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TERRITÓRIO DA PLANÍCIE LITORÂNEA PLANO DE ... - Codevasf

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01<br />

<strong>PLANO</strong> <strong>DE</strong> AÇÃO PARA O<br />

<strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO INTEGRADO <strong>DA</strong> BACIA DO<br />

SÍNTESE EXECUTIVA<br />

<strong>TERRITÓRIO</strong> <strong>DA</strong> <strong>PLANÍCIE</strong> <strong>LITORÂNEA</strong>


<strong>PLANO</strong> <strong>DE</strong> AÇÃO PARA O<br />

<strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO INTEGRADO <strong>DA</strong> BACIA DO<br />

SÍNTESE EXECUTIVA<br />

<strong>TERRITÓRIO</strong> <strong>DA</strong> <strong>PLANÍCIE</strong> <strong>LITORÂNEA</strong>


© 2006 Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba – PLANAP.<br />

Todos os direitos reservados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – CO<strong>DE</strong>VASF. Os textos contidos nesta publicação,<br />

desde que não usados para fins comerciais, poderão ser reproduzidos, armazenados ou transmitidos. As imagens não podem ser reproduzidas, transmitidas ou<br />

utilizadas sem expressa autorização dos detentores dos respectivos direitos autorais.<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE <strong>DA</strong> REPÚBLICA<br />

Luiz Inácio Lula da Silva<br />

MINISTÉRIO <strong>DA</strong> INTEGRAÇÃO NACIONAL<br />

Ministro da Integração Nacional<br />

Ciro Ferreira Gomes<br />

Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco<br />

e do Parnaíba - CO<strong>DE</strong>VASF<br />

Empresa pública vinculada ao Ministério da Integração Nacional<br />

Presidente<br />

Luiz Carlos Everton de Farias<br />

Diretora da Área de Administração<br />

Ana Lourdes Nogueira Almeida<br />

Diretor da Área de Engenharia<br />

Clementino Souza Coelho<br />

Diretor da Área de Produção<br />

Marcos Moreira (respondendo pela Diretoria)<br />

Gerente-Executivo da Área de Planejamento<br />

Alexandre Isaac Freire<br />

Superintendentes Regionais<br />

1 a SR: Anderson de Vasconcelos Chaves<br />

2 a SR: Jonas Paulo de Oliveira Neres<br />

3 a SR: Isabel Cristina de Oliveira<br />

4 a SR: Paulo Carvalho Viana<br />

5 a SR: Antônio Nelson Oliveira de Azevedo<br />

6 a SR: Manoel Alcides Modesto Coelho<br />

7 a SR: Hildo Diniz da Silva<br />

Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da<br />

Bacia do Parnaíba – PLANAP<br />

PROJETO BRA/OEA/02/001<br />

Coordenador Nacional<br />

Ivan Dantas Mesquita Martins – CO<strong>DE</strong>VASF<br />

Coordenador Internacional<br />

Nelson da Franca Ribeiro dos Anjos – OEA<br />

Coordenadora Técnica e Metodológica<br />

Rejane Tavares– OEA/CO<strong>DE</strong>VASF<br />

Consultora em Ciências Sociais<br />

Jeosafira Chagas Rocha – OEA/CO<strong>DE</strong>VASF<br />

Consultora em Projetos Produtivos<br />

Vera Lúcia Costa da Silva – OEA/CO<strong>DE</strong>VASF<br />

Brasil. Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – CO<strong>DE</strong>VASF<br />

PARCEIROS GOVERNAMENTAIS<br />

Diretor-Executivo da A<strong>DE</strong>NE<br />

José Zenóbio Teixeira de Vasconcelos<br />

Governador do Estado do Piauí<br />

José Wellington Barroso Dias<br />

Governador do Estado do Maranhão<br />

José Reinaldo Tavares<br />

Governador do Estado do Ceará<br />

Lúcio Gonçalves de Alcântara<br />

Secretário de Planejamento do Piauí<br />

Merlong Solano Nogueira<br />

Secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão do Maranhão<br />

Simão Cirineu Dias<br />

Secretário de Desenvolvimento Local e Regional do Ceará<br />

Alex Araújo<br />

Coordenadora<br />

Marcia Márcia Malvina Alves Cavalcante<br />

Produção da Publicação:<br />

T<strong>DA</strong> Desenho & Arte Ltda.<br />

Diretor responsável: Marcos Rebouças<br />

Criação do projeto gráfico:<br />

Marcos Rebouças e Giovanna Tedesco<br />

Diagramação: Giovanna Tedesco e Eduardo Meneses<br />

Ilustrações: Thiago Santos<br />

Revisão: Rejane de Meneses e Yana Palankof<br />

www.tdabrasil.com.br<br />

Foto da Capa<br />

Paulo Laborne<br />

Porto das Barcas – Parnaíba-PI<br />

Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território da Planície Litorânea / Companhia de<br />

Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – CO<strong>DE</strong>VASF. – Brasília, DF : T<strong>DA</strong> Desenhos & Arte Ltda., 2006.<br />

72p. : il. – (Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP ; v.1)<br />

1. Desenvolvimento sustentável. 2. Meio ambiente. I. Título. II. PLANAP. III. Síntese executiva. I V. Território da Planície Litorânea.


Sumário<br />

Introdução 9<br />

1. ���� �ro����o �ro����o ��rt�����t��o ��rt�����t��o 111<br />

1.1. Participação dos atores sociais 13<br />

1.2. Participação institucional 14<br />

2. C�r��t�r�z�ção do T�rr�tór�o 15<br />

2.1. Características fisiográficas 17<br />

2.2. Características socioeconômicas 19<br />

3. D��gnó�t��o ��rt�����t��o �om b��� no S��t�m� Itog 21<br />

3.1. Dimensão ambiental 23<br />

3.1.1. Recursos naturais 24<br />

3.2. Dimensão sociocultural 25<br />

3.2.1. Saúde, educação e cultura 26<br />

3.3. Dimensão econômica 27<br />

3.3.1. Agricultura 27<br />

3.3.2. Pecuária 27<br />

3.3.3. Crédito, instituições financeiras, comércio e serviços 28<br />

3.3.4. Extrativismo, produção artesanal e agroindústria 31<br />

3.3.5. Acesso à terra e à infra-estrutura 31<br />

3.3.6. Turismo 32<br />

3.3.6. 1. Turismo – informações complementares 32<br />

3.4. Tendências das atividades produtivas 37<br />

4. Ár��� d� r�l���nt� �nt�r���� �ol�t��o ��r���nt�d�� �or d�m�n�ão 39<br />

5. Proj�to� ��r� o T�rr�tór�o 45<br />

5.1. Fundamentos técnicos que embasaram a proposição dos projetos 47<br />

5.2. Processo de priorização das propostas de projetos 48<br />

5.3. Propostas de projetos de desenvolvimento para o Território 48<br />

5.3.1. Condicionantes para a implantação dos projetos prioritários 49<br />

5.4. Propostas de projetos prioritários para geração de renda e inclusão social 50<br />

5.5. Outras propostas de projetos 52<br />

6. No�� �n�t�tu��on�l�d�d�: � �fi��ên��� �ol�t��� 55


7. B�bl�ogr�fi� ��l���on�d� 59<br />

7.1. Bibliografia consultada 61<br />

7.2. Sites de interesse 62<br />

8. Pr�n������ �tor�� n� �l�bor�ção do PLANAP ��r� o T�rr�tór�o d� Pl�ní��� L�torân�� 63<br />

8.1. Organismos governamentais envolvidos no processo 65<br />

8.1.1. Federais 65<br />

8.1.2. Estaduais 65<br />

8.1.3. Municipais 65<br />

8.2. Organismos Não Governamentais 67<br />

8.3.Direção e coordenação da CO<strong>DE</strong>VASF 68<br />

8.4. Equipe de elaboração do PLANAP – Território da Planície Litorânea 68<br />

8.5. Membros dos Grupos de Trabalho das Oficinas de Construção do PLANAP 69<br />

An�xo 73<br />

Lista de boxes<br />

1. A história – rápida contextualização 19<br />

2. O Território – as dimensões intangíveis do desenvolvimento 25<br />

3. Características ambientais e UCs propostas para o Território 29<br />

4. Fragilidades dos sistemas ambientais 30<br />

5. Bovinocultura de leite 33<br />

6. O artesanato no caminho da sustentabilidade 34<br />

7. Pesca artesanal – sustentabilidade possível 43<br />

8. Aqüicultura 51<br />

Lista de figuras<br />

1. Mapeamento das atividades produtivas 37<br />

2. Tendências das atividades produtivas 38<br />

3. Composição das áreas de relevante interesse coletivo no AG 1 42<br />

4. Composição das áreas de relevante interesse coletivo no AG 2 42<br />

5. Convergência e interdependência das proposições 44<br />

6. Fundamentos técnicos por atividade 47<br />

7. Matriz de multicritérios 48<br />

Lista de quadros<br />

1. Número de representantes dos municípios por evento realizado 13<br />

2. Número de participantes por instituição envolvida nos eventos 14<br />

3. Área, população e densidade demográfica por município e por Aglomerado componente do Território 17<br />

4. Características fisiográficas e ambientais do Território 18<br />

5. Características gerais e socioeconômicas do Território 20<br />

6. Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste (PRO<strong>DE</strong>TUR) – proposta de investimentos prioritários 35<br />

7. Formas alternativas de gestão 58<br />

Lista de fotos<br />

Praia no delta do rio Parnaíba 12<br />

Região portuária de Parnaíba-PI 16<br />

Pôr-do-sol no rio Parnaíba 22<br />

Canal Principal do Projeto de Irrigação dos Tabuleiros Litorâneos nos municípios de Parnaíba e Buriti dos Lopes-PI 40<br />

Dunas no delta do rio Parnaíba 46<br />

Casario histórico em Buriti dos Lopes-PI 56<br />

Dunas no delta do rio Parnaíba 60<br />

Porto no Delta do rio Parnaíba – Embarcações de pesca e transporte 64


Siglas e abreviaturas<br />

ACS Agente Comunitário de Saúde<br />

A<strong>DE</strong>NE Agência de Desenvolvimento do Nordeste<br />

AG Aglomerado<br />

AGESPISA Águas e Esgotos do Piauí S. A.<br />

AGF Aquisição do Governo Federal<br />

ANATEL Agência Nacional de Telecomunicações<br />

APA Área de Proteção Ambiental<br />

APAE Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais<br />

APL Arranjo Produtivo Local<br />

ARIE Área de Relevante Interesse Ecológico<br />

BB Banco do Brasil<br />

BEM Banco do Estado do Maranhão<br />

BEP Banco do Estado do Piauí<br />

BID Banco Interamericano de Desenvolvimento<br />

BNB Banco do Nordeste do Brasil<br />

BN<strong>DE</strong>S Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social<br />

BRA Brasil<br />

CEMA Companhia de Águas e Esgoto do Maranhão<br />

CAGECE Companhia de Águas e Esgoto do Ceará<br />

CEMA Ceará<br />

CEASA Central de Abastecimento S. A.<br />

CEF Caixa Econômica Federal<br />

CEFET Centro Federal de Educação Tecnológica<br />

CEMAR Centrais Elétricas do Maranhão<br />

CEPES Centro Popular Esperantinense (Piauí)<br />

CEPISA Companhia de Eletrificação do Piauí S. A.<br />

CMDRS Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável<br />

CO<strong>DE</strong>VASF Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba<br />

COELCE Centrais Elétricas do Ceará<br />

CONSEMA Conselho Estadual do Meio Ambiente<br />

CPRM Companhia de Pesquisa dos Recursos Minerais<br />

<strong>DE</strong>R Departamento de Estradas e Rodagem<br />

DITALPI Distrito de Irrigação Tabuleiros Litorâneos do Piauí<br />

DLIS Desenvolvimento Local Integrado Sustentável<br />

DNIT Departamento Nacional de Infra-Estrutura e Transporte<br />

DNOCS Departamento Nacional de Obras Contra a Seca<br />

EE Estação Ecológica<br />

EJA Educação de Jovens e Adultos<br />

EMATER Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural<br />

EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária<br />

EXPO Exposição<br />

FAO Organização das Nações Unidas para Agricultura e a Alimentação<br />

FINAME Linha de apoio financeiro/BN<strong>DE</strong>S por intermédio de instituições financeiras credenciadas<br />

FNE Fundo de Desenvolvimento do Nordeste<br />

FPE Fundo de Participação dos Estados<br />

FPM Fundo de Participação dos Municípios<br />

FUMBIO Fundo Brasileiro para a Biodiversidade<br />

FUN<strong>DE</strong>F Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério<br />

GERCO Gerenciamento Costeiro


IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis<br />

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística<br />

IDH Índice de Desenvolvimento Humano<br />

IDH-M Índice de Desenvolvimento Humano Municipal<br />

INCRA Instituto de Colonização e Reforma Agrária<br />

INMET Instituto Nacional de Meteorologia<br />

ITOG Investimento, Tecnologia, Organização e Gestão<br />

MA Maranhão<br />

MCT Ministério da Ciência e Tecnologia<br />

MCR Manual de Crédito Rural<br />

MDICE Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior<br />

MMA Ministério do Meio Ambiente<br />

MME Ministério das Minas e Energia<br />

MPE Programa Melhores Práticas para o Ecoturismo<br />

MST Movimento dos Sem-Terra<br />

MTUR Ministério do Turismo<br />

OEA Organização dos Estados Americanos<br />

ONG Organização Não Governamental<br />

PAB Programa do Artesanato Brasileiro<br />

PD<strong>DE</strong> Programa Dinheiro Direto na Escola<br />

PDITS Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável<br />

PI Piauí<br />

PIB Produto Interno Bruto<br />

PNAE Programa Nacional de Alimentação Escolar<br />

PNAT Programa Nacional de Transporte Escolar<br />

PRO<strong>DE</strong>TU Programa de Desenvolvimento do Turismo<br />

PROFORMAÇÃO Programa de Formação de Professores em Exercício<br />

PROGER Programa de Geração de Emprego e Renda<br />

PRONAF Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar<br />

PSB Programa da Saúde Bucal<br />

PSF Programa de Saúde da Família<br />

RESEX Reserva Extrativista Marinha<br />

RPPN Reserva Particular do Patrimônio Natural<br />

SEAP/PR Secretaria de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República<br />

SEBRAE Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas<br />

SEINFRA Secretaria de Infra-Estrutura<br />

SEMAR Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais – PI<br />

SENAR Serviço Nacional de Aprendizagem Rural<br />

SENAC Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial<br />

SEPLAN Secretaria de Planejamento<br />

SESC Serviço Social do Comércio<br />

SIAB Sistema de Informação da Atenção Básica<br />

STN Secretaria do Tesouro Nacional<br />

STR Sindicato dos Trabalhadores Rurais<br />

TCU Tribunal de Contas da União<br />

UC Unidade de Conservação<br />

UESPI Universidade Estadual do Piauí<br />

ZEE Zoneamento Ecológico-Econômico


EquIPE TÉCNICA<br />

Amália Rodrigues de Almeida – SEDUC-PI<br />

Ana Amélia Bastos Guimarães – CO<strong>DE</strong>VASF SE<strong>DE</strong><br />

Ana Maria Barata – CO<strong>DE</strong>VASF SE<strong>DE</strong><br />

Andréa Simone dos S. Sousa – SEPLAN-PI<br />

Anísio Ferreira Lima Neto – Prestador de Serviço<br />

Aristóteles Fernandes de Melo – CO<strong>DE</strong>VASF SE<strong>DE</strong><br />

Carlos Henrique da Silva Marques – CO<strong>DE</strong>VASF SE<strong>DE</strong><br />

Dalgoberto Coelho de Araújo – A<strong>DE</strong>NE<br />

Elder Barros Gama Vieira – CO<strong>DE</strong>VASF SE<strong>DE</strong><br />

Eliete Marreiros – SEPLAN-PI<br />

Elson Antônio Fernandes – CO<strong>DE</strong>VASF SE<strong>DE</strong><br />

Evandro Cardoso – IICA/SEPLAN-PI<br />

Francisco das Chagas Ferreira – SEPLAN-PI<br />

Francisco Fernandes de Assis –EMATER-PI<br />

Gilma Maria Nunes Ferreira – SEPLAN-PI<br />

Hélio Nunes Alencar – SEPLAN-PI<br />

Hilda Maria Miranda Pereira – Colaboradora<br />

Janaína Barros Siqueira Mendes – CEPES<br />

Joanete Silva Pereira – Colaboradora<br />

João Heliodoro Barros de Oliveira – CO<strong>DE</strong>VASF 7 a SR<br />

José Irapuan Brandão Mendes – Colaborador<br />

Juraci Vieira Gutierres – Colaboradora<br />

Liz Elizabeth de C. Meireles – SEPLAN-PI<br />

Luiz Almir Lebre Cavalcanti – CO<strong>DE</strong>VASF SE<strong>DE</strong><br />

Marcos Matos de Vasconcelos – SEMAR-PI<br />

Maria do Socorro Nascimento – SEPLAN-PI<br />

Maria do Socorro Vasconcelos Ribeiro – CO<strong>DE</strong>VASF 7 a SR<br />

Maria do Socorro Vilar – A<strong>DE</strong>NE<br />

Maria Francisca Teresa Lima – A<strong>DE</strong>NE<br />

Maria Lúcia Holanda Gurjão – SDLR-CE<br />

Maria Valdenete P.Nogueira – CO<strong>DE</strong>VASF SE<strong>DE</strong><br />

Miguel Farinasso – CO<strong>DE</strong>VASF SE<strong>DE</strong><br />

Noêmia Gualberto de Souza – CO<strong>DE</strong>VASF SE<strong>DE</strong><br />

Paulo Afonso Silva – CO<strong>DE</strong>VASF SE<strong>DE</strong><br />

Raimundo Ulisses de Oliveira Filho – Prefeitura de Teresina<br />

Raimuniza Frota – SEPLAN-PI<br />

Risomar Maria Garcia Fernandes – EMATER-PI<br />

Robert Costa Mascarenhas – CEPES<br />

Ronaldo Fernandes Pereira – CO<strong>DE</strong>VASF 4 a SR<br />

Rosa Maria de Melo Lima – CEPES<br />

Rosany Coelho Ferreira Pernambuco Nogueira – CO<strong>DE</strong>VASF SE<strong>DE</strong><br />

Sandra Alves dos Santos – Colaboradora<br />

Sônia Maria Fernandes de Sousa – SEPLAN-PI<br />

Tadeu Marcos Forte Leite – CO<strong>DE</strong>VASF SE<strong>DE</strong><br />

Tânia Maria Sabino de Matos Brito – SDLR-CE<br />

Teresinha de Jesus Alves Aguiar – SEMAR-PI<br />

Teresinha Frota de carvalho – SEPLAN-PI<br />

Vamberto Barbosa Braz – CO<strong>DE</strong>VASF 7 a SR<br />

Vera Lúcia Batista da Silva Assunção – A<strong>DE</strong>NE<br />

Victor Uchoa Ferreira da Silva – A<strong>DE</strong>NE<br />

Vilma Carvalho Amorim – CEPES<br />

EquIPES <strong>DE</strong> APOIO<br />

Ana Maria Faturi – CO<strong>DE</strong>VASF SE<strong>DE</strong><br />

Alexandre Leopoldo Curado – CO<strong>DE</strong>VASF SE<strong>DE</strong><br />

Edson Viana Barros – CO<strong>DE</strong>VASF SE<strong>DE</strong><br />

Eliane Pimenta Santos – CO<strong>DE</strong>VASF SE<strong>DE</strong><br />

Gilmar Mendes de Moura – Estagiário<br />

Ivone da Silva Barbosa – IICA/SEPLAN<br />

João Constantino Ferraz – CO<strong>DE</strong>VASF 7ª SR<br />

João Quaresma Ferreira – SEPLAN-PI<br />

Joniel Jonny da Cunha Lopes – Contrato<br />

Joilson José Rodrigues da Silva – CO<strong>DE</strong>VASF 7ª SR<br />

Leiane Viana Leal – Estagiária<br />

Maria do Monte Serrate Cunha – CEPRO-PI<br />

Maria Isabel Macedo Bacelar – SEPLAN-PI<br />

Maria Rosa de Oliveira – CO<strong>DE</strong>VASF SE<strong>DE</strong><br />

Raniere Ibiapina Martins – CO<strong>DE</strong>VASF 7ª SR<br />

INSTITuIÇõES PARCEIRAS<br />

ABC/MRE<br />

Banco do Nordeste do Brasil – BNB<br />

Brasil Eco-Diesel Ltda.<br />

Câmara Setorial da Ovinocaprinocultura<br />

Câmara Setorial de Apicultura<br />

CEPES<br />

CINPRA-COCAIS<br />

CONSAD<br />

Consórcio ZEE BRASIL<br />

CPRM<br />

Delta Cooperativa<br />

EMATER-PI<br />

Embrapa Meio-Norte<br />

FACOV – Federação de Ovinocaprinocultura do Piauí<br />

IBAMA<br />

IBGE<br />

INPE<br />

Lili Doces Ltda.<br />

Longá Indústria de Alimentos<br />

M<strong>DA</strong>/SDT<br />

MMA<br />

Movimento de Mulheres Quebradeiras de Coco<br />

PCPR-PI<br />

Prefeituras dos Municípios da Bacia do Parnaíba<br />

PRO<strong>DA</strong>RTE<br />

SDR/MI<br />

SDR/PRONAF-PI<br />

SEBRAE<br />

SEDUC-PI<br />

SEMAR-PI<br />

SFA-PI<br />

SIH/MI<br />

UFPI/CAT<br />

UFPI/CCA


Mapa de localização da Bacia do Parnaíba<br />

América do Sul


Introdução<br />

O<br />

objetivo do Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba<br />

(PLANAP – Projeto CO<strong>DE</strong>VASF/OEA/BRA/02/001) é promover o desenvolvimento<br />

sustentável da Bacia do Parnaíba, visando ao crescimento da economia<br />

regional e à melhoria da qualidade de vida da população.<br />

O PLANAP desdobrar-se-á em um plano de curto prazo para o aproveitamento das infra-estruturas<br />

hídricas existentes; plano de desenvolvimento com ações de médio e longo prazos<br />

– horizonte temporal de vinte anos; macrozoneamento ecológico-econômico e subsídio<br />

para os planos territoriais de desenvolvimento do Estado do Piauí e para o Plano Nacional<br />

de Assistência Técnica e Extensão Rural para o Piauí ( PNATER/PI).<br />

Assim, os municípios que compõem a Bacia do Parnaíba foram reunidos em Aglomerados e<br />

Territórios obedecendo a parâmetros socioeconômicos, técnicos, de vocações produtivas,<br />

culturais e ambientais. O Território da Planície Litorânea abrange os municípios de Água<br />

Doce do Maranhão, Araioses e Tutóia, no Maranhão; Granja, no Ceará; Bom Princípio do<br />

Piauí, Buriti dos Lopes, Cajueiro da Praia, Caraúbas do Piauí, Caxingó, Cocal, Cocal dos<br />

Alves, Ilha Grande, Luís Correia, Murici dos Portelas, e Parnaíba, no Piauí.<br />

Trabalhando com metodologia participativa, o PLANAP define um novo olhar para os processos<br />

multidimensionais para descobrir as dinâmicas emergentes nos Territórios, as novas<br />

configurações produtivas e as iniciativas construídas pela própria sociedade, que assinalam<br />

alternativas, inovações e sementes de melhor futuro.<br />

Concebido no período de fevereiro a maio de 2005 e refletindo o resultado da construção coletiva,<br />

o PLANAP para o Território da Planície Litorânea está dividido em nove capítulos.<br />

O Capítulo 1 refere-se ao processo participativo na construção e na definição das propostas<br />

dos projetos.<br />

A composição do Território e as principais características fisiográficas, ambientais e socioeconômicas<br />

são apresentadas no Capítulo 2. O diagnóstico participativo baseado no Sistema<br />

Itog (Investimento, Tecnologia, Organização e Gestão) abrangendo as dimensões econômica,<br />

ambiental e sociocultural está contido no Capítulo 3.<br />

As áreas de relevante interesse coletivo, indicativas para a definição dos projetos, estão no<br />

Capítulo 4. O Capítulo 5 trata das propostas de desenvolvimento e de projetos priorizados<br />

para o Território. Já no capítulo 6 estão enfocadas as alternativas de novas institucionalidades<br />

para a gestão das ações do PLANAP no Território.<br />

O capítulo 7 contém a bibliografia e os documentos selecionados para estudo. O Capítulo 8<br />

apresenta os principais atores na elaboração do PLANAP.<br />

O Anexo contendo os documentos que subsidiaram a construção do plano está em um CD que<br />

acompanha esta edição.


