22.04.2017 Views

Determinação quantitativa de NaCl

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Piauí - UFPI<br />

Centro <strong>de</strong> Ciências da Natureza - CCN<br />

Departamento <strong>de</strong> Química - DQ<br />

Química Analítica Quantitativa<br />

DETERMINAÇÃO DE CLORETO DE SÓDIO EM SAL DE COZINHA<br />

WANDERLEY MATOS GONÇALVES<br />

Teresina - PI<br />

Outubro - 2010<br />

1


SUMÁRIO<br />

RESUMO 03<br />

1. INTRODUÇÃO 04<br />

2. OBJETIVOS 06<br />

2.1. OBJETIVO GERAL 06<br />

2.2. OBJETIVO ESPECÍFICO 06<br />

3. PARTE EXPERIMENTAL 07<br />

3.1. MATERIAIS E REAGENTES 07<br />

3.2. PROCEDIMENTO 08<br />

3.2.1. Método <strong>de</strong> Mohr 08<br />

3.2.2. Método <strong>de</strong> Volhard 09<br />

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 10<br />

5. CONCLUSÃO 12<br />

6. REFERÊNCIAS 13<br />

ANEXO A: equações e fórmulas do trabalho. 14<br />

2


RESUMO<br />

Por meio da titulação ou volumetria <strong>de</strong> precipitação, <strong>de</strong>terminou-se o cloreto<br />

<strong>de</strong> sódio (<strong>NaCl</strong>) em amostras diversas <strong>de</strong> sal <strong>de</strong> cozinha, bem como a padronização<br />

da solução <strong>de</strong> nitrato <strong>de</strong> prata (AgNO 3 ) usando o padrão primário K 2 CrO 4 , pelo<br />

método <strong>de</strong> Mohr <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação direta e pelo método <strong>de</strong> Volhard <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação<br />

indireta com sulfato férrico amoniacal ~ 40% como indicador on<strong>de</strong> mostrou-se sua as<br />

porcentagens do sal na amostra e seu erro relativo com suas possíveis fontes ao<br />

comparar com a embalagem ou ainda com a literatura analítica.<br />

3


1. INTRODUÇÃO<br />

O princípio da volumetria <strong>de</strong> precipitação é a formação <strong>de</strong> compostos pouco<br />

solúveis. No entanto algumas condições <strong>de</strong>vem ser alcançadas para a valida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

resultados: A reação <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong> estequiometria conhecida; Deve haver total reação<br />

entre o agente precipitante e o íon em questão; Tornar-se completa em um tempo<br />

relativamente curto e oferecer modos para eficiente sinalização do ponto final.<br />

Infelizmente estas condições somente são alcançadas em poucas reações,<br />

<strong>de</strong>vido a falta <strong>de</strong> um modo a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> localizar o ponto <strong>de</strong> equivalência, por outro<br />

lado, em algumas reações este ponto po<strong>de</strong> ser i<strong>de</strong>ntificado pela simples visualização<br />

do momento em que <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ocorrer precipitação.No entanto, em <strong>de</strong>terminações<br />

on<strong>de</strong> resultados mais precisos são <strong>de</strong>sejados, o uso <strong>de</strong> indicadores é altamente<br />

recomendado, estes po<strong>de</strong>m ser agrupados como: específicos e <strong>de</strong> absorção; As<br />

possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aplicações da volumetria <strong>de</strong> precipitação são gran<strong>de</strong>mente<br />

ampliadas quando são utilizados métodos físicos <strong>de</strong> medição, como a<br />

potenciometria, condutimetria, amperometria ou ainda o fotométrico (DE JESUS,<br />

