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IMPERIAL

GAZETA_Janeiro_2017

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GAZETA<br />

<strong>IMPERIAL</strong><br />

Jornal editado pelo Instituto Brasil Imperial Janeiro de 2017<br />

Ano XXI Número 252 www.brasilimperial.org.br<br />

APAM homenageia o C. R. Vasco da Gama


2 RDP<br />

Vamos Restaurar o Parlamentarismo Monárquico e<br />

Juntos vamos mudar a história do Brasil<br />

Jornal Política Notícias<br />

O Brasil vive um momento político muito conturbado, as<br />

políticas e reformas adotadas pelo Estado ergueram os<br />

pilares para implantar um regime socialista mais próximo<br />

do comunismo do que se possa imaginar.<br />

Se você duvida do que estamos falando, então leia o que<br />

o cientista político americano Steven Brams afirma.<br />

Brams é cientista político do Departamento de Política da<br />

Universidade de Nova Iorque, sendo mais conhecido por<br />

usar as técnicas da teoria dos jogos, a teoria da escolha<br />

pública, e a teoria da escolha social para analisar sistemas<br />

de votação e divisão justa em eleições americanas. Brams<br />

disse que o Brasil vive um momento dramático em função<br />

do impeachment de Dilma Rousseff e que o sistema<br />

político brasileiro nada se assemelha com uma<br />

democracia e sim com um sistema arbitrário, que permite<br />

abusos de poder por parte do governo e, sobretudo,<br />

beneficia a corrupção e a impunidade.<br />

O Brasil é um país socialista na visão do senhor?<br />

-Sim, bem próximo de um sistema que se assemelha ao<br />

sistema social democrático adotado em Cuba. O Brasil foi<br />

sendo transformado por dentro, as estruturas do Estado<br />

foram sendo modificadas de forma lenta e graduada. Hoje<br />

praticamente o Estado se encontra totalmente pavimentado e<br />

pronto para assumir um papel político totalmente voltado para o<br />

socialismo.