TUTÓIA<br />

ÁGUA DOCE<br />

DO MARANHÃO<br />

MURICIDOS<br />

PORTELAS<br />

ARAIOSES<br />

AG 1<br />

BURITI<br />

DOS LOPES<br />

ILHA GRAN<strong>DE</strong><br />

CAXINGÓ<br />

CARAÚBAS<br />

DO PIAUÍ<br />

B���� do R�o P�rn�íb�<br />

PARNAÍBA<br />

LUÍS CORREIA<br />

BOM PRINCÍPIO<br />

DO PIAUÍ<br />

AG 2<br />

COCAL<br />

CAJUEIRO<br />

<strong>DA</strong> PRAIA<br />

COCAL<br />

DOS ALVES<br />

B���� do R�o P�rn�íb�<br />

T�rr�tór�o d� Pl�ní��� L�torân��<br />

GRANJA


O prOceSSO participativO 1


praia no delta do rio parnaíba-pi


foto: Paulo Laborne<br />

A construção do Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba<br />

– Território da Planície Litorânea teve como premissa um ambiente político e social favorável<br />

à mobilização e à sensibilização.<br />

A utilização de instrumentos de planejamento participativo foi uma constante desde o diagnóstico<br />

até a definição de projetos prioritários na compreensão de que no processo de<br />

desenvolvimento as ações locais ganham coerência e complementaridade de esforços, resultando<br />

em bem-estar econômico, sustentabilidade ambiental, democracia participativa,<br />

alteridade cultural, eqüidade social e liberdade espiritual.<br />

1.1. participação dos atores sociais<br />

Nos três eventos realizados participaram 477 atores sociais, entre instituições públicas,<br />

ONGs, universidades, instituições financeiras, associações, sindicatos, cooperativas e atores<br />

sociais sem vinculação associativa.<br />

Quadro 1. Número de representantes dos municípios por evento realizado<br />

Municípios<br />

No Quadro 1, é possível observar que o número de atores sociais participantes foi decrescendo.<br />

Aqui é importante mencionar que nas reuniões municipais, após a definição de critérios<br />

pelos participantes, eram escolhidos, no máximo, cinco atores sociais para representar<br />

o município na oficina do Aglomerado.<br />

1 Ver volume 12 – Metodologia e plano global.<br />

reunião no<br />

município<br />

Oficina do<br />

aglomerado<br />

Oficina do<br />

território<br />

aglomerado 1 252 45 19<br />

Água Doce do Maranhão 35 5 2<br />

Araioses 25 4 0<br />

Cajueiro da Praia 26 3 2<br />

Granja 21 5 2<br />

Ilha Grande 37 5 3<br />

Luís Correia 23 4 2<br />

Parnaíba 46 16 6<br />

Tutóia 39 3 2<br />

aglomerado 2 225 34 18<br />

Bom Princípio do Piauí 33 3 2<br />

Buriti dos Lopes 51 11 2<br />

Caraúbas do Piauí 28 5 3<br />

Caxingó 22 3 3<br />

Cocal 38 3 3<br />

Cocal dos Alves 20 6 2<br />

Murici dos Portelas 33 3 3<br />

total 477 79 37<br />

13<br />

tD1 – território da planície Litorânea


14<br />

pLaNap – plano de ação para o Desenvolvimento integrado da Bacia do parnaíba<br />

Nesse evento – oficina do Aglomerado – foram selecionados<br />

três atores, por município, que participaram da oficina<br />

do Território. É interessante ressaltar que a maioria dos<br />

critérios que norteou a escolha dos atores sociais para participar<br />

desse processo foi comum a todos os municípios,<br />

tais como:<br />

Quadro 2. Número de participantes por instituição envolvida nos eventos<br />

eventos local /<br />

data<br />

Reuniões de<br />

mobilização<br />

nos municípios<br />

17/02 a 04/03/2005<br />

Oficinas dos<br />

Aglomerados em<br />

Buriti dos Lopes-PI e<br />

Parnaíba-PI<br />

18/03 a 20/03/2005<br />

Oficina do Território<br />

emParnaíba-PI<br />

08/04 a 10/04/2005<br />

Fonte: PLANAP<br />

Federal estadual<br />

1.2. participação institucional<br />

Como mostra o Quadro 2, a participação de atores sociais<br />

por instituição envolvida no processo firmou-se na oficina<br />

do Território, fortalecendo o tecido social e criando vínculos<br />

de compromisso, deixando claro que:<br />

• as parcerias com a sociedade formam um elemento fundamental<br />

para a continuidade do processo de construção<br />

coletiva. Construir sinergias e parcerias implica mudanças<br />

de relacionamento. Quando os atores se articulam na<br />

confiança, é sempre possível construir o diálogo;<br />

• a articulação intra e intergovernamental são articulações<br />

que permitem refletir e propor, validar e priorizar, negociar<br />

e decidir, capacitar e financiar, mostrar e realizar,<br />

acompanhar e avaliar, enfim, participar ativa e democraticamente<br />

da construção coletiva;<br />

• a convergência e a integração das ações conduzem à concertação<br />

das políticas públicas e das parcerias.<br />

Desde as reuniões de mobilização, os participantes apresentaram-se<br />

como pessoas interessadas e preocupadas com<br />

o desenvolvimento da região e com o processo de organi-<br />

• interesse pelo desenvolvimento sustentável do município;<br />

• conhecimento do município e das questões ambientais;<br />

• visão regional;<br />

• responsabilidade coletiva;<br />

• bom relacionamento institucional e social;<br />

• visão de futuro.<br />

Municipal ONGs e<br />

executivo Legislativo empresas<br />

Universidades<br />

instituições<br />

financeiras<br />

2 2 33 14 37 2 4 94<br />

1 3 15 1 5 1 2 28<br />

6 4 12 1 5 1 2 31<br />

total<br />

zação com caráter de participação democrática e decisões<br />

tomadas com a participação de todos.<br />

Os conflitos foram tratados como uma situação natural e<br />

funcional que deu movimento e indicou a identidade do<br />

Território.<br />

fotos: José Orli


caracterizaçãO DO territóriO


egião portuária de parnaíba-pi


foto: Paulo Laborne<br />

O Território da Planície Litorânea é composto por dois Aglomerados: AG 1, com oito municípios,<br />

e AG 2, com sete municípios distribuídos nos Estados do Ceará, do Maranhão e do<br />

Piauí, conforme mostra o Quadro 3.<br />

Treze dos quinze municípios do Território têm sua maior população na zona rural, que,<br />

juntamente com a urbana, compõe um total de 369.227 habitantes. Somente Parnaíba e<br />

Ilha Grande têm maior população urbana configurando forte conurbação entre os dois<br />

municípios. 2<br />

Ressalte-se que o município de Parnaíba possui a maior densidade demográfica, com 305,7<br />

hab./km²; o município de Granja – criado em 1776 – tem a maior área territorial e uma<br />

densidade demográfica de 17,9 hab./km²; Bom Princípio do Piauí tem a mais baixa densidade<br />

demográfica do Território: 5,3 hab./km².<br />

Quadro 3. Área, população e densidade demográfica por município e por aglomerado<br />

componente do território<br />

Municípios Área população aglomerado<br />

2 Ver Perfis dos Aglomerados – Anexo.<br />

km² % Habitantes %<br />

Água Doce do Maranhão-MA 4434,8 3,6 9.703 2,6 AG - 1<br />

Araioses-MA 1.596,1 13,2 34.906 9,5 AG - 1<br />

Bom Princípio do Piauí-PI 864,2 7,1 4.625 1,3 AG - 2<br />

Buriti dos Lopes-PI 526,6 4,3 18.598 5,0 AG - 2<br />

Cajueiro da Praia-PI 283,0 2,3 6.122 1,7 AG - 1<br />

Caraúbas do Piauí-PI 470,7 3,9 4.809 1,3 AG - 2<br />

Caxingó-PI 498,4 4,1 4.147 1,1 AG - 2<br />

Cocal-PI 918,6 7,6 24.150 6,5 AG - 2<br />

Cocal dos Alves-PI 288,4 2,4 5.155 1,4 AG - 2<br />

Granja-CE 2.705,0 22,3 48.484 13,1 AG - 1<br />

Ilha Grande-PI 122,5 1,0 7.890 2,1 AG - 1<br />

Luís Correia-PI 1.077,0 8,9 24.253 6,6 AG - 1<br />

Murici dos Portelas-PI 465,1 3,8 6.375 1,7 AG - 2<br />

Parnaíba-PI 432,5 3,6 132.282 35,8 AG - 1<br />

Tutóia-PI 1.429,8 11,8 37.728 10,2 AG - 1<br />

total 12.112,7 100 369.227 100<br />

Fonte: IBGE – Censo 2000<br />

2.1. características fisiográficas<br />

A população convive em um ambiente cujas características estão sintetizadas no Quadro 4<br />

a seguir.<br />

17<br />

tD1 – território da planície Litorânea


18<br />

pLaNap – plano de ação para o Desenvolvimento integrado da Bacia do parnaíba<br />

Quadro 4. características fisiográficas e ambientais do território<br />

cobertura vegetal Restinga, mangue, campo caatinga, campo cerrado, floresta secundária mista, parque cerrado, caatinga arbustiva,<br />

caatinga arbórea, dunas móveis e fixas, área contato cerrado, aluvião campos salgados e campos inundados<br />

Unidades de<br />

conservação<br />

• Área de Proteção Ambiental (APA) do delta do Parnaíba, criada pelo decreto de 28/08/1996<br />

• Área de Proteção Ambiental da Serra da Ibiapaba, criada pelo decreto de 26/11/1996<br />

• Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), Fazenda Castro, com 139,68 ha, localizada no município<br />

de Caxingó-PI<br />

• Reserva Particular do Patrimônio Natural Ilha do Caju, localizada no município de Araioses-MA<br />

• Reserva Extrativista Marinha (RESEX) do delta do Parnaíba, criada pelo decreto de 16/11/2000 com área de<br />

27.560 ha, envolvendo os municípios de Ilha Grande-PI e Araioses-MA<br />

relevo Planície litorânea com altitudes não superiores a 15 m. Chapadões e depressões com residuais do meio norte com<br />

altitudes chegando a até 179 m<br />

Geossistemas Superfície litorânea, delta do Parnaíba e tabuleiros do Parnaíba<br />

precipitação A precipitação média anual está entre 900 mm e 1.200 mm, com maior concentração nos meses de fevereiro a abril<br />

evaporação A evaporação média anual está próxima de 1.600 mm, acentuando-se nos meses de setembro a novembro<br />

Umidade relativa A umidade relativa do ar está entre 50% (julho a novembro) e 80% (março a maio), sendo maior no AG, 1 onde<br />

estão os municípios costeiros<br />

insolação A insolação média anual é de cerca de 3.000 horas, sendo mais acentuada de julho a outubro<br />

principais rios e lagoas Rios: Parnaíba, Longá, Pirangi, Cardoso, Camurupim, Timonha, Barro Duro, Magu, Pachicá e Igaraçu<br />

Lagoas: Portinho, Sobradinho, Grande do Buriti, do Dezinho<br />

temperatura Temperatura mínima anual de 21 °C, média anual de 24 °C e máxima anual de 33 °C<br />

clima Tropical semi-árido quente, com 6 meses secos, temperatura média maior que 18 °C durante todos os meses do ano.<br />

Água subterrânea A formação Cabeças é o principal sistema aqüífero da região, com maior potencial para o artesianismo. Apresenta<br />

vocação hidrogeológica variando de média a forte e muito forte; estende-se desde o rio Parnaíba, a noroeste de<br />

Buriti dos Lopes, passando por trechos dos rios Longá e Piracuruca até o rio Corrente, a leste de Barras<br />

Geologia Superfície litorânea: sedimentos eólicos holocentro, aluviões holocentro –sedimentos inconsolidados, dunas e<br />

paleodunas; ocorrência de diamante e NaCl<br />

Delta do Parnaíba: sedimentos deltaicos (areia, silte, argila e vazas)<br />

Tabuleiros do Parnaíba: Formações Pirabas (sedimentos areno-argilosos e lateríticos; Grupo Barreiras (arenitos<br />

ferruginosos conglomeráticos, lateritizados e argilitos na base; sedimentos pouco consolidados, avermelhados e<br />

constituídos de arenito síltico-argiloso e conglomeráticos); ocorrência de calcário no Complexo Granja: migmatitos<br />

diversos, granoblastitos e granolitos, recursos minerais: amianto, calcário, ferro-talco e rutilo; formação Pimenteira:<br />

folhelho cinza-escuro a preto com delgadas camadas de arenito fino; ocorrência de argila na formação Sardinha:<br />

basaltos escuros, predominantemente alterados, diabásicos, gabros e micromangeritos; ocorrência de cobre<br />

Fonte: CPRM/MME, EMBRAPA, IBGE, INMET, ZEE Baixo Rio Parnaíba/MMA, 2002<br />

Barcos de pesca artesanal no delta do rio Parnaíba-PI<br />

foto: Paulo Laborne


Box 1<br />

A h��tór�� – rá��d� �ont�xtu�l�z�ção<br />

Uma das mais dificultosas e trabalhosas navegações de todo o mar Oceano é a que se<br />

faz do Maranhão ao Ceará, pela costa, não só pelos muitos e cegos baixios, mas muito<br />

mais pela impertinência dos ventos e a perpétua correnteza das águas...<br />

Carta do padre Antônio Vieira, in Thèberge, 2001, p. 58.<br />

O Baixo Parnaíba desempenhou importante papel no processo de ocupação<br />

nordestino tanto pelas condições favoráveis à navegação quanto pela<br />

posição estratégica do Porto das Barcas, no município de Parnaíba, com<br />

exportações para a Bahia, o Pará e o Rio de Janeiro.<br />

Se a cidade de Oeiras centralizava as articulações leste–oeste que ligavam o<br />

Piauí ao interior nordestino, mantendo sua posição hegemônica no período<br />

de expansão da pecuária bovina e no comércio da carne seca a ela associada,<br />

a Vila de Parnaíba consolidava, também, seu crescimento a partir dessa atividade,<br />

com o papel de produtor de charque e entreposto de exportação.<br />

Em meados do século XVIII até as três primeiras décadas do século seguinte,<br />

Parnaíba conheceu um período de enorme expansão, revelada não<br />

só pelo adensamento da ocupação da área do Delta, mas, também, pela<br />

capacidade de gerar e movimentar grandes fortunas, resultando na criação<br />

da Alfândega em 1817.<br />

Após 1852, foram introduzidas e intensificadas novas formas de uso dos<br />

recursos naturais, como babaçu e carnaúba, passando a constituir-se, a partir<br />

do início do século XX, na principal atividade econômica do Vale do<br />

Parnaíba e da área próxima à sua foz.<br />

Ao contrário do ciclo anterior, a expansão de Parnaíba e de seu entorno<br />

teve de conviver, no novo ciclo, com o processo de afirmação da capital,<br />

Teresina, como centro urbano e de influência econômica sobre o norte do<br />

Piauí e as áreas contíguas no Maranhão.<br />

Parnaíba continuou a ocupar a posição de destaque relacionada à função<br />

portuária como ponto de concentração e escoamento da produção do interior<br />

e de regiões próximas, como Cocal, Piracuruca e Piripiri.<br />

A partir da implantação da malha ferroviária e, principalmente, da expansão<br />

dos eixos rodoviários, a cidade ficou esvaziada da sua função original,<br />

passando, junto com sua área de influência a integrar, indiretamente, um<br />

eixo transversal de importância secundária na economia nordestina.<br />

foto: Aureliano Muuler<br />

2.2. características socioeconômicas<br />

Algumas atividades em expansão no Território têm grande<br />

potencial econômico, contrastando com a inexistência de<br />

saneamento ambiental para provimento de condições de<br />

salubridade do meio físico à saúde e ao bem-estar da população,<br />

tais como: abastecimento e qualidade de água para<br />

consumo humano, esgotamento sanitário, drenagem urbana,<br />

coleta e disposição final dos resíduos sólidos, educação<br />

sanitária ambiental, melhoria sanitária domiciliar, controle<br />

de vetores e reservatórios de doenças transmissíveis, uso<br />

e ocupação dos solos e eficiência na gestão dos serviços de<br />

educação e saúde, como mostra o Quadro 5.<br />

Sobrado estilo colonial – Parnaíba-PI<br />

foto: Paulo Laborne<br />

19<br />

tD1 – território da planície Litorânea


20<br />

pLaNap – plano de ação para o Desenvolvimento integrado da Bacia do parnaíba<br />

Quadro 5. características gerais e socioeconômicas do território<br />

características total ou média aglomerado 1 aglomerado 2 território<br />

Área (km 2)<br />

, 330.849,9 8.080,70 4.032,00 12.112,70<br />

Área (%) 100 2,4 1,2 3,6<br />

Número de municípios (CE, MA, PI) 278 (20, 36, 222) 5 (0, 0, 5) 7 (0,0,7) 15 (1,3,11)<br />

População 2000 (hab. e %) 4.036.679 (100) 301.368 (7,3) 67.859 (1,6) 369.227 (8,9)<br />

Urbanização (%) 61,9 36,7 57,3<br />

Densidade demográfica (hab./km 2 ) 12,2 37,3 16,8 30,5<br />

Abastecimento de água (%) 82,4 64,6 79,2<br />

Esgotamento sanitário rede urbana (%) 0 0 0<br />

IDH-M 2000 0,559 0,520 0,540<br />

PIB 2002 (R$ 1.000) 451.275,00 87.029,00 538.304,00<br />

PIB 2002 per capita (R$) 1.439,00 1.262,00 1.407,00<br />

Educação básica (%) pessoas com 15 anos ou mais,<br />

com menos de 4 anos de estudo<br />

63,5 73,1 67,9<br />

Taxa de alfabetização (%) 60,36 49,3 55,2<br />

Renda per capita (R$) 72,9 58,7 66,3<br />

Expectativa de vida média (anos) 59 58,7 58,8<br />

Energia elétrica (%) de domicílios atendidos 73,3 49,8 62,4<br />

Rodovias (km) pavimentadas, implantadas 353;65 112;110 465;175<br />

Economia Pesca artesanal, pecuária de leite, turismo, artesanato, indústria<br />

de laticínios, agricultura familiar, arroz irrigado, agroindústria de<br />

beneficiamento do arroz, cerâmica<br />

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano 2000, IBGE 2000, DNIT 2005, INMET 2005<br />

Lagoa do Portinho – área turística em Luís Correia-PI<br />

foto: Paulo Laborne


DiaGNóSticO participativO cOM<br />

BaSe NO SiSteMa itOG


pôr-do-sol no rio parnaíba


foto: Paulo Laborne<br />

Simultaneamente à realização das fases de sensibilização e mobilização, os técnicos em campo<br />

realizaram o processo de imersão – conhecimento da realidade – utilizando o Sistema<br />

Itog, que permite a análise das dimensões ambiental, sociocultural e econômica a partir<br />

do estudo das variáveis investimento, tecnologia, organização e gestão, com enfoque nas<br />

potencialidades e nas limitações do Território.<br />

Assim, foi construído o diagnóstico participativo do Território, acrescido de dados secundários<br />

e validado pelos atores sociais presentes nas oficinas dos Aglomerados.<br />

3.1. Dimensão ambiental<br />

fotos: Paulo Laborne<br />

23<br />

tD1 – território da planície Litorânea


24<br />

pLaNap – plano de ação para o Desenvolvimento integrado da Bacia do parnaíba<br />

