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poder<br />
Goiânia, 13 de Novembro de 2016<br />
DIÁRIO DO ESTADO<br />
Michel Temer é convocado<br />
a depor a respeito de Cunha<br />
Redação<br />
O<br />
presidente da República,<br />
Michel Temer,<br />
informou ao juiz federal<br />
Sérgio Moro, responsável<br />
pelas ações da Lava<br />
Jato na primeira instância,<br />
que vai prestar depoimento<br />
por escrito na ação penal a<br />
que o ex-deputado Eduardo<br />
Cunha (PMDB-RJ) responde<br />
na Operação Lava Jato.<br />
Temer e mais 14 pessoas,<br />
entre elas o ex-presidente<br />
Luiz Inácio Lula da Silva,<br />
foram arroladas como testemunhas<br />
de defesa de Cunha.<br />
No começo da semana,<br />
ao acatar o pedido de oitivas<br />
das testemunhas, Moro disse<br />
que Temer poderia optar<br />
por ser ouvido em audiência<br />
ou responder às questões<br />
do tribunal por escrito,<br />
conforme prevê o Código de<br />
Processo Penal (CPP). De<br />
acordo com o Artigo 221 do<br />
código, o presidente da República,<br />
ministros e outras<br />
autoridades podem marcar<br />
previamente local da audiência<br />
ou responder aos questionamentos<br />
por escrito.<br />
Prisão<br />
Cunha está preso na Superintendência<br />
da Polícia Federal<br />
em Curitiba desde o dia 19<br />
de outubro. Segundo a força-<br />
-tarefa do Ministério Público<br />
Federal, “há evidências” de<br />
que existem contas pertencentes<br />
ao ex-parlamentar no exterior<br />
que ainda não foram identificadas,<br />
fato que, segundo os<br />
procuradores, coloca em risco<br />
as investigações. Além disso,<br />
os procuradores ressaltaram<br />
que Cunha tem dupla nacionalidade<br />
(brasileira e italiana)<br />
e poderia fugir do país.<br />
A prisão foi decretada na<br />
ação penal em que o deputado<br />
cassado é acusado de<br />
receber R$ 5 milhões, que foram<br />
depositados em contas<br />
não declaradas na Suíça. O<br />
valor seria oriundo de vantagens<br />
indevidas, obtidas<br />
com a compra de um campo<br />
de petróleo pela Petrobras<br />
em Benin, na África.<br />
O processo foi aberto pelo<br />
Supremo Tribunal Federal,<br />
mas, após a cassação do mandato<br />
de Cunha, a ação foi enviada<br />
para o juiz Sérgio Moro<br />
porque o ex-parlamentar perdeu<br />
o foro privilegiado.<br />
“Reforma da Previdência só tem sentido se começar pelo alto escalão”<br />
Para o deputado federal<br />
goiano Fábio Sousa<br />
(PSDB-GO), a reforma da<br />
Previdência deve ser encaminhada<br />
para o Congresso<br />
apenas no ano que vem.<br />
Apesar de o governo federal<br />
insistir que há tempo<br />
para projeto chegar à Câmara,<br />
o goiano contradiz.<br />
“Tivemos um ano pesado…<br />
Impeachment de Dilma,<br />
cassação de Cunha, PEC<br />
241/55… Mandar a reforma<br />
da Previdência é inviável.<br />
Pelo que tenho conversado<br />
com os líderes, deve ficar<br />
para 2017 mesmo”, explicou.<br />
Questionado se é a favor<br />
ou contra, o tucano reconhece<br />
a importância da proposta,<br />
mas não vê sentido<br />
em discuti-la se não começar<br />
“de cima para baixo”.<br />
“Temos que ter um debate<br />
amplo, que não pode<br />
ficar restrito ao Parlamento,<br />
temos que levar a sociedade<br />
para exaurir o tema.<br />
Além disso, só é possível<br />
falar em reforma da Previdência<br />
se começarmos<br />
pelo alto escalão. Deputados,<br />
senadores, militares,<br />
o Judiciário, os altos salários”,<br />
defendeu.<br />
Fábio Sousa garante que<br />
só apoiará o projeto caso<br />
haja uma revisão em pensões<br />
e aposentadorias de ex-<br />
-ministros, ex-presidentes e<br />
todos os supersalários de todos<br />
os poderes. “É um assunto<br />
espinhoso, mas temos que<br />
começar com quem ganha<br />
muito. Só haverá respaldo<br />
social caso consigamos mostrar<br />
a extrema necessidade de<br />
fazermos as mudanças. Mas<br />
para todos”, completou.<br />
De qualquer forma, o deputado<br />
goiano garante que serão<br />
meses de discussão e a reforma<br />
não será aprovada “às pressas<br />
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