3<br />

Quando se deram estas mudanças e quais foram estas<br />

modificações?<br />

– Basicamente as transformações foram implementadas no<br />

governo do ex-presidente brasileiro Fernando Henrique<br />

Cardoso. Cardoso tentou introduzir um modelo político bem<br />

próximo do socialismo adotado na França, com mudanças<br />

radicais que permitiram a edificação dos pilares marxistas.<br />

No governo de Cardoso foram criados diversos sindicatos,<br />

financiamentos de grupos de esquerda, ONGs e políticas<br />

sociais que fortificaram o socialismo. O sistema político e a<br />

estrutura econômica também foram modificadas com a<br />

criação de uma carga tributária muito pesada, que serviria<br />

para sustentar os programas sociais. Desta forma, pode se<br />

notar uma forte concentração de toda a renda gerada no<br />

país, nas mãos do governo. Há também o controle do<br />

Estado sobre a sociedade com a adoção de leis, normas e<br />

regimentos. Um exemplo foram as centenas agências de<br />

controle e regulação sobre diversos setores do Estado.<br />

E o PT? Qual o papel do PT nesta mudança política?<br />

-O PT e o PSDB adotam um mesmo pensamento ideológico,<br />

não se diferem nesta questão quando o assunto é a<br />

implementação do atual sistema político. São duas<br />

lideranças de esquerda com mais força política dentro do<br />

cenário brasileiro. O PT foi apenas uma complementação do<br />

projeto de reformas que o Estado já vinha sofrendo. Só que<br />

o PT é um partido mais radical e adotou apressadamente,<br />

políticas que vinham sendo implementadas à conta gotas<br />

por Cardoso. Acredito que o PT apenas acelerou o processo<br />

de socialização e abriu a porta para se chegar em uma<br />

política bem próxima da política adotada em Cuba. Mas não<br />

foi só no Brasil que isto ocorreu. Todos os países latinos<br />

sofreram esta mesma mudança que muitos chamam de<br />

“bolivarianismo”.<br />

Então o Brasil está próximo de se tornar um país<br />

comunista?<br />

-A esquerda usa muitos termos para designar o comunismo.<br />

Vejamos: A social democracia, o socialismo, o nazismo e o<br />

fascismo. No fundo todas estas designações são de origem<br />

comunista. Apenas o que difere o comunismo destas<br />

designações, é a maneira em que este comunismo é<br />

administrado politicamente. A social democracia é um<br />

comunismo mais ligth, mais leve, vai sendo introduzido<br />

lentamente sem que se perceba e se quem a sociedade<br />

sinta seus efeitos. Enquanto isso o Estado vai sendo<br />

modificado. No final deste processo o país já estará<br />

totalmente modificado, estruturado e a sociedade<br />

conformada e totalmente difundida dentro do comunismo.<br />

Manipulação e doutrinas?<br />

-Sim, os reformistas que adotam a social democracia<br />

modificam também a estrutura social. A engenharia social<br />

tem um papel importante neste aspecto de mudanças.<br />

Principalmente na cultura, na mídia e no dia à dia da<br />

sociedade.<br />

O Sr, acha que o impeachment trouxe alguma luz no fim<br />

do túnel?<br />

-Não! de maneira nenhuma! O afastamento da presidente<br />

Dilma Rousseff não significa o fim do sistema político, mas<br />

sim sua continuidade, pois nenhuma estrutura do Estado foi<br />

modificada. Apenas na questão econômica pode ser que<br />

haja alguma reação no sentido de tirar o país da crise, mas


4<br />

isto não significa que o atual governo fará alguma mudança<br />

na política do Estado. O processo foi continuado e nada<br />

mudou no que diz respeito ao sistema político. O<br />

impeachment é um instrumento constitucional do sistema,<br />

e foi usado pelo próprio sistema apenas para afastar um<br />

presidente e não eliminar um sistema político. O Brasil<br />

continua sob controle da social democracia.<br />

O sistema no Brasil é perverso?<br />

-Todo sistema é perverso. Mas a democracia continua sendo<br />

o melhor sistema. No Brasil não vejo traços de democracia e<br />

sim da social democracia. No Brasil o sistema beneficia o<br />

Estado, a corrupção e a impunidade e não a sociedade. As<br />

leis são ineficazes e protegem o sistema e os corruptos. É<br />

um sistema controlador, manipulador, quase tirano. No<br />

Brasil o povo brasileiro perdeu muito sua honra e seu<br />

patriotismo, talvez pelas políticas que foram adotadas com<br />

o intuito de corromper a sociedade.<br />

Então não há saídas para o Brasil sair deste sistema?<br />

-Há sim, mas esta saída não será dada pelo sistema e sim<br />

pela sociedade. A esquerda brasileira conseguiu com suas<br />

doutrinas, por assim dizer, dividir o Brasil em vários<br />

segmentos sociais. Isso talvez dificulte uma reação da<br />

própria sociedade muito desunida com relação aos<br />

problemas do país. Nota-se que há legiões de pessoas que<br />

defendem o sistema, talvez acomodadas com a situação,<br />

outras defendem os partidos e outras os políticos que as<br />

corrompem. Não há uma união no sentido de se pensar na<br />

Pátria, na Nação e nos destinos do país. Certamente que<br />

isso é um grande problema, pois haverá sempre desunião.<br />

Há vários segmentos que não pensam ou não possuem<br />

um mesmo objetivo.<br />

O povo brasileiro fala muito em Intervenção Militar. O que<br />

o Sr. acha disto?<br />

-É como eu afirmei antes. Há vários segmentos que pensam<br />

diferente, com objetivos diferentes. Pelo que eu vejo, há<br />

grupos de pessoas que estão sugerindo uma intervenção<br />

militar no Brasil. Podemos dizer que este segmento é mais<br />

coeso do que os outros, pois se fixam apenas em um único<br />

objetivo. Este segmento não defende partidos, políticos e<br />

nem o sistema. É mais patriótico e mais coeso do que os<br />

demais segmentos. Este grupo de pessoas exigem uma<br />

mudança radical no sistema, ou sua total destruição. É mais<br />

radical e mais coeso neste sentido. Talvez por isso não<br />

encontre apoio de políticos e nem da mídia que vive nas<br />

beiradas do sistema. Uma intervenção militar com o povo<br />

exigindo mudanças, certamente colocaria em risco o atual<br />

sistema político brasileiro.<br />

Para terminarmos esta entrevista, qual mensagem o Sr.<br />

daria para os brasileiros?<br />

-Que sejam mais patriotas e coesos em seus objetivos. É<br />

preciso que a sociedade se conscientize dos problemas do<br />

país e exijam mudanças. Se querem mudanças, se unam e<br />

cobrem dos políticos bem intencionados. Sempre há<br />

políticos bem intencionados que precisam de uma pressão<br />

da sociedade para exigir as mudanças. O Brasil não tem um<br />

perfil de conscientização. É preciso criar este perfil. É<br />

preciso sobretudo pensar no país, pois se não pensarem no<br />

país, os corruptos e políticos mau intencionados pensarão e<br />

farão o que bem entenderem.<br />

Consciente dos problemas do país surge o RDP.


