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DIÁRIO DO ESTADO<br />

Goiânia, 13 de Novembro de 2016<br />

negócios<br />

5<br />

Descartada intervenção<br />

federal no Rio de Janeiro<br />

Redação<br />

O<br />

ministro da Fazenda<br />

Henrique Meirelles<br />

afirmou na sexta-feira,<br />

que o governo federal negaria<br />

um eventual pedido de intervenção<br />

no Rio de Janeiro. Segundo<br />

ele, além de barreiras<br />

constitucionais, os efeitos desta<br />

medida seriam negativos.<br />

“A intervenção federal<br />

não será decretada no Rio<br />

de Janeiro porque os efeitos<br />

serão muito piores do que as<br />

possíveis soluções”, afirmou<br />

Meirelles após participar de<br />

um seminário na sede da<br />

Federação das Indústrias<br />

do Rio de Janeiro.<br />

A declaração foi dada<br />

após reportagem do jornal<br />

“O Globo” dizer que governador<br />

Luiz Fernando<br />

Pezão ameaçou, na quinta-<br />

-feira (10), a secretária do<br />

Tesouro Nacional, Ana<br />

Paula Vescovi, de entrar<br />

com pedido oficial de intervenção<br />

federal no estado.<br />

Segundo Pezão, o que foi<br />

pedido foi um período de<br />

trégua do Tesouro Nacional,<br />

após um novo bloqueio<br />

de contas determinado pela<br />

União. O governador passou<br />

dois dias em Brasília<br />

conversando com o presidente<br />

Michel Temer e com<br />

a Secretaria de Tesouro Nacional.<br />

Em entrevista à CBN,<br />

ele disse que o Rio está ficando<br />

“ingovernável”.<br />

O ministro destacou ainda<br />

que “o presidente não decreta<br />

[a intervenção federal] apenas<br />

se ele tiver ou não vontade”,<br />

pois está sujeito a uma série de<br />

determinações constitucionais<br />

que dariam base à medida.<br />

Petróleo<br />

Meirelles afirmou que há<br />

empenho do governo em auxiliar<br />

a situação da crise fluminense.<br />

Ele destacou que<br />

uma das possibilidades analisadas<br />

é de que o Rio de Janeiro<br />

“possa dar como garantias<br />

receitas provenientes da exploração<br />

do petróleo de anos<br />

à frente” para os credores.<br />

O ministro destacou que<br />

tais garantias não seriam<br />

prestadas ao Tesouro Nacional,<br />

mas a credores privados<br />

do mercado internacional<br />

que se disponham a emprestar<br />

dinheiro ao governo do estado.<br />

Segundo ele, isso já foi<br />

feito no passado e o Banco<br />

do Brasil já está estruturando<br />

a operação para que ela<br />

seja feita novamente.<br />

Segurança<br />

Meirelles adiantou, também,<br />

que outra possibilidade<br />

analisada pelo governo<br />

federal para ajudar o fluminense<br />

é a União dar suporte<br />

à segurança do estado.<br />

Questionado se o Rio de<br />

Janeiro enfrenta a pior situação<br />

financeira entre os<br />

estados brasileiros, o ministro<br />

da Fazenda afirmou que<br />

ela “é a mais emergencial, a<br />

mais dramática, que está de<br />

fato mais aguda”. Segundo<br />

ele, esta condição se deve,<br />

principalmente, às medidas<br />

tomadas pelo Executivo do<br />

estado para tentar contornar<br />

a crise.<br />

“Evidentemente nós temos<br />

que olhar a situação<br />

de todos os estados, já<br />

que todos estão enfrentando<br />

grandes dificuldades”,<br />

afirmou Meirelles.<br />

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