3.1.1. R��ur�o� n�tur���<br />

itog potencialidades Limitações<br />

investimento<br />

tecnologia<br />

Organização<br />

e gestão<br />

• Rios, lagoas, açudes, riachos, delta do Rio<br />

Parnaíba com extensas áreas de mangues e ilhas<br />

• Vegetação nativa de babaçu, carnaúba, buriti, bacuri,<br />

murici (extrativismo); árvores nobres: aroeira, cedro,<br />

angico e jacarandá; fauna: raposa, preá, tatu, veado,<br />

capivara, paca, cobras e aves diversas<br />

• Grande variedade de peixes, crustáceos e moluscos<br />

• 66 km de área costeira com praias, formações<br />

litorâneas caracterizadas por manguezais, formações<br />

vegetais de praias arenosas, dunas e restingas<br />

• APAs – do delta do Parnaíba, Decreto de<br />

28/08/1996; da serra da Ibiapaba, Decreto de<br />

26/11/1996 e RESEX, Decreto de 16/11/00<br />

• Reserva Particular do Patrimônio Natural<br />

(RPPN) da Ilha do Caju e RPPN Fazenda Centro,<br />

em Caxingó<br />

• Potencial eólico e solar para produção de energia<br />

alternativa<br />

• Potencial aqüífero<br />

• Disponibilidade de tecnologia – EMBRAPA<br />

• Monitoramento do Projeto Peixe-Boi no município<br />

de Cajueiro da Praia com reprodução em mar<br />

aberto, IBAMA<br />

• ZEE do Baixo Rio Parnaíba, MMA<br />

• Escritório do IBAMA<br />

• Departamentos ou secretarias municipais de meio<br />

ambiente<br />

• Gerenciamento costeiro (GERCO), legislação<br />

ambiental federal, política e programas federais e<br />

estaduais de educação ambiental<br />

Dunas na Lagoa Bonita do Portinho – área turística em Luís Correia-PI<br />

• Assoreamento dos rios por desmatamento das<br />

matas ciliares para cultivo agrícola e ocupação<br />

urbana<br />

• Uso irracional da água e poluição ambiental por<br />

resíduos sólidos e líquidos<br />

• Rios e açudes sem repovoamento com alevinos<br />

para proporcionar aumento da população piscícola<br />

• Derrubada da mata para produção agrícola,<br />

extração de madeira e fabrico de carvão<br />

• Redução da flora e da fauna<br />

• Desrespeito ao período de defeso da pesca e<br />

acasalamento do caranguejo<br />

• Uso de arrastões pelos barcos pesqueiros e de<br />

redes com malha fora da especificação permitida<br />

• Alta densidade de ocupação urbana no litoral<br />

• Ocupação e destruição das áreas costeiras<br />

alagáveis, principalmente manguezais<br />

• Áreas de proteção ambiental sem utilização para<br />

realização de pesquisas<br />

• Desconhecimento da importância dos recursos<br />

naturais e do valor socioeconômico e cultural da<br />

produção ecologicamente correta<br />

• Inexistência de planos de manejo das APAs e da<br />

RESEX<br />

• Municípios sem CONSEMAs<br />

• Perfuração indiscriminada de poços tubulares<br />

• Pouco uso da legislação ambiental<br />

• ZEE e legislação ambiental sem utilização como<br />

instrumento de planejamento pelos setores público<br />

e privado<br />

foto: Paulo Laborne


AG1<br />

TUTÓIA<br />

Box 2<br />

ÁGUA DOCE<br />

DO MARANHÃO<br />

MURICÍ DOS<br />

PORTELAS<br />

ARAIOSES<br />

ILHA GRAN<strong>DE</strong><br />

BURITI<br />

DOS LOPES<br />

CAXINGÓ<br />

CARAÚBAS<br />

DO PIAUÍ<br />

PARNAÍBA<br />

LUÍS CORREIA<br />

BOM PRINCÍPIO<br />

DO PIAUÍ<br />

�� T�rr�tór�o – �� d�m�n�õ��<br />

�nt�ng��� do d���n�ol��m�nto<br />

AG2<br />

COCAL<br />

CAJUEIRO<br />

<strong>DA</strong> PRAIA<br />

COCAL<br />

DOS ALVES<br />

“Os Territórios são campos geográficos construídos socialmente, marcados<br />

por traços culturais e, quase sempre, articulados política e institucionalmente.<br />

A vida cultural das comunidades humanas, rurais ou urbanas, tem<br />

existência territorializada. O território incorpora a totalidade do processo<br />

de modificação do mundo cultural, revelando identidades específicas, que<br />

proporcionam o princípio de integração social. De alguma maneira, os Territórios<br />

configuram o ser coletivo, o caráter das comunidades e desenham<br />

tipos diferenciados de sociabilidade. A singularidade de cada Território demanda<br />

estratégias e políticas endógenas que expressem sua identidade”<br />

Carlos Jara, EXPO DLIS, Brasília, 2002.<br />

A estratégia de desenvolvimento sustentável integra e articula as diversas<br />

dimensões utilizadas para a análise da realidade e da interação dinâmica.<br />

Para construir o Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia<br />

do Parnaíba (PLANAP) no Território da Planície Litorânea, a escuta<br />

cuidadosa das propostas sugeridas pelos atores sociais, que conhecem o<br />

potencial dos Territórios históricos, agregam o saber coletivo compartilhado<br />

e têm respostas inteligentes e sensíveis às questões ecológica, cultural,<br />

espiritual e emergentes, porque se aproximam da essência da vida, foi importante<br />

instrumento de trabalho e de aprendizado.<br />

A concepção instrumental do capital social é insuficiente para promover<br />

o desenvolvimento sustentável. A transição depende da valorização e da<br />

vivência dos elementos intangíveis inerentes à sociabilidade confiante; ao<br />

entusiasmo coletivo; à participação social; à informação para todos; ao cuidado<br />

ambiental; à qualidade da nova institucionalidade e ao empoderamento<br />

das pessoas e das organizações.<br />

GRANJA<br />

3.2. Dimensão sociocultural<br />

25<br />

tD1 – território da planície Litorânea


26<br />

pLaNap – plano de ação para o Desenvolvimento integrado da Bacia do parnaíba<br />

3.2.1. S�úd�, �du��ção � �ultur�<br />

itog potencialidades Limitações<br />

investimento<br />

tecnologia<br />

Organização<br />

e gestão<br />

Saúde<br />

• 5 hospitais da rede estadual com atendimento de<br />

média complexidade, 5 particulares e 4 municipais;<br />

14 clínicas particulares, 77 postos de saúde na zona<br />

rural, 30 na zona urbana e 10 centros de saúde<br />

• Hospital Municipal Dirceu Arcoverde em Parnaíba,<br />

referência regional com atendimento de alta<br />

complexidade<br />

Educação e cultura<br />

• Educação infantil, ensino médio fundamental nas<br />

sedes dos municípios – 183 escolas municipais, 55<br />

estaduais, 38 privadas; 455 escolas municipais na<br />

zona rural e 1 Escola do Trabalhador<br />

• Programas educacionais existentes: Brasil<br />

Alfabetizado, Alfabetização Solidária, EJA,<br />

Fazendo Escola, Escola Ativa, PD<strong>DE</strong>, PNAE,<br />

PNAT, PROFORMAÇÃO<br />

• Universidades e núcleos de faculdades particulares<br />

e públicas<br />

• 80% dos professores com curso superior completo<br />

ou cursando<br />

• Atendimento de alta complexidade e laboratórios de<br />

análises clínicas<br />

• Cursos universitários em convênio com a UESPI<br />

• Utilização de energia solar nas escolas<br />

• Experiência com educação contextualizada<br />

• 73 equipes do PSF, 706 ACS, 32 equipes do PSB<br />

• Secretarias Municipais de Saúde, Conselhos e SIAB<br />

em todos os municípios<br />

• Conselhos gestores da merenda escolar, FUN<strong>DE</strong>F e<br />

outros programas<br />

• Presença do SENAR, do SESC/SENAC, do SESI/<br />

SENAI, do SEBRAE e APAE<br />

Saúde<br />

• Médicos especialistas e número de ambulâncias<br />

insuficientes<br />

• Poucas equipes epidemiológicas e de vigilância<br />

sanitária<br />

• Doenças endêmicas<br />

• Distância entre os municípios e o hospital de<br />

referência e insuficiência de ambulâncias<br />

• Saneamento básico com baixíssima abrangência;<br />

água para consumo humano de má qualidade<br />

Educação e cultura<br />

• 45% das escolas da zona rural sem energia elétrica<br />

• Salas de aula com turmas multisseriadas<br />

funcionando em casas de professores, barracões e<br />

em centros paroquiais na zona rural<br />

• Veículos inadequados ao transporte escolar – sem<br />

segurança<br />

• Evasão escolar em torno de 12%<br />

• 3 escolas agrícolas desativadas<br />

• Cursos de nível superior com proposta desvinculada<br />

do contexto vocacional do Território<br />

• Projeto Político-Pedagógico elaborado sem a<br />

participação do público beneficiário<br />

• Material didático-pedagógico limitado ao quadro e<br />

ao giz<br />

• Baixa inclusão digital<br />

• PSFs insuficientes para cobertura de 100% dos<br />

municípios<br />

• Inexistência da participação popular no<br />

funcionamento dos conselhos; incapacidade destes<br />

para a função, atendendo apenas aos interesses dos<br />

gestores<br />

• Cursos profissionalizantes pagos, e portanto seletivos<br />

fotos: Paulo Laborne


3.3. Dimensão econômica<br />

3.3.1. Agr��ultur�<br />

itog potencialidades Limitações<br />

investimento<br />

tecnologia<br />

Organização<br />

e gestão<br />

3.3.2. P��uár��<br />

• Cultivo em sistema de consórcio para milho, feijão,<br />

mandioca e arroz de sequeiro<br />

• Arroz irrigado cultivado em áreas sistematizadas,<br />

com aproveitamento de lagoas e vazantes<br />

• Cajueiro comum voltado para a comercialização da<br />

castanha<br />

• Fruticultura no Distrito de Irrigação Tabuleiros<br />

Litorâneos: melancia, goiaba, com produção de<br />

acerola orgânica e projeto para implantação de uma<br />

unidade industrial de pré-processamento (UIPP)<br />

• Fruticultura irrigada por gotejamento e<br />

microaspersão no Distrito de Irrigação Tabuleiros<br />

Litorâneos em Parnaíba (DITALPI), DNOCS<br />

• Cultivo de arroz e feijão irrigados por aspersão<br />

– Projeto Cajazeiras, Caxingó<br />

• EMBRAPA Meio Norte<br />

• Casa da Agricultura, EMATER, IBAMA,<br />

EMBRAPA, SEBRAE, secretarias municipais<br />

de agricultura, cooperativas, sindicatos rurais e<br />

associações<br />

itog potencialidades Limitações<br />

investimento<br />

• Maior bacia leiteira do Vale do Parnaíba, com<br />

80% do rebanho composto por animais de raça<br />

girolanda<br />

• Ovinocaprinos, aves, bovinos e suínos<br />

• Pequenos projetos de apicultura<br />

• Criação de camarão em tanques – 30 fazendas de<br />

produção. Quatro larviculturas abastecem a região.<br />

Produção de 3.500 t/ano, produtividade de 4.812<br />

kg/ha/ano no Piauí e 2.293 kg/ha/ano no Maranhão<br />

• Pesca artesanal fluvial e marítima – cerca de 2.700<br />

t/ano de peixes marinhos e estuarinos; 2.120 t/ano<br />

de crustáceos e 140 t/ano de ostras<br />

• Solos de baixa profundidade, com camada<br />

impermeável de rocha e pontos de afloramento<br />

• Assistência técnica deficiente, principalmente para os<br />

agricultores familiares que cultivam em sistema de<br />

consórcio sem utilização de tecnologia adequada<br />

• Desconhecimento, por parte dos agricultores, do<br />

zoneamento da EMBRAPA<br />

• Baixo nível tecnológico no cultivo do cajueiro e baixo<br />

aproveitamento do pedúnculo do caju<br />

• Pequena produção de hortaliças<br />

• Produção sem valor agregado, competitividade,<br />

poupança e investimento<br />

• Baixo índice de proprietários de terra<br />

• Baixa produtividade das culturas de sequeiro<br />

– produtor sem acesso a resultado de pesquisas para a<br />

adoção de novas variedades<br />

• Pouca produção de pesquisas para a agricultura<br />

familiar<br />

• Capacitação e treinamento desconectados da realidade<br />

econômica e cultural dos produtores, sem objetivos<br />

definidos para resultados concretos<br />

• Associativismo entendido como forma de obter ajuda pontual<br />

• Atuação das representações e das organizações dos<br />

agricultores sem elementos necessários para causar<br />

impacto econômico e social<br />

• Força de trabalho sem agregação de valor<br />

• Impotência diante das relações de produção<br />

• Mulheres e jovens pouco presentes nas organizações<br />

• Cobertura vacinal apenas em cerca de 70% do<br />

rebanho bovino<br />

• Ovinocaprinos – aves e suínos criados sem manejo e<br />

tecnologia<br />

• Desconhecimento do potencial da florada para a<br />

produção de mel<br />

• Construção de viveiros para criação de camarão em<br />

locais inadequados, com ocupação das áreas costeiras<br />

alagáveis – manguezais<br />

• Fazendas de camarão em situação irregular no<br />

IBAMA, dificultando a comercialização e as<br />

exportações<br />

(continua...)<br />

27<br />

tD1 – território da planície Litorânea


28<br />

pLaNap – plano de ação para o Desenvolvimento integrado da Bacia do parnaíba<br />

(...continuação)<br />

investimento<br />

tecnologia<br />

Organização<br />

e gestão<br />

• o caranguejo-uçá – a principal espécie capturada,<br />

com um volume total de 821 t/ano no Piauí e 915<br />

t/ano no Maranhão<br />

• Coleta da ostra com volume de 490 t/ano<br />

• Projeto piloto para o aproveitamento do potencial<br />

aqüícola e fortalecimento do APL – CO<strong>DE</strong>VASF/<br />

EMBRAPA<br />

• Criação intensiva de vacas leiteiras, melhoramento<br />

genético, inseminação artificial, banco de<br />

sêmen, laboratório de análises clínicas, técnicos<br />

credenciados para registro genealógico da raça<br />

girolanda, caprinos/leite<br />

• EMBRAPA Meio Norte<br />

• EMATER, IBAMA, EMBRAPA, SEBRAE,<br />

Secretarias Municipais e Casa da Agricultura,<br />

STR(s), Associações, Cooperativas, Fórum do Leite<br />

e Colônias de Pescadores<br />

3.3.3. Créd�to, �n�t�tu�çõ�� fin�n���r��, �omér��o � ��r��ço�<br />

itog potencialidades Limitações<br />

investimento<br />

tecnologia<br />

Organização<br />

e gestão<br />

Crédito<br />

• Disponibilizadas para a safra 2003/2004 as linhas<br />

de crédito para agricultura familiar: PRONAF A, B,<br />

C, D, Global e recursos para custeio agropecuário<br />

– MCR, PROGER, FNE, STN e FINAME/BN<strong>DE</strong>S<br />

• Para a safra 2003/2004 foram realizadas 9.917<br />

operações de crédito, totalizando R$ 17.517.294,23<br />

• As linhas de crédito estão disponíveis para<br />

agricultores familiares, pescadores e artesãos<br />

Instituições financeiras<br />

• Banco do Nordeste, Banco do Brasil, Caixa<br />

Econômica Federal, Bradesco, Bancos do Estado<br />

do Piauí e do Estado do Maranhão, Banco Postal e<br />

Caixa Aqui<br />

Comércio e serviços<br />

• Comércio varejista diversificado<br />

• Maior circulação de dinheiro com o pagamento de<br />

benefícios sociais<br />

• Serviços de hospedagem e alimentação concentrados<br />

em Parnaíba e Luís Correia<br />

• Agências e serviços bancários presentes no Território,<br />

com maior diversificação em Parnaíba<br />

• Feira semanal em Cocal recebe compradores e vendedores<br />

do Ceará, do Maranhão e dos municípios vizinhos<br />

• Serviços onl�n� e auto-atendimento na rede<br />

bancária<br />

• Pescadores artesanais que não possuem barco<br />

pagam, pelo uso deste, 50% do produto da pesca ao<br />

proprietário e dividem o restante entre os tripulantes<br />

• Desrespeito ao período de defeso da pesca e do<br />

caranguejo; monopólio na comercialização do<br />

caranguejo<br />

• Piscicultura com baixa produção, pouca assistência<br />

técnica e precário manejo dos viveiros<br />

• Rebanho suíno formado por animais com carcaças de<br />

pouco peso/carne, criados soltos em áreas urbanas e<br />

em praias<br />

• Alta mortalidade ao nascer no rebanho caprino e<br />

baixo índice de parição<br />

• Cobertura vacinal em 70% do rebanho bovino;<br />

assistência técnica insuficiente para a demanda do<br />

setor; matadouros públicos com precárias condições<br />

sanitárias<br />

• Ovinocaprinocultores sem espírito associativista<br />

• Pesca artesanal sem pesquisa, produção sem valor<br />

agregado e sem base de sustentabilidade<br />

Crédito<br />

• Inadimplência nas operações de crédito, cerca de<br />

30%, em média<br />

• Crédito sem vinculação a estratégias de produção e<br />

inexistência de análise de resultados de investimento e<br />

poupança para o agricultor familiar<br />

• Número insuficiente de técnicos nas instituições de<br />

assistência técnica para elaboração de projetos para o<br />

PRONAF dificultando o acesso ao crédito<br />

Instituições financeiras<br />

• Municípios emancipados em 1997 não contam com<br />

agência bancária (ver perfil dos AGs)<br />

• Os bancos não trabalham com carteira de câmbio<br />

Comércio e serviços<br />

• Comércio fortalecido no período de pagamento dos<br />

benefícios sociais<br />

• Confecção produzida no Ceará, principalmente<br />

vestuário<br />

• Pouca qualidade nos serviços de alimentação e<br />

hospedagem<br />

• Cereais, frutas e verduras oriundos da Serra de<br />

Ubajara-CE e CEASA de Tianguá-CE<br />

• Alto índice de analfabetismo dificulta o acesso aos<br />

serviços<br />

• Comércio pouco informatizado<br />

• Clube de Diretores Lojistas em alguns municípios • Incipiente organização dos comerciantes, que esperam<br />

as benesses do desenvolvimento sem participar da<br />

construção


Box 3<br />

C�r��t�rí�t���� �mb��nt��� � UC�<br />

�ro�o�t�� ��r� o T�rr�tór�o<br />

“Formado pela tensão ecológica entre as formações de caatinga a leste, cerrados<br />

a sul-oeste e sistemas marinhos a norte, o Território apresenta situação<br />

ímpar no litoral brasileiro. Essa configuração complexa de ecossistemas<br />

imprime à área uma importância global para sua conservação.<br />

A alta biodiversidade, a raridade, os endemismos e a existência de ameaças<br />

relacionadas à perda de habitats para conversão de áreas para a agropecuária<br />

e a aqüicultura, além do avanço da fragmentação e da extração desordenada<br />

de recursos naturais, justificam ações enérgicas de planejamento, ordenamento<br />

e controle territorial para que este patrimônio não seja perdido.<br />

Além do sistema deltaico, são encontrados outros quatro estuários, que<br />

somados às várzeas e aos sistemas lagunares, correspondem a aproximadamente<br />

12% da área de estudo, conferindo-lhe uma importância única<br />

do ponto de vista de produtividade e riqueza biológica. Esses sistemas alagáveis<br />

(estuarinos e de água doce) constituem os sistemas ecológicos mais<br />

produtivos do planeta, e, nesta região, estão concentrados em um espaço<br />

relativamente reduzido”<br />

(ZEE Baixo Rio Parnaíba, MMA, 2002).<br />

As APAs do delta do Parnaíba, da serra da Ibiapaba e da RESEX estão localizadas<br />

no mapa.<br />

O ZEE Baixo Rio Parnaíba propõe a criação das seguintes Unidades de<br />

Conservação:<br />

• APA das nascentes dos rios da Fome, Barro Duro, Capim, Magu e São<br />

Bernardo, envolvendo os municípios de Paulino Neves, Tutóia, Santana do<br />

Maranhão, Santa Quitéria do Maranhão e Barreirinhas, no Maranhão;<br />

• EE na área da RESEX e da APA do delta do Parnaíba em Araioses, no<br />

Maranhão;<br />

• Parque Serra de Santa Rita, em Luís Correia-PI; Granja-CE e Parque Bom<br />

Princípio do Piauí-PI;<br />

• APA Lagoa do Bacuri, em Magalhães de Almeida, São Bernardo, Santa<br />

Quitéria do MA, no Maranhão, e Joaquim Pires, Murici dos Portelas, Joca<br />

Marques e Luzilândia, no Piauí;<br />

• APA de Parnaíba e Luís Correia-PI, ampliação.<br />

fotos: Paulo Laborne<br />

29<br />

tD1 – território da planície Litorânea


30<br />

pLaNap – plano de ação para o Desenvolvimento integrado da Bacia do parnaíba<br />

foto: Paulo Laborne<br />

Box 4<br />

Áreas frágeis<br />

Áreas medianamente<br />

frágeis<br />

Áreas medianamente<br />

estáveis<br />

Fr�g�l�d�d�� do� ���t�m�� �mb��nt���<br />

As ações antrópicas no Território são materializadas no uso e na ocupação<br />

do solo urbano e rural, pelo destino das águas residuais e dos resíduos sólidos,<br />

pela pesca predatória e pela sobrepesca, pelo desmatamento e por<br />

obras diversas.<br />

Essas situações ocorrem no Território. Com base no diagnóstico da situação<br />

atual da área de estudo, foram propostas 16 unidades de intervenção e gestão,<br />

divididas em três tipos de área: frágeis, medianamente frágeis e medianamente<br />

estáveis.<br />

O quadro a seguir apresenta essa divisão:<br />

tipos de áreas Sistemas ambientais<br />

Áreas frágeis<br />

Áreas<br />

medianamente<br />

frágeis<br />

Áreas<br />

medianamente<br />

estáveis<br />

Marinha<br />

Fluvio-Marinha<br />

Dunas<br />

Mar e praia<br />

Mangues<br />

Terraços marinhos<br />

Salgados<br />

Lagoas costeiras<br />

Móveis<br />

Fixas<br />

Planícies fluviais Ribeirinhas<br />

Tabuleiros costeiros<br />

ocidentais<br />

Áreas dissecadas<br />

Tabuleiros costeiros<br />

ocidentais<br />

Tabuleiros costeiros orientais<br />

Tabuleiros interioranos<br />

Tabuleiros com<br />

paleodunas<br />

Vales em superfícies<br />

exumadas e relevos<br />

dissecados<br />

Tabuleiros sem<br />

paleodunas<br />

Tabuleiros com neossolos<br />

quartzarênicos<br />

Tabuleiros com neossolos<br />

quartzarênicos<br />

Planaltos Planaltos dissecados<br />

Tabuleiros costeiros<br />

ocidentais<br />

Tabuleiros com latossolos<br />

Tabuleiros interioranos Tabuleiros com latossolos<br />

Este detalhamento permitirá à sociedade local maiores possibilidades de<br />

conhecimento ao fazer as escolhas pelas melhores formas de ocupação.<br />

(ZEE Baixo Rio Paranaíba, MMA, 2002).


