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Manual de Boas Praticas e Seguranca em Laboratorios

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SIG – Sist<strong>em</strong>a Integrado <strong>de</strong> Gestão da Embrapa Gado <strong>de</strong> Corte<br />

Documento da Qualida<strong>de</strong> (DQ)<br />

Título: <strong>Manual</strong> <strong>de</strong> boas práticas e segurança <strong>em</strong> laboratórios da Embrapa Gado <strong>de</strong> Corte<br />

DQ.002.001 Cópia Controlada Rev. 000 Pág: 1/50<br />

MANUAL DE BOAS PRÁTICAS E SEGURANÇA EM LABORATÓRIOS<br />

DA EMBRAPA GADO DE CORTE<br />

Anna Beatriz Robottom Ferreira (ed.)<br />

Janaína Paula Marques Tanure<br />

José Gomes <strong>de</strong> Almeida<br />

Liange <strong>de</strong> Oliveira Diehl<br />

Maria Goretti dos Santos<br />

Mariane <strong>de</strong> Mendonça Vilela<br />

Maxwell Parrela Andreu<br />

Renato Henrique Marçal <strong>de</strong> Oliveira<br />

RESPONSÁVEL DATA ASSINATURA<br />

APROVAÇÃO Lucimara Chiari 28/05/2016 Assinatura no original


Apresentação<br />

O “<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Boas</strong> Práticas e Segurança <strong>em</strong> Laboratórios” da Embrapa Gado <strong>de</strong> Corte<br />

foi elaborado para orientar seus <strong>em</strong>pregados e colaboradores sobre as normas <strong>de</strong> conduta,<br />

segurança e boas práticas laboratoriais (BPL) no exercício <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s laboratoriais,<br />

visando à preservação da saú<strong>de</strong> e segurança do trabalhador, a segurança ambiental e a<br />

garantia da valida<strong>de</strong> dos resultados da pesquisa.<br />

Faz<strong>em</strong> parte <strong>de</strong>ste manual, orientações sobre segurança e higiene pessoal,<br />

manutenção das instalações, recomendações para uso <strong>de</strong> aparelhos elétricos e para<br />

conservação <strong>de</strong> energia. Também são tratados os equipamentos <strong>de</strong> proteção coletiva (EPCs)<br />

e individuais (EPIs), as normas a respeito <strong>de</strong> manuseio, armazenamento e transporte <strong>de</strong><br />

produtos químicos, o gerenciamento <strong>de</strong> resíduos e os procedimentos <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergência.<br />

Em anexo, como compl<strong>em</strong>ento a este manual, foram disponibilizadas informações<br />

sobre as Ficha <strong>de</strong> Informações <strong>de</strong> Segurança <strong>de</strong> Produtos Químicos (FISPQs) e a<br />

classificação <strong>de</strong> produtos químicos.<br />

A elaboração e impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong>ste manual é parte das ações da implantação do<br />

Sist<strong>em</strong>a Integrado <strong>de</strong> Gestão (SIG) na Embrapa Gado <strong>de</strong> Corte. O SIG t<strong>em</strong> abrangência<br />

transversal nos cinco macroprocessos da Embrapa Gado <strong>de</strong> Corte - Pesquisa,<br />

Desenvolvimento e Inovação (PD&I), Transferência <strong>de</strong> Tecnologia (TT) e Desenvolvimento<br />

Institucional (DI) - e congrega requisitos das principais normas, nacionais e internacionais, e<br />

legislação pertinente à Gestão da Qualida<strong>de</strong>, Gestão Ambiental, Saú<strong>de</strong> e Segurança do<br />

Trabalhador.<br />

A elaboração e implantação <strong>de</strong>sse <strong>Manual</strong> representa mais um importante passo da<br />

Unida<strong>de</strong> na melhoria e excelência dos seus processos laboratoriais, com foco primordial na<br />

garantia da saú<strong>de</strong> e segurança dos seus <strong>em</strong>pregados e colaboradores, e na qualida<strong>de</strong> dos<br />

resultados <strong>de</strong> pesquisa.<br />

Lucimara Chiari<br />

Chefe-Adjunta <strong>de</strong> Pesquisa e Desenvolvimento<br />

Embrapa Gado <strong>de</strong> Corte


Sumário<br />

1. Introdução 3<br />

1.1. Objetivos e Público Alvo 3<br />

1.2. Disponibilida<strong>de</strong> do <strong>Manual</strong> 3<br />

1.3. Atribuição <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong>s 4<br />

1.3.1. Chefes e Supervisores 4<br />

1.3.2. Pesquisadores 4<br />

1.3.3. Outros Empregados e Colaboradores 5<br />

2. Aspectos Gerais 5<br />

2.1. Procedimentos Operacionais Padrão (POP) 5<br />

2.2. Segurança e Higiene Pessoal 6<br />

2.3. Acesso e Permanência nos Laboratórios 7<br />

2.3.1. Permissão <strong>de</strong> acesso 7<br />

2.3.2. Permanência nos Laboratórios 8<br />

2.3.3. Treinamento <strong>de</strong> Empregados e Colaboradores 8<br />

2.4. Organização e Limpeza das Instalações 9<br />

2.5. Energia Elétrica nos Laboratórios – Uso e Economia 10<br />

2.5.1. Uso Geral da Energia Elétrica 10<br />

2.5.2. Economia <strong>de</strong> Energia Elétrica 11<br />

3. Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Coletiva e Individual (EPCs e EPIs) 11<br />

3.1. Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Coletiva (EPCs) 11<br />

3.1.1. Extintores <strong>de</strong> incêndio 11<br />

3.1.2. Chuveiro <strong>de</strong> Emergência e Lava-Olhos 12<br />

3.1.3. Capelas <strong>de</strong> Exaustão <strong>de</strong> Gases 12<br />

3.1.3.1. Orientações Gerais para Utilização <strong>de</strong> CEG 13<br />

3.1.3.2. Utilização <strong>de</strong> CEG com Ácido Perclórico 13<br />

3.1.3.3. Inspeção e Certificação <strong>de</strong> CEG 13<br />

3.1.4. Cabina <strong>de</strong> Segurança Biológica (CSB) e Cabina <strong>de</strong> Fluxo Unidirecional<br />

(Fluxo Laminar) 14<br />

3.2. Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Individual (EPIs) 14<br />

3.2.1. Proteção Ocular e Facial 15<br />

3.2.2. Proteção das Mãos 15<br />

3.2.3. Proteção Auricular 16<br />

3.2.4. Respiradores 17<br />

3.2.5. Vestimenta 17<br />

3.2.6. Proteção dos Pés 18<br />

3.3. Treinamento no Uso <strong>de</strong> EPIs no Laboratório 18<br />

1


4. Produtos Químicos 18<br />

4.1. Consi<strong>de</strong>rações Gerais Sobre o Uso <strong>de</strong> Produtos Químicos <strong>em</strong> Laboratório 18<br />

4.2. Ficha <strong>de</strong> Informações <strong>de</strong> Segurança <strong>de</strong> Produtos Químicos 20<br />

4.3. Rotulag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Produtos químicos 20<br />

4.4. Armazenamento <strong>de</strong> Produtos Químicos 24<br />

4.4.1. Armazenamento <strong>em</strong> Laboratórios 24<br />

4.4.2. Armazenamento <strong>em</strong> Almoxarifado 26<br />

4.4.3. Incompatibilida<strong>de</strong> entre Produtos Químicos 26<br />

4.5. Transporte <strong>de</strong> Produtos Químicos 28<br />

4.6. Classificação <strong>de</strong> Produtos Químicos 29<br />

5. Gerenciamento <strong>de</strong> Resíduos 29<br />

6. Segurança Biológica 29<br />

7. Procedimentos <strong>de</strong> Emergência 30<br />

7.1. Incêndios e Uso <strong>de</strong> Extintores 30<br />

7.1.1. Classificação Internacional <strong>de</strong> Incêndio 30<br />

7.1.2. Tipos <strong>de</strong> Extintores <strong>de</strong> Incêndio e Instruções Gerais <strong>de</strong> Uso 31<br />

7.2. Procedimentos <strong>de</strong> Evacuação 31<br />

7.2.1. Abandono <strong>de</strong> Área 31<br />

7.3. Emergências Médicas e Primeiros Socorros <strong>em</strong> Laboratório 32<br />

7.3.1. Queimaduras 32<br />

7.3.2. Ferimentos com Materiais Perfuro-Cortantes 34<br />

7.3.3. Intoxicações por Gases ou Vapores 35<br />

7.3.4. Ingestão <strong>de</strong> Agentes Químicos 35<br />

7.3.5. Choques Elétricos 35<br />

7.3.6. Estado <strong>de</strong> Choque 35<br />

7.3.7. Respiração Ausente 36<br />

7.4. Derramamento <strong>de</strong> Produtos Químicos 36<br />

7.5. Derramamento <strong>de</strong> Produtos com OGM 37<br />

7.6. Exposição dos Olhos 37<br />

8. Referências Bibliográficas 38<br />

Anexo 1: Enten<strong>de</strong>ndo a Ficha <strong>de</strong> Informações <strong>de</strong> Segurança <strong>de</strong> Produtos Químicos 40<br />

Anexo 2: Classificação <strong>de</strong> Produtos Químicos 44<br />

Anexo 3: Telefones <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergência para caso <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes <strong>em</strong> laboratório 48<br />

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1. Introdução<br />

O “<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Boas</strong> Práticas e Segurança <strong>em</strong> Laboratórios” da Embrapa Gado <strong>de</strong> Corte<br />

traz orientações para garantir a a<strong>de</strong>quação dos indivíduos e da instituição às normas, aos<br />

regulamentos e às políticas <strong>de</strong> segurança e saú<strong>de</strong> ambiental relevantes. A elaboração e<br />

impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong>ste manual é parte das ações da implantação do Sist<strong>em</strong>a Integrado <strong>de</strong><br />

Gestão (SIG) na Embrapa Gado <strong>de</strong> Corte.<br />

O SIG t<strong>em</strong> abrangência transversal nos cinco macroprocessos da Embrapa Gado <strong>de</strong><br />

Corte - Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), Transferência <strong>de</strong> Tecnologia (TT) e<br />

Desenvolvimento Institucional (DI) - e congrega requisitos das principais normas, nacionais e<br />

internacionais, e legislação pertinente à Gestão da Qualida<strong>de</strong>, Gestão Ambiental, Saú<strong>de</strong> e<br />

Segurança do Trabalhador. O SIG é aplicável a todos os setores e laboratórios da Unida<strong>de</strong> e<br />

suas prerrogativas e requisitos estão alinhados às ações corporativas da Embrapa para<br />

implantação do sist<strong>em</strong>a corporativo <strong>de</strong> mesma natureza, Sist<strong>em</strong>a Embrapa da Qualida<strong>de</strong> –<br />

SEQ.<br />

1.1. Objetivo e Público Alvo<br />

O objetivo <strong>de</strong>ste manual é apresentar as normas <strong>de</strong> conduta, segurança e boas práticas<br />

laboratoriais com vistas à preservação da saú<strong>de</strong> e segurança do trabalhador, a segurança<br />

ambiental e a garantia da qualida<strong>de</strong> dos resultados da pesquisa.<br />

T<strong>em</strong> como público alvo os <strong>em</strong>pregados da Embrapa Gado <strong>de</strong> Corte, seus<br />

colaboradores (estagiários e bolsistas <strong>de</strong> graduação e pós-graduação) que faz<strong>em</strong> uso, regular<br />

ou intermitente, dos laboratórios da Unida<strong>de</strong>. Além <strong>de</strong>sses, outros <strong>em</strong>pregados e terceirizados<br />

que eventualmente acessam os laboratórios (ex. para manutenção, reparo e limpeza), também<br />

<strong>de</strong>v<strong>em</strong> se enquadrar às normas <strong>de</strong>scritas neste manual.<br />

1.2. Disponibilida<strong>de</strong> do <strong>Manual</strong><br />

Na Embrapa Gado <strong>de</strong> Corte a documentação do SIG, incluindo este manual, é<br />

gerenciada pela Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Garantia da Qualida<strong>de</strong> (UGQ) e está disponível na forma<br />

impressa e digital. A forma impressa do manual está disponível <strong>em</strong> cada laboratório da<br />

Embrapa Gado <strong>de</strong> Corte, <strong>em</strong> local sinalizado. Na forma digital, o manual po<strong>de</strong> ser acessado a<br />

partir do sist<strong>em</strong>a Pandora no en<strong>de</strong>reço https://pandora.cnpgc.<strong>em</strong>brapa.br. Após estar logado<br />

ao sist<strong>em</strong>a, o usuário <strong>de</strong>verá acessar, no menu, o “Módulo <strong>de</strong> Gestão da<br />

Qualida<strong>de</strong>/Documentos Internos” para ter acesso ao manual.<br />

3


1.3. Atribuição <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong>s<br />

1.3.1. Chefes e Supervisores <strong>de</strong> Grupos <strong>de</strong> Pesquisa da Embrapa Gado <strong>de</strong> Corte, são<br />

responsáveis por:<br />

a. Estar familiarizado com as normas contidas no <strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Boas</strong> Práticas e Segurança<br />

<strong>em</strong> Laboratórios da Embrapa Gado <strong>de</strong> Corte.<br />

b. Comunicar as políticas <strong>de</strong> segurança <strong>em</strong> laboratório e disponibilizar este manual aos<br />

<strong>em</strong>pregados e colaboradores que executam ativida<strong>de</strong>s <strong>em</strong> laboratórios da Embrapa<br />

Gado <strong>de</strong> Corte.<br />

c. Garantir que os <strong>em</strong>pregados e colaboradores da Embrapa Gado <strong>de</strong> Corte recebam<br />

treinamento <strong>em</strong> boas práticas e segurança antes <strong>de</strong> iniciar seus trabalhos <strong>em</strong><br />

laboratórios.<br />

d. Garantir que equipamentos <strong>de</strong> proteção coletiva e individual (EPCs e EPIs) sejam<br />

adquiridos e disponibilizados aos <strong>em</strong>pregados e colaboradores da Unida<strong>de</strong>.<br />

e. Garantir que procedimentos para i<strong>de</strong>ntificar e respon<strong>de</strong>r aos aci<strong>de</strong>ntes sejam<br />

estabelecidos nos laboratórios da Embrapa Gado <strong>de</strong> Corte.<br />

1.3.2. Coor<strong>de</strong>nadores <strong>de</strong> laboratórios (pesquisadores ou analistas) têm como<br />

responsabilida<strong>de</strong>s nos laboratórios sob sua coor<strong>de</strong>nação:<br />

a. Estar familiarizado com as normas do <strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Boas</strong> Práticas e Segurança <strong>em</strong><br />

Laboratórios.<br />

b. Estabelecer priorida<strong>de</strong>s, objetivos e metas que buscam garantir a implantação <strong>de</strong>ste<br />

manual.<br />

c. Comunicar aos <strong>em</strong>pregados, colaboradores e terceirizados que frequentam os<br />

laboratórios dos riscos e responsabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada um para garantir a segurança <strong>de</strong><br />

acordo com as normas contidas neste manual.<br />

d. Garantir que sejam seguidos os Procedimentos Operacionais Padrão (POPs)<br />

necessários para garantir as boas práticas e segurança nos laboratórios.<br />

e. Receber treinamento e garantir que os seus colaboradores recebam treinamento <strong>em</strong><br />

boas práticas e segurança, antes <strong>de</strong> iniciar suas ativida<strong>de</strong>s.<br />

f. Garantir que EPCs e EPIs sejam disponibilizados e utilizados por todos os <strong>em</strong>pregados<br />

e colaboradores.<br />

4


g. Realizar inspeções <strong>de</strong> rotina e participar das inspeções nos laboratórios para garantir<br />

que as não conformida<strong>de</strong>s i<strong>de</strong>ntificadas durante as inspeções sejam corrigidas<br />

prontamente.<br />

h. Garantir que procedimentos para i<strong>de</strong>ntificar e respon<strong>de</strong>r aos aci<strong>de</strong>ntes sejam seguidos<br />

e notificados.<br />

1.3.3. Outros Empregados e Colaboradores têm como responsabilida<strong>de</strong>s nos<br />

laboratórios <strong>em</strong> que atuam:<br />

a. Estar familiarizado com as normas contidas no <strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Boas</strong> Práticas e Segurança<br />

<strong>em</strong> Laboratórios da Embrapa Gado <strong>de</strong> Corte.<br />

b. Seguir os POPs e incorporar as diretrizes <strong>de</strong>ste manual às práticas diárias dos<br />

laboratórios.<br />

c. Reportar ao coor<strong>de</strong>nador do laboratório, e superiores se necessário, quaisquer perigos<br />

