16 Foz do Iguaçu, terça-feira, 2 de maio de 2017 Nacional GERAL Centrais vão ao Congresso negociar reformas e estudam nova greve, diz Paulinho JR Nesta semana, as centrais sindicais terão reuniões para definir um calendário de atos contra as reformas Camila Boehm Repórter da Agência Brasil O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, disse ontem (1º), que representantes das centrais sindicais irão hoje (2) ao Senado Federal para negociação possíveis mudanças na reformas trabalhista e da Previdência Social. A declaração ocorreu no ato da central sindical pelo 1º de Maio, em comemoração ao Dia do Trabalho, na Praça Campo de Bagatelle, zona norte da capital paulista, onde uma multidão se reuniu em frente ao palco. "Não aceitamos a reforma trabalhista como está. E vamos para a Câmara. E vamos para o governo. Se o governo Temer quiser negociar a partir de terça, nós estamos dispostos a negociar. Agora, se o governo não abrir negociação, se o governo não discutir com centrais, se o governo não mudar essa proposta, nós vamos parar o Brasil novamente", disse Paulinho da Força, como é mais conhecido, referindo-se à greve geral da última sexta-feira (28), convocada pelas centrais sindicais. A Força Sindical estima que 40 milhões pararam. Paulinho da Força, que é deputado federal pelo Solidariedade de São Paulo, disse que fará um apelo ao presidente Michel Temer para que seja "o cara que pacifica o país. E para isso tem que mudar a reforma da Previdência, tem que mudar a reforma trabalhista". Nesta semana, as centrais sindicais terão reuniões para definir um calendário de atos contra as reformas e há a possibilidade de uma nova greve geral caso não haja negociação com o governo, segundo Paulinho da Força. "Quem sabe a gente consiga fazer com que Brasília ouça as vozes das ruas", disse. A comemoração do Dia do Trabalho, que começou por volta das 9h, teve shows de artistas. O ato político ocorreu das 11h40 às 12h30, quando discursaram representantes sindicais e os deputados Orlando Silva Foto : Jaelcio Santana/ Força Sindical Paulinho da Força destacou que o dia é de festa, mas, principalmente, de luta pela manutenção dos direitos dos trabalhadores Em mensagem pelo Dia do Trabalho, divulgada por meio das redes sociais, o presidente Michel Temer disse que a reforma das leis trabalhistas que tramita no Congresso Nacional faz do 1º de Maio deste ano um "momento histórico". Temer afirmou que a "modernização das leis trabalhistas" criará emprego para os jovens e concederá direitos a trabalhadores que antes não tinham, como os temporários. Ele destacou a proposta de que acordos negociados entre trabalhadores e patrões prevaleça sobre o que diz a lei, que consta no texto da reforma. "Além de mais empregos, o resultado será mais harmonia na relação de (PCdoB-SP), Roberto Lucena (PV-SP) e Major Olímpio (SD-SP). Trabalhadores de diversas categorias participam da comemoração, como metalúrgicos, frentistas, construção civil, de condomínio e edifícios, têxteis, químicos, do setor de alimentação, técnicos em segurança, costureiras e aposentados. Em discursos, os representantes das categorias criticaram o atual momento político e criticaram as reformas trabalhista e da Previdência. Do sindicato dos frentistas de São Paulo, Luiz Arraes, pediu que as pessoas estejam atentas ao Congresso Nacional, que, segundo ele, está retirando direitos dos trabalhadores. Ele defendeu que o trabalhador não vote, em 2018, em parlamentares que votarem em medidas contra o trabalhador. "Ano que vem tem eleição. Não vamos esquecer o rosto de quem está retirando nossos direitos", disse. Do sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Miguel Torres, disse que as reformas estão tirando direitos que "foram conquistados com muita luta, com suor e até com morte. "[A população] não foi à greve para brincar, foi à greve para mostrar que não vai aceitar reformas que tiram direitos, reformas que diminuem os trabalhadores. Por isso tem que ficar atentos também em Brasília, temos que ficar de olho nos deputados e senadores, temos também alguns deputados que estão conosco. Mas nós temos que começar a buscar aqueles que votaram contra nós". Temer: reforma trabalhista trará "inúmeras vantagens" a quem não tinha direitos trabalho, e, portanto, menos ações na Justiça", disse o presidente. Temer destacou a queda da inflação, desde que assumiu o cargo, como elemento que demonstra a recuperação da economia, o que levará a uma redução do desemprego, que hoje atinge mais de 14 milhões de brasileiros, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "É com trabalho que vamos vencer nossas dificuldades. Os resultados já começam a aparecer", disse o presidente. "Acredite no Brasil, acredite na força de cada um em transformar o nosso País", completou. (Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil)
Exposição Hoje é dia de (e)Feito à Mão na Fundação Cultural Pg. 22 Pg. 22 Novela Gravações da próxima novela das sete passam por Foz, Rio e Petrópolis <strong>GAZETA</strong> <strong>DIARIO</strong> Foz do Iguaçu, terça-feira, 2 de maio de 2017 Qual sua maior diversão? Pesquisa lançada na última semanasobre os hábitos culturais dos brasileiros revela que 56% dos entrevistados – o correspondente a cerca de 86 milhões de pessoas – frequentaram pelo menos uma atividade cultural no ano passado, com avanço de três pontos percentuais em comparação a 2015. Página 23
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