5<br />

O RDP partido da REAL DEMOCRACIA PARLAMENTAR foi<br />

fundado para fazer as mudanças e devolver ao Brasil a<br />

verdadeira democracia, a estabilidade política, econômica e<br />

bem estar do povo, Implantar o Parlamentarismo<br />

Monárquico, sistema que funciona nos melhores países do<br />

primeiro mundo, com um chefe de estado apartidário e um<br />

poder moderador atuante. No parlamentarismo o governo é<br />

exercido pelo primeiro ministro e a eleição é distrital.<br />

O RDP está colhendo assinaturas para se regularizar no TSE,<br />

participe e vamos nos preparar para as eleições de 2018, o<br />

formulário de apoio baixe no link<br />

http://www.rdp.org.br/wp-<br />

content/uploads/2016/04/Formul%C3%A1rio-Coleta-<br />

Assinaturas-Apoio.pdf<br />

www.rdp.org.br


6 RDP<br />

Encontro reúne Marcos Ranulfo Ferreira, Luiz<br />

Philippe de Orleans e Bragança e o Comendador<br />

Antônyo Cruz<br />

O monarquista Marcos Ranulfo Ferreira (Promotor de<br />

Justiça no Estado de Rondônia), o empresário Luiz Philippe<br />

de Orleans e Bragança e o Comendador Antônyo Cruz.<br />

Também se fizeram presentes no evento os monarquistas<br />

Ronaldo Rocha da Silva (educador, Abadia dos Dourados-<br />

MG) e Mauro Abadio Ramos (servidor público,<br />

Uberlândia-MG).<br />

O encontro ocorreu a pedido e por iniciativa de Marcos<br />

Ranulfo, o qual já há algum tempo vinha mantendo<br />

contato telefônico com Sua Alteza o Príncipe Luis Philippe.<br />

Este último gentilmente concedeu audiência ao primeiro,<br />

o qual se fez acompanhar do Comendador Antônyo Cruz e<br />

dos outros dois monarquistas acima indicados.<br />

Através de exame genético realizado pelo laboratório<br />

Genera/São Paulo-SP, e em parceria com o laboratório<br />

norte americano Family Tree DNA, restou constatada<br />

entre Sua Alteza o Príncipe Luiz Philippe e o monarquista<br />

Marcos Ranulfo a coincidência genética equivalente a 38<br />

%, a partir da quinta geração em contagem pretérita. Isso<br />

implica haver parentesco entre ambos (primos em<br />

distante grau), sem que se possa indicar qual foi o<br />

ascendente comum.<br />

O Dr. Marcos Ranulfo informou estar imensamente<br />

orgulhoso por tal fato, tendo em conta a admiração e o<br />

reconhecimento que o mesmo rende desde 1981 à Família<br />

Imperial Brasileira, a qual merece encômios, dentre outros<br />

motivos, por ter mantido a unidade territorial brasileira,<br />

justamente em razão da presença aqui no Brasil de um Poder<br />

Central.