3.3.4. Extr�t����mo, �rodução �rt���n�l � �gro�ndú�tr��<br />

itog potencialidades Limitações<br />

investimento<br />

tecnologia<br />

Organização<br />

e gestão<br />

3.3.5. A����o à t�rr� � à �nfr�-��trutur�<br />

Extrativismo<br />

• Extrativismo da carnaúba, do tucum e do buriti<br />

• Mercado interno e externo ativo para a cera da<br />

carnaúba<br />

• Produção de carnaúba com APL no Piauí e iniciativa<br />

de organização da cadeia produtiva no Ceará<br />

• Extração mineral<br />

• Argila para fabricação industrial de cerâmica<br />

vermelha; tijolos e telhas artesanais, adobe e<br />

artesanato<br />

Produção artesanal<br />

• Diversificada produção artesanal: rendas, bordado,<br />

tecelagem, cestaria, couro, cerâmica, madeira,<br />

fibras, conchas, redes, doces, cajuína, rapaduras de<br />

frutas e casas de farinha<br />

• Incubadora de pequenas empresas em Porto das<br />

Barcas no Parnaíba<br />

• Participações em feiras turísticas e culturais<br />

dando oportunidade de divulgação e m�rk�t�ng dos<br />

produtos<br />

• Potencial para a criação de uma marca regional<br />

Agroindústria<br />

• Beneficiamento do arroz, indústrias de laticínios;<br />

fábrica de cajuína; industrialização da mandioca<br />

• Criação de desenhos para bordados<br />

• Modernização na produção de laticínios<br />

• Centros de artesanato, cooperativas e associações,<br />

com participação em feiras e divulgação dos<br />

produtos em revistas especializadas<br />

• Fórum do leite<br />

itog potencialidades Limitações<br />

investimento<br />

Acesso à terra<br />

• 39 assentamentos – 2.180 famílias<br />

• Cerca de 1.500 ha do Perímetro de Irrigação<br />

Tabuleiros Litorâneos cedidos a assentamentos do<br />

INCRA (1.000 ha) e MST (500 ha)<br />

• Assentamento Birindibinha em Cocal dos Alves-PI é<br />

modelo de gestão<br />

Infra-estrutura<br />

• Rodovias pavimentadas ligam 67% dos municípios<br />

• 90% das sedes municipais e 75% da zona rural<br />

contam com cobertura total de energia elétrica<br />

• Telefonia fixa urbana residencial e telefones públicos;<br />

algumas comunidades rurais com telefones públicos<br />

• Abastecimento de água regular em 80% dos<br />

domicílios urbanos<br />

Extrativismo<br />

• Ausência de política de exportação e incentivo à<br />

extração dos produtos derivados da carnaúba<br />

• Substituição da cera por produtos sintéticos e<br />

desmatamento dos carnaubais<br />

• Não-recuperação de áreas utilizadas para extração<br />

mineral<br />

Produção artesanal<br />

• Dificuldade de formação de mercado como resultado<br />

da inconstância da oferta de produtos artesanais, de<br />

novos d���gn�r� e de uma marca<br />

• Escassez de recursos para participação dos artesãos<br />

em feiras<br />

• Produtores de doces com pouca capacitação em<br />

gestão, noções de higiene, embalagem e conservação<br />

• Casas de farinha com estrutura rudimentar, pouca<br />

diversificação e baixa qualidade na produção<br />

Agroindústria<br />

• Produtos agroindustriais pouco diversificados<br />

• Embalagens não diferenciadas, à exceção dos<br />

produtos lácteos<br />

• Indiferença quanto à adoção de procedimentos para<br />

qualificação dos produtos<br />

• Desconhecimento sobre a formação de redes de<br />

produção solidária e comercialização<br />

• Ausência de uma marca regional para a produção<br />

artesanal e para os produtos agroindustriais<br />

Acesso à terra<br />

• Agricultores familiares trabalhando como<br />

arrendatários, meeiros ou parceiros<br />

• Pendências de regularização de áreas de herança e de<br />

terras de domínio da União<br />

• Assentamentos em fase de estruturação<br />

Infra-estrutura<br />

• 112 km de rodovias pavimentadas e 146 km sem<br />

pavimentação asfáltica e em péssimas condições de<br />

tráfego<br />

• Falta sinalização horizontal e vertical e acostamento<br />

na maioria das rodovias<br />

• Energia elétrica urbana e rural com baixa qualidade,<br />

quedas freqüentes, redes sobrecarregadas e oscilação<br />

na tensão elétrica. Rede rural monofásica<br />

(continua...)<br />

31<br />

tD1 – território da planície Litorânea


32<br />

pLaNap – plano de ação para o Desenvolvimento integrado da Bacia do parnaíba<br />

(...continuação)<br />

investimento<br />

tecnologia<br />

Organização<br />

e gestão<br />

3.3.6. Tur��mo<br />

3.3.6.1. Turismo – informações complementares<br />

O turismo é uma atividade humana complexa que determina o consumo<br />

de uma ampla variedade de bens e serviços, entre eles transporte,<br />

hospedagem, alimentação e entretenimento. É uma indústria refinada<br />

que tem evoluído para prestar serviços aos consumidores antes, durante<br />

3 OEA/Turismo – doc. 12/97.<br />

• Serviços de coleta de lixo nas sedes municipais<br />

• Portos de comercialização, transporte de passageiros<br />

e turistas em Parnaíba, Ilha Grande, Luís Correia no<br />

Piauí e Tutóia no Maranhão<br />

• Rádios comunitárias em 87% dos municípios<br />

• Cobertura de telefonia móvel celular em 40% das<br />

sedes municipais<br />

• Canal de televisão com geração local em Parnaíba<br />

• Municípios com recebimento de sinal de TV<br />

• CEPISA, AGESPISA, CAEMA, CEMAR, CAGECE,<br />

COELCE, secretarias de infra-estrutura e <strong>DE</strong>Rs<br />

itog potencialidades Limitações<br />

investimento<br />

tecnologia<br />

Organização<br />

e gestão<br />

• Atrativos com possibilidades de integração: o<br />

potencial para o ecoturismo alia-se ao turismo de<br />

“sol e praia”, ao turismo cultural, ao tratamento de<br />

saúde, aos negócios e aos eventos: “um turista em<br />

Parnaíba que participa de um evento noturno pode<br />

fazer um passeio pelo delta do Parnaíba pela manhã,<br />

ir à praia após o almoço e visitar o conjunto histórico<br />

e o Centro de Artesanato do Porto das Barcas ao<br />

entardecer”<br />

• Atrativos complementares para a configuração do<br />

produto turístico: Parque Nacional de Sete Cidades-PI,<br />

Lençóis Maranhenses-MA e a praia de Jericoacoara-CE<br />

• Destino turístico primordialmente de lazer, com maior<br />

demanda nos períodos de férias escolares<br />

• Delta do rio Parnaíba, principal atrativo para a<br />

comercialização<br />

• Ilha do Caju-MA, é agenciada como produto ecoturístico<br />

• Conjunto de APAs e RESEX com forte apelo para o<br />

ecoturismo<br />

• ZEE do Baixo Rio Parnaíba-MMA<br />

• Inventário e viabilidade para a formatação de um<br />

produto ecoturístico – Melhores práticas para o<br />

ecoturismo – MPE/FUNBIO<br />

• Plano Diretor do Litoral – indicativo de ordenamento<br />

de uso do solo –, elaborado com recursos do<br />

PRO<strong>DE</strong>TUR e ofertado aos gestores municipais<br />

• Investimentos do PRO<strong>DE</strong>TUR nos municípios de Cajueiro<br />

da Praia, Ilha Grande, Luís Correia, Parnaíba e Teresina<br />

• Secretarias ou departamentos de turismo em alguns<br />

municípios<br />

• 80% dos municípios sem sistema de tratamento de água e<br />

90% das comunidades rurais sem rede de distribuição<br />

• Esgotamento e aterro sanitário “quase” inexistente<br />

• Não atendimento da pesca e do transporte de<br />

passageiros pela infra-estrutura portuária<br />

• A maioria das rádios sem licença da ANATEL e<br />

pertencendo a grupos políticos<br />

• Sinal de TV com antena parabólica sem acesso à<br />

programação regional<br />

• Baixa cobertura de telefonia celular<br />

• Saneamento básico com baixíssima prioridade<br />

• Infra-estrutura deficiente para atender à demanda<br />

da população local e turística: energia elétrica, água<br />

tratada, esgotamento sanitário, destino final dos<br />

resíduos sólidos urbanos e hospitalares, estradas,<br />

sinalização turística e rodoviária, códigos de postura e<br />

legislação urbana<br />

• Setor hoteleiro do litoral reduzido (e voltado<br />

para a demanda regional) se comparado a pólos<br />

turísticos concorrentes, como Ceará, Rio G. do Norte,<br />

Pernambuco e Bahia<br />

• Baixa absorção de mão-de-obra na rede hoteleira<br />

• Nenhum estabelecimento ligado a cadeias<br />

internacionais, como Accor, Marriot ou Meliá<br />

• Carência de intérpretes para línguas estrangeiras,<br />

pouca qualificação profissional<br />

• Sazonalidade turística. Baixa qualidade dos serviços de<br />

alimentação e hospedagem<br />

• Desinteresse pela formatação de um produto<br />

ecoturístico<br />

• Instrumentos não utilizados pelos gestores públicos<br />

municipais e por empreendedores privados<br />

• O PRO<strong>DE</strong>TUR para os Estados do Maranhão e do<br />

Ceará tem como objeto pólos turísticos fora da área de<br />

abrangência da bacia<br />

e após as suas viagens fora do lugar de sua residência habitual. Por<br />

meio desta indústria, as conseqüências econômicas do turismo transcendem<br />

as nações, as regiões, as cidades, os povos, as comunidades e<br />

os indivíduos. 3


Box 5<br />

Bo��no�ultur� d� l��t�<br />

O leite é considerado um alimento quase completo para a espécie humana<br />

por sua riqueza em nutrientes, sendo amplamente comercializado e consumido<br />

pela população, especialmente por crianças e idosos.<br />

A produção de leite é uma atividade econômica que cumpre uma importante<br />

função social, sendo exercida principalmente por pequenos produtores<br />

na região do Baixo Parnaíba.<br />

No Território da Planície Litorânea está a maior bacia leiteira do Vale do<br />

Parnaíba. Em 2004, esta produziu 11,2 t de leite. Em Parnaíba, há duas<br />

indústrias de laticínios, a Cooperativa Delta e o Laticínio Longá.<br />

O rebanho é formado por 90% de gado girolanda (gir+holandês), tendo<br />

animais de alto padrão genético, com produção de até 35 kg/dia em duas<br />

ordenhas.<br />

A Cooperativa e o Laticínio Longá possuem, juntos, 429 fornecedores efetivos.<br />

Os principais municípios produtores, em ordem decrescente, são:<br />

Parnaíba, São José do Divino, Caraúbas do Piauí, Luís Correia, Araioses<br />

Buriti dos Lopes, Piracuruca, Bom Princípio do Piauí e Murici dos Portelas.<br />

Apenas dois desses municípios não pertencem ao Território: Piracuruca e<br />

São José do Divino.<br />

As indústrias colocam no mercado leite tipo C, bebidas lácteas, iogurte,<br />

manteiga, queijo frescal, requeijão, queijo de coalho e doce de leite.<br />

Os produtores contam com o apoio técnico da Cooperativa e da EMBRA-<br />

PA Meio-Norte, que possui tecnologia disponível para a alta produção em<br />

regime de pastagem cultivada na região.<br />

Organizados em um Fórum que envolve todas as instituições que participam<br />

do arranjo produtivo do leite, a atividade mostra tendência de crescimento<br />

no Território e de inclusão de um maior número de pequenos<br />

produtores.<br />

Considerando que o maior potencial turístico da Planície Litorânea<br />

é seu ecossistema, é fundamental ter presente que<br />

a fragilidade desses ecossistemas, apontada no Zoneamento<br />

Ecológico-Econômico do Baixo Rio Parnaíba, define o ecoturismo<br />

como o segmento da atividade turística capaz de utilizar,<br />

de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural<br />

do Território. Diante dessa realidade, vale salientar as seguintes<br />

observações:<br />

• O ZEE teve a preocupação de identificar as atividades de<br />

acordo com os tipos de área: frágeis, medianamente frágeis<br />

e medianamente estáveis (Box 4) que permite somente atividades<br />

de turismo de baixo impacto, como passeios turísticos,<br />

lazer, contemplação, incluindo os campos rochosos,<br />

turismo rural, pesca esportiva, cultural (manifestações) e<br />

científico (arqueologia).<br />

• Aliados ao aproveitamento desse potencial, devem ser<br />

constantes os cuidados com a avaliação da capacidade de<br />

carga do ecossistema para fins de implantação de projeto<br />

ecoturístico, com projetos arquitetônicos e de infra-estrutura<br />

harmônicos com os ambientes naturais.<br />

O estudo da Planície mostra que o turismo tem a capacidade<br />

de criar sinergias com quase a totalidade das áreas de produção<br />

presentes no Território. A organização e a promoção de<br />

vínculos com a economia local, envolvendo pequenos produtores<br />

e empreendedores, possibilita compartilhar amplamente<br />

os benefícios da atividade turística.<br />

No Território da Planície Litorânea, o artesanato (cestaria, cerâmica,<br />

rendas e bordados), exemplo deste vínculo, dá identidade<br />

à economia, privilegiando os pequenos negócios com atributos<br />

típicos e específicos de sistemas produtivos tradicionais.<br />

O artesanato configura-se como um forte atrativo no Território<br />

Litorâneo e com oportunidades para micro e pequenas<br />

empresas, que são, genuinamente, detentoras de autenticidade<br />

e estão imersas em um riquíssimo e diversificado patrimônio<br />

cultural.<br />

Outras atividades poderão compor essa identidade: pesca,<br />

captura do caranguejo, cajucultura, ovinocaprinocultura e<br />

produção artesanal de doces, farinhas e outros produtos com<br />

características regionais portadores de certificação de origem<br />

e indicação geográfica, valorizando os produtos locais,<br />

artesanais e biológicos, em oposição à produção industrial,<br />

distante e impessoal.<br />

33<br />

tD1 – território da planície Litorânea


34<br />

pLaNap – plano de ação para o Desenvolvimento integrado da Bacia do parnaíba<br />

Na opção pela atividade turística com essas características,<br />

estabelecer-se-ia o diferencial competitivo da atividade no<br />

Nordeste.<br />

Os estados do Nordeste preparam-se, ao longo dos anos,<br />

para fazer da atividade turística o promotor do desenvolvimento,<br />

onde a geração de emprego e a distribuição de<br />

renda são problemas crônicos.<br />

Entretanto, o trade turístico trabalha com o objetivo de<br />

atrair grandes investimentos nacionais e internacionais sem<br />

ter como condicionante básico o diferencial oferecido pelas<br />

características ambientais.<br />

Dessa forma, buscaram com o PRO<strong>DE</strong>TUR/NE prover de infraestrutura<br />

básica e serviços públicos as áreas de expansão turística<br />

e onde a capacidade do estado não acompanhou a demanda por<br />

tais serviços; os investimentos beneficiarão principalmente a população<br />

de baixa renda das áreas selecionadas. Com a melhoria das<br />

condições das áreas turísticas, busca-se também atrair atividades<br />

turísticas privadas adicionais e de melhor padrão, gerando assim<br />

oportunidades de emprego e aumento dos níveis de renda e das<br />

receitas públicas. 4<br />

É importante observar que no PRO<strong>DE</strong>TUR/NE os Estados<br />

do Ceará, do Maranhão e do Piauí focam a consolidação<br />

do produto turístico em pólos descontínuos, dificultando a<br />

otimização dos investimentos em infra-estrutura e a construção<br />

de um produto único para o Território. No Maranhão,<br />

é objeto de financiamento do PRO<strong>DE</strong>TUR o Pólo<br />

São Luís e Alcântara; para o Ceará, o Pólo Costa do Sol,<br />

próximo à capital; e no Piauí, o Pólo Costa do Delta.<br />

O Território da Planície Litorânea apresenta algumas variáveis<br />

preocupantes e, certamente o mercado turístico<br />

responde a essa realidade: 97,5% dos recursos financeiros<br />

dos municípios são oriundos do FPM e do FUN<strong>DE</strong>F; a população<br />

apresenta uma média de apenas 1,83 anos de estudo;<br />

saneamento básico, rodovias, telefonia móvel, energia<br />

elétrica, ordenamento da ocupação urbana e preservação<br />

ambiental dos municípios da Costa do Delta, sobretudo a<br />

orla de Luís Correia, são problemas que demandam soluções<br />

imediatas.<br />

4 TCU – Relatório de Avaliação de Programa – PRO<strong>DE</strong>TUR/NE II.<br />

Box 6<br />

�� �rt���n�to no ��m�nho d�<br />

�u�t�nt�b�l�d�d�<br />

“As políticas estabelecidas para o segmento artesanal brasileiro pelo Ministério<br />

do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior estão voltadas<br />

para a organização e o fortalecimento dos núcleos de produção (associações<br />

e cooperativas de artesãos), bem como para a promoção e o incentivo à<br />

comercialização de produtos artesanais, em consonância com as diretrizes<br />

definidas para o segmento das micro e pequenas empresas:<br />

• geração de emprego, ocupação e renda;<br />

• estímulo à exportação;<br />

• desenvolvimento e aproveitamento das vocações locais;<br />

• fortalecimento dos arranjos produtivos locais/regionais;<br />

• integração regional e internacional” (PAB – MDICE).<br />

A implementação dessas políticas definidas para o Programa do Artesanato<br />

Brasileiro (PAB) envolve parcerias entre os órgãos do governo federal, dos<br />

estados, dos municípios e de entidades privadas.<br />

Os estados que compõem o Território trabalham essa atividade com programas<br />

de artesanato estaduais, representações do PAB, instituições do<br />

Sistema S, universidades e CEFET, com ações que vão da capacitação ao<br />

incentivo a incubadoras de artesanato.<br />

A produção artesanal do Território absorve uma rica diversidade de recursos<br />

naturais e possibilita a criação de utilitários, produção artística, lúdica<br />

e doceira que agrega valores culturais tradicionais repassados oralmente e<br />

por aprendizado direto.<br />

Os artesãos, organizados ou não, e seus parceiros institucionais estão prontos<br />

para a articulação e a implantação de um Centro Tecnológico (MCT –<br />

Secretaria da Ciência e Tecnologia para a Inclusão Social). Este Centro seria<br />

referência no Nordeste para a qualificação e o aprendizado, bem como um<br />

espaço para o resgate da memória e a preservação da cultura tradicional.<br />

Simultaneamente, a constituição do arranjo produtivo local do artesanato<br />

no Território possibilitaria consolidar o produto artesanal no mercado – do local<br />

para o global –, criando, assim, uma nova realidade econômico-social.


Objetivando complementar o investimento realizado na<br />

primeira fase, no PRO<strong>DE</strong>TUR II para o Piauí está definida<br />

a proposta de investimentos, cuja situação atual é mostrada<br />

no Quadro 6.<br />

Os investimentos previstos totalizam US$ 21 milhões,<br />

sendo 60% com recursos do financiamento do Banco Interamericano<br />

de Desenvolvimento (BID) e 40% contra-<br />

Quadro 6. programa de Desenvolvimento do turismo no Nordeste (prODetUr)<br />

(proposta de investimentos prioritários)<br />

projeto Municípios beneficiados Situação atual valor (*)<br />

componente 1 – Fortalecimento da capacidade municipal de gestão do turismo<br />

1.1. Gestão municipal do turismo 1.775,0<br />

Elaboração do Plano de Gestão Municipal Luís Correia, Ilha Grande e<br />

Cajueiro da Praia<br />

Elaboração do Plano de Gestão Municipal de Parnaíba Parnaíba<br />

Elaboração do Plano de Gestão Municipal de Teresina Teresina<br />

Elaboração do Plano Diretor Municipal de Luís<br />

Correia<br />

Luís Correia<br />

Elaboração do Plano Diretor Municipal de Ilha Grande Ilha Grande<br />

Elaboração do Plano Diretor Municipal de Cajueiro do<br />

Praia<br />

Execução do Plano de Gestão dos Municípios da Costa<br />

do Delta<br />

Cajueiro da Praia<br />

Teresina, Parnaíba, L.Correia, I.<br />

Grande e C. da Praia<br />

1.2. Gestão de resíduos sólidos 2.974,0<br />

Elaboração do Plano Diretor de Gerenciamento de<br />

Resíduos Sólidos<br />

Execução do Plano Diretor de Gerenciamento de<br />

Resíduos Sólidos<br />

Parnaíba, Luís Correia, Ilha<br />

Grande e Cajueiro da Praia<br />

Parnaíba, Luís Correia, Ilha<br />

Grande e Cajueiro da Praia<br />

TOR pronto<br />

1.3. proteção e conservação de recursos naturais 3.550,0<br />

Elaboração do Plano de Manejo para a APA do Delta<br />

do Parnaíba<br />

Elaboração do Plano de Manejo do Parque Ambiental<br />

Floresta Fóssil<br />

Elaboração do Plano de Manejo do Parque<br />

Zoobotânico de Teresina<br />

Execução do Projeto de Controle Ambiental das Dunas<br />

da Lagoa do Portinho<br />

Elaboração do Projeto de Recuperação Paisagística do<br />

Encontro dos Rios<br />

Parnaíba, Luís Correia, Ilha<br />

Grande e Cajueiro da Praia<br />

Teresina<br />

TOR em fase de ajuste - BNB<br />

Teresina Projeto em fase de ajuste<br />

Parnaíba Projeto pronto<br />

Teresina<br />

Recuperação do Parque do Encontro dos Rios Teresina<br />

Elaboração do Estudo de Capacidade de Carga de<br />

Recursos Turísticos Naturais<br />

Parnaíba, Luís Correia, Ilha<br />

Grande e Cajueiro da Praia<br />

1.4. proteção e conservação do patrimônio natural 3.200,0<br />

Elaboração do Projeto Restauração do Porto das<br />

Barcas<br />

Parnaíba<br />

Restauração do Porto das Barcas Parnaíba<br />

partida brasileira por intermédio do Ministério do Turismo<br />

(MTUR). Ressalve-se que ao se conveniar com o estado o<br />

MTUR trabalha com uma contrapartida estadual de 10%.<br />

Para a execução do PRO<strong>DE</strong>TUR, estão articulados a Secretaria<br />

de Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMAR),<br />

a Secretaria de Infra-Estrutura (SEINFRA) e parcerias com<br />

o IBAMA e a CO<strong>DE</strong>VASF.<br />

(continua...)<br />

35<br />

tD1 – território da planície Litorânea


36<br />

pLaNap – plano de ação para o Desenvolvimento integrado da Bacia do parnaíba<br />