à saú<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificados e não sanados nos laboratórios.<br />

d. Conhecer a localização das Ficha <strong>de</strong> Informações <strong>de</strong> Segurança <strong>de</strong> Produtos Químicos<br />

(FISPQ), reportando ao coor<strong>de</strong>nador do laboratório a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inclusão <strong>de</strong> novas<br />

FISPQs, quando da entrada <strong>de</strong> novos produtos químicos no laboratório.<br />

f. Estar familiarizado e auxiliar na implantação dos procedimentos <strong>de</strong> resposta a aci<strong>de</strong>ntes<br />

estabelecidos nos laboratórios da Embrapa Gado <strong>de</strong> Corte.<br />

2. Aspectos gerais<br />

2.1. Procedimento Operacional Padrão (POP)<br />

Os POPs são documentos que <strong>de</strong>screv<strong>em</strong> <strong>em</strong> <strong>de</strong>talhes suficientes como executar uma<br />

ativida<strong>de</strong> ou processo <strong>de</strong> forma padronizada, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do executante.<br />

Da mesma forma que este manual, os POPs referentes a ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas nos<br />

laboratórios também são documentos do Sist<strong>em</strong>a Integrado <strong>de</strong> Gestão (SIG) controlados pela<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Garantia da Qualida<strong>de</strong> (UGQ) que <strong>de</strong>v<strong>em</strong> estar disponíveis nos locais, na forma<br />

impressa, e na forma digital no en<strong>de</strong>reço https://pandora.cnpgc.<strong>em</strong>brapa.br.<br />

5


2.2. Segurança e Higiene Pessoal<br />

As seguintes diretrizes <strong>de</strong> boas práticas laboratoriais <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser obe<strong>de</strong>cidas, <strong>de</strong> forma a<br />

garantir a segurança e o bom funcionamento dos laboratórios:<br />

a. Não consumir alimentos e bebidas no laboratório, afastando o risco da ingestão<br />

aci<strong>de</strong>ntal <strong>de</strong> produtos que tenham potencial para causar danos à saú<strong>de</strong>.<br />

b. Não guardar alimentos e utensílios utilizados para a alimentação nos laboratórios, b<strong>em</strong><br />

como não utilizar nenhum equipamento do laboratório para aquecer alimentos.<br />

c. É expressamente proibido fumar <strong>de</strong>ntro do laboratório, conforme legislação brasileira.<br />

d. Evitar distrair qu<strong>em</strong> esteja realizando alguma ativida<strong>de</strong> no laboratório.<br />

e. Evitar o uso <strong>de</strong> aparelhos <strong>de</strong> som <strong>em</strong> laboratórios, principalmente quando ativida<strong>de</strong>s<br />

que <strong>de</strong>mandam atenção extra do executor estejam sendo realizadas.<br />

f. Não usar cabelo solto, amarrá-lo e, se necessário, usar touca para contê-lo.<br />

g. Evitar o uso <strong>de</strong> adornos do tipo pulseiras, relógios, cordões, anéis e outros que possam<br />

pren<strong>de</strong>r ou esbarrar <strong>em</strong> vidrarias, bancadas, amostras, frascos <strong>de</strong> reagentes,<br />

apresentando riscos <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes ou <strong>de</strong> contaminação ou dificultando a adaptação <strong>de</strong><br />

EPIs.<br />

h. Não colocar ou retirar lentes <strong>de</strong> contato, n<strong>em</strong> aplicar cosméticos ou escovar os <strong>de</strong>ntes<br />

no laboratório.<br />

i. Utilizar, quando necessário, proteção apropriada para o corpo, mãos, olhos, boca,<br />

ouvidos e face, conforme it<strong>em</strong> 3.2 <strong>de</strong>ste manual.<br />

j. Usar calçado s<strong>em</strong> salto e fechado que proteja os pés contra respingos ou<br />

<strong>de</strong>rramamentos <strong>de</strong> materiais cáusticos, corrosivos ou tóxicos para a pele.<br />

k. Usar s<strong>em</strong>pre pipetador apropriado para materiais biológicos, solventes ou reagentes<br />

voláteis, cáusticos, tóxicos ou radioativos, nunca utilizar a boca.<br />

l. Não aquecer recipientes <strong>de</strong> vidro diretamente na chama e nunca aquecer ou agitar<br />

solventes voláteis com a abertura do recipiente voltada para si ou para outras pessoas<br />

e não colocar recipientes quentes sobre as bancadas frias.<br />

m. Utilizar carrinho apropriado para transportar materiais que oferec<strong>em</strong> risco à segurança.<br />

n. Lavar as mãos ao final dos procedimentos e antes <strong>de</strong> sair do laboratório, após r<strong>em</strong>over<br />

todo o equipamento <strong>de</strong> proteção. Utilizar sabão apropriado e secar as mãos com<br />

toalhas <strong>de</strong> papel <strong>de</strong>scartáveis.<br />

o. Não transitar com aventais ou jalecos que foram utilizados nos laboratórios pelas áreas<br />

externas como: refeitórios, copas, salas <strong>de</strong> aula, sala <strong>de</strong> reuniões, escritório e outros.<br />

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p. Não tocar <strong>em</strong> maçanetas <strong>de</strong> portas e telefones quando estiver usando luvas.<br />

q. Não colocar materiais <strong>de</strong> laboratório <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> armários <strong>de</strong>signados para guardar<br />

roupas e pertences pessoais.<br />

r. Manter uma lista <strong>de</strong> telefones <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergência atualizada <strong>de</strong>ntro do laboratório.<br />

2.3. Acesso e Permanência nos Laboratórios<br />

2.3.1. Permissão <strong>de</strong> Acesso<br />

O acesso aos laboratórios é limitado ou restrito a <strong>em</strong>pregados e colaboradores que<br />

atuam nestes locais e que tenham vínculo formalizado com a Embrapa Gado <strong>de</strong> Corte.<br />

Previamente ao início das ativida<strong>de</strong>s nos laboratórios todos os usuários <strong>de</strong>verão ser treinados<br />

<strong>de</strong>ntro das especificida<strong>de</strong>s do trabalho que realizarão.<br />

O acesso <strong>de</strong> visitantes ou a circulação <strong>de</strong> <strong>em</strong>pregados <strong>de</strong> outros setores da Embrapa<br />

Gado <strong>de</strong> Corte só é permitido com o conhecimento prévio e aprovação do coor<strong>de</strong>nador<br />

responsável pelo laboratório. Em áreas <strong>de</strong> biossegurança também é necessária a autorização<br />

da Comissão Interna <strong>de</strong> Biossegurança (CIBio) da Embrapa Gado <strong>de</strong> Corte. Estas pessoas,<br />

além <strong>de</strong> acompanhadas por um <strong>em</strong>pregado do laboratório, <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ter sido advertidas dos<br />

riscos químicos, físicos e biológicos que esses locais apresentam e, <strong>de</strong>v<strong>em</strong> usar o mínimo<br />

necessário <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> proteção individual para garantir sua segurança.<br />

Terceirizados que realizam a limpeza do laboratório <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser orientados quanto às<br />

normas <strong>de</strong>ste manual e <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser advertidos dos riscos químicos, físicos e biológicos <strong>de</strong> cada<br />

laboratório.<br />

A respeito da permissão <strong>de</strong> acesso, <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser observadas as seguintes diretrizes<br />

básicas:<br />

a. Empregados e colaboradores que necessit<strong>em</strong> utilizar os laboratórios, mas que não<br />

pertençam ao corpo técnico do laboratório específico, somente po<strong>de</strong>rão fazê-lo<br />

mediante autorização pelo coor<strong>de</strong>nador do laboratório e <strong>de</strong>verão ser informadas a<br />

respeito do regulamento e riscos existentes no laboratório. Os mesmos <strong>de</strong>v<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre<br />

utilizar os EPCs e EPIs a<strong>de</strong>quados para a realização das ativida<strong>de</strong>s.<br />

b. Não é permitida a entrada <strong>de</strong> animais nos laboratórios, exceto aqueles que tenham uso<br />

permitido nos experimentos executados.<br />

c. Não é permitido o acesso <strong>de</strong> crianças nos laboratórios, mesmo acompanhadas.<br />

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2.3.2. Permanência nos Laboratórios<br />

É <strong>de</strong> extr<strong>em</strong>a importância consi<strong>de</strong>rar que nas áreas <strong>de</strong> trabalho dos laboratórios os<br />

riscos operacionais são gran<strong>de</strong>s, portanto, não só o treinamento e capacitação garant<strong>em</strong> a<br />

diminuição <strong>de</strong>sses riscos, mas a atitu<strong>de</strong> pessoal é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> relevância para a redução ou<br />

eliminação dos riscos. Desta forma:<br />

a. Por razões <strong>de</strong> segurança, <strong>de</strong>ve-se evitar trabalhar sozinho no laboratório.<br />

b. Os procedimentos <strong>de</strong> laboratório não supervisionados por um técnico <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser <strong>de</strong><br />

mínima ocorrência. Dev<strong>em</strong> ser limitados a situações indispensáveis on<strong>de</strong> não há<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser<strong>em</strong> realizados durante o horário <strong>de</strong> permanência do técnico no<br />

laboratório.<br />

c. S<strong>em</strong>pre que possível, o laboratório <strong>de</strong>verá ficar trancado, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do período<br />

diurno ou noturno, quando não houver nenhum <strong>em</strong>pregado ou colaborador responsável<br />

por ativida<strong>de</strong>s no seu interior.<br />

d. O último usuário <strong>de</strong>verá verificar se todos os equipamentos estão <strong>de</strong>sligados e<br />

<strong>de</strong>sconectados da re<strong>de</strong> elétrica (exceto aqueles não indicados para o <strong>de</strong>sligamento), e<br />

se todas as torneiras <strong>de</strong> gases ou <strong>de</strong> água estão fechadas, as luzes apagadas e as<br />

portas internas <strong>de</strong> acesso ao laboratório trancadas.<br />

2.3.3. Treinamento <strong>de</strong> Empregados e Colaboradores<br />

Procedimentos <strong>de</strong> segurança necessários para o trabalho <strong>de</strong>ntro dos laboratórios<br />

<strong>de</strong>verão ser provi<strong>de</strong>nciados por meio <strong>de</strong> treinamentos ou capacitações <strong>de</strong> <strong>em</strong>pregados e<br />

colaboradores, com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> minimizar os riscos, e <strong>de</strong>v<strong>em</strong> abranger, minimamente, os<br />

seguintes tópicos:<br />

a. Uso correto, higienização e guarda dos equipamentos <strong>de</strong> segurança, EPCs e EPIs, e<br />

daqueles equipamentos usados <strong>em</strong> <strong>em</strong>ergências.<br />

b. Compreensão dos Mapas <strong>de</strong> Riscos.<br />

c. Compreensão das FISPQs.<br />

d. Noção <strong>de</strong> requisitos básicos <strong>de</strong> segurança.<br />

e. Conhecimentos básicos <strong>de</strong> rotulag<strong>em</strong> <strong>de</strong> produtos químicos, armazenamento e<br />

incompatibilida<strong>de</strong> química.<br />

f. Conhecimentos básicos <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> resíduos.<br />

8


2.4. Organização e Limpeza das Instalações<br />

A organização e limpeza dos laboratórios proporcionam benefícios à saú<strong>de</strong> e segurança<br />

dos usuários e contribu<strong>em</strong> para maior produtivida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> nas ativida<strong>de</strong>s e processos<br />

executados no local. No que diz respeito à organização e limpeza, os seguintes itens <strong>de</strong>v<strong>em</strong><br />

ser atendidos:<br />

a. A limpeza do laboratório <strong>de</strong>verá ser realizada por pessoal terceirizado e treinado para<br />

este fim, e estará restrita à limpeza diária do piso e retirada <strong>de</strong> lixo comum <strong>de</strong>vidamente<br />

i<strong>de</strong>ntificado. Se necessário esta limpeza po<strong>de</strong>rá ser feita por <strong>em</strong>pregados ou<br />

colaboradores treinados.<br />

b. A assepsia dos equipamentos e bancadas são atribuições restritas a <strong>em</strong>pregados e<br />

colaboradores que faz<strong>em</strong> uso dos mesmos, após treinamento específico.<br />

c. As áreas comuns <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser mantidas organizadas, limpas e livres. Materiais,<br />

reagentes e equipamentos não utilizados no local <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser retirados e <strong>de</strong>stinados<br />

corretamente, conforme processos internos da Unida<strong>de</strong>.<br />

d. Os equipamentos <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser limpos e armazenados, quando aplicável, após sua<br />

utilização conforme procedimentos e/ou manuais técnicos específicos.<br />

s. Todos os recipientes <strong>de</strong> produtos, incluindo os químicos, <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser mantidos fechados<br />

quando não estiver<strong>em</strong> <strong>em</strong> uso. Os frascos <strong>de</strong>v<strong>em</strong> estar i<strong>de</strong>ntificados e, após o uso,<br />

armazenados ou <strong>de</strong>scartados conforme procedimentos técnicos específicos,<br />

consi<strong>de</strong>rando as características <strong>de</strong> compatibilida<strong>de</strong> química e armazenamento.<br />

d. Os corredores e áreas <strong>de</strong> circulação <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser mantidos <strong>de</strong>sobstruídos.<br />

e. As saídas <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergências <strong>de</strong>v<strong>em</strong> estar <strong>de</strong>vidamente sinalizadas conforme legislação<br />

específica. Essas saídas <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser mantidas <strong>de</strong>sobstruídas e <strong>de</strong> uso restritos à<br />

evacuação predial <strong>em</strong> situações <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergências. Exceções do uso <strong>de</strong>ssas saídas<br />

<strong>de</strong>verão ser previamente informadas e autorizadas pelo supervisor responsável ou<br />

profissional responsável pela segurança ocupacional ou equivalente.<br />

f. Áreas adjacentes aos extintores, hidrantes, chuveiro/lava olhos e quadros <strong>de</strong> força<br />

<strong>de</strong>v<strong>em</strong> estar <strong>de</strong>vidamente sinalizadas conforme legislação específica e o entorno<br />

mantido <strong>de</strong>sobstruído para facilitar a visualização e o acesso <strong>em</strong> situações <strong>de</strong><br />

<strong>em</strong>ergência e manutenção.<br />

g. Objetos e pertences pessoais (bolsas, mochilas, laptops, celulares e outros) <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser<br />

mantidos fora do laboratório para evitar a contaminação. Esses itens <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser<br />

guardados <strong>em</strong> locais e armários próprios que são disponibilizados para essa finalida<strong>de</strong><br />

9


2.5. Energia Elétrica nos Laboratórios - Uso e Economia<br />

2.5.1. Uso Geral da Energia Elétrica<br />

Na Embrapa Gado <strong>de</strong> Corte o Setor <strong>de</strong> Gestão da Infraestrutura (SGI) é o responsável<br />

pela manutenção da re<strong>de</strong> elétrica. De maneira geral estão disponíveis nos laboratórios<br />

tomadas com tensão <strong>de</strong> 127 e 220 Volts (V), para correntes máximas <strong>de</strong> 10 e 20 Ampere (A).<br />

Essas tomadas são i<strong>de</strong>ntificadas com a respectiva tensão suportada e com a indicação<br />

(geralmente um código) do circuito a que pertence. Para alguns casos específicos há tomadas<br />

do tipo industrial com corrente superior a 20 A.<br />

Com o objetivo <strong>de</strong> evitar aci<strong>de</strong>ntes ocasionados por choque elétrico e danos aos<br />

equipamentos, alguns cuidados <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser tomados antes <strong>de</strong> ligar o equipamento à re<strong>de</strong><br />

elétrica:<br />

a. Verificar a tensão elétrica requerida pelo equipamento e a tensão da tomada disponível.<br />

O uso <strong>de</strong> equipamentos <strong>em</strong> tensão incorreta po<strong>de</strong> ocasionar aci<strong>de</strong>ntes e danos ao<br />

mesmo. Alguns equipamentos são projetados para trabalhar <strong>em</strong> uma única tensão,<br />

outros po<strong>de</strong>m trabalhar <strong>em</strong> duas ou mais, com ajuste manual. Um terceiro tipo, que é<br />

preferível, o equipamento é capaz <strong>de</strong> trabalhar <strong>de</strong> maneira automática (s<strong>em</strong><br />

intervenção) <strong>em</strong> uma ampla faixa <strong>de</strong> tensão, por ex<strong>em</strong>plo, <strong>de</strong> 100 a 240 V. Em caso <strong>de</strong><br />

dúvidas procure auxílio com o responsável técnico pelo local e o SGI.<br />

b. Deve se consi<strong>de</strong>rar a potência do equipamento e a potência suportada pelo circuito. Se<br />

a potência do equipamento for superior ao limite do circuito po<strong>de</strong> haver <strong>de</strong>sarme do<br />

circuito e, <strong>em</strong> situações extr<strong>em</strong>as, aci<strong>de</strong>ntes e danos aos equipamentos e re<strong>de</strong> elétrica.<br />

