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DIÁRIO DO ESTADO Goiânia, 23 de Dezembro 2016<br />

poder 3<br />

Governo Temer anuncia<br />

reforma trabalhista<br />

Redação<br />

O<br />

presidente Michel Temer<br />

(PMDB) anunciou<br />

ontem mudanças<br />

na área trabalhista por<br />

meio da assinatura e encaminhamento<br />

ao Congresso Nacional<br />

de uma Medida Provisória<br />

e de um Projeto de Lei<br />

que modernizam a atual legislação.<br />

A apresentação das<br />

propostas foram realizadas<br />

junto com as centrais sindicais<br />

e entidades empresariais<br />

no Palácio do Planalto.<br />

Com a MP, o Programa de<br />

Proteção ao Emprego (PPE),<br />

cuja validade terminaria no<br />

próximo dia 31, será prorrogado<br />

por mais um ano e<br />

renomeado para Programa<br />

Seguro-Emprego (PSE). Pelo<br />

PSE, o governo compensa<br />

50% da redução salarial, limitada<br />

a 65% do valor máximo<br />

da parcela do seguro-<br />

-desemperego, utilizando<br />

recursos do Fundo de Amparo<br />

ao Trabalhador (FAT).<br />

A MP também fixa regras<br />

sobre o contrato de trabalho<br />

temporário, que poderá ter a<br />

duração de 120 dias, podendo<br />

ser prorrogado por igual<br />

período. Atualmente, esse período<br />

é de 90 dias, com prorrogação<br />

pelo mesmo período.<br />

Além da MP, foi apresentado<br />

projeto de lei para alteração<br />

da Consolidação das Leis do<br />

Trabalho (CLT) que estabelece,<br />

entre outras medidas, que<br />

os acordos ou convenções coletivas<br />

terão força de lei. Os<br />

acordos poderão prevalecer em<br />

12 situações, entre elas o parcelamento<br />

das férias em até três<br />

vezes, a compensação da jornada<br />

de trabalho, os intervalos de<br />

intrajornada, o plano de cargos<br />

e salários, banco de horas e trabalho<br />

remoto, entre outros.<br />

O PL inclui também novas<br />

regras para o trabalho em tempo<br />

parcial, que atualmente está<br />

limitado a 25 horas semanais,<br />

sem a possibilidade de pagamento<br />

de hora extra. A proposta<br />

é ampliar a duração para 30<br />

horas semanais sem a possibilidade<br />

de hora extra, ou uma<br />

jornada de 26 horas com a possibilidade<br />

de acréscimo de seis<br />

horas extras semanalmente.<br />

Para a consolidação do texto,<br />

foram feitas reuniões com<br />

Marcos Corrêa/PR<br />

as seis principais centrais sindicais<br />

e três principais confederações<br />

patronais, segundo o<br />

ministro do Trabalho, Ronaldo<br />

Nogueira. Ele informou<br />

que apenas os pontos de consenso<br />

foram incluídos.<br />

O ministro Ronaldo Nogueira<br />

disse que a atualização<br />

das leis trabalhistas representa<br />

um “momento histórico”<br />

para o país. Segundo Nogueira,<br />

as alterações que vão<br />

para o Congresso Nacional<br />

em forma de projeto de lei<br />

têm potencial para estimular<br />

a criação de mais de cinco<br />

milhões de empregos.<br />

“O texto proposto foi discutido<br />

ponto a ponto com todas<br />

as partes envolvidas, trabalhadores<br />

empresários, e apenas<br />

os pontos pacificados foram<br />

inclusos no texto”, afirmou<br />

o ministro. “Certamente, se<br />

existirem diferenças residuais,<br />

as mesmas serão objeto de debate<br />

no foro adequado: o Congresso<br />

Nacional”, afirmou.<br />

O presidente Michel Temer<br />

destacou a forma como o texto<br />

foi construído. “O Brasil acaba<br />

de ganhar um belíssimo presente<br />

de Natal. O que nós assistimos<br />

aqui foi corretamente chamado<br />

de momento histórico”,<br />

disse o presidente ao se referir<br />

às observações que lhe eram<br />

comumente feitas, de que alterações<br />

na legislação trabalhista<br />

iriam gerar conflitos no país.<br />

O presidente do Tribunal<br />

Superior do Trabalho (TST),<br />

Ives Gandra, declarou que as<br />

propostas de consenso podem<br />

contribuir para a redução das<br />

ações trabalhistas. “Temos certeza<br />

de que a aprovação do projeto<br />

de lei no Congresso Nacional<br />

será rápida, principalmente<br />

porque privilegia a negociação.<br />

As propostas foram muito bem<br />

costuradas pelo ministro Ronaldo<br />

Nogueira”, afirmou.<br />

Jeferson Rodrigues toma posse como deputado estadual<br />

Jeferson Rodrigues (PRB) tomou<br />

posse ontem do mandato<br />

de deputado estadual em cerimônia<br />

na Assembleia Legislativa<br />

de Goiás. Após dois anos<br />

da eleição de 2014, Rodrigues<br />

conquistou uma vaga no parlamento<br />

goiano depois de decisão<br />

do Tribunal Superior eleitoral<br />

que validou os votos conquistados<br />

pelo agora prefeito eleito de<br />

Nerópolis, Gil Tavares (PRB).<br />

Pelo recálculo do quociente<br />

eleitoral, o PRB ganha direito<br />

a uma vaga na Assembleia.<br />

Quem perde a cadeira e passa a<br />

ser primeiro suplente é Santana<br />

Gomes, do PSL, que já afirmou<br />

que vai recorrer da decisão.<br />

Em sua fala, Jeferson Rodrigues<br />

confessou profunda<br />

dileção e gratidão ao advogado<br />

do PRB em Goiás, Aurelino<br />

Ivo Dias, além disso<br />

agradeceu a cada membro da<br />

Igreja Universal presente na<br />

solenidade, reforçando estima<br />

por seus familiares. “Confiei<br />

em Deus e conseguimos essa<br />

vitória”, ressaltou.<br />

O novo deputado contou alguns<br />

planos de trabalho durante<br />

os dois anos em que estará atuando<br />

na Assembleia. “Hoje o PRB<br />

Divulgação<br />

está no Ministério de Indústria e<br />

Comércio do Brasil. Vamos procurar<br />

ser o porta-voz desse ministério<br />

em Goiás, juntamente com<br />

o governador do Estado, Marconi<br />

Perillo, e com o deputado federal<br />

João Campos”, destacou.<br />

Estiveram presentes na cerimônia<br />

de posse, além do presidente<br />

da Casa, Helio de Sousa<br />

(PSDB), e do novo deputado Jeferson<br />

Rodrigues (PRB): deputado<br />

Álvaro Guimarães (PR);<br />

líder do Governo, deputado<br />

José Vitti (PSDB); deputado federal<br />

e líder do PRB em Goiás,<br />

João Campos. Também participaram<br />

do evento familiares de<br />

Jeferson e membros da Igreja<br />

Universal, da qual ele é pastor.

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