(...continuação)<br />

1.5. Urbanização de áreas turísticas 4.875,0<br />

Execução do Projeto Orla da Praia de Atalaia Luís Correia Projeto em fase de ajuste - BNB<br />

Projeto de Sinalização Turística nas Rodovias e nas<br />

Zonas Urbanas<br />

Elaboração do Projeto de Implantação Turístico do<br />

Porto dos Tatus<br />

Parnaíba, Luís Correia, Ilha<br />

Grande e Cajueiro da Praia<br />

Ilha Grande<br />

Implantação do Terminal Turístico do Porto dos Tatus Ilha Grande<br />

componente 2 – planejamento estratégico, treinamento e infra-estrutura<br />

2.1. planejamento estratégico e preparação de projetos 2.800,0<br />

Execução do Projeto de Fortalecimento da UEE Teresina Projeto em fase de ajuste - BNB<br />

Execução do Projeto de Fortalecimento Institucional<br />

da PIEMTUR<br />

Sistema Integrado de Informações e Estatística de<br />

Turismo do Estado<br />

Parnaíba, Luís Correia, Ilha<br />

Grande e Cajueiro da Praia<br />

Parnaíba, Luís Correia, Ilha<br />

Grande e Cajueiro da Praia<br />

Projeto em desenvolvimento<br />

Projeto em desenvolvimento<br />

2.2. treinamento profissional e capacitação da população local 550,0<br />

Programa de Capacitação Profissional para os Serviços Parnaíba, Luís Correia, Ilha<br />

Grande e Cajueiro da Praia<br />

2.3. Água potável e saneamento 31.200,0<br />

Construção da Adutora do Litoral Parnaíba, Luís Correia, Ilha<br />

Grande e Cajueiro da Praia<br />

Ampliação do sistema de abastecimento de água de<br />

Parnaíba<br />

Implantação do sistema de coleta e tratamento de<br />

esgoto de Parnaíba**<br />

Parnaíba Convênio SEPLAN/CO<strong>DE</strong>VASF<br />

- PLANAP<br />

Parnaíba<br />

2.4. Obras de infra-estrutura 2.960,0<br />

Melhoria do aeroporto de Parnaíba – acesso principal Parnaíba<br />

Restauração de 10 km da rodovia PI-210 – Ilha<br />

Grande–Parnaíba<br />

Restauração de 8 km da rodovia PI-116/315<br />

– Coqueiro–entroncamento PI-315<br />

Restauração de 3 km da rodovia PI-210 – Ilha<br />

Grande–Porto de Tatus<br />

Restauração de 9 km da rodovia PI-116/315 – Macapá<br />

– entroncamento PI-315<br />

componente 3 – promoção de investimentos do setor privado<br />

Parnaíba e Ilha Grande<br />

Luís Correia TOR aprovado e plano de<br />

Trabalho no MINTUR<br />

Ilha Grande<br />

Luís Correia<br />

3.1. investimentos do setor privado 975,0<br />

Elaboração do Programa de Marketing Turístico Parnaíba, Luís Correia, Ilha<br />

Grande e Cajueiro da Praia<br />

Elaboração do Programa de Capacitação de Pequenos<br />

Empreendedores<br />

Parnaíba, Luís Correia, Ilha<br />

Grande e Cajueiro da Praia<br />

tOtaL 54.859,0<br />

Fonte:UEE-PRO<strong>DE</strong>TUR, Secretaria Estadual do Planejamento – Piauí<br />

* R$ 1.000,00 – posição em 10/02/2005 – US$2,612<br />

** 1 a etapa


3.4. tendências das atividades produtivas<br />

O diagnóstico da dimensão econômica permitiu identificar a<br />

situação das atividades produtivas no Território.<br />

A Figura 1 possibilita verificar que a agricultura familiar está<br />

estagnada, mas é uma atividade potencial, considerando-se<br />

que é responsável pela produção de bens de consumo básico,<br />

tais como feijão e mandioca. A estagnação é mantida<br />

pelo contraponto entre as políticas de crédito, que por não<br />

serem vinculadas a estratégias de produção mantêm o agricultor<br />

familiar à margem do processo produtivo, ao mesmo<br />

tempo em que inexiste análise de resultados de investimento<br />

e poupança para o agricultor familiar.<br />

A leitura do diagnóstico permite, também, aferir que os<br />

programas de incentivo à agricultura familiar têm instru-<br />

Figura 1. Mapeamento das atividades produtivas<br />

mentos para desenvolver habilidades de gestão capazes<br />

de conduzir o agricultor familiar a investimentos que<br />

gerem poupança.<br />

O arroz de sequeiro vem sendo substituído pelo arroz<br />

irrigado, principalmente no Aglomerado 2, e o cultivo<br />

da mandioca apresenta-se como importante alternativa<br />

para agregar valor à produção, com diversificação<br />

do produto (farinhas, raspa, pré-cozido e alimentação<br />

animal).<br />

A pesca artesanal demanda organização e manejo para<br />

apresentar-se como expressiva atividade econômica. Está<br />

presente no Território com importante papel na geração<br />

de emprego e renda.<br />

atividades em declínio estagnadas consolidadas em expansão tendências<br />

agricultura familiar AG 1 e AG 2 AG1 e AG2<br />

agroindústria – derivados do<br />

leite<br />

AG1 e AG2 AG1 e AG2<br />

apicultura AG1<br />

arroz de sequeiro AG1 e AG2<br />

arroz irrigado AG2 AG2<br />

artesanato AG1 e AG2 AG1 e AG2<br />

Bovinocultura de leite AG1 e AG2 AG1 e AG2<br />

cajucultura AG1 e AG2 AG1 e AG2<br />

comércio AG1 e AG2<br />

extração de carangueijo AG1 e AG2 AG1 e AG2<br />

extrativismo da carnaúba AG1 e AG2 AG1 e AG2<br />

Fruticultura irrigada AG1 AG1<br />

indústria AG1 e AG2<br />

indústria de cerâmica vermelha AG2<br />

cultivo de mandioca AG1 e AG2<br />

Ovinocaprinos AG1 e AG2 AG1 e AG2<br />

pesca artesanal AG2 AG1 AG1 e AG2<br />

piscicultura AG1 e AG2 AG1 e AG2<br />

Serviços AG1 e AG2<br />

37<br />

tD1 – território da planície Litorânea


38<br />

pLaNap – plano de ação para o Desenvolvimento integrado da Bacia do parnaíba<br />

As informações mapeadas possibilitaram indicar a tendência<br />

das atividades produtivas do Território, caracterizando-o<br />

como produtor de matéria-prima, criando, assim,<br />

um ambiente potencial para o surgimento de atividades de<br />

Figura 2. tendências das atividades produtivas<br />

At���d�d�� �m d��lín�o At���d�d�� ��t�gn�d�� At���d�d�� �on�ol�d�d�� At���d�d�� �m �x��n�ão T�ndên����<br />

Indústria Cajucultura Pesca artesanal Carcinicultura Piscicultura<br />

Arroz de sequeiro Extrativismo da carnaúba Cultivo da mandioca Fruticultura irrigada Bovinocultura do leite<br />

Ovinocaprinocultura Extração de caranguejo Turismo Extrativismo da carnaúba<br />

Agricultura familiar Bovinocultura do leite Piscicultura Extração de caranguejo<br />

Arroz irrigado Serviços Agricultura familiar<br />

Agroindústria de derivados<br />

do leite<br />

Artesanato Turismo<br />

Comércio Apicultura Ovinocaprinocultura<br />

Indústria de cerâmica<br />

vermelha<br />

Essas tendências caracterizam o Território e são as linhas mestras<br />

de um processo de desenvolvimento econômico e de mudanças<br />

estruturais que conduzirão a uma melhoria de vida da<br />

população, impulsionando o desenvolvimento endógeno.<br />

Não há dúvida de que é necessário melhorar os níveis de<br />

eficiência produtiva e racionalidade do conjunto de ati-<br />

5 LORENS, Francisco Albuquerque. Desenvolvimento econômico local: caminhos e<br />

desafios para a construção de uma nova agenda política – BN<strong>DE</strong>S, 2001. Origi-<br />

nal: Desarrollo econômico local en Europa y América Latina.<br />

transformação que também demandam melhoria da infraestrutura<br />

básica existente. A visualização dessa tendência<br />

está na Figura 2 a seguir.<br />

Artesanato<br />

Fruticultura irrigada<br />

Pesca artesanal<br />

Cajucultura<br />

Arroz irrigado<br />

Carcinicultura<br />

vidades econômicas, setores e empresas, a fim de ajustar a<br />

estrutura produtiva às novas exigências da atual revolução<br />

tecnológica e organizacional. Mas isso requer uma estratégia<br />

de desenvolvimento que seja capaz de dinamizar<br />

e utilizar produtivamente a potencialidade dos recursos<br />

naturais, humanos, tecnológicos, ambientais e territoriais<br />

existentes. 5


ÁreaS De reLevaNte iNtereSSe cOLetivO<br />

apreSeNtaDaS pOr DiMeNSãO


canal principal do projeto de irrigação dos tabuleiros<br />

Litorâneos nos municípios de parnaíba e Buriti dos Lopes-pi


foto: Paulo Laborne<br />

Nas oficinas realizadas nos Aglomerados 1 e 2, os atores sociais, de acordo com as potencialidades<br />

e as limitações das dimensões econômica (produtiva e infra-estrutura), ambiental<br />

e sociocultural, que compõem o diagnóstico, identificaram áreas de relevante interesse<br />

coletivo, conforme mostram as Figuras 3 e 4.<br />

As ações, por Aglomerado, formaram um agregado de interesses, e se implementadas de<br />

forma integrada e complementar, conduzirão ao desenvolvimento sustentável tratado, ao<br />

longo do trabalho, como [...] o processo de mudança social e elevação da qualidade das oportunidades<br />

da sociedade, compatibilizando, no tempo e no espaço, o crescimento e a eficiência econômicos,<br />

a conservação ambiental, a qualidade de vida e a eqüidade social, partindo de um claro compromisso<br />

com o futuro e da solidariedade entre gerações 6 (Buarque, 1994).<br />

6 BUARQUE, Sérgio. Metodologia de planejamento e desenvolvimento local e municipal sustentável: Projeto de Cooperação Técnica<br />

INCRA/IICA. Brasília, junho de 1999.<br />

fotos: Paulo Laborne<br />

41<br />

tD1 – território da planície Litorânea


42<br />

pLaNap – plano de ação para o Desenvolvimento integrado da Bacia do parnaíba<br />

AG1<br />

TUTÓIA<br />

Figura 3. composição das áreas de<br />

relevante interesse coletivo no aG 1<br />

Dimensão sociocultural<br />

• Eduação e saúde<br />

- Planejamento e<br />

gestão participativa<br />

nas escolas da rede<br />

pública<br />

- Saúde preventiva e<br />

curativa<br />

- Resgate das<br />

manifestações<br />

culturais<br />

- Capacitação<br />

profissional e<br />

empresarial no<br />

turismo<br />

Figura 4. composição das áreas de<br />

relevante interesse coletivo no aG 2<br />

Dimensão sociocultural<br />

• Saúde<br />

– Reequipamento e<br />

modernização dos<br />

hospitais<br />

MURICÍ DOS<br />

PORTELAS<br />

BURITI<br />

DOS LOPES<br />

CAXINGÓ<br />

CARAÚBAS<br />

DO PIAUÍ<br />

BOM PRINCÍPIO<br />

DO PIAUÍ<br />

ÁGUA DOCE<br />

DO MARANHÃO<br />

Dimensão ambiental<br />

• Educação ambiental<br />

Dimensão ambiental<br />

• Conservação da<br />

diversidade biológica<br />

AG2<br />

COCAL<br />

COCAL<br />

DOS ALVES<br />

ARAIOSES<br />

aG 1<br />

aG 2<br />

ILHA GRAN<strong>DE</strong><br />

PARNAÍBA<br />

LUÍS CORREIA<br />

infra-estrutura<br />

• Implantação de infra<br />

- estrutura básica:<br />

- melhoramento,<br />

pavimentação e<br />

recuperação de<br />

rodovias; saneamento<br />

básico e expansão<br />

de rede e melhoria<br />

da qualidade do<br />

fornecimento de<br />

energia elétrica<br />

infra-estrutura<br />

• Implantação de<br />

saneamento básico:<br />

aterros e esgotamentos<br />

sanitários e<br />

abastecimento de água<br />

• Construção de<br />

adutoras e de estações<br />

de tratamento de água<br />

e de esgotos<br />

• Pavimentação de<br />

rodovias, construção<br />

de pontes e bueiros<br />

• Implantação de rede<br />

de distribuição de<br />

energia elétrica e<br />

melhoria da existente<br />

CAJUEIRO<br />

<strong>DA</strong> PRAIA<br />

Dimensão econômica<br />

Dimensão econômica<br />

produção<br />

GRANJA<br />

• Apoio à pesca<br />

artesanal<br />

• Agricultura irrigada<br />

• Agricultura de<br />

sequeiro<br />

• Bovinocultura do leite<br />

• Fortalecimento da<br />

produção artesanal<br />

• Cadastramento dos<br />

atrativos turísticos e<br />

culturais<br />

produção<br />

• Desenvolvimento da<br />

agricultura familiar<br />

• Ovinocaprinocultura<br />

• Apicultura<br />

• Piscicultura<br />

• Produção de leite<br />

• Fomento ao<br />

artesanato<br />

• Turismo – inclusão<br />

dos atrativos do AG<br />

no roteiro turístico do<br />

estado


Box 7<br />

P���� �rt���n�l – �u�t�nt�b�l�d�d�<br />

�o���l<br />

“O desenvolvimento da pesca artesanal está fundamentado na sustentabilidade<br />

econômica e social dessa atividade, bem como na sustentabilidade<br />

biológica dos estoques pesqueiros. Nesse sentido, o fomento dessa atividade<br />

requer o ordenamento das principais pescarias brasileiras, dentre elas<br />

aquelas consideradas em regime de sobreexplotação, tais como a pesca da<br />

sardinha no sudeste/sul, da lagosta e do pargo no litoral norte/nordeste, e<br />

da piramutaba na foz do Amazonas, dentre outras” (SEAP/PR).<br />

Visando, portanto, ao ordenamento dessas pescarias, o MMA e o IBAMA<br />

tomaram iniciativas que envolveram a definição de períodos de defeso (sardinha<br />

e piramutaba), controle e monitoramento de frota (lagosta, pargo e<br />

piramutaba) e tipos de petrechos permitidos (lagosta e pargo).<br />

A pesca artesanal, marítima e fluvial, na Planície Litorânea da Bacia do Parnaíba<br />

desempenha importante função social – 10 mil pescadores e familiares<br />

dependem dessa atividade.<br />

Para satisfazer à demanda, a própria demanda explicita que, de alguma maneira,<br />

exista uma ordenação da pesca de forma ecologicamente correta e<br />

socialmente justa, com melhoria da qualidade de vida dos pescadores e de<br />

suas famílias.<br />

A existência de Unidades de Conservação – APAs e RESEX – possibilita<br />

que sejam elaborados mapas sobre a própria pesca e os processos ecológicos<br />

pertinentes a ela. Assim, é possível recuperar, mesmo de forma intuitiva,<br />

e conservar algumas das múltiplas dimensões dos complexos ecossistemas<br />

com que interage a pesca.<br />

Para que a atividade possa sair de simples “pescadora” para o beneficiamento<br />

de produtos com selo ecológico e conquista de nichos especiais de mercado,<br />

será necessária uma ampla ação envolvendo investimentos na recuperação<br />

e na modernização da frota, na segurança, na alfabetização dos pescadores<br />

e na participação cidadã para a constituição de uma nova institucionalidade<br />

que possibilite a concertação das ações e a constituição de parcerias.<br />

A pesca artesanal e de pequena escala tem a função primordial de contribuir<br />

para a segurança alimentar e o cumprimento dos objetivos do milênio.<br />

Barcos de pesca em porto na região do delta do rio Parnaíba<br />

fotos: Paulo Laborne<br />

43<br />

tD1 – território da planície Litorânea


44<br />

pLaNap – plano de ação para o Desenvolvimento integrado da Bacia do parnaíba<br />

Ao analisar a composição das áreas de relevante interesse<br />

coletivo, é possível identificar um agregado de interesses<br />

cujo encadeamento forma uma escala que conduz ao desenvolvimento<br />

sustentável, como é possível ver na Figura 5.<br />

Logo a seguir estão sintetizadas as preocupações e as idéias<br />

apresentadas.<br />

Durante as oficinas de trabalho, os atores sociais entenderam<br />

que num processo de desenvolvimento a preocupação<br />

primeira é com a educação formal, e propuseram uma quebra<br />

de paradigmas sugerindo um planejamento e uma gestão<br />

participativa voltados para a contextualização do ensino<br />

com os sistemas organizacionais do Território. A segunda<br />

Figura 5. convergência e interdependência das proposições<br />

artesanato<br />

rodovias<br />

agricultura familiar<br />

piscicultura<br />

pesca artesanal<br />

energia elétrica<br />

está voltada para a expansão qualificada da saúde preventiva,<br />

para a modernização de equipamentos e para a gestão<br />

dos hospitais estaduais.<br />

O saneamento básico é a terceira preocupação, o que envolve<br />

os serviços de abastecimento de água com qualidade para<br />

o consumo humano, o esgotamento sanitário e a coleta e<br />

destino final dos resíduos sólidos (domiciliar e hospitalar).<br />

A quarta é com a qualidade do fornecimento de energia<br />

elétrica e com a abrangência da rede. A quinta preocupação<br />

é com as rodovias de acesso que também está direcionada<br />

para a infra-estrutura, tudo em constante convergência e<br />

interdependência.<br />

Ovinocaprinocultura<br />

Desenvolvimento<br />

sustentável<br />

Meio ambiente<br />

agricultura irrigada<br />

educação<br />

turismo<br />

Saneamento básico<br />

Bovinocultura<br />

Saúde


prOjetOS para O territóriO


Dunas no delta do rio parnaíba-pi


foto: Paulo Laborne<br />

As ações propostas na dimensão sociocultural são objeto de políticas públicas consolidadas<br />

em programas federais. A implementação dessas políticas públicas ocorre com a descentralização<br />

dos recursos financeiros e de gestão para estados e municípios.<br />

Fortalecendo a implementação dessas políticas, a participação social tem sua representatividade<br />

nos conselhos, que, além do papel de fiscalizadores, são também importantes como<br />

incentivo à participação democrática da população na formulação e na implementação dessas<br />

políticas.<br />

Para a execução dos projetos propostos para o meio ambiente e a infra-estrutura – considerados<br />

condicionantes para a implantação dos projetos prioritários – durante as oficinas<br />

os municípios, os estados e o governo federal construíram vínculos de compromisso para a<br />

execução de um projeto coletivo de desenvolvimento.<br />

As instituições participantes do processo de construção são parceiras comprometidas e<br />

multiplicadoras da articulação e da concertação das políticas públicas para a otimização e<br />

o adensamento dos recursos, num esforço conjunto para a implementação das ações e dos<br />

projetos de desenvolvimento para o Território.<br />

5.1. Fundamentos técnicos que embasaram a proposição dos projetos<br />

As palestras proferidas por técnicos, pesquisadores e especialistas atenderam à demanda<br />

expressa nos temas constantes da Figura 6, com destaque para os pontos considerados informações<br />

orientadoras para a definição das propostas de projetos.<br />

Figura 6. Fundamentos técnicos por atividade<br />

pesca artesanal<br />

agricultura familiar<br />

agricultura irrigada<br />

Ovinocaprinocultura<br />

Bovinocultura do leite<br />

Meio ambiente<br />

Gerenciamento pesqueiro e uso dos recursos (APA e RESEX)<br />

Modernização da frota e identificação de novas espécies comerciais<br />

Agregação de valor ao produto – beneficiamento do pescado<br />

Aqüicultura familiar<br />

Diagnóstico socioeconômico – inclusão social<br />

Crédito diversificado – mulher, jovem, pesca e produção artesanal<br />

Formação de poupança<br />

Atendimento ao mercado<br />

Combinação de tecnologia e conservacionismo<br />

Aumento da produtividade<br />

Conservação dos ecossistemas<br />

Qualidade na produção<br />

Maior oferta de emprego<br />

Distribuição espacial do rebanho e tradição na produção<br />

Posição geográfica privilegiada e demanda crescente do consumo<br />

Agricultura familiar<br />

Difusão tecnológica<br />

Êxito na produção leiteira em solos arenosos<br />

Pastagens cultivadas e irrigadas como alimentação básica<br />

Criatório com gado holando-zebu<br />

ZEE do Baixo Parnaíba – apoio à gestão<br />

Educação ambiental e projeto de ecoturismo<br />

Plano de treinamento de gestores<br />

Propostas para a criação de novas Unidades de Conservação<br />

47<br />

tD1 – território da planície Litorânea


48<br />

pLaNap – plano de ação para o Desenvolvimento integrado da Bacia do parnaíba<br />