Em caso <strong>de</strong> dúvidas procure auxílio com o responsável técnico pelo local e o SGI.<br />

c. Os plugues <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser compatíveis com as tomadas disponíveis. Em caso <strong>de</strong><br />

incompatibilida<strong>de</strong> o SGI <strong>de</strong>ve ser informado para provi<strong>de</strong>nciar a troca.<br />

d. O uso <strong>de</strong> multiplicadores <strong>de</strong> tomadas (T, T-extensão, benjamim) <strong>de</strong>ve ser evitado. Há<br />

situações <strong>em</strong> que o multiplicador não possui o condutor do aterramento, o que po<strong>de</strong><br />

ocasionar danos aos equipamentos durante a utilização. Quando seu uso for<br />

indispensável, <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser mantidas a compatibilida<strong>de</strong> elétrica e corrente suportadas.<br />

Recomenda-se buscar orientação <strong>de</strong> um profissional qualificado <strong>de</strong>signado pelo SGI.<br />

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2.5.2. Economia <strong>de</strong> Energia Elétrica<br />

Em geral os laboratórios requer<strong>em</strong> t<strong>em</strong>peraturas controladas por ar condicionados, boa<br />

iluminação, além do consumo aumentado <strong>de</strong>vido a equipamentos específicos das rotinas<br />

laboratoriais. Sendo assim, algumas medidas e práticas po<strong>de</strong>m ser adotadas com o objetivo<br />

reduzir o consumo e economizar energia elétrica. São eles:<br />

a. Quando tecnicamente viável, durante as aquisições, dar preferência a equipamentos <strong>de</strong><br />

maior eficiência energética.<br />

b. O último usuário, ao <strong>de</strong>ixar as instalações, <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>sligar as lâmpadas, exceto quando<br />

mantê-las acessas for necessário ao processo <strong>de</strong>senvolvido no laboratório.<br />

c. S<strong>em</strong>pre que possível os equipamentos <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser <strong>de</strong>sligados quando não estiver<strong>em</strong> <strong>em</strong><br />

uso. Alguns equipamentos apresentam consumo <strong>de</strong> energia elétrica mesmo s<strong>em</strong><br />

utilização. Nesse caso, quando possível, retire o plugue da tomada.<br />

d. Efetuar a limpeza <strong>de</strong> refrigeradores e freezer, retirando o excesso <strong>de</strong> gelo acumulado e<br />

<strong>de</strong>scartando os materiais inservíveis.<br />

e. Ao <strong>de</strong>sligar computadores, <strong>de</strong>sligar também os monitores.<br />

f. S<strong>em</strong>pre que possível, ajuste a t<strong>em</strong>peratura do ar condicionado <strong>de</strong> forma a obter<br />

conforto térmico. Atenção: alguns equipamentos e processos po<strong>de</strong>m requerer<br />

t<strong>em</strong>peraturas específicas. Nesses casos, consulte o SGI para verificar a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> se obter a t<strong>em</strong>peratura <strong>de</strong>sejada e também o responsável pela segurança<br />

ocupacional com objetivo <strong>de</strong> verificar se a t<strong>em</strong>peratura necessária apresenta risco a<br />

saú<strong>de</strong> dos usuários.<br />

3. Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Coletiva e Individual (EPCs e EPIs)<br />

3.1. Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Coletiva (EPCs)<br />

3.1.1. Extintores <strong>de</strong> incêndio<br />

Os extintores <strong>de</strong> incêndio são dispositivos portáteis <strong>de</strong>stinados para combater um foco<br />

inicial <strong>de</strong> incêndio, enquanto outras providências são tomadas, como o acionamento dos<br />

bombeiros e a evacuação do local.<br />

Exist<strong>em</strong> diferentes tipos <strong>de</strong> extintores e é fundamental usar o extintor específico para o<br />

tipo <strong>de</strong> incêndio. Veja na seção 7.1 (Incêndios e uso <strong>de</strong> extintores) <strong>de</strong>ste manual para uma<br />

11


<strong>de</strong>scrição completa dos tipos <strong>de</strong> incêndio e <strong>de</strong> extintores, além <strong>de</strong> instruções gerais para o uso<br />

dos mesmos. Os extintores são substituídos <strong>de</strong> acordo com o vencimento da valida<strong>de</strong>, a sua<br />

substituição é realizada conforme contrato <strong>de</strong> substituição periódica vigente na Unida<strong>de</strong>.<br />

3.1.2. Chuveiro <strong>de</strong> Emergência e Lava-Olhos<br />

Chuveiro <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergência e lava-olhos são equipamentos imprescindíveis a todos os<br />

laboratórios, <strong>de</strong>stinados a eliminar ou minimizar os danos causados por aci<strong>de</strong>ntes nos olhos<br />

e/ou face e <strong>em</strong> qualquer parte do corpo.<br />

O lava-olhos é formado por dois pequenos chuveiros <strong>de</strong> média pressão, acoplados a<br />

uma bacia <strong>de</strong> aço inox, cujo ângulo permita o direcionamento correto do jato <strong>de</strong> água na face e<br />

olhos. Este equipamento po<strong>de</strong>rá estar acoplado ao chuveiro <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergência ou ser do tipo<br />

frasco <strong>de</strong> lavag<strong>em</strong> ocular.<br />

O chuveiro <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergência <strong>de</strong>verá ter aproximadamente 30 cm <strong>de</strong> diâmetro, seu<br />

acionamento <strong>de</strong>verá ser através <strong>de</strong> alavancas acionadas pelas mãos, cotovelos ou joelhos.<br />

Sua instalação <strong>de</strong>verá ser <strong>em</strong> local <strong>de</strong> fácil acesso para toda a equipe técnica.<br />

Os chuveiros <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergência e os lava-olhos <strong>de</strong>verão ser verificados periodicamente<br />

para a garantia da conformida<strong>de</strong> <strong>de</strong> funcionamento. Dev<strong>em</strong> ser instalados <strong>em</strong> locais<br />

estratégicos para permitir fácil e rápido acesso <strong>de</strong> qualquer ponto do laboratório e com espaço<br />

livre <strong>de</strong>marcado <strong>de</strong> 1 m 2 .<br />

3.1.3. Capelas <strong>de</strong> Exaustão <strong>de</strong> Gases (CEG)<br />

As CEGs são equipamentos indispensáveis à rotina <strong>de</strong> alguns laboratórios para limitar a<br />

exposição do usuário à poeiras, vapores e fumaças tóxicas ou perigosas. A capela <strong>de</strong><br />

exaustão po<strong>de</strong> ser também utilizada quando há risco <strong>de</strong> fogo, na proteção contra explosão, e<br />

contra respingo <strong>de</strong> produtos químicos perigosos.<br />

A CEG é um equipamento composto <strong>de</strong> uma superfície <strong>de</strong> trabalho (tampo) e três<br />

pare<strong>de</strong>s (duas laterais e fundo). Na parte frontal, as capelas possu<strong>em</strong> uma janela transparente<br />

do tipo guilhotina. Na parte superior da capela <strong>de</strong> exaustão há um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> ventilação<br />

forçada que faz a exaustão do ar juntamente com poeira, vapores e fumaças tóxicas para o<br />

exterior do laboratório por meio <strong>de</strong> dutos. O exaurido é normalmente dispensado diretamente<br />

na atmosfera ou processado <strong>em</strong> um lavador <strong>de</strong> gás.<br />

Ao utilizar a capela <strong>de</strong> exaustão <strong>de</strong> gases, as seguintes orientações <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser<br />

observadas:<br />

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a. Antes <strong>de</strong> iniciar o procedimento certifique-se <strong>de</strong> que a CEG esteja funcionando, e se há<br />

disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água e iluminação artificial (lâmpadas) no interior da capela;<br />

b. Verifique se o equipamento está certificado e liberado para uso;<br />

c. Durante a manipulação, manter no interior da CEG apenas o material indispensável<br />

para execução da ativida<strong>de</strong>. O uso <strong>de</strong> itens gran<strong>de</strong>/volumosos, como equipamentos,<br />

quando possível, <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser evitados, pois po<strong>de</strong>m interferir na eficiência do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong><br />

exaustão.<br />

d. Executar a ativida<strong>de</strong>/processo com a abertura mínima possível da janela. A eficiência<br />

da exaustão é inversamente proporcional a abertura da janela, ou seja, quanto mais<br />

fechada maior a eficiência.<br />

e. Finalizados os trabalhos, todo o material <strong>de</strong>ve ser recolhido da área <strong>de</strong> trabalho,<br />

mantendo o local limpo e arejado, exceto se a finalida<strong>de</strong> da capela for para<br />

armazenamento t<strong>em</strong>porário <strong>de</strong> resíduos perigosos ou tóxicos.<br />

f. Após a sua utilização, faça a limpeza da área <strong>de</strong> trabalho. Se houver respingos e<br />

<strong>de</strong>rramamentos dos produtos manipulados, faça a limpeza prévia consi<strong>de</strong>rando a<br />

compatibilida<strong>de</strong> do produto. O resíduo gerado durante a limpeza prévia <strong>de</strong>ve ser<br />

armazenado <strong>em</strong> recipiente apropriado e <strong>de</strong>scartado com resíduo químico.<br />

3.1.3.1. Utilização <strong>de</strong> CEG com Ácido Perclórico<br />

A manipulação <strong>de</strong> Ácido Perclórico, quente ou frio, <strong>de</strong>ve ser realizada <strong>em</strong> CEG<br />

especifica e exclusiva para essa finalida<strong>de</strong>. A CEG <strong>de</strong>ve ser equipada com um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong><br />

lavag<strong>em</strong> <strong>de</strong> gases e ser construída <strong>em</strong> aço inox com cantos arredondados. Nessa CEG não<br />

<strong>de</strong>ve ser manipulado Ácido Sulfúrico, Ácido Acético, solventes orgânicos ou qualquer outro<br />

material combustível. O manuseio <strong>de</strong> Ácido Nítrico é permitido na CEG <strong>de</strong>stinada ao Ácido<br />

Perclórico. O vapor <strong>de</strong> Ácido Perclórico po<strong>de</strong>, <strong>em</strong> condições específicas, formar percloratos e<br />

acumular no sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> exaustão e causar explosão durante manutenção. Em caso <strong>de</strong> dúvida<br />

procure orientação com o coor<strong>de</strong>nador do laboratório.<br />

3.1.3.2. Inspeção e Certificação <strong>de</strong> CEG<br />

As CEGs da Embrapa Gado <strong>de</strong> Corte são inspecionadas e certificadas anualmente e<br />

faz<strong>em</strong> parte <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> manutenção preventiva e corretiva. Durante as certificações<br />

alguns parâmetros são verificados como velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> face do ar exaurido, fluxo <strong>de</strong> ar,<br />

luminosida<strong>de</strong>, ruído, <strong>de</strong>ntre outros parâmetros. A valida<strong>de</strong> da certificação po<strong>de</strong> ser verificada a<br />

13


partir da etiqueta fixada no equipamento. Verifique antes <strong>de</strong> iniciar a utilização. Qualquer<br />

anormalida<strong>de</strong> com a CEG informe imediatamente o coor<strong>de</strong>nador do laboratório para<br />

providências.<br />

3.1.4. Cabina <strong>de</strong> Segurança Biológica (CSB) e Cabina <strong>de</strong> Fluxo Unidirecional (Fluxo<br />

Laminar)<br />

As Cabinas <strong>de</strong> Fluxo Unidirecional, também conhecidas por Cabina <strong>de</strong> Fluxo Laminar,<br />

são equipamentos usualmente <strong>em</strong>pregados para proteção do produto manipulado, por esse<br />

motivo não são consi<strong>de</strong>rados EPCs. Nesse equipamento, o ar externo é captado por um<br />

sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> ventilação e insuflado para a área <strong>de</strong> trabalho através <strong>de</strong> um filtro absoluto (HEPA).<br />

O ar filtrado, após o contato com a superfície <strong>de</strong> trabalho, sai para o ambiente pela parte<br />

traseira e/ou frontal da cabina, expondo o operador e o ambiente. Por esse motivo, nesse tipo<br />

<strong>de</strong> equipamento não <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser manipulados patógenos que ofereçam risco <strong>de</strong> contaminação<br />

ambiental e a saú<strong>de</strong> humana. Obs: Algumas cabinas <strong>de</strong> fluxo unidirecional possu<strong>em</strong> barreira<br />

que impe<strong>de</strong>m a ventilação do ar para o exterior evitando o escape <strong>de</strong> agentes patogênicos.<br />

Antes <strong>de</strong> iniciar o uso, procure informações sobre o equipamento com o responsável pelo<br />

laboratório.<br />

Diferent<strong>em</strong>ente, as Cabinas <strong>de</strong> Segurança Biológica (CSBs) proteg<strong>em</strong> operador e<br />

ambiente (Classe I) e também o produto (Classe II) durante a manipulação <strong>de</strong> patógenos,<br />

sendo portanto consi<strong>de</strong>radas EPCs. As CSBs mais comuns são a Classe II do tipo A2 (B3), na<br />

qual 70% do ar é recirculado e 30% renovado. Nesse caso, quando a exaustão é realizada por<br />

duto para o ambiente externo, é permitida a manipulação <strong>de</strong> pequenas quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

materiais voláteis tóxicos.<br />

3.2. Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Individual (EPIs)<br />

De acordo com a Norma Regulamentadora 6 (NR6), Equipamento <strong>de</strong> Proteção<br />

Individual (EPI) é todo dispositivo ou produto utilizado individualmente pelo trabalhador e que<br />

se <strong>de</strong>stina à proteção <strong>de</strong> riscos suscetíveis <strong>de</strong> ameaçar a segurança e a saú<strong>de</strong> no trabalho.<br />

Assim sendo:<br />

a. Os EPIs serão fornecidos pela Embrapa Gado <strong>de</strong> Corte s<strong>em</strong>pre que necessários à<br />

realização segura da ativida<strong>de</strong>.<br />

b. A entrega <strong>de</strong> EPIs aos <strong>em</strong>pregados e colaboradores <strong>de</strong>ve ser documentada.<br />

14


c. Cabe aos <strong>em</strong>pregados e colaboradores utilizar os EPIs fornecidos, <strong>de</strong> acordo com as<br />

instruções recebidas e apenas para a finalida<strong>de</strong> a que se <strong>de</strong>stina o EPI.<br />

d. Por ser<strong>em</strong> individuais, é proibido o compartilhamento <strong>de</strong> EPIs.<br />

e. Os EPIs <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser i<strong>de</strong>ntificados com o nome do usuário e armazenados no armário <strong>de</strong><br />

EPIs ou <strong>em</strong> outro lugar <strong>de</strong>signado para tal.<br />

f. EPIs reutilizáveis <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser higienizados, com água e sabão neutro, s<strong>em</strong>pre após o fim<br />

da jornada <strong>de</strong> trabalho.<br />

g. EPIs fora do prazo <strong>de</strong> valida<strong>de</strong> ou danificados <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser <strong>de</strong>scartados e substituídos.<br />

h. Orientações sobre o EPI a<strong>de</strong>quado para cada ativida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m ser encontradas nas<br />

FISPQs dos produtos químicos e nas <strong>em</strong>balagens dos próprios EPIs.<br />

i. O uso dos EPIs não substitui as boas práticas <strong>em</strong> laboratórios.<br />

3.2.1. Proteção Ocular e Facial<br />

Nesta categoria enquadram-se os óculos e os protetores faciais. Dev<strong>em</strong> ser usados<br />

s<strong>em</strong>pre que a ativida<strong>de</strong> envolva risco <strong>de</strong> projeção <strong>de</strong> partículas, quebra <strong>de</strong> vidro, radiações<br />

perigosas, reagentes químicos ácidos e/ou corrosivos, líquidos perigosos, gases e vapores<br />

químicos e materiais biológicos. A proteção ocular e facial é realizada por:<br />

a. Óculos <strong>de</strong> proteção: fornec<strong>em</strong> proteção contra projeção <strong>de</strong> partículas frontais e laterais.<br />

b. Óculos <strong>de</strong> ampla visão: são vedados e fornec<strong>em</strong> proteção contra projeção <strong>de</strong><br />

partículas <strong>em</strong> todas as direções. É indicado para trabalhos envolvendo gases e vapores<br />

químicos fora da capela <strong>de</strong> exaustão.<br />

c. Protetor facial: indicado para trabalhos que envolvam exposição a radiações perigosas<br />

e projeção <strong>de</strong> partículas.<br />

3.2.2. Proteção das Mãos<br />

As luvas <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser usadas s<strong>em</strong>pre que houver manipulação <strong>de</strong> produtos químicos ou<br />

biológicos, risco <strong>de</strong> cortes, lacerações, escoriações, perfurações, queimaduras, ou <strong>em</strong><br />

condições <strong>de</strong> t<strong>em</strong>peraturas extr<strong>em</strong>as.<br />