2007).<br />

Um fator limitante <strong>de</strong>sta técnica é a lenta velocida<strong>de</strong> em que costumam serem<br />

realizadas as reações <strong>de</strong> precipitação, <strong>de</strong> modo a assegurar o equilíbrio <strong>de</strong><br />

solubilida<strong>de</strong>, ter em mente que tentar apressar a adição <strong>de</strong> reagente po<strong>de</strong> gerar a<br />

formação <strong>de</strong> complexos solúveis, portanto o efeito oposto ao <strong>de</strong>sejado. Entretanto<br />

muitas vezes, é possível acelerar convenientemente a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> precipitação<br />

pela adição, criteriosa, <strong>de</strong> etanol e acetona.<br />

Deve-se enfatizar que, os mais importantes condicionantes são o produto <strong>de</strong><br />

solubilida<strong>de</strong> e a concentração sob a qual se efetua a titulação, sendo como terceiro<br />

condicionante o grau <strong>de</strong> eficiência da reação, que <strong>de</strong>finirá a visibilida<strong>de</strong> do ponto<br />

final da titulação (JEFFERY et al., 1992).<br />

Diferentemente <strong>de</strong> outros métodos, que comumente têm aplicações restritas, se<br />

<strong>de</strong>staca a argentimetria, o único que apresenta uso algo amplo, e está baseada na<br />

titulação <strong>de</strong> uma solução padrão <strong>de</strong> nitrato <strong>de</strong> prata, para a formação <strong>de</strong> sais <strong>de</strong><br />

prata (haletos, cianeto, tiocianato) pouco solúveis. Os processos <strong>de</strong> precipitação<br />

4


mais importantes na análise titrimétrica utilizam o nitrato <strong>de</strong> prata como reagente um<br />

tipo <strong>de</strong> processo argentimétrico, mas os mesmos princípios serão aplicáveis a outras<br />

reações <strong>de</strong> precipitação (ARAÚJO, 2010).<br />

O método <strong>de</strong> Mohr baseia-se em titular o nitrato <strong>de</strong> prata com solução-padrão<br />

<strong>de</strong> cloreto <strong>de</strong> sódio (padrão primário), usando solução <strong>de</strong> cromato <strong>de</strong> potássio como<br />

indicador. Segundo o método <strong>de</strong> Mohr para <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> cloretos on<strong>de</strong> o haleto<br />

é titulado com uma solução padronizada <strong>de</strong> nitrato <strong>de</strong> prata (AgNO 3 ), na presença<br />

<strong>de</strong> cromato <strong>de</strong> potássio (K 2 CrO 4 ) como indicador. O ponto final da titulação é<br />

i<strong>de</strong>ntificado quando todos os íons Ag + tiverem se <strong>de</strong>positado sob a forma <strong>de</strong> AgCl,<br />

logo em seguida haverá a precipitação <strong>de</strong> cromato <strong>de</strong> prata (Ag 2 CrO 4 ) <strong>de</strong> coloração<br />

marrom-avermelhada, pois, o cromato <strong>de</strong> prata é mais solúvel que o cloreto <strong>de</strong><br />

prata. Na prática. O ponto final ocorre um pouco além do ponto <strong>de</strong> equivalência,<br />

<strong>de</strong>vido à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se adicionar um excesso <strong>de</strong> Ag + , neste caso AgNO 3 , para<br />

precipitar o Ag 2 Cr 4 em quantida<strong>de</strong> suficiente para ser notado visualmente na solução<br />

amarela, que já contém a suspensão <strong>de</strong> AgCl. Este método requer que uma titulação<br />

em branco seja feita, para que se possa corrigir o erro cometido na <strong>de</strong>tecção do<br />

ponto final. O valor da prova em branco obtido <strong>de</strong>ve ser subtraído do valor da<br />

titulação propriamente dito (BACCAN et al, 2001).<br />

O método Volhard envolve a titulação do íon prata em meio ácido com<br />

solução padrão <strong>de</strong> tiossulfato <strong>de</strong> amônio (NH 4 SCN), após a precipitação do íon<br />

cloreto, em presença do indicador, que é uma solução saturada <strong>de</strong> sulfato <strong>de</strong><br />

amônio [(NH 4 ) 2 SO 4 ] e ferro III (Fe 3+ ). Quando todos os íons <strong>de</strong> Ag + tiverem se<br />

<strong>de</strong>positado sob a forma <strong>de</strong> AgSCN, haverá a formação <strong>de</strong> um precipitado marromavermelhado<br />

<strong>de</strong> Fe(SCN) -3 6 . As reações <strong>de</strong>ste método são:<br />