5.2. processo de priorização das propostas de<br />

projetos<br />

Após o nivelamento técnico, as propostas de projetos foram<br />

trabalhadas tendo como referência uma visão de futuro<br />

desejada para um período de vinte anos. Essas propostas<br />

podem ser concretizadas em ações de curto, médio e<br />

longo prazos.<br />

Para a identificação dos três projetos prioritários para o<br />

Território, utilizou-se como instrumento a matriz multicritérios.<br />

Os critérios definidos como referências foram:<br />

• abrangência territorial;<br />

• capacidade de geração e distribuição de renda;<br />

• capacidade de agregar novas iniciativas e parcerias;<br />

• impacto sobre o ambiente natural.<br />

Para a obtenção do resultado do cruzamento de projeto e<br />

critérios, trabalhou-se com os seguintes pesos e conceitos:<br />

Figura 7. Matriz de multicritérios<br />

propostas de projetos<br />

abrangência<br />

territorial<br />

5.3. propostas de projetos de desenvolvimento<br />

para o território<br />

O diagnóstico mostrou que o Território carece de infra-estrutura<br />

básica para desenvolver plenamente suas potencialidades<br />

e, assim, oferecer aos seus habitantes qualidade de<br />

vida e novas oportunidades de geração de riquezas.<br />

5 – forte;<br />

4 – meio forte;<br />

3 – médio;<br />

2 – fraco;<br />

1 – muito fraco.<br />

Para o critério impacto sobre o ambiente natural, a leitura<br />

desses pesos foi invertida, ou seja:<br />

5 – muito fraco;<br />

4 – fraco;<br />

3 – médio;<br />

2 – meio forte;<br />

1 – forte.<br />

Os projetos de agricultura familiar, agricultura irrigada,<br />

apicultura, bovinocultura do leite, pesca artesanal e ovinocaprinocultura<br />

compuseram a matriz multicritério.<br />

O resultado está na Figura 7.<br />

capacidade<br />

de geração e<br />

distribuição de<br />

renda<br />

critérios<br />

capacidade de<br />

agregação de<br />

novas iniciativas e<br />

parcerias<br />

Agricultura familiar 5 5 5 5 3 23 1 o<br />

Agricultura irrigada 5 5 5 5 3 23 1 o<br />

Apicultura 5 3 3 5 5 21 2 o<br />

Bovinocultura do leite 3 3 4 3 3 16 3 o<br />

Ovinocaprinocultura 5 5 5 5 3 23 1 o<br />

Pesca artesanal 3 3 3 3 3 15 4 o<br />

capacidade de<br />

promoção social<br />

impacto sobre o<br />

ambiente natural<br />

A proposta é direcionada à ampliação e à qualificação dos<br />

investimentos públicos em infra-estrutura, que, além de<br />

serem condicionantes para o desenvolvimento sustentável,<br />

viabilizam novos arranjos produtivos, integram regiões<br />

produtoras a mercados consumidores, aceleram o avanço<br />

tecnológico, aumentam a competitividade e propiciam<br />

acesso à informação e ao conhecimento.<br />

total<br />

classificação


O ordenamento territorial permite potencializar os aproveitamentos<br />

naturais para o desenvolvimento e, dessa forma, assegurar<br />

a proteção das áreas mais frágeis e suscetíveis à degradação<br />

ambiental, bem como a defesa dos ecossistemas naturais.<br />

A necessidade de um tratamento diferenciado na implementação<br />

de ações visando ao desenvolvimento em ecos-<br />

5.3.1. Cond���on�nt�� ��r� � �m�l�nt�ção do� �roj�to� �r�or�tár�o�<br />

Meio ambiente<br />

Regiões compostas de ecossistemas frágeis como a Planície<br />

Litorânea precisam contar com cuidados redobrados<br />

no que tange às ações que visam promover o desenvolvimento.<br />

Tanto as iniciativas visando à produção como as<br />

de instalação de infra-estrutura devem estar sintonizadas<br />

OBjetivO<br />

sistemas frágeis como o da Planície Litorânea e à qualificação<br />

e à implantação de infra-estruturas como estradas<br />

e saneamento básico recebeu tratamento de componentes<br />

que perpassam todas as ações, sejam sociais ou produtivas,<br />

e propostas de acordo com a prioridade das atividades e<br />

do impacto no Território e na construção do desenvolvimento<br />

sustentável.<br />

promover usos compatíveis com a sustentabilidade ecológica, social e econômica<br />

Metas atividades principais<br />

• Recuperação de 100% das matas ciliares – 20 anos<br />

• Implantação das 6 UC(s) previstas no ZEE – 6 anos<br />

• Preparação de 5% da população do Território como<br />

multiplicadores em educação ambiental – 5 anos<br />

• Capacitação de 100% dos gestores, dos educadores e dos<br />

produtores – 5 anos<br />

resultados esperados<br />

• Adoção de políticas públicas voltadas para a preservação ambiental<br />

• Recuperação das matas ciliares<br />

• Aumento do fluxo de turistas<br />

infra-estrutura – custos US$ 28.464.553<br />

OBjetivO<br />

implantar infra-estrutura básica<br />

Metas atividades principais<br />

• Melhoria, recuperação e pavimentação de 523 km de rodovia – 2 anos<br />

• Implantação de estações de tratamento (ETAs) na sede de<br />

13 municípios - 3 anos<br />

• Melhoria da qualidade da distribuição de energia elétrica – 4 anos<br />

• Implantação de rede de coleta de esgotos e estações de tratamento ETEs<br />

em 15 municípios – 5 anos<br />

resultados esperados<br />

• Melhoria da qualidade de vida da população com a redução de doenças<br />

provocadas pelo consumo de água de má qualidade e sem tratamento<br />

• Fácil acesso à água para a população e consumo de água de boa<br />

qualidade<br />

• Criação, implantação de UCs<br />

• Criação de conselhos de meio ambiente<br />

• Definição de um programa de educação ambiental<br />

integrando capacitação e campanhas<br />

• Elaboração de planos de manejos e gestão para<br />

APAs e RESEX<br />

• Formação de cidadãos conscientes e com respeito às<br />

gerações futuras<br />

• População conscientizada e atuante na resolução dos<br />

problemas ambientais<br />

com os ditames do desenvolvimento sustentável. Considerando<br />

a limitação imposta, é indispensável que as ações<br />

de meio ambiente e instalação de infra-estrutura sejam<br />

priorizadas por conta do caráter de pré-requisito que lhes<br />

é atribuído.<br />

• Contratação e execução das obras de melhoramento,<br />

recuperação e pavimentação de rodovias<br />

• Implantação de subestações e melhoria da rede de<br />

distribuição e de qualidade da energia elétrica<br />

• Elaboração de projetos e implantação dos serviços de<br />

saneamento básico<br />

• Melhoria das vias de escoamento da produção<br />

• Viabilização de implantação de pólos industriais<br />

• Redução de acidentes<br />

• Incremento do turismo<br />

49<br />

tD1 – território da planície Litorânea


50<br />

pLaNap – plano de ação para o Desenvolvimento integrado da Bacia do parnaíba<br />

5.4. propostas de projetos prioritários para<br />

geração de renda e inclusão social<br />

A agricultura familiar – mandiocultura e arroz irrigado – e<br />

a ovinocaprinocultura são, para o Território, as atividades<br />

produtivas prioritárias.<br />

agricultura familiar – mandiocultura<br />

Essas atividades mobilizam diversos atores, como centros<br />

de pesquisa, universidades, instituições governamentais e<br />

OBjetivO<br />

Fomentar a agricultura familiar com melhoria da produção de sequeiro<br />

Metas atividades principais custos US$ 1.00<br />

• Difusão tecnológica e capacitação de 100% dos produtores<br />

– 10 anos<br />

• Implantação de 18 agroindústrias (caju – 6, arroz – 6 e<br />

mandioca – 6) – 10 anos<br />

• Regularização fundiária – 10 anos<br />

• Aumento em 100% da área plantada – 10 anos<br />

• Fomento à fabricação dos derivados da mandioca – reabertura<br />

de 4 pequenas agroindústrias – 3 anos<br />

resultados esperados<br />

• Melhoria na qualidade de vida dos agricultores e de suas famílias<br />

• Melhoria na qualidade e na diversificação dos produtos<br />

• Aumento da produtividade<br />

• Conhecimento do mercado e das formas de comercialização<br />

• Terras regularizadas<br />

• Crescimento da área cultivada<br />

• Condições de investimento e poupança<br />

agricultura familiar – arroz irrigado<br />

• Organização da assistência técnica continuada<br />

• Difusão de tecnologias para melhoramento<br />

da produção e das culturas de sequeiro<br />

• Capacitação dos agricultores (tecnologia,<br />

cultura da cooperação, associativismo, gestão,<br />

comercialização e mercado)<br />

• Introdução de variedades de maior qualidade<br />

e mais produtivas<br />

OBjetivO<br />

incrementar a irrigação com aproveitamento de lagoas e vales<br />

Fomento 981,3<br />

Crédito 1.367,50<br />

empresas que tenham como meta mudanças nos paradigmas<br />

tecnológicos do setor.<br />

Metas atividades principais custos US$ 1.00<br />

• Aproveitamento das áreas potenciais para pequenos projetos<br />

– 2 anos<br />

• Capacitação de 60% dos produtores – 3 anos<br />

• Reestruturação e organização das agroindústrias e da<br />

associações existentes – 3 anos<br />

• Formação de quatro equipes de assistência técnica<br />

continuada – 4 anos<br />

resultados esperados<br />

• Melhoria da qualidade de vida da população do Território<br />

• Independência financeira dos agricultores familiares<br />

• Geração de emprego e renda<br />

• Garantia da comercialização da produção<br />

• Reestruturação e adequação do modelo de<br />

assistência técnica existente<br />

• Qualificação da energia elétrica distribuída<br />

• Implantação de uma agroindústria modelo<br />

• Reestruturação das associações<br />

• Capacitação em gestão e mercado<br />

• Incorporação da rizipiscicultura<br />

Fomento 6.660,0<br />

Crédito 1.563,8


Box 8<br />

Aqü��ultur�<br />

A produção global da aqüicultura tem apresentado elevados níveis de crescimento<br />

nas últimas duas décadas. No Brasil, essa expansão está expressa no<br />

aumento do consumo per capita de pescados, de 6,0 para 8,0 kg/ano.<br />

A potencialidade do Brasil para o desenvolvimento da atividade vem sendo<br />

demonstrada pelo crescimento contínuo a partir do final da década de 1990.<br />

Essa produção concentra-se principalmente na piscicultura continental e na<br />

carcinicultura marinha, representando 63,55% e 36,32%, respectivamente.<br />

Entre os pescados mais cultivados predominam as tilápias, as carpas e o camarão<br />

branco do Pacífico, espécies exóticas introduzidas, cujo desempenho<br />

zootécnico comprovado dá suporte à produção até que o Brasil possua pacotes<br />

tecnológicos para as espécies nativas com grande potencial de cultivo,<br />

combinando conhecimentos científicos e tradicionais.<br />

Os sistemas de produção de peixes em tanques-rede nos reservatórios do<br />

Baixo São Francisco, onde as espécies mais cultivadas são a tilápia-do-nilo<br />

e a tilápia-vermelha, e o potencial natural do litoral do Piauí conduziram a<br />

Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba<br />

(CO<strong>DE</strong>VASF) a conceber ações para o fortalecimento do Pólo de Aqüicultura<br />

na região norte do estado.<br />

Um conjunto de obras dará apoio ao desenvolvimento da atividade, cujo objetivo<br />

é a geração de emprego e renda a partir do fortalecimento do arranjo produtivo<br />

local. Para isso, alguns pontos são considerados fundamentais, tais como:<br />

• realização de parcerias;<br />

• definição, em conjunto com o setor produtivo e com órgãos ambientais e<br />

de pesquisa, dos instrumentos de gestão ambiental e de códigos de conduta<br />

para as atividades aqüícolas;<br />

• desenvolvimento de pesquisa participativa na área econômica e socioambiental,<br />

tendo o agronegócio e os ecossistemas aquáticos integrados às microbacias<br />

hidrográficas como unidade de gestão ambiental;<br />

• pesquisa de mercado abrangente, direcionada para o atendimento das demandas<br />

do consumidor, considerando o escoamento da produção em escala<br />

e a possibilidade de abertura de novos canais de comercialização;<br />

• aumento do consumo de peixe pela população local, incluindo-o na merenda<br />

escolar.<br />

Em meio à diversidade de produção e de problemas estruturais<br />

(educação, energia, terra, tecnologia, crédito,<br />

mercado), a pergunta que cada pai de família se coloca é<br />

como ganhar dinheiro com seu negócio. A resposta para<br />

o agricultor familiar ainda é ambígua. Precisa, de um<br />

lado, continuar com a diversificação (para diluir custos<br />

e aproveitar as oportunidades da oferta ambiental e a<br />

disponibilidade de mão-de-obra); e de outro, especializar-se<br />

em um ou mais produtos de mercado, no qual<br />

possa agregar valor econômico e auferir mais lucro por<br />

unidade produzida. 7<br />

São projetos de forte impacto econômico e social e<br />

também competentes para criar um ambiente capaz de<br />

responder aos desafios da inclusão social e do desenvolvimento<br />

sustentável.<br />

As atividades demandam organização, capacitação tecnológica<br />

e gestão para que possa ocorrer o adensamento<br />

das atividades em um arranjo produtivo, objetivando favorecer<br />

o aumento do índice de investimentos em infra-estrutura<br />

básica pelo governo, bem como o aumento<br />

da densidade inovadora. Essas atividades geram outras<br />

oportunidades estruturais, que, sendo “oportunidades<br />

associadas”, por sua vez, criam oportunidades de negócios<br />

e de investimento de empresas de transformação de<br />

matéria-prima no Território.<br />

7 José Renato Figueira Cabral é pesquisador da Embrapa. E-mail: renato.<br />

cabral@embrapa.br.<br />

51<br />

tD1 – território da planície Litorânea


52<br />

pLaNap – plano de ação para o Desenvolvimento integrado da Bacia do parnaíba<br />

Ovinocaprinocultura<br />

5.5. Outras propostas de projetos<br />

Faz-se necessário um rápido comentário sobre a importância<br />

dos projetos que obtiveram menor peso na matriz de<br />

multicritérios, uma vez que para o Território as propostas<br />

de projetos que obtiveram menores pontuações são também<br />

prioritárias e, conseqüentemente, de importância<br />

econômico-social significativa.<br />

A pesca artesanal apresenta a possibilidade de recuperação<br />

de parte da capacidade produtiva com medidas de controle<br />

de esforço de pesca, permitindo que os estoques com-<br />

OBjetivO<br />

Fomentar a ovinocaprinocultura e fortalecer o apL<br />

Metas atividades principais custos US$ 1.00<br />

• Redução da taxa de mortalidade de 40% para 10% – 2 anos<br />

• Elevação da taxa de parição de 2 para 3 a cada<br />

dois anos – 3 anos<br />

• Construção de instalações – 1 ano<br />

• Trabalho com produção ecológica de 100% do rebanho,<br />

com a criação do selo Produto do Território – 3 anos<br />

• Abastecimento do mercado regional e nacional – 10 anos<br />

resultados esperados<br />

• Mobilização e sensibilização dos produtores<br />

para a organização<br />

• Realização de pesquisas de mercado: carne,<br />

pele, derivados e nichos especiais de consumo<br />

• Capacitação dos produtores – tratos<br />

sanitários, gestão e mercado<br />

• Manejo racional das pastagens naturais e<br />

cultivadas<br />

• Articulação de parcerias<br />

• Melhoria da qualidade de vida da população do Território<br />

• Maior independência financeira dos agricultores familiares – investimento e poupança<br />

• Participação no agronegócio, com oferta qualificada e competitiva de peles, carnes, leite e derivados<br />

Fomento 742,3<br />

Crédito 2.398,00<br />

prometidos voltem a produzir a partir da identificação de<br />

novas espécies de valor econômico. Para isso, demandam<br />

medidas de gestão e conservação, principalmente tomando<br />

as áreas de proteção ambiental – RESEX e APA – como potencial<br />

gerador de tecnologias sustentáveis e a organização<br />

dos pescadores com fortalecimento dos princípios éticos,<br />

solidários e inclusivos. A importância e o caráter de urgência<br />

de decisões para essa atividade indicaram a necessidade<br />

da apresentação da proposição de um projeto com custos<br />

definidos. (Ver Anexo).


Pesca artesanal no Baixo Parnaíba<br />

pesca artesanal<br />

A bovinocultura do leite é uma atividade característica da<br />

agricultura familiar e com possibilidade de atração de pe-<br />

OBjetivO<br />

Organizar o arranjo produtivo Local (apL) da pesca artesanal<br />

Metas atividades principais custos US$ 1.00<br />

• Determinação da exploração sustentável de, no mínimo, 6<br />

espécies de valor econômico – 2 anos<br />

• Implantação de 3 centros educacionais para pescadores,<br />

jovens e crianças filhos de pescadores<br />

• Instalação de recifes artificiais e manejo rotativo – 2 anos<br />

• Instalação de 2 unidades de beneficiamento do<br />

pescado – 3 anos<br />

resultados esperados<br />

• Organização da pesca e dos pescadores em um APL<br />

• Expansão de mercado para produtos nobres, com qualidade e ecologicamente corretos<br />

• Geração de trabalho e renda<br />

• Envolvimento do jovem na atividade pesqueira<br />

• Melhoria na qualidade de vida dos pescadores e de suas famílias<br />

• Negociação para a melhoria dos portos<br />

• Recuperação dos postos de recepção do<br />

pescado<br />

• Recuperação e modernização da frota<br />

com aquisição de barcos, equipamentos de<br />

salvatagem e GPS<br />

• Elaboração, de forma participativa, do<br />

programa de gestão e capacitação nos centros<br />

educacionais<br />

• Estudo do mercado regional e nacional<br />

Fomento 1.469,4<br />

Crédito 2.398,00<br />

quenos produtores, representando, no Território, o crescimento<br />

da agroindústria.<br />

foto: Paulo Laborne<br />

53<br />

tD1 – território da planície Litorânea


54<br />

pLaNap – plano de ação para o Desenvolvimento integrado da Bacia do parnaíba<br />

Bovinocultura de leite<br />

O Estado do Piauí está, hoje, entre os maiores produtores<br />

de mel no Brasil. No Território da Planície Litorânea, é importante<br />

a realização de pesquisas para identificar o poten-<br />

Algumas experiências mostram que a agricultura familiar<br />

necessita de novo enfoque para que o agricultor possa,<br />

como profissional, gerar riqueza com negócios produtivos.<br />

Para criar competitividade no agregado de produção, há que<br />

reconsiderar os conceitos, as formas, os métodos e os meios operativos<br />

com os quais se trata a atividade do agricultor: o produtor<br />

OBjetivO<br />

Fomentar a bovinocultura do leite com adoção de novas tecnologias<br />

Metas atividades principais<br />

• Profissionalizar 100% dos criadores – 3 anos<br />

• Incrementar a produção em 20% a.a – 5 anos<br />

• Contolar sanitariamente 100% do rebanho–curto prazo (aftosa,<br />

brucelose, tuberculose, ecto e endoparasitas)<br />

• Beneficiar 100% do leite produzido – 3 anos<br />

resultados esperados<br />

• Melhoria significativa dos aspectos social e financeiro no âmbito da atividade<br />

• Acesso aos avanços tecnológicos<br />

• Conscientização ambiental<br />

• Aumento da produção<br />

• Inclusão de maior número de pequenos criadores<br />

apicultura<br />

OBjetivO<br />

incluir o território no arranjo produtivo Local<br />

Metas atividades principais<br />

• Implantação de 700 apiários – 10 anos<br />

• Organização dos produtores em duas cooperativas – 3 anos<br />

• Divulgação dos resultados das pesquisas – curto prazo<br />

• Capacitação de 100% dos apicultores – 5 anos<br />

resultados esperados<br />

• Expansão da atividade apícola<br />

• Melhor qualidade do produto<br />

• Preservação do meio ambiente<br />

• Maior e melhor organização dos apicultores<br />

• Geração de renda para apicultores do Território<br />

• Aumento da produção de frutos e grãos<br />

• Qualificação genética do rebanho<br />

• Regularização de documentos e de títulos de terra<br />

• Capacitação dos produtores na alimentação e cuidados com a<br />

sanidade do rebanho e a higiene na ordenha<br />

• Implantação de infra-estrutura de irrigação como suporte na<br />

produção de alimentos para o rebanho<br />

cial da florada melífera a fim de que os apicultores possam<br />

avaliar a viabilidade econômica dessa atividade.<br />

• Estudo da florada nativa do Território<br />

• Capacitação dos produtores<br />

• Organização da assistência técnica<br />

• Identificação do mercado<br />

• Comercialização dos produtos<br />

tem que entrar nas estruturas de geração e retenção de riqueza<br />

para vencer as estruturas de pobreza. A estrutura de pobreza<br />

se caracteriza pela incapacidade crônica de expandir o potencial<br />

produtivo e a criatividade do grupo familiar agrícola para atividades<br />

complementares dentro ou fora da propriedade. A agregação<br />

de valor se faz simultaneamente na força de trabalho e no produto<br />

agrícola (Eugênio Giovenardi em Os pobres do campo).