Antes <strong>de</strong> iniciar as ativida<strong>de</strong>s, as luvas <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser verificadas quanto a sua integrida<strong>de</strong>,<br />

existência <strong>de</strong> furos e rasgos, e não <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser utilizadas quando estiver<strong>em</strong> danificadas.<br />

15


Devido a possíveis contaminações, as quais n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre são visíveis, as luvas <strong>de</strong>v<strong>em</strong><br />

ser retiradas antes <strong>de</strong> sair do laboratório. Não utilizar luvas enquanto manipula o telefone,<br />

maçanetas <strong>de</strong> portas, celular e outros. Os principais tipos <strong>de</strong> luvas são:<br />

a. Luvas criogênicas: são usadas para proteger as mãos <strong>de</strong> t<strong>em</strong>peraturas extr<strong>em</strong>amente<br />

frias. Dev<strong>em</strong> ser usadas ao manusear gelo seco, nitrogênio líquido e outros líquidos<br />

criogênicos e manusear amostras no ultrafreezer.<br />

b. Luvas <strong>de</strong> látex: pouco resistentes a químicos. Dev<strong>em</strong> ser usadas para manipular<br />

materiais biológicos, químicos não perigosos, limpeza do laboratório, aplicações<br />

médicas e veterinárias. O látex comumente causa alergias, o que <strong>de</strong>ve ser verificado<br />

antes do uso.<br />

c. Luvas <strong>de</strong> nitrila: resistentes a álcoois, reagentes corrosivos, ácidos orgânicos e algumas<br />

cetonas.<br />

d. Luvas térmicas: resistentes ao calor. Dev<strong>em</strong> ser usadas ao manipular produtos <strong>em</strong><br />

t<strong>em</strong>peratura elevadas, na utilização <strong>de</strong> autoclaves, estufas, fornos etc.<br />

e. Luvas <strong>de</strong> vaqueta: oferec<strong>em</strong> proteção contra perfuração, escoriação, laceração e corte.<br />

O grau <strong>de</strong> proteção varia com o tipo <strong>de</strong> luva.<br />

Não existe um tipo <strong>de</strong> luva que oferece a melhor proteção contra todos os produtos<br />

químicos ou uma luva que resiste totalmente a <strong>de</strong>gradação e permeação para todos os<br />

produtos químicos. O tipo <strong>de</strong> luva a<strong>de</strong>quado para cada produto químico muitas vezes po<strong>de</strong> ser<br />

encontrado na FISPQ do produto ou na <strong>de</strong>scrição do fabricante da luva.<br />

As luvas <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser substituídas periodicamente, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do tipo e concentração<br />

do produto químico, das características <strong>de</strong> performance das luvas, das condições e do t<strong>em</strong>po<br />

<strong>de</strong> uso, dos riscos presentes, b<strong>em</strong> como do t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> contato do produto com a luva.<br />

3.2.3. Proteção Auricular<br />

Dev<strong>em</strong> ser usados s<strong>em</strong>pre que o ruído exce<strong>de</strong>r os limites <strong>de</strong> tolerância estipulados pela<br />

NR15 ou for incômodo para o <strong>em</strong>pregado/colaborador. Os protetores auriculares po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong><br />

inserção ou do tipo concha. No primeiro uso dos protetores <strong>de</strong> inserção, <strong>de</strong>ve-se i<strong>de</strong>ntificar <strong>em</strong><br />

qual ouvido (esquerdo e direito) será usado cada plugue a partir <strong>de</strong> então, evitando assim a<br />

transmissão <strong>de</strong> infecções <strong>de</strong> um ouvido para o outro.<br />

3.2.4. Respiradores<br />

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São indicados quando EPCs não são suficientes para eliminar o risco respiratório. São<br />

eles: poeira e pós químicos, fumaças, gases, vapores e agentes biológicos. In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do<br />

tipo <strong>de</strong> respirador usado, torna-se importante testar a vedação do respirador antes <strong>de</strong> iniciar as<br />

ativida<strong>de</strong>s. Segue a <strong>de</strong>scrição dos tipos <strong>de</strong> respiradores:<br />

a. Respiradores <strong>de</strong>scartáveis: são indicados para proteção contra poeiras, névoas,<br />

fumaças, radionuclí<strong>de</strong>os, particulados tóxicos, baixa concentração <strong>de</strong> vapores<br />

orgânicos e agentes biológicos, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da classe (PFF-1, 2 ou 3) e do tipo <strong>de</strong><br />

respirador. Deve ser <strong>de</strong>scartado s<strong>em</strong>pre que utilizado com agentes biológicos, quando<br />

contaminado por produto químico, quando sentir cheiro ou a respiração ficar<br />

prejudicada. Não é higienizável e <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>scartado ao final da jornada <strong>de</strong> trabalho.<br />

b. Respiradores reutilizáveis: a proteção é <strong>de</strong>terminada pelo filtro utilizado e é informada<br />

na <strong>em</strong>balag<strong>em</strong> dos filtros. O respirador é reutilizável e <strong>de</strong>ve ser higienizado com água e<br />

sabão neutro. Os filtros possu<strong>em</strong> data <strong>de</strong> valida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser trocados quando sentir<br />

cheiro ou periodicamente quando o uso for intenso.<br />

3.2.5. Vestimenta<br />

São utilizados para proteger as roupas e o corpo da contaminação por agentes<br />

químicos e biológicos, radiação e riscos físicos (ex: calor e frio). Po<strong>de</strong>ndo ser:<br />

a. Jalecos <strong>de</strong> algodão: <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser usados abotoados/fechados durante todo o t<strong>em</strong>po <strong>de</strong><br />

permanência nos laboratórios. Não <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser utilizados fora dos laboratórios, exceto<br />

para transporte <strong>de</strong> materiais biológicos, químicos, estéreis ou resíduos.<br />

b. Vestimenta térmica: utilizada para trabalhos no interior <strong>de</strong> câmaras frias.<br />

c. Jalecos <strong>de</strong>scartáveis: recomendados para a proteção das vestimentas <strong>em</strong> áreas<br />

contaminadas ou para trabalhar <strong>em</strong> áreas estéreis. Deve ser usado sobre o jaleco<br />

branco.<br />

d. Touca <strong>de</strong>scartável: recomenda-se <strong>em</strong> áreas contaminadas ou para trabalhar <strong>em</strong> áreas<br />

estéreis. É usada tanto para proteger os cabelos <strong>de</strong> aerossóis e salpicos contaminantes<br />

quanto proteger o produto ou experimento <strong>de</strong> contaminações externas.<br />

3.2.6. Proteção dos Pés<br />

17


Durante o trabalho <strong>em</strong> laboratório <strong>de</strong>ve-se usar sapato fechado, preferencialmente <strong>de</strong><br />

couro ou impermeável e com solado <strong>de</strong> borracha anti<strong>de</strong>rrapante.<br />

a. Sapatilhas e sapatos que expõ<strong>em</strong> a parte superior dos pés não são consi<strong>de</strong>rados como<br />

“fechados”.<br />

b. Evitar o uso <strong>de</strong> sapatos <strong>de</strong> salto para trabalhar nos laboratórios.<br />

c. Pro-pé ou sapatilha <strong>de</strong>scartável são recomendados para a proteção dos calçados/pés<br />

<strong>em</strong> áreas contaminadas ou para trabalhar <strong>em</strong> áreas estéreis.<br />

3.3. Treinamento no Uso <strong>de</strong> EPIs<br />

Todos os <strong>em</strong>pregados e colaboradores <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser treinados quanto ao uso,<br />

higienização, guarda e vida útil dos EPIs. Os treinamentos <strong>de</strong>verão ser registrados. São<br />

oferecidos treinamentos mensais aos novos colaboradores, <strong>em</strong> data previamente comunicada<br />

pelo Setor <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Pessoas (SGP). Para os <strong>em</strong>pregados, os treinamentos ocorrerão<br />

periodicamente, s<strong>em</strong>pre que i<strong>de</strong>ntificada a necessida<strong>de</strong>.<br />

4. Produtos Químicos<br />

Produtos químicos são substâncias ou misturas no estado natural ou obtidas através <strong>de</strong><br />

qualquer processo <strong>de</strong> produção. Rotineiramente, diferentes produtos químicos são utilizados<br />

nos laboratórios, os quais po<strong>de</strong>m apresentar perigos à saú<strong>de</strong> e segurança do trabalhador,<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong> suas proprieda<strong>de</strong>s químicas e físico-químicas e dos cuidados <strong>em</strong> relação ao<br />

uso <strong>de</strong>stas substâncias.<br />

Para que seja garantida uma rotina segura nos laboratórios com relação à utilização <strong>de</strong><br />

produtos químicos é importante que alguns aspectos sejam consi<strong>de</strong>rados, conforme será<br />

<strong>de</strong>talhado nos itens a seguir.<br />

4.1. Consi<strong>de</strong>rações Gerais Sobre o Uso <strong>de</strong> Produtos Químicos <strong>em</strong> Laboratório<br />

Muitas ações po<strong>de</strong>m ser feitas no sentido <strong>de</strong> reduzir ou eliminar os riscos relacionados<br />

ao uso <strong>de</strong> produtos químicos. Além, disso, é importante que antes do início das ativida<strong>de</strong>s,<br />

seja feita uma avaliação sobre todos os aspectos <strong>de</strong>scritos a seguir:<br />

18


a. Obter conhecimento sobre todos os produtos químicos que serão utilizados. Todas as<br />

informações sobre os perigos relacionados com o uso <strong>de</strong> produtos químicos estão<br />

<strong>de</strong>scritas nos rótulos e nas FISPQs.<br />

b. Os riscos relacionados com a exposição a produtos químicos não <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser<br />

subestimados.<br />

c. Para misturas, consi<strong>de</strong>rar a toxicida<strong>de</strong> do produto químico mais perigoso.<br />

d. Utilizar apenas produtos químicos compatíveis com os sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> ventilação e<br />

exaustão existentes no laboratório.<br />

e. Substituir o uso <strong>de</strong> produtos mais tóxicos por aqueles <strong>de</strong> menor toxicida<strong>de</strong>, quando<br />

possível.<br />

f. Utilizar a menor quantida<strong>de</strong> possível <strong>de</strong> produto químico e soluções mais diluídas.<br />

g. Utilizar equipamentos <strong>de</strong> proteção individual (EPIs) e coletiva (EPCs) <strong>de</strong> forma<br />

a<strong>de</strong>quada eliminando riscos <strong>de</strong> intoxicação através da inalação, ingestão ou absorção<br />

através dos olhos ou da pele. É importante que seja consultada a tabela <strong>de</strong><br />

compatibilida<strong>de</strong>s dos diferentes tipos <strong>de</strong> luvas conforme o produto químico que será<br />

utilizado.<br />

h. Inspecionar e higienizar regularmente os EPIs com o objetivo <strong>de</strong> assegurar que estes<br />

equipamentos não sejam utilizados contaminados ou danificados.<br />

i. Em hipótese alguma: pipetar ou fazer sucção com a boca, cheirar ou ingerir qualquer<br />

produto químico.<br />

j. Não utilizar lentes <strong>de</strong> contato quando for trabalhar com produtos químicos,<br />

especialmente, corrosivos e voláteis.<br />

k. S<strong>em</strong>pre lavar as mãos após manusear produtos químicos, mesmo que sejam utilizadas<br />

luvas.<br />

l. R<strong>em</strong>over, imediatamente, vestimenta contaminada e não reutilizá-la antes que a<br />

mesma seja <strong>de</strong>scontaminada.<br />

m. Em caso <strong>de</strong> <strong>de</strong>rramamento <strong>de</strong> produto químico, executar o mais rápido possível o<br />

procedimento a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> limpeza, conforme informado na FISPQ.<br />

n. Nos casos <strong>em</strong> que o <strong>em</strong>pregado ou colaborador não possuir informações suficientes<br />

sobre o produto químico que será utilizado, o mesmo <strong>de</strong>verá solicitar auxílio para o<br />

responsável pelo laboratório.<br />

o. Deve ser priorizado o uso <strong>de</strong> produtos químicos cujas datas para o vencimento estejam<br />

mais próximas. Além disso, frascos abertos <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser i<strong>de</strong>ntificados com a data <strong>em</strong> que<br />

o mesmo foi aberto.<br />

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p. Produtos químicos vencidos não <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser utilizados. Os mesmos <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser<br />

separados para verificação da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> extensão <strong>de</strong> prazo <strong>de</strong> valida<strong>de</strong>. Em caso<br />

negativo, os produtos químicos vencidos <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser separados para a coleta e<br />

<strong>de</strong>stinação final por <strong>em</strong>presa especializada.<br />

4.2. Ficha <strong>de</strong> Informações <strong>de</strong> Segurança <strong>de</strong> Produtos Químicos (FISPQ)<br />

A FISPQ, também conhecida como Ficha <strong>de</strong> Dados <strong>de</strong> Segurança (FDS), Safety Data<br />

Sheet (SDS) ou Material Safety Data Sheet (MSDS), fornece informações sobre vários<br />

aspectos relacionados aos produtos químicos quanto à proteção, à segurança, à saú<strong>de</strong> e ao<br />

meio ambiente. Os principais pontos citados na FISPQ inclu<strong>em</strong> conhecimentos básicos sobre<br />

os produtos químicos, informações sobre transporte, manuseio e armazenamento,<br />

recomendações sobre medidas <strong>de</strong> proteção e ações <strong>em</strong> situação <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergência.<br />

Além dos rótulos dos produtos químicos que serão utilizados, os <strong>em</strong>pregados e<br />

colaboradores <strong>de</strong>v<strong>em</strong> consultar as FISPQs que <strong>de</strong>v<strong>em</strong> estar prontamente disponíveis no<br />

laboratório. Caso as FISPQs não estejam disponíveis, o responsável pelo laboratório <strong>de</strong>verá<br />

ser informado.<br />

Ao consultar a FISPQ, é importante que sejam consi<strong>de</strong>rados alguns aspectos:<br />

a) Adquirir conhecimento sobre todos os perigos relacionados com <strong>de</strong>terminado produto<br />

químico e como <strong>de</strong>ver ser feito o manuseio visando a minimização dos riscos;<br />

b) Saber qual a ação que <strong>de</strong>verá ser feita <strong>em</strong> caso <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergência;<br />

c) Seguir precisamente todas as informações <strong>de</strong> segurança.<br />

Uma <strong>de</strong>scrição das secções que compõ<strong>em</strong> a FISPQ, b<strong>em</strong> como uma breve <strong>de</strong>scrição do<br />

conteúdo estão localizados no Anexo 1: Enten<strong>de</strong>ndo a Ficha <strong>de</strong> Informações <strong>de</strong> Segurança <strong>de</strong><br />

Produtos Químicos (FISPQ).<br />

4.3. Rotulag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Produtos Químicos<br />

A rotulag<strong>em</strong> do produto químico é um dos meios utilizados pelo fornecedor para<br />

transferir ao público-alvo as informações essenciais sobre os perigos, incluindo o transporte,<br />

manuseio, armazenag<strong>em</strong> e ações <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergência. Além disso, no rótulo estão relatadas as<br />

informações quanto aos riscos à segurança, à saú<strong>de</strong> e ao meio ambiente.<br />

Através <strong>de</strong> uma interpretação a<strong>de</strong>quada do rótulo <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado produto químico, o<br />

<strong>em</strong>pregado ou colaborador <strong>de</strong>ve ser capaz <strong>de</strong> agir <strong>de</strong> acordo com uma avaliação dos riscos,<br />

20


observando as recomendações <strong>de</strong> uso do produto químico e tomando medidas <strong>de</strong> precaução<br />

necessárias. É importante ressaltar que os <strong>em</strong>pregados e colaboradores são responsáveis por<br />

preservar as informações da rotulag<strong>em</strong> do produto químico perigoso até seu uso final.<br />

A norma ABNT NBR 14725-3:2014 visa estabelecer critérios para a padronização da<br />

rotulag<strong>em</strong> <strong>de</strong> produtos químicos tendo como um dos principais objetivos compatibilizar a<br />

rotulag<strong>em</strong> com o critério <strong>de</strong> classificação para todos os perigos previstos pelo Sist<strong>em</strong>a<br />