AgNO 3 + NH 4 SCN AgSCN + NH 4 NO 3 / Fe 3+ + SCN - -3<br />

Fe(SCN) 6 .<br />

O sal <strong>de</strong> cozinha ou sal comum é um sólido cristalino branco cuja composição<br />

principal é o cloreto <strong>de</strong> sódio, <strong>NaCl</strong>. Des<strong>de</strong> a antiguida<strong>de</strong> foi muito utilizado como<br />

conservante <strong>de</strong> alimentos, prática usada até os dias <strong>de</strong> hoje. É possível encontrar<br />

este sal sob três formas: a primeira é o sal não refinado, o sal refinado e finalmente<br />

a terceira que o sal iodato.<br />

5


2. OBJETIVOS<br />

2.1. OBJETIVO GERAL<br />

Determinar a porcentagem do cloreto <strong>de</strong> sódio em um sal <strong>de</strong> cozinha,<br />

por meio da volumetria <strong>de</strong> precipitação;<br />

2.2. OBJETIVO ESPECÍFICO<br />

Determinar o cloreto <strong>de</strong> sódio em amostras usando solução <strong>de</strong>vida<br />

padronizada <strong>de</strong> nitrato <strong>de</strong> prata , bem como sua porcentagem, erro e <strong>de</strong>svio<br />

padrão a partir <strong>de</strong> fundamentos assimilados da análise volumétrica em<br />

especial a <strong>de</strong> precipitação.<br />

6


3. PARTE EXPERIMENTAL<br />

3.1. MATERIAIS E REAGENTES<br />

Pipeta volumétrica <strong>de</strong> 10 mL Vidrolabor ® ;<br />

Balão volumétrico <strong>de</strong> 250 mL Laborglas ® BRASIL;<br />

Pipeta volumétrica <strong>de</strong> 25 mL Thermex ® ;<br />

1 Estufa;<br />

Erlenmeyer <strong>de</strong> 125 mL Roni Alzi ® ;<br />

Água <strong>de</strong>stilada;<br />

Filtro <strong>de</strong> papel;<br />

1 Dessecador;<br />

1 Balança analítica BEL engineering Mark 210A;<br />

1 Bureta <strong>de</strong> 25 mL Hermex ® ;<br />

1 Suporte universal;<br />

1 Garra <strong>de</strong> metal;<br />

AgNO 3 ;<br />

KSCN;<br />

HNO 3 6.0 mol L -1 ;<br />

K 2 CrO 4 ;<br />

Sal <strong>de</strong> cozinha (grosso para churrasco e comum refinado).<br />

7


3.2. PROCEDIMENTO<br />

Método <strong>de</strong> Mohr:<br />

1. Secou-se o AgNO 3 por 2 horas a 150 °C, resfriou-se e o manteve em<br />

<strong>de</strong>ssecador;<br />

2. Pesou-se 4.25 g <strong>de</strong> AgNO 3 na balança, dissolveu-o com água<br />

<strong>de</strong>stilada e diluiu-se em um balão volumétrico <strong>de</strong> 250 mL (Solução<br />

padrão = AgNO 3 0.1 mol L -1 );<br />

3. Pesou-se 2.5 <strong>de</strong> K 2 CrO 4 e dissolveu-se com água e diluiu-o a 50 mL<br />

(Solução do indicador = K 2 CrO 4 5%);<br />

4. Pesou-se cerca <strong>de</strong> 1 g da amostra <strong>de</strong> sal comum e dissolveu-se em<br />

100 <strong>de</strong> água <strong>de</strong>stilada;<br />

5. Retirou-se 10 da solução preparada da amostra e adicionou-se 40 mL<br />

<strong>de</strong> água;<br />

6. Pipetou-se 10 mL da solução da amostra em seguida transferiu-se<br />

para um erlenmeyer <strong>de</strong> 125 mL;<br />

7. Adicionou-se à amostra 25 mL <strong>de</strong> água e 1 mL <strong>de</strong> K 2 CrO 4 (indicador);<br />

8. Titulou-se com a solução padrão <strong>de</strong> AgNO 3 0.1 mol L -1 (mudança da<br />

cor da solução <strong>de</strong> amarelo para marrom-avermelhado);<br />

9. Repetiu-se a análise em triplicata;<br />

10. Calculou-se a porcentagem <strong>de</strong> <strong>NaCl</strong> e Na + no sal e calculou-se<br />

também o erro relativo, a média e o <strong>de</strong>svio padrão entre as medidas;<br />

