06.05.2017 Views

PRELUDE TO A LANDSCAPE | Group show

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

CARLOS CARVALHO<br />

ARTE CONTEMPORÂNEA<br />

<strong>PRELUDE</strong> <strong>TO</strong> A<br />

<strong>LANDSCAPE</strong>


CARLOS CARVALHO<br />

ARTE CONTEMPORÂNEA<br />

<strong>PRELUDE</strong> <strong>TO</strong> A<br />

<strong>LANDSCAPE</strong><br />

06/04 ATÉ - 27/05 06/062017<br />

2014 | ON DISPLAY UNTIL 06/06 2015


<strong>PRELUDE</strong> <strong>TO</strong> A<br />

<strong>LANDSCAPE</strong><br />

Almudena Lobera | Anthony Goicolea | Carla Cabanas | Gohar Dashti | Irene Grau |<br />

Isabel Brison | Jessica Backhaus | Manuel Vilariño | Marco Pires | Mónica de Miranda |<br />

Sara Ramo | Sérgio Carronha | Yto Barrada<br />

Comissariado por Martim Dias<br />

Em cada um de nós existe um fascínio por tudo aquilo<br />

que está para além da nossa própria existência, dando<br />

origem a uma falsa sensação de eternidade, que mais<br />

não é do que o resultado de "uma seleção de espaços<br />

a destruir ou a preservar de cada momento".<br />

A paisagem contemporânea, na sua quase totalidade,<br />

resulta das alterações subjacentes à ocupação humana<br />

que, por diferentes motivos, encontrou razões para aí<br />

se fixar , adaptando o entorno às suas próprias<br />

necessidades de fixação e de desenvolvimento. Assim,<br />

a paisagem pode ser entendida, antes de mais, como<br />

uma construção cultural, na qual a sua condição natural<br />

estaria diretamente relacionada com o conceito de<br />

natureza estabelecidos em diferentes contextos<br />

históricos e sociais. Se entendemos a ideia de<br />

paisagem como algo que se constrói e reconstrói, ou<br />

seja, como um constructo mental que começa no<br />

momento em que olhamos para o território, não<br />

podemos deixar de pensar a mesma como uma<br />

resposta às crenças, conhecimentos e desejos que<br />

definem o mundo em cada momento. Ao fazê-lo,<br />

seguimos a ideia Kessleriana de que "a paisagem não<br />

é uma realidade em si, separada dos olhos de quem<br />

contempla".<br />

Quando nos aproximamos do conceito de paisagem a<br />

partir destas premissas, o mesmo se transforma numa<br />

forma de conhecimento, um meio para a compreensão<br />

do ambiente em que nos movemos, porque “não só<br />

nos mostra como é o mundo, mas também é uma<br />

construção, uma composição, uma maneira de o ver”.<br />

Através da exposição Prelude to a Landscape<br />

pretende-se refletir sobre a paisagem e o território,<br />

designadamente, como são interpretados, construídos<br />

e reconstruídos estes conceitos a partir de um<br />

posicionamento artístico.<br />

A partir deste conjunto de obras, com diferentes<br />

abordagens ao conceito de paisagem e à construção<br />

de espaços imaginários, procura-se aprofundar sobre<br />

quais são as grandes preocupações deste grupo de<br />

artista, mostrando um corpo de trabalhos que revela<br />

linhas de investigação próximas da arquitetura, da<br />

geografia , da antropologia, da sociologia, entre<br />

outras.<br />

Num primeiro momento procura-se saber o que<br />

acontece se a obra de arte não é a representação da<br />

paisagem, mas sim a própria paisagem.