7<br />

Diferentemente do que ocorreu na América<br />

Espanhola, a qual se esfacelou em diversos países<br />

porque o Poder Central encontrava-se sediado na<br />

Europa, não é coincidência o fato de o Brasil ser um<br />

país com dimensões continentais.<br />

O informal diálogo girou em torno da atual situação<br />

política do país e os meios para chegarmos à<br />

estabilidade política, econômica e social.<br />

O Príncipe Luiz Philippe, o qual é um dos líderes do<br />

movimento Acorda Brasil, e o Comendador Antônyo<br />

Cruz, presidente do Instituto Brasil Imperial e do<br />

partido em organização Real Democracia Parlamentar<br />

– RDP agendaram para início de fevereiro um encontro<br />

específico para continuarem abordando sobre<br />

eventuais soluções dos problemas da nação e, por<br />

conseguinte da nossa sofrida população brasileira.<br />

O RDP foi fundado para fazer a restauração da<br />

monarquia e fazer do nosso país #UmBrasilMaisJusto,<br />

um país melhor para viver, brasileiras e brasileiros<br />

querem novos atores na política e cabe aos<br />

monarquistas fazer a transformação dos Poderes<br />

Públicos de dentro para fora.<br />

O RDP é um partido político de orientação<br />

parlamentar por excelência, e, entre os modelos<br />

parlamentaristas existentes, propõe e defende o<br />

modelo de sistema no qual a função de Chefe de<br />

Estado é exercida por autoridade imparcial, sem<br />

vinculação e compromissos de nenhuma forma com<br />

partidos políticos e interesses alheios ao<br />

desenvolvimento sustentável da economia nacional e<br />

das diferentes vertentes da sociedade brasileira.<br />

Venha você também para o RDP -<br />

www.rdp.org.br/financeiro/inscricao.php<br />

www.brasilimperial.org.br<br />

www.realdemocracia.org.br


8 Artigo<br />

A Tradição Republicana Brasileira<br />

Luís Severiano Soares Rodrigues<br />

Economista, pós-graduado em história, sócio correspondente do<br />

Instituto Histórico e Geográfico de Niterói, Conselheiro Consultivo do<br />

Instituto Cultural Dona Isabel I – A Redentora e membro do Instituto de<br />

Pesquisa Histórica e Arqueológica do Rio de Janeiro (IPHARJ).<br />

2017 começa confirmando uma tradição republicana brasileira, aquela<br />

em que os últimos prefeitos não reeleitos, após suspenderem nos<br />

últimos meses do ano a coleta de lixo, entregam aos seus sucessores<br />

verdadeiras lixeiras para administrarem, não bastasse isso os novos<br />

prefeitos encontram várias folhas salariais em atraso e máquinas<br />

administrativas totalmente desmanteladas. Exemplificando essa<br />

tradição republicana temos o prefeito Gelsinho Guerreiro da pequena<br />

cidade de Mesquita no Estado do Rio de Janeiro, que ficou<br />

nacionalmente conhecido como o prefeito que ninguém sabia onde<br />

estava desde que perdeu a reeleição, e a cidade ficou exposta ao<br />

vexame nacional de ser tomada pelo lixo que não mais era recolhido,<br />

além da greve dos servidores sem receberem seus salários, um<br />

detalhe que explica muita coisa é o partido desse prefeito sumido, o<br />

PRB, Partido Republicano Brasileiro, então as cidades administradas<br />

por membros desse partido já sabem o que devem esperar caso os<br />

atuais prefeitos não sejam reeleitos em 2020.<br />

Outra tradição que se confirma, é a de que a república não se cansa<br />

de chocar os pobres cidadãos que acham que república significa<br />

democracia. E isso se deu com o massacre numa penitenciária de<br />

Manaus, Estado do Amazonas, governado pelo PROS -, Partido<br />

Republicano da Ordem Social, no primeiro dia do ano, com a morte de<br />

56 detentos por seus companheiros de prisão, seguido de outro<br />

massacre com 33 mortos na colônia agrícola penal de Boa Vista,<br />

capital de Roraima. Não bastassem as mortes, ficou-se sabendo da


9<br />

