeza<br />

atual. São assim um dos mais<br />

ricos terrenos de encontro do<br />

progresso da tecnocracia, com<br />

a mais progressiva democracia.<br />

Encontro que as contradições<br />

do mundo atual demoram, mas<br />

que, provavelmente não deixará<br />

de verificar-se. Somente que a<br />

urgência é nossa…»Por ocasião<br />

da exposição, será publicado um<br />

catálogo que reúne uma da de<br />

cartazes, complementada por<br />

um conjunto de imagens documentais,<br />

e reedita um conjunto<br />

de textos de Ernesto de Sousa.

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