Globalmente Harmonizado para Classificação e Rotulag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Produtos Químicos (GHS). De<br />

acordo com a norma a rotulag<strong>em</strong> <strong>de</strong> produtos químicos <strong>de</strong>ve conter as seguintes informações:<br />

a. I<strong>de</strong>ntificação do produto através do nome comercial e o nome técnico do mesmo<br />

conforme utilizado na FISPQ e telefone <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergência do fornecedor.<br />

b. Composição química e impurezas que contribu<strong>em</strong> para o perigo da substância ou da<br />

mistura.<br />

c. Pictogramas <strong>de</strong> perigo, conforme mostrado na Figura 1.<br />

d. Palavra <strong>de</strong> advertência “perigo” ou “cuidado”, que são utilizadas para indicar maior ou<br />

menor gravida<strong>de</strong> <strong>de</strong> perigo, respectivamente.<br />

e. Frase <strong>de</strong> perigo que indicam <strong>de</strong>terminado risco relacionado com o produto químico.<br />

Alguns ex<strong>em</strong>plos são mostrados na Tabela 1.<br />

f. Frase <strong>de</strong> precaução informando sobre: 1) perigo físico; 2) como evitar potencial uso<br />

in<strong>de</strong>vido e exposição à saú<strong>de</strong>; 3) aplicações nos casos <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes com o produto e<br />

quanto à proteção ambiental e 4) medidas apropriadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>stinação. Ex<strong>em</strong>plos são<br />

mostrados na Tabela 1.<br />

g. Outras informações <strong>de</strong> segurança relevantes sobre o produto químico po<strong>de</strong>m estar<br />

<strong>de</strong>scritas no rótulo.<br />

21


Figura 1. Pictogramas utilizados para i<strong>de</strong>ntificação dos perigos relacionados<br />

a produtos químicos. Adaptado da norma ABNT NBR 14725-<br />

3:2014.<br />

22


Tabela 1. Ex<strong>em</strong>plos <strong>de</strong> frases <strong>de</strong> perigo e <strong>de</strong> precaução utilizadas <strong>em</strong> rótulos <strong>de</strong> produtos<br />

químicos, conforme norma ABNT NBR 14725-3:2014.<br />

Frases <strong>de</strong> perigo<br />

Explosivo estável.<br />

Gás extr<strong>em</strong>amente inflamável.<br />

Po<strong>de</strong> provocar um grave incêndio,<br />

comburente.<br />

Po<strong>de</strong> ser corrosivo a metais.<br />

Fatal se ingerido.<br />

Nocivo se inalado.<br />

Muito tóxico para a vida aquática.<br />

Po<strong>de</strong> causar sonolência e vertig<strong>em</strong><br />

(efeitos narcóticos)<br />

Frases <strong>de</strong> precaução<br />

Mantenha afastado do fogo [não fume].<br />

Adote medidas preventivas contra cargas<br />

estáticas.<br />

Mantenha o recipiente fechado.<br />

Mantenha <strong>em</strong> t<strong>em</strong>peratura abaixo <strong>de</strong><br />

...°C.<br />

Armazene separado <strong>de</strong> materiais<br />

incompatíveis.<br />

Não permita contato com o ar.<br />

Proteja da luz, umida<strong>de</strong> e dano.<br />

As informações contidas nos rótulos apresentam correlação com aquelas <strong>de</strong>scritas nas<br />

FISPQs, conforme po<strong>de</strong> ser observado na Tabela 2.<br />

Tabela 2. Correlação entre as informações da FISPQ e da rotulag<strong>em</strong> <strong>de</strong> produto químico.<br />

El<strong>em</strong>entos do rótulo<br />

I<strong>de</strong>ntificação do produto e telefone<br />

<strong>de</strong> <strong>em</strong>ergência do fornecedor<br />

Composição química<br />

Pictograma <strong>de</strong> perigo<br />

Palavra <strong>de</strong> advertência<br />

Frase <strong>de</strong> perigo<br />

Frases <strong>de</strong> precaução<br />

Outras informações<br />

Correlação com as seções da FISPQ<br />

Seção 1 – I<strong>de</strong>ntificação do produto e da<br />

<strong>em</strong>presa<br />

Seção 3 – Composição e informação sobre os<br />

ingredientes<br />

Seção 2 – I<strong>de</strong>ntificação dos perigos<br />

Seção 14 – Informações sobre transporte<br />

Seção 2 – I<strong>de</strong>ntificação dos perigos<br />

Seção 2 – I<strong>de</strong>ntificação dos perigos<br />

Seção 2 – I<strong>de</strong>ntificação dos perigos<br />

Quaisquer outras informações disponíveis na<br />

FISPQ não citadas anteriormente.<br />

23


Os principais cuidados que <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser consi<strong>de</strong>rados sobre a rotulag<strong>em</strong> <strong>de</strong> produtos<br />

químicos estão resumidos a seguir:<br />

a. Ler atentamente todas as informações disponíveis no rótulo antes da utilização <strong>de</strong><br />

qualquer produto químico.<br />

b. Não receber e não utilizar no laboratório produtos químicos que não estejam<br />

i<strong>de</strong>ntificadas/rotuladas corretamente.<br />

c. Não r<strong>em</strong>over, substituir ou danificar os rótulos dos produtos químicos.<br />

d. Nos casos <strong>de</strong> reutilização <strong>de</strong> frascos para o armazenamento das soluções, não colar<br />

um rótulo novo sobre um rótulo antigo. O rótulo antigo <strong>de</strong>ve ser completamente<br />

r<strong>em</strong>ovido.<br />

e. Todas as soluções preparadas <strong>em</strong> laboratório <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser i<strong>de</strong>ntificadas com as seguintes<br />

informações:<br />

Nome da solução e composição química<br />

Informações sobre os perigos relacionados com as substâncias presentes nas<br />

soluções, caso sejam necessárias: 1) pictogramas <strong>de</strong> perigos, 2) palavra <strong>de</strong><br />

advertência e 3) frases <strong>de</strong> perigo e precaução. Todas estas informações <strong>de</strong>v<strong>em</strong><br />

ser retiradas dos rótulos e das FISPQ dos produtos químicos utilizados para o<br />

preparo da solução.<br />

Data do preparo.<br />

Responsável pelo preparo.<br />

Data <strong>de</strong> valida<strong>de</strong>, caso seja possível <strong>de</strong>finir esta data.<br />

Forma <strong>de</strong> armazenamento.<br />

Se a solução <strong>de</strong>verá ser consi<strong>de</strong>rada resíduo perigoso <strong>em</strong> caso <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarte.<br />

4.4. Armazenamento <strong>de</strong> Produtos Químicos<br />

Devido aos perigos relacionados com os diversos produtos químicos, há necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ser<strong>em</strong> utilizadas condições a<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong> armazenamento, visando minimizar os riscos <strong>em</strong><br />

caso <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte. Desta forma, algumas consi<strong>de</strong>rações <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser feitas sobre o local <strong>em</strong> que<br />

estes produtos são armazenados.<br />

4.4.1. Armazenamento <strong>em</strong> Laboratórios<br />

a. A quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produtos químicos armazenados <strong>em</strong> laboratório <strong>de</strong>ve ser a mínima<br />

possível.<br />

24


. Dev<strong>em</strong> ser mantidos <strong>em</strong> laboratório apenas aqueles produtos químicos que estão <strong>em</strong><br />

uso, com i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> que o frasco está <strong>em</strong> uso e com a data da abertura do<br />

mesmo.<br />

c. A FISPQ e o rótulo <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser lidos antes <strong>de</strong> ser armazenado qualquer produto químico.<br />

d. É recomendado que as tampas dos produtos químicos voláteis <strong>em</strong> uso sejam seladas<br />

com filme inerte para evitar odores ou a <strong>de</strong>terioração dos mesmos, caso sejam<br />

sensíveis ao ar ou umida<strong>de</strong>.<br />

e. S<strong>em</strong>pre <strong>de</strong>ve ser observada no rótulo a recomendação sobre a t<strong>em</strong>peratura <strong>de</strong><br />

armazenamento <strong>de</strong> forma a garantir que o produto químico seja armazenado <strong>em</strong><br />

condição a<strong>de</strong>quada.<br />

f. O local utilizado para armazenamento <strong>de</strong>ve ser b<strong>em</strong> ventilado e <strong>de</strong>ve possibilitar a<br />

separação entre produtos químicos incompatíveis.<br />

g. O armário <strong>em</strong> que os produtos químicos são armazenados <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>vidamente<br />

i<strong>de</strong>ntificado e <strong>de</strong>ve possuir aberturas nas laterais ou na parte superior ou algum sist<strong>em</strong>a<br />

<strong>de</strong> ventilação a fim <strong>de</strong> evitar acúmulo <strong>de</strong> vapores. Além disso, é importante que<br />

produtos químicos altamente tóxicos e carcinogênicos sejam armazenados isolados e,<br />

preferencialmente, <strong>em</strong> <strong>em</strong>balag<strong>em</strong> dupla.<br />

h. Produtos químicos inflamáveis <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser armazenados <strong>em</strong> armário resistente à<br />

chamas, específico para este grupo <strong>de</strong> substâncias.<br />

i. Manter sobre a bancada apenas as quantida<strong>de</strong>s mínimas necessárias <strong>de</strong> produtos<br />

químicos, uma vez que o armazenamento <strong>de</strong> produtos químicos <strong>em</strong> bancada po<strong>de</strong><br />

ocasionar <strong>em</strong> queda dos frascos e produtos incompatíveis po<strong>de</strong>m ser colocados lado a<br />

lado.<br />

j. Produtos químicos s<strong>em</strong> rótulo não <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser armazenados no laboratório.<br />

k. Não armazenar produtos químicos <strong>em</strong> prateleiras elevadas, <strong>de</strong>ntro da capela <strong>de</strong><br />

exaustão ou no chão do laboratório.<br />

l. Nenhum produto químico <strong>de</strong>ve ser armazenado próximo a fontes <strong>de</strong> calor e <strong>em</strong> locais<br />

com incidência <strong>de</strong> luz solar.<br />

m. Periodicamente, a situação das <strong>em</strong>balagens dos produtos químicos, b<strong>em</strong> como a data<br />

<strong>de</strong> valida<strong>de</strong> <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser verificadas para evitar que estejam sendo armazenados frascos<br />

danificados ou produtos químicos vencidos.<br />

n. Os cilindros <strong>de</strong> gases <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser armazenados <strong>em</strong> local específico: externo ao<br />

laboratório, <strong>em</strong> área coberta, com sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> ventilação, posicionados na vertical e<br />

fixados na pare<strong>de</strong>. Os cilindros que não estão <strong>em</strong> uso <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser mantidos com a capa<br />

25


<strong>de</strong> proteção da válvula. É importante que seja observada a compatibilida<strong>de</strong> entre os<br />

gases armazenados <strong>em</strong> um mesmo local.<br />

4.4.2. Armazenamento <strong>em</strong> Almoxarifado<br />

A maior parte dos produtos químicos <strong>de</strong>ve ser armazenados <strong>em</strong> um almoxarifado<br />

específico para estes produtos. O almoxarifado é o local <strong>de</strong>stinado à recepção, guarda,<br />

controle, conservação, distribuição e fiscalização dos produtos químicos recebidos. Alguns<br />

cuidados essenciais são necessários para o armazenamento seguro <strong>de</strong> produtos químicos<br />

nestes locais:<br />

a. O almoxarifado <strong>de</strong>ve apresentar edificação e localização a<strong>de</strong>quadas para o<br />

armazenamento <strong>de</strong> produtos químicos, conforme legislação pertinente. Além disso, o<br />

piso <strong>de</strong>ve ser impermeável e o local <strong>de</strong>ve possuir sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> drenag<strong>em</strong>, contenção,<br />

ventilação, iluminação e sinalização compatíveis com os produtos químicos que são<br />

armazenados.<br />

b. Assim como para o armazenamento <strong>em</strong> laboratório, <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser observadas as<br />

condições <strong>de</strong> t<strong>em</strong>peratura <strong>de</strong> armazenamento recomendadas pelo fabricante.<br />

c. O local <strong>de</strong>ve possuir todas as FISPQs prontamente disponíveis.<br />

d. Produtos químicos com <strong>em</strong>balagens violadas, s<strong>em</strong> rótulo ou vencidos não <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser<br />

armazenados no almoxarifado.<br />

4.4.3. Incompatibilida<strong>de</strong> entre Produtos Químicos<br />

De maneira geral, tanto <strong>em</strong> laboratório quanto no almoxarifado, é <strong>de</strong> extr<strong>em</strong>a relevância<br />

que a compatibilida<strong>de</strong> dos produtos químicos seja consi<strong>de</strong>rada para o correto armazenamento.<br />

Na Figura 2 estão resumidas as principais incompatibilida<strong>de</strong>s entre produtos químicos.<br />

26


Figura 2. Relação <strong>de</strong> incompatibilida<strong>de</strong> entre as principais classes <strong>de</strong> produtos químicos.<br />

Ácidos Bases , Oxidantes Tóxicos Pirofóricos Inflamáveis.<br />

Adaptado <strong>de</strong> Gonçalves, 2012 e disponível <strong>em</strong><br />

http://www.crq4.org.br/sms/files/file/gest%C3%A3o_produtos_quimicos_2012_cor(1).pdf<br />

27


Com base na Figura 2, são <strong>de</strong>scritas as principais consi<strong>de</strong>rações sobre o<br />

armazenamento <strong>de</strong> produtos químicos visando minimizar o contato entre aqueles<br />

incompatíveis:<br />

a. Produtos químicos não <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser armazenados <strong>em</strong> or<strong>de</strong>m alfabética.<br />

b. A organização dos produtos químicos <strong>de</strong>ve estar <strong>de</strong> acordo com a compatibilida<strong>de</strong>. A<br />

separação pela distância ou por barreiras físicas <strong>de</strong>ve ser suficiente para evitar a<br />

mistura <strong>de</strong> produtos incompatíveis <strong>em</strong> caso <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte. Uma alternativa é o uso <strong>de</strong><br />

compartimentos secundários como, por ex<strong>em</strong>plo, ban<strong>de</strong>jas plásticas.<br />

c. Para a segregação dos produtos químicos <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser consi<strong>de</strong>radas as seguintes<br />

informações: 1) perigos físicos, 2) perigos à saú<strong>de</strong>, 3) estado físico do produto químico<br />

(sólido, líquido ou gás) e 4) proprieda<strong>de</strong>s químicas. Com base nestes parâmetros, os<br />

produtos químicos <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser segregados <strong>de</strong> acordo com os grupos <strong>de</strong>scritos abaixo:<br />

Sólidos x líquidos<br />

Ácidos x bases, com separação entre ácidos orgânicos e inorgânicos.<br />

Agentes oxidantes x redutores<br />

Potencialmente explosivos<br />

Incompatíveis com água<br />

Pirofóricos<br />

Inflamáveis<br />

Altamente tóxicos e carcinogênicos<br />

Observação: Os produtos químicos inertes po<strong>de</strong>m ser agrupados <strong>de</strong> modo a<br />

facilitar sua localização.<br />

d. Produtos químicos incompatíveis com água <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser armazenados <strong>em</strong> local distante<br />

<strong>de</strong> tubulações <strong>de</strong> água.<br />

4.5. Transporte <strong>de</strong> Produtos Químicos<br />

O transporte <strong>de</strong> produtos químicos entre laboratórios ou entre diferentes setores da<br />

Embrapa Gado <strong>de</strong> Corte <strong>de</strong>ve ser realizado <strong>de</strong> acordo com as seguintes consi<strong>de</strong>rações,<br />

visando proteger os <strong>em</strong>pregados ou colaboradores envolvidos e o meio ambiente, b<strong>em</strong> como<br />

minimizar riscos <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes:<br />

a. Os frascos <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser colocados <strong>em</strong> recipientes secundários, principalmente, quando<br />

este transporte é feito s<strong>em</strong> o auxílio <strong>de</strong> um carrinho. Este recipiente proporcionará a<br />

28


proteção do frasco e evitará espalhamento do produto químico caso o frasco seja<br />

danificado.<br />

b. Caso seja viável, é recomendado o uso <strong>de</strong> carrinho apropriado para o transporte <strong>de</strong><br />

produtos químicos.<br />

c. As FISPQs e os rótulos <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser lidos antes do transporte <strong>de</strong> qualquer produto<br />

químico.<br />

d. Para o transporte <strong>de</strong> cilindros <strong>de</strong> gases, a capa protetora da válvula <strong>de</strong>ve ser mantida e<br />