8


Método <strong>de</strong> Volhard:<br />

1. Secou-se em estufa por 1 hora a 150 °C, resfriou-se e armazenou-se<br />

em <strong>de</strong>ssecador o KSCN;<br />

2. Pesou-se 2.43 g <strong>de</strong> KSCN e dissolveu-se em água <strong>de</strong>stilada<br />

completando o balão volumétrico <strong>de</strong> 250 mL (Solução padrão =<br />

KSCN);<br />

3. Mediu-se em pipeta 10 mL da solução <strong>de</strong> sal <strong>de</strong> cozinha e transferiuse<br />

para o erlenmeyer <strong>de</strong> 125 mL;<br />

4. Adicionou-se 25 mL <strong>de</strong> AgNO 3 0.1 mol L -1 , filtrou-se com o filtro <strong>de</strong><br />

papel e adicionou-se 1.0 mL <strong>de</strong> Sulfato férrico amoniacal ~ 40 %<br />

(Indicador) e por último acidificou-se o meio com 5.0 mL <strong>de</strong> HNO 3 6.0<br />

mol L -1 ;<br />

5. Titulou-se com a solução padrão <strong>de</strong> KSCN 0.1 mol L -1 (aparecimento<br />

da coloração marrom-avermelhada);<br />

6. Repetiu-se o procedimento em triplicata e fizeram-se anotações;<br />

7. Calculou-se a porcentagem <strong>de</strong> <strong>NaCl</strong> e Na + , bem como, o erro relativo,<br />

média e <strong>de</strong>svio padrão entre as medidas no sal analisado.<br />

9


4. RESULTADOS E DISCUSSÕES<br />

Após preparadas todas as soluções necessárias para a titulação <strong>de</strong><br />

precipitação necessária para a <strong>de</strong>terminação do cloreto <strong>de</strong> sódio, bem como do<br />

sódio contido em amostras <strong>de</strong> sal <strong>de</strong> cozinha, que esta primeiramente foi realizada<br />

pelo método <strong>de</strong> Mohr. Foram pesados 1.0022 g <strong>de</strong> sal grosso para churrasco e<br />

4.2598 g <strong>de</strong> nitrato <strong>de</strong> prata. Logo as soluções eram cloreto <strong>de</strong> sódio presente no sal<br />

grosso analisado e a solução padrão <strong>de</strong> nitrato <strong>de</strong> prata 0.1 mol L -1 on<strong>de</strong> para<br />

auxiliar a <strong>de</strong>tecção do ponto final foi usado K 2 CrO 4 . Então foi percebida a mudança<br />

da coloração da solução <strong>de</strong> amarelo para marrom-avermelhado e os volumes foram<br />

<strong>de</strong>vidamente anotados e preenchidos na tabela 1 mostrada abaixo:<br />

Tabela 1: Resultados da titulação pelo método <strong>de</strong> Mohr.<br />

Volumes gastos AgNO 3 Massas <strong>de</strong> <strong>NaCl</strong> (g) em 100<br />

(mL)<br />

mL<br />

Massas <strong>de</strong> Na + (g) em 100<br />

mL<br />

1ª titulação 16.5 0.9643 0.3793<br />

2ª titulação 17.3 1.0011 0.3938<br />

3ª titulação 17.2 1.0021 0.3942<br />

As reações que ocorreram neste método foi <strong>NaCl</strong> + AgNO 3 AgCl (s) +<br />

NaNO 3 e 2 AgCl + K 2 CrO 4 Ag 2 CrO 4(s) + 2 KCl sendo que esta última era a reação<br />

<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação do ponto final, pois esta se apresentou na coloração marromavermelhada.<br />

A partir <strong>de</strong>stes valores encontrou-se a porcentagem do cloreto <strong>de</strong> sódio<br />

(<strong>NaCl</strong>) e do sódio (Na + ) presentes na solução titulada, que foram 98.92 % e 38.91 %<br />

