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Estudo dos Muggles 2

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Non Magicae Studium<br />

Volume II<br />

Donna Moonshadow


Índex<br />

3º ano<br />

1. O estilo de vida muggle<br />

5. Moda e vestuário<br />

4. A educação muggle<br />

1. O etnocentrismo cultural<br />

5. Cultura e subcultura muggle


1. O estilo de vida muggle<br />

A globalização que caracteriza o mundo muggle tem originado alterações<br />

significativas nas sociedades, exigindo uma adaptação <strong>dos</strong> indivíduos às novas<br />

situações sociais.<br />

De facto, a inovação tecnológica, a produção e o consumo à escala mundial,<br />

bem como o contacto com outras culturas muggle originam mudanças a níveis<br />

<strong>dos</strong> valores e padrões de comportamento. A globalização se, por um lado, torna<br />

tudo mais homogéneo, por outro lado, mais evidente a diferença e a diversidade<br />

pois, num mundo tornado mais pequeno, percebem-se melhor as diferenças. Ao<br />

mesmo tempo que o consumo se massifica, assiste-se, em contraponto, à<br />

valorização individualidade, da identidade e da diversidade. Novos valores como<br />

a liberdade individual e auto-realização são adopta<strong>dos</strong> por certos grupos sociais<br />

como os jovens, os artistas ou os intelectuais traduzindo-se em novos<br />

comportamentos ou novos estilos de vida.<br />

Nas sociedades contemporâneas, urbanas e desenvolvidas, o muggle tem à sua<br />

disposição um leque de possibilidades de escolhas no domínio do consumo, do<br />

trabalho, do lazer e da cultura o que lhe permite adoptar e construir um<br />

determinado estilo de vida, integrando um grupo onde se reconhece na medida<br />

em que identifica com os seus valores e normas de conduta.<br />

Às várias possibilidades de escolhas corresponde, sim, uma diversidade de<br />

estilos de vida que permitem, por um lado, diferenciar os grupos uns <strong>dos</strong> outros<br />

e, por outro, integrar os indivíduos nos seus grupos de pertença.<br />

Na medida em que um estilo de vida permite a diferenciação e a individualização,<br />

este constitui um meio de escapar e de resistir à massificação das sociedades.


2. Moda e vestuário<br />

O vestuário entre muggles e feiticeiros, embora diferente, não implica o seu<br />

restrito uso, pelo menos para as crianças e adolescentes. As crianças feiticeiras<br />

vestem uniformes académicos durante o período escolar e roupa normal muggle<br />

noutras circunstâncias. As crianças devem mudar para os seus uniformes<br />

quando o Expresso para Hogwarts está quase a terminar a sua viagem.<br />

Mas por que razão os feiticeiros adultos não usam roupa muggle? A questão<br />

levanta maior curiosidade pelo facto de as crianças feiticeiras não se importarem<br />

com este princípio. Uma possibilidade de resposta poderá ser que a execução<br />

de magia necessita de túnicas. As energias envolvidas podem não ser<br />

completamente manobradas e controladas se o feiticeiro estiver com vestuário<br />

muggle. Uma vez que não é permitido o uso de magia fora de Hogwarts ou<br />

durante as férias de Verão, as crianças feiticeiras podem usar roupa muggle<br />

durante essas alturas. Outra possibilidade de resposta pode dever-se ao espírito<br />

conversativo do mundo mágico, sendo considerado imoral o uso de vestuário<br />

muggle para adultos feiticeiros.<br />

E quanto à moda? Haverá evolução no modo de vestir e nas novas tendências?<br />

No mundo muggle a moda é algo que está em constante movimento e por vezes<br />

as ideias <strong>dos</strong> estilistas e empresas desse ramo reciclam ideias passadas para<br />

inovar novos conceitos de modernismo. O mesmo acontece no mundo mágico?<br />

Possivelmente, mas de forma mais tradicional e reservada, uma vez que os fatos<br />

e túnicas ainda são fabrica<strong>dos</strong> por alfaiates, em vez de serem compra<strong>dos</strong> em<br />

grandes superfícies comerciais como os <strong>dos</strong> muggles. Talvez com a evolução<br />

<strong>dos</strong> tempos, com a mudança no pensamento conversativo e o possível<br />

acompanhamento das novidades muggles, a moda feiticeira possa ser<br />

futuramente inovada e reaplicada noutros conceitos e tendências, mantendo um<br />

agrado maioritário.


3. A educação muggle<br />

A educação muggle varia em vários países, consoante o seu plano educacional.<br />

Em Portugal o sistema educacional funciona da seguinte forma:<br />

• Ensino Pré-escolar (3 aos 5 anos)<br />

• Ensino Primário (6 aos 9 anos)<br />

• Ensino Básico (10 aos 14 anos)<br />

• Ensino Secundário (15 aos 17 anos)<br />

• Ensino Superior (+18 anos)<br />

No Brasil, o sistema é relativamente semelhante: Educação Infantil (3 aos 5<br />

anos)<br />

• Ensino Fundamental I (6 aos 10 anos)<br />

• Ensino Fundamental II (11 aos 14 anos)<br />

• Ensino Médio (15 aos 17 anos)<br />

• Ensino Superior (+18 anos)<br />

Ao contrário das crianças muggle, os pequenos feiticeiros são tutora<strong>dos</strong> em casa<br />

pelos familiares ou em pequenos grupos de aprendizagem, onde aprendem os<br />

fundamentos básicos da gramática, leitura, expressões e aritmética até aos dez<br />

anos. A partir <strong>dos</strong> onze anos, os feiticeiros entram em Hogwarts para completar<br />

sete anos de ensino. Após completos os sete anos de ensino, os feiticeiros (aos<br />

17, quando atingem a maioridade), já forma<strong>dos</strong>, terão acesso ao mercado de<br />

trabalho mágico.<br />

Não haja dúvida de que os muggles possuem um vasto sistema de ensino bem<br />

estruturado, pois dado que não possuem talento mágico, necessitam de maior<br />

tempo de estudo e preparação para poder enfrentar o seu mundo laboral. Os<br />

muggles só atingem a maioridade aos 18 anos.


4. O etnocentrismo cultural<br />

O etnocentrismo cultural é uma atitude que influencia a observação e análise de<br />

outras realidades culturais baseada na crença de que a cultura do observador é<br />

a perfeita, sendo todas as outras valorizadas em função dela.<br />

A cultura <strong>dos</strong> muggles europeus, por exemplo, está contaminada de<br />

preconceitos raciais, resultado do seu etnocentrismo cultural <strong>dos</strong> últimos<br />

séculos. Ao longo do processo expansionista europeu, a sua intolerância perante<br />

os outros povos e culturas obrigou indivíduos de outras paragens a assimilar a<br />

sua cultura, sob pena de extermínio.<br />

O etnocentrismo, na sua expressão mais absurda, levou à tentativa de eliminar<br />

«raças». Os judeus foram vítimas dessa tentativa de extermínio. A cultural<br />

europeia, considerada superior, foi imposta a outros povos pelos colonizadores.<br />

Quando se compara tanto as culturas europeias muggle e mágica, poder-se-á<br />

referir que existe grande probabilidade de existência de etnocentrismo cultural.<br />

Esta referência pode ser feita pela simples razão de que a manipulação através<br />

de magia pode sobrepor a ideia de poder face à inabilidade mágica muggle. Ou<br />

então, pelo contrário, de que a cultura muggle poderá assimilar essa ideia de<br />

poder através da sua inovação tecnológica, pelo uso de grande material bélico.<br />

Mesmo que ambas as culturas permaneçam, de certa forma, «ocultas», mais<br />

precisamente a cultura mágica da muggle, é importante referir que este<br />

etnocentrismo cultural não se associa apenas às culturas muggle, mas sim a<br />

todo o espectro cultural.<br />

A diferença racial e cultural causará sempre discordância a nível social,<br />

sobretudo quando comparadas entre outras, sejam elas de maior ou menor<br />

abrangência populacional.


5. Cultura e subcultura<br />

Sabemos que o ser humano tem vivido, desde sempre, em grupo. Neste sentido,<br />

os homens e as mulheres são seres sociais. Mas, de igual modo, podemos<br />

também, afirmar, que viveram sempre num estado cultural, afastando-se do<br />

estado de natureza característico das restantes sociedades animais.<br />

A vida em grupo tem conduzido ao desenvolvimento de regras e de<br />

procedimentos que, espelhando os valores aceites, concorrem para a satisfação<br />

das necessidades da colectividade, afastando-a de um estado selvagem.<br />

Em to<strong>dos</strong> os tempos e lugares a vida social tem, na verdade, suscitado crenças,<br />

criado normas, idealizado valores, encontrado soluções organizativas e<br />

institucionais, inventado instrumentos de trabalho, desenvolvido capacidades,<br />

aperfeiçoado habilidades, produzindo obras artísticas, técnicas, literárias, etc.,<br />

que a caracterizam e lhe conferem originalidade. Numa palavra, a vida em grupo<br />

é uma vida em estado de cultura. Isto é, cada sociedade exprime-se e realiza-se<br />

através de uma cultura.<br />

Cultura é, pois, um fenómeno onde to<strong>dos</strong> os membros do grupo têm lugar, isto<br />

é, um fenómeno partilhado que concede a cada um, características básicas que<br />

o distinguem <strong>dos</strong> membros de outro grupo, necessariamente portadores de outra<br />

cultura.<br />

De modo simplificado, pode dizer-se que cultura representa a expressão de um<br />

grupo e concretiza tudo o que é socialmente aprendido e partilhado pelos<br />

membros do grupo.<br />

Todas as sociedades são portadoras de uma cultura que as identifica, o que<br />

torna possível associar-lhe traços culturais gerais específicos. No entanto, é<br />

possível encontrar grupos restritos cuja acção social se manifesta através de<br />

alguns traços culturais próprios e distintos <strong>dos</strong> que caracterizam a sociedade<br />

global. Essa situação é tolerada pois não põe em causa a cultura dominante. É<br />

o caso <strong>dos</strong> jovens que, embora se inserindo na sociedade de que fazem parte,<br />

têm maneiras próprias de falar, de se vestir, de pensar e de sentir.<br />

Assim, todas as sociedades são portadoras de múltiplas subculturas que, no seu<br />

conjunto, coexistem com a cultura dominante. São exemplo as subculturas<br />

góticas, hippie, rastafári, rapper, punk, emo, etc.


Agradecimentos:<br />

Belife L. Larënz<br />

Edis Bevan<br />

Fábio D’Amorim, Laís Xavier, et al.<br />

Joywitch M. Curmudgeon<br />

Lei de Diretrizes e Bases da Educação<br />

Maria Oliveira, Belmiro Cabrito, et al.<br />

PrefectMarcus<br />

R. Rambler<br />

Vany Dröttningu

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