NOva iNStitUciONaLiDaDe<br />

a eFiciêNcia cOLetiva


casario histórico em Buriti dos Lopes-pi


foto: Paulo Laborne<br />

Nunca duvide da força de um pequeno grupo de pessoas para transformar a realidade. Na verdade elas<br />

são a única esperança de que isso possa acontecer.<br />

Margaret Mead<br />

A grande riqueza do Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba<br />

(PLANAP) é justamente a capacidade de elaboração coletiva que os atores sociais demonstraram<br />

durante o processo de construção do plano. O próprio desenho metodológico do<br />

processo gera nos atores sociais, durante as oficinas, grande expectativa do que virá depois.<br />

Essa expectativa vem transformando a mesmice em iniciativas continuadas para a definição<br />

da forma de gestão.<br />

Compreender os processos de organização e gestão na Bacia do Rio Parnaíba requer primeiro<br />

remeter-se ao universo das organizações públicas e privadas existentes que atuam<br />

no Território, que, pelas informações levantadas, em nível primário e secundário, seriam<br />

suficientes para sustentar os diferentes processos de gestão nas dimensões econômica, sociocultural,<br />

ambiental e político-institucional.<br />

No entanto, as organizações públicas e privadas – unidades regionais técnicas, gerências,<br />

comitês, conselhos, associações, ONGs, cooperativas, empresas públicas e privadas, centros<br />

sociais, instituições financeiras – não conseguem desenvolver uma gestão cuja função<br />

seja “construir organizações que funcionem”, quer na implantação, quer na implementação<br />

e no controle, com o uso de instrumentos de monitoramento e avaliação de ações.<br />

A gestão, na visão mais ampla, tem por natureza, segundo Ruy Matos, a “função organizacional<br />

voltada para a liderança, a coordenação, o planejamento, o controle, a orientação e a<br />

integração das ações implantadas nos diversos níveis e setores da organização”. Tudo isso é<br />

fundamentado nas seguintes premissas básicas:<br />

• senso de propósitos e valores compartilhados;<br />

• agregação de valor mútuo;<br />

• compromissos e responsabilidades;<br />

• confiança e transparência na comunicação;<br />

• abertura a mudanças de paradigmas.<br />

Porém, o que se observa na prática das organizações é a total desarticulação entre elas, além<br />

do distanciamento da concepção de gestão em relação a essas premissas básicas fundamentais<br />

para a formação de parcerias e alianças.<br />

É importante mencionar que as organizações existentes trabalham com a incapacidade de<br />

trazer a gestão para o centro da organização. O desafio está não somente em criar, mas sim<br />

em contribuir para que as organizações de agora e as que vierem a ser criadas descubram<br />

afinal para que foram criadas, seus propósitos e seu sentido maior na sociedade.<br />

Vários caminhos poderão ser trilhados para a formação de uma nova institucionalidade,<br />

mas, hoje, a focalização que conduz às mudanças sociais no campo político-democrático<br />

está estruturada tendo por natureza jurídica algumas organizações cujas características estão<br />

apresentadas no Quadro 7.<br />

57<br />

tD1 – território da planície Litorânea


58<br />

pLaNap – plano de ação para o Desenvolvimento integrado da Bacia do parnaíba<br />

Quadro 7. Formas alternativas de gestão<br />

Formas características<br />

comitê de<br />

Bacia<br />

Fórum<br />

OS<br />

ONG<br />

OScip<br />

O que é Órgão colegiado<br />

Objetivo Normatizar, deliberar e consultar<br />

Princípios Definidos no regimento interno<br />

Gestão/organização<br />

Composição<br />

Ao ser formalizada, essa nova institucionalidade será um<br />

campo de articulação dos Territórios em redes permitindo<br />

não só a busca de identidade, mas a construção de plataformas<br />

de ação comuns às realidades que se conhecem como<br />

diversas, respeitadas e valorizadas como tal.<br />

Diretoria, secretaria executiva, plenária, câmaras técnicas e câmaras consultivas<br />

regionais<br />

Representantes da União, dos estados, dos municípios, dos usuários das águas,<br />

das entidades civis, conforme abrangência geográfica da bacia hidrográfica<br />

Lei que regula Criado por decreto federal com base na Lei n o 9.433/97<br />

O que é<br />

Objetivo Desenvolvimento regional<br />

Princípios<br />

Espaço aberto que congrega instituições públicas e privadas, representações de<br />

classe, segmentos organizados da sociedade, universidades e instituições financeiras<br />

Comprometimento, ética, participação democrática e resultados tangíveis<br />

socialmente justos e ecologicamente corretos<br />

Gestão/organização Secretaria executiva e câmaras temáticas<br />

Composição Plural e ilimitada<br />

O que é Entidade privada prestadora de serviço privado de interesse público<br />

Objetivo<br />

Princípios<br />

Gestão/organização<br />

N o de associados Ilimitado<br />

Lei que regula Lei n o 9.637/98<br />

O que é<br />

Objetivo<br />

Voltado ao ensino, à pesquisa, ao desenvolvimento tecnológico, à cultura, à<br />

saúde e ao meio ambiente<br />

Podem ser definidos pelos membros. A lei estipula o funcionamento, os órgãos e<br />

as deliberações<br />

Formada por membros do poder público e da sociedade civil com contrato de<br />

gestão com a sociedade civil<br />

Organização sem fins lucrativos, autônoma, voltada para o atendimento de<br />

organização de base popular<br />

Contribuir para o desenvolvimento da sociedade por meio da promoção social,<br />

complementando a ação do Estado<br />

Princípios Definidos pelos membros a partir das idéias que os unem<br />

Gestão/organização Gerida por assembléia-geral e diretoria executiva<br />

N o de associados Ilimitado<br />

O que é Sociedade civil de direito privado sem fins lucrativos<br />

Objetivo Sociais de interesse geral da sociedade, conforme artigo 4 o da lei que a regula<br />

Princípios Definidos na lei, de caráter ético e comportamental<br />

Gestão/organização<br />

N o de associados Ilimitado<br />

Lei que regula Lei n o 9.790/99<br />

Definidoa em estatuto, sendo formada por sócios. É instituído um termo de<br />

parceria com o poder público<br />

Essa nova institucionalidade demanda, também, o fortalecimento<br />

– capacitação – das entidades que estejam nela<br />

representadas para que tragam consigo a capacidade da mobilização,<br />

da construção, do empoderamento, da postura<br />

ética e da gestão.


BiBLiOGraFia SeLeciONaDa<br />

59<br />

tD1 – território da planície Litorânea


60<br />

pLaNap – plano de ação para o Desenvolvimento integrado da Bacia do parnaíba<br />

Dunas no delta do rio parnaíba-pi


foto: Paulo Laborne<br />

7.1. Bibliografia consultada<br />

ALMANAQUE DO PARNAÍBA – 80 ANOS. Academia Parnaibana de Letras. Edição<br />

n o 67. Parnaíba, 2004.<br />

ANA/GEF/PNUMA/OEA. Projeto de Gerenciamento Integrado das Atividades<br />

Desenvolvidas em Terra na Bacia do Rio São Francisco: Programa de Ações<br />

Estratégicas para o Gerenciamento Integrado da Bacia do Rio São Francisco e da sua<br />

Zona Costeira – PAE: GEF São Francisco: Relatório Final. Brasília, 2004.<br />

ANA/GEF/PNUMA/OEA. Implementação de Práticas de Gerenciamento Integrado de<br />

Bacia Hidrográfica para o Pantanal e a Bacia do Alto Paraguai: Programa de Ações<br />

Estratégicas para o Gerenciamento Integrado do Pantanal e Bacia do Alto Paraguai<br />

– PAE: Síntese Executiva. Brasília, 2004.<br />

ATLAS <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO HUMANO NO BRASIL 2000. PNUD Brasil.<br />

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Relatório Completo do Zoneamento Ecológico-<br />

Econômico do Baixo Rio Parnaíba. Brasília, 2005.<br />

BRASIL. Ministério da Ciência e Tecnologia. APLs – Arranjos Produtivos Locais,<br />

Secretaria da C&T para a Inclusão Social – Palestra em power point, 2004.<br />

BUARQUE, Sérgio. Construindo o desenvolvimento sustentável: metodologia e planejamento,<br />

2002.<br />

CEARÁ. Secretaria de Planejamento e Coordenação. Instituto de Pesquisa e Estratégia<br />

Econômica do Ceará – IPECE. Anuário Estatístico do Ceará 2002/2003.<br />

FAO. Código de Conducta para la Pesca Responsable. Roma, 1995.<br />

GIOVENARDI, Eugênio. Os pobres do campo. Porto Alegre, 2003.<br />

IBGE. Macrozoneamento geoambiental da Bacia do Rio Parnaíba. Rio de Janeiro, 1996.<br />

MARANHÃO. Gerência de Estado de Planejamento Orçamento e Gestão. Instituto de<br />

Estudos e Análises Socioeconômicas do Maranhão – IEASE. Maranhão em dados 2003.<br />

São Luís, 2004.<br />

OEA. Secretaria Permanente. Congresos Interamericanos de Turismo. Doc.11/97<br />

– Sostenibilidad del Turismo Mediante la Gestion de sus Recursos Naturales y<br />

Culturales.<br />

OEA. Secretaria Permanente. Congresos Interamericanos de Turismo. Doc. 12/97<br />

– Sostenibilidad del Turismo Mediante la Gestion de sus Recursos Financieros Y<br />

Humanos, Doc. 13/97 – Sostenibilidad del Turismo Mediante la Gestion de las<br />

Condiciones de Salud y Saneamiento e Doc.14/97 – Sostenibilidad del Turismo<br />

Mediante la Gestion de la Seguridad en los Lugares de Destino.<br />

PIAUÍ. Secretaria de Planejamento. Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e<br />

Sociais do Piauí – CEPRO. Anuário Estatístico do Piauí 2002. Teresina, 2004.<br />

PIAUÍ. PRO<strong>DE</strong>TUR/NE II. Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável do<br />

Pólo Costa do Delta – PDITS. RUSCHMANN Consulting. Teresina, 2004.<br />

TRIBUNAL <strong>DE</strong> CONTAS <strong>DA</strong> UNIÃO. Relatório de avaliação de programa – PRO<strong>DE</strong>TUR<br />

Nordeste. Brasília, 2004.<br />

61<br />

tD1 – território da planície Litorânea


62<br />

pLaNap – plano de ação para o Desenvolvimento integrado da Bacia do parnaíba<br />

7.2. Sites de interesse<br />

CO<strong>DE</strong>VASF – Companhia de Desenvolvimento dos Vales<br />

do São Francisco e do Parnaíba<br />

http://www.codevasf.gov.br<br />

Delta do Parnaíba<br />

http://www.deltadoparnaiba.com.br<br />

DNIT – Departamento Nacional de Infra-Estrutura e<br />

Transporte<br />

http://www.dnit.gov.br<br />

EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária<br />

http://www.embrapa.gov.br<br />

FAO – Organização das Nações Unidas para a Agricultura<br />

e a Alimentação<br />

http://www.fao.org<br />

Governo do Estado do Ceará<br />

http://www.ceara.gov.br<br />

Governo do Estado do Maranhão<br />

http://www.ma.gov.br<br />

Governo do Estado do Piauí<br />

http://www.pi.gov.br<br />

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística<br />

http://www.ibge.gov.br<br />

MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e<br />

Abastecimento<br />

http://www.mapa.gov.br<br />

MCT – Ministério da Ciência e Tecnologia<br />

http://www.mct.org.br<br />

MI – Ministério da Integração Nacional<br />

http://www.integração.gov.br<br />

MMA – Ministério do Meio Ambiente<br />

http://www.mma.gov.br<br />

OEA – Organização dos Estados Americanos<br />

http://www.oas.org<br />

PAB – Programa do Artesanato Brasileiro<br />

http://www.pab.desenvolvimento.gov.br<br />

Parnaíba<br />

http://www.parnaíba.com.br<br />

PNUD – Programa das Nações Unidas para o<br />

Desenvolvimento<br />

http://www.pnud.org.br<br />

SEAP/PR – Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da<br />

Presidência da República<br />

http://www.presidencia.gov.br/seap


priNcipaiS atOreS Na eLaBOraçãO<br />

DO pLaNap para O territóriO Da<br />

pLaNície LitOrâNea


64<br />

pLaNap – plano de ação para o Desenvolvimento integrado da Bacia do parnaíba<br />

porto no delta do rio parnaíba – embarcações de pesca e transporte


8.1. Organismos governamentais envolvidos no processo<br />

8.1.1. F�d�r���<br />

aDeNe Agência de Desenvolvimento do Nordeste<br />

BB Banco do Brasil S. A.<br />

BNB Banco do Nordeste do Brasil<br />

ceF Caixa Econômica Federal<br />

cODevaSF Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do<br />

Parnaíba<br />

DFa-pi Delegacia Federal de Agricultura do MAPA – Piauí<br />

eMBrapa Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária<br />

iBaMa Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais<br />

renováveis<br />

MMa Ministério do Meio Ambiente<br />

Seap/pr Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República<br />

UFpi Universidade Federal do Piauí<br />

8.1.2. E�t�du���<br />

aGeD-Ma Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão<br />

aGeSpiSa Águas e Esgotos do Piauí S. A.<br />

caeMa Companhia de Água e Esgoto do Maranhão<br />

caF Casa da Agricultura Familiar do Maranhão<br />

ceMar Centrais Elétricas do Maranhão<br />

cepiSa Centrais Elétricas do Piauí S. A.<br />

eMater-ce Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará<br />

eMater-pi Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí<br />

SaSc Secretaria de Assistência Social e Cidadania<br />

SDr-pi Secretaria de Desenvolvimento Rural do Piauí<br />

SeDUc-pi Secretaria Estadual de Educação do Piauí<br />

SepLaN-pi Secretaria de Planejamento do Piauí<br />

SeSapi Secretaria Estadual de Saúde do Piauí<br />

UeSpi Universidade Estadual do Piauí<br />

8.1.3. Mun�������<br />

Água Doce do Maranhão-Ma<br />

Câmara Municipal<br />

Departamento de Cultura<br />

Prefeitura Municipal<br />

Secretaria de Ação Social<br />

Secretaria de Administração<br />

Secretaria de Agricultura<br />

Secretaria de Educação<br />

Secretaria de Meio Ambiente e Turismo<br />

Secretaria de Obras<br />

65<br />

tD1 – território da planície Litorânea


66<br />

pLaNap – plano de ação para o Desenvolvimento integrado da Bacia do parnaíba<br />

araioses-Ma<br />

Câmara Municipal<br />

Hospital Municipal<br />

Prefeitura Municipal<br />

Procuradoria do Município<br />

Secretaria de Agricultura<br />

Secretaria de Assistência Social<br />

Secretaria de Educação<br />

Secretaria de Saúde<br />

Bom princípio do piauí-pi<br />

Prefeitura Municipal<br />

Secretaria de Administração<br />

Secretaria de Educação<br />

Secretaria de Obras<br />

Secretaria de Saúde<br />

Buriti dos Lopes-pi<br />

Câmara Municipal<br />

Prefeitura Municipal<br />

Secretaria de Ação Social<br />

Secretaria de Agricultura<br />

Secretaria de Educação<br />

Secretaria de Infra-Estrutura e Obras<br />

cajueiro da praia-pi<br />

Departamento de Agricultura<br />

Secretaria de Assistência Social<br />

Secretaria de Obras<br />

Secretaria de Saúde<br />

caraúbas do piauí-pi<br />

Câmara Municipal<br />

Divisão de Agricultura<br />

Prefeitura Municipal<br />

Secretaria de Ação Social<br />

Secretaria de Educação<br />

caxingó-pi<br />

Câmara Municipal<br />

Departamento de Agricultura<br />

Prefeitura Municipal<br />

Secretaria de Desenvolvimento Social<br />

Secretaria de Educação<br />

Secretaria de Saúde<br />

cocal-pi<br />

Prefeitura Municipal<br />

Secretaria de Administração<br />

Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Econômico<br />

Secretaria de Assistência Social<br />

Secretaria de Cultura<br />

Secretaria de Educação<br />

Secretaria de Meio Ambiente<br />

Secretaria de Saúde<br />

cocal dos alves-pi<br />

Câmara Municipal<br />

Prefeitura Municipal<br />

Secretaria de Educação<br />

Secretaria de Obras<br />

Granja-ce<br />

Coordenadoria de Administração Financeira<br />

Coordenadoria de Articulação e Gestão<br />

Departamento de Cultura<br />

Prefeitura Municipal<br />

Secretaria de Agricultura<br />

Secretaria de Educação<br />

Secretaria de Saúde<br />

ilha Grande-pi<br />

Câmara Municipal<br />

Prefeitura Municipal<br />

Secretaria de Administração<br />

Secretaria de Agricultura<br />

Secretaria de Desenvolvimento Social<br />

Secretaria de Educação<br />

Secretaria de Meio Ambiente<br />

Luís correia-pi<br />

Secretaria de Educação<br />

Prefeitura Municipal<br />

Câmara Municipal<br />

Secretaria de Saúde<br />

Murici dos Portelas-PI<br />

Câmara Municipal<br />

Departamento de Assistência ao Produtor Rural<br />

Prefeitura Municipal<br />

Secretaria de Desenvolvimento Social<br />

Secretaria de Educação<br />

Secretaria de Saúde<br />

parnaíba-pi<br />

Prefeitura Municipal<br />

Secretaria de Agricultura<br />

Secretaria de Comunicação<br />

Secretaria de Educação<br />

Secretaria de Turismo<br />

tutóia-Ma<br />

Secretaria de Infra-Estrutura<br />

Secretaria de Serviço Social<br />

Secretaria de Administração<br />

Prefeitura Municipal<br />

Câmara Municipal<br />

Secretaria de Cultura<br />

Secretaria de Educação<br />

Secretaria de Agricultura<br />

Secretaria de Turismo


8.2. Organismos Não Governamentais<br />

AMOR – Associação das Mulheres Organizadas de Buriti<br />

dos Lopes<br />

APAE – Água Doce do Maranhão e Buriti dos Lopes<br />

Associação das Bordadeiras Lili Escórcio – Buriti dos Lopes<br />

Associação das Rendeiras Morro da Mariana – Ilha Grande<br />

Associação de Horticultores – Cajueiro da Praia<br />

Associação de Moradores – Água Doce do Maranhão, Buriti<br />

dos Lopes, Bom Princípio do Piauí, Caraúbas do Piauí,<br />

Cocal, Ilha Grande, Luís Correia, Murici dos Portelas e<br />

Tutóia<br />

Associação de Pescadores – Parnaíba<br />

Associação dos Agricultores – Caxingó e Cocal<br />

Associação dos Apicultores – Buriti dos Lopes<br />

Associação dos Condutores de Turismo Tremembés<br />

– Cajueiro da Praia<br />

Associação dos Produtores de Arroz da Lagoa Grande do<br />

Buriti – Buriti dos Lopes<br />

CMDRS Araioses<br />

Colônia de Pescadores – Água Doce do Maranhão, Araioses,<br />

Buriti dos Lopes, Cajueiro da Praia, Ilha Grande e Tutóia<br />

Comitê Fome Zero Buriti dos Lopes e Murici dos Portelas<br />

Cooperativa de Artesanal Mista de Parnaíba<br />

Cooperativa Delta dos Produtores de Leite – Parnaíba<br />

Cooperativa dos Catadores de Caranguejo – Ilha Grande<br />

Cooperativa dos Produtores Rurais – Buriti dos Lopes e<br />

Caxingó<br />

DITALPI – Parnaíba<br />

Fórum DLIS – Araioses e Buriti dos Lopes<br />

Fórum do Leite – Parnaíba<br />

Fórum Juvenil Cabeça de Cuia – Cajueiro da Praia<br />

Fundação o Homem e a Natureza – Tutóia<br />

FUN<strong>DA</strong>CC – Bom Princípio do Piauí<br />

Igreja Assembléia de Deus – Água Doce do Maranhão,<br />

Caraúbas do Piauí e Cocal dos Alves<br />

Igreja Batista – Caraúbas do Piauí<br />

Igreja Católica – Água Doce do Maranhão, Araioses, Bom<br />

Princípio do Piauí, Buriti dos Lopes, Caraúbas do Piauí,<br />

Caxingó, Cocal dos Alves, Granja, Luís Correia, Murici<br />

dos Portelas e Tutóia<br />

Jornal Acesso 343 –Ilha Grande<br />

Jornal Meio Norte – Parnaíba<br />

Morais Brito – Empresa de Turismo de Parnaíba<br />

MST – Buriti dos Lopes<br />

OCEAN AIR – empresa aérea<br />

Rádio FM Comunitária – Caraúbas do Piauí<br />

Rádio Igaraçu AM – Ilha Grande<br />

Rádio Jovem e Educadora – Parnaíba<br />

SEBRAE – Ilha Grande e Parnaíba<br />

Sindicato dos Arrumadores deTutóia<br />

Sindicato dos Pescadores de Murici dos Portelas<br />

SINDSEPMA – Sindicato dos Servidores Públicos do<br />

Maranhão de Araioses<br />

Portal Delta – Site de Parnaíba<br />

STR de Bom Princípio do Piauí, Buriti dos Lopes,<br />

Cajueiro da Praia, Cocal dos Alves, Granja, Ilha Grande,<br />

Murici dos Portelas e Parnaíba<br />

STTR – Água Doce do Maranhão, Araioses e Tutóia<br />

67<br />

tD1 – território da planície Litorânea


68<br />

pLaNap – plano de ação para o Desenvolvimento integrado da Bacia do parnaíba<br />

8.3. Direção e coordenação da cODevaSF<br />

C��<strong>DE</strong>VASF – Com��nh�� d� D���n�ol��m�nto do� V�l�� do São Fr�n����o � do P�rn�íb�<br />