sucessão de erros e omissões que levaram àquele desfecho,<br />

tais como a empresa terceirizada responsável pela<br />

administração do dito presídio, cobrar por cada preso, mais<br />

do dobro do custo de um presidiário em São Paulo, ao<br />

mesmo tempo em que consta entre as doadoras de<br />

campanhas políticas do partido do governo, e o trabalho<br />

entregue nós vimos: armas e celulares nas mãos dos presos<br />

e um banho de sangue. A primeira conclusão a que se<br />

chegou é que boa parte das prisões brasileiras são<br />

comandadas pelas facções criminosas. As consequências<br />

dessa chacina entre presos são curiosíssimas, a primeira é a<br />

indenização que o governo estadual pretende dar às famílias<br />

das vítimas pela dificuldade de se calcular essa indenização,<br />

pois um indivíduo de bem vale aquilo que ele auferiria em<br />

sua vida produtiva, no caso em questão o governo<br />

amazonense terá de especular quanto cada criminoso<br />

conseguia, em média com seus roubos, e nos casos dos<br />

homicidas com o valor das vidas que eles tiraram, e quanto<br />

tempo em hipótese teriam de vida "produtiva" no crime.<br />

Essa é uma conta ingrata de ser feita, além de ser difícil para<br />

os contribuintes honestos saberem que seus tributos terão<br />

de indenizar vidas perdidas de criminosos. A segunda<br />

consequência, que naturalmente se impõe, é a de que tanto<br />

o Ministério Público, quanto a OAB, terão de se manifestar<br />

quanto à autoria dessas mortes, responsabilizando os<br />

demais presos pelas mesmas, levando-os a serem julgados<br />

por mais esses crimes, se não, toda a campanha contra os<br />

policiais acusados no caso do Carandiru não faz sentido.<br />

Uma conclusão também se impõe a de que os presos são a<br />

favor da pena de morte, e assim sendo a sociedade deve<br />

refletir sobre esse fato, pois se os interessados são a favor,<br />

por que a sociedade deve ser contra, até como forma de se<br />

evitar a superpopulação carcerária. Uma terceira<br />

consequência também fica exposta, a de que o Estado, que<br />

é responsável pela segurança da Sociedade, como um todo,<br />

haja vista que existe uma, na verdade, várias secretarias<br />

estaduais de segurança, responsáveis, portanto, pela<br />

segurança individual de cada cidadão. Será obviamente<br />

chamado a indenizar as famílias dos cidadãos mortos pela<br />

violência indiscriminada existente na república brasileira,<br />

essa conclusão é fácil de chegar, pois, se indeniza aqueles<br />

mortos estando na guarda do Estado, deve-se indenizar a<br />

perda de vidas, as quais cabem ao Estado proteger. O<br />

massacre inicial de Manaus deu margem a outros em<br />

cadeias menores, na mesma cidade, com mais vítimas. Em<br />

Roraima os presos viviam também em uma favela de<br />

barracos dentro do terreno do presídio, o que por si só<br />

demonstra a completa omissão das autoridades. O<br />

problema, em perspectiva, demonstrou que o poder das<br />

facções criminosas, hoje, comandam as favelas e os<br />

presídios. O poder judiciário também dá a sua contribuição,<br />

pois vários presos encontram-se em situação precária no<br />

tocante a sua condição, pois são presos sem julgamento,<br />

esperando pelo mesmo, mas sem perspectiva de conclusão,<br />

o quê só contribui para a precariedade da situação.<br />

Nacionalmente, com as duas chacinas, houve grande<br />

comoção e Brasília, surpresa e assustada, teve de se coçar,<br />

desencadeando uma antecipação do Plano Nacional de<br />

Segurança, no qual, até o momento, ninguém está disposto<br />

a apostar que seja para valer. Esperemos para ver. A<br />

realidade republicana brasileira se mostra cada vez mais<br />

intragável, esperemos que o nosso povo consiga ver que a<br />

ilusão republicana era isso mesmo, só ilusão, como a dura<br />

realidade republicana nos mostra a cada dia.