<strong>de</strong>ve ser utilizado um carrinho apropriado para este tipo <strong>de</strong> transporte.<br />

e. Em caso <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte durante o transporte <strong>de</strong> produtos químicos, proce<strong>de</strong>r conforme<br />

recomendado na FISPQ.<br />

4.6. Classificação <strong>de</strong> Produtos Químicos<br />

Os produtos químicos po<strong>de</strong>m ser classificados <strong>de</strong> acordo com os perigos à saú<strong>de</strong> e ao<br />

meio ambiente ou com os perigos físicos, conforme <strong>de</strong>finido pelo GHS e estabelecido <strong>em</strong><br />

normas brasileiras. Uma relação das principais classes <strong>de</strong> produtos químicos <strong>de</strong>finidas <strong>em</strong><br />

função dos perigos físicos, b<strong>em</strong> como as características, ex<strong>em</strong>plos, riscos à saú<strong>de</strong> e ações <strong>de</strong><br />

<strong>em</strong>ergência po<strong>de</strong> ser encontrada no Anexo 2: Classificação <strong>de</strong> Produtos Químicos.<br />

5. Gerenciamento <strong>de</strong> Resíduos<br />

Todos os resíduos gerados nos laboratórios da Embrapa Gado <strong>de</strong> Corte <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser<br />

segregados, tratados e/ou armazenados e <strong>de</strong>stinados para a disposição final conforme<br />

estabelecido no Plano <strong>de</strong> Gerenciamento e Resíduos Sólidos (PGRS) da Unida<strong>de</strong>. Neste<br />

plano estão relacionadas todas as legislações pertinentes, b<strong>em</strong> como a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> todas as<br />

etapas do processo <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> resíduos.<br />

6. Segurança Biológica<br />

Para orientações a respeito dos riscos biológicos nos laboratórios da Embrapa Gado <strong>de</strong><br />

Corte, consultar o <strong>Manual</strong> <strong>de</strong> Biossegurança da Unida<strong>de</strong>. Nele são apresentados os termos<br />

técnicos úteis ao entendimento das recomendações da Comissão Técnica Nacional <strong>de</strong><br />

Biossegurança (CTNBio); a classificação <strong>de</strong> agentes patogênicos e <strong>de</strong> OGMs com base <strong>em</strong><br />

seus riscos biológicos; os níveis <strong>de</strong> contenção <strong>em</strong> biossegurança; as normas e os<br />

procedimentos que <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser adotados <strong>em</strong> laboratórios, casas <strong>de</strong> vegetação e campo <strong>em</strong><br />

29


situações <strong>de</strong> manuseio <strong>de</strong> amostras biológicas, materiais perfuro cortantes, vidrarias, EPIs e<br />

EPCs, normas para transporte <strong>de</strong> OGMs; gerenciamento <strong>de</strong> resíduos químicos e biológicos<br />

relacionados ao escopo <strong>de</strong> biossegurança; orientações para <strong>de</strong>scarte <strong>de</strong> materiais biológicos e<br />

químicos; e, principais procedimentos <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergência <strong>em</strong> casos <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes.<br />

7. Procedimentos <strong>de</strong> Emergência<br />

7.1. Incêndios e Uso <strong>de</strong> Extintores<br />

Um incêndio é um processo no qual se <strong>de</strong>senrola uma reação <strong>de</strong> combustão, que, para<br />

iniciar e se propagar, precisa <strong>de</strong> três componentes: energia ou calor, combustível e<br />

comburente. O comburente natural do ambiente é o oxigênio do ar. Os combustíveis po<strong>de</strong>m<br />

ser materiais sólidos, tais como: tecidos, plásticos, ma<strong>de</strong>iras ou produtos químicos inflamáveis.<br />

Os aci<strong>de</strong>ntes mais comuns <strong>em</strong> laboratórios envolv<strong>em</strong> roupas e reagentes. Veja a seguir, os<br />

procedimentos mais utilizados para estes casos:<br />

a. Roupas <strong>em</strong> chama: evitar correr, ventilando as chamas. O método mais eficiente é<br />

tentar abafar as chamas, <strong>de</strong>itando no chão e envolvendo a pessoa com panos úmidos.<br />

b. Reagentes <strong>em</strong> chama: fechar o gás e os interruptores <strong>de</strong> todas as chapas quentes ao<br />

redor. R<strong>em</strong>over tudo que entrar <strong>em</strong> ignição.<br />

O controle do fogo vai <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r do tamanho e da espécie. Um fogo pequeno (<strong>de</strong> um<br />

líquido <strong>em</strong> um béquer, por ex<strong>em</strong>plo) po<strong>de</strong> ser extinto cobrindo a abertura do frasco com um<br />

pano limpo e úmido ou pelo uso do extintor <strong>de</strong> incêndio. O fogo geralmente se extingue na<br />

ausência do ar. Para fogo maior, po<strong>de</strong> ser <strong>em</strong>pregada areia seca, ou ainda utilizar extintor<br />

a<strong>de</strong>quado ao fogo.<br />

7.1.1. Classificação Internacional <strong>de</strong> Incêndio<br />

Depen<strong>de</strong>ndo do material e do combustível, os incêndios são classificados <strong>em</strong>:<br />

a. Classe A: materiais sólidos inflamáveis, tais como: ma<strong>de</strong>ira, papelão, chapas e tecidos;<br />

b. Classe B: líquidos inflamáveis, tais como: álcoois, cetonas e <strong>de</strong>rivados do petróleo;<br />

c. Classe C: <strong>em</strong> equipamentos elétricos energizados;<br />

d. Classe D: com materiais pirofóricos.<br />

30


Para prevenir ou extinguir um incêndio, <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os eliminar um dos três componentes. Os<br />

extintores baseiam-se neste princípio. Os extintores atuam por resfriamento (extintores <strong>de</strong><br />

água) ou eliminação do oxigênio <strong>de</strong> contato com o combustível, como os extintores <strong>de</strong> base <strong>de</strong><br />

CO2 ou espuma mecânica, que produz<strong>em</strong> um tipo <strong>de</strong> camada <strong>de</strong> proteção no local do<br />

incêndio, impedindo o contato com o oxigênio e extinguindo as chamas.<br />

7.1.2. Tipos <strong>de</strong> Extintores <strong>de</strong> Incêndio e Instruções Gerais <strong>de</strong> Uso<br />

a. Pó químico ou seco: Com carga à base <strong>de</strong> bicarbonato <strong>de</strong> sódio e monofosfato <strong>de</strong><br />

amônia. Indicados para incêndios classe B (inflamáveis) e C (equipamentos elétricos<br />

energizados).<br />

b. Espuma mecânica: Ag<strong>em</strong> formando uma película aquosa sobre a reignição. Indicados<br />

para incêndios classe B e classe A, NUNCA DEVEM SER UTILIZADOS EM<br />

INCÊNDIOS CLASSE C.<br />

c. Extintores <strong>de</strong> CO2: Atuam recobrindo o material <strong>em</strong> chamas com uma camada gasosa,<br />

isolando o oxigênio e extinguindo o incêndio por abafamento. São indicados para<br />

incêndios <strong>de</strong> classe A, B ou C.<br />

Em caso <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergência e na ausência <strong>de</strong> pessoas preparadas para a ação, como<br />

bombeiros e agentes <strong>de</strong> segurança do trabalho, veja como proce<strong>de</strong>r no uso do equipamento<br />

s<strong>em</strong> que haja riscos a sua integrida<strong>de</strong> física:<br />

a. Mantenha-se <strong>em</strong> posição segura, com o cuidado <strong>de</strong> ver se o fogo não irá se alastrar<br />

para sua rota <strong>de</strong> fuga<br />

b. Segure o extintor na posição vertical.<br />

c. Puxe a trava <strong>de</strong> segurança.<br />

d. Aperte o gatilho e movimente a mangueira <strong>de</strong> um lado para outro, <strong>em</strong> direção ao<br />

foco do incêndio, s<strong>em</strong>pre na base do fogo, nunca no topo das chamas.<br />

e. Deve-se tomar cuidado especial para o caso do incêndio ser causado por<br />

combustível líquido, pois, a forma do manuseio do extintor po<strong>de</strong> fazer o líquido se<br />

alastrar, aumentando as proporções do incêndio.<br />

7.2. Procedimentos <strong>de</strong> Evacuação<br />

7.2.1 Abandono <strong>de</strong> Área:<br />

31


a. Caso seja necessário abandonar a edificação, <strong>de</strong>ve ser acionado o alarme <strong>de</strong> incêndio<br />

para que se inicie o abandono da área.<br />

b. Os brigadistas se reunirão no ponto <strong>de</strong> encontro do pessoal <strong>de</strong>finido no mapa <strong>de</strong> rota<br />

<strong>de</strong> fuga.<br />

c. Antes do abandono <strong>de</strong>finitivo os brigadistas <strong>de</strong>v<strong>em</strong> verificar se não ficaram ocupantes<br />

retardatários e provi<strong>de</strong>nciar o fechamento <strong>de</strong> portas e janelas se possível.<br />

d. Cada pessoa portadora <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong>ve ser acompanhada por dois brigadistas ou<br />

voluntários, previamente <strong>de</strong>signados pelo Chefe da Brigada.<br />

e. A área sinistrada <strong>de</strong>ve ser isolada fisicamente, <strong>de</strong> modo a garantir os trabalhos <strong>de</strong><br />

<strong>em</strong>ergência e evitar que pessoas não autorizadas a<strong>de</strong>ntr<strong>em</strong> ao local.<br />

f. O incêndio <strong>de</strong>ve ser confinado <strong>de</strong> modo a evitar sua propagação e consequências.<br />

g. O combate ao incêndio será feito pelos Brigadistas que são treinados para este tipo <strong>de</strong><br />

<strong>em</strong>ergência. A Brigada <strong>de</strong>verá auxiliar o Corpo <strong>de</strong> Bombeiros quando estes chegar<strong>em</strong><br />

no local.<br />

h. Após o controle total da <strong>em</strong>ergência e a volta à normalida<strong>de</strong>, o Chefe da Brigada <strong>de</strong>ve<br />

iniciar o processo <strong>de</strong> investigação e elaborar um relatório, por escrito, sobre o sinistro e<br />

as ações <strong>de</strong> controle, para as <strong>de</strong>vidas providências.<br />

7.3. Emergências Médicas e Primeiros Socorros <strong>em</strong> Laboratório<br />

É muito importante que sejam conhecidos os procedimentos <strong>de</strong> segurança que <strong>de</strong>v<strong>em</strong><br />

ser usados quando ocorr<strong>em</strong> <strong>de</strong>terminados aci<strong>de</strong>ntes. Por esse motivo enumerar<strong>em</strong>os aqui os<br />

aci<strong>de</strong>ntes que po<strong>de</strong>m ocorrer com maior frequência <strong>em</strong> laboratórios e quais as providências<br />

que <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser tomadas imediatamente.<br />

É <strong>de</strong> vital importância conhecer a localização das pessoas e equipamentos necessários<br />

quando o aci<strong>de</strong>nte exigir assistência especializada. Números <strong>de</strong> telefones como os <strong>de</strong><br />

ambulância, bombeiros, posto médico, hospital e médico mais próximos, <strong>de</strong>v<strong>em</strong> estar visíveis<br />

e facilmente acessíveis ao responsável pelo laboratório e <strong>de</strong>scritos no mapa <strong>de</strong> rota <strong>de</strong> fuga.<br />

7.3.1. Queimaduras<br />

Pessoas com queimaduras profundas po<strong>de</strong>m correr sério risco <strong>de</strong> vida. Quanto maior a<br />

extensão, maiores os perigos para a vítima. Exist<strong>em</strong> diferentes graus <strong>de</strong> lesão. Leve <strong>em</strong> conta<br />

que uma pessoa po<strong>de</strong> apresentar, ao mesmo t<strong>em</strong>po, queimaduras <strong>de</strong> terceiro, segundo e<br />

primeiro graus - e cada tipo <strong>de</strong> lesão pe<strong>de</strong> um socorro específico.<br />

32


Não se <strong>de</strong>ve passar gelo, manteiga ou qualquer outro material, que não seja água fria<br />

no local, <strong>em</strong> qualquer caso. Também não se <strong>de</strong>ve estourar bolhas ou tentar retirar a roupa<br />

colada à pele queimada.<br />

a. Primeiro grau: As queimaduras <strong>de</strong>ste tipo ating<strong>em</strong> apenas a epi<strong>de</strong>rme, que é a<br />

camada mais superficial da pele. O local fica vermelho, um pouco inchado, e é possível<br />

que haja um pouco <strong>de</strong> dor. É consi<strong>de</strong>rada queimadura leve, e pe<strong>de</strong> socorro médico<br />

apenas quando atinge gran<strong>de</strong> extensão do corpo. Para queimaduras <strong>de</strong> primeiro grau:<br />

Use o chuveiro <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergência por 15 minutos aproximadamente. É preciso resfriar<br />

o local. Não use gelo.<br />

Depois <strong>de</strong> quinze minutos, quando a vítima estiver sentindo menos dor, seque o<br />

local, s<strong>em</strong> esfregar.<br />

Com o cuidado <strong>de</strong> não apertar o local, faça um curativo com uma compressa limpa.<br />

Em casos <strong>de</strong> queimadura <strong>de</strong> primeiro grau - e apenas nesse caso - é permitido e<br />

recomendável beber bastante água e tomar um r<strong>em</strong>édio que combata a dor.<br />

b. Segundo grau: Já não é superficial e tanto epi<strong>de</strong>rme quanto <strong>de</strong>rme são atingidas. O<br />

local fica vermelho, inchado e com bolhas. Há liberação <strong>de</strong> líquidos e a dor é intensa.<br />

Se for um ferimento pequeno, é consi<strong>de</strong>rada queimadura leve. Nos outros casos, já é<br />

<strong>de</strong> gravida<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rada. É grave quando a queimadura <strong>de</strong> segundo grau atinge parte<br />

do corpo como: rosto, pescoço, tórax, mãos, pés, virilha e articulações, ou uma área<br />

muito extensa do corpo. Para queimaduras <strong>de</strong> segundo grau:<br />

Use água, muita água, 15 minutos sob o chuveiro <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergência ou torneira<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da extensão da queimadura. É preciso resfriar muito b<strong>em</strong> o local. Não<br />

use gelo.<br />

Depois <strong>de</strong> 15 minutos, quando a vítima estiver sentindo menos dor, seque o local,<br />

s<strong>em</strong> esfregar.<br />

Com o cuidado <strong>de</strong> não apertar o local, faça um curativo com uma compressa limpa.<br />

Não ofereça medicamentos, alimentos ou água, pois a vítima po<strong>de</strong> precisar tomar<br />

anestesia e, para isso, estar <strong>em</strong> jejum.<br />

c. Terceiro grau: Qualquer caso <strong>de</strong> queimaduras <strong>de</strong> terceiro grau é grave: elas ating<strong>em</strong><br />

todas as camadas da pele, po<strong>de</strong>ndo chegar aos músculos e ossos. Como os nervos<br />

são <strong>de</strong>struídos, não há dor - mas a vítima po<strong>de</strong> reclamar <strong>de</strong> dor <strong>de</strong>vido a outras<br />

33


queimaduras, <strong>de</strong> primeiro e segundo grau, que tiver. A aparência <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong><br />

ferimento é escura (carbonizada) ou esbranquiçada. Para queimaduras <strong>de</strong> terceiro grau:<br />

Retire acessórios e roupas, porque a área afetada vai inchar. Atenção: se a roupa<br />

estiver colada à área queimada, não mexa!<br />

É preciso resfriar o local. Faça isso com compressas úmidas. Não use gelo.<br />

Nas queimaduras <strong>de</strong> terceiro grau pequenas (menos <strong>de</strong> cinco centímetros <strong>de</strong><br />

diâmetro), po<strong>de</strong>-se usar água corrente ou um recipiente com água fria.<br />

Cuidado com o jato <strong>de</strong> água - ele não <strong>de</strong>ve causar dor n<strong>em</strong> arrebentar as bolhas.<br />

A pessoa com queimadura <strong>de</strong> terceiro grau po<strong>de</strong> não reclamar <strong>de</strong> dor e jatos <strong>de</strong><br />

agua po<strong>de</strong>m causar dano s<strong>em</strong> provocar a dor, por ex<strong>em</strong>plo.<br />

Se a queimadura tiver atingido gran<strong>de</strong> parte do corpo, tenha o cuidado <strong>de</strong> manter a<br />

vítima aquecida.<br />

Com o cuidado <strong>de</strong> não apertar o local, faça um curativo com uma compressa limpa.<br />