Historicamente, a paisagem passou de um fragmento<br />

no fundo dos retratos, sacrificados em prole do tema<br />

principal, a um descobrimento por si só. Aqui se<br />

vislumbra um deslocamento consciente da realidade,<br />

como contraposição ao visível através do imaginado e<br />

longe do conhecido. Mais do que uma mimesis,<br />

pretende-se enunciar diferentes abordagens ao<br />

processo construtivos de novos espaços, muitas vezes<br />

baseados no imaginário do artista. Nesta aproximação,<br />

segue-se a ideia Platoniana que não assume a mimesis<br />

como algo importante, já que, se assim fosse, seria<br />

apenas uma cópia da aparência das coisas e, portanto,<br />

longe do mundo das ideias.<br />

O segundo momento desta exposição procura reflectir<br />

sobre os modelos de interpretação e representação do<br />

espaço e, por conseguinte, da paisagem. Estes<br />

modelos de interpretação e representação estão cada<br />

vez mais próximos das novas tecnologias, veículos<br />

privilegiados para a compreensão do espaço e das<br />

relações geradas entre indivíduo e natureza. Os<br />

modelos tridimensionais, a fotografia aérea, as imagens<br />

de satélite ou as ferramentas de geolocalização são<br />

instrumentos cada vez mais comuns nas representações<br />

de espaço físico. Isso torna-se claro quando nos<br />

deparamos com o corpo de trabalho deste segundo<br />

núcleo. Como Kemp argumenta, "os mecanismos de<br />

percepção (inatos ou adquiridos) encontraram<br />

expressão nos sistemas de representação espacial",<br />

sejam os mesmos arcaicos ou de ponta. Este grupo de<br />

artistas recorre a estes sistemas, enfrentando-os por<br />

vezes, de modo a tomar possível uma forma para<br />

mostrar um novo caminho para interpretar o que é<br />

visto, a partir de um campo não científico.<br />

Com a exposição que aqui se materializa não se<br />

procura apresentar posicionamentos encerrados, que<br />

assegurem a fidelidade e a replicabilidade dos<br />

pensamentos que estiveram na origem de cada uma<br />

das visões que aqui dialogam. Ao invés, procura-se<br />

indicar caminhos ao espectador, tornando este num<br />

agente activo na critica do que se vê ou se constrói, a<br />

partir do que normalmente definimos como real.


Imagens da Exposiç


ão Exhibition Views


MÓNICA DE MIRANDA | Landing, 2016, inkjet print on cotton paper, 75 x 450 cm


MÓNICA DE MIRANDA | Landing, 2016, inkjet print on cotton paper, 75 x 450 cm


Imagens da Exposiç


ão Exhibition Views


MANUEL VILARIÑO | Lejano interior, 2008, Hahnemühle on aluminium 119 x 119 cm (dyptich)


MANUEL VILARIÑO | Lejano interior, 2008, Hahnemühle on aluminium, 119 x 119 cm (dyptich)


Imagens da Exposição Exhibition Views


Imagens da Exposição Exhibition Views


ANTHONY GOICOLEA | Monument, 2011, C-Print on Di-Bond with Non-Glare UV Plexi Face Mount, 127 x 178 cm


SARA RAMO | Parte de, 2011, photowork, collage, tape, 270 x 142 cm (6 (52 x 71))


Imagens da Exposição Exhibition Views


Imagens da Exposição Exhibition Views


Imagens da Exposição Exhibition Views


Imagens da Exposição Exhibition Views


Imagens da Exposição Exhibition Views


Imagens da Exposição Exhibition Views


MARCO PIRES | Untitled (Cartogram series), 2010, Oil on C-print, 99 x 79 cm


MARCO PIRES | Untitled (Cartogram series), 2010, Oil on C-print, 119 x 102 cm


Imagens da Exposição Exhibition Views


Imagens da Exposição Exhibition Views


Imagens da Exposição Exhibition Views


<strong>PRELUDE</strong> <strong>TO</strong> A<br />

<strong>LANDSCAPE</strong><br />

Almudena Lobera | Anthony Goicolea | Carla Cabanas | Gohar Dashti | Irene Grau |<br />

Isabel Brison | Jessica Backhaus | Manuel Vilariño | Marco Pires | Mónica de Miranda |<br />