10 Artigo<br />

A APAM homenageia o C. R. Vasco da Gama<br />

Luís Severiano Soares Rodrigues<br />

Economista, pós-graduado em história, sócio correspondente do<br />

Instituto Histórico e Geográfico de Niterói, Conselheiro Consultivo do<br />

Instituto Cultural Dona Isabel I – A Redentora e membro do Instituto de<br />

Pesquisa Histórica e Arqueológica do Rio de Janeiro (IPHARJ).<br />

Em 23 de dezembro, p.p., a Associação Portuguesa de Autarcas<br />

Monárquicos, na pessoa do seu presidente, engenheiro Manuel Beninger<br />

homenageou o Clube de Regatas Vasco da Gama, com a medalha e<br />

diploma do mérito da instituição, pela grande relevância institucional do<br />

Clube como um grande elo de ligação entre o Brasil e Portugal.<br />

A cerimônia se deu na Sala dos Troféus do Estádio de São Januário, no<br />

bairro imperial de São Cristóvão, com a presença de vários vascaínos<br />

monarquistas, entre eles o conselheiro Luís Severiano Soares Rodrigues,<br />

que representou o IBI. Cerimônia onde o presidente Eurico Miranda,<br />

antes de receber a homenagem fez questão de mostrar aos convidados<br />

aquele que ele considera um dos principais itens do Salão dos Troféus,<br />

que é uma edição especial comemorativa do quarto centenário dos<br />

Lusíadas de 1880, dedicada a Dom Pedro II, referência que encantou<br />

todos os convidados. Lembrou também o presidente que na sede do<br />

Clube a bandeira portuguesa é hasteada 365 dias por ano, ao lado da<br />

bandeira do Vasco e da atual bandeira brasileira. A homenagem foi muito<br />

bem recebida. Seguida de um almoço oferecido pela diretoria do Clube<br />

aos convidados, no restaurante do Clube.<br />

Na ocasião o Conselheiro Luís Severiano presenteou o presidente<br />

Beninger com um raro exemplar da Cartilha Monárquica, de 1920, de<br />

Alberto de Monsaraz e também entregou ao presidente Eurico Miranda,<br />

um exemplar do catálogo da exposição Lusa Presença, onde o CRVG<br />

figura no módulo Instituições Luso-Brasileiras, para o Centro de Memória<br />

do Glorioso Clube de Regatas Vasco da Gama.