Não ofereça medicamentos, alimentos ou água, pois a vítima po<strong>de</strong> precisar tomar<br />

anestesia e, para isso, estar <strong>em</strong> jejum.<br />

Não perca t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> r<strong>em</strong>over a vítima ao hospital. Ela po<strong>de</strong> estar tendo<br />

dificulda<strong>de</strong>s para respirar.<br />

7.3.2. Ferimentos com Materiais Perfuro-Cortantes<br />

Se a h<strong>em</strong>orragia <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> um ferimento qualquer é intensa, <strong>de</strong>ve ser interrompida<br />

imediatamente. O estancamento <strong>de</strong> h<strong>em</strong>orragia po<strong>de</strong> ser feito aplicando-se uma compressa<br />

ao ferimento com pressão direta. Não retire a compressa que encharcou <strong>de</strong> sangue e adicione<br />

mais compressas sobre elas. Se for possível, o local afetado <strong>de</strong>ve ser elevado até que se<br />

controle a h<strong>em</strong>orragia.<br />

Tratando-se <strong>de</strong> corte leve, a h<strong>em</strong>orragia não é gran<strong>de</strong>. Nestes casos, se possível, <strong>de</strong>vese<br />

r<strong>em</strong>over todo material estranho que se encontre no ferimento, lavando-se cuidadosamente<br />

a região com sabão e água corrente e limpa. A seguir, <strong>de</strong>ve ser aplicado antisséptico <strong>em</strong> todas<br />

as partes do ferimento até aproximadamente 2 cm da pele ao redor do corte. Não se <strong>de</strong>ve<br />

r<strong>em</strong>over materiais estranhos que estejam muito profundos nos ferimentos. Em todos os tipos<br />

<strong>de</strong> ferimentos, as bandagens <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser firmes, nunca apertadas.<br />

Em casos <strong>de</strong> ferimentos por perfuração a vítima <strong>de</strong>ve ser enviada a um hospital, pois há<br />

perigo da existência <strong>de</strong> materiais estranhos no corte e a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se alcançar o<br />

fundo do ferimento com antissépticos.<br />

34


7.3.3. Intoxicações por Gases ou Vapores<br />

a. O socorrista <strong>de</strong>ve tomar todas as precauções, como o uso dos <strong>de</strong>vidos equipamentos<br />

<strong>de</strong> proteção individual, para entrar na área do aci<strong>de</strong>nte.<br />

b. R<strong>em</strong>over o aci<strong>de</strong>ntado do local do aci<strong>de</strong>nte para local arejado e afrouxar as vestes,<br />

principalmente próximas ao pescoço.<br />

c. Manter o aci<strong>de</strong>ntado <strong>de</strong>itado e mo<strong>de</strong>radamente aquecido.<br />

d. Não faça respiração artificial caso se trate <strong>de</strong> sustâncias do tipo gás cloro, SO2, inalado<br />

para os pulmões.<br />

e. Aplicar ressuscitação cardiorrespiratória, se necessário.<br />

f. Solicitar assistência médica urgente.<br />

7.3.4. Ingestão <strong>de</strong> Agentes Químicos<br />

a. I<strong>de</strong>ntificar o produto ingerido e imediatamente consultar a FISPQ sobre as medidas <strong>de</strong><br />

primeiros socorros a ser<strong>em</strong> adotadas.<br />

b. Provi<strong>de</strong>nciar assistência médica imediata, levando junto o recipiente original do produto<br />

e a FISPQ.<br />

7.3.5. Choques Elétricos<br />

A vítima que sofreu um aci<strong>de</strong>nte por choque elétrico não <strong>de</strong>ve ser tocada até que esteja<br />

separada da corrente elétrica. Esta separação <strong>de</strong>ve ser feita <strong>em</strong>pregando-se luva <strong>de</strong> borracha<br />

especial. A seguir <strong>de</strong>ve ser iniciada imediatamente a respiração artificial, se necessário. A<br />

vítima <strong>de</strong>ve ser conservada aquecida com cobertores ou bolsas <strong>de</strong> água quente.<br />

7.3.6. Estado <strong>de</strong> Choque<br />

O estado <strong>de</strong> choque po<strong>de</strong> ocorrer <strong>em</strong> todos os casos <strong>de</strong> lesões graves ou h<strong>em</strong>orragias.<br />

Exist<strong>em</strong> outras situações que po<strong>de</strong>m causar estado <strong>de</strong> choque, como queimaduras e<br />

ferimentos graves ou extensos, esmagamentos, perda <strong>de</strong> sangue, aci<strong>de</strong>ntes por choque<br />

elétrico, envenenamento por produtos químicos, ataque cardíaco, exposição a extr<strong>em</strong>os <strong>de</strong><br />

calor ou frio, dor aguda, infecções, intoxicações alimentares e fraturas. A gravida<strong>de</strong> do choque<br />

varia <strong>de</strong> indivíduo para indivíduo, po<strong>de</strong>ndo às vezes provocar a morte.<br />

35


Alguns sintomas facilmente reconhecíveis caracterizam b<strong>em</strong> o estado <strong>de</strong> choque como<br />

pali<strong>de</strong>z com expressão <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong>; pele fria e molhada; sudação na fronte e nas palmas<br />

das mãos; náusea e vômitos; respiração ofegante, curta rápida e irregular; frio com tr<strong>em</strong>ores;<br />

pulso fraco e rápido; visão nublada e perda total ou parcial <strong>de</strong> consciência. Diante <strong>de</strong>sse<br />

quadro, enquanto se espera a chegada do recurso médico ou se provi<strong>de</strong>ncia o transporte, a<br />

vítima, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> rapidamente inspecionada, <strong>de</strong>ve ser colocada <strong>em</strong> posição inclinada, com a<br />

cabeça abaixo do nível do corpo. A causa do estado <strong>de</strong> choque <strong>de</strong>ve ser combatida, evitada<br />

ou contornada, se possível. No caso <strong>de</strong> ter sido provocada por h<strong>em</strong>orragia, controle-a<br />

imediatamente.<br />

A roupa do aci<strong>de</strong>ntado <strong>de</strong>ve ser afrouxada no pescoço, no peito e na cintura e retirada<br />

da boca <strong>de</strong>ntaduras, gomas <strong>de</strong> mascar, etc. O aparelho respiratório superior da vítima <strong>de</strong>ve<br />

ser conservado totalmente <strong>de</strong>simpedido. Caso a vítima vomite, sua cabeça <strong>de</strong>ve ser virada<br />

para o lado. As pernas do aci<strong>de</strong>ntado <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser elevadas, caso não haja fratura. Mantenha-o<br />

agasalhado, utilizando cobertores e mantas. Se não houver h<strong>em</strong>orragia, as pernas e os braços<br />

<strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser friccionados para restauração da circulação.<br />

7.3.7 Respiração Ausente<br />

Ao socorrer um aci<strong>de</strong>ntado cuja respiração esteja ausente, irregular ou com muito<br />

esforço, será necessário à respiração artificial, mas somente quando houver material<br />

apropriado. O objetivo da respiração artificial é <strong>de</strong>sobstruir e manter livres as vias respiratórias,<br />

provocando o aumento e a diminuição do volume torácico. Deve-se puxar o maxilar inferior<br />

para frente e inclinar a cabeça para trás. Fechar as narinas da vítima. Soprar ar para o interior<br />

dos pulmões pela boca da vítima. Afastar a boca e <strong>de</strong>ixar a vítima respirar o ar. Repetir a<br />

operação <strong>de</strong> 15 a 20 vezes por minuto.<br />

7.4. Derramamento <strong>de</strong> Produtos Químicos<br />

Em caso <strong>de</strong> <strong>de</strong>rramamento <strong>de</strong> produtos químicos medidas apropriadas e rápidas <strong>de</strong>v<strong>em</strong><br />

ser tomadas. O tipo <strong>de</strong> procedimento que <strong>de</strong>ve ser adotado <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

produto <strong>de</strong>rramado e dos riscos associados a esse produto. De imediato todos os ocupantes<br />

do laboratório <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser informados. Depen<strong>de</strong>ndo da quantida<strong>de</strong> e dos riscos envolvidos do<br />

produto <strong>de</strong>rramado po<strong>de</strong> ser necessário a evacuação do local. Derramamentos <strong>de</strong> pequenas<br />

quantida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>m ser limpos por <strong>em</strong>pregados e colaboradores <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que sejam conhecidos<br />

os procedimentos técnicos para tal e que estejam disponíveis todos os EPIs e outros materiais<br />

36


necessários para execução correta dos procedimentos. Em caso <strong>de</strong> dúvida <strong>em</strong> relação ao<br />

procedimento <strong>de</strong>ve se buscar ajuda com o coor<strong>de</strong>nador do laboratório e área <strong>de</strong> segurança da<br />

Unida<strong>de</strong>.<br />

7.5. Derramamento <strong>de</strong> Produtos com OGM<br />

Se o <strong>de</strong>rramamento envolver Organismos Geneticamente Modificados (OGM) o<br />

processo <strong>de</strong> limpeza/contenção <strong>de</strong>ve ser realizado conforme procedimento técnico compatível<br />

e a Comissão Interna <strong>de</strong> Biossegurança (CIBio) <strong>de</strong>ve ser informada imediatamente, assim<br />

b<strong>em</strong> como o técnico principal responsável. As informações para contato estão disponíveis nas<br />

portas dos laboratórios que possu<strong>em</strong> o Certificado <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>em</strong> Biossegurança (CQB)<br />

para ativida<strong>de</strong>s com OGM. Para maiores informações, consultar o <strong>Manual</strong> <strong>de</strong> Biossegurança<br />

da Embrapa Gado <strong>de</strong> Corte.<br />

7.6. Exposição dos Olhos<br />

Tratamento imediato <strong>de</strong> queimaduras químicas consiste <strong>em</strong> irrigação abundante dos<br />

olhos, usando a fonte <strong>de</strong> água que estiver mais imediatamente disponível (lava-olhos,<br />

chuveiro, torneira, bebedouro, mangueira ou banheira). Quanto maior o intervalo <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po<br />

entre o aci<strong>de</strong>nte e a irrigação com água, pior o prognóstico. A vítima não <strong>de</strong>ve esperar por<br />

soro fisiológico estéril ou soluções neutralizantes.<br />

As pálpebras <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser afastadas, irrigando-se o(s) globo(s) ocular(es) continuamente<br />

com água. A lavag<strong>em</strong> inicial no local do aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>ve continuar por vários minutos, <strong>de</strong><br />

maneira a proporcionar uma irrigação abundante <strong>de</strong> ambos os olhos.<br />

O paciente ten<strong>de</strong> a fechar os olhos e isto po<strong>de</strong> dificultar a lavag<strong>em</strong>. O uso <strong>de</strong> um pano<br />

ajudará o irrigador a manter abertas as pálpebras da vítima, as quais muitas vezes se<br />

apresentam espásticas e escorregadiças. Após a lavag<strong>em</strong> inicial, o paciente <strong>de</strong>ve ser levado<br />

imediatamente para um pronto-socorro. Deve-se telefonar antes para o local, <strong>de</strong> forma que o<br />

tratamento esteja prontamente disponível para o paciente no momento <strong>em</strong> que chegar. No<br />

pronto-socorro, geralmente a lavag<strong>em</strong> dos olhos é mantida com, pelo menos, 2.000 mL <strong>de</strong><br />

solução fisiológica durante um período mínimo <strong>de</strong> 1 hora.<br />

37


8. Referências Bibliográficas:<br />

ABIQUIM - Associação Brasileira da Indústria Química. O QUE É O GHS ? Sist<strong>em</strong>a<br />

Harmonizado Globalmente para a Classificação e Rotulag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Produtos Químicos.<br />

Adaptação <strong>de</strong>: U.S. Department of Labor, Dictorate of Standards and Guidance, Ocupational<br />

ABIQUIM/DETEC, 2005.<br />

AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES. Resolução 3.762 <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> janeiro<br />

<strong>de</strong> 2012, Altera e revoga dispositivos da Resolução ANTT nº 3.665, <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2011,<br />

que “Atualiza o Regulamento para o Transporte Rodoviário <strong>de</strong> Produtos Perigosos”.<br />

Disponível <strong>em</strong>: http://www.anamt.org.br/site/upload_arquivos/legislacao_-<br />

_cogidos_241201492447055475.pdf. Acesso <strong>em</strong>: 4 nov. 2015<br />

AMERICAN CHEMICAL SOCIETY, Safety in Aca<strong>de</strong>mic Ch<strong>em</strong>istry Labortories, volume 2,<br />

Washington DC, 2003.<br />

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 14725-2: Produtos<br />

químicos - Informações sobre segurança, saú<strong>de</strong> e meio ambiente. Parte 2: Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong><br />

classificação <strong>de</strong> perigo. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 2014.<br />

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 14725-3: Produtos<br />

químicos - Informações sobre segurança, saú<strong>de</strong> e meio ambiente. Parte 3: Rotulag<strong>em</strong>.<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, 2014.<br />

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 14725-4: Produtos<br />

químicos - Informações sobre segurança, saú<strong>de</strong> e meio ambiente. Parte 4: Ficha <strong>de</strong><br />

Informações <strong>de</strong> Segurança <strong>de</strong> Produtos Químicos (FISPQ). Rio <strong>de</strong> Janeiro, 2014.<br />

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 7500: I<strong>de</strong>ntificação para<br />

o transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento <strong>de</strong> produtos. Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro, 2013.<br />

BRASIL, Decreto n° 3.665, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> nov<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2000. Dá nova redação ao Regulamento<br />

para a Fiscalização <strong>de</strong> Produtos Controlados R-105. Disponível <strong>em</strong>:<br />

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/<strong>de</strong>creto/d3665.htm. Acesso <strong>em</strong>: 11 nov. 2015.<br />

38


BRASIL, Ministério do Trabalho e Emprego. NR-8 – Norma Regulamentadora 8 –<br />

Edificações. Disponível <strong>em</strong>: http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr8.htm. Acesso<br />

<strong>em</strong>: 11 nov. 2015.<br />

BURTON A. & PITT, R., Stormwater Effects Handbook: A Toolbox for Watershed<br />

Managers, Scientists, and Engineers., Appendix E - Laboratory Safety, Waste Disposal,<br />

and Ch<strong>em</strong>ical Analyses Methods, CRC Press 2001.<br />

CORNELL UNIVERSITY, Laboratory Safety <strong>Manual</strong> and Ch<strong>em</strong>ical Hygiene Plan.<br />

Disponível <strong>em</strong>: .https://sp.ehs.cornell.edu/lab-research-safety/laboratory-safetymanual/Pages/<strong>de</strong>fault.aspx.<br />

Acesso <strong>em</strong> 6 <strong>de</strong>z. 2015.<br />

COSTALONGA G. C. FINAZZI, G. A., GONÇALVES, M. A. Norma <strong>de</strong> Armazenamento <strong>de</strong><br />

Produtos Químicos, Unesp, Araraquara, 2010.<br />

EGITO, A.A., SIQUEIRA, F., ROSINHA, G.M.S. <strong>Manual</strong> <strong>de</strong> Biossegurança da Embrapa<br />

Gado <strong>de</strong> Corte. Campo Gran<strong>de</strong>/MS: Embrapa Gado <strong>de</strong> Corte, 2015.<br />

GONÇALVES, S., Minicurso sobre Gestão <strong>de</strong> Produtos Químicos, Conselho Regional <strong>de</strong><br />

Química - IV região (SP), 2012.<br />

TNO – The Netherlands Organization of Applied Scientific Research. Gui<strong>de</strong>lines for<br />

Quantitative Risk Assessment – Gui<strong>de</strong>lines for Quantitative Risk Assessment “Purple Book”.<br />

2013.<br />

39


Anexo 1:<br />

Enten<strong>de</strong>ndo a Ficha <strong>de</strong> Informações <strong>de</strong> Segurança <strong>de</strong> Produtos Químicos<br />

A FISPQ fornece informações sobre vários aspectos relacionados aos produtos químicos<br />

quanto à proteção, à segurança, à saú<strong>de</strong> e ao meio ambiente. É necessário que seja <strong>de</strong><br />

conhecimento <strong>de</strong> todos, quais são as seções que compõ<strong>em</strong> a FISPQ e quais informações<br />

po<strong>de</strong>m ser extraídas <strong>de</strong>ste documento, uma vez que, todos os <strong>em</strong>pregados e colaboradores<br />

<strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser capazes <strong>de</strong> interpretar a FISPQ visando à aplicação <strong>de</strong> suas informações na<br />

prática. A seguir encontra-se uma <strong>de</strong>scrição sucinta das seções que compõ<strong>em</strong> a FISPQ.<br />