SGAN, Q. 601 Conj. I – Ed. D��. M�no�l No���� – �. 222<br />

70.830-901, Br��íl��-DF, Br���l. S�t�: htt�://www.�od����f.go�.br<br />

Luiz Carlos Everton de Farias<br />

Presidente<br />

Tel.: (55-61) 3312-4660/3312-4845/3225.3487<br />

Ana Lourdes Nogueira Almeida<br />

Diretora da Área de Administração<br />

Tel.: (55-61) 3312-4710/3224-7862<br />

Clementino Souza Coelho<br />

Diretor da Área de Engenharia<br />

Tel.: (55-61) 3312-4734/3224-7980<br />

Marcos Moreira (Respondendo pela Diretoria)<br />

Diretor da Área de Produção<br />

Tel.: (55-61) 3312-4680/3312-4684/3224-7690<br />

Alexandre Isaac Freire<br />

Gerente Executivo da Área de Planejamento<br />

Tel.: (55-61) 3312-4640/3312-4646/3226-2145<br />

Hildo Diniz da Silva<br />

Superintendente – 7 a SR<br />

Tel.: (55-86) 3215-0150, Fax: (55-86) 3221-0940<br />

E-mail: 7sr-pi@codevasf.gov.br<br />

8.4. equipe de elaboração do pLaNap – território da planície Litorânea<br />

Ivan Dantas Mesquita Martins<br />

Coordenador de Estudos, Planos e Projetos<br />

Tel.: (55-61) 3225-4878/3312-4620; Fax: 955-61) 3321-5673<br />

E-mail: ivand@codevasf.gov.br<br />

Nelson da Franca Ribeiro dos Anjos<br />

Coordenador Internacional do PLANAP<br />

Especialista Principal em Recursos Hídricos – UDSMA/OEA<br />

SGAN, Q. 601, Conj. I – Ed. Dep. Manoel Novaes – s. 222<br />

70.830-901, Brasília-DF, Brasil<br />

E-mail: nelsonf@oeabrasil.com.br<br />

Rejane Tavares da Silva<br />

Coordenadora técnica do PLANAP<br />

E-mail: rejanetavares@codevasf.gov.br<br />

equipe técnica<br />

Dalgoberto Coelho de Araújo dalgoberto@uol.com.br<br />

João Heliodoro Barros de<br />

Oliveira<br />

j.heliodoro@codevasf.gov.br<br />

Juraci Vieira Gutierres jugutierres@yahoo.com.br<br />

Maria do Socorro Nascimento bolobranco@hotmail.com<br />

Risomar Maria Garcia<br />

Fernandes<br />

risobisu@bol.com.br<br />

Vilma Carvalho Amorim vilma@ittnet.com.br


8.5. Membros dos Grupos<br />

de trabalho das Oficinas de<br />

construção do pLaNap<br />

Adrião Portela Neto<br />

Rua Francisco M. de Araújo, 135<br />

64.233-000, Caraúbas do Piauí-PI<br />

Fone: (86) 333-0065<br />

Álvaro Ramos de Oliveira<br />

Rua João Cabral, Pirajá<br />

64.002-150, Teresina-PI<br />

cfpt@uol.com.br<br />

Fone: (86) 216-2177<br />

Ana Cristina Campos Marinho<br />

Rua Pe. Castelo Branco, 1.686,<br />

São José<br />

64.218-310, Parnaíba-PI<br />

a.c.marinho@bol.com.br<br />

Fone: (86) 322-1218<br />

Antônia Resende de Sousa<br />

Rua Joaquim M. Torres, 45, Trapiá<br />

64.233-000, Caraúbas do Piauí-PI<br />

Fone: (86) 333-0061<br />

Antônio Cardoso do Amaral<br />

Rua Felismina Rodrigues, Centro<br />

64.238-000, Cocal dos Alves-PI<br />

Fone: (86) 331-0109<br />

Antônio César Dourado Galvão<br />

Av. José Mário de Lima, s/n<br />

64.220-000, Luís Correia-PI<br />

Fone: 367-1738<br />

Antônio de Pádua Sousa da Silva<br />

Rua João Santos, 133, Centro<br />

64.288-000, Caxingó-PI<br />

Fone: (86) 332-0043<br />

Antônio de Paulo Silva Sampaio<br />

Rua Mireto Portela, 274, Centro<br />

64.233-000, Caraúbas do Piauí-PI<br />

Fone: (86) 333-0009<br />

Antônio Júlio Marques Araújo<br />

Rua S. Vicente de Paula, 1.109, Centro<br />

64.224-000, Ilha Grande-PI<br />

Fone: (86) 323-0296<br />

Ayrton Fernandes Rodrigues Junior<br />

Av. Martins Ribeiro, 221, Centro<br />

64.224-000, Ilha Grande-PI<br />

Fone: (86) 323-0103<br />

Benedito Alves dos Santos Filho<br />

Rua Epaminondas Castelo Branco, 434<br />

64.230-000, Buriti dos Lopes-PI<br />

saturnosaturno@bol.com.br<br />

Fone: (86) 9462-6787<br />

Beranildo Brito de Castro<br />

Av. João Clementino Filho,<br />

Centro<br />

64.238-000, Cocal dos Alves-PI<br />

Fone: (86) 9413-4169<br />

Bernardo Costa Santos<br />

Av. Dr. Paulo Ramos, s/n, Centro<br />

65.570-000, Araioses-MA<br />

Fone: (98) 3478-1144<br />

Bernardo Ribeiro de Carvalho Filho<br />

Rua Bernardo Ribeiro de<br />

Carvalho, 150<br />

64.225-000, Bom Princípio do Piauí-PI<br />

Fone: (86) 327-1170<br />

Braz Henrique Nunes Rodrigues<br />

BR 343, km 32, Zona Rural<br />

64.2000-970, Parnaíba-PI<br />

braz@cpamn.embrapa.br<br />

Fone: (86) 315-1200<br />

Carlos Alberto Teles de Sousa<br />

Av. Senador Furtado, 50<br />

Nova Parnaíba<br />

64.218-660, Parnaíba-PI<br />

Fone: (86) 9991-0670<br />

Carlos de Lima Cavalcante Júnior<br />

Rua Argentina, 34, Centro<br />

64.218-450, Parnaíba-PI<br />

carloslcjr@ig.com.br<br />

Fone: (86) 322-5994/9983-9942<br />

Conceição de Maria Caldas da Silva<br />

Praça da Graça, 624, Centro<br />

64.000-170, Parnaíba-PI<br />

conceiçãomcs@bnb.gov.br<br />

Fone: (86) 321-2811<br />

Days Daniele F. Carvalho<br />

Rua Felipe Fontenele, 321, Centro<br />

64.220-000, Luís Correia-PI<br />

daysdaniele.mar@bol.com.br<br />

Fone: (86) 9412-1625<br />

Dulcinéia Vieira de Oliveira<br />

Rua E, 76, Reis Veloso<br />

64.204-070, Parnaíba-PI<br />

dulcineiaoliveira@bol.com.br<br />

Fone: (86) 323-5090/9412-7564<br />

Edilson Galeno Brito<br />

Porto das Barcas, 13<br />

64.204-015, Parnaíba-PI<br />

Fone: (86) 321-1969<br />

Edison Xavier da Silveira<br />

Rua Barão do Rio Branco, 49, Centro<br />

64.200-270, Parnaíba-PI<br />

edsondelta@ig.com.br<br />

Fone: (86) 9983-8022<br />

Egilson Marques da Silva<br />

Rua Prefeito José Veras, 01,<br />

Monte Castelo<br />

65.580-000, Tutóia-MA<br />

Fone: (98) 3479-1106<br />

Fabiano da Costa Silva<br />

Rua Taumaturgo de Azevedo, 2.315,<br />

Centro<br />

64.001-340, Teresina-PI<br />

Fone: (86) 222-4498<br />

Falber Teles de Brito<br />

Rua Lívio Barreto, 726, Centro<br />

62.430-000, Granja-CE<br />

Fone: (88) 3624-1619<br />

Fernando Antônio Lopes Gomes<br />

Rua Merval Veras, 80, Du Carmo<br />

64.200-000, Parnaíba-PI<br />

fernando.gomes@ibama.gov.br<br />

Fone: (86) 321-2782/321-2581<br />

Flávio Luiz Simões Crespo<br />

Rua Adão Luciano, 92, Centro<br />

64.224-000, Ilha Grande-PI<br />

flavio.crespo@zipmail.com.br<br />

Fone: (86) 323-0248<br />

Francimeire do Nascimento Costa<br />

Rua da Paz, 72, Santa Luzia<br />

64.222-000, Cajueiro da Praia-PI<br />

Fone: (86) 369-1268<br />

Francisco Amorim Viana Filho<br />

Rua Felipe Neres Machado, 476<br />

64.230-000, Buriti dos Lopes-PI<br />

Fone: (86) 363-1738<br />

Francisco Antônio<br />

64.238-000, Cocal dos Alves-PI<br />

Fone: (86) 9979-2417<br />

Francisco Araújo Galeno<br />

Av. Teresina, 3.685, Atalaia<br />

64.220-000, Luís Correia-PI<br />

Fone: 367-1893/9996-6415<br />

Francisco Azevedo<br />

Av. Nossa Senhora de Fátima, 384<br />

Bairro de Fátima<br />

64.202-220, Parnaíba-PI<br />

Fone: (86) 9472-4696<br />

Francisco Carlos Santos Araújo<br />

Assentamento Lagoa Prado, Zona<br />

Rural<br />

64.204-015, Parnaíba-PI<br />

Fone: (86) 323-1120<br />

Francisco das Chagas Miranda dos Santos<br />

Rua Pinheiro Machado, 340<br />

64.235-000 Bairro São Pedro<br />

Cocal-PI<br />

Fone: (86) 362-1487<br />

Francisco das Chagas Moução<br />

Rua João Domingos da Silva, s/n<br />

64.238-000, Cocal dos Alves-PI<br />

Fone: (86) 331-0046<br />

Francisco das Chagas Rodrigues<br />

Rua Nossa Senhora do Carmo, s/n<br />

65.578-000 Água Doce do Maranhão-MA<br />

Fones: (98) 3485-1102/<br />

(86) 9411-0475<br />

Francisco das Chagas Pereira de Oliveira<br />

Av. Ceará. s/n, Centro<br />

64.225-000, Bom Princípio do Piauí-PI<br />

Fone: (86) 327-1119<br />

69<br />

tD1 – território da planície Litorânea


70<br />

pLaNap – plano de ação para o Desenvolvimento integrado da Bacia do parnaíba<br />

Francisco de Assis do Nascimento Coelho<br />

Rua Taumaturgo de Azevedo, 2.315<br />

Centro, 64.001-340, Teresina-PI<br />

assiscoelho@agricultura.gov.br<br />

Fone: (86) 222-4498<br />

Francisco de França Sales Cardoso<br />

Rua João Justino de Brito, 222, Centro<br />

64.238-000, Cocal dos Alves-PI<br />

Fone: (86) 363-1024<br />

Francisco Euvângelo M. Barros<br />

Povoado de São Miguel<br />

64.225-000, Bom Princípio do Piauí-PI<br />

Fone: (86) 327-1167<br />

Francisco José de Araújo Portela<br />

Av. Lira Portela, 620, Centro<br />

64.175-000, Murici dos Portelas-PI<br />

Fone: (86) 334-0019<br />

Francisco José de Seixas Santos<br />

BR 343, km 35, Zona Rural<br />

64.200-970, Parnaíba-PI<br />

seixas@cpamn.embrapa.br<br />

Fone: (86) 315-1202<br />

Francisco Marcelo Chaves Frota<br />

Rua Tiago Ribas, 292, Centro<br />

62.430-000, Granja-CE<br />

chavesfrota@yahoo.com.br<br />

Fone: (88) 9927-5538<br />

Hilton Gomes Aguiar<br />

Rua de Nazaré, s/n<br />

65.578-000 Água Doce do Maranhão-MA<br />

Fone: (98) 3485-1188<br />

Jacobson Luiz Ribeiro Rodrigues<br />

Rua Quadra 501, bl. E, Cruzeiro Novo<br />

70.650-515, Brasília-DF<br />

jacobson.rodrigues@mma.gov.br<br />

Fone: (61) 234-7930<br />

Jefferson Francisco Alves Legat<br />

BR 343, km 35, Zona Rural<br />

Parnaíba-PI<br />

legat@cpamn.embrapa.br<br />

Fone: (86) 315-1200<br />

João Alves Pequeno<br />

Rua da Igualdade, 134, Monte Castelo<br />

65.580-000, Tutóia-MA<br />

pequeno.ico@bol.com.br<br />

Fone: 3479-1516/9982-5000<br />

João Avelar Magalhães<br />

Rua B, Qd. N, C-07<br />

Conjunto Bela Vista<br />

64.204-100, Parnaíba-PI<br />

Fone: (86) 323-3028<br />

João Batista Ferreira da Costa<br />

Rua da Areia, s/n<br />

64.222-000, Cajueiro da Praia-PI<br />

Fone: (86) 369-1274<br />

João Batista Neto<br />

Rua Epaminondas Castelo Branco, 370<br />

64.230-000, Buriti dos Lopes-PI<br />

batistaneto@yahoo.com.br<br />

Fone: (86) 363-1686/9452-6277<br />

João Carlos de Queiroz<br />

Conjunto Betânia II, Qd. J, C. 22<br />

64.210-760, Parnaíba- PI<br />

Fone: (86) 322-5625<br />

João Edivaldo Nogueira do Val<br />

Praça da Graça, 624, Centro<br />

64.200-000, Parnaíba-PI<br />

jendoval@bnb.gov.br<br />

Fone: 321-2812<br />

José Bompet Pires<br />

BR 343, km 04, Sabiasal<br />

64.200-970, Parnaíba-PI<br />

jbompet@ig.com.br<br />

Fone: (86) 322-7171<br />

jbompet@hotmail.com<br />

José de Arimatéia Alves de Araújo<br />

Rua Raimundo Emílio, 72, Centro<br />

64.175-000, Murici dos Portelas- PI<br />

Fone: (86) 334-0034<br />

José de Fátima do Monte<br />

Rua João Justino de Brito, 222, Centro<br />

64.235-000, Cocal-PI<br />

Fone: (86) 362-1024<br />

José Hamilton Furtado C. Branco<br />

Prefeitura de Parnaíba<br />

64.200-000, Parnaíba-PI<br />

Fone: (86) 322-5278<br />

José de Jesus da Conceição Nascimento<br />

Rua de Nazaré, s/n<br />

Água Doce do Maranhão-MA<br />

65.578-000<br />

Fone: (98) 3485-1188<br />

José Maria Moução<br />

Praça da Matriz, 177, Centro<br />

64.238-000, Cocal-PI<br />

Fone: (86) 362-1199<br />

José Olivan de Miranda<br />

Av. Pinheiro Machado, 255, Reis Veloso<br />

64.220-000, Luís Correia-PI<br />

Fones: (86) 323-0823/9983-6119<br />

José Ribamar Aragão Brito<br />

Shopping Tebroder, sala 104<br />

64.204-015, Parnaíba-PI<br />

Fone: (86) 321-1118<br />

José Ribamar Coelho<br />

Rua Gonçalves Dias, 279, Centro<br />

65.570-000, Araioses-MA<br />

Fone: (98) 3478-1620<br />

José Sobrinho do Nascimento<br />

Av. Sousinha, s/n<br />

64.222-000, Cajueiro da Praia- PI<br />

(86) 369-1124<br />

José Temístocles R. de Sousa<br />

Praça da Graça, 624, Centro<br />

64.200-000, Parnaíba- PI<br />

Fone: (86) 321-2812<br />

Josenilton Lacerda Vasconcelos<br />

BR 343, km 30, Zona Rural<br />

64.200-970, Parnaíba-PI<br />

ditalpi@ig.com.br<br />

Fone: (86) 322-6440<br />

Júlio César Machado Pereira<br />

Rua São Bernardo, s/n<br />

Água Doce do Maranhão-MA<br />

65.578-000<br />

Fone: (98) 3485-1120<br />

Liduina Roberto Dutra<br />

Rua Dona Xiqueza, s/n<br />

62.430-000, Granja-CE<br />

Fone: (88) 3624-1154<br />

Lindomar Costa Santos<br />

Rua 28 de julho, 94, Conceição<br />

65.570-000, Araioses-MA<br />

Fone: (98) 9404-2201<br />

Luciana Rodrigues de Castro<br />

Rua Alprim da Silva, 37, ap. 03<br />

Catanduvas<br />

64.206-000, Parnaíba-PI<br />

castrolr@uol.com.br<br />

Fone: (86) 322-3719<br />

Lucindo Ribeiro de Sousa<br />

Rua Joaquim Machado Torres, 45, Trapiá<br />

64.233-000, Caraúbas do Piauí-PI<br />

Fone: (86) 333-0068<br />

Lúcio Cardoso Vieira<br />

Rua Raimundo V. Passos, s/n, Centro<br />

64.238-000, Cocal dos Alves-PI<br />

Fone: (86) 331-0044<br />

Lúcio Lopes Neto<br />

Rua G, Qd. N, C. 2, Bela Vista<br />

64.204-015, Parnaíba-PI<br />

Fone: (86) 323-2565<br />

Luzinete Nunes de Carvalho<br />

Av. Lira Portela, s/n, Centro<br />

64.175-000, Murici dos Portelas-PI<br />

Fone: (86) 334-0015/334-0030<br />

Manoel Borges de Castro<br />

Av. Homero Castelo Branco, 2.240<br />

Horto Florestal<br />

64.048-970, Teresi-PI<br />

manoel.castro@ibama.gov.br<br />

Fone: (86) 233-3369<br />

Manoel de Jesus Diniz Santos<br />

Rua de Nazaré, s/n<br />

65.578-000 Água Doce do Maranhão-MA<br />

Fone: (98) 3485-1188<br />

Manoel Pereira de Sousa<br />

Rua 27 de Dezembro, s/n, Centro<br />

64.238-000, Cocal dos Alves-PI<br />

Fone: (86) 331-0079


Márcio Kyldare Pequeno Saraiva<br />

Av. Senador Joaquim Pires, 261<br />

64.220-000, Luís Correia-PI<br />

Fone: (86) 9983-9505<br />

Marcísia Maria de Sousa e Silva<br />

Rua Izidorio Machado Torres, 119<br />

64.230-000, Buriti dos Lopes-PI<br />

Fone: 363-1532<br />

Maria do Amparo Pires Silva<br />

Povoado de Rancharia<br />

64.210-000, Parnaíba-PI<br />

Fone: (86) 323-3070<br />

Maria dos Remédios Nunes da Costa<br />

Rua Francisco Portela de Miranda, 42<br />

64.233-000, Caraúbas do Piauí-PI<br />

Fone: (86) 333-0018<br />

Maria do Rosário Barros da Costa<br />

Rua Alcemar Caldeira, 662, Centro<br />

64.200-190, Parnaíba-PI<br />

Fone: (86) 321-1194<br />

Maria do Socorro Reis Galeno<br />

Av. Martins Ribeiro, 128,<br />

Morro da Mariana<br />

64.224-000, Ilha Grande-PI<br />

Fone: (86) 323-0187<br />

Maria Helena Cortez Pires<br />

Av. São Sebastião, 1.289, Centro<br />

64.200-000, Parnaíba-PI<br />

helena@ufpi.br<br />

Fone: (86) 315-5521<br />

Maria Madalena de Oliveira Brito<br />

Av. Martins Ribeiro, 884, Centro<br />

64.224-000, Ilha Grande-PI<br />

Fone: (86) 323-0154<br />

Maurício Dutra<br />

Travessa Costa Fernandes<br />

64.210-760, Parnaíba-PI<br />

Fone: (86) 9412-1820<br />

Nilson Divino da Conceição<br />

Travessa da Igualdade, 04, Centro<br />

65.580-000, Tutóia-MA<br />

Fone: (98) 3479-1822<br />

Nilton Oliveira Rebelo<br />

Av. Felinto Tomaz Portela, Centro<br />

64.233-000, Caraúbas do Piauí-PI<br />

Fone: (86) 333-0031<br />

Raimundo Ivan Mota<br />

Rua Merval Veras, 80, Du Carmo<br />

64.200-000, Parnaíba-PI<br />

raimundo-ivan.moto@ibama.gov.br<br />

Fone: (86) 321-2585<br />

Raimundo Nonato Cardoso Almeida<br />

Praça da Graça, 624, Centro<br />

64.200-170, Parnaíba-PI<br />

nonatoalmeida@bnb.gov.br<br />

Fone: (86) 321-2811<br />

Raimundo Nonato Sobrinho<br />

Rua Projetada, 2, Centro<br />

64.288-000, Caxingó-PI<br />

pmcaxingo@secrel.com.br<br />

Fone: (86) 332-0064<br />

Raimundo Ricardo da Silva<br />

Rua Tiradentes, 635, Centro,<br />

64.230-000, Buriti dos Lopes-PI<br />

Fone: (86) 363-1854<br />

Raimundo Valdir Maurício Chaves<br />

Rua Epaminondas Castelo Branco, 139<br />

64.230-000, Buriti dos Lopes-PI<br />

Fone: (86) 363-1432/9442-9814<br />

Raimundo Veloso Duarte<br />

Rua Gonçalves Dias, 279, Centro<br />

65.570-000, Araioses-MA<br />

Fone: (98) 3478-1417<br />

Reginaldo C. Pinheiro<br />

Rua José Antônio, 100, Centro<br />

62.430-000, Granja-CE<br />

agropinheiro@bol.com.br<br />

Fone: (88) 3624-1575<br />

Renato Nery Veras Filho<br />

Rua Raimundo Sampaio, 60, Centro<br />

64.288-000, Caxingó-PI<br />

Fone: (86) 9983-2524<br />

Roberto Chaves Ferreira<br />

Maestro Sílvio Cialin<br />

62.430-000, Rua Granja-CE<br />

Fone: (88) 3624-1428<br />

Rosana do Val de Araújo Chaves<br />

Rua Epaminondas Castelo Branco, 139<br />

64.230-000, Buriti dos Lopes-PI<br />

Fones: (86) 363-1432/9442-9814<br />

Rozélia Maria Silva<br />

Rua Raimundo Chiquinho, 30, Centro<br />

64.288-000, Caxingó-PI<br />

Fone: (86) 332-0012<br />

Rozinete Pereira<br />

Rua Caramuru, 505, São Francisco<br />

64.215-400, Parnaíba-PI<br />

rozinetepereira@yahoo.com.br<br />

Fone: (86) 323-3797/8806-3925<br />

Salomão Silva Rocha<br />

Rua Nossa Senhora do Carmo, 280<br />

65.578-000Água Doce do<br />

Maranhão-MA<br />

Fone: (98) 3485-1130<br />

Sebastião Raimundo de Sousa<br />

Rua Cel. Joaquim Antônio,150<br />

Nova Parnaíba<br />

64.218-640, Parnaíba-PI<br />

Fone: (86) 321-2584<br />

Sidney Raimundo Furtado Filho<br />

Qd. C, casa 2, Conjunto Cohab,<br />

64.230-000, Buriti dos Lopes-PI<br />

Fone: 9442-7506<br />

Tereza Fortes Castelo Branco<br />

Praça da Graça, 624<br />

64.200-000, Parnaíba-PI<br />

terezafcbranco@bnb.gov.br<br />

(86) 321-2811/321-2812<br />

Thelvezio César Duarte Filho<br />

Rua Jonas Escórcio, 33, Centro<br />

64.230-000, Buriti dos Lopes-PI<br />

thell07@hotmail.com<br />

Fone: (86) 9402-1279<br />

Valesia Maria de Araújo<br />

Rua Miretto Portela, 179, Centro<br />

64.233-000, Caraúbas do Piauí-PI<br />

Fone: (86) 333-0014<br />

Vanda Maria Pereira dos Santos<br />

Rua Projeto, 134, casa 101<br />

64.000-000, Parnaíba-PI<br />

Fone: (86) 323-6682<br />

Vera Lúcia de Sousa Araújo<br />

Assentamento Fazenda Cutias<br />

64.230-000, Buriti dos Lopes-PI<br />

Fone: (86) 363-1838/9442-9738<br />

Vilmar Klein Ferreira<br />

Rua Afonso Pena, 217, São Francisco<br />

64.215-020, Parnaíba-PI<br />

vilmarkf@ig.com.br<br />

Fone: (86) 9983-3276<br />

Vital Martins de Oliveira<br />

Pedra do Sal<br />

64.224-000, Ilha Grande-PI<br />

Weber Mualem de Moraes<br />

Rua Marc Jacob, 457, ap. 203-A<br />

São Benedito<br />

64.202-510, Parnaíba-PI<br />

webermualem@hotmail.com<br />

Fone: (86) 9442-6441<br />

William Joseph de Meneses e Silva<br />

Rua Machado, 203, Centro<br />

64.235-000, Cocal-PI<br />

williammeneses@brfree.com.br<br />

Fone: (86) 362-1513<br />

71<br />

tD1 – território da planície Litorânea


anexo<br />

Para a preparação da proposta contida nesta Síntese Executiva, foram elaborados documentos considerados base para o<br />

desenvolvimento do trabalho.<br />

O CD que acompanha este documento traz o perfil dos Aglomerados, o diagnóstico com base na metodologia Itog (Investimento,<br />

Tecnologia, Organização e Gestão) nas dimensões ambiental, sociocultural e econômica, as propostas dos projetos,<br />

os projetos priorizados elaborados e com estimativa de custo.

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