11 Aniversários<br />

Artigo<br />

Alte. Dom Luiz Phelippe de Saldanha da<br />

Gama - Honra e Glória da Marinha. Suma<br />

Genealógica - Conclusão.<br />

Luís Severiano Soares Rodrigues<br />

Economista, pós-graduado em história, sócio correspondente do<br />

Instituto Histórico e Geográfico de Niterói, Conselheiro Consultivo do<br />

Instituto Cultural Dona Isabel I – A Redentora e membro do Instituto de<br />

Pesquisa Histórica e Arqueológica do Rio de Janeiro (IPHARJ).<br />

A quinta filha, D. Francisca, foi por casamento condessa de Lousã, com o<br />

segundo detentor desse título D. Luís António de Lancastre Basto<br />

Baharém, em segundas núpcias deste, tenente-coronel, foi ajudante de<br />

ordens do duque de Lafões, era grã-cruz da Ordem de Cristo. Do seu<br />

segundo consórcio foi 4° conde de Lousã D. João José de Lancastre<br />

Basto Baharém, e visconde e conde de Lencastre D. António Manuel de<br />

Lancastre e Saldanha.<br />

O sexto filho foi D. Francisco, fazendeiro.<br />

A sétima filha D. Leonor Maria, se casou com um primo distante, D. José<br />

Maria Corrêa de Sá e Benevides, filho do 5° visconde de Asseca.<br />

O oitavo filho D. Antônio, oficial do exército, era ajudante de ordens de<br />

D. Pedro I, e o acompanhava por ocasião do Grito do Ipiranga.<br />

Acompanho o Imperador também na sua viagem à província da Bahia,<br />

onde ele havia nascido. Era comendador da Imperial Ordem de Cristo e<br />

cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa.<br />

O nono filho, D. José, foi o pai do almirante Saldanha da Gama, era<br />

camarista da Casa Imperial, acompanhou D. Maria II na sua viagem à<br />

Europa em 1828, e retornou com ela e Dona Amélia de


12<br />

Leuchtenberg, noiva do Imperador, e em breve 2ª<br />

Imperatriz do Brasil. Residente na província do Rio de<br />

Janeiro foi deputado provincial até 1847, onde se<br />

notabilizou como eloquente orador escreveu diversos<br />

estudos sobre a história brasileira e sobre problemas<br />

brasileiros, era também exímio pianista. Dedicou-se a<br />

gerência das suas propriedades em Campos, onde<br />

possuía casa grande, que inspirava a admiração dos<br />

seus conterrâneos. Casou-se com Maria Carolina<br />

Gomes Barroso, de uma família de proprietários<br />

portugueses estabelecida em Campos. Tiveram 11<br />

filhos, dos quais o nono é o Alte. Saldanha da Gama,<br />

essa foi uma prole valorosíssima, com intelectuais<br />

condecorados por D. Pedro II, médicos (coube a seu<br />

irmão Dr. Sebastião José reconhecer o seu corpo no<br />

Rio Grande do Sul) e fazendeiros. No capítulo de<br />

alianças aristocráticas registramos que a filha<br />

primogênita D. Ana Carolina de Saldanha da Gama, foi<br />

por casamento condessa de Aljezur (título português<br />

de um brasileiro) Francisco de Lemos de Faria Pereira<br />

Coutinho, senhor do Morgado de Marapicú (no<br />

município de Iguassú, hoje Nova Iguaçu), os condes de<br />

Aljezur acompanharam a família imperial no exílio,<br />

honrando assim, muito o município de Iguassú, nas<br />

palavras do prof. Rui Afrânio Peixoto. Outra sua irmã,<br />

D. Leonor Maria de Saldanha da Gama, foi por<br />

casamento baroneza de Ramiz, casada com o prof. Dr.<br />

Ramiz Galvão, que foi diretor da Biblioteca Nacional e<br />

preceptor dos netos de D. Pedro II.<br />

O Almirante Saldanha da Gama, não negou os seus e<br />

lutou bravamente pelo Império, tal como os Saldanhas<br />

da Gama em Portugal, que após o advento da<br />

república por lá seguiram o Rei no exílio. A república<br />

portuguesa fruto de uma conspiração maçônica, que<br />

começou com o regecídio em 1908, matando o Rei e o<br />

Príncipe herdeiro, se aproveitou da inexperiência do<br />

jovem Rei (18 anos) D. Manuel, e montaram um<br />

complô para depô-lo (1910) e com isso jogaram<br />

Portugal numa anarquia, onde a república se manteve<br />

pela violência e censura dos meios de comunicação,<br />

anarquia que jogou o bom nome de Portugal na lama<br />

por dezesseis anos, a solução encontrada para sair<br />

dessa situação não foi a melhor, pois com a subida ao<br />

poder do Dr. Salazar em 1926, recuperou-se em parte<br />

a estabilidade desejada, mas as custa de uma ditadura<br />

que duraria 48 anos, que seria substituída por um<br />

regime confuso e gerador de incertezas, que aos<br />

poucos chegou a uma democracia formal, depois de<br />

um longo aprendizado. Mas nesse período inicial da<br />

república portuguesa, podemos ver através do diário<br />

do conde de Mafra (Diário de um Monárquico 1911 -<br />

1913) alguns Saldanhas da Gama, portugueses, em<br />

movimento: 30/10/1911 - "Encontrei o José Saldanha<br />

da Gama com o duque de Cadaval. ambos vêm da<br />

Galiza. Tomaram parte na incursão com o Couceiro.<br />

Eles declararam que tudo vai recomeçar". (Esse<br />

Couceiro é o Major Paiva Couceiro, herói das lutas<br />

coloniais, que se bateu longamente pela restauração<br />

da monarquia portuguesa, e em 1919 por muito pouco<br />

não conseguiu, era casado com a filha dos condes de<br />

Paraty, e o seu filho foi o 4° conde desse título). Em<br />

Paris a 31/11/1912 - "Fui de manhã à missa em S.