(valores médios), respectivamente. O erro relativo <strong>de</strong>stas medidas, em especial as<br />

massas <strong>de</strong> cloreto <strong>de</strong> sódio foi -13 ppmil e o <strong>de</strong>svio padrão <strong>de</strong>sta distribuição <strong>de</strong><br />

valores foi 0.021.<br />

No método <strong>de</strong> Volhard foram pesados 1.0051 g <strong>de</strong> sal <strong>de</strong> cozinha comum<br />

refinado e foi usada a solução padrão <strong>de</strong> nitrato <strong>de</strong> prata do método anterior e uma<br />

solução padrão <strong>de</strong> tiocianato <strong>de</strong> potássio <strong>de</strong> 0.1 mol L -1 . O método <strong>de</strong> Volhard é um<br />

tipo <strong>de</strong> retrotitulação em que a filtração é o diferencial do método anterior e também<br />

10


o indicador que é um complexo <strong>de</strong> ferro. As reações neste método são: <strong>NaCl</strong> +<br />

AgNO 3 AgCl (s) + NaNO 3 ; AgCl (s) + KSCN AgSCN + KCl e por fim têm-se Fe 3+ +<br />

SCN -1 F 2 [SCN] -2 . Esta última reação foi a que indicou o ponto final da titulação. A<br />

tabela 2 mostra os resultados <strong>de</strong>sta titulação realizada em triplicata.<br />

Tabela 2: Resultados da titulação pelo método <strong>de</strong> Volhard.<br />

Volumes gastos KSCN Massas <strong>de</strong> <strong>NaCl</strong> (g) em 100<br />

(mL)<br />

mL<br />

Massas <strong>de</strong> Na + (g) em 100<br />

mL<br />

1ª titulação 8.1 0.9876 0.3885<br />

2ª titulação 7.9 0.9993 0.3915<br />

3ª titulação 8.0 0.9934 0.3892<br />

Neste caso o nitrato <strong>de</strong> prata foi adicionado para fazer precipitar do cloreto <strong>de</strong><br />

prata para a filtração, neste caso o valor foi fixado em 25 mL. A partir <strong>de</strong>stes valores<br />

encontrou-se a porcentagem do cloreto <strong>de</strong> sódio (<strong>NaCl</strong>) que foi <strong>de</strong> 98.82 % e do<br />

sódio (Na + ) <strong>de</strong> 38.97 % presentes na solução titulada (valores médios). O erro<br />

relativo <strong>de</strong>stas medidas, em especial as massas <strong>de</strong> cloreto <strong>de</strong> sódio foi -11.6 ppmil e<br />

o <strong>de</strong>svio padrão <strong>de</strong>sta distribuição média <strong>de</strong> valores foi 0.0058.<br />

Comparando os dois métodos pelos seus erros relativos e <strong>de</strong>svios padrão<br />

percebeu-se que o método <strong>de</strong> Volhard foi mais preciso para a <strong>de</strong>terminação, mesmo<br />

sendo indireto e sua filtração ser morosa e mais propicia a erros.<br />

11


5. CONCLUSÃO<br />

Tendo em vista todos os procedimentos analíticos necessários para a<br />

titulação <strong>de</strong> precipitação abordada e sua aplicabilida<strong>de</strong> prática em compostos<br />

comerciais simples, neste caso o sal <strong>de</strong> cozinha, mostrou-se que os métodos<br />

argentométricos <strong>de</strong> Mohr e Volhard foram precisos para esta <strong>de</strong>terminação. No<br />

entanto o Método <strong>de</strong> Volhard mostrou-se mais preciso e reprodutível do que o <strong>de</strong><br />

Mohr, pois teve o menor erro relativo.<br />

12


6. REFERÊNCIAS<br />

ARAÚJO, M. <strong>Determinação</strong> <strong>de</strong> cloretos pelo método <strong>de</strong> Mohr. Disponível em:<br />

. Acessado em 19 <strong>de</strong> Outubro<br />

<strong>de</strong> 2010.<br />

BACCAN, N.; ANDRADE, J. C.; GODINHO, O. E. S. e BARONE, J. S., Química<br />

Analítica Quantitativa Elementar, 3ª ed. Editora Edgard Blücher, São Paulo:<br />

Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas, Campinas, 2001.<br />

DE JESUS, D. P. Titulações <strong>de</strong> precipitação. IFPI, Eng. De Alimentos, 2007.<br />