Sara Ramo | Sérgio Carronha | Yto Barrada<br />

Curated by Martim Dias<br />

In each one of us there is an appeal for everything<br />

that exists beyond our own existence which is<br />

nothing more than the result of “a process of<br />

selecting spaces to destroy or to keep in each<br />

period of time”. The contemporary landscape,<br />

almost inclusively, is the result of alterations that<br />

comes with the human occupation and that, for<br />

different reasons, results from adapting the<br />

environment to its own establishment and<br />

development needs. In this way, landscape can be<br />

understood, rather than anything else, as a cultural<br />

construction. Its natural condition is directly related<br />

to the concept of nature created in different<br />

historical and social contexts. The idea of<br />

landscape is something that is constructed and<br />

rebuilt, i.e., it is as a mental elaboration that begins<br />

with the moment when we look at the territory. We<br />

can only think about the idea of landscape as a<br />

response to our beliefs, knowledge and desires<br />

and that define the world in every moment. In<br />

doing so, we follow the Kesslerian idea that<br />

"landscape is not a reality in itself because it<br />

cannot be separated from the gaze of the<br />

beholder".<br />

The concept of landscape from these believes<br />

transforms itself into a form of knowledge, a means<br />

to understand the environment in which we move,<br />

because "not only <strong>show</strong>s us how the world is, but<br />

is also a construction, a composition, a way of<br />

seeing it”.<br />

Through this exhibition proposal, entitled “Prelude<br />

to a Landscape”, it is intended to reflect on the<br />

landscape and the territory, how it is interpreted,<br />

constructed and reconstructed from an artistic<br />

view. From the works of this group of artists, with<br />

different approaches to the concept of landscape<br />

and the construction of imaginary spaces, we try to<br />

clarify which are the main paths that disturb the<br />

artists and which are the working research lines<br />

close to architecture, geography, anthropology,<br />

sociology, among others.


GOHAR DASHTI | Stateless series, 2014 - 2015, C-print, 80 x 120 cm


GOHAR DASHTI | Stateless series, 2014 - 2015, C-print, 80 x 120 cm


Imagens da Exposiç


ão Exhibition Views


Imagens da Exposiç


ão Exhibition Views


Y<strong>TO</strong> BARRADA | Montagnes en constructions, parc zoologique, 2011, C-print, 125 x 125 cm


ISABEL BRISON | Cidade Jardim #4, 20171, Lambda print, 114 x 80 cm


ALMUDENA LOBERA | The region of the possible 2013, photowork, objects, variable sizes


ALMUDENA LOBERA | The region of the possible 2013, photowork, objects, variable sizes


ALMUDENA LOBERA | The region of the possible 2013, photowork, objects, variable sizes


ALMUDENA LOBERA | The region of the possible 2013, photowork, objects, variable sizes


ALMUDENA LOBERA | The region of the possible 2013, photowork, objects, variable sizes


Imagens da Exposição Exhibition Views


JESSICA BACKHAUS | Piece of Berlin, 2015, C-print, 51 x 34 cm


JESSICA BACKHAUS | Alte Liebe, 2015, C-print, 76 x 51 cm


Imagens da Exposição Exhibition Views


Imagens da Exposição Exhibition Views


Thanks to:<br />

All artists and<br />

Robert Klein gallery<br />

Galerie Polaris<br />

Galeria Senda<br />

Ponces + Robles<br />

Travesía Cuatro<br />

© Carlos Carvalho<br />

Arte Contemporânea


CARLOS CARVALHO ARTE CONTEMPORÂNEA<br />

Rua Joly Braga Santos, Lote F R/C | 1600 – 123 Lisboa Portugal<br />

Tel.+(351) 217 261 831<br />

carloscarvalho-ac@carloscarvalho-ac.com<br />

www.carloscarvalho-ac.com<br />

Artistas / Artists: Ricardo Angélico | José Bechara | Isidro Blasco<br />

Daniel Blaufuks | Isabel Brison | Carla Cabanas | Manuel Caeiro Mónica Capucho<br />

Paulo Catrica | Roland Fischer | Javier Núñez Gasco | Susana Gaudêncio | Anthony Goicolea | Catarina Leitão<br />

José Lourenço | Tatiana Macedo | José Batista Marques | Mónica de Miranda | Luís Nobre | Noé Sendas |<br />

Eurico Lino do Vale | Manuel Vilariño<br />

Horário Seg-Sex 10h00-19h30 Sáb 12h00- 19h30<br />

Open Mon- Fri 10am-7:30pm Sat 12am-7:30pm<br />

Google Map<br />

A galeria no / Follow us on<br />

Facebook | Flickr | Issuu

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!