Seção 1 – I<strong>de</strong>ntificação do produto e da <strong>em</strong>presa<br />

a. Esta seção informa o nome do comercial do produto químico conforme utilizado no<br />

rótulo, o código interno <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação do produto utilizado pela <strong>em</strong>presa (quando<br />

existente), b<strong>em</strong> como as informações sobre a <strong>em</strong>presa (nome, en<strong>de</strong>reço, número <strong>de</strong><br />

telefone <strong>de</strong> contato <strong>de</strong> uma <strong>de</strong> suas unida<strong>de</strong>s e o telefone <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergência).<br />

Seção 2 – I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> perigos<br />

a. Esta seção apresenta os principais sintomas <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> intoxicação, efeitos<br />

adversos do produto à saú<strong>de</strong> humana, ao meio ambiente, perigos físicos e químicos<br />

mais importantes e, quando apropriado, perigos específicos.<br />

b. De acordo com a classificação do produto químico, são fornecidos el<strong>em</strong>entos<br />

apropriados da rotulag<strong>em</strong> como o nome do símbolo, palavra(s) <strong>de</strong> advertência, frases<br />

<strong>de</strong> perigo e frases <strong>de</strong> precaução.<br />

c. Nesta seção também po<strong>de</strong>m ser fornecidas informações sobre <strong>em</strong>ergências.<br />

Seção 3 – Composição e informações sobre os ingredientes<br />

a. Esta seção informa se o produto químico é uma substância ou uma mistura.<br />

b. No caso <strong>de</strong> uma substância, as seguintes informações são apresentadas: nome químico<br />

ou comum, no mínimo um sinônimo, se houver, e o número <strong>de</strong> registro no Ch<strong>em</strong>ical<br />

Abstract Service (CAS). Impurezas que contribuam para o perigo também são<br />

indicadas, acompanhadas do número <strong>de</strong> registro CAS.<br />

40


c. No caso <strong>de</strong> uma mistura, a natureza química do produto é informada, assim como,<br />

ingredientes ou impurezas que contribuam para o perigo da mistura, incluindo seu nome<br />

químico ou comum, o número <strong>de</strong> registro CAS e sua concentração ou faixa <strong>de</strong><br />

concentração.<br />

Seção 4 – Medidas <strong>de</strong> primeiros-socorros<br />

a. Nesta seção são informadas as medidas <strong>de</strong> primeiros-socorros a ser<strong>em</strong> tomadas e<br />

indicadas quais as ações <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser evitadas.<br />

Seção 5 – Medidas <strong>de</strong> combate a incêndio<br />

a. Esta seção informa quais são os meios <strong>de</strong> extinção apropriados e os não<br />

recomendados, os perigos específicos referentes às medidas e métodos especiais <strong>de</strong><br />

combate a incêndio e equipamentos para proteção das pessoas envolvidas no combate<br />

a incêndio.<br />

Seção 6 – Medidas <strong>de</strong> controle para <strong>de</strong>rramamento ou vazamento<br />

Nesta seção po<strong>de</strong>m ser obtidas informações sobre:<br />

a. Instruções específicas <strong>de</strong> precauções pessoais <strong>em</strong> caso <strong>de</strong> <strong>de</strong>rramamento ou<br />

vazamento como, por ex<strong>em</strong>plo, r<strong>em</strong>oção <strong>de</strong> fontes <strong>de</strong> ignição, controle <strong>de</strong> poeira,<br />

prevenção da inalação e do contato com a pele, mucosas e olhos.<br />

b. Procedimentos a ser<strong>em</strong> adotados quanto a precauções ao meio ambiente impedindo<br />

que sejam atingidos esgotos, solo e cursos d´agua.<br />

c. Procedimentos <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergência e sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> alarme como, por ex<strong>em</strong>plo, necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> abandono da área.<br />

d. Métodos para limpeza.<br />

Seção 7 – Manuseio e armazenamento<br />

As orientações sobre manuseio e armazenamento do produto químico po<strong>de</strong>m ser<br />

obtidas nesta seção, conforme segue:<br />

41


a. Manuseio: <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> métodos apropriados <strong>de</strong> manuseio, precauções e advertências<br />

gerais.<br />

b. Armazenamento: <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> condições a<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong> armazenamento <strong>de</strong> acordo<br />

com as proprieda<strong>de</strong>s físicas e químicas.<br />

Seção 8 – Controle <strong>de</strong> exposição e proteção individual<br />

Nesta seção po<strong>de</strong>m ser obtidas informações sobre:<br />

a. Parâmetros <strong>de</strong> controle específicos para os produtos químicos como, por ex<strong>em</strong>plo,<br />

limites <strong>de</strong> tolerância, indicadores biológicos <strong>de</strong> exposição, etc.<br />

b. Medidas <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> engenharia necessárias para eliminação ou minimização do<br />

risco.<br />

c. Indicação dos EPIs necessários para minimizar o potencial <strong>de</strong> danos à saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vido à<br />

exposição ao produto químico.<br />

Seção 9 – Proprieda<strong>de</strong>s físicas e químicas<br />

Nesta seção são obtidas informações sobre as proprieda<strong>de</strong>s do produto químico como,<br />

por ex<strong>em</strong>plo, aspecto (estado físico, forma, cor), odor, pH, ponto <strong>de</strong> fusão/ponto <strong>de</strong><br />

congelamento, inflamabilida<strong>de</strong>, etc.<br />

Seção 10 – Estabilida<strong>de</strong> e reativida<strong>de</strong><br />

Esta seção <strong>de</strong>screve informações sobre a estabilida<strong>de</strong> química, reativida<strong>de</strong>,<br />

possibilida<strong>de</strong> da ocorrência <strong>de</strong> reações perigosas, condições a ser<strong>em</strong> evitadas, materiais<br />

incompatíveis e produtos perigosos da <strong>de</strong>composição.<br />

Seção 11 – Informações toxicológicas<br />

Essa seção é utilizada principalmente por profissionais médicos, toxicologistas e<br />

profissionais da área <strong>de</strong> segurança do trabalho e compreen<strong>de</strong> uma <strong>de</strong>scrição dos vários<br />

efeitos toxicológicos, b<strong>em</strong> como os dados disponíveis para i<strong>de</strong>ntificar esses efeitos.<br />

Seção 12 – Informações ecotoxicológicas<br />

42


Esta seção fornece informações utilizadas para avaliar o impacto ambiental quando o<br />

produto químico é liberado ao meio ambiente. Tais informações po<strong>de</strong>m auxiliar <strong>em</strong> casos <strong>de</strong><br />

vazamentos/<strong>de</strong>rramamentos, b<strong>em</strong> como nas práticas <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> resíduos.<br />

Seção 13 – Consi<strong>de</strong>rações sobre tratamento e disposição<br />

Nesta seção são obtidas informações sobre os métodos recomendados para tratamento e<br />

disposição segura e ambientalmente aprovados como, por ex<strong>em</strong>plo, co-processamento,<br />

incineração etc.<br />

Seção 14 - Informações sobre transporte<br />

Esta seção contém informações sobre códigos e classificações para transporte, <strong>de</strong><br />

acordo com regulamentações nacionais e internacionais, b<strong>em</strong> como medidas e condições<br />

específicas <strong>de</strong> precaução para o transporte.<br />

Seção 15 – Regulamentações<br />

Esta seção apresenta informações sobre as regulamentações especificamente<br />

aplicáveis ao produto químico.<br />

Seção 16 – Outras informações<br />

Nesta seção são fornecidas outras informações que po<strong>de</strong>m ser importantes do ponto <strong>de</strong><br />

vista da segurança, saú<strong>de</strong> e meio ambiente, mas não especificamente pertinente às seções<br />

anteriores.<br />

43


Anexo 2:<br />

Classificação <strong>de</strong> Produtos Químicos<br />

Explosivos<br />

São substâncias ou misturas que, quando excitadas por algum agente externo, são<br />

capazes <strong>de</strong> <strong>de</strong>compor-se quimicamente, gerando consi<strong>de</strong>rável volume <strong>de</strong> gases à altas<br />

t<strong>em</strong>peraturas. A <strong>de</strong>composição do explosivo po<strong>de</strong> ocorrer sob a forma <strong>de</strong> combustão,<br />

<strong>de</strong>flagração ou <strong>de</strong>notação. Ex<strong>em</strong>plos: nitroglicerina, nitrocelulose, nitratos inorgânicos<br />

(isolados não são explosivos, porém, tornam-se explosivos quando misturados com outras<br />

substâncias), etc.<br />

Gases inflamáveis<br />

Gases são substâncias que se expan<strong>de</strong>m espontaneamente, para preencher<br />

completamente o espaço <strong>de</strong> maneira uniforme. Três variáveis são especialmente usadas para<br />

<strong>de</strong>screver o comportamento dos gases: volume, pressão e t<strong>em</strong>peratura. Os gases inflamáveis<br />

são aqueles que, <strong>em</strong> uma <strong>de</strong>terminada proporção com o ar ou oxigênio a 20 °C (101,3 kPa),<br />

na presença <strong>de</strong> uma fonte <strong>de</strong> ignição, resultam na combustão. Ex<strong>em</strong>plos: hidrogênio,<br />

acetileno, metano, propano, etc.<br />

Aerossóis inflamáveis<br />

Aerossol é qualquer gás comprimido, liquefeito ou dissolvido sob pressão <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um<br />

recipiente não recarregável feito <strong>de</strong> metal, vidro ou plástico, com ou s<strong>em</strong> um líquido, pasta ou<br />

pó. O recipiente contém um dispositivo <strong>de</strong> liberação para permitir que o seu conteúdo seja<br />

ejetado como partículas idas ou líquidas <strong>em</strong> suspensão <strong>em</strong> um gás. São consi<strong>de</strong>rados<br />

inflamáveis <strong>de</strong> possuír<strong>em</strong> qualquer componente (sólido, líquido ou gás) classificado como<br />

inflamável.<br />

Gases oxidantes<br />

São gases que, geralmente através do fornecimento <strong>de</strong> oxigênio, contribu<strong>em</strong> mais do<br />

que ar para a combustão <strong>de</strong> outro material. Ex<strong>em</strong>plos: oxigênio, cloro, óxido nítrico, etc.<br />

44


Gases sob pressão<br />

São gases contidos <strong>em</strong> um recipiente sob uma pressão <strong>de</strong>, no mínino, 280 Pa a 20 °C<br />

ou como um líquido refrigerado. Esta classe po<strong>de</strong> ser dividida <strong>em</strong> quatro grupos: comprimidos,<br />

liquefeitos, liquefeitos refrigerados e dissolvidos. Liberações súbitas <strong>de</strong> pressão ou<br />

congelamento (no caso dos liquefeitos) po<strong>de</strong>m ocasionar danos sérios às pessoas,<br />

proprieda<strong>de</strong>s ou ao meio ambiente, além <strong>de</strong> outros perigos que os gases po<strong>de</strong>m representar.<br />

Ex<strong>em</strong>plos: argônio, nitrogênio, etc.<br />

Líquidos inflamáveis<br />

São líquidos ou misturas <strong>de</strong> líquidos que produz<strong>em</strong> vapores inflamáveis a uma<br />

t<strong>em</strong>peratura <strong>de</strong> até 93 °C. Os líquidos inflamáveis na presença <strong>de</strong> calor, fagulhas ou chamas<br />

entram <strong>em</strong> ignição. Ex<strong>em</strong>plos: acetona, álcool etílico, álcool metílico, etc.<br />

Sólidos inflamáveis<br />

São substâncias pastosas, granulares ou <strong>em</strong> pó que po<strong>de</strong>m causar ou contribuir para o<br />

fogo por meio <strong>de</strong> fonte <strong>de</strong> energia como, por ex<strong>em</strong>plo, fricção ou calor. Ex<strong>em</strong>plos: carbureto<br />

<strong>de</strong> cálcio, hidreto <strong>de</strong> sódio, etc.<br />

Substâncias e misturas autorreativas<br />

São líquidos ou sólidos termicamente instáveis, propensos a sofrer uma <strong>de</strong>composição<br />

fort<strong>em</strong>ente exotérmica, mesmo s<strong>em</strong> a participação <strong>de</strong> oxigênio.<br />

Líquidos e sólidos pirofóricos<br />

São substâncias que, mesmo <strong>em</strong> pequenas quantida<strong>de</strong>s, t<strong>em</strong> propensão à ignição, <strong>em</strong><br />

até cinco minutos, após entrar <strong>em</strong> contato com o ar. Ex<strong>em</strong>plos: magnésio, zircônio, etc.<br />

Substâncias e misturas autoaquecíveis<br />

São sólidos ou líquidos não pirofóricos que por reação com o ar e s<strong>em</strong> suprimento <strong>de</strong><br />

energia estão propensos a sofrer autoaquecimento. Substâncias autoaquecidas difer<strong>em</strong> <strong>de</strong><br />

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substâncias pirofóricas por sofrer<strong>em</strong> ignição apenas <strong>em</strong> gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s (quilogramas) e<br />

após longos períodos (horas ou dias).<br />

Substâncias e misturas que, <strong>em</strong> contato com a água, <strong>de</strong>spren<strong>de</strong>m vapores inflamáveis<br />

São sólidos ou líquidos que <strong>em</strong> contato com a água são propensos a tornar-se<br />

espontaneamente inflamáveis ou gerar gases inflamáveis <strong>em</strong> quantida<strong>de</strong>s perigosas.<br />

Sólidos e Líquidos oxidantes<br />

São substâncias que po<strong>de</strong>m, geralmente fornecendo oxigênio, causar ou contribuir para<br />

a combustão/oxidação <strong>de</strong> outro material. Ex<strong>em</strong>plos: permanganato <strong>de</strong> potássio, peróxido <strong>de</strong><br />

hidrogênio, etc.<br />

Peróxidos orgânicos<br />

São líquidos ou sólidos orgânicos que contém a estrutura -O-O-, po<strong>de</strong>ndo ser<br />

consi<strong>de</strong>rados como <strong>de</strong>rivados do peróxido <strong>de</strong> hidrogênio, <strong>em</strong> que um ou ambos os átomos <strong>de</strong><br />

hidrogênio foram substituídos por radicais orgânicos. Características <strong>de</strong>stas substâncias: 1)<br />

são termicamente instáveis po<strong>de</strong>ndo sofrer <strong>de</strong>composição exotérmica, 2) po<strong>de</strong>m queimar<br />

rapidamente, 3) são sensíveis ao impacto ou fricção e 4) reag<strong>em</strong> perigosamente com outras<br />

substâncias. Ex<strong>em</strong>plos: Peróxido <strong>de</strong> acetilacetona, peróxido <strong>de</strong> butil-cumila, etc.<br />

Substâncias e misturas corrosivas para os metais<br />

São substâncias ou misturas que, por ação química, causam danos materiais ou<br />

<strong>de</strong>stro<strong>em</strong> metais. Estas substâncias <strong>de</strong>v<strong>em</strong> apresentar taxa <strong>de</strong> corrosão <strong>em</strong> superfícies <strong>de</strong> aço<br />

ou alumínio superior a 6,25 mm/ano, a uma t<strong>em</strong>peratura <strong>de</strong> ensaio <strong>de</strong> 55 °C.<br />

Substâncias radioativas<br />

Estas substâncias não estão cont<strong>em</strong>pladas pelos GHS, no entanto, serão brev<strong>em</strong>ente<br />

<strong>de</strong>scritas neste manual <strong>de</strong>vido ao seu elevado potencial <strong>de</strong> danos que po<strong>de</strong>m causar à saú<strong>de</strong><br />

do trabalhador e ao meio ambiente. A norma ABNT NBR 7500:2013 <strong>de</strong>screve a simbologia<br />

a<strong>de</strong>quada para transporte, manuseio e armazenamento <strong>de</strong>ste grupo <strong>de</strong> substância.<br />

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Substâncias radioativas são aquelas que sofr<strong>em</strong> processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>caimento radioativo,<br />

<strong>em</strong>itindo radiação ionizante. Os efeitos <strong>de</strong>sta radiação são enormes, po<strong>de</strong>ndo resultar <strong>em</strong><br />

probl<strong>em</strong>as no pulmão, afetar células da pele, causar danos <strong>em</strong> células germinativas, <strong>de</strong>ntre<br />

outros efeitos. As normas relacionadas com transporte, requisitos <strong>de</strong> radioproteção e<br />

segurança para substâncias radioativas são estabelecidas pelo Conselho Nacional <strong>de</strong> Energia<br />

Nuclear (CNEM).<br />

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Anexo 3:<br />

Telefones <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergência para caso <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes <strong>em</strong> laboratório<br />

CIVITOX - Centro Integrado <strong>de</strong> Vigilância 150 ou 0800 722 6001 ou (67) 3386 8655<br />

Toxicológica<br />

SAMU 192<br />

Corpo <strong>de</strong> Bombeiros 193<br />

Setor <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Pessoas (SGP)/Enfermaria Ramais 2033 ou 2047 ou 2147<br />

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