13<br />

Roque e lá vi a nossa placa (...). Lá vi também a Rainha<br />

(mãe do Rei) com o Conde da Ponte". Este era o 9° conde,<br />

Manuel Maria José Ferrão de Castelo Branco, filho de<br />

Teresa de Saldanha da Gama (filha do oitavo conde) e de<br />

João da Silva Ferrão de Castelo Branco, cuja mãe era<br />

Saldanha da Gama. Foi oficial de marinha e se notabilizou<br />

nas guerras coloniais, era ajudante de ordens de D.<br />

Manuel II, e o acompanhou no exílio, retornou a Portugal<br />

rapidamente para se demitir. Foi reintegrado à Marinha de<br />

Guerra em 1936, quando passou para a reserva.<br />

Podemos ver que o Almirante D. Luiz Phelipe de Saldanha<br />

da Gama, não fugiu as tradições de serviço e lealdade de<br />

sua família, para com a Pátria e a sua Soberana, assim<br />

mostrava ele sua fidelidade à sua Imperatriz, Isabel I, de<br />

jure, Imperatriz do Brasil, sucessora de D. Pedro II, sendo<br />

fiel ao Império até o fim. Guerreiro trazia no seu sangue a<br />

memória de infindas batalhas, lutou bravamente, mas quis<br />

o destino que o mal vencesse, e nós passageiros do futuro<br />

sentimos a cada dia os reflexos dessa vitória do mal. No<br />

entanto, seus algozes são nomes esquecidos, e o seu<br />

nome perdura como exemplo a ser seguido de<br />

perseverança e sacrifício por um ideal.<br />

O autor é economista, pós-graduado em história. Sócio<br />

correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de<br />

Niterói. Conselheiro consultivo do Instituto Cultural D.<br />

Isabel I. A Redentora. Conselheiro do Instituto de Pesquisa<br />

Histórica e Arqueologia do Rio de Janeiro (IPHARJ).<br />

Breyner, Prof. Thomaz de Mello. (conde de Mafra) Diário de<br />

um Monárquico 1911-1913. Ramos e Santos Ltda. Porto.<br />

1994.<br />

Carvalho Neto, Fernando. Os Nobres do Brasil. Edição do<br />

Autor. São Paulo. 1990.<br />

Costa, Dídio. Saldanha - Almirante L. Ph. de Saldanha da<br />

Gama. SDM. Imprensa Naval. 1944.<br />

Esparteiro, António Marques. O Almirante Marquês de Nisa.<br />

Soc.Industrial de Tipografia. Lisboa. 1944.<br />

Nabuco, Carolina. Oito Décadas - Memórias. Livraria José<br />

Olympio Editora. Rio de Janeiro. 1973.<br />

Peixoto, Rui Afrânio. Imagens Iguaçuanas. Edição do autor.<br />

Nova Iguaçu. 1960.<br />

Rio Maior, Marquês de. Serviços dos Saldanhas na<br />

Restauração de Portugal.<br />

Bibliografia:<br />

Alves, Ivone Correia. Gamas e Condes da Vidigueira:<br />

Percursos e Genealogia. Edit. Colibri - Instituto de Cultura<br />

Ibero-Atlântica. Lisboa. 2001.


14 Artigo<br />

Ecos de Osasco<br />

Theofilo Vandeley<br />

De Osasco em São Paulo, repercutem os ecos da prisão de<br />

13 vereadores, entre eles o prefeito eleito, atualmente já<br />

empossado, investigados por indícios de terem assessores<br />

fantasmas e apropriação de parte dos salários dos<br />

assessores vivos, dos fantasmas eles são acusados de se<br />

apropriarem integralmente dos salários destes, pois sendo<br />

fantasmas não precisam do salário. Para ficar em liberdade<br />

precisaram desembolsar a modesta fiança de R$<br />

300.000,00.<br />

Chocados com essa notícia a nossa equipe de jornalismo<br />

investigativo, procurou maiores informações sobre possíveis<br />

casos semelhantes. As conclusões obtidas pela equipe não<br />

chocaram os investigadores, pois como monarquistas, os<br />

mesmos esperam o pior quando se trata de práticas<br />

republicanas brasileiras, e foi isto que se descobriu, essa é<br />

uma prática comum pela república brasileira a fora.<br />

Sem querer se intrometer no trabalho do Ministério Público,<br />

nossa equipe fez algumas sugestões para facilitar o trabalho<br />

dessa importante instituição, para inclusive os cidadãos de<br />

Osasco não acharem que só lá isso acontece. No entanto, a<br />

ação deve ser completa, começando pelas Assembleias<br />

Legislativas e Câmaras de Vereadores das Capitais dos<br />

Estados, num segundo momento as Câmaras das cidades<br />

mais populosas, até se chegar as cidades menores e para<br />

fechar verificar se o Senado e Câmara dos Deputados se<br />

salvam o que nossa equipe acha difícil.<br />

A ação a ser observada inclusive de forma retrospectiva em<br />

pelo menos três legislaturas, onde se deve analisar a<br />

movimentação bancária dos assessores, onde ficará claro<br />

uma movimentação estranha tal como se sacar<br />

integralmente o salário na boca do caixa dos bancos, por<br />

exemplo, R$ 15.000,00, ou então um mesmo funcionário de<br />

uma das instituições sacar vários cheques desses<br />

assessores, e levar elevada quantia em dinheiro. Outro dado<br />

a ser verificado é que boa parte dos assessores, embora<br />

tenham salários elevados, têm seus nomes negativados nos<br />

cadastros restritivos tais como SERASA e SPC, o quê é uma<br />

contradição, ou então mesmo tendo salários razoáveis<br />

moram em bairros de população mais pobre, etc. Outra<br />

indicação vem a ser a compra de bens de elevado valor<br />

pelos parlamentares em dinheiro, e, sem movimentação<br />

bancária, como uso de cheque ou cartão de saque da conta<br />

corrente.<br />

Obviamente deve-se dar aos assessores o direito de<br />

fazerem delações premiadas, para minorarem suas penas<br />

por terem pactuado com essa forma de se desviar o<br />

dinheiro suado dos contribuintes para os seus<br />

empregadores.<br />

Diante de mais essa constatação da ignomínia que é a<br />

república brasileira, fica difícil crer que ela tenha salvação.<br />

O autor tem certeza que a república não tem salvação.


15<br />

www.brasilimperial.org.br

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