JEFFERY, G. H.; BASSET, J.; MENDHAM, J.; DENNY, R. C. Vogel: Química<br />

analítica <strong>quantitativa</strong>. 5. ed, Rio <strong>de</strong> Janeiro: Guanabara Koogan, 1992.<br />

GOLDANI, E. DE BONI, L. A. B. SANTOS, A. M. Manual para o preparo <strong>de</strong><br />

reagentes e soluções. Creative Commons, Porto Alegre-RS, 2010.<br />

MORITA, T.; ASSUMPÇÃO, R, M. V. Manual <strong>de</strong> soluções reagentes e solventes:<br />

padronização, preparação, purificação. 2ª ed. São Paulo: E. Blucher, 1972.<br />

13


ANEXO A: Equações e fórmulas usadas neste trabalho.<br />

Equações utilizadas neste experimento na parte do método <strong>de</strong> Mohr:<br />

Para obter a massa <strong>de</strong> <strong>NaCl</strong> no analito (10 mL):<br />

n <strong>NaCl</strong> = n AgNO3<br />

m/MM = M x V<br />

On<strong>de</strong> m é a massa (incógnita), MM é a massa molecular do <strong>NaCl</strong> (58.44 g<br />

mol -1 ), M é a molarida<strong>de</strong> da solução padrão (AgNO 3 0.1 mol L -1 ) e V é o volume<br />

gasto na titulação. Logo:<br />

m = MM x M x V m = 58.44 x 0.1 x 0.0165<br />

m = 0.09643 g <strong>de</strong> <strong>NaCl</strong>.<br />

Para obter a massa na solução (100 mL):<br />

0.09643 - 10 mL<br />

X - 100 mL<br />

X = 0.9643 g <strong>de</strong> <strong>NaCl</strong> em 100 mL.<br />

Para se obter a massa <strong>de</strong> sódio (Na + ) a partir <strong>de</strong> <strong>NaCl</strong> analisado:<br />

<strong>NaCl</strong> Na +<br />

58.44 g mol -1 22.99 g mol -1<br />

0.9643 g Y<br />

Y = 0.3793 g <strong>de</strong> Na + .<br />

Para calcular a porcentagem (individual e média) <strong>de</strong> <strong>NaCl</strong> e Na + :<br />

P % (<strong>NaCl</strong>) = q/Q x 100 P % (<strong>NaCl</strong>) = 0.9643/1.0020 x 100<br />

P % (<strong>NaCl</strong>) = 96.24 % <strong>de</strong> <strong>NaCl</strong>.<br />

14


Para o Na + o cálculo é análogo. Então:<br />

P % (Na + ) = 0.3793/1.0020 x 100<br />

P % (Na + ) = 37.85 % <strong>de</strong> Na + .<br />

A porcentagem média é uma média aritmética simples das<br />

porcentagens individuais tanto para o <strong>NaCl</strong> quanto para o Na + :<br />

P média (<strong>NaCl</strong>) = 96.43+100.11+100.21/3 P m (<strong>NaCl</strong>) = 98.92 % <strong>de</strong> <strong>NaCl</strong>.<br />

P média (Na + ) = 37.93+39.38+39.42/3 P m (Na + ) = 38.91 % <strong>de</strong> Na + .<br />

Para se obter o erro relativo da massa <strong>de</strong> <strong>NaCl</strong>:<br />

ERRO = (m exp. – m teó. )/m teó. x 1000<br />

ERRO = (0.9892 – 1.0022)/1.0022 x 1000<br />

ERRO = -13 ppmil.<br />

No método <strong>de</strong> Volhard teve apenas uma diferença para a obtenção da massa<br />

<strong>de</strong> cloreto <strong>de</strong> sódio que foi:<br />

n <strong>NaCl</strong> = n AgNO3 - n KSCN<br />

m/MM = M . V – M . V m = (M . V – M . V) . MM<br />

m = (0.1 x 0.025 – 0.1 x 0.0081)58.44<br />

m = 0.09876 g <strong>de</strong> <strong>NaCl</strong> em 10 mL.<br />

Logo como a solução também foi <strong>de</strong> 100 mL teve-se 0.9876 g <strong>de</strong> <strong>NaCl</strong>.<br />

Todos os outros cálculos seguiram a mesmas fórmulas e equações.<br />

15

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!