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GAZETA DIÁRIO 253

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Foz do Iguaçu, quarta-feira, 5 de abril de 2017<br />

POLÍTICA<br />

Nacional<br />

13<br />

Relator da PEC sobre reforma política<br />

apresenta parecer pela admissibilidade<br />

Se aprovada a admissibilidade da PEC na CCJ, será formada uma comissão especial para discutir os itens da proposta<br />

Yara Aquino<br />

Repórter da Agência Brasil<br />

O deputado Betinho<br />

Gomes (PSDB-PE), relator<br />

da Proposta de Emenda<br />

à Constituição (PEC)<br />

282/16, protocolou ontem<br />

(4), na Comissão de Constituição<br />

e Justiça da Câmara,<br />

parecer pela admissibilidade<br />

da proposta, que é<br />

originária do Senado e trata<br />

de reforma política.<br />

O texto estabelece cláusula<br />

de desempenho para<br />

as legendas e veda as coligações<br />

entre partidos<br />

nas eleições proporcionais,<br />

que são para deputado<br />

e vereador.<br />

"Instituir no Brasil<br />

uma cláusula de desempenho<br />

e o fim de coligação é<br />

essencial para ajustarmos<br />

nosso sistema político e<br />

dar mais solidez para que<br />

o cidadão, que faz a escolha<br />

dos seus representantes,<br />

tenha mais confiança<br />

neles e nos partidos<br />

políticos brasileiros", disse<br />

o relator.<br />

O parecer do deputado<br />

Betinho Gomes analisa<br />

apenas a constitucionalidade<br />

da PEC. Se aprovada<br />

a admissibilidade da<br />

PEC na CCJ, será formada<br />

uma comissão especial<br />

para discutir os itens<br />

da proposta.<br />

Pela cláusula de barreira,<br />

também conhecida<br />

com cláusula de desempenho,<br />

proposta na PEC, os<br />

partidos têm que alcançar<br />

Betinho Gomes: "Instituir no Brasil uma cláusula de desempenho e o fim de<br />

coligação é essencial para ajustarmos nosso sistema político e dar mais solidez para<br />

que o cidadão faça a escolha de seus representantes"<br />

3% dos votos nacionais<br />

válidos para ter acesso ao<br />

recurso do fundo partidário,<br />

tempo de TV e funcionar<br />

como bancada. O<br />

percentual passaria a valer<br />

a partir de 2022. Caso<br />

a PEC seja aprovada até<br />

outubro, as regras já passam<br />

a valer para as eleições<br />

de 2018, com o percentual<br />

de 2%.<br />

"É urgente que o Brasil<br />

possa fazer o ajuste no<br />

seu sistema político, porque,<br />

no formato que se<br />

encontra hoje, temos uma<br />

verdadeira farra da criação<br />

de partidos. Essa PEC<br />

ajudará a coibir a instituição<br />

de partidos no Brasil<br />

que, muitas vezes, não<br />

significam nada, apenas<br />

absorvem recursos públicos<br />

sem controle nenhum<br />

da própria Justiça Eleitoral",<br />

disse o deputado.<br />

Conforme o texto, os<br />

partidos que não atingirem<br />

a cláusula de desempenho<br />

poderão formar federações<br />

para ter direito ao<br />

funcionamento parlamentar,<br />

atuando com uma<br />

única identidade política.<br />

Assim, o bloco poderá ter<br />

funcionamento parlamentar,<br />

além de acesso às verbas<br />

partidárias e ao tempo<br />

de televisão.<br />

Pelas coligações em<br />

eleições proporcionais,<br />

como ocorrem hoje, os<br />

partidos formam alianças<br />

para eleger deputados e<br />

vereadores. Os votos obtidos<br />

pelas siglas são somados,<br />

sendo eleitos os<br />

candidatos mais votados<br />

da coligação. A PEC veda<br />

essas coligações a partir<br />

de 2020.<br />

A PEC é de autoria dos<br />

senadores Ricardo Ferraço<br />

(PSDB-ES) e Aécio<br />

Neves (PSDB-MG).<br />

Comissão Especial<br />

Segundo Betinho Gomes,<br />

a discussão da proposta<br />

de reforma política<br />

que vem do Senado não<br />

entra em conflito com os<br />

trabalhos da Comissão Especial<br />

de Reforma Política<br />

da Câmara. O deputado<br />

disse que a comissão especial<br />

trata de ações que dependem<br />

de leis infraconstitucionais,<br />

e a PEC vai<br />

criar uma organização a<br />

partir de regras que os partidos<br />

vão ter que seguir.<br />

"Dá para discutir paralelamente,<br />

elas [regras]<br />

não se conflitam, acho<br />

que até podem se complementar,<br />

a depender do relatório<br />

que virá", disse,<br />

referindo-se ao relatório<br />

do deputado Vicente Cândido<br />

(PT-SP), que deve<br />

ser apresentado hoje na<br />

Comissão Especial da Reforma<br />

Política.<br />

Foto: Alex Ferreira / Câmara dos Deputados<br />

Governo anuncia<br />

ações para aumentar<br />

competitividade da<br />

indústria de defesa<br />

O setor de defesa no Brasil deve ganhar<br />

incentivos governamentais para aumentar a<br />

competitividade e participação no mercado<br />

internacional, anunciou ontem (4) o ministro da<br />

Defesa, Raul Jungmann, na abertura da Feira<br />

Internacional de Defesa e Segurança LAAD.<br />

Segundo Jungmann, as ações vão incluir uma<br />

linha de crédito do Banco Nacional do<br />

Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)<br />

para financiar países que comprem produtos da<br />

base industrial de defesa brasileira, instrumentos<br />

de seguro aos fabricantes nacionais e também um<br />

grupo na Câmara de Comércio Exterior (Camex)<br />

que tratará exclusivamente do setor. Os detalhes<br />

sobre as novas regras do financiamento serão<br />

divulgados pela presidente do BNDES, Maria<br />

Silvia Bastos Marques, em uma entrevista<br />

coletiva durante a tarde.<br />

"Precisamos dotar o setor de uma política<br />

específica, com instrumentos robustos, que<br />

confiram maior eficiência nas nossas relações<br />

comerciais", disse o ministro.<br />

Jungmann destacou que a indústria de defesa<br />

serviu de base para avanços tecnológicos na<br />

história como o GPS, o micro-ondas e o teflon e<br />

disse acreditar que o setor pode contribuir para<br />

que a economia cresça com mais força. Ele<br />

explicou que incentivos são necessários porque o<br />

mercado de defesa é assimétrico entre os países<br />

concorrentes e não conta com as mesmas regras<br />

que outros setores na Organização Mundial do<br />

Comércio (OMC).<br />

O ministro afirmou que as ações são conjuntas<br />

com a Camex, o BNDES e os ministérios da<br />

Fazenda, Relações Exteriores, Desenvolvimento,<br />

Indústria e Comércio Exterior, Ciência,<br />

Tecnologia, Inovações e Comunicações.<br />

(Agência